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Planejamento em TI
Apresentação 4
1. Administração Estratégica 5
Conceito de Estratégia 5
Administração Estratégica e Competitividade Estratégica 7
Tipos de Estratégia de Negócios 10
Cadeia de Valor 13
4. Gestão Estratégica de TI 42
Gestão Estratégica da Informação e da TI 42
Etapas da Gestão Estratégica da Informação e da TI 42
Planejamento 43
Execução 44
Avaliação e ação corretiva 44
Diretrizes Estratégicas 45
Planejamento Centralizado 47
Tecnologia de Ponta (Inovação) 47
Livre Mercado 48
Monopólio 49
Recursos Escassos 49
Mal necessário 49
A Escolha da Diretriz Estratégica 50
Considerações Finais 53
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Planejamento em TI
Capítulo 3 55
Capítulo 4 55
Referências 57
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Planejamento em TI
Apresentação
Prezado aluno é um prazer acompanhá-lo nessa disciplina tão importante para o curso. Nosso objetivo
é prover conceitos e ferramentas necessárias para o desenvolvimento de um Planejamento Estratégico do
Negócio de uma organização empresarial. Vamos apresentar os modelos para a estrutura estratégica, tática
e operacional dos sistemas de informação e a infraestrutura de TI necessários para o atendimento das
decisões, ações e respectivos processos da organização, além de fornecer os instrumentos indispensáveis
para o planejamento estratégico de uma organização corporativa.
Ao longo do nosso estudo vamos discutir o conceito de administração estratégica e os principais modelos
para seu estudo e implantação, em destaque ao modelo de 5 forças de Michael Porter. Veremos em detalhes
o uso do modelo Balanced Scorecard, criado por Kaplan e Norton, ligados à universidade americana Harvard
Business School, que é muito utilizado nas organizações para acompanhar os indicadores de negócio e,
consequentemente, a implementação da sua estratégia. Depois finalizaremos enfocando o planejamento
estratégico da área de TI.
A motivação de estudar as estratégias empresariais baseia-se no fato de que a empresas fazem parte do
mundo dos negócios que visa o lucro e o retorno dos capitais investidos no menor tempo possível. Nesse
ambiente de alta competitividade, as informações assumem um papel extremamente importante para o seu
sucesso. Para maior eficácia na formulação e implementação da estratégia corporativa, é necessário dispor
de informações estratégicas pertinentes obtidas a partir da realização de análises dos ambientes interno e
externo. Por sua vez, as ações estratégicas são pré-requisitos para a obtenção dos resultados desejados.
As metas para alcançar competitividade estratégica e auferir retornos superiores à média representam um
grande desafio para qualquer empresa. O processo de administração estratégica deve ser uma abordagem
racional que ajude a empresa a responder eficazmente aos desafios do cenário competitivo do século XXI.
E é neste cenário instigante e atraente, caro aluno, que convidamos você a prosseguir no estudo da nossa
disciplina: Planejamento Estratégico de TI.
Abner Netto
Elisamara de Oliveira
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Planejamento em TI
1. Administração Estratégica
Prezado aluno, para que as organizações se mantenham neste mercado altamente competitivo torna-
se essencial saber onde se está e para onde se quer ir. Estes são fatores essenciais que nortearão
o planejamento estratégico da empresa. A área de TI passou de um papel operacional nas décadas
de 1960 e 1970 para um nível estratégico a partir da década de 1980. Com a internet e o comércio
eletrônico, o uso da TI se intensificou nas organizações. É difícil imaginar, atualmente, qualquer tipo de
organização que não utilize da TI para manter ou melhorar seus negócios. Vamos ver isso em detalhes
neste capítulo.
Conceito de Estratégia
1 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratégia
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Planejamento em TI
!
dem ser estabelecidos de forma explícita, em
documentos formais ou não, podem ser gerais
ou específicos e deliberam as estratégias.
• Estratégia como Pretexto: como o próprio
Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), es- nome já diz, este tipo de estratégia significa
tratégia trata-se da “forma de pensar no futu- uma manobra intencional para enganar um
ro, integrada no processo decisório, com base oponente ou competidor. É uma estratégia do
tipo deliberada.
em um procedimento formalizado e articulador
• Estratégia como Padrão: nesta estratégia, o
de resultados”.
termo padrão se refere ao conjunto das es-
Michael Porter (2001), principal autor sobre tratégias realizadas (não só os planos). Dentro
da definição de estratégia como um padrão,
estratégia competitiva atualmente, define a
distinguem-se, ainda, 5 tipos de estratégias:
ideia de estratégia ou posicionamento estraté-
as estratégias pretendidas, as deliberadas, as
gico como “realizar um conjunto de atividades não realizadas, as emergentes e as realizadas.
distintas da dos competidores, que signifique O padrão estratégico consiste no conjunto das
maior valor para os clientes e/ou crie um valor estratégias pretendidas e deliberadas, somadas
comparável a um custo mais baixo”. com as emergentes, ou seja, são as estratégias
efetivamente realizadas.
• Estratégia como Posição: este tipo de estratégia
Segundo Harrison (2005), uma estratégia pode
é aquele que interage ou faz a mediação entre
ser concebida como uma sequência temporal de de-
a empresa e o ambiente. É uma associação en-
cisões, ou, alternativamente, como um processo que
tre organizações e meio, isto é, entre o con-
envolve um conjunto de ações voltadas para mover
texto interno e externo. Esta estratégia é im-
uma empresa em direção ao cumprimento de suas
portante pela relatividade das coisas ou fatos.
metas de curto prazo e seus objetivos de longo prazo.
Uma situação, que para uma pessoa pode ser
tática, para outra pode ser estratégica. Aquilo
O dicionário Aurélio define estratégia como “a arte
que é estratégico depende do tempo de ocor-
de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições
rência ou de análise: o que parece tático hoje
favoráveis com vista a objetivos específicos”. Para
pode ser estratégico amanhã, e vice-versa. A
Hitt et al (2005) é conjunto integrado e coordenado
estratégia em termos ecológicos pode ser um
de compromissos e ações, cujo objetivo é explorar as
nicho ambiental; em termos econômicos, um
competências essenciais e alcançar uma vantagem
lugar que gera renda; e, em termos adminis-
competitiva.
trativos, um domínio do produto no mercado.
Devido à ambiguidade da palavra dentro de cada • Estratégia como Perspectiva: este tipo de es-
contexto, Mintzberg e Quinn (2001) criaram cinco de- tratégia está relacionado a um modo muito
finições: particular de concepção do mundo. Esta con-
cepção de mundo, ou esta forma de enxergar
as coisas, está presente no interior da organi-
• Estratégia como Plano: a estratégia adotada zação. A palavra alemã weltanschauung (visão
como plano, significa que existe um caminho a do mundo) é a que mais se aproxima desse
ser conscientemente seguido, ou seja, há uma tipo de estratégia: significa a intuição coletiva
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Planejamento em TI
!
? O processo de administração estratégica é di-
nâmico por natureza, e pode ser representado
pelos compromissos, decisões e ações neces-
O QUE É ESTRATÉGIA? sárias para que a empresa alcance a competiti-
vidade estratégica e tenha retornos superiores
Assista à entrevista com o professor à média. (HITT et al, 2005).
Michael Porter sobre o conceito de estratégia.
Para maior eficácia na formulação e implementa-
http://www.youtube.com/watch?v=s4ep36F4
ção da estratégia, é necessário dispor de informações
WTQ&feature=related
estratégicas pertinentes obtidas a partir da realização
de análises dos ambientes interno e externo. Por sua
vez, as ações estratégicas são pré-requisitos para a
Administração Estratégica e obtenção dos resultados desejados.
Competitividade Estratégica
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Planejamento em TI
no futuro se não implantarem corretamente suas es- 33 O modelo de organização industrial (I/O) expli-
tratégias. Uma pesquisa realizada com CEOs (Chief ca a influência dominante do ambiente externo
Executive Officer) apontou que uma “estratégia forte sobre as ações estratégicas da empresa. Ele
e adequadamente formulada” representa o principal especifica que o setor no qual uma empresa
ponto capaz de transformar a empresa na mais res- decide atuar exerce maior influência no seu de-
peitada de todas no futuro. sempenho do que as decisões tomadas inter-
namente por seus gestores.
O cenário competitivo do século XXI está mudan- 33 O modelo de retornos superiores à média ba-
do a natureza fundamental da competição em muitas seado nos recursos, pressupõe que toda a or-
indústrias do mundo. O ritmo dessa mudança, além ganização seja um conjunto de recursos e ca-
de implacável, está aumentando de velocidade. Até pacidades único, que possa gerar a base para
mesmo a determinação dos limites de um setor está a sua estratégia e que seja a principal fonte de
se tornando um desafio. Outra característica, é que seus retornos.
as fontes convencionais de vantagem competitiva, 33 Como resultado da análise dos ambientes in-
como as economias de escala e orçamento de publi- terno e externo da empresa, obtêm-se as in-
cidade vultosos, não têm a mesma eficácia. Além dis- formações exigidas para dar forma à intenção
so, os gestores devem adotar uma nova mentalidade estratégica e desenvolver a missão estratégica,
– a que valoriza a flexibilidade, velocidade, inovação, conceitos que relacionam-se com a competiti-
integração e os desafios que surgem a partir de con- vidade estratégica.
dições em constante fase de mudança. Hiperconcor- 33 A intenção estratégica existe quando todos os
rência é um termo geralmente empregado para indi- empregados e níveis da empresa estão empe-
car a realidade do cenário competitivo do século XXI. nhados na busca de um critério específico (e
[HITT, IRELAND, HOSKISSON, 2005]. significativo) de desempenho e possui um en-
foque interno.
33 A missão estratégica flui da intenção estraté-
!
gica e possui enfoque externo. É a declaração
do propósito e do alcance únicos da empresa
em termos de produto e mercado, possibilitan-
do as descrições gerais dos produtos que uma
empresa deseja fabricar e os mercados a que
Os ambientes hipercompetitivos e o cenário atenderá usando suas competências essenciais
competitivo do século XXI são consequência de internas.
vários fatores, sendo as duas principais causas
o surgimento de uma economia e tecnologia As empresas possuem indivíduos com a função de
globalizadas e as mudanças tecnológicas parti- estrategistas, que podem ser o próprio dono de uma
cularmente rápidas. pequena empresa, como um grupo de executivos
numa organização de grande porte. Eles desempe-
nham papéis críticos nos esforços da empresa para
Existem dois modelos que as empresas utilizam
alcançar os resultados estratégicos desejados.
para gerar informações necessárias para formular e
implementar estratégias: o modelo I/O de retornos
superiores à média e o modelo de retornos superio-
res à média baseado nos recursos. Estes modelos
possuem as características:
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Planejamento em TI
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Planejamento em TI
?
Leia o artigo “Planejamento Estratégico”
“O SEBRAE divulgou uma pesquisa sobre a curta vida das empresas brasileiras cerca de 75% das
empresas no Brasil, fecham as portas antes de completarem dois anos de vida; a pesquisa aponta que
os motivos são vários e os empresários se justificam dizendo que foi por causa da alta carga tributária
ou por que a economia está ruim ou ainda a falta de apoio do governo. Mas na verdade a falta de
planejamento é o principal motivo do fracasso.
As empresas de pequeno e médio porte no Brasil normalmente detêm recursos limitados, por isso o
planejamento é mais essencial ainda, pois ele auxilia as empresas a utilizarem melhor suas capacidades
e minimizar a perdas desnecessárias.
....”
As estratégias de negócios, também conhecidas como estratégias genéricas, dizem respeito à posição da
empresa no setor em comparação a seus concorrentes. As empresas em posições mais favoráveis conse-
guem administrar melhor as forças competitivas, porém a eficácia de cada estratégia dependerá das oportu-
nidades e ameaças que possam existir no ambiente externo da empresa e das possibilidades proporcionadas
pelos recursos, capacidades e competências essenciais exclusivos dessa empresa.
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Planejamento em TI
De acordo com Porter (1998), as empresas contam com 4 estratégias: 3 estratégias básicas de âmbito de
negócios e 1 estratégia combinada:
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Planejamento em TI
• Reter clientes e fornecedores: formar novas e valiosas relações com eles. Isso pode impedir que clientes
e fornecedores abandonem uma empresa em favor de suas concorrentes ou intimidem uma empresa
quanto à aceitação de relações menos lucrativas.
• Embutir custos de troca: tornar clientes ou fornecedores dependentes do uso contínuo de sistemas de
informação interorganizacional inovadores e mutuamente vantajosos. Clientes ou fornecedores hesitam
em pagar os custos de tempo, dinheiro, esforço e incômodo que ocorreriam pela troca por concorrentes
da empresa.
• Erguer barreiras ao ingresso: aumentar a quantidade de investimento ou a complexidade da tecnologia
necessária para competir em um setor ou segmento de mercado pode desencorajar ou retardar a entra-
da de outras empresas no mercado.
Fonte: http://www.usteed.com.br/?page_id=334
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Planejamento em TI
?
Conheça um pouco mais sobre a obra de Michael Porter, o pai da estratégia moderna, lendo o artigo da
HSM Management e assistindo ao vídeo no YouTube:
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/4-erros-que-estragam-sua-estrategia-segundo-michael-
porter
http://www.youtube.com/watch?v=b-eIZlnLYoo
Cadeia de Valor
Um outro modelo de estratégia é a Cadeia de Valor, que, de acordo com O´Brien (2004), mostra como
um produto se encaminha, iniciando na etapa da matéria-prima até o consumidor final e pode aumentar
as comunicações e a colaboração interna na empresa, de forma a aumentar drasticamente os serviços de
coordenação e apoio administrativos.
De acordo com Porter e Millar (1985), a otimização dos elos de ligação entre departamentos internos e
com o exterior (fornecedores e canais de distribuição) é uma fonte poderosa de vantagem competitiva que
pode e deve ser melhorada com o uso de TI, para desempenho de funções de otimização e controle, assim
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Planejamento em TI
como para tomada de decisão. Esses elos surgem quando a maneira como uma atividade é desempenhada
afeta o custo ou a eficácia de outras.
Na figura 1 podemos identificar vários sistemas que ajudam a otimizar os elos de ligação entre os depar-
tamentos de uma empresa. Quanto mais otimizados esses elos, melhor avaliada a contribuição de TI para
os negócios.
Porter e Millar (1985) sugerem cinco passos para que gerentes utilizem de forma eficiente a TI em seus
negócios:
• Avaliar a intensidade da informação existente e potencial nos produtos e processos das unidades de
negócios, ou seja, se a empresa possui um grande número de fornecedores e clientes com quem nego-
cia diretamente produtos cuja venda exige grande quantidade de informação; produtos com ampla va-
riedade de itens distintos; produtos cujo uso exige muitas informações; produtos de usos alternativos.
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Planejamento em TI
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Planejamento em TI
Exercícios do Capítulo 1
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Planejamento em TI
Para alcançar a competitividade estratégica e au- nais, quanto as que buscam retornos superiores à
ferir retornos superiores à média, uma empresa de- média na forma de empreendimentos com base na
verá analisar o seu ambiente externo, identificar as Internet.
oportunidades neles existentes, determinar quais de
seus recursos e capacidades internas são competên- Isso depende da capacidade da empresa em de-
cias essenciais e selecionar uma estratégia adequada senvolver e explorar novas competências essenciais
para implementação. Essa gama de procedimentos antes que os seus concorrentes consigam imitar as
deve ser obrigatória a todas as empresas – tanto vantagens competitivas proporcionadas pelas com-
aquelas que concorrem pelos meios mais tradicio- petências essenciais atuais. De um modo mais am-
plo, essas empresas observam os desdobramentos ocorridos nos mercados mundiais para identificar oportu-
nidades emergentes e explorar suas vantagens competitivas.
O cliente é o alicerce das estratégias bem-sucedidas no nível de negócios e as empresas precisam atender
a alguns grupos de suas necessidades; uma delas é adquirir produtos que agreguem valor. Dessa forma, as
empresas só conseguirão desenvolver a fidelidade desses clientes através da total satisfação de suas neces-
sidades.
Vejamos um exemplo.
Existem alguns produtos que auxiliam a empresa na tarefa de fidelizar clientes, como o comercializado
pela i2Technologies para a americana GM – General Motors, que ajuda a entender melhor os clientes
e fornecedores e administrar suas relações com eles. É o programa de treinamento “Real Whirled” da
Whirlpool, cujo objetivo é gerar informações que possam ser transmitidas aos responsáveis pelo treina-
mento em vendas e ao pessoal que se relaciona com os empregados em estabelecimentos varejistas,
para ensiná-los a vender os produtos Whirlpool. Fonte: [HITT, IRELAND, HOSKISSON, 2005]
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Planejamento em TI
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Planejamento em TI
empresa deve implementar estratégias capazes de agregar valor e satisfazer essas necessidades, como o
caso da IBM, que tem como imperativo estratégico converter a competência essencial tecnológica da empre-
sa mais rapidamente em produtos comerciais que o cliente valorize. É interessante observar, também, que o
crescimento dos serviços prestados pela IBM a seus clientes contribuiu para as vendas de
hardware.
Outro caso é da HP, que criou uma divisão de serviços eletrônicos, em que oferece
potência em processamento de dados em uma rede mediante o pagamento de uma taxa
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Planejamento em TI
No ambiente interno deve-se verificar se a organização possui as competências necessárias para apro-
veitar as oportunidades que o mercado oferece, avaliando periodicamente os aspectos de marketing, finan-
ceiros, de produção e organizacionais. Esses aspectos serão classificados como pontos fortes, que não devem
ser motivo de orgulho, ou fracos, que não precisam ser corrigidos em sua totalidade pela organização. Para
Las Casas (2001) pontos fortes e fracos são assim definidos:
• Pontos fortes: são os fatores que representam vantagem competitiva da organização em comparação
a seus concorrentes ou ao exercício de qualquer atividade.
• Pontos fracos: são os fatores que refletem negativamente nos resultados da organização, interferindo
em sua capacidade.
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Planejamento em TI
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:Cinco_Forças_de_Porter.png
?
de lucro final na indústria, que é medido em termos
de retorno a longo prazo sobre o capital investido.
Porém, as indústrias têm potenciais diferentes. Dessa
forma, a meta da estratégia competitiva para uma
unidade empresarial em uma indústria é encontrar
uma posição dentro dela em que a empresa possa Leia sobre as 5 forças de Porter na empresa
melhor se defender contra estas forças competitivas americana
ou influenciá-las a seu favor.
Coca-Cola
A análise estrutural é a base fundamental para a publicado em 29/12/2010 por Roberto Gentile
formulação da estratégia competitiva em uma deter- Disponível em: http://robertogentile.wordpress.
minada indústria e também se aplica no diagnóstico com/2010/12/29/5-forcas-de-porter-no-case-
da concorrência industrial em qualquer país ou em coca-cola/
um mercado internacional.
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Planejamento em TI
o volume absoluto por período aumenta. Eco- sobre eles em termos de preço, qualidade e prazos
nomias de escala detêm a entrada forçando a de entrega. Por exemplo, os fabricantes de laptops
empresa entrante a ingressar em larga escala ou notebooks quase sempre têm vários fornecedo-
e arriscar-se a uma forte reação das empresas res concorrentes de componentes-chave, tais como
existentes ou a ingressar em pequena escala e teclados, discos rígidos e telas. [LAUDON, LAUDON,
sujeitar-se a uma desvantagem de custo. 2007]
• Diferenciação do Produto – cria uma barrei-
ra à entrada forçando os entrantes a efetuarem
despesas pesadas para superar os vínculos es-
tabelecidos com os clientes.
• Necessidades de Capital – a necessidade de
investir vastos recursos financeiros de modo a
competir cria uma barreira de entrada, particu-
larmente se o capital é requerido para ativida-
des arriscadas e irrecuperáveis como publicida-
de inicial ou para pesquisa e desenvolvimento
(P&D). Fonte:
• Custos de Mudança – são os custos com que http://www.eletronicoblog.com/post/659/discos-rigidos-de-25-
polegadas-irao-baixar-de-preco-em-2009
se defronta o comprador quando muda de um
fornecedor de produto para outro, podem in-
As principais fontes do poder do fornecedor são
cluir custos de novo treinamento dos emprega-
encontradas na:
dos, custo de novo equipamento auxiliar, custo
e tempo para testar ou qualificar um nova fon-
33 Diferenciação dos insumos;
te, etc.
33 Custos de mudança dos fornecedores e das
• Acesso aos Canais de Distribuição – con-
empresas do setor;
siderando que os canais de distribuição lógicos
33 Presença de insumos substitutos;
já estão sendo atendidos pelas empresas esta-
33 Concentração do fornecedor;
belecidas, a empresa novata precisa persuadir
33 Importância do volume do fornecedor;
os canais a aceitarem seu produto por meio de
33 Custo relativo às compras totais do setor;
descontos de preço, verbas para campanhas de
33 Impacto dos insumos sobre o custo ou a dife-
publicidade em cooperação e coisas semelhan-
renciação;
tes, o que reduz os lucros. Quanto mais limita-
33 Ameaça da integração futura relativa à amea-
dos os canais no atacado e no varejo para um
ça da integração retrógrada pelas empresas do
produto e quanto maior o controle dos concor-
setor.
rentes existentes sobre eles, obviamente mais
difícil será a entrada na indústria.
De acordo com O´Brien (2004), o modelo das 5
forças pode ser usado para avaliar o nível de interli-
Força 2- Poder de barganha dos fornecedores
gação da empresa com seus clientes e fornecedores.
Dessa forma, a área de TI é melhor avaliada quando
O poder de mercado dos fornecedores pode ter
possui mecanismos que facilitem ou integrem os ne-
impacto significativo nos lucros da empresa, espe-
gócios da empresa nos seguintes requisitos:
cialmente quando eles puderem elevar os preços
mais rápido do que ela. Quanto mais fornecedores
33 Reduzir custos de processos empresariais, de
tiver uma empresa, maior controle poderá exercer
clientes e fornecedores;
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Planejamento em TI
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Planejamento em TI
?
Veja como a estratégia da TOTVS ajudou a
Fonte:
conquistar o mercado de software de gestão
http://cefarmarioemurilo.blogspot.com.br/2010/04/nova-ordem-
internacional-crise-no.html (ERP) em pequenas e médias empresas.
33 Crescimento do setor;
33 Diferenças de produto;
33 Identidade da marca;
33 Custos de mudança;
33 Complexidade da informação;
33 Diversidade de concorrentes;
33 Riscos corporativos;
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Planejamento em TI
?
Os 5 requisitos de uma estratégia bem-sucedida
“Michael Porter é mundialmente reconhecido como estrategista. Entre seus ensinamentos, ressalta
que a tecnologia muda, mas a estratégia não. Com base nessa premissa, ele nos fala sobre os cinco
requisitos de uma estratégia bem-sucedida:
1. Os princípios subjacentes à estratégia devem perdurar, não obstante a evolução da tecnologia
ou o ritmo das mudanças. Se não há barreiras de entrada, se os clientes têm todo o poder e se a
concorrência é baseada em preço, a rede não faz diferença. Você não terá muitos lucros.
2. Uma estratégia saudável começa com um objetivo correto. O único objetivo que pode servir
de base para uma estratégia saudável é a lucratividade superior. Se o seu objetivo é qualquer
outro que não a lucratividade – se é ser grande, ou crescer rapidamente, ou tornar-se líder em
tecnologia – você terá problemas.
3. A estratégia tem de ter continuidade. Ela não pode ser constantemente renovada. A estratégia
diz respeito ao valor básico que você tenta entregar aos clientes e diz respeito aos clientes que
você está tentando atender. Esse posicionamento, nesse nível, é o ponto no qual a continuidade
deve ser mais forte.
4. As empresas têm de ser muito esquizofrênicas. Por um lado, elas têm de manter a continuidade
da estratégia. Por outro lado, têm de ser boas em se aperfeiçoar constantemente.
5. A gestão estratégica e o aperfeiçoamento constante têm de reforçar um ao outro. A continuidade
da direção estratégica e o contínuo aperfeiçoamento na maneira com que você faz as coisas têm
de ser totalmente consistentes um com o outro. A habilidade para mudar constantemente e
eficazmente é facilitada pela continuidade em alto nível.”
25
Planejamento em TI
Exercícios do Capítulo 2
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Planejamento em TI
Devido à importância da metodologia Balanced Scorecard (BSC) para as organizações modernas, dedica-
mos esse capítulo para tratar o assunto. O BSC evidencia as estratégias da organização e a área de TI precisa
estar alinhada criando um plano tático que leve em consideração as metas definidas pela alta administração
em termos de visão, missão, objetivos e indicadores.
27
Planejamento em TI
O termo “indicadores balanceados” está ligado ao fato de a escolha dos indicadores de uma organização
não se restringirem unicamente no foco econômico-financeiro. As organizações também se utilizam de in-
dicadores focados em ativos intangíveis como: desempenho de mercado junto a clientes, desempenho dos
processos internos e das pessoas, inovação e tecnologia. Isto porque o somatório destes fatores alavancará
o desempenho desejado pelas organizações, criando, por consequência, valor futuro.
28
Planejamento em TI
?
Em entrevista à revista HSM Robert Kaplan fala sobre o Balanced Scorecard.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=_A02vKgE4NQ&feature=plcp&context=C4f4b043VDvjVQa1PpcFM
4g4kLcdY28rZ600BXpHoSNXa39-ozijI%3D
As 4 Perspectivas do BSC
29
Planejamento em TI
No que se segue, cada uma destas perspectivas será detalhada, com base em Kaplan e Norton (1997).
Perspectiva Financeira
30
Planejamento em TI
pectivas do BSC. Por isso, qualquer medida selecio- As organizações geralmente selecionam dois con-
nada para fazer parte do BSC deve contribuir com a juntos de medidas para essa perspectiva. O primeiro
melhoria do desempenho financeiro. são as medidas essenciais:
31
Planejamento em TI
Fonte:http://www.firehawktecnologia.com.br/?mode=ti
Fonte:http://www.sincor-rj.com/2011_10_01_archive.
html
Os objetivos estabelecidos nas demais perspectivas
revelam onde a empresa deve se destacar para
Na perspectiva relativa aos processos internos, são
obter um desempenho excepcional. Os objetivos
identificados os processos críticos no qual a empresa
da perspectiva do aprendizado e do crescimento,
deve buscar a excelência, no sentido de atender aos
por sua vez, oferecem a infraestrutura que tornará
objetivos dos clientes e dos acionistas.
possível que se atinjam objetivos ambiciosos nas
Como as medidas dos processos internos estão outras 3 perspectivas. Portanto, a capacidade de
voltadas para os processos que terão maior impor- alcançar metas superiores depende das capacidades
tância na satisfação do cliente e na conquista dos organizacionais para o aprendizado e crescimento.
objetivos financeiros da empresa, geralmente os ob-
A perspectiva do aprendizado e crescimento está
jetivos e medidas para essa perspectiva só são de-
dividida em 3 categorias principais:
senvolvidos depois de claramente formulados.
32
Planejamento em TI
procedimentos internos e a resposta aos clientes devem ser realizados podem servir de ponto inicial,
a partir do qual devem ser feitas melhorias contínuas. Como medidas essenciais para os colabora-
dores da empresa temos: melhorar a satisfação, reter (turn over) e aumentar a sua produtividade.
2] Capacidade dos Sistemas de Informação: Esse indicador avalia a disponibilidade atual das
informações relativamente às necessidades previstas e como elas estão sendo disseminadas e com-
partilhadas. Medidas coerentes de disponibilidade de informações estratégicas poderiam ser o per-
centual de processos que oferecem feedback em tempo real sobre a qualidade, tempo e custo, e o
percentual de funcionários que lidam diretamente com o cliente e têm acesso online e em tempo
real às informações referentes a eles.
3] Motivação, Empowerment e Alinhamento: Mesmo funcionários habilitados, que dispõem de
excelente aptidão e acesso às informações, não contribuirão para o sucesso organizacional se não
estiverem motivados a agir dentro dos interesses da empresa, ou se não tiverem liberdade para
decidir ou agir. Sendo assim, o terceiro vetor dos objetivos de aprendizado e crescimento direciona
o clima organizacional para motivação e iniciativa dos colaboradores. Como medidas básicas des-
tacam-se: coleta de sugestões e sua implementação; melhoria das condições de trabalho; alinha-
mento individual e organizacional às estratégias do negócio; e medição do desempenho de equipe,
dentre outras que também podem ser adotadas pela área de TI.
Diferentemente do que ocorre com as perspectivas financeira, dos clientes e dos processos internos, há
um número muito menor de exemplos concretos de medidas para a perspectiva do aprendizado e crescimen-
to. Essa carência de unidades de medidas e experiências empíricas nessa 4ª perspectiva do Balanced Score-
card é uma indicação de que não se está vinculando os objetivos estratégicos de reciclagem dos empregados,
fornecimento de informações e alinhamento de pessoas, equipes e unidades organizacionais à estratégia e
aos objetivos de longo prazo.
?
Leia o artigo Balanced Scorecard sob as 4 perspectivas
Publicado em:
http://ideiascorporativas.wordpress.com/2010/09/26/balanced-scorecard-sob-as-quatro-perspectivas/
33
Planejamento em TI
Existe um grande desafio nas organizações para definir objetivos e metas para alcançar os resultados
esperados, mas como mensurar estes objetivos e saber se uma empresa está no caminho certo?
Além de definir objetivos que traduzam a estratégia, precisamos incluir outros elementos na gestão capa-
zes de orientar a organização quanto ao alcance dos resultados e os possíveis riscos decorrentes de diversos
fatores internos e externos.
De acordo com Pereira (2012), o BSC possui uma estrutura lógica que inter-relaciona objetivos estratégi-
cos através de perspectivas da organização, lançando mão destes elementos gerenciáveis para serem anali-
sados e controlados no decorrer do ciclo de gestão estratégica.
O BSC se diferencia de outros modelos de gestão porque pode agregar todos os modelos de controle
financeiro e não financeiro que existem desde que propiciem à organização uma forma de indicador de de-
sempenho.
De acordo com o Wikipedia (2012), para as organizações utilizarem o BSC em sua gestão propõem-se as
seguintes etapas de modelagem:
Elaboração do plano de implementação: Uma vez definidos os indicadores associados aos diferentes ob-
jetivos estratégicos, definem-se metas, planos de ação e responsáveis, a fim de direcionar a implementação
da estratégia.
De acordo com Melo (2012), a abstração mais simples para entender o BSC é enxergá-lo como uma biblio-
teca de melhores práticas para elaboração de um painel de medição de desempenho da estratégia empre-
sarial (dashboard): sua principal função é comunicar a estratégia de forma clara e objetiva e gerenciar sua
implantação. A figura 6 ilustra um dashboard criado com base nas perspectivas do BSC.
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Planejamento em TI
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to-médio prazo, devendo deter a possibilidade prática do ajustamento às diferentes realidades pelas quais
vai passando a empresa.
Outra característica importante do BSC é o seu foco numa estratégia amarrada desde o objetivo puramen-
te financeiro até o indicador relacionado ao desenvolvimento do funcionário.
Kaplan e Norton (1997) dizem que a estratégia é um conjunto de hipóteses que contam uma história de
sucesso a se realizar. As relações causais fortalecem a história como um todo e promovem uma sinergia vir-
tuosa entre os objetivos estratégicos. A perseguição e realização de um contribui automaticamente para os
demais, otimizando esforço e resultado.
Segundo Kraemer (2005), um projeto típico de formulação e implantação de um BSC pode durar 16 se-
manas, porém nem todo esse tempo é ocupado com as atividades do BSC, grande parte do tempo é deter-
minado pela disponibilidade dos executivos para entrevistas, workshops e reuniões.
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Planejamento em TI
O BSC é uma ferramenta útil para dirigir empresas de forma proativa no curto e no longo prazo. Sua eficá-
cia está na correta compreensão dos seus fundamentos, na sua aplicação completa que implique na mudança
da gestão da empresa. Medir a estratégia permite que a organização confirme ou rejeite as ações de causa
e efeitos assumidos quando se estabeleceu a estratégia. [MELO, 2012]
?
Um dos pais do conceito de Balanced Scorecard, David Norton alerta, em entrevista exclusiva para o
COMPUTERWORLD (2003) que 50% das organizações estão utilizando BSC de forma errada
CW: Onze anos depois que o Sr. criou o termo “Balanced Scorecard” (BSC), o que mudou
na conceito e na implementação de BSC?
NORTON: Quando Bob Kaplan e eu desenvolvemos o conceito de Balanced Scorecard, em 1992,
procurávamos incrementar as medições financeiras baseadas em fatos passados com medições de
aspectos internos, de clientes e pessoas e com viés mais direcionado para diretrizes futuras. A ideia
simples - que as organizações precisam medir mais do que o aspecto financeiro - evoluiu nos últimos
dez anos para formar a fundação de um sistema de gerenciamento com foco estratégico. Nosso
segundo livro, The Strategy-Focused Organization (A Organização Focada em Estratégia), mostra como
as empresas que primeiro abraçaram o conceito puderam transformar suas organizações e executar a
estratégia utilizando a estrutura de Balanced Scorecard.
CW: Quais são os principais problemas que podem levar uma estratégia de BSC a fracassar?
NORTON: Na Balanced Scorecard Collaborative, fazemos muitas pesquisas sobre como as organizações
usam o BSC e quais são os fatores críticos para obter sucesso. Descobrimos que 50% das organizações
estão utilizando BSC de forma errada. Especificamente, os três maiores fatores que resultam em falhas
são: não há liderança executiva, não há ligação com a estratégia e não há integração com o processo de
gerenciamento. Feito da forma correia, o BSC consegue grandes resultados. Feito de forma incorrera,
corre-se o risco de perder uma oportunidade.
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CW: Quais são os maiores desafios para o CIO quando o departamento de TI é instado a
oferecer soluções para um projeto de BSC?
NORTON: Eu recomendo fortemente aos CIOs que receberam a tarefa de implementar um BSC
que dêem um passo para trás e pensem sobre como o BSC se encaixa na estratégia geral de uma
organização. O projeto vai ao encontro de fatores críticos para o sucesso, como liderança executiva,
alinhamento com a estratégia e integração com o sistema de gerenciamento — ou é apenas mais
uma boa idéia na organização? O BSC oferece uma grande oportunidade para que o CIO participe
diretamente das discussões estratégicas, mas isso não vai acontecer se não houver compreensão e
liderança do topo, mostrando que se trata de um programa de mudanças.
CW: Quais os fatores levados em consideração para certificar um software como uma boa
ferramenta de BSC?
NORTON: À medida que o BSC cresceu em popularidade, houve um risco real que o mercado de
software começasse a definir o que é um BSC. Nosso programa de certificação de software, lançado
há quatro anos, foi desenvolvido para ajudar a gerenciar esse risco definido as características mínimas
do que chamaríamos de solução de BSC. Todas as aplicações certificadas pelo Balanced Scorecard
Collaborative atingiram os padrões mínimos que estabelecemos, que incluem requerimentos como
a possibilidade de exibir um mapa estratégico, facilitar conversações estratégicas e ir dos objetivos
estratégicos às medidas estratégicas. Existem atualmente 17 aplicações certificadas.
Fonte: http://www.webcomm.com.br/clientes/bscol/doc/news/htm/bsc_corporacao_foco.htm
33 Esclarecer e traduzir a missão e a visão, iniciando-se com um trabalho de equipe traduzindo a estra-
tégia da organização em objetivos estratégicos específicos;
33 Comunicar e associar objetivos e mensurações estratégicas, que são transmitidos aos colaboradores
através de boletins informativos, quadros de avisos e e-mails;
33 Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas, já que são traçadas conjuntamente metas
para atingir os objetivos com 3 a 5 anos de antecedência, as quais, uma vez alcançadas, permitem a
evolução da organização.
No entanto, existem algumas críticas à metodologia do BSC, fundamentadas no fato de que alguns usuá-
rios confundem os fins com os meios. O BSC é um meio de promover a estratégia, e não uma estratégia em
si.
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Planejamento em TI
Outro problema muito comum é a falta de coordenação entre áreas fins e meio ou mesmo entre as di-
versas áreas de uma organização. Uma situação negativa que exemplificaria este problema seria um cenário
em que a área de Recursos Humanos, por exemplo, obedecesse ao “seu plano” ou àquilo que considerasse
prioritário, enquanto a área de Logística atuasse também em função de seus interesses, e a mesma atitude
fosse seguida por outros setores da empresa como Marketing, TI, etc. Cada um agindo de acordo com suas
próprias orientações, mesmo que com base nas 4 perspectivas do BSC, mas sem integração em prol do dire-
cionamento comum à organização, configura-se numa situação indesejada.
É importante lembrar que o BSC se encontra hoje incorporado na gestão de organizações públicas ou pri-
vadas, de pequeno ou grande porte, de natureza comercial, industrial ou de serviços e de diferentes setores
da economia (financeiro, saúde, varejo, eletromecânico etc.). Os profissionais da organização, principalmente
aqueles voltados para o planejamento e controle, precisam avaliar a viabilidade e os possíveis ganhos decor-
rentes da implementação do BSC em suas organizações.
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?
Leia o artigo: Unimed Vitória implanta software de execução da estratégia
por Larissa de Aquino Fleischmann – 11 Fevereiro 2010
O novo programa vai substituir as planinhas de Excel e armazenará os mapas estratégicos, indicadores,
cronogramas, orçamentos, relatórios de performance, e outros dados. Entre os benefícios, estão:
facilitar a tomada de decisões, praticidade no acesso, confiabilidade de dados e transparência nos
processos. Os gestores, que conheceram o Corporater na última sexta-feira (5/2), em vez de enviarem
os dados de suas ações para o Núcleo de Estratégias e Processos (Nucep), passarão a atualizar as
informações online.
“Percebemos que não tínhamos um software pronto que permitisse customizações de acordo com
as necessidades da Cooperativa. Agora, o Corporater está alimentado com nossas informações para
iniciar essa nova fase no acompanhamento do planejamento”, destaca o presidente da Unimed Vitória,
Alexandre Ruschi.
Além de aprimorar ainda mais a performance do monitoramento, o software vai permitir a interação
entre usuários e poderá ser acessado de qualquer local pela internet. “A ferramenta vai facilitar as
atribuições do NUCEP, possibilitando melhor monitoramento e maior suporte da equipe aos gestores”,
explica a superintendente de Desenvolvimento Organizacional, Fabíola Grijó Azevedo.”
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Exercícios do Capítulo 3
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4. Gestão Estratégica de TI
Prezado aluno, após conhecermos e discutirmos o conceito de estratégia, os principais modelos para
sua avaliação e implementação, vamos apresentar neste capítulo o planejamento estratégico da TI e a
forma como a direção da organização enxerga os investimentos em tecnologia.
O planejamento é uma das mais importantes funções administrativas: planejar significa preparar-se para
encarar o futuro, estabelecendo uma direção a ser seguida. O planejamento inclui analisar as variáveis de
ambiente externo e interno, como vimos nos capítulos 1 e 2, para se chegar a um conjunto de decisões a
respeito do futuro da organização em um determinado período.
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Planejamento em TI
e informações das etapas anteriores, que ração e manutenção de sistemas, o treinamento das
seja consistente com a visão estratégica equipes etc.
da empresa. A empresa precisa assegurar
que sua estratégia está internamente Nesses planos de ação são definidos os detalhes
consistente, que a sua cultura está alinhada sobre cronograma de implantação, orçamento, aloca-
com a estratégia e que há suficientes ção de recursos, etapas previstas, pontos de controle
recursos e capital para implementá-las. etc. Outros planos que podem ser necessários são os
8. Identificar objetivos e metas relacionados à gestão da mudança, por exemplo, um
estratégicas: um plano estratégico que plano de migração de um sistema antigo para o que
não consegue fornecer direções claras para vai substituí-lo, ou um plano de comunicação para
o processo de planejamento operacional informar a todos sobre a adoção de uma nova estra-
e financeiro é incompleto. Antes que um tégia e reduzir as resistências às mudanças.
plano operacional ou financeiro possa ser
estabelecido, objetivos estratégicos devem Avaliação e ação corretiva
ser estabelecidos e refinados em metas ou
alvos bem-definidos. Na etapa de avaliação é fundamental a existência
de um sistema capaz de verificar o desempenho da
Execução estratégia. Devem ser levantadas questões como: A
avaliação está sendo executada? Está trazendo os re-
Na etapa de execução das estratégias de informa- sultados esperados? Permanece adequada em face
ção e de TI, são implementadas as ações associadas das mudanças ocorridas nos ambientes interno e ex-
aos objetivos estratégicos, conforme estabelecido terno?
durante o planejamento.
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Planejamento em TI
?
nização, visto que liga estratégias corporativas
com TI. As nuances fundamentais da diretriz
estratégica de uma organização afetam os sis-
temas de informação.
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Planejamento em TI
5. Uma diretriz estratégica adequada para uma organização específica pode ser escolhida com base na
observação objetiva dos fatores externos sobre a dita organização.
Os pesquisadores que desenvolveram os conceitos da diretriz estratégica classificaram este enfoque or-
ganizacional para a TI em seis diretrizes estratégicas fundamentais: Planejamento Centralizado, Tec-
nologia de Ponta (Inovação), Livre Mercado, Monopólio, Recursos Escassos e Mal Necessário.
(MALLACH, 2002).
A tabela 2 mostra essas diretrizes estratégicas e algumas características das empresas que usam cada
uma delas.
Apesar da existência de “áreas cinza” e casos que se situam na linha divisória, praticamente todas as or-
ganizações podem ser classificadas em uma delas.
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Planejamento em TI
A seguir apresentaremos os detalhes de cada uma que fazem uso de informação intensiva, como servi-
destas seis diretrizes, com base no artigo de Mallach ços financeiros. Entretanto, elas não precisam estar
(2002). envolvidas diretamente com alta tecnologia, tal como
desenvolvimento de software.
Planejamento Centralizado
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Planejamento em TI
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Planejamento em TI
O enfoque da estratégia Mercado Livre é conveniente para empresas com uma cultura de gerencia-
mento descentralizada, onde os gerentes têm grande liberdade e poucos padrões a seguir. As empresas
que possuem unidades de negócio independentes em diferentes mercados, frequentemente se alinham
bem com esta estratégia.
Uma estratégia de Livre Mercado levada ao extremo pode criar tanta confusão, devido a cada gerente
escolher o sistema que acha mais conveniente, que os sistemas de informação da empresa tornam-se quase
impossíveis de serem desenvolvidos. Em função disso, poucas empresas seguem esta direção extremada,
estabelecendo padrões mínimos para interoperabilidade, mas dando liberdade aos gerentes para agir dentro
desses padrões. Numa organização deste tipo, a alta gerência ao invés de impor ao gerente algo como “você
deve usar este sistema de contabilidade”, dizem “você deve informar seus dados financeiros em determinado
formato”.
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Planejamento em TI
exista outra alternativa. Nesta estratégia, só as aplicações obrigatórias são automatizadas, tais como folha
de pagamento, impostos a pagar, nota fiscal eletrônica. Esta atitude, frequentemente, é resultado de expe-
riências negativas precoces da alta gerência no uso da TI.
?
Assista ao vídeo do programa “Pequenas Empresas & Grandes Negócios” sobre a estratégia adotada
por empresas de TI de Minas Gerais para ganhar competitividade.
http://globotv.globo.com/rede-globo/pequenas-empresas-grandes-negocios/v/empresas-de-ti-se-
juntam-para-ganhar-mais-competitividade-no-mercado/1508109/
A identificação de duas características ajuda na escolha de uma boa diretriz estratégica pelas organi-
zações:
Cada uma destas características pode ser avaliada como alta ou baixa. O resultado das quatro combina-
ções produz uma grade 2x2 que pode ser vista na figura 8.
Na figura 8, o eixo vertical da grade reflete quão dependente a organização está da TI para seu presente
funcionamento e sua posição competitiva atual, enquanto que o eixo horizontal representa o impacto da TI
nos negócios futuros da organização.
A avaliação de uma organização não é absoluta, mas relativa a outras firmas. Hoje, todas as companhias
são dependentes da TI, mesmo que em algum grau muito pequeno. Mas algumas firmas estão mais altamen-
te comprometidas com a tecnologia que outras.
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Planejamento em TI
Os autores definiram nomes para representar cada um dos quadrantes, conforme pode ser visto na figura
9.
1. Estratégico: empresas nas quais tanto as operações atuais como as vantagens competitivas futuras
dependem fortemente da tecnologia de informação.
2. Reestruturação: empresas nas quais operações atuais não são tão altamente dependentes da TI,
mas as vantagens competitivas futuras serão.
3. Manufatura: empresas que dependem da TI nas operações do dia-a-dia, mas não focam o ganho
significativo de vantagens em novas aplicações de TI.
4. Suporte: empresas que nem dependem extensivamente de TI atualmente e nem objetivam ganhos
com vantagens competitivas futuras.
Empresas no quadrante estratégico e/ou restruturação não sobreviveriam com o processamento de in-
formação desatualizado sem sofrer um desastre econômico significativo. Em contra partida, as empresas
que figuram nos quadrantes manufatura e suporte poderiam ficar sem computador por um ou dois dias com
pequeno ou nenhum impacto nos negócios, além de algumas horas extras no escritório para posterior atu-
alização.
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Planejamento em TI
Relacionando a grade com as próprias estratégias, podemos visualizar na figura 4, a mais adequada para
a empresa presente em cada quadrante.
A ideia da grade de diretriz estratégica é entender onde a empresa se situa e qual é a melhor estratégia a
ser adotada para seu planejamento estratégico de TI. Cabe ressaltar que a cultura organizacional dominante
na empresa e suas preferências irão definir uma estratégia específica ou outra, e esta escolha certamente
será crucial para o futuro da empresa e sua competitividade.
Exercícios do Capítulo 4
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Planejamento em TI
Considerações Finais
Caro aluno, ao longo da disciplina estudamos juntos os principais componentes que darão suporte para
que você possa realizar a elaboração do planejamento estratégico de TI de uma organização. Falamos em
detalhes do conceito de estratégia e apresentamos as técnicas usadas para implementá-la e monitorá-la.
Como vimos, as organizações do século XXI têm enfrentado um tipo de mercado diferente, oriundo do
mundo globalizado: os mercados hipercompetitivos. Estas empresas, neste panorama de alta competitivida-
de, exigem, cada vez mais, profissionais de alto nível para conduzi-las ao sucesso e ajudá-las a obter retornos
acima da média.
Com o perfil mais estratégico e menos operacional, que a área de TI vem assumindo, principalmente para
as empresas classificadas nos quadrantes “Estratégico” e “Reestruturação” da grade de diretriz estratégica,
o gestor de TI assume papel muito relevante nas decisões empresariais.
O conhecimento de modelos como a análise SWOT - que avalia as forças, fraquezas, ameaças e oportuni-
dades de uma organização, o modelo das forças competitivas de Michael Porter- que ajuda as organizações
a avaliarem a concorrência, novos entrantes, o poder dos compradores e dos fornecedores, a ameaça de
produtos substitutos, aliados à adesão de várias companhias à metodologia Balanced Scorecard, elencam
um novo cenário para profissionais de TI que desejam se tornar altamente capacitados. Este é, certamente,
um dos objetivos do nosso curso: capacitá-lo a se tornar este profissional diferenciado no mercado de TI.
É muito clara hoje, a busca das empresas por estratégias organizacionais, e a área de TI precisa estar
alinhada a esta estratégia corporativa, criando um plano tático que leve em consideração as metas definidas
pela alta administração em termos de visão, missão, objetivos e indicadores. A abordagem sistemática que
fizemos desse tema nesta disciplina, vai contribuir para que você seja este profissional ambicionado pelas
empresas.
Assim, desejamos muito sucesso a todos em suas carreiras e esperamos ter contribuído para torná-los
profissionais com um perfil próximo ao que as empresas buscam.
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Planejamento em TI
Capítulo 1
Capítulo 2
1. Por que a Internet está causando importante influência sobre a estratégia de nível de
negócios empresariais?
A Internet possui potencial para gerar mais valor para o cliente na forma de custos reduzidos
e características adicionais diferenciadas. Contudo, o problema principal está no fato de que as
atividades da web dessas grandes empresas tendem a “canibalizar” as próprias atividades existentes,
ou seja, as operações na internet podem ser tão vultuosas a ponto de tornar as transações tradicionais
menos utilizadas.
2. Explique a análise SWOT.
A análise SWOT faz uma avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que
envolvem o ambiente externo e interno de uma organização.
3. Quais são as principais fontes de barreiras de entrada para uma empresa em um mercado
competitivo?
Economias de Escala, Diferenciação do Produto, Necessidades de Capital, Custos de Mudança,
Acesso aos Canais de Distribuição.
4. Avaliando a indústria fonográfica, de que forma as forças competitivas tem impactado
em sua competividade? Principalmente no que se refere ao formato de música MP3.
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Planejamento em TI
O formato de música MP3 impactou fortemente a indústria fonográfica que tinha uma grande parte
de sua receita oriunda da venda de CDs. Eles não avaliaram a força competitiva Produtos Substitu-
tos adequamente. Com as redes P2P e a evolução dos players MP3, uma grande fatia do mercado
migrou para essa nova tecnologia. Durante anos a indústria fonográfica se preocupou em combater
o formato do que usá-lo de formar proativa. A Apple foi a primeira empresa a disponibilizar música
em formato MP3 a venda na internet, na sua loja iTunes.
Capítulo 3
Capítulo 4
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Planejamento em TI
Esta estratégia requer uma cultura que tolera o fracasso e gerentes que estão dispostos a cortar
suas perdas por admitir que uma ideia atraente não fez parte do cenário.
3. O que significa dizer que uma empresa está no quadrante “Suporte” da diretriz
estratégica?
São empresas que nem dependem extensivamente de TI atualmente e nem objetivam ganhos
com vantagens competitivas futuras. A TI é entendida como um mal necessário ou como recursos
escassos.
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Planejamento em TI
Referências
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TURBAN, E., SHARDA, R., ARONSON, J. E., & KING, D. (2009). Business Intelligence: um enfoque geren-
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