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O Estado Novo foi o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil, entre 1937 até
1945, de forma ditatorial, concedendo benefícios aos trabalhadores e se
aproximando deles.
As imagens produzidas pelo DIP mostram Getúlio Vargas no centro da imagem,
simbolizando o poder em suas mãos. [1]
O Estado Novo foi o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil logo após um golpe de
Estado, em 10 de novembro de 1937. O Congresso Nacional foi fechado, e os partidos
políticos, extintos. Apesar de a oposição ter sido perseguida pelas forças opressoras da
ditadura, Vargas se aproximou dos trabalhadores por meio da Consolidação das Leis
Trabalhistas e teve o Departamento de Imprensa e Propaganda como aliado na construção
da imagem de “pai dos pobres”. Durante esse período, a Segunda Guerra Mundial começou,
e, em 1944, o Brasil enviou tropas para lutar junto dos Aliados na Itália. Getúlio Vargas foi
deposto do poder em 29 de outubro de 1945 por militares insatisfeitos com os oito anos de
governo autoritário.
O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas, começando em 1937 e se encerrando em
1945.
Nesse período, Vargas governou com amplos poderes, pois o Congresso estava fechado, os
partidos políticos, extintos e a imprensa, censurada.
Se, por um lado, a ditadura varguista censurava, perseguia e prendia os opositores, por
outro, se aproximou dos trabalhadores concedendo as leis trabalhistas.
O Estado Novo acabou logo após a deposição de Getúlio Vargas, no final de outubro de 1945.
O Estado Novo foi o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil, de forma
autoritária, entre 1937 até 1945. Ele já estava no poder desde o final de 1930, quando a
revolução que acabou com o poder das oligarquias o colocou como presidente da república.
A justificativa utilizada por Getúlio Vargas para dar um golpe e permanecer no poder era a
suposta ameaça comunista de tirá-lo do poder e implantar uma ditadura do proletariado.
Constituição de 1937
A Constituição de 1937 entrou em vigor no mesmo dia do golpe que deu início ao Estado
Novo, em 10 de novembro. O texto da nova Carta foi escrito pelo jurista Francisco Campos e
centralizava os poderes da república nas mãos de Getúlio Vargas. No preâmbulo, a
Constituição expressava a justificativa da sua outorga:
O motivo para que a Constituição de 1937 existisse era a suposta garantia da segurança
nacional, evitando que as lutas pelo poder promovidas pelos grupos políticos impedissem a
plena realização das ações governamentais. Meses antes, o governo divulgou o Plano
Cohen, que era uma suposta tentativa de os comunistas tomarem o poder. Porém, anos
depois, revelou-se que o plano era fajuto e só foi fabricado como forma de justificar o golpe
do Estado Novo. O texto inicial da Carta seguia a mesma linha do plano em questão: uso da
força do Estado para evitar um iminente golpe comunista.
Programadas para 1938, as eleições presidenciais foram extintas. Ao longo dos oito anos
de ditadura do Estado Novo, os brasileiros não puderam ir às urnas escolher seus
representantes no Parlamento e no Executivo. Nos estados, os interventores eram
escolhidos por Getúlio Vargas.
Outra medida que constava na Constituição era a censura aos meios de comunicação.
Estavam proibidas críticas ao governo federal ou ao presidente da república, sob ameaça de
prisão. O escritor Monteiro Lobato foi preso em 1941 porque escreveu um artigo criticando a
forma como o governo administrava a exploração do petróleo.
Ao anunciar o golpe do Estado Novo que fechou o Congresso, extinguiu os partidos políticos
e cerceou as liberdades individuais, Getúlio Vargas anunciou que o objetivo naquele
momento era garantir a segurança nacional, bem como a ordem interna, que estavam
ameaçadas pelas disputas entre fascistas e comunistas. Além disso, Vargas queria se
aproximar da classe trabalhadora por meio da imagem de “pai dos pobres”, do líder das
massas que concedeu os direitos trabalhistas.
O Estado Novo valorizou a cultura nacional e sua produção artística. Por isso, as músicas
exaltavam as belezas da nação, como o cantor e compositor Ary Barroso fez em Aquarela do
Brasil. A cantora Carmen Miranda se tornou grande símbolo desse período ao ser a primeira
artista brasileira a fazer sucesso nos Estados Unidos, levando até lá as cores, as danças e as
músicas do Brasil.
O DIP também foi responsável pela censura à imprensa, impedindo a publicação de notícias
negativas ao governo ou que denunciassem a forma violenta e autoritária com que os
órgãos repressivos perseguiam e prendiam os adversários da ditadura do Estado Novo.
No final dos anos 1930, o rádio era o principal meio de comunicação do Brasil. O DIP atuou
decisivamente nesse ramo para cumprir as suas obrigações. Para tanto, foi criado o
programa Hora do Brasil, transmitido sempre às 19 horas, com transmissão obrigatória
para todas as rádios do Brasil. Era o momento em que Vargas fazia seus discursos para os
trabalhadores, o governo divulgava suas ações e, na área da cultura, acontecia a divulgação
do samba como música nacional e de outras canções que exaltavam o país.
Uma das principais marcas da Era Vargas durante a ditadura do Estado Novo foi a legislação
trabalhista. Desde 1930, o governo federal investiu nas indústrias de base e no controle da
classe operária nascente. Com o golpe de Estado de 1937, Vargas abriu um canal direto de
diálogo com os trabalhadores, associando sua imagem com os benefícios concedidos aos
trabalhadores, como a carteira de trabalho, o descanso remunerado e outros benefícios.
O cenário mudou em 1942, quando navios brasileiros foram afundados por submarinos
alemães. As grandes manifestações no Rio de Janeiro exigindo que o Brasil saísse da
neutralidade e rompesse relações com a Alemanha fez com que Vargas apoiasse os Aliados
naqueles tempos decisivos do front. Mas outro fator pesou crucialmente. Os Estados Unidos
estavam em guerra desde o final de 1941 e viram na base aérea de Natal (RN) um local
estratégico para o deslocamento dos aviões que saíam do seu território em direção
à Europa.
Em 1943, foi criada a Força Expedicionária Brasileira, que, no ano seguinte, seguiu para a
Itália a fim de auxiliar os aliados a derrotarem os nazistas que estavam naquele país. Os
soldados brasileiros tiveram papel importante na derrota do Eixo em solo italiano,
principalmente ao conquistar Monte Castelo.
Os pracinhas, como os soldados ficaram conhecidos, voltaram para casa como heróis de
guerra, e os militares de alta patente começaram a perceber que não fazia sentido o país
enviar seus compatriotas para derrotarem um regime autoritário como o nazifascismo se em
casa o presidente era um ditador.