EMPRESARIAL
7a edição
Rio de Janeiro
2016
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
REALIZAÇÃO
2 TORNANDO-SE UM EMPRESÁRIO
Considerações Iniciais
13
15
Por que Empreender um Negócio? 15
A Necessidade de Vencer a Inércia 19
A Constituição Federal e o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas 23
Empresário 23
O Antigo Modelo 23
O Novo Modelo 24
Capacidade Civil 24
Empresário Versus Autônomo 24
Sociedade Empresária Versus Sociedade Simples 25
O Empresário Corretor de Seguros 26
O Contrato Social da Corretora de Seguros 26
Uma Empresa Baseada em Conhecimento e Consultoria 27
Capacidade de Gestão – Indicadores 28
Fixando Conceitos 2 29
SUMÁRIO 5
4 PLANO DE NEGÓCIOS
Considerações Iniciais
49
51
Constituição de um Plano de Negócio 51
Estrutura de um Plano de Negócios 52
Capa e Índice 52
Sumário Executivo 52
Planejamento Estratégico do Negócio 52
Descrição da Empresa ou Empreendimento 53
Produtos, Serviços e Capacidades 53
Análise de Mercado 53
Plano de Marketing e Vendas 53
Plano Financeiro 53
Plano de Produção/Operação 54
Plano Administrativo/Recursos Humanos 54
Anexos 54
Considerações sobre Planos de Negócios para Corretoras de Seguros 54
Fixando Conceitos 4 55
5 LIDERANÇA
Liderança Baseada em Princípios
57
59
O Líder Plenamente Desenvolvido 60
Liderança como Administração do Sentido 61
As Várias Faces de um Líder 62
O Líder como Cidadão 62
O Líder como Executivo 62
O Líder como Alavancador de Resultados 63
O Líder como Agente do Desenvolvimento de Pessoas 63
O Líder como Integrador 63
O Corretor de Seguros e a Liderança 64
Fixando Conceitos 5 65
TESTANDO CONHECIMENTOS 67
SUGESTÃO DE TRABALHO 71
GABARITO 73
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 75
UNIDADE 1 7
8 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Vivemos em um mundo globalizado. Esta não é uma observação recente,
pois desde a Antiguidade o Homem entendeu que precisava expandir seus
horizontes comerciais para trocar ou vender as mercadorias que produzia e
adquirir as que precisava. Houve um grande impulso na época das grandes
navegações, quando foram fixadas rotas importantes para o comércio entre a
Europa e lugares afastados do globo terrestre. Com essas rotas estabelecidas
e a Revolução Industrial, foi possível implantar novos padrões de comércio
global que se estendem até os dias de hoje, em que pese estarmos vivendo
uma lenta transição de eixos econômicos e a tramitação da informação como
sendo uma das principais moedas de troca globais.
UNIDADE 1 9
Em uma outra pesquisa, de 2005 são apontados, segundo ordem de
importância identificada pelos entrevistados, os principais motivos de extinção
das micro e pequenas empresas no Brasil. Os dados são reveladores:
• falta de clientes;
• carga tributária/impostos;
• encargos sociais;
• ausência de capital de giro;
• dificuldade financeira;
• concorrência;
• divergências com sócio/proprietário;
• má localização da empresa;
• margens baixas;
• profissionais/mão de obra não qualificada;
• desinteresse na continuação do negócio;
• maus pagadores/inadimplência;
• falta de crédito;
• burocracia;
• crise econômica do país;
• desconhecimento do mercado; e
• pouco ou nenhum conhecimento da área de gestão.
(a) acelerado
(b) lento
(c) sustentável
(d) global
(e) inalterável
FIXANDO CONCEITOS 1 11
12 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
2
TORNANDO-SE
UM EMPRESÁRIO
UNIDADE 2 13
14 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Muitas empresas multinacionais de hoje foram micro e pequenas empresas
no passado. Muitas começaram em garagens ou na sala de estar de seus
fundadores, estruturaram-se e viraram grandes corporações que empregam
milhares de funcionários. Na maioria das vezes, essas empresas foram fundadas
com base nos sonhos, no espírito empreendedor, nas ideias e na capacidade
de trabalho de seus fundadores.
• originalidade;
• flexibilidade;
• facilidade nas negociações;
• tolerância a erros;
• iniciativa;
• resiliência;
• otimismo; e
• autoconfiança.
UNIDADE 2 15
Um empreendedor é também um administrador e, para isso, necessita ter
conhecimentos administrativos, ter uma política para a empresa, ter diligência,
prudência e comprometimento com o seu negócio.
Muita gente está no comércio informal, por exemplo, por mera necessidade
de gerar subsistência, mas, de qualquer forma, essas pessoas identificaram
uma oportunidade. Isso não quer dizer sucesso, mas, de algum jeito, essas
pessoas geram receita para si e para suas famílias.
Sobre a Ideia
Muitos aspiram ser empreendedores e não mais somente empregados.
No entanto, para tornar este sonho realidade é necessário ter boas ideias.
Algumas delas são:
UNIDADE 2 17
Algumas questões para refletir:
• será que muitas imaginam que apenas o simples fato “de passarem
para o outro lado do balcão” as fará mudar automaticamente
de atitude?
• o que fazer?
• quando fazer?
• por que fazer?
• com quem fazer (se for o caso)?
• onde fazer?
• como fazer?
A NECESSIDADE DE VENCER
A INÉRCIA
Talvez o maior empecilho para que as pessoas possam trilhar o seu caminho e
encontrar a felicidade em suas vidas pessoal e profissional seja dar o primeiro
passo. A física conceitua como inércia a tendência que todo corpo tem de
manter-se no estado em que está, seja ele parado ou em movimento uniforme.
Para que isso se altere, é necessário imprimir ao corpo uma força, de origem
externa ou interna, que permita alterar este estado. A grande questão é que,
muitas vezes, sair da inércia, também significa deixar a zona de conforto,
porém só alcança o merecido sucesso aquele que tem a coragem necessária
para deixar a acomodação de lado.
Pensando um pouco nesses conceitos, cumpre perguntar que força seria essa
e como ela aparece. O ambiente externo traz àqueles que prestam atenção
nele, impulsos que podem significar a necessidade de movimentos defensivos
ou ofensivos. Imaginemos que alguém esteja lendo um jornal a caminho
do trabalho e entre as notícias se encontre um relato sobre a contínua piora dos
engarrafamentos na cidade.
Parte das pessoas ao ler esta notícia pode simplesmente registrar a informação
e, com certeza, essa notícia vai servir de base para um bate-papo no café.
Outras pessoas podem ler esta mesma notícia, refletir sobre a sua rotina
de deslocamento diário e tomar a decisão de dar uma olhada nas páginas de
classificados, para ver se há alguma oportunidade de imóvel em um local mais
próximo ao trabalho, que permita, por exemplo, deixar o carro na garagem e
usar algum tipo de transporte coletivo. Pode começar aí uma ideia de alteração
no status quo que, se alimentada, pode vir a significar o movimento necessário
para vencer o atrito e a inércia.
Não é possível motivar outra pessoa, mas podemos criar o ambiente para
que isso aconteça. O fundamental é que as pessoas encontrem razões
para reagir à inércia. A motivação é o combustível para se atingirem
determinados objetivos.
UNIDADE 2 19
Para vencer a inércia, acelerar é mais fácil, e o combustível para isso
é a informação, que deve ser buscada onde estiver e, a partir daí, ser
utilizada de forma a estruturar ações que proporcionem movimento.
Essas ações podem significar a necessidade de capacitação, de estudar melhor
o ambiente, consultar pessoas e entidades que possam fornecer subsídios e
opiniões fundamentadas sobre aquilo que está em interesse.
Motivação Brasil
A pesquisa ainda revela que, a cada 100 brasileiros que começam um negócio
próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios, e não
pela necessidade. Segundo o Sebrae, esse índice vem se mantendo estável nos
últimos anos, mas interfere diretamente na qualidade do empreendedorismo
brasileiro. O empresário atual abre uma empresa porque vê uma oportunidade
e investe naquela ideia. Ter uma empresa porque não se tem uma ocupação
não é mais o principal fator.
UNIDADE 2 21
• Os empreendedores nascentes e novos são considerados empreendedores
iniciais ou em estágio inicial.
Gênero
Faixa etária
Grau de escolaridade
Faixa de renda
O artigo 146 contém dois novos dispositivos, aprovados pela Reforma Tributária
de 2003, prevendo que uma lei de hierarquia superior, a lei complementar,
definirá tratamento diferenciado e favorecido para as MPEs, incluindo um
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos
estados e dos municípios, além de um cadastro unificado de identificação.
EMPRESÁRIO
O Código Civil brasileiro, Lei 10.406, de 10/01/2002, trouxe significativas
alterações na consagrada classificação existente entre atividades mercantis
(indústria ou comércio) e atividades civis (as chamadas prestadoras de serviços).
Para melhor compreensão do assunto, faz-se necessário um rápido resumo
do sistema que vigeu por mais de um século entre nós.
O Antigo Modelo
O Código Comercial de 1850 e o Código Civil de 1916 regiam o direito das
empresas mercantis e civis no Brasil até janeiro de 2003; dispunham que a
sociedade constituída com o objetivo social de prestação de serviços (sociedade
civil) tinha o seu contrato social registrado no Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas (exceto as Sociedades Anônimas e casos específicos previstos
em lei); enquanto que uma sociedade mercantil, constituída com o objetivo
de exercer atividades de indústria e/ou comércio, tinha o seu contrato social
registrado nas Juntas Comerciais dos Estados (inclusive todas as Sociedades
Anônimas e raras exceções previstas em lei, na área de serviços).
UNIDADE 2 23
O Novo Modelo
Com o Código Civil, o sistema jurídico passou a adotar uma nova classificação
que não se apoia mais na atividade desenvolvida pela empresa, isto é, comércio
ou serviços, mas no aspecto econômico de sua atividade, ou seja, fundamenta-se
na teoria da empresa.
Capacidade Civil
Outra importante mudança promovida pelo Código Civil brasileiro é com
relação à redução da idade mínima para que o empreendedor possa ter o
seu próprio negócio. A capacidade civil para ser empresário passa de 21 anos
para 18 anos, desde que a pessoa não seja legalmente impedida.
A emancipação do menor também foi reduzida e poderá se dar entre 16 e 18
anos ao relativamente incapaz. Lembramos que podem exercer a atividade de
empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.
Conceito de Empresário
Considera-se empresário, quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços (art. 966
do Código Civil).
Podemos afirmar que é considerado autônomo aquele que atua, por conta
própria (sem sócios), como profissional liberal (advogado, dentista, médico,
engenheiro, arquiteto, contabilista), e que, na verdade, vende serviços de
natureza intelectual.
UNIDADE 2 25
Sociedade Empresária
A sociedade empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente
de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo estado
(art. 982 e parágrafo único).
Sociedade Simples
Sociedades simples são aquelas formadas por pessoas que exercem profissão
intelectual (gênero), de natureza científica, literária ou artística (espécies),
mesmo se contarem com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
O EMPRESÁRIO CORRETOR
DE SEGUROS
Observando o que já foi colocado em relação às alterações trazidas pelo
Código Civil, as corretoras de seguros podem ser constituídas sob a forma
de sociedade limitada, simples ou empresária. As vigentes tiveram que se
adequar a estas classificações, tendo prazo, segundo as disposições previstas
no Código Civil, (art. 2.031) de, no máximo, um ano a partir da entrada em
vigor da nova legislação.
Assim pela sua natureza, como defensor dos interesses do segurado, o corretor
tende a fazer desaparecer as diferenças no campo do conhecimento técnico,
facilitando o contato com o segurador. Atua, portanto, como distribuidor dos
produtos de seguros e ao mesmo tempo como consultor e representante dos
segurados perante as seguradoras.
UNIDADE 2 27
• perícia em relações interpessoais:
– orientação para o aspecto humano dos problemas;
– habilidade para ganhar a confiança e o respeito;
– habilidade para conquistar a colaboração do cliente;
– habilidade em transferir conhecimento;
• habilidade em comunicação e persuasão, acima da média
– oral;
– escrita;
– gráfica; e
• maturidade psicológica (controle emocional e uso da razão).
• somatório dos prêmios de seguros pagos pelos seus clientes nas várias
carteiras e curva de crescimento no tempo; e
[1] Dentre os vários motivos que podem ser relacionados para justificar o fim das
empresas, entende-se que a ausência de conhecimento sobre os mecanismos
de _________________________ é um dos motivos mais importantes, se não for
o mais significativo entre todos.
FIXANDO CONCEITOS 2 29
Fixando Conceitos 2
[4] Podemos afirmar que a exposição de motivos do Código Civil, que traz
os traços do empresário, define três condições, que são:
(a) informalidade
(b) legislação
(c) confiança
(d) simpatia
(e) criatividade
[7] Podemos afirmar que, com o Código Civil, o sistema jurídico passou a adotar
uma nova classificação que não se apoia mais na atividade desenvolvida pela
empresa, isto é, comércio ou serviços, mas no aspecto econômico de sua
atividade, ou seja, fundamenta-se na:
FIXANDO CONCEITOS 2 31
32 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
3
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
DO NEGÓCIO
UNIDADE 3 33
34 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
A
s empresas, inclusive as corretoras de seguros, invariavelmente,
atingem o sucesso a partir da percepção de que precisam se preparar
para o futuro. Administrar não é uma tarefa fácil, ainda mais quando
não se tem noção de que há inúmeras oportunidades que podem significar
crescimento e sustentabilidade, e que não estar preparado para aproveitá-las
pode determinar fracasso competitivo.
Todo negócio tem fases que são determinadas pela sua maturidade. Planejar o
negócio depende, portanto, do nível de maturidade e da fase em que encontra;
mas estando o negócio em sua etapa inicial ou com vários anos de existência,
o planejamento estratégico é o instrumento que permeia a sua existência.
ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
A administração é o processo ativo de determinação e orientação do caminho
seguido por uma empresa para a realização dos seus objetivos. Por ser
um processo, está apoiada em um conjunto muito amplo de atividades,
compreendendo análises, decisões, comunicação, liderança, motivação, avaliação
e controle. Entre essas atividades, a tomada de decisão destaca-se como sendo
de fundamental importância para uma administração bem-sucedida.
UNIDADE 3 35
• o processo de planejamento é mais importante do que seu produto final,
os planos;
• os objetivos planejados precisam ser viáveis operacionalmente; e
• diz respeito à mudança.
PLANEJAMENTO NA EMPRESA
Poderíamos argumentar que se deve fazer planejamento na empresa, para
reduzir o grau de incertezas quanto ao futuro.
Planejamento Estratégico
× Administração Estratégica
• decisão de planejar;
• definição do grupo de planejamento;
• definição do modelo; e
• comunicação aos que serão afetados.
Decisão de Planejar
Essa decisão tem de ser um compromisso da administração, em diferentes níveis,
que decorre da conscientização sobre a real necessidade do planejamento, a
despeito do tempo e dos recursos a serem investidos.
Definição do Modelo
Não existe uma metodologia universal de planejamento, pois as organizações
diferem em tamanho, em tipos de informação, em estruturas empresariais
e em filosofia e estilo gerencial. Considerando a vasta bibliografia existente
sobre planejamento, torna-se imprescindível adaptar um modelo que melhor
se ajuste à realidade organizacional da empresa.
Comunicação
São as atividades destinadas a sensibilizar e garantir a participação
das pessoas que deverão contribuir na elaboração do planejamento.
Essas pessoas deverão ser informadas sobre a metodologia adotada, o
grau de seu envolvimento, os resultados e os impactos esperados.
UNIDADE 3 37
Análise do Ambiente (Diagnóstico
Estratégico)
O sucesso na elaboração e implementação de um processo de planejamento
(planos estratégicos) está condicionado, em grande parte, ao conhecimento
da realidade ambiental na qual a empresa está inserida.
Para facilitar essa tarefa, uma ferramenta muito utilizada é a análise SWOT.
A palavra Swot é uma sigla em inglês originária das palavras Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats) e dá nome a uma matriz que facilita a visualização destas quatro
características, que são essenciais para o planejamento dos mais variados
tipos de empresas.
Oportunidades
Ambiente externo
Forças
Fatores de influência:
1. Políticos
2. Econômicos
3. Sociais
4. Tributários/fiscais
EMPRESA
5. Regulatórios
6. Tecnológicos
7. Ecológicos
8. Outros
Fraquezas
Ameaças
UNIDADE 3 39
Utilizando-se dos dados e informações referentes às variáveis dos ambientes
interno e externo, mapeados e convenientemente analisados, somados ao
conhecimento da missão e visão de futuro da empresa, torna-se necessário fazer
um exercício de previsão de qual será a atuação da empresa no futuro.
Análise Externa
Consiste na atividade de levantamento e análise dos principais fatores
externos que, direta ou indiretamente, influenciam a empresa e/ou são por
ela influenciados. É onde se situam, portanto, clientes, usuários, instituições
congêneres, órgãos governamentais e financiadores, parceiros atuais e potenciais
da empresa.
Análise Interna
É a análise das condições internas que podem afetar os resultados empresariais,
positiva ou negativamente. Deve se concentrar nos aspectos básicos que
refletem a capacidade de gestão e permitem a localização dos pontos fortes
e fracos da empresa.
Cenários
Trata-se de um exercício de prospecção que analisa a influência, no presente,
de futuros alternativos e os impactos, no futuro, de opções atuais de ação.
A análise múltipla de cenários traz como principais benefícios às empresas:
UNIDADE 3 41
• Definição da Missão
A missão é a razão de ser da empresa e reflete os motivos pelos quais foi
criada e é mantida. Ela determina como a empresa vê sua contribuição no
atendimento às necessidades sociais. A missão responde à pergunta:
por que existimos?
• Diretrizes Gerais
Delas, derivam-se os objetivos propostos, as estratégias para alcançá-los e as
ações para operacionalizá-los.
• Definição de Estratégias
As estratégias são escolhas; decisões que caracterizam um conjunto
integrado de ações, destinado a viabilizar os objetivos empresariais.
Desta maneira, cada estratégia está associada a um ou mais objetivos.
Elas expressam como a empresa vai usar seus recursos, seus pontos fortes
e suas oportunidades para atingir os resultados desejados. Estratégias são
respostas à pergunta sobre como atingir os objetivos.
• um objetivo ou indicador;
• um valor ou quantificação; e
• um prazo determinado.
Indicadores de Desempenho
Um indicador de desempenho é qualquer medida identificada como
característica dos produtos, serviços ou processos, ou operações utilizadas pela
empresa para avaliar e melhorar o desempenho e acompanhar o progresso.
• ser compreensível;
• ter aplicação fácil e abrangente;
• ser interpretável de modo uniforme;
• ser compatível com o processo de coleta de dados;
• ser preciso quanto à interpretação dos resultados;
• ter aferição economicamente viável; e
• oferecer subsídios para o processo decisório.
Planos de Ação
Os planos de ação constituem a descrição dos passos, das etapas a serem
seguidas em cada estratégia e das ações concretas a serem realizadas. É o
conjunto de atividades planejadas que indicam, claramente, o que deve ser
feito, quando e quem é o responsável.
UNIDADE 3 43
Implantação e Controle
Finalizado o plano, vem a etapa de implantação. Dispõe-se, então, o
planejamento estratégico que contém os planos de ação, os quais estipulam
responsabilidades pela execução e prazos, para que cada um possa tomar as
medidas necessárias à efetivação.
Revisão Periódica
Com base no acompanhamento dos resultados, o plano estratégico deve ser
periodicamente revisado para abrigar alterações que se façam necessárias
para corrigir rumos.
Algumas considerações
(a) contabilidade
(b) negociação
(c) administração
(d) gestão de pessoas
(e) estimação
[2] É correto afirmar que se deve fazer planejamento estratégico porque visa:
FIXANDO CONCEITOS 3 45
Fixando Conceitos 3
[5] Diz-se que um bom empresário é aquele que tem a capacidade de enxergar
as nuanças do mercado e perceber que precisa alterar o rumo, adaptar-se a
novas circunstâncias e até mesmo sair de um mercado saturado, alterando
a _____________ e a _____________ da empresa.
(a) forças
(b) oportunidades
(c) estratégias
(d) capacidades
(e) metas
(a) característica
(b) intercorrência
(c) meta
(d) atribuição
(e) medida
FIXANDO CONCEITOS 3 47
48 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
4
PLANO DE
NEGÓCIOS
UNIDADE 4 49
50 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O desenvolvimento do plano de negócios pode ser visto como uma etapa
no processo empreendedor que tem como finalidades:
CONSTITUIÇÃO DE UM PLANO
DE NEGÓCIO
As seções que compõem um plano de negócios podem ser padronizadas
para facilitar o entendimento. Cada uma das seções do plano tem um
propósito específico.
UNIDADE 4 51
ESTRUTURA DE UM PLANO
DE NEGÓCIOS
O plano de negócios é composto por várias seções que se relacionam e permitem
um entendimento global do negócio. Essas seções são organizadas de forma a
manter uma sequência lógica que permita a qualquer leitor do plano de negócios
entender como funciona o empreendimento e o que se planeja.
Capa e Índice
A capa do plano de negócios fornece a primeira impressão e pode
determinar o grau de atenção que algum leitor proporcionará inicialmente
ao documento.
Sumário Executivo
O sumário executivo é a principal seção do plano de negócios. Através do sumário
executivo é que o leitor decidirá se continua ou não a ler o plano de negócios.
Análise de Mercado
Deve-se mostrar que se conhece muito bem o mercado: como está
segmentado, características dos consumidores, concorrentes, estratégias e
análise dos movimentos, a possível participação de mercado do empreendimento
e a dos principais concorrentes, fornecedores, riscos do negócio. A análise
do mercado envolve, pelo menos, três dimensões: o mercado consumidor, os
fornecedores e os concorrentes.
Plano Financeiro
O plano financeiro deve apresentar em números todas as ações planejadas de
seu empreendimento e as comprovações, através de projeções futuras (quanto
precisa de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio.
Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço, ponto
de equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de
retorno sobre investimentos.
UNIDADE 4 53
Plano de Produção/Operação
Para empresas de produtos, o plano de produção esclarece como tais
produtos serão produzidos, desde a aquisição de matéria-prima, passando
pela produção, até a entrega. Para empresas de serviços, como uma corretora
de seguros, o plano de operação será utilizado para descrever os processos
operacionais adotados em cada área: cotação; renovação; sinistros.
Anexos
Esta seção deve conter todas as informações relevantes para o melhor
entendimento de seu plano de negócios. Por isso, não tem um limite
de páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação que não se pode
esquecer, é de incluir a relação de curriculum vitae dos sócios da empresa ou
elementos-chave. Você poderá anexar, ainda, informações como plantas
da localização, roteiro e resultados completos das pesquisas de mercado
realizadas, material de divulgação de seu negócio, folders, catálogos, estatutos,
contrato social da empresa, planilhas financeiras detalhadas.
CONSIDERAÇÕES SOBRE
PLANOS DE NEGÓCIOS PARA
CORRETORAS DE SEGUROS
Não há nenhuma diferença entre o modelo de plano de negócios apresentado
anteriormente e qualquer um que possa ser elaborado para uma corretora
de seguros. Todos os conceitos são aplicáveis.
(a) empreendedor
(b) estratégico
(c) administrativo
(d) organizacional
(e) tributário
FIXANDO CONCEITOS 4 55
Fixando Conceitos 4
(a) produzir
(b) administrar
(c) vender
(d) contabilizar
(e) distribuir
UNIDADE 5 57
58 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
H á muita discussão sobre o que é liderança, quais as características dos
líderes de sucesso e se isso pode ser aprendido.
O tema liderança vem sendo discutido com mais frequência nos últimos
anos, entre estudiosos, instituições de ensino e organizações empresariais.
É crescente o número de artigos e livros que são publicados mensalmente,
havendo, também, uma oferta significativa de seminários, palestras e
conferências. Dessa forma, a liderança vem se caracterizando como um
elemento de grande importância no mundo dos negócios.
Há, sem dúvida, muitas teorias sobre a formação de líderes que acabaram se
transformando em verdades absolutas porém é preciso tomar cuidado, pois
nem tudo o que existe faz realmente sentido na prática. Todavia, existem
alguns atributos essenciais na formação de um líder e algumas escolas de
pensamento que merecem ser visitadas.
LIDERANÇA BASEADA EM
PRINCÍPIOS
Com o intuito de revolucionar o treinamento gerencial, Steven Covey, sugeriu,
em 1994, um novo mapa mental, uma liderança baseada em princípios.
De acordo com este autor, os princípios afloram como valores, ideias,
normas e ensinamentos que “enobrecem, elevam, realizam, legitimam e
inspiram as pessoas” (COVEY, 1994, p.48). Steven Covey afirma, ainda, que a
transformação da liderança ocorre quando se exercitam as oito características
dos líderes baseadas em princípios.
UNIDADE 5 59
Para Covey (1994), as pessoas que se baseiam em princípios possuem atitude
otimista, e seu espírito é entusiasta. Essas pessoas irradiam energia positiva e
contagiam todos à sua volta. Assim, percebe-se que o ambiente é influenciado
pela postura que as pessoas assumem perante os fatos e situações da vida.
O LÍDER PLENAMENTE
DESENVOLVIDO
Esta teoria se fundamenta na afirmação de que tornar-se um líder é o mesmo
que se tornar um ser humano pleno. A formação do líder, segundo Bennis
(1996), baseia-se na suposição de que os líderes são pessoas capazes de se
expressar plenamente, sabendo quais são suas forças e fraquezas e como
empregar integralmente as primeiras para compensar as últimas.
Outra habilidade do líder refere-se à abertura para correr riscos, sem esquecer
da possibilidade de cometer erros. O líder deve estar disposto a “encarar riscos
com tranquilidade, sabendo que fracassos são tão vitais quanto inevitáveis”
(BENNIS, 1996, p. 78).
Sievers (1997) tem a convicção de que a vida é uma luta contínua por sentido,
mas para isso, se deve admitir que ela não é eterna. Sabe-se que a estrutura
da organização é criada e sustentada para sobreviver a muitas gerações,
enquanto a vida das pessoas que a povoam é finita.
UNIDADE 5 61
Nesse contexto, a maturidade é essencial para se desenvolver a liderança
como a administração do sentido. “À medida que a liderança não raro se
apresenta como perpetuação da imaturidade, ela é um tipo de perversão ou
administração equivocada” (SIEVERS, 1997, p. 23).
UNIDADE 5 63
Não há somente as mudanças externas. Líderes e seguidores buscam, de
alguma forma, alterar a realidade social e natural através de seus objetivos,
identificando questões no seu ambiente que precisem de melhorias e
trabalhando para realizá-las.
O CORRETOR DE SEGUROS
E A LIDERANÇA
Para Deepak Chopra, sucesso depende de líderes com alma. Ele diz que
“quem almeja apenas dinheiro e poder fracassa no mais importante”.
Mais do que poder, inteligência e visão, o líder precisa ter alma para triunfar
no mundo dos negócios do século XXI. “Os líderes que entendam a hierarquia
das necessidades e respostas terão sucesso”, continua.
Esse tipo de liderança é bastante especial e é uma das variáveis que explicam
o sucesso de alguns corretores de seguros que conseguem reter e fidelizar
clientes. Na verdade, não é um contrato formal de liderança, até mesmo
porque, em um mercado altamente competitivo como o que vivemos é
natural que o cliente receba infindáveis propostas e que lhe sejam acenadas
várias oportunidades, mas, de alguma forma, os corretores de seguros que
investem em estender os princípios da liderança para o seu relacionamento
com os clientes acabam por ter seguidores fiéis.
Talvez, alguns dos segredos dessa relação estejam na transparência das trocas
de informações, no real apreço pelo cliente e pelos negócios do cliente,
sobretudo pela proteção de seu patrimônio, sua vida e sua capacidade
produtiva, pela busca de soluções e pela disponibilidade, ou seja, pela
criação de valor efetivo.
Valor pode ser definido pela relação custo-benefício ou pela diferença entre o
que um cliente espera e o que ele realmente recebe. Alguns autores definem
benefícios como aspectos práticos e emocionais colocados à disposição e
percebidos pelos clientes, e os custos como os dispêndios em dinheiro, tempo,
energia física e psicológica, entre outros. Portanto, também é um meio de
exercer liderança investir de forma estratégica na relação com os clientes.
(a) contabilidade
(b) liderança
(c) administração
(d) gestão de pessoas
(e) chefia
(a) pessoas
(b) burocracia
(c) exemplos
(d) princípios
(e) fatos
FIXANDO CONCEITOS 5 65
Fixando Conceitos 6
(a) registro
(b) futuro
(c) sucesso
(d) CNPJ
(e) funcionários
TESTANDO CONHECIMENTOS 67
ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA
Anotações: CORRETA
(a) 17 anos.
(b) 18 anos.
(c) 19 anos.
(d) 20 anos.
(e) 21 anos.
(a) Empreender.
(b) Traduzir os valores.
(c) Estabelecer o tempo para registrar a empresa.
(d) Entender os mecanismos de gestão empresarial.
(e) Definir a sua razão de ser, refletindo sobre os motivos pelos quais foi
criada e deve ser mantida.
TESTANDO CONHECIMENTOS 69
CORRELACIONE AS COLUNAS ABAIXO E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA
Anotações: CORRETA
(a) 1,1,1
(b) 1,2,1
(c) 1,2,2
(d) 2,1,1
(e) 2,2,1
(a) liderança
(b) consultoria
(c) pressão
(d) experiência
(e) influência
(a) liderança
(b) consultoria
(c) relação
(d) experiência
(e) influência
Conhecer e caracterizar quem são seus futuros clientes, o que e por que
compram, como e quando fazem suas compras e quais são suas tendências de
consumo são avaliações essenciais para o sucesso de seu negócio.
Boas dicas para alcançar seus objetivos quanto ao mercado são: lançar um olhar
crítico sobre seu futuro negócio; analisá-lo do ponto de vista do consumidor
e, a partir daí, definir o mercado a ser atingido. Você pode começar por
identificar segmentos de mercado específicos nos quais deseja atuar, para,
em seguida, analisar renda, idade e classe social dos futuros consumidores
do produto que sua empresa irá “vender”.
Lembretes:
TESTANDO CONHECIMENTOS 71
Estrutura do Plano de Negócios:
Anotações:
• Capa e Índice;
• Sumário Executivo;
• Planejamento Estratégico do Negócio;
• Descrição da Empresa ou Empreendimento;
• Produtos, Serviços e Capacidades;
• Análise de Mercado;
• Plano de Marketing;
• Plano Financeiro; e
• Anexos.
Unidade 1 Unidade 2
1–C 1–B 5–C
2–A 2–B 6–A
3–D 7–C
4–E 8–E
Unidade 3 Unidade 4
1–C 6–B 1–A
2–E 7–C 2–E
3–C 8–D 3–C
4–E 9–C 4–E
5–E 10 – E 5–C
Unidade 5
1–B
2–D
3–E
4–E
Testando Conhecimentos
1–C 5–B 9–E
2–A 6–E 10 – B
3–D 7–E 11 – A
4–B 8–B 12 – C
GABARITO 73
74 NOÇÕES DE GESTÃO EMPRESARIAL
Referência Bibliográfica
ANSOFF, H. Do planejamento estratégico à administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1990.
________________. Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes. São Paulo: Best Seller, 1996.
DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Noções de Gestão Empresarial. Assessoria
técnica de Sergio Ricardo de Magalhães Souza. 5. ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Funenseg, 2013. 78 p.
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Noções de Gestão Empresarial. Assessoria
técnica de Rodrigo Maia Jorge. 6. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2014. 78 p.
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Noções de Gestão Empresarial. Assessoria
técnica de Rodrigo Maia Jorge. 6. ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Funenseg, 2015. 78 p.
KNIGHT, K. A descriptive model of the intra-firm innovation process. Journal of Business of the University
of Chicago, vol 40, 1967.
LOURENÇO, Daniela F.C. A falta de planejamento como fator determinante para a não sobrevivência da
micro e pequena empresa. Monografia, INPG, 2005/2006.
ROBERT, Michael. Estratégia – como empresas vencedoras dominam seus concorrentes. São Paulo:
Negócio, 1998.
SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism, and Democracy. 3. edition, New York: Harper and Row, 1950.
SIEVERS, Burkard. Além do sucedâneo da motivação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo,
v. 30, n. 1, p. 5-16, jan./mar. 1990.
Sites
www.sebrae.com.br
www.susep.gov.br
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 75