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A Infantaria e Seu Patrono

(Brig. Antônio de Sampaio)

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NÚCLEO DE PREPARAÇÃO DE OFICIAS DA RESERVA - NPOR

ALUNO: 17 Fernandes

Sumário

1. Introdução........................................................................................03
2. Desenvolvimento..............................................................................04
3. Conclusão..........................................................................................06
4. Referências........................................................................................07
5. Bibliografia.........................................................................................07

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INTRODUÇÃO

A Infantaria tem como característica essencial a aptidão para combater a pé, em todos os tipos
de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de
transporte. Uma de suas missões é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade do
infante de progredir em pequenas frações, difíceis de serem detectadas em todos os tipos de
terreno. Isso permite que ele se aproxime do inimigo para travar o combate corpo-a-corpo. A
Infantaria poderá ter especializações das mais diversas: motorizada, blindada, Paraquedista, leve,
de selva, de caatinga, de montanha, de guardas e de polícia.

As unidades da Infantaria brasileira distinguem-se por diferentes especialidades: Motorizada,


Blindada, Paraquedista, Leve (Aeromóvel), de Selva, de Montanha, de Caatinga, de Polícia do
Exército, de Guarda. São adestradas para combater em diversos tipos de terreno, em qualquer
parte do território nacional.

Sua missão básica, no ataque, é destruir ou capturar o inimigo, empregando o fogo, o


movimento e a ação de choque. Na defensiva, mantêm o terreno e contra-ataca. Tem por
característica essencial a aptidão para combater a pé em todos os tipos de terreno, podendo
deslocar-se para os lugares mais remotos – desde que receba meios de transporte adequados – e
operar sob quaisquer condições meteorológicas.

Os infantes brasileiros podem ser encontrados na Amazônia, no sertão nordestino, nos pampas,
nas montanhas, no pantanal, nos montes. Em qualquer lugar, não importa quão longe esteja.
Basta que haja uma missão.

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HISTÓRIA

A infantaria com seus combatentes, os infantes, desde a antiguidade, sempre foram a principal
força combativa de um exército. Uma notável exceção foram as sociedades nômades, como os
hunos ou mongóis, que lutavam basicamente com soldados montados a cavalo.

A infantaria tradicional teve suas origens nos combatentes gregos e romanos, que lutavam em
grupos compactos, armados de espadas e lanças e protegidos por couraças e elmos metálicos.
A legião romana aperfeiçoou a organização da infantaria em unidades e subunidades, o que hoje
é base da organização dos exércitos modernos. Uma legião era dividida em dez coortes, por sua
vez divididas em um número variável de centúrias, que eram compostas por cerca de cem
homens cada. Ao total, a variar em função do período histórico, a legião romana podia ter entre
3 mil a 6 mil homens.

Com o surgimento das armas de fogo, ao final da Idade Média, a infantaria passou a ter
organização tática e emprego diferente, sendo empregada em linhas contínuas de atiradores,
lado a lado que se contrapunham à outra linha, em frente, do inimigo. Como as armas da época,
os arcabuzes e os mosquetes, tinham uma cadência de tiro muito lenta, os atiradores eram
complementados por outras tropas armadas com armas brancas, longas lanças, chamadas
piques. Com o passar do tempo as armas de fogo foram sendo aperfeiçoadas e os piqueiros
foram desaparecendo gradualmente, sendo que o seu papel foi substituído pela baioneta, uma
lâmina afiada que é adaptada na boca dos fuzis e serve para proceder o combate corpo-a-corpo.
A evolução e aumento da capacidade das armas de fogo fez com que a infantaria deixasse de ser
empregada em linhas de atiradores. O desenvolvimento da artilharia, no século XIX, quando as
armas passaram a ter maior alcance e maior número de disparos por minuto, também contribuiu
para que o emprego da infantaria fosse alterado.

Na Guerra de Secessão, Guerra do Paraguai e Guerra Franco-Prussiana, os infantes passaram de


atuar somente em linha e passaram cavar trincheiras para a proteção. A Primeira Guerra Mundial
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ficou conhecida como a “guerra das trincheiras” pois o maior poder de fogo da artilharia e das
metralhadoras barrou o movimento da infantaria. Apesar de, durante a Segunda Guerra
Mundial, os carros de combate da cavalaria passarem a ter um papel importante nas grandes
ofensivas, a infantaria ainda era a mais numerosa das armas e responsável pela ocupação e
manutenção do terreno tomado ao inimigo. Ao ser transportada em veículos, ela passou a ser
conhecida como infantaria motorizada ou mecanizada.
As unidades da Infantaria do Exército Brasileiro distinguem-se por diferentes especialidades:
 Selva • Motorizada • Guarda
 Montanha • Mecanizada • Polícia do Exército
 Caatinga • Blindada • Aeromóvel
 Pantanal • Guarda
 Paraquedista • Leve
Patrono da Infantaria
(Brig. Antônio de Sampaio)

Antônio de Sampaio, Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, nasceu em 24 de maio


de 1810, na cidade de Tamboril, estado do Ceará. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio e
Antônia Xavier de Araújo, foi criado e educado pelos pais no ambiente simples dos sertões.
Aos vinte anos de idade, no dia 17 de julho de 1830, alistou-se voluntariamente no 22º Batalhão
de Caçadores sediado, naquela época, na histórica Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção,
local onde junto às suas muralhas nasceu a cidade de Fortaleza e hoje abriga o Comando da 10ª
Região Militar, a Região Martim Soares Moreno.
Cedo revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por merecimento graças a inúmeras
demonstrações de bravura, tenacidade e inteligência. Foi Praça em 1830; Alferes em 1839;
Tenente em 1839; Capitão em 1843; Major em 1852; Tenente-Coronel em 1855; Coronel em
1861 e Brigadeiro em 1865.
Merece destaque suas participações na Cabanagem, na Balaiada, na Guerra contra Oribe e
Rosas, na campanha contra Aguirre no Uruguai e na Guerra da Tríplice Aliança contra o governo
do Paraguai.

Sampaio Combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52) quando participou da Batalha de
Monte Caseros, como integrante da Divisão Brasileira. Comandou um Batalhão de Divisão de
Observação que penetrou em Montevidéu em 07 de maio 1859, a pedido do Presidente oriental
Venâncio Flores. Na guerra contra Aguirre teve atuação destacada a frente de uma Brigada , na
conquista de Paissandú o que lhe valeu sua promoção a Brigadeiro.
Durante a Guerra da Trípice Aliança contra o Paraguai (1865-70), que fez como oficial general,
teve atuação destacada até TUIUTÍ.
Nesse último conflito, o mais sangrento do nosso continente, contra os invasores do solo
brasileiro, quis o destino que Sampaio, durante a Batalha, travada no dia 24 de maio de 1866, dia
do seu aniversário, fosse ferido mortalmente 3 (três) vezes. O primeiro, por granada, gangrenou-
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lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas. Faleceu a bordo do vapor hospital Eponina,
em 06 de julho de 1866, quando do seu transporte para Buenos Aires. Foi condecorado por seis
vezes, no período de 1852 a 1865, por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil.
O Brigadeiro Antônio de Sampaio teve o seu nome proposto para patrono da Infantaria pelo
então 1º Tenente Humberto de Alencar Castelo Branco em 1928. A homologação deu-se em
1962, por decreto do Governo Federal, como um justo reconhecimento da Nação Brasileira a
esse valoroso soldado, perpetuando sua imagem e seu exemplo, em todos os recantos do País
onde a “rainha dos campos de batalha” faz-se presente, defendendo com denodo a integridade
do nosso território e mantendo a soberania nacional. Exemplo de exponencial bravura, foi
consagrado Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, pelo Decreto 51.429, de 13 de
março de 1962.

A Infantaria Nos Dias Atuais

Atualmente, a infantaria continua a demonstrar o seu valor tanto dentro quanto fora do
território nacional.
No período de 2004 a 2016, o Brasil compôs a Missão das Nações Unidas para Estabilização no
Haiti – MINUSTAH – com um total de 26 Batalhões de Infantaria de Força de Paz.
Já no território nacional, participou em conjunto com outras Armas no estabelecimento da
segurança de grandes eventos, como: a Conferência das Nações Unidas RIO +20, 2012; a Jornada
Mundial da Juventude, 2013; a Copa do Mundo de 2014; e as Olimpíadas de 2016, além de
cooperar ativamente na Intervenção Federal no Rio de Janeiro.
Os avanços tecnológicos que o Século XXI apresenta para a Arma de Infantaria são notáveis. O
Projeto Combatente Brasileiro (COBRA), no contexto do Programa Estratégico do Exército
Obtenção da Capacidade Operacional Plena (Prg EE OCOP), mostra-nos os resultados na dotação
do combatente individual de equipamentos, de armamentos e de sistemas adequados à sua
atuação nos diversos ambientes operacionais, criando, assim, melhores condições de emprego
nas operações no amplo espectro.
Por meio do Programa Estratégico GUARANI, o Exército Brasileiro vivencia a modernização das
suas Unidades de Infantaria Motorizada, transformando-as em Mecanizadas e possibilitando
maior mobilidade, relativo poder de choque e proteção blindada. A implantação de uma nova
família de viaturas blindadas sobre rodas coloca a Infantaria na vanguarda do incremento da
capacidade operacional da Força Terrestre.

“Infantes do Brasil,
orgulhem-se do seu passado de vitórias,
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de Guararapes aos Apeninos,
de Montese a Cité-Soleil,
e continuem elevando as tradições
e o espírito imortal da Rainha Das Armas
com ânimo e o ardor característicos do Pé de Poeira!”

Referências

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Infantaria
2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_de_Sampaio
3. https://40bi.eb.mil.br/index.php/patrono-da-infantaria
4. https://www.eb.mil.br/exercito-brasileiro?
p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_str
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5. https://www.defesanet.com.br/doutrina/noticia/36889/eb-24-maio-dia-da-
infantaria/

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PANTANAL!!!

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