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Sumário

Introdução...................................................................................................................................1
Desenvolvimento.........................................................................................................................1
ORIGENS DA ARMA DE INFANTARIA...........................................................................................1
Patrono da Infantaria...................................................................................................................2
Consagração como patrono.........................................................................................................4
A Infantaria nos dias de hoje.......................................................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................5
Referências bibliográficas............................................................................................................6

Introdução
A Infantaria tem como característica essencial a aptidão para combater a
pé, em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições
meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte. Uma de
suas missões é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade
do infante de progredir em pequenas frações, difíceis de serem detectadas
em todos os tipos de terreno. Isso permite que ele se aproxime do inimigo
para travar o combate corpo-a-corpo. A Infantaria poderá ter
especializações das mais diversas: motorizada, blindada, Paraquedista,
leve, de selva, de caatinga, de montanha, de guardas e de polícia.
Sua missão básica, no ataque, é destruir ou capturar o inimigo,
empregando o fogo, o movimento e a ação de choque. Na defensiva,
mantêm o terreno e contra-ataca. Tem por característica essencial a
aptidão para combater a pé em todos os tipos de terreno, podendo
deslocar-se para os lugares mais remotos – desde que receba meios de
transporte adequados – e operar sob quaisquer condições meteorológicas.
Neste século, nossos infantes integraram a Força Expedicionária
Brasileira, durante a II Guerra Mundial. A 1ª Divisão de Infantaria
Expedicionária conquistou o respeito de aliados e adversários com vitórias
alcançadas em território europeu, como a de Monte Castelo e a de
Montese.
Os infantes brasileiros podem ser encontrados na Amazônia, no sertão
nordestino, nos pampas, nas montanhas, no pantanal, nos montes. Em
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qualquer lugar, não importa quão longe esteja. Basta que haja uma
missão.

Desenvolvimento
ORIGENS DA ARMA DE INFANTARIA
A história da Infantaria, no contexto mundial, é quase tão antiga quanto à
da própria guerra. Em situações de conflito, os exércitos da antiguidade
empregavam o combate corpo a corpo e alguns armamentos, como
espadas e bastões. A infantaria, caracterizada como uma massa
organizada, ficou evidenciada pelos gregos e romanos, que viram a
necessidade de criar fileiras capazes de impor, com disciplina e coesão, a
força e o poder de combate ao inimigo. Os gregos mostraram o poder da
falange, fração empregada em formação retangular e compacta,
utilizando-se de escudos para proteção e lanças para o ataque. A falange
permitia uma ofensiva forte e organizada, facilitando o comando dos
homens para um mesmo objetivo. A legião romana, por sua vez,
impressionava, ainda mais, pela sua capacidade de organização diante do
conflito, pois era dividida em subgrupos. Sua estratégia e sua disciplina
influenciam exércitos do mundo inteiro até os dias de hoje, já que
deixaram muitos ensinamentos importantes sobre a arte da guerra. No
Brasil, sua história confunde-se com a de seu Patrono, o Brigadeiro
Antônio de Sampaio, que derramou seu sangue no campo de batalha,
cumprindo, ao lado de seus homens, o dever de defender os interesses da
Pátria. Durante a Guerra da Tríplice Aliança, o Brigadeiro Sampaio
comandou a 3ª Divisão do Exército Imperial, a Divisão Encouraçada. Três
batalhões de Infantaria de renome a compunham: o Batalhão
Vanguardeiro, assim chamado por ir à frente nas marchas para o combate;
o Batalhão Treme-Terra, conhecido por fazer o chão estremecer quando
marchava e atacava; e o Batalhão Arranca-Toco, pois dizia-se, à época, uma
anta de floresta, que resistia aos embates e, com os pés nus e robustos,
passava incólume sobre espinhos, tremedais, pedras cortantes e abrasadas
pelo sol de verão. Ali nascia a Infantaria Brasileira.

SÍMBOLO DA INFANTARIA
O brasão da Infantaria é composto por dois fuzis cruzados e uma granada
de mão no centro, todos na cor verde. Os fuzis e a granada de mão

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representam as principais armas do combatente de Infantaria e referencia
o combate aproximado, momento em que o infante olha dentro dos olhos
do inimigo e exterioriza toda a sua coragem no confronto corpo a corpo.

Patrono da Infantaria
Antônio de Sampaio, nasceu em 24 de maio de 1810, na Fazenda Vitor,
situada na povoação de Tamboril, vale do rio Acaraú, 232 Km a sudoeste
da cidade de Fortaleza, na então província do Ceará. Filho de Antônio
Ferreira Sampaio, ferreiro de profissão, e de dona Antônia de Souza Araújo
Chaves. Foi criado e educado pelos pais no ambiente simples dos sertões.
Cedo, revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por
merecimento, graças a inúmeras demonstrações de bravura, tenacidade e
inteligência.
Contava vinte anos de idade ao alistar-se voluntário nas fileiras do 22º
Batalhão de Caçadores, na cidade de Fortaleza. Ainda naquela unidade
cearense, meses após seu ingresso, cingia sua túnica com as divisas de
furriel, graduação ora correspondente a 3º sargento. Em 4 de abril de
1832, recebeu o batismo de sangue, em combate travado nas ruas de Icó e
S. Miguel, em que o major Francisco Xavier Tôrres derrotou a tropa do
coronel Joaquim Pinto Madeira, contra a abdicação de D. Pedro I.
Sampaio teve atuação destacada na maioria das campanhas de
manutenção da integridade territorial brasileira: Icó (CE), 1832;
Cabanagem (PA), 1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos Farrapos (RS),
1844-1845 e Praieira (PE), 1849-1850. Chegou ao Rio Grande do Sul ao
final da Revolução Farroupilha, onde, no comando de uma Companhia de
Infantaria, estacionou quase três anos em Canguçu, como instrumento de
consolidação da Paz de Ponche Verde. A seguir, Sampaio empenhou-se no
comando sucessivo de Batalhões e Brigadas de Infantaria. Em pouco
tempo, transformou-se num consumado condutor de homens,
conhecedor profundo do terreno e mestre em adestrar e empregar a
infantaria. Combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852), quando
participou da Batalha de Monte Caseros, como integrante da 8 Divisão
Brasileira. Comandou um Batalhão de Divisão de Observação que
penetrou em Montevidéu em 7 de maio de 1859, a pedido do presidente
oriental Venâncio Flores.

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Na guerra contra Aguirre, teve atuação destacada à frente de uma
Divisão, na conquista de Paissandu, o que lhe valeu sua promoção a
brigadeiro. Sobre ele e sua tropa, escreveu em Reminiscências da
Campanha do Paraguai, Dionízio Cerqueira, o maior cronista deste conflito
e que foi integrante da Divisão Encouraçada e subordinado de Sampaio:
A ideia de passar para a Infantaria não me abandonava. Esta arma exercia
sobre mim indizível fascinação. Quando passava um daqueles belos
batalhões da Divisão Sampaio, a Encouraçada, de bandeira desfraldada, os
pelotões alinhados, guardando bem as distâncias, marchando airosos e
elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, não me podia conter, e
punha-me a marcar passo… (p. 146) Fui apresentar-me ao general
Sampaio. O ilustre general, glória do Exército pelo valor e amor à
disciplina, estava uniformizado, debaixo de uma ramada, lendo uma
história de Napoleão, seu capitão predileto. Quando me viu, fechou o livro,
marcando-o com o indicador da mão esquerda. Adiantei-me, perfilei-me
levando a mão à pala do boné e disse: – Pronto! Senhor general, venho
apresentar-me a V Exa por ter sido promovido para o 4º de infantaria. O
velho soldado mirou-me de alto a baixo, e eu firme como uma estaca.
Parecia ter simpatizado comigo, porque disse em tom afetuoso: – Estimo
muito, senhor Alferes. Apresente-se à Brigada. Desejo que seja feliz. (p.
150)
Durante a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-1870), como
oficial general, teve atuação destacada em todas as ações até Tuiutí, onde
recebeu três ferimentos na data do seu aniversário, 24 de maio. O
primeiro, por granada, gangrenou lhe a coxa direita; os outros dois foram
nas costas.

Consagração como patrono


O Brigadeiro Antônio de Sampaio teve o seu nome proposto para patrono
da Infantaria pelo então 1º Tenente Humberto de Alencar Castelo Branco
em 1928. A homologação deu-se em 1962, por decreto do Governo
Federal, como um justo reconhecimento da Nação Brasileira a esse
valoroso soldado, perpetuando sua imagem e seu exemplo, em todos os
recantos do País onde a “rainha dos campos de batalha” faz-se presente,
defendendo com denodo a integridade do nosso território e mantendo a
soberania nacional. Exemplo de exponencial bravura, foi consagrado

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Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, pelo Decreto 51.429,
de 13 de março de 1962.

A Infantaria nos dias de hoje


Devido às exigências do combate nos dias atuais, viu-se a necessidade de
especializar a tropa nos diversos ambientes operacionais brasileiros.
Assim, a Infantaria foi dividida em tipos capacitados a combater com o
emprego de diferentes técnicas e equipamentos, como a pára-quedista, a
aeromóvel, a motorizada, a de montanha, a de selva, a de caatinga e a
blindada. O emprego da Infantaria especializada, juntamente com a
Cavalaria, a Artilharia, a Engenharia, a Intendência, as Comunicações e o
Material Bélico, garante ao Exército uma atuação efetiva na missão de
defender o território nacional e garantir os poderes constitucionais, a lei e
a ordem. Os conflitos atuais apontam para um novo cenário em que o
combate se dá em amplo espectro. Novas circunstâncias surgem e
caracterizam o campo de batalha, exigindo, cada vez mais, a preparação e
o conhecimento da tropa. Essa demanda tem sido atendida prontamente
pela Infantaria, ao implementar, desde a formação de seus oficiais, uma
nova mentalidade, alinhada à evolução do combate, por meio do uso de
equipamentos e tecnologias mais modernos e eficientes.

Conclusão
Enfim, seja Polícia do Exército, Guarda, Pantanal, Caatinga, Selva, Leve,
Aeromóvel, Montanha, Paraquedista, Motorizada, Mecanizada ou
Blindada, a Infantaria brasileira opera no amplo espectro das operações
militares e encontra-se presente em todo o território nacional
contribuindo para a defesa da Pátria.
Infantes do Brasil! Na data em que homenageamos seu insigne patrono,
que os valores militares evidenciados por esse herói nacional sejam
atributos sempre presentes em seus espíritos, mantendo vivas as tradições
e os princípios do imortal Brigadeiro Sampaio.
Salve a Infantaria do Exército Brasileiro!!!

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Referências bibliográficas
https://www.defesaemfoco.com.br/dia-da-arma-de-infantaria-24-de-
maio/
https://militares.estrategia.com/portal/mundo-militar/datas-
comemorativas/brigadeiro-sampaio-o-patrono-da-infantaria-do-exercito-
brasileiro
desgce.org/2022/05/23/dia-da-infantaria-24-de-maio-e-brigadeiro-
antonio-de-sampaio-o-pat
https://40bi.eb.mil.br/index.php/patrono-da-infantariarono-da-rainha-
das-armas-2/

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