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PREPPES
TCC | Projeto Final
Curitiba: PREPPES, 2020
112 p. il.

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2020

Rua Marechal Deodoro, 314 - Centro - Curitiba/PR


Telefone: (41) 3112-2112
APRESENTAÇÃO

Prezado aluno,

O projeto final é a conclusão do curso, um apanhado geral do que foi ensinado ao


longo das aulas, o aluno irá trabalhar montando uma empresa com esses conhecimentos,
além de se aprofundar ainda mais em conceitos empreendedores.

Através de situações do cotidiano de uma empresa, receberão conceitos do que é


empreender e como isso pode acontecer. Serão abordadas questões ligadas ao terceiro
setor e que demonstrem que a pessoa para ser um empreendedor não necessita ser um
empresário, mais que qualquer situação na qual a pessoa se torna protagonista de uma ação
que gere sustentabilidade é uma ação empreendedora.

Terão ainda noções de rotinas de um escritório, RH, contas a pagar, receber, registro
de funcionários, contratos, contratação, estagiários, funcionários temporários, folhas de
pagamentos entre outras necessidades para a consolidação de uma empresa.

É o momento em que o aluno colocará em prática todo o conhecimento que


obteve, sempre com a orientação de um instrutor. O projeto deve ser apresentado em meio
eletrônico e impresso para uma banca avaliadora. Os pais e amigos poderão acompanhar
a apresentação.

Este módulo é dividido em equipes, onde o projeto tem uma divisão hierárquica e
funciona como uma empresa real.

Um abraço e bons estudos!

Equipe de Ensino
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5
Aula 01 - O empreendedorismo moderno 8
Os primeiros passos para empreender 8
Ser um jovem empreendedor nos dias atuais 9
O que vale a sua ideia? - A ideação 10
É possível criar um negócio do zero? 10
Trabalhando com um projeto empreendedor 11
Estudando os ramos de negócios 11
O modelo de negócios – O que é? 12
Usando o Business Model Canvas 12
Criando a proposta de valor 13
Aula 02 - De volta ao Canvas 17
Falando de startups 17
Os jovens e as startups 18
Falhar rápido é bom? 18
Segmento de clientes ou de mercado 18
Canais 19
Relação com o cliente 19
Fontes de receita 20
Recursos chave 20
Atividades chave 20
Parceiros chave 21
Estrutura de custos 21
Finalizando meu Canvas 21
Aula 03 - Aprendendo a ser gerente 23
Por que gerenciar? 23
Principais pontos da gestão eficiente 24
Competências e habilidades de um líder 25
Cursos e dinâmicas de liderança 25
Erros que você não deve cometer na hora de abrir sua empresa 26
Ferramentas de TI para gestão 26
Estruture seu pitch 28
Aula 04 - Hora de planejar - O plano de negócios 30
Diferença entre o Modelo e o Plano de Negócios 30
O Plano de Negócios simplificado - Modelo SEBRAE 30
O sumário executivo 31
Análise de mercado 33
Plano de Marketing 34
Ferramentas para criar o plano de negócios 35
Aula 05 - Todo negócio tem a sua marca 37
O briefing da marca 37
Dicas para se criar uma boa marca/logotipo 38
Criando a marca/logotipo da sua empresa 39
Falando sobre a identidade visual 40
Aula 06 - O plano operacional da sua empresa 44
Definindo a localização 44
Conhecendo o coworking 45
Desenhando o layout 46
Capacidade de produção 47
Os processos operacionais 48
Aula 07 - Montando a equipe - Realidade do RH 51
Onde buscar o time perfeito 51
Quem é o Capital humano? 52
As maiores dificuldades em contratar pessoas 52
Recrutando candidatos 53
Escolhendo o melhor metodo de seleção 53
Entrevistas de emprego e as perguntas mais comuns 54
Criando um anúncio de emprego 55
Aula 08 - Um pouco da legislação trabalhista 57
Todo empreendedor precisa conhecer as leis trabalhistas 57
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 57
Direitos e obrigações dos trabalhadores e do empreendedor 58
Os principais direitos do trabalhador 58
Os principais benefícios opcionais 61
Direitos do empregador 61
Registro de ponto e folha de pagamento 62
Aula 09 - Planejando as finanças 65
O plano financeiro da sua empresa 65
O que comprar ou alugar para começar o negócio 66
Como fazer orçamentos 66
O capital de giro 67
Pré-operacionais 67
Registrar Empresa: Documentos Necessários 68
Custos de abertura (taxas) 68
Estimativas de faturamento 69
Encontre um contador 70
Aula 10 - Avaliação estratégica e etapas de produção 72
Avaliação estratégica – Matriz FOFA 72
Como pensar a sua produção 73
O MVP e o protótipo 73
Além do protótipo 74
Linha de produção 75
Os serviços 75
Controle de qualidade 76
Aula 11 - Validando seu produto 79
As avaliações de mercado 79
O que é e como validar 79
Uso da tecnologia para uma avaliação eficiente 80
Montando os questionários 81
A melhor forma de avaliar 82
Implementação da avaliação 82
Aplicando a avaliação 83
Analisando e apresentando os resultados 84
Aula 12 - Relacionando com o seu cliente 86
De volta ao marketing digital 86
O profissional Social Media para sua empresa 86
Usando as principais ferramentas e estratégias de marketing digital 87
Conquistando o seu cliente 88
Dicas de interação e engajamento 90
Aula 13 - Fazendo mais algumas contas 92
Educação financeira para o seu negócio 92
O controle financeiro da sua empresa 93
O controle de caixa 93
Contas a Pagar e Contas a receber 93
Controle de estoque 95
Controle de previsões 95
Aula 14 - Buscando clientes e investidores 97
Pivotar é preciso 97
Eu quero tracionar 97
É possível ter investimentos? 98
Quem são os investidores-anjos? 99
Como atrair investidores para seu negócio 100
O tal networking 100
Aceleradoras 101
Eventos de Meetup 101
Aula 15 - O arremate do seu projeto 104
O fim de uma primeira etapa 104
As lições aprendidas nesta etapa 104
Os cenários de encerramento 105
A reunião de lições aprendidas 106
Documento das lições aprendidas 107
A entrega do Plano de Negócios 108
A importância das feiras e exposições 108
Agradecimentos finais 108
ANOTAÇÕES 110
TCC | PROJETO
REDES SOCIAIS
FINAL

Aula 01
01 –- O empreendedorismo
A tecnologia moderno
da Informação
Os primeiros passos para empreender
Ser um jovem empreendedor nos dias atuais
O que vale a sua ideia - A ideação
É possível criar um negócio do zero?
Trabalhando com um projeto empreendedor
Estudando os ramos de negócios
O modelo de negócios – O que é?
Usando o Business Model Canvas
Criando a proposta de valor

Os primeiros passos para empreender


Ao longo dos últimos meses, você teve acesso a um monte de informações que com
certeza te fizeram enxergar com outros olhos como o mercado de trabalho funciona. Mas
você já se sente preparado? Muitos podem até responder que sim, mas ainda falta aquele
arremate com um pequeno projeto que vai envolver e relembrar tudo que você aprendeu até
agora. Pronto para este desafio?

Lá atrás, nós começamos a enxergar o caminho do empreendedorismo, e agora, vamos


aperfeiçoar com os primeiros passos para empreender. Com tanta tecnologia, nunca foi tão
fácil ter ideias inovadoras e desafiadoras. Basta um pouco de observação do seu cotidiano
para transformar uma ideia, melhorar uma rotina de trabalho e solucionar problemas com
habilidade e criatividade. Os sonhos são possíveis, mesmo sabendo que os riscos existem.

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A partir das boas ideias, a missão é se reunir com as pessoas certas para que o negócio
funcione. Depende de você encontrar o time ideal para compartilhar suas visões e trocar
experiências. Certamente com as pessoas corretas, as ideias vão se complementar, formando
as combinações perfeitas de competências, capacidades, estilos e qualificações. Mas não se
preocupe, pois vamos falar bastante sobre isso nas páginas seguintes.
Ao longo deste material, vamos apresentando casos de sucesso para mostrar que é
possível empreender bem e com poucos recursos. E o primeiro caso vem a seguir.

Caso de sucesso #1: O maior vendedor do ano

Quando decidiu vender pela internet um produto


usado que o pai tinha em sua loja de som e mecânica,
Raphael Parros (imagem) usou o Mercado Livre para isso
e criou sua loja virtual – a RP SOM - que em 2017 faturou
7 milhões de reais. Ele venceu o prêmio “Histórias que
inspiram” e foi escolhido como maior vendedor brasileiro
do ano. A sua loja atende de forma personalizada e tem
venda antecipada de novidades do setor.
(Texto adaptado de https://exame.abril.com.br/pme)

Ser um jovem empreendedor nos dias atuais


O caso do Raphael Parros não é, e nunca será, o único. Vários e vários jovens tem
aprendido desde cedo o caminho das pedras para empreender. Desde cedo mesmo, com
exemplos vindos dos 13 e 14 anos, que já parecem vendedores profissionais. Parece até
mentira, mas a geração Z ou nativos digitais, nascidos entre o final da década de 90 e os anos
2010, tendem para este lado empreendedor forte, pois já estão muito familiarizadas com a
internet e são extremamente conectadas. Ainda são multitarefas, rápidos de dinâmicos. Mas
a impaciência e a falta de resiliência ainda são um grande problema para eles. Por isso, todo
conhecimento ligado ao comportamento de um grande empreendedor será muito útil nesta
formação.

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Por isso a nossa proposta é educar você – jovem da geração Z – com a melhor forma
de empreender, independentemente se vai ou não acontecer no futuro. Isso se dá porque
empreender vai além do que abrir uma empresa e saber gerenciá-la, ou seja, é desenvolver
habilidades necessárias para enfrentar as dificuldades e ter a capacidade de solucionar
problemas reais que são vistos no mercado. Autocontrole, autoconfiança, capacidade de
trabalhar em equipe, identificar oportunidades, saber falar bem, ser autodidata, ter boa relação
interpessoal, são alguns dos pontos chaves para ser um jovem empreendedor nos dias atuais.
As ações empreendedoras precisam começar dede cedo, com uma boa educação
empreendedora. Dessa forma, teremos oportunidades mais iguais entre todos. Quanto mais
jovens no empreendedorismo, melhor para o país.

1 Segunda a psicologia, a resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas,


adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas.

O que vale a sua ideia? - A ideação


Uma resposta rápida e curta para a pergunta acima: a sua ideia não vale nada se você
não a tirar do papel. Pronto, falei!
Existe um momento durante a missão de se tornar empreendedor que faz parte do
pontapé inicial para tudo: a chamada ideação. Ela nada mais é do que a formação de ideias e
conceitos para resolver problemas específicos. É aí que entra o papel das pessoas envolvidas
com o negócio, pois estas mentes reunidas ajudam a formatar boas ideias. Esta ideação
é parte de uma abordagem maior chamada Design Thiking, que não será assunto desta
apostila, mas que você pode pesquisar e estudar futuramente.
O que vale destacar é que para a sua ideia dar certo no processo de ideação não deve
haver ideias ruins, num primeiro momento. Qualquer ideia pode ser muito útil no futuro.
Todas elas precisam ser capturadas, anotadas e/ou desenhadas. Quanto mais melhor, porque
a discussão se torna mais abrangente e o resultado mais conclusivo. Gere quanto mais ideias
puder e se preocupe com a qualidade depois.

É possível criar um negócio do zero?


Sim, é possível. Para ilustrar isso vamos ao segundo estudo de caso.

Caso de sucesso #2: comecei com R$ 30,00

Três amigos - Arthur Chini, Catharina Dieterich e Manuela Bordasch – iniciaram seu
negócio em 2012 criando um blog de moda chamado Steal The Look, e com apenas R$
30,00. Cinco anos depois, o site virou um grande marketplace (local de vendas na internet)
e tem um faturamento aproximado de 3,5 milhões de reais por ano. Os R$ 30,00 foram para
comprar o domínio e os três se uniram para fazer o primeiro layout do site sozinhos. Daí em
diante foram se especializando e melhorando o negócio.
(Texto adaptado de https://exame.abril.com.br/pme )

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2 O Design Thinking é uma forma de pensar que ajuda a resolver diversos problemas
de todos os tipos e pode ser usado para qualquer área

Por isso reforçamos que sim, é possível começar sem grandes quantias. Hoje em dia o
grande número de ferramentas no mercado possibilita a solução de vários problemas na hora
de montar a ideia e colocar o negócio em prática.

Trabalhando com um projeto empreendedor


Durante vários módulos do nosso curso nós trabalhamos com projetos, certo? Eles
sempre foram instrumentos fundamentais para sua melhor aprendizagem e para a realização
de qualquer atividade que vai promover uma geração ou mudança de um produto ou serviço.
Ele é único, com início e fim definidos e que utiliza recursos limitados. Ele sempre deverá ser
conduzido por pessoas, visando atingir metas e objetivos pré-definidos. Todo e qualquer
projeto precisa estabelecer parâmetros importantes, tais como prazo, custo e qualidade. O
projeto só termina quando os objetivos são atingidos ou quando, por algum motivo, se torna
claro que eles não poderão mais ser.
Dentro deste módulo, vamos trabalhar com um projeto empreendedor. Ele terá uma
Iniciação bem definida para entender o que vamos fazer e se ele é viável; um Planejamento
de tudo que será feito; uma Execução para implementar através de rotinas, reuniões,
procedimentos, entre outros; um Monitoramento e controle para assegurar que os objetivos
do projeto estão sendo atingidos e corrigidos quando necessário; e por fim um Encerramento
para levantar onde erramos e onde acertamos.
Projeto sempre é um esquema importante, seja na vida pessoal ou profissional.

Estudando os ramos de negócios


Agora o momento é para pensar alto, entender o mercado e escolher as melhores
oportunidades. Um bom empreendedor precisa saber reconhecer onde ele quer investir
sua ideia e seus recursos. Para isso, é preciso, primeiramente, escolher o ramo de negócios.
Você e seu time devem ser capazes de entender qual o melhor investimento a ser realizado,
focando o estudo nas pesquisas que vão lhe ajudar a encontrar o ramo ideal.

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Existem vários ramos que podem ser explorados, que vão desde o vestuário até de
serviços complexos. Existem aqueles que são bem tradicionais e outros que só a internet é
capaz de oferecer. Qual o melhor? Essa resposta será descoberta por você e pelo seu time.
Vamos apenas dar aquele empurrãozinho, apresentando algumas tendências do mercado. E
você pode completar a tabela abaixo com outras opções.

Escolher um ramo de negócios pode ser uma tarefa um pouquinho complicada. Mas
lembre-se que você precisa abraçar aquilo que você realmente gosta de fazer. É importante
entender que “a restrição amplia a criatividade”, porque sem ela muitas das grandes ideias
do mundo moderno nunca teriam saído do papel. Pense que o avião só existe porque havia
uma restrição de tempo, e que os grandes edifícios só foram construídos por faltar espaço
para morar.

O modelo de negócios – O que é?


É fato que precisamos enxergar bem o futuro do nosso negócio, pois o mundo muda
a cada instante. Novas ideias aparecem trazendo novos desafios. A primeira dica é que você
precisa estar sempre atento a essas mudanças para adaptá-las ao seu empreendimento.
Foi a partir dessa evolução constante que surgiu o conceito do Modelo de Negócios
ou Bussines Model, um guia de hipóteses a serem validadas. Elas são reunidas em um quadro,
um espaço livre para imaginar o seu negócio, que permite pensar em inovações com muita
criatividade. Começaremos hoje a estudar este Quadro e seus blocos principais. Mas para
que ele seja produzido com eficiência, você deve responder quatro questões básicas: 1) Vou
fazer o quê? 2) Para quem vou fazer? 3) Como vou fazer? 4) Quanto vou ganhar?
O propósito é ajudar você e seu time a organizar as ideias, relacionando cada uma
dessas perguntas. O resultado vai permitir que vocês percebam o seu negócio como um
todo.

Usando o Business Model Canvas

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Agora que você já sabe para que serve o Modelo
de Negócios, chegou a hora de criá-lo de forma atraente.
O Quadro tradicional permite você trabalhar com
cartolina, caneta e papel adesivo – os Post-its - como
são conhecidos. É uma forma prática de “desenhar” o seu
negócio, o que vai permitir que você possa acrescentar
ou modificar algum item a qualquer momento.
Mesmo sabendo desse recurso, vamos deixar o
tradicional de lado e pensar em tecnologia. Dentre outras
formas eficientes de montar o seu Quadro, vamos estudar
o Canvas. O Business Model Canvas, como também
é conhecido, é uma ferramenta de gerenciamento
estratégico, que permite criar novos modelos de negócio
ou remodelar os existentes. Nada mais é do que um painel visual composto por nove grandes
blocos.

O Canvas tem alcançado grande evidência no sucesso das Startups. Por isso, a
nossa sugestão é começar nosso projeto elaborando o Canvas do seu negócio, utilizando a
ferramenta disponibilizada pelo Sebrae em https://www.sebraecanvas.com.

Criando a proposta de valor


Respondendo a primeira das quatro perguntas que apresentamos anteriormente,

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vamos estudar a proposta de valor. É aqui que vamos perguntar “O QUE” você e seu time
serão capazes de fazer. Observe o seu cliente, buscando por aquilo que ele precisa ou sente
falta. Se você olhar bem ao seu redor, vai perceber que sempre existe alguma coisa que pode
ser melhorada ou trabalhada como nova oportunidade.
E é na proposta de valor que vocês vão definir o valor do produto ou serviço para o
seu cliente. Pense no valor como a razão ou motivo pelo qual as pessoas querem adquirir a
sua ideia, seu produto ou seu serviço. Pense sempre que os seus clientes têm que comprar de
você e não dos seus concorrentes. Dentre as muitas e muitas ideias que você pode apresentar,
é importante saber que o cliente é quem vai escolher o que quer e o quanto ele quer pagar.
Vamos pensar no exemplo da proposta de valor da empresa Uber, lá quando ela
começou. Atualmente, foi uma grande oportunidade de negócio, pois a mobilidade é coisa
séria em grandes cidades. Com certeza estavam na proposta de valor: transporte privado de
pessoas, corridas mais baratas, ganhar dinheiro transportando, passageiros sob demanda,
avaliação do motorista, entre outros. Cada ideia deve ser colocada em um “post-it” diferente
dentro do quadro da proposta. Você verá como é fácil assim que o seu professor demonstrar
a plataforma.

A proposta de valor é o pontapé inicial para que sua ideia ou negócio comece a tomar
forma. O professor vai instruir como elaborar a proposta para o seu time desenvolver. Lembre-
se que cada equipe vai se reunir e escolher a melhor ideia dentre as várias que devem surgir.
Vamos praticar?

O que você aprendeu hoje?

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PROJETANDO

Mais um projeto a caminho. Vamos continuar seguindo a mesma ideia dos módulos
anteriores e montar um projeto empreendedor ligado ao ramo de negócios escolhido por
você e seu time ou definido pelo professor. E a primeira etapa é criar o time, escolher o ramo
e montar a proposta de valor utilizando o Canvas.
O objetivo - Consolidar conhecimentos, ou seja, reforçar tudo aquilo que você aprendeu
e ainda aumentar sua bagagem introduzindo novos conceitos sobre empreendedorismo.
Você e seu time vão montar uma empresa de pequeno porte, ligado ao ramo de negócios
escolhido.

A justificativa - Ajustar o conhecimento relacionando aos vários meios que o mercado


de trabalho dispõe e colocar tudo a favor do negócio próprio. São inúmeras as ferramentas
que podem ser combinadas para começar um negócio do zero e com pouco dinheiro. Basta
usar bem a criatividade. Além disso, formar times permite que vocês se comuniquem de
forma direta e tenham um objetivo em comum a seguir, sempre um cobrando do outro as
suas responsabilidades.
Como será feito? - Toda a equipe vai seguir um roteiro de aplicação estipulado pelo
professor e as informações desta apostila. A criação e execução deste projeto será feita por
times de 4 (quatro) alunos, com todas as responsabilidades de uma equipe e com a indicação
de um líder para gerenciar as atividades. Dica importante: o time só vai se sair bem no
resultado final se todos estiverem comprometidos com as aulas e com as tarefas.
O resultado - Ao final, o time deverá entregar como resultado todos os materiais
gerados durante o módulo, principalmente o Plano de Negócios, assim como realizar um
Elevator Pitch no último momento do curso.

O Padrão - Vamos chamar cada etapa do projeto pelo código Enúmerodaetapa e cada
tarefa por Tnúmerodatarefa. Exemplo: para esta aula chamaremos de E1 e T1.

Começamos agora o nosso projeto. Ele será único e com fim e término
definidos. Cada time vai escolher um ramo de negócios (ou o professor vai
apresentar uma lista de sugestões), definir os produtos ou serviços a serem
vendidos e dar seguimento a criação da empresa.

Formar o novo time de trabalho (com 4 integrantes) e eleger um líder. Este


líder será o representante e organizador das tarefas que envolverá a equipe. Ele
deverá prestar contas ao supervisor geral.

Integrantes do time:
Líder: Integrante 1 :
Integrante 2: Integrante 3:

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Agora é hora de definir o nome da empresa, o ramo de negócios e os
produtos/serviços a serem vendidos. Cada time pode escolher o ramo desejado
ou seguir as sugestões que o professor apresentou.

Nome da empresa fictícia:


Ramo de negócio:
Produtos/serviços:

Vamos usar o Canvas do Sebrae para criar a proposta de valor. Siga as orientações do
seu professor e vamos deixar a proposta pronta hoje ainda.

Atenção: Uma outra sugestão é usar a plataforma online camada


Web2Canvas (http://www.web2canvas.x4start.com).

ATIVIDADES EXTRAS

1 Atividade 1:
Em casa, assista ao vídeo “O que você quer
ser quando crescer?” do canal Deivison Pedroza no
Youtube e produza um texto simples, de 10 linhas no
máximo, sobre as lições apresentadas nele e sobre
os seus sonhos. Este texto deverá ser compartilhado
com o seu professor.

Desafio para casa:


Um bom time de trabalho deve conhecer bem o território por onde estará pisando. A
tarefa da semana será buscar informações dentro do mercado sobre o ramo que escolheram.
Converse com gerentes ou representantes de empresas reais que vão auxiliar vocês na
confecção mais exata da proposta de valor.
Faça perguntas simples, entre elas:
Como surgiu a ideia?
Quais as principais necessidades do seu público-alvo?
Qual foi o investimento inicial?
Quais as maiores dificuldades?
Como foi a aceitação do público para o seu negócio?
Com surgiu a ideia do nome da empresa?
Porque você escolheu este ramo de negócios?
Porque você escolheu este nome para a empresa?

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TCC | PROJETO FINAL

Aula 02 - De volta ao Canvas


Falando de startups
Os jovens e as startups
Falhar rápido é bom?
Segmento de clientes ou de mercado
Canais
Relação com o cliente
Fontes de receita
Recursos chave
Atividades chave
Parceiros chave
Estrutura de custos
Finalizando meu Canvas

Falando de startups
A palavra Startup é estranha para você? Já ouviu alguém usá-la em alguma roda de
conversa? Se ela é nova, então chegou a hora de entender seus conceitos.
Para muitos, startup é uma pequena empresa em período inicial ou uma ideia na
cabeça. Na verdade, sua definição vai além do que uma simples ideia. Uma startup nada
mais é do um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios que se ajuste a um
mercado sustentável, escalável, com custo muito baixo e trabalhando em condições de
extrema incerteza.

Para montar uma startup ou criar um negócio viável é preciso ter muita dedicação e
conhecimento sobre ele. Busque referências na internet, em livros, vídeos e fale com pessoas
(conselheiros) que tenham conhecimento em uma área específica. Eles sempre gostam de
compartilhar seu know-how (experiências) de como ser um bom empreendedor e não se
perder nas suas próprias ideias.
E como você viu na aula anterior, o modelo de negócios é o primeiro passo para uma
startup ou uma empresa “tradicional” gerar valor, transformando seu trabalho em dinheiro.
Por isso, não podemos esquecer que ela também pode ser repetível (entrega do produto ou

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serviço de forma repetida e potencialmente ilimitada) e escalável (cresce cada vez mais, sem
que isso influencie no modelo de negócios).

Os jovens e as startups
A preferência dos jovens pelo modelo de startup nos dias atuais é fato. Segundo
pesquisas recentes, mais de 72% dos jovens que conhecem o assunto querem investir no
caminho das startups. O que chama a atenção é que muitos jovens não têm mais aquele
interesse em terminar a faculdade e seguir carreira em uma empresa pública ou privada. A
maioria quer mesmo é empreender, mesmo com pouca experiência e idade. Só para você
ter uma ideia, durante a elaboração deste material (dezembro/2018), dos 27,4 milhões de
empreendedores iniciais no Brasil, 15,7 milhões estavam na faixa dos 18 aos 34 anos. É igual
o caso de sucesso que vamos mostrar logo a seguir.

Caso de sucesso #3: cuidando de idosos

Logo depois de concluir o ensino médio na


Escola do Sebrae, os jovens Luiza Arantes, Dante
Nolasco, Matheus Jorge e Paula Menezes criaram uma
startup e um app chamado Cori Saúde, dentro do
evento Startup Weekend Youth. Logo foi aprimorada
no programa AGITA, da Escola do Sebrae. Segundo o
site, pelo aplicativo é possível ter todos os registros de
saúde do paciente compartilhados com os cuidadores
e familiares. Tudo isso sem custo nenhum para o idoso
ou sua família.
(Fonte do texto: http://agita.escoladosebrae.com.br. Fonte da imagem: http://efgbh.com.
br/startups-do-agita-sao-destaque-em-materia-do-jornal-o-tempo)

Falhar rápido é bom?


Uma das principais ideias na construção de uma startup é falhar o quanto antes. Ao
contrário do que muitos pensam em relação a uma empresa, errar o mais cedo possível é um
bom sinal. Quando se tenta inovar, quanto mais erros tiver melhor. Isso evita de insistir num
negócio que não tem futuro e te ajuda a ganhar mais experiência na construção de um outro
modelo (ou até reformular o atual). Você sabia que nos EUA se você diz para um investidor
que já falhou numa startup, isso é mais valorizado do que se tivesse feito um MBA? No Brasil
as pessoas ainda têm vergonha de contar que faliu uma startup, mas isto vem mudando aos
poucos.

Segmento de clientes ou de mercado


De volta aos Canvas, vamos seguindo com o caminho de construção do seu modelo
de negócios, identificando quem são os clientes, ou seja, respondendo à pergunta do “PARA

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QUEM?”. Esse bloco é chamado Segmento de Clientes ou de
Mercado. Para entender melhor é preciso pensar: Qual o perfil
do meu cliente? Qual a faixa etária? Quais as necessidades em
comum? Onde e como estão localizados? É um mercado de
massa ou de nicho? Perguntas assim vão ajudar o seu time a
engrenar uma boa ideia. Há sempre um grupo especial de
clientes sedentos pelo seu produto ou serviço, basta encontrá-lo.
O exemplo da imagem segue baseado no modelo de
negócios do Uber, como vimos na aula anterior.
A tabela abaixo vai ajudá-los a conhecer alguns
promissores segmentos ou nichos:

Canais
Depois que você e seu time encontraram e entenderam
o seu cliente, chegou a hora de definir a forma com os seus
produtos chegarão até ele e, principalmente, como ele vai
saber que a sua empresa existe. Pense que você, como dono
do negócio, precisa estar atento para a melhor forma de operar
estes canais, seja por meio da sua empresa ou por terceiros.
Monte no seu modelo de negócio o caminho mais curto para
que o seu produto ou serviço chegue ao cliente. Pense que ele
pode ficar satisfeito com uma entrega à domicílio (delivery), uma
interface legal no site da empresa, por aplicativos para celular ou tablete, ou um atendimento
presencial. A imagem representa os canais ligados ao modelo do Uber.

Relação com o cliente


Cliente identificado é promessa de bons negócios. Cabe
ao seu time definir como se relacionará com ele. Pense em como
conquistar o seu cliente, mantendo uma boa relação e evitando
perdê-lo para o seu concorrente. Entenda que é preciso escolher
meios que envolvam o cliente na mais profunda relação com
a sua empresa, seja por meio de uma interação humana mais
próxima ou uma relação online segura. Para qualquer uma delas
o importante é saber que o seu cliente precisa se sentir único
ao comprar de você. O Uber tem a relação bem parecida com o
exemplo da imagem.

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Fontes de receita
Chegou a hora de descobrir “COMO” e “QUANTO” você poderá ganhar. É logico que
todo negócio precisa gerar dinheiro e, por isso, caberá ao seu time estudar as formas e
descobrir o quanto cobrar pelo seu produto ou serviço.
Assim como a segmentação dos clientes foi parte integrante da sua proposta de valor,
as fontes de receita também devem ser. Pense que seu cliente quer pagar o que ele acha
justo pelo o que seu negócio realmente vai oferecer. Se o produto ou a ideia valerem a pena,
você conquistará o cliente e ele irá pagar o valor cobrado.
Planeje como o dinheiro vai entrar. Você pode fazer relações diretas, exclusivas,
fidelizadas com o seu cliente. Ofereça assinaturas, divulgue anúncios, alugue produtos,
venda licenças, receba pelo uso ou venda direto ao seu cliente. Não se esqueça de cobrar da
maneira que o cliente gosta de pagar.

Recursos chave
Nunca pense que uma empresa ou uma startup vai
surgir num passe de mágica. É preciso tirá-la do papel e se
necessário buscar recursos que vão fazer o seu negócio
funcionar. Aqui, seu time deve pensar nos móveis, imóveis,
mobiliário, capital próprio, na infraestrutura de TI, nos
investidores e até mesmo no capital humano. Tudo precisa
estar definido no modelo de negócios.

Atividades chave
É preciso deixar bem
claro que ações e atividades serão
necessárias para seu negócio dar certo. De todas as atividades
que você planejou lá na proposta de valor, separe neste bloco
apenas as que são essenciais para que a sua empresa funcione.
Fique sempre atento às mais importantes.

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Parceiros chave
Toda empresa precisa de parceiros. Eles darão algum
tipo de suporte para a realização correta da sua proposta de
valor. Eles trarão informações importantes para otimizar e
reduzir os riscos do seu negócio. E os exemplos são muitos:
equipamentos do seu fornecedor dentro da empresa,
descontos pelos produtos vendidos, terceirização, serviços de
estacionamento, serviços de entrega, entre outros. Cabe ao
seu time descobrir quem pode lhe ajudar a tornar o seu negócio grande. Alguns possíveis
parceiros do Uber estão na imagem.

Estrutura de custos
E por fim, vamos descobrir “QUANTO CUSTA”, criar e manter o seu negócio. Lembre-
se que a startup prima pelos baixos custos, mas que podem ser alterados na hora de executar
o seu negócio. Na estrutura de custos você e seu time deverão levantar tudo aquilo que
precisam gastar para realizar a proposta de valor. Pense em reduzir os itens não essenciais, na
eliminação de produtos ou serviços ultrapassados ou como atender bem o cliente sem gerar
custos extras. Depois que o modelo estiver pronto fica mais fácil saber onde você vai investir
o seu dinheiro.

Finalizando meu Canvas


Por fim, depois de
terminada a primeira fase do
seu projeto, finalize com uma
revisão de todos os nove blocos
do seu Canvas. Veja se estão
bem amarrados e com ideias
bem claras. Observe que o lado
direito tem a ver com o cliente
e lado esquerdo tem a ver com
o operacional do seu negócio.
Quanto mais visualmente atrativo
for, mais fácil será enxergar a sua
empresa como um todo.

21
O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO

O nosso projeto continua a todo o vapor, principalmente agora que


aprendemos mais sobre como criar um modelo de negócios utilizando um
recurso chamado Bussines Model Canvas. Já estudamos como elaborar a
proposta de valor e agora chegou a hora de modelar os outros blocos que vão
compor o Canvas do seu negócio.

Use o mesmo modelo proposto e criado na etapa anterior e preencha


os outros 8 blocos do Canvas, seguindo a orientação do seu professor e das
informações que estão nesta apostila.

Você deverá validar o desafio proposto na aula anterior. Apresente os


resultados alcançados ao seu professor, utilizando um Documento Google. O
questionário fará parte do conteúdo impresso que será entregue ao final do projeto.

22
TCC | PROJETO FINAL

Aula 03 - Aprendendo a ser gerente


Por que gerenciar?
Principais pontos da gestão eficiente
Competências e habilidades de um líder
Cursos e dinâmicas de liderança
Erros que você não deve cometer na hora de abrir sua
empresa
Ferramentas de TI para gestão
Estruture seu pitch

Por que gerenciar?


Projetos, empresas, negócios, empreendedorismo. Ufa! É muita coisa para manter
organizado, não acha? Já não basta gerenciar a nossa própria vida, agora precisamos ficar
atentos a gestão do que está a nossa volta. Graças às novas tecnologias, tudo acaba ficando
mais fácil. Além disso, os gerentes e líderes por detrás destas tecnologias tem sido cada
vez mais jovens, o que dá um novo gás. Estima-se que em 2025, 70% da força de trabalho
gerencial no mundo será composta pela geração Z.

Todo projeto tem um início e um fim definidos, certo? Sabendo que um dia ele acaba,
vai precisar passar por um controle correto para que não perca a razão de ser. Da criação de
um simples site até a construção de um prédio é preciso gerenciar os riscos, as falhas e os
recursos. Diretores, e muito menos os clientes, não gostam de surpresas. O gerenciamento
promove a conquista de objetivos únicos dentro dos períodos pré-determinados de tempo e
com limitações de recursos previstos. Assim, diminuímos as incertezas e atingimos a satisfação
de seu cliente, seja ele, interno ou externo. E lembre-se que um projeto é constituído também
por pessoas, o que faz com que tenhamos um cuidado redobrado para que elas se sintam

23
bem e cresçam em torno dele.
Já que falamos de negócios e novas tecnologias, veja mais um caso de sucesso, desta
vez na gestão de uma startup.

Caso de sucesso #4: o jovem gestor

O goiano Jonathan Lima, de 20 anos, é o


mais jovem diretor de uma instituição financeira do
Brasil, reconhecido pelo Banco Central. Ele entrou na
companhia de pagamentos online Pagar.me aos 17
anos. Sua missão era ajudar a alavancar a empresa.
Segundo ele, esbarrou nos criadores da startup por
acaso, na internet. Ele programava desde os sete anos
de idade e aprendia muita coisa sozinho, com base no
que via na web. (Texto adaptado em 31/10/18. Imagem e texto: Época Negócios).

Confira a matéria completa no site https://epocanegocios.globo.com/colunas/


Tecneira/noticia/2017/10/aos-20-anos-goiano-e-o-mais-jovem-diretor-de-uma-instituicao-
financeira-no-brasil.html

Principais pontos da gestão eficiente

Falando direto a você, caro aluno, o segredo que separa o sucesso de um negócio da
sua falência é uma gestão eficiente. Separamos alguns pontos que julgamos importantes
para que você perceba o quando é sério se preparar para isso:

• Se envolver dinheiro, seja controlado. Em qualquer tipo de projeto, mesmo aqueles de


baixo custo, a organização financeira é importante. Vamos falar muito sobre isso na apostila;
• Caso o negócio não esteja andando bem, o recomendável é que o empreendedor
não se acomode. Vá para rua e procure novas ideias;
• Leia bastante sobre as principais técnicas de negociação;

24
• Monitore de perto tudo que acontece no negócio, do colaborador ao estoque de
mercadorias;
• Leia mais, estude, faça cursos e se atualize. Tudo muda muito rápido;
• As lições aprendidas na sua vida ou em outros projetos são importantes para não
cometer novos erros.

Competências e habilidades de um líder


Agora que você está no caminho de se preparar para
gerenciar um negócio e quem sabe se tornar um líder, é
hora de entender quais são as principais competências e
habilidades que alguém que lidera precisa ter. Isto não somos
nós quem está dizendo, mas especialistas em carreiras, os
chamados coachs. Veja as dicas abaixo e vá se preparando:

• Busque o maior conhecimento possível e necessário.


É preciso aprender constantemente;
• Coloque sempre em prática o que aprendeu;
• Acredite sempre no seu potencial como líder;
• Transmita confiança. E isso começa na família e com os amigos, antes de chegar na
empresa. Desta forma você vai conseguir seguidores;
• Não tenha medo de assumir responsabilidades;
• Aprenda com os seus erros e não os cometa novamente;
• Tente enxergar o futuro. Por isso é bom estar bem antenado;
• Saiba dar feedback (respostas) quando necessário;
• Tenha uma boa gestão das suas emoções. Isso se chama inteligência emocional;
• Seja organizado e prestativo em tudo que fizer;
• Confie em quem tem mais experiência (e ouça também);
• Tenha respeito por todos, estejam eles na posição que estiverem;
• Saiba se comunicar bem e da forma correta;
• Tenha honestidade e integridade acima de tudo;

Cursos e dinâmicas de liderança


Cada vez mais é exigido de qualquer pessoa que queira se tornar um líder ter uma
maior qualificação. E isso vale para todas as áreas. Por isso, é importante que você esteja
antenado com cursos de liderança, principalmente os que são online. Eles vão fazer uma
certa diferença na sua vida profissional. Mas onde encontrar esses cursos e essas dinâmicas?
Separamos uma lista para você, mas não deixe de anotar aqueles que seu professor vai
apresentar:

Portal Veduca: https://veduca.org/


Sebrae: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae
Unieducar: https://unieducar.org.br/micro-cursos-gratuitos

25
Canal Fundação Educar: https://www.youtube.com/user/universofe
Outros:

Erros que você não deve cometer na hora de abrir


sua empresa
Imagine abrir o seu negócio sem nenhum planejamento, e com o tempo perceber
que quase ninguém tem interesse pelo seu serviço ou que está pagando imposto demais. Ou
ainda que não tem dinheiro no caixa para pagar o fornecedor.
Quando começamos a nossa preparação para a tão sonhada abertura de uma empresa,
a euforia ou o despreparo podem gerar erros que depois são difíceis de serem corrigidos. São
vários, mas optamos por selecionar alguns que achamos importantes nesta jornada.
• Não fazer um planejamento – Todo projeto precisa de um planejamento e abrir uma
empresa também pode ser considerado um projeto. Por isso, é importante fazer o modelo de
negócios ou o plano de negócios;
• O tipo do negócio não é viável – Uma dúvida: será que compensa abrir uma loja
para vender ar condicionado no polo norte? A pergunta parece boba, mas ilustra que se o seu
negócio não for viável naquele local, então não insista;
• Misturar finanças pessoais com as da empresa – A empresa pode até estar
funcionando, mas se você mistura o que é seu e o que é da empresa a bagunça começa.
Cuidado com isso;
• Não pensar no marketing - Investir em comunicação é necessário, sobretudo na
fase inicial. E hoje em dia o marketing digital pode ser feito sem muito dinheiro. E você já
aprendeu bastante sobre isso;
• Escolher as pessoas erradas – Muitos dizem que sociedade é igual casamento. Se
você se envolver com as pessoas erradas a chance de dar errado é grande.

Ferramentas de TI para gestão


Muito se fala que é preciso estudar cada vez mais a fundo a arte de gerenciar projetos.
Daí surgem, a cada ano, novos estudos e técnicas que apoiam a gerência eficiente dos
projetos em andamento. As ferramentas de gestão são importantes para a organização das
tarefas, determinação de metas e, em alguns casos, com suporte para trabalhos em equipe.
Para se ter uma ideia, durante a elaboração desta apostila, existiam mais de 100 ferramentas
disponíveis.
Algumas delas você já conhece. E que tal conhecer outras? A decisão de qual delas
usar durante o seu projeto ficará a cargo do seu professor. Porém, nada vai impedir o seu time

26
de testar outras ferramentas.
Vamos começar pelo Trello, o organizador que você já viu nos módulos anteriores e
é uma maneira gratuita, flexível e visual de organizar tudo, com quem quiser. Com ele você
se livra das longas trocas de e-mails, planilhas desatualizadas, notas adesivas e softwares
complicados para gestão de projetos. (www.trello.com)

Outra opção é o Taskworld que é fácil e mensurável. Deixe sua equipe envolvida com
placas visuais, bate-papo rápido e análise interativa em um aplicativo robusto. (taskworld.
com)

O Runrun.it é uma ferramenta web criada no Brasil que permite criar, distribuir e
priorizar tarefas para você e para a sua equipe. Muito prática e funcional. (http://runrun.it )

A Asana é uma ferramenta que possibilita o trabalho em equipes com a criação de listas
de tarefas compartilhadas, uma espécie de quadro com os projetos, tarefas e participantes
que fazem parte de cada projeto. A versão gratuita é bem limitada, mas ele disponibiliza 14
dias de testes. (https://asana.com)

27
Estruture seu pitch
A partir de hoje vamos começar a entender uma técnica bastante usada no mundo
das startups – o chamado Elevator Pitch. Já ouviu falar? Ele será preparado durante este
curso e apresentado de forma completa ao final dele. Vamos entender o que é?
O Elevator Pitch nada mais é do que uma apresentação que dura em média de 1 a
3 minutos, com objetivo de despertar o interesse de um investidor pelo seu negócio. Mas
porque elevator? A ideia é que se você encontrar este investidor dentro de um elevador, só
teria o tempo da viagem para vender a ideia para ele. Por isso, o pitch deve conter apenas
as informações essenciais e diferenciadas. De uma forma genérica, o pitch deve ter uma
estrutura que responda:

• Qual é a oportunidade;
• Qual mercado que irá atuar;
• Qual é a sua solução;
• Quem é o seu público-alvo;
• Quais os seus diferenciais;
• O que está buscando.

Não existe uma fórmula universal


para se fazer o pitch, pois cada investidor
tem um interesse distinto. Por isso é
sempre bom elaborar 2 ou 3 versões dele para apresentar conforme o perfil do ouvinte.
Vamos começar a entender melhor sobre o assunto assistindo uma série de vídeos,
no Youtube do Sebrae MG, para a execução de um elevator pitch. Confira pesquisando no
Youtube por “Elevator Pitch SEBRAE MG 1”.

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Gerenciar é manter o controle de tudo que estiver a sua volta. Como
dissemos existem ferramentas tecnológicas para isso. Vamos aproveitar esta
aula e usar estas ferramentas. A missão é criar estruturas que possibilitem a

28
organização do seu trabalho para a empresa.

Escolha uma plataforma online para gestão de tarefas e crie toda a estrutura
que você precisa para organizar a empresa. Lembra da técnica do Kaban. Será que
ela pode ser útil aqui? Se for, use e abuse. Importante: o professor pode sugerir a
melhor plataforma para se usar em sala de aula.

Use os dados da apostila, as informações dos vídeos do SEBRAE MG e as


orientações do seu professor para elaborar a primeira versão do pitch do seu
negócio. Lembrando que ele será aperfeiçoado.

Toda revisão é importante. Reveja o modelo de negócios da sua empresa e


veja se precisa de algum ajuste ou alteração. As mudanças podem ser anotadas na
plataforma de gestão escolhida. Tudo precisa ficar registrado lá.

Extra: Os times foram montados e um dos integrantes deverá ser eleito como líder.
De alguma forma, baseado em alguns critérios, todos chegaram à conclusão de quem seria
este líder. Então, responda:
Porque você foi escolhido como líder? (responder esta somente se você está como
líder)

Porque você escolheu tal pessoa para ser líder?

29
TCC | PROJETO FINAL

Aula 04 - Hora de planejar - O plano de negócios

Diferença entre o Modelo e o Plano de Negócios


O Plano de Negócios simplificado - Modelo SEBRAE
O sumário executivo
Análise de Mercado
Plano de Marketing
Ferramentas para criar o Plano de Negócios

Diferença entre o Modelo e o Plano de Negócios


Lembra bem da nossa primeria aula, quando falamos de um tal Modelo de Negócios?
Lá descobrimos o uso do Bussiness Model Canvas, um espaço livre para imaginar o seu
negócio e que permite pensar inovações com muita criatividade. Usamos até uma ferramenta
online para criar os quadros. O uso dos recursos visuais é uma maneira divertida de trabalhar
as suas inúmeras ideias.
Podemos dizer que o Modelo de Negócios “vem antes” do Plano de Negócios. Não
é uma regra, mas pode ser pensado assim. O modelo descreve a lógica de criação do seu
negócio e o plano descreve a forma como ele será construído, definindo as etapas, os prazos,
as planilhas, etc. É o nosso famoso planejamento.
Importante: Se o modelo de negócios for alterado em qualquer condição, o plano
também deverá ser alterado. Isso permite uma interconexão entre ambos e uma facilidade
de leitura durante a execução do projeto. Planos e modelos de negócio estarão sempre em
evolução.

O Plano de Negócios simplificado - Modelo SEBRAE

30
O planejamento é responsável por mais de 70% do bom andamento de uma empresa. E
isso é uma verdade, pois só podemos colocá-la em prática depois de um bom planejamento.
É aí que entra o Plano de Negócios, que nada mais é do que um documento no qual o
empreendedor descreve em detalhes do negócio, como ele funciona e quais as metas da
empresa. O nível de detalhamento vai depender de qual tipo de empresa está sendo criada.
O nosso exemplo vai se basear no modelo SEBRAE (http://www.sebrae.com.br) e com livre
adaptação, pois o plano não é um método a ser seguido e não é único. O seu professor pode
indicar outros, se quiser.

Os três primeiros grandes blocos essenciais no plano são:

Sumário executivo - Resumo dos principais pontos do plano de negócio, das


informações dos empreendedores, dos dados do empreendimento, da missão da empresa,
da localização, do capital social, entre outros.
Analise de mercado - Estudo de mercado, analise do setor, da clientela, da concorrência,
dos fornecedores, das ameaças e oportunidades, dos pontos fortes e fracos.
Plano de marketing – Uma apresentação básica de como seus produtos e serviços
serão vendidos, o preço a ser cobrado, os canais de distribuição, entre outros.

O sumário executivo
Vamos começar a montar o nosso Plano de Negócio pelo sumário executivo. Nele
vamos informar quem são os empreendedores, suas experiências profissionais, os dados do
empreendimento, a missão e a visão, a forma jurídica, o capital inicial, a fonte de recursos,
entre outros. Importante: o modelo que você verá a seguir é livre e foi criado utilizando
o Documentos Google. Você é livre para criar da forma que achar melhor ou conforme
orientação do seu professor.

Dados dos empreendedores, suas experiências profissionais e atribuições

É aqui que você vai informar os dados das pessoas que serão responsáveis pela
administração do negócio, assim como o seu perfil, destacando seus conhecimentos,
habilidades e experiências. É importante dividir as tarefas antes de montar a
empresa e definir atribuições, ou seja, o que cada sócio vai fazer. No exemplo abaixo
colocamos apenas o texto para um sócio, porém todos devem ter seus dados aqui.

31
Importante: na imagem aparecem as siglas CEO e CTO que significam, respectivamente,
Chief Executive Officer (Diretor executivo) e Chief Technical Officer (Diretor de tecnologia).

Dados do empreendimento

Você deverá informar a razão social da empresa (nome de registro), o nome fantasia (o
que o público irá conhecer), o endereço físico e virtual, e o número de inscrição no CNPJ –
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas. Se a empresa ainda não estiver registrada, você pode
indicar o número do CPF de qualquer um dos sócios. Não esqueça de fornecer o endereço e
os dados de contato da empresa.

A missão, a visão e os valores da empresa – A Missão é a razão de sua existência,


o que identifica e dá rumo ao negócio. Para entender bem o que ela significa, procure
responder às perguntas simples, tais como: “Qual é o seu negócio?” e “Qual é o meu valor para
o consumidor?”. Já a visão é a perspectiva da empresa a longo prazo que demonstra onde
e como a empresa pretende chegar aos seus objetivos futuros. Como exemplo, conheça a
missão e a visão da Rede Cedaspy:

E em relação aos Valores, eles são o conjunto de princípios éticos de uma empresa,
que formam o seu código de conduta. É o que a empresa prega de valor no seu modo de agir.
Geralmente são palavras e/ou frases curtas que definem isso. Veja o exemplo dos valores da
Avon: confiança, respeito, crença, humildade, integridade.
No nosso Plano de Negócios, eles serão inseridos depois dos Dados do
Empreendimento.

Setor da atividade

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Aqui você deixa claro qual setor a sua empresa vai atuar. Se for necessário, adicione
as principais atividades.

Forma jurídica – Ela vai determinar de que maneira a sua empresa vai ser tratada
perante a lei, assim como a sua relação com terceiros. Dentre as mais comuns e importantes
estão o Microempreendedor Individual – MEI, Empresário Individual, Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada – EIRELI, Sociedade Limitada, entre outros. O seu professor vai
falar um pouco mais sobre cada um.
Enquadramento tributário – É a forma com que a empresa, principalmente as pequenas,
vão adotar para o cálculo e o recolhimento dos impostos junto ao Governo Federal. Podem
ser: o EMPREENDEDOR INDIVIDUAL, o REGIME NORMAL ou o SIMPLES NACIONAL. Pesquise
na internet sobre a tabela para estes enquadramentos.

Capital social

É representado por todos os recursos, seja dinheiro ou equipamentos, que são


colocados pelos sócios para a composição dos valores que vão iniciar a empresa. Neste item,
é importante determinar o valor do capital que cada sócio irá investir e o seu percentual no
montante. Siga o modelo abaixo:

Fontes de recursos – Determine e descreva qual a origem dos recursos necessários


para a abertura da empresa e de que maneira serão obtidos. Você pode contar com recursos
próprios, de investidores (veremos isso mais adiante) ou com ambos.

Análise de mercado
Neste ponto do Plano de Negócio, algo bem parecido com o que você já fez nos
módulos anteriores irá surgir. Vamos analisar o nosso mercado e como ele se comporta. As
principais ações são:
Estudo dos clientes – Você precisa identificar quem são eles e o que precisam,
simplesmente para encontrar a melhor solução. Descreva seus clientes respondendo às

33
perguntas que você já viu antes, tais como, “Qual a faixa etária?”, “Qual sexo?”, “Qual a renda
média?”, “Qual é a sua escolaridade?”, entre muitos outros.

Estudo dos concorrentes – Identificar quem são seus principais concorrentes (aqueles
que atuam no mesmo ramo de atividade que você), visitando seu site, suas redes sociais ou
até mesmo pessoalmente. Examine seus pontos fortes e fracos. Exemplo: se o concorrente
tem muitos clientes, mas o local não tem estacionamento, então é um ponto fraco.

Estudo dos fornecedores – É sempre importante avaliar quem serão as pessoas e


empresas que irão fornecer as matérias-primas, equipamentos e serviços para a sua empresa.
Mantenha um cadastro atualizado desses fornecedores junto com as observações sobre o
desempenho deles.

Plano de Marketing
Ele nada mais é do que parte do seu plano geral de negócios que vai planejar os
principais serviços e produtos a serem entregues, como a distribuição vai acontecer, entre
outros.
Principais produtos ou serviços - Descrever os principais itens que serão produzidos
e vendidos, ou os serviços que serão ofertados. Vale até mesmo colocar fotos dos produtos
ou serviços para ilustrar.
Preço – Lembrando que não é você quem “define” o preço do produto ou serviço, mas
quanto o consumidor está disposto a pagar. Para determinar o preço deve-se levar em conta,
claro, os custos do produto ou serviço, mas também as condições do público-alvo, da região
e o que é praticado pelos concorrentes.
Promoções e estratégias – Se a ideia é fazer promoções para chamar a atenção do
cliente, então tudo deve estar previsto aqui.
Estrutura para comercializar – Lembra do modelo de negócios que falamos dos
canais de distribuição? Neste ponto do Plano de Negócio você vai descrever estes canais de
uma forma um pouco mais detalhada. Discuta com o time sobre quais serão os meios mais
adequados para se alcançar os clientes.
Localização – Aqui também é importante fazer uma avaliação completa da melhor
localização para a instalação de seu negócio e justificar os motivos da escolha desse
local. Claro, que o ramo de negócios vai ajudar a definir o local. Pense na vizinhança, na
infraestrutura, na segurança, no fluxo, entre outros.

34
Ferramentas para criar o plano de negócios
Existem algumas ferramentas na internet que possibilitam a criação bem dinâmica do
plano de negócios. Contudo, a maioria delas disponibiliza apenas alguns dias de uso, pois
são pagas. Durante a elaboração desta aposta descobrimos a Smart Business Plan (https://
br.smartbusinessplan.com), a Planoo (https://www.planoo.com.br), a Meu Plano de Negócios
(https://www.meuplanodenegocios.com.br), entre outras.

Mas a ferramenta que mais chamou a nossa atenção foi um software desktop
(instalado no computador) elaborado e distribuído pelo Sebrae MG. Ele pode ser baixado no
site do SEBRAE (https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital) e devidamente
instalado na sua máquina sem muita dificuldade.
Depois de instalado, basta fazer seu cadastro e começar a elaborar o Plano de
Negócios. Você vai
perceber que ele
segue as orientações
que deixamos nesta
apostila. Veja a
imagem a seguir:

35
O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
O Modelo de Negócios é visual e o Plano de Negócios é descritivo. Qual
a melhor opção? A resposta seria ambos, pois um complementa o outro. Como
já fizemos o Modelo, agora é hora de concentrar na criação do nosso Plano de
Negócios, que deverá ser entregue por completo ao final do módulo como parte
de um trabalho de conclusão do curso.

Vamos começar a escrever o Plano de Negócios da sua empresa, baseando-


se no Canvas já criado. Para isso, você e seu time irão usar um Documento Google
com um template (modelo) proposto pelo seu professor, ou uma ferramenta
digital qualquer, seja ela online ou instalado no computador. Vamos deixar os três
primeiros blocos prontos ainda hoje.

Extra: Pesquise e responda o que significa:

36
TCC | PROJETO FINAL

Aula 05 - Todo negócio tem a sua marca

O briefing da marca
Dicas para se criar uma boa marca
Criando a marca da sua empresa
Falando sobre a identidade visual

O briefing da marca
Vamos dar uma pausa rápida no nosso Plano de negócios para falar da marca da
empresa/negócios. Já parou para pensar que o projeto empreendedor que você e seu
time estão montando vai precisar de uma identidade visual que a represente? Em módulos
anteriores você aprendeu como criar logotipos ou identidades visuais. Esse conhecimento
será util aqui, sendo que vamos relembrar alguns conceitos e apresentar novos. E o primeiro
deles a ser lembrado é o briefing.
Para quem é designer, o briefing serve de base para criação de um projeto gráfico,
tendo instruções do escopo (o que tem nele) e unindo os detalhes que ele precisará desde
criação até a entrega final. É tipo um documento que detalha como será criada a marca da
empresa.
O briefing pode acontecer dentro de reuniões que chamamos de brainstorming.
Nelas, as ideias são colocadas em um quadro geral e analisadas uma a uma. Nenhuma ideia
é inválida, mesmo que ela seja pequena ou não se encaixe naquele momento. O importante
é valorizar a criatividade de cada um.

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Depois destas ideias prontas, o documento do briefing é gerado. O importante é
entender que para um bom brienfing é preciso:

• Saber bem os objetivos da marca ou da identidade visual;


• Entender bem o que é a empresa e seu ramo de negócios;
• Conhecer qual é o mercado;
• Olhar para os correntes e ver como eles estão fazendo os seus briefings (não significa
que você deve copiar);
• Usar experiências anteriores para o tipo semelhante de projeto;
• Fazer um bom planejamento e usar cronogramas.

Veja abaixo o modelo de como seria um documento do briefing. Este pode não ser o
melhor modelo, pois existem vários disponíveis na internet e o seu professor pode mostrar o
que será mais viável.

Dicas para se criar uma boa marca/logotipo


Relembrando o que você aprendeu ao longo
do curso, criar uma marca ou identidade visual requer
algumas dicas importantes que, na prática, funcionam
bem. Separamos algumas delas para que você não se
perca neste caminho.
• Crie suas ideias, mas colocando-se no lugar do
público-alvo. Afinal, você também é cliente;
• Ela precisa refletir a personalidade da empresa.
Se for uma empresa de segurança por exemplo, a marca
precisa mostrar algo relacionado ao forte;
• O nome correto é essencial na marca. Vamos
falar disso mais a frente;
• As cores não precisam refletir exatamente as cores da empresa, mas precisam ser
pensadas de acordo as necessidades do ramo;
• Lembre-se que ela vai ser usada em todas as atividades da empresa e por isso ela
precisa estar junto com seu negócio.

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Criando a marca/logotipo da sua empresa
A marca/logotipo de uma empresa é a identidade dela. É como a imagem da sua
empresa será traduzida para o mercado. Geralmente, a logomarca é formada pela composição
de um nome e um símbolo. É durante a análise de mercado que você começa a pensar nela.
A marca deve assegurar uma certa integridade e a confiabilidade na sua empresa.
E essa integridade já começa bem cedo. Antes de criar ou lançar qualquer marca no
mercado faça uma consulta no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial – para
evitar que o modelo que você criou já está esteja registrado por outra empresa no mesmo
ramo ou similares. Plágio não pode.
E não esqueça de já deixar registrado o domínio - endereço eletrônico da sua empresa
– para resguardá-lo antes que outra empresa o faça.
Uma marca deve ser feita para ser duradoura, porém modificável sempre que o
mercado exigir.

Importante: Para ajudar a transmitir a imagem da empresa aos consum-


idores crie uma frase de efeito, também conhecido como slogan. Ele deve
ser curta, de fácil memorização e pode ser ajustada ao longo do tempo.

A seguir, vamos orientar, com a ajuda do seu professor, a idealizar a criação de uma
marca de sucesso a partir de exemplos simples. Para isso, pensamos nas situações abaixo:

Comece pensando no óbvio e no complexo ao mesmo tempo. Uma ideia para uma
marca de sucesso pode sair de todos os lados, utilizando-se de visões diferentes. Veja os
casos fictícios das empresas chamadas Pause e Eighty Three Studios. Na primeira, a ideia de
substituir a vogal “U” pelo símbolo do pause é bem simples. Na segunda, o 8 tem um 3 dentro
dele. Conseguiu ver?

Nomes longos e difíceis dificultam a assimilação da


mensagem. Não se trata de uma regra, mas de uma constatação
de mercado. Um exemplo disso foi a empresa Companhia Vale
do Rio Doce. Um dos motivos para a mudança do seu nome
foi porque o cliente não se familiarizou por não repetir o nome
completo da empresa. Por isso, em 2008, a empresa mudou o seu
nome para apenas VALE.
A tipografia também pode ser usada para representar logotipos. De acordo com o

39
tipo de letra, pode-se formatar imagens. Vejas os exemplos abaixo: na imagem da esquerda, a
tipografia da palavra Dodo, da empresa Dodo Gril Restaurant, virou o desenho de espetinhos.
Já na da direita, a tipografia da sigla da empresa Home Table House se transforma em mesa
e cadeiras.

Pense nas cores da empresa e do negócio. É importante reforçar o estudo sobre a


psicologia das cores, pois elas têm um sentido. Nos exemplos abaixo, a cores das empresas
estão em evidência: na da esquerda é o laranja. Já na dá direita é o azul e o rosa. Porém
nenhuma delas poderá ficar definitivamente associada. Se for preciso mudar as cores, serão
perfeitamente adaptáveis.

Evite algumas situações na hora da criação:

• Associar o nome ou a marca a uma cidade, porque pode haver uma limitação no
crescimento da marca em outras regiões;
• Associar o seu nome à empresa. É limitante, pois se amanhã o empreendedor abrir
outro negócio, corre o risco de ser associado ao anterior;
• Usar imagens de pessoas.

Falando sobre a identidade visual


Quando envolvemos a marca de uma empresa temos que associar a uma posterior
identidade visual. É com ela que a empresa vai passar aquele profissionalismo para o mercado.
Por isso é bom já ir planejando esta etapa.
E esse planejamento acontece com o uso do chamado Manual de identidade visual.
Nele devem estar previstas a criação de alguns itens gráficos e de papelaria. Os mais comuns
são:
• Cartão de visita;
• Banners para site;
• Papel timbrado;
• Avatar e capas para redes sociais;
• Envelopes;

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• Plano de fundo para área de trabalho;
• Assinaturas de e-mail;
• Sinalização;
• E-mail marketing;
• Embalagens;
• Brindes;
• E muitos outros.

Com todos esses materiais prontos, é possível deixar o projeto da empresa mais amplo.
O Manual em si serve para mostrar, em partes, como serão feitos alguns destes itens acima
e acrescentar algumas explicações extras. Para apresentar isso usaremos o exemplo retirado
do Manual de identidade Visual da Fiat. Veja.

Visão geral da marca – Uma explicação rápida de como ela será criada;

Os elementos estruturais do logotipo, tais como formas, tamanho, entre outros.

A paleta de cores de toda identidade, geralmente as mesmas cores adotadas pela


empresa.

A tipografia a ser usada, ou seja, as fontes.

41
As variações do logotipo, com outras combinações de cores ou o uso do preto e
branco

A área em torno do logotipo para que não seja preenchido por nenhuma outra
imagem.

Redução da marca – Em quanto será reduzida a marca para cada aplicação visual.
Exemplo: Qual o tamanho para ser usado no papel timbrado?
Uso sobre fundos – Define como será a aplicação em cima de um fundo com tom
semelhante ou igual à cor principal. Neste caso, o manual indica qual é a versão mais
adequada para utilizar, como a versão negativo. No caso abaixo ele mostra como ficaria num
fundo irregular colorido.

Ficou cheio de dúvidas? Não se preocupe porque seu professor vai apresentar um
modelo bem fácil de ser entendido. Fique atento!

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O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Entendendo a importância da marca, certamente sua empresa será bem
vista. Por isso a proposta de hoje é criar parte da identidade visual, baseado
nas pesquisas que você realizou e no conhecimento já adquirido nos módulos
anteriores. Se preciso, faça um brainstorming para buscar ideais.

O time vai pensar na marca, na identidade visual e criar o logotipo da


sua empresa. Lembre-se de tudo que aprendeu nesta aula e nos módulos
anteriores.

Que tal criar um mini-manual de identidade visual. Não precisa ser


algo tão completo, mas um documento de orientação para uso da sua marca.

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TCC | PROJETO FINAL

Aula 06 - O plano operacional da sua empresa

Definindo a localização
Conhecendo o coworking
Desenhando o layout
Capacidade de produção
Os processos operacionais

Definindo a localização
Você viu lá no plano de marketing sobre o questito localização. Alguns Planos de
Negócios propoem a definição da localização dentro do plano operacional e de produção,
para saber como as coisas serão conduzidas. Se for aqui ou lá no plano de marketing, tanto
faz. O importante é seguir uma avaliação mais geral de onde a sua empresa vai ficar.

O plano operacional tem a função de aprofundar um pouco mais na visão macro do


Modelo de Negócios e registar informações mais consistentes no Plano de Negócios. Como
dissemos, um dos principais pontos é definir onde a sua empresa vai ser aberta. A localização
é de fundamental importância para o desempenho do seu negócio. Para escolher bem a
localização é preciso considerar alguns fatores que são determinantes no processo.

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O local ideal é o que fica mais próximo do seu futuro cliente. Escolha o lugar que melhor
se encaixa na sua proposta, para que não haja gastos desnecessários com infraestrutura ou
mudanças de localidade.

Conhecendo o coworking
Hoje em dia, usar um coworking para atividades profissionais de uma startup é muito
comum. A maioria das grandes e médias cidades no Brasil tem seus coworkings. A ideia deles
é fazer o compartilhamento de espaços e recursos de um escritório para reunir pessoas e
negócios. É uma maneira muito utilizada por muitos times de negócio para começar sua
empresa sem muito sofrimento.
Uma grande vantagem do coworking é a possibilidade de reunir pessoas e negócios
diferentes em um mesmo espaço para estabelecer relacionamentos sólidos que visam
favorecer o surgimento e amadurecimento de novas ideias e projetos em grupo.

Para utilizar um coworking basta contratar um plano. Ele pode ser de acordo com o
número de horas trabalhadas no local ou um plano fixo mensal. Você escolhe. O que é pode
variar de acordo com o tamanho do espaço interno e da localização.
Segundo o Censo Coworking Brasil 2018, realizado pelo site https://coworkingbrasil.
org, hoje temos:
• 1194 coworkings no Brasil em cidades acima de 150 mil habitantes, com 214 mil
pessoas circulando neles;
• 33% são usados de empresas iniciantes;
• 57% utilizam planos mensais.

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Desenhando o layout
Se o time entendeu bem a ideia da utilização do coworking e quer utilizar este formato,
então parabéns. Com certeza o caminho vai ser mais curto para o sucesso da empresa. Mas
e se a ideia for montar o seu próprio escritório, no local que escolheu para ele? Aí entra o
chamado arranjo físico ou layout da empresa.

A ideia aqui é definir como será a distribuição dos diversos setores da empresa, para
entender como materiais e pessoas serão agrupados. Existem profissionais especializados na
definição de layout para as empresas. Mas como você e seu time precisam ajustar as despesas
iniciais, que tal colocar a mão na massa e desenhar você mesmo o esquema? Visualize bem
o espaço, defina as áreas da empresa, onde vão ficar os móveis e os equipamentos e pronto.
Você é capaz de produzir um arranjo bem interessante.

Existem vários aplicativos que vão permitir que o time possa fazer o desenho de um
arranjo físico bem interessante. Pode ser Corel Draw, o Google Sketchup ou as plataformas
que apresentamos nas imagens a seguir. A primeira é a chamada Floor Planner (https://
ÀRRUSODQQHUFRP). Durante a elaboração desta apostila ele foi um bom exemplo a ser usado.
Durante esta aula, pode ser que o seu professor opte por usá-la ou apresente uma ferramenta
mais atual.

Outra sugestão é a plataforma HomeStyler (www.homestyler). Mesmo a característica

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dela seja para montar ambientes residenciais, o resultado na criação de layouts para pequenos
ambientes funciona muito bem. A plataforma é simples e bem intuitiva. Mas seu professor
também vai demonstrar como usar.

Capacidade de produção
Seu negócio é digital ou de produção física? Indiferente a essa pergunta, sempre
existirá algo que você vai entregar, seja um produto ou um serviço. E o seu time será capaz
de medir isso? Importante entender que depois que o arranjo físico está feito vocês devem
estimar o que conseguem produzir ou quantos clientes podem ser atendidos com o que tem
hoje. Parece complicado, não é?

Neste caso, avalie de novo o mercado e responda perguntas do tipo:

O que consigo produzir com o time que tenho hoje?

O que consigo produzir logo no início?

Caso de sucesso #5 – Vendendo bombons

Um caso que mostra o quanto é importante avaliar a


capacidade de produção é a história de Alexandre Costa –
dono da Cacau Show. Quando ele tinha 14 anos a sua mãe
começou a vender chocolates. A função dele era receber os
pedidos das revendedoras, fazer encomendas no fabricante
e embalar tudo. Só que eles não mediram a demanda e a
família não conseguiu arcar com as encomendas. Aí pararam
de vender. Depois de três anos é que Alexandre, com 17 anos,
foi capaz de se organizar com um planejamento sério e fazer acontecer. E deu certo. (Texto
adaptado do site Meu Sucesso. Link encurtado para a notícia: https://goo.gl/WYBSw5. Fonte
da imagem: http://empresasecooperativas.com.br)

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Os processos operacionais
Toda empresa precisa definir processos rigorosos para dizer como ela irá funcionar.
Você e o seu time devem pensar em como serão feitas as várias atividades, descrevendo,
etapa por etapa, os principais processos para chegar a execução perfeita dela. Para isso, você
mesmo poderá elaborar um roteiro com essas informações.

Para essa tarefa é importante definir quem serão os recursos humanos e a hierarquia
da empresa (veremos isso a seguir), qual a capacidade operacional (vimos isso no tópico
anterior) e a descrição das atividades. Nesta última, o time vai descrever se serão realizadas
as principais atividades (aquelas lá no Modelo de Negócios), e como elas irão se interligar.
Faça um resumo simples, porém bem definido, de cada particularidade que a atividade deve
apresentar. Ele vai ajudar a entender melhor o funcionamento e rever os pontos que podem
ser melhorados.

Exemplo de um ateliê que customiza


roupas usadas.

Descrição: As roupas usadas recebidas


dos clientes serão registradas no balcão
de atendimento e depois devidamente
identificadas. Após a identificação, a separação
será feita pela equipe de triagem e enviada
a área de design. A estilista vai redesenhar a
peça conforme exigência do cliente ou padrão
da roupa. Em seguida, a peça e o novo molde
serão enviados a equipe de costura.

Necessidade de pessoal

Antes de entramos naquela fase de escolher as pessoas certas para compor o time
ideal da empresa, é importante fazermos uma projeção do pessoal necessário para o
funcionamento do negócio. Além, claro, dos sócios, os familiares (se for o caso) e as pessoas
a serem contratadas devem ser envolvidas.
Lá no Plano de Negócios comece montando o que chamamos de organograma da
empresa, ou seja, um gráfico que vai representar a estrutura formal de uma organização. É uma
configuração geral dos cargos e da relação entre as funções, com autoridade e subordinação.

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Além do organograma, é preciso incluir uma pequena tabela com as informações
básicas sobre qual a necessidade da empresa. Descreva o tipo de cargo, as habilidades e
competências e até a previsão salarial. Veja o exemplo:

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Para entender o que é o Plano de Negócios, já falamos do Sumário
Executivo, do Plano de Marketing e agora do Plano Operacional. A ideia deste
plano é mostrar como se dará a plena operação da empresa. Por isso, o papel do
time nesta aula é continuar o preenchimento do Plano de Negócios, baseado
no modelo e formato conforme as exigências desta apostila ou do professor.

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Usando o tipo de negócio proposto neste curso, escolha e defina junto
com a equipe um lugar real (que exista de verdade) e que seria o ponto ideal
para abrir a empresa. Considere tudo, pois o time vai precisar explicar porque
escolheu aquele local. Use uma imagem do Google Street View para ilustrar
e junto com ela todas as informações. Importante: a imagem abaixo foi retirada do Google
Street View e representa a visão da rua, ou seja, espaço público. O modelo é apenas ilustrativo
e não representa nenhum tipo de negócio.

Escolha uma plataforma online ou um aplicativo para desenhar o


arranjo físico (layout) da empresa. Certamente o professor irá oferecer algumas
dicas, mas fique a vontade para escolher a melhor opção. Lembrando que este
desenho irá para o Plano de Negócios da empresa.

Vamos continuar completando a escrita do Plano de Negócios


acrescentando todos os tópicos ligados ao plano operacional, tais como a
tabela de cargos e organograma. A imagem a seguir dá uma ideia do que
precisa ser feito.

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TCC | PROJETO FINAL

Aula 07 - Montando a equipe - Realidade do RH

Onde buscar o time perfeito


Quem é o capital humano
As maiores dificuldades em contratar pessoas
Recrutando candidatos
Escolhendo o método de seleção
Entrevistas de emprego e as perguntas mais comuns
Criando um anúncio de emprego

Onde buscar o time perfeito


Esta frase acima está meio estranha, não acha? Será que existe mesmo o time perfeito?
A resposta correta é não, mas pode-se chegar bem próximo disso. Sempre haverá algo a
melhorar nas pessoas que irão trabalhar com você. O detalhe será procurar o melhor caminho.
Um dos grandes desafios do mundo moderno é encontrar pessoas compromissadas
com as propostas da empresa, proativas, concentradas naquilo que fazem e até mesmo
flexíveis. Para isso, além de ter bons olhos para os talentos a sua volta é preciso valorizá-los e
desenvolvê-los para consolidar uma certa “sustentabilidade” dentro do seu negócio.

Existem vários caminhos para se encontrar o melhor time. Vai desde processos simples
de valorização daqueles que estão a sua volta até a contratação de empresas especialização
em caça-talentos. Mas tudo chega ao mesmo lugar – o processo seletivo. E ele pode ser mais
longo do que você imagina. Além de talento e dedicação, você precisará encontrar um perfil
que encaixe na filosofia da sua empresa. Por isso, pense que é preciso vender “amor” pelo

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seu negócio para convencer as pessoas que vão trabalhar com você a fazer parcerias sólidas.

Quem é o Capital humano?


Nos dias atuais, é muito comum nas empresas os funcionários serem chamados de
colaboradores. E também usar o termo Capital Humano para descrever toda força de trabalho
e conhecimento acumulado das habilidade e experiências dos funcionários para realizar as
tarefas do dia-a-dia. Por isso, não se assuste se algum dia, na empresa que você trabalhar, te
chamarem de capital humano.
Atualmente as empresas têm se preocupado muito em valorizar o seu capital humano.
Muitas delas usam e abusam de recursos que motivem seus funcionários para um trabalho
em harmonia. E isso tem feito uma grande diferença, pois determina até mesmo o futuro da
empresa. Veja mais um exemplo a seguir:

Caso de sucesso #6 – Uma competição internacional

Quer ver um exemplo de valorização


de funcionários e equipes? A Volvo, desde
1957, realiza uma competição a nível mundial
chamada VISTA (Volvo International Service
Training Award), que reúne mecânicos de toda
rede. A disputa final em 2018 teve 40 melhores
equipes de concessionárias da fabricante em
todo o mundo, e reuniu 200 participantes.
A disputa teve duração de oito meses, com
rodadas classificatórias regionais na Europa,
América Latina, América do Norte, África, Ásia,
Oriente Médio e Oceania. No total foram mais de 19.700 participantes.

As maiores dificuldades em contratar pessoas


Estudos são feitos anualmente para tentar
descobrir quais são as maiores diiculdades na hora
de contratar bons profissionais para formar times de
sucesso. Todo gerente ou dono de empresa sabe
muito bem que uma contratação inadequada pode
gerar um prejuízo enorme. E o que estes executivos
dizem sobre isso? Veja uma pequena lista das
maiores dificuldades encontradas por eles:
• Pessoas desatualizados com a evolução
tecnológica ou que não conseguem acompanhar o ritmo correto;
• Pessoas que não conseguem atender adequadamente os clientes. Muitos não sabem
que um bom dia e um sorriso fazem toda a diferença;
• Falta de competências técnicas e habilidades para as funções desejadas;

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• Pessoas que não querem a jornada de trabalho definida pela empresa. Muitos querem
trabalhar dentro de horários que eles mesmo preferem estabelecer;
• Muitos querem ganhar, mesmo em início de carreira, salários praticados para
profissionais com maior bagagem;
• Falta de pontualidade;
• Falta de objetivo naquilo que realmente querem para a vida profissional;
• Pessoas que tendem a perder o foco, constantemente, com as distrações virtuais.

Recrutando candidatos
Agora que já vimos bastante sobre o capital humano e as necessidades das empresas,
chegou a hora de ver os processos ligados ao recrutamento de candidatos para sua empresa. O
papel do recrutamento é abrir o processo para atrair candidatos potencialmente qualificados
e capazes de ocupar os cargos disponíveis.
Para o recrutamento podem ser utilizando dois tipos de recursos:
• Recrutamento interno (dentro da empresa) – Isso gera economia e motivação aos
funcionários. A desvantagem é a geração involuntária de atritos ou inveja entre os colegas
de trabalho. Lembrando que este tipo de recrutamento só poderá ser utilizado com eficiência
quando você estiver com a empresa formada.
• Recrutamento externo (fora da empresa) – Tem como vantagem a busca por
pessoas com ideias novas para incrementar o seu negócio. Porém, gera desvantagens, como
por exemplo, os custos com divulgação e processos seletivos. Além disso, é mais difícil lidar
com quem você ainda não conhece.
O recrutamento externo pode ser feito seguindo vários caminhos:

Escolhendo o melhor metodo de seleção

Imagine então que a sua empresa vai precisar selecionar uma secretária para o
início dos trabalhos. Ela vai ficar responsável por atender os primeiros clientes, anotar as
informações, fazer documentos e orçamentos e receber encomendas, se for o caso. Qual

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estratégia você e seu time usariam para o recrutamento?

Um dos caminhos mais rápidos poderia ser, por exemplo, as redes sociais. Você e seu
time escolhem o perfil que melhor se enquadre a proposta. O ideal é criar um anúncio (e/
ou arte para ele) e aguardarem os currículos chegarem. E pode ter certeza que a quantidade
deles vai ser bem superior à de vagas disponíveis. É aí que entra a seleção, para escolher entre
vários, o(s) mais adequado(s) ao cargo. Por isso, é preciso criar procedimentos capazes de
comparar os diversos candidatos. Vamos conhecer os mais importantes:
Análise curricular - É um método ainda muito comum, mas que vem aos poucos
perdendo espaço para as mídias sociais. E com ela que se faz uma análise, observa as
competências profissionais, as experiências práticas, a formação e histórico profissional.
Testes escritos - Ainda é bem comum a aplicação de testes escritos para o
preenchimento de cargos para os quais se requer conhecimentos específicos, bem como
outras habilidades, como por exemplo, a de redação, para saber se o candidato sabe escrever
bem.
Testes práticos - Para os cargos de natureza operacional é importante avaliar o nível
de conhecimento técnico do candidato. É o caso da elaboração de uma planilha eletrônica
simples ou de um teste rápido de digitação.
Testes psicológicos - Eles são úteis para identificar as aptidões dos candidatos.
Reconhece habilidades psicomotoras, raciocínio verbal e lógico, entre outros.

Entrevistas de emprego e as perguntas mais


comuns
É ainda, sem sombra de dúvidas, um dos instrumentos mais úteis para a seleção
de pessoal. Possibilita o contato direto com o candidato, para que seja possível obter os
dados mais profundos. A qualidade de uma entrevista tem a ver com a competência técnica
do entrevistador. Por isso, o entrevistador tem que ter maturidade emocional, habilidade
interpessoal e perspicácia para identificar os traços de personalidade.
Se você observar as entrevistas de emprego atuais, existem perguntas e respostas
de diferentes tipos, variando de empresa para empresa. Mesmo assim, algumas são bem
comuns entre elas. Veja, por exemplo:

• Fale um pouco sobre você.


• Dê 3 exemplos de qualidades (pontos fortes) suas.
• Dê 3 exemplos de defeitos (pontos fracos) seus.
• O que te motiva?
• Porque está interessado em trabalhar na nossa empresa?
• O que o diferencia dos outros candidatos?
• Como você trabalha sob pressão?
• Conte-me como lidou com uma situação difícil.
• Onde se vê daqui a 5 anos? Ou 10 anos?
• Qual é o emprego dos seus sonhos?
• Você já conhece a nossa empresa?

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• Como você ficou sabendo desta vaga?
E como você deve conduzir uma entrevista com segurança? Vamos enumerar algumas
dicas:
1. Selecione bem os pré-candidatos. Só chame aqueles que você sentiu firmeza no
currículo.
2. Faça o seu roteiro com perguntas abertas.
3. Defina bem o local, de preferência privado, para evitar que ruídos não atrapalhem a
sua entrevista.
4. Separe o material para os testes que forem necessários.
5. Quebre o gelo para evitar que os candidatos nervosos derrapem na hora de uma
pergunta.
6. Esteja no controle da entrevista para evitar que o candidato mude o rumo da
conversa.
7. Escute, anote e procure não formular mentalmente o perfil do candidato enquanto
ele fala. Com tudo anotado ficará mais fácil lembrar dele quando for necessário.
8. Seja sincero, até mesmo dos aspectos negativos da empresa.
9. Conclua a entrevista com a abertura do espaço para as últimas dúvidas.

Criando um anúncio de emprego


Certamente você já deve ter visto uma arte nas
suas redes socias anunciando uma vaga de emprego,
certo? É uma das melhores formas de se apresentar
uma ideia de seleção e atrair possíveis candidatos. Mas
o que esta arte deve ter? Ao criar, pense sempre em:
• Título certeiros. Exemplo: Suporte técnico;
• Requisitos e benefícios;
• Imagem que ilustre bem a vaga ou o cargo;
• E-mail de contato;
• Código da vaga ou nome de contato.

O exemplo na imagem é de uma vaga antiga e já


encerrada para programador Delphi em uma empresa
que desenvolve softwares. Certamente, pela qualidade da arte, atriu vários candidatos
interessados.
O que você aprendeu hoje?

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PROJETANDO
O processo de selecionar as pessoas certas para trabalhar com você
pode ser bem complexo, não acha? Agora que já sabe mais sobre recrutamento,
os processos de seleção e os caminhos para encontrar os candidatos, que tal
praticar? Lembrando que para esta etapa é preciso usar aquele planejamento
que fizemos na aula anterior, ligada aos cargos/funções, suas habilidades e
competências e o salário.

Você e seu time deverão criar um anúncio simples para uma das vagas
supostamente disponíveis dentro da sua empresa. Pode ser elaborado num
software de design gráfico ou em outra ferramenta similar de sua escolha.
Apenas seja bem criativo, pois a forma de divulgação fica a critério do time,
juntamente com o professor. Lembrando: ao divulgar a vaga deve ser destacado que ela
não existe e que é aquele modelo está sendo usado apenas para fins educacionais.

Com a ajuda do seu professor, use o Documentos Google para elaborar


uma lista de 10 perguntas que você poderia fazer a um candidato na hora de
uma entrevista. Lembre-se de selecionar aquelas que forem mais importantes.

Alguém do time de trabalho deverá ser designado para elaborar um


teste prático (de preferência uma planilha eletrônica ou um tema de redação)
para ser usado durante a seleção. Fica a critério de vocês, mas é sempre bom
ter a avaliação do seu professor.

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TCC | PROJETO FINAL

Aula 08 - Um pouco da legislação trabalhista

Todo empreendedor precisa conhecer as leis trabalhistas


A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Direitos e obrigações dos trabalhadores e do empreendedor
Os principais direitos trabalhistas
Os principais benefícios opcionais
Direitos do empregador
Registro de ponto e folha de pagamento

Todo empreendedor precisa conhecer as leis


trabalhistas
A motivação para a elaboração desta aula é bem
simples. Já que falamos anteriormente sobre as etapas para
buscar o time de trabalho ideal e sua seleção, agora você, caro
empreendedor, precisa entender como a lei brasileira trata as
relações de trabalho. Se a sua empresa vai contratar, então é
justo saber como isso será feito.
Desde a década de 40, no governo de Getúlio Vargas,
existe uma preocupação em se estabelecer os limites claros de
uma relação de trabalho. Atualmente, a maioria das relações de
trabalho são reguladas por meio de um contrato individual de
trabalho, que estipula os direitos e as obrigações de ambas as
partes. Por isso, já que você entrou de cabeça neste desafio de
empreender, é preciso conhecer os principais pontos desta relação trabalhista e não errar na
hora de gerenciar o seu capital humano.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


A CLT nada mais é do que a legislação geral que rege as relações de trabalho individuais
ou coletivos. Sua função é unir todas as leis trabalhistas praticadas no país. Comumente,
são chamamos de celetistas todos os empregados que possuem registro na sua carteira de
trabalho.

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Muito se evoluiu daqueles tempos até hoje. Foi incorporando novas leis que deram
uma proteção maior a essa relação de trabalho, e até outras que geraram dúvidas e polêmicas.
Mas uma coisa é certa: ela não promove distinções entre sexos por trabalho de igual valor,
entre trabalhar no estabelecimento ou a distância, e nem as condições do trabalhador, seja
ela por trabalho intelectual, técnico ou manual.

Direitos e obrigações dos trabalhadores e do


empreendedor
Nesta relação de trabalho, tanto o trabalhador quanto o empreendedor tem seus
direitos e obrigações. E você precisa entender bem ambas as partes, para perceber o quanto
é necessário de um para o outro. E não se trata de informações colocadas de acordo com os
interesses de cada um, mas sim o que a lei diz. É por isso que vamos avaliar, a partir de agora,
os pontos mais importantes da CLT e as novas reformas trabalhistas.
Prepare-se, pois é um conhecimento muito importante.

Os principais direitos do trabalhador


São muitos os direitos que protegem os trabalhadores
na sua relação de trabalho. Mas para que essa proteção exista,
é preciso que todo trabalhador tenha um documento que
é considerado a princípio de toda essa relação. A Carteira
de Trabalho e Previdência Social ou CTPS é o documento
obrigatório para toda pessoa física que preste algum tipo de
serviço para outra pessoa, ainda que em caráter temporário,
principalmente às jurídicas. Ela recebe todas as informações
da vida profissional do trabalhador, servindo como base para o
acesso todos os direitos trabalhistas. Entre eles estão:
Jornada de trabalho e horas extras – Jornada de trabalho é o tempo que o trabalhador
dedica para prestar serviço ou ficar à disposição do empregador. Ela deve ser/ter:
• Até 8 horas diárias e, no máximo, de 44 horas semanais;
• Intervalo mínimo de 30 minutos de almoço durante o dia para quem faz acima de 6
horas;
• Banco de horas por acordo individual para compensação em até 6 meses;

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• Hora extra quando trabalhado além da carga horária definida.
O valor da hora extra é de 50% a mais que a hora normal. Nos artigos 58 a 65 da CLT
você pode obter outras informações sobre a jornada de trabalho e horas extras.
13º Salário – É um salário extra pago no fim do ano para empregados contratados, de
valor igual à remuneração referente ao mês de dezembro. A primeira metade do 13º deve ser
paga até o dia 20 de novembro e a segunda parte até o dia 20 de dezembro. Se o trabalhador
ainda não completou um ano de serviço, o cálculo será feito multiplicando a quantidade de
meses trabalhados pelo valor do 13º dividido por 12.

Férias remuneradas - Todo trabalhador que completa um ano com registro em


carteira ganha o direito a um período de férias remuneradas de 30 dias corridos. Esse período
também pode ser parcelado em até três, desde que haja a concordância do trabalhador.
Um destes períodos precisa ter 14 dias e os demais divididos, desde que não seja inferior a
5 dias. E faltar ao trabalho sem justificativa é um péssimo negócio. Por causa dessas faltas, o
número de dias de férias a que o trabalhador tem direito é reduzido. E a partir de 33 faltas, o
trabalhador perde o direito às férias.
Ainda, a lei permite que seja pago ao trabalhador um abono de férias, no valor
correspondente a 1/3 do valor da remuneração do mês. E a motivação para isso é simples:
pegue esse dinheiro extra e vá curtir um merecido descanso.
Fundo de Garantia por tempo de serviço – É o famoso
FGTS, um valor de 8% do salário bruto (sem os descontos) que a
empresa é obrigada a depositar numa conta em nome do trabalhador
na Caixa Econômica Federal. A motivação é para alimentar o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma reserva financeira
para os momentos de necessidade no caso de uma demissão sem justa causa. Ele também
pode ser usado para ajudar a adquirir a casa própria ou para amparar no caso de diagnóstico
de doenças como câncer ou Aids.
O seguro-desemprego - Ninguém quer perder o seu emprego, mas sabemos que
isso pode acontecer. Para que o trabalhador tenha uma segurança financeira até que ele
consiga outro, existe o seguro-desemprego que é pago em caso de demissão sem justa
causa. O valor é calculado a partir da média salarial dos últimos três meses recebidos e não
pode ser menor que o salário mínimo.
Vale-transporte - Quando existe a necessidade de um deslocamento até o local de
trabalho, principalmente usando o transporte público, o trabalhador tem direito a receber o
vale-transporte, um adiantamento do valor das despesas deste deslocamento. Mas, a empresa
pode descontar até 6% do salário bruto do empregado, sendo que a diferença acima deste

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valor é bancada por ela.

Licença-maternidade - Como o próprio nome já diz, ele é um benefício previdenciário


que concede uma licença de 120 dias remunerada às mulheres após o parto. E as gestantes
também têm estabilidade no emprego desde o momento da confirmação da gravidez até
seis meses após o parto.
Aviso Prévio - Como é muito comum nas relações de trabalho, existem as quebras
de contrato quando uma das partes não deseja manter essa relação. Mas a lei diz que é
necessário que a outra parte seja avisada com 30 dias de antecedência, com a assinatura de
um documento denominado aviso prévio. Se a dispensa ocorrer sem o aviso, o trabalhador
tem o direito de receber o salário corresponde ao período, com todos os direitos e benefícios.
Por outro lado, se o trabalhador deixar o trabalho, a empresa pode descontar esses valores.
Segundo a nova legislação, uma nova modalidade de rescisão contratual entra em vigor: a
rescisão por mútuo acordo entre empregado e empregador.

Adicional noturno - Para o trabalhador que cumpre jornada em período noturno,


sua remuneração deve ser 20% maior. É considerado período noturno o trabalho entre as
22h de um dia até as 5h do dia seguinte. Leia mais sobre o trabalho noturno consultando o
artigo 73 da CLT.
INSS - A lei garante ao trabalhador contribuinte uma renda para segurança financeira
em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Para ter direito a essa
proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses. Parte dessa contribuição é
efetivada por desconto na folha de pagamento, antes do funcionário receber o valor final de

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seu salário. Mas existe um limite máximo para o desconto, quando o salário atingir um valor
estabelecido – o chamado de teto. As porcentagens de desconto irão variar dependendo
do salário de cada um. É importante fazer consultas periódicas ao site da Previdência Social
(www.mpas.gov.br) para rever as tabelas em vigor.

Outros direitos

E ainda, existem outros direitos obrigatórios previstos na CLT. Entre eles:


• Salário mínimo – ninguém pode receber menos do que um salário mínimo;
• Irredutibilidade salarial – ninguém pode ter seu salário reduzido;
• Seguro por acidente de trabalho;
• Direito de greve;
• Repouso semanal remunerado;
• Licença paternidade de 5 dias corridos;
• Garantia de 12 meses em casos de acidente;
• Salário-família para quem tem filhos pequenos;
• Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano),
alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na Justiça do
Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico.

Os principais benefícios opcionais


O capital humano precisa ser valorizado para que os resultados de seus esforços sejam
mais eficientes. Sendo assim, muitas empresas adotam benefícios extras (não obrigatórios)
que vão motivar o colaborador a trabalhar com uma maior qualidade de vida. Dentre vários,
apresentamos:
• Vale-alimentação ou vale-refeição;
• Assistência médica e assistência odontológica;
• Local adequado para refeições e descanso durante a jornada de trabalho;
• Bolsa de estudos;
• Auxílio-creche;
• Planos de previdência privada;
• Entre outros.
E alguns destes benefícios opcionais podem se tornar obrigatórios devido a acordos
ou convenções coletivas. Por isso, fique sempre atento as informações fornecidas pelos
sindicatos.

Direitos do empregador
Uma vez que você assumiu o risco de ser empreendedor, é justo que a sua empresa
busque garantir uma condição de segurança própria dentro dessa relação de trabalho. Para
que isso aconteça, você precisa organizar a empresa, estabelecer hierarquias, delegar tarefas,
fixar regras disciplinares e impor as respectivas punições. É a sua empresa exercendo o
chamado poder de comando e disciplina.

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Dentre alguns direitos que o empregador possui nesta relação de trabalho, vale
destacar:
• Exigir a Carteira de Trabalho devidamente organizada e em prazo hábil;
• Exigir assiduidade ao empregado para o trabalho e o desempenho das suas tarefas
com presteza;
• A comunicação da intenção de desligamento da empresa com a antecedência
mínima de 30 dias e o cumprimento correto do aviso prévio. Lembrando que o artigo 487,
parágrafo 2º, da CLT diz que a falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador
o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
• O direito de não pagar salário e demais verbas legais decorrentes das faltas não
justificadas.
• De não pagar hora extra quando empregado permanecer na empresa por escolha
própria, fora do seu horário de trabalho. Exemplo: esperar a chuva acabar para ir embora.
• O direito de rescindir, por justa causa, o contrato de trabalho do empregado que
cometer ato ilícito, de improbidade, indisciplina, insubordinação ou até mesmo atos que vão
manchar à honra ou boa fama da empresa. Até mesmo uma foto inadequada no perfil virtual
de uma rede social do empregado pode ser considerada mau procedimento de conduta.

Registro de ponto e folha de pagamento


É de extrema importância para qualquer empresa controlar os horários de entrada
e saída dos trabalhadores, seja em registro manual, mecânico ou eletrônico. Tudo deve ser
baseado no que orienta o governo. É importante destacar que a CLT prevê um período entre
duas jornadas de no mínimo 11 horas consecutivas para descanso, inclusive quando se tratar
do descanso semanal remunerado.
Para controlar o ponto dos funcionários da sua empresa você pode usar uma simples
planilha eletrônica, como no exemplo abaixo:

Já a folha de pagamento é aquela onde são feitos os registros e controles dos valores
(salários e descontos) relacionados com cada um dos funcionários da empresa. Geralmente
existem softwares que fazem muito bem este tipo de trabalho, mas em empresas pequenas
e que ainda não tem muito dinheiro para investir, o ideal é usar planilhas como o exemplo
abaixo:

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A folha pode ser dividida em duas partes: na primeira delas vamos considerar os dados
básicos do funcionário, tais como sua matrícula na empresa, seu nome completo, o salário
pelo qual ele foi contratado. Na segunda parte, vamos considerar os descontos e as horas.
Use fórmulas para calcular o INSS, o IR, o desconto do vale transporte, as horas extras, as
horas descontadas e salário líquido. O seu professor vai apresentar como serão feitos estes
cálculos e você deverá anotar tudo aqui.

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
As leis trabalhistas atuais vão muito além daquelas que você viu nesta
aula. Os direitos e obrigações de cada um são previstas nos mínimos detalhes.
É importante que você aproveite este momento para pesquisar e ler mais sobre
o assunto. Esteja preparado!

A tarefa é elaborar uma planilha simples que vai apoiar no controle de


ponto dos primeiros funcionários da sua empresa. Para isso, vamos utilizar um
software de planilha eletrônica e já deixar registradas todas as fórmulas que
serão usadas para os cálculos envolvidos. Siga o modelo anterior ou algum que seu professor

63
oferecer.

Além daqueles pontos que foram destacados nesta apostila, é bom


sempre ter em mãos informações sobre os direitos e obrigações de um
empreendedor. Faça uma pequena revisão de quais são eles, preenchendo a
tabela abaixo. Siga o exemplo.

Por onde anda seu Elevator Pitch? O roteiro já passou por algumas
reformulações? Lembrando que todo este material está ligado a fase de
planejamento da sua empresa. Por isso, se for preciso, refaça o Pitch e treine.

64
TCC | PROJETO FINAL

Aula 09 - Planejando as finanças


O plano financeiro da sua empresa
O que comprar ou alugar para começar o negócio
Como fazer orçamentos
O capital de giro
Pré-operacionais
Registrar Empresa: Documentos Necessários
Custos de abertura (taxas)
Estimativas de faturamento
Encontre um contador

O plano financeiro da sua empresa


Vamos voltar ao Plano de negócio para falar de dinheiro. Planejar o financerio é muito
importante para qualquer empresa, seja ela startup ou não. Todo e qualquer negócio precisa
de um recurso para começar, mesmo que seja bem baixo. Muito mais do que ter, o ideial é
saber planejar bem o que gastar. E aí, você é bom com números?

Para o seu negócio começar a funcionar é necessário determinar o uso correto dos
recursos que futuramente serão investidos. Pensamos nos investimentos como um conjunto
de capital fixo, de giro e pré-operacionais. Calma, já vamos explicar o que significam!

Investimento fixo

Este nada mais é do que o investimento que será feito para que seu negócio possa
entrar em funcionamento de maneira apropriada. É tudo aquilo que vai ser preciso comprar
para fazer a empresa funcionar. Para isso, podemos usar aquele capital inicial, aquele valor
próprio ou financiado que foi declarado lá no sumário executivo. E para que tudo corra bem,
precisamos relacionar os equipamentos, máquinas, móveis, utensílios, ferramentas e veículos
em planilhas específicas. Isso pode ser feito de forma geral, mas dê preferência por separar

65
por categorias.

Importante: nunca gaste mais do que a empresa tem.

O que comprar ou alugar para começar o negócio


Espere! Não vale se afobar e gastar o dinheiro inicial que pode fazer falta depois.
É preciso ter em mente se o ideal é mesmo comprar ou alugar algum bem. Imagine que
você precisa de uma impressora potente, mas não tem dinheiro para comprar. Pesquisando,
descobriu que existe uma outra empresa que aluga este tipo de equipamento e que ficaria
muito mais em conta para o seu negócio no momento. Vale a pena analisar tudo com calma.
O mesmo vale para imóveis, veículos, entre outros. Por isso muitas startups têm optado
por usar os coworkings, pois ali os equipamentos estão à disposição. O custo estaria então no
aluguel da estrutura. Ficou claro?

Como fazer orçamentos


Não é novidade nenhuma que a pesquisa de preços faz uma diferença enorme. Na
nossa vida pessoal é assim, ou seja, procuramos comprar onde é mais barato. E porque não
fazer isso com a sua própria empresa? A regra geral para as empresas é fazer, no mínimo, três
orçamentos do mesmo produto para buscar o de menor preço. Vale até realizar pesquisas em
leilões, classificados, lojas de usados, sempre tomando cuidado com o estado de conservação
e a garantia dos produtos.
Dica: uma das formas mais rápidas de realizar as pesquisas de preços é através dos
sites de vendas online. Você e o seu time não podem perder tanto tempo para achar o produto
desejado.

Perceba que a planilha acima relaciona o produto com a quantidade e não utiliza uma
coluna com o valor unitário. Estamos supondo que a sua negociação com o fornecedor foi
em cima da quantidade total e não sobre cada peça do produto. Isso quer dizer que a chance
de ter um desconto no valor final é maior. Mas, se quiser criar uma planilha que relacione o
valor unitário, então fique à vontade. Peça ajuda ao seu professor. Se necessário, acrescente
outras colunas na sua planilha para que em cada uma delas você possa relacionar o valor de
outras empresas diferentes.

66
O capital de giro
Outro ponto importante para o seu planejamento financeiro é o chamado capital
de giro. Devemos pensar que a sua empresa ou negócio precisam de recursos para o seu
funcionamento normal. Em se tratando de comércio, por exemplo, é necessário fazer a compra
de matérias-primas ou mercadorias, financiamentos das vendas a prazo e o pagamento das
despesas. O capital de giro será importante para manter estes gastos.
No nosso estudo, vamos nos concentrar na parte mais simples que é o estoque. Vamos
deixar pronta uma planilha que vai utilizar dos estoques para fabricação de produtos e/ou
entrega de serviços. Em se tratando de serviços, o estoque inicial será bem reduzido. E não
se esqueça que você precisa já ter em mente o tamanho do seu negócio e o seu potencial
para que não falte nem sobre nada.

Observe que a planilha acima é bem simples, pois estamos listando apenas o que seria
o estoque inicial de uma pequena loja de equipamentos para informática.

Pré-operacionais
O plano financeiro vem com os chamados gastos iniciais ou pré-operacionais, ou seja,
aqueles que vem antes do início das atividades da empresa. E o que seriam estes gastos?
Imagine que a lojinha de informática ilustrada nas planilhas anteriores seja montada num
prédio que precisa de uma pequena reforma antes de começar. Estas despesas precisam ser
planejadas e colocadas em uma planilha.

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Veja que a planilha acima mostra alguns tipos de gastos, tais como taxas de abertura
da empresa (veremos isso a seguir) e marketing. Coloque o que for essencial.

Registrar Empresa: Documentos Necessários


Chegou aquele momento de pesquisa e entender quais são os documentos necessários
para se abrir uma empresa. Listamos os principais, pois vai depender de cada estado ou
município. Vale a pena dar uma checada no seu.
Contrato social – Contrato entre sócios onde estarão definidos, por exemplo, o
interesse das partes, o objetivo da empresa e a maneira como as cotas serão divididas.
Registro na Junta Comercial – Na Junta
é feita a emissão do CNPJ (Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas) da empresa. Esse é o primeiro
passo para abrir um novo negócio, nascendo ali
a identidade da empresa.
Alvarás de localização e
funcionamento – Obtido no município (alvará
de funcionamento) dá a autorização final para
abrir as portas. As condições exigidas por lei
para exercer a atividade podem variar de acordo
com o município em que você estiver. Por isso,
é sempre importante verificar se a atividade
empresarial escolhida pode ser exercida naquele
local.
Inscrição estadual – Geralmente está interligada com a Receita Federal e que
possibilita obter a inscrição estadual por meio de um cadastro único. Ela é importante para que
você receba a sua inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Licenças nos órgãos de regulação estaduais e municipais – São as famosas
vistorias para alvará e que dependem do ramo de atividade, do local de instalação e até
mesmo do porte de sua empresa. As mais comuns são as licenças ambientais (obtidas em
órgãos Municipais e Estaduais de meio ambiente e no IBAMA), licença sanitária (obtida na
vigilância sanitária) e a vistoria de cumprimento das normas de segurança (obtida no Corpo
de Bombeiros). Esta última, praticamente todas as empresas estão sujeitas.
Cadastro na Previdência Social – Ele deve ser feito em até 30 dias após o início
oficial de suas atividades. O registro lá é para realizar pagamento de tributos junto ao INSS,
mesmo que não tenha funcionários.

Custos de abertura (taxas)


Você sabe quanto custa abrir uma empresa no Brasil? É certo que aqui, abrir um
negócio pode sair caro. Mas como o nosso projeto prevê a criação de empresas simples ou
de startups com ideias repetíveis e escaláveis a custo muito baixo, vamos tentar diminuir
estas dificuldades.
Hoje, no Brasil, a abertura de empresas fica vinculado aos impostos e taxas de

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vários órgãos das esferas federal, estadual e municipal. Sobre essas taxas cobradas não há
padronização de valores. Cada estado possui a sua tabela, porém com valores parecidos. Veja
no resumo abaixo os principais documentos e suas porcentagens médias no custo total de
abertura da empresa:

Faça uma planilha separada para um orçamento prévio dos valores e das porcentagens
em vigor na sua região.

Estimativas de faturamento
Tarefa difícil essa, não acha? Para quem ainda não começou as suas atividades fica
complicado estimar o quanto a empresa irá faturar por mês. Não basta apenas multiplicar a
quantidade de produtos que serão vendidos pelo seu preço de venda e pronto. Você e seu
time terão que analisar o mercado, verificando o preço praticado pelos concorrentes diretos
e o quanto seus potenciais clientes estão dispostos a pagar.
Se formos pensar de forma simples, a tabela abaixo calcula o quanto pode ser vendido
a cada mês. Mas para chegar a estes valores unitários é preciso pensar nos cálculos de
produção, que será tema da nossa próxima aula. Por enquanto, você pode ir montando a
planilha e deixa-la pronta para ser alimentada posteriormente. Veja o exemplo a seguir para
uma pequena confecção.

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Encontre um contador
No mundo corporativo existe a figura do Contador. Ele é o profissional que vai cuidar
de toda contabilidade da empresa para que você saiba exatamente o que está financeiramente
acontecendo. Mas escolher uma boa assessoria contábil pode ser um trabalho complicado,
num primeiro momento. Por isso, vale buscar indicações de contadores que prestam bons
serviços e que já tenham referências no mercado. Depois disso, vale consultar o Conselho
Regional de Contabilidade (CRC) para checar se tanto a empresa como seus responsáveis
estão devidamente inscritos e regulares no exercício das suas funções.
O que você precisa saber também é que a função do contador é participar da abertura
e/ou fechamento de empresa, elaboração do contrato social, cálculo dos tributos, emissão
das guias de impostos, entre outros.

De uns tempos para cá, surgiram startups com a proposta de fazer contabilidade de
forma online. Tudo é feito igualzinho ao escritório tradicional, porém usam uma interface
online entre contador e você. Assim, todo trabalho é feito pela internet e com um custo bem
menor. Esse modelo, num primeiro momento, pode ser interessante para empresas de baixa
complexidade.
Veja abaixo os exemplos que separamos para você:

Contabilizei (https://www.contabilizei.com.br/)
Agilize (https://www.agilize.com.br/)
Conube (https://conube.com.br/)

70
O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO

Hoje é dia de trabalhar com muitas planilhas. Planejar é isso, às vezes


realizar muitos cálculos. Mas não se preocupe, pois, as primeiras planilhas são
bem fáceis de serem feitas. Basta apenas usar o seu conhecimento anterior e as
informações deste material para deixa-las bem rica de informações.

Com o uso de um software de planilha eletrônica, você e seu time


deverão criar as tabelas apresentadas nesta aula. Lembre-se que você precisa
tabular os dados coletados na pesquisa de preço para os orçamentos físico e
tecnológico, montar o estoque inicial, lançar os custos de abertura e estimar
o faturamento mensal. Tudo deve ser baseado no capital definido no início do Plano de
Negócios. E atenção: você tem que manter os orçamentos enxutos para evitar de gastar
mais do que tem.

Pesquise e responda: Quais os caminhos para se abrir uma empresa


utilizando o MEI? Quais os documentos necessários? Quais taxas você deve
pagar?

71
TCC | PROJETO FINAL
Aula 10 - Avaliação estratégica e etapas de produção

Avaliação estratégica – Matriz FOFA


Como pensar a sua produção
O MVP e o protótipo
Além do protótipo
Linha de produção
Os serviços
Controle de qualidade

Avaliação estratégica – Matriz FOFA


Depois que fizemos o esboço do plano financeiro dentro do Plano de Negócio, é
hora de fazer uma rápida avaliação estratégica do negócio usando uma ferramenta chamada
de Analise SWOT ou Matriz FOFA. Seu nome é composto por um anagrama para as palavras
Força, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, que se lê SWOT (em inglês) ou FOFA (em
português). E ela serve para resumir em poucas palavras como está o ambiente ao redor
da sua empresa no momento atual. Para que a matriz FOFA/SWOT faça uma análise mais
completa da sua realidade, ela deve retratar duas visões: a do ambiente interno (dentro da
empresa) e a do ambiente externo (mercado e clientes).

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Como pensar a sua produção

De certa forma, esta aula complementa com a anterior. Vamos continuar falando
um pouco mais sobre o financeiro, unindo com uma fase muito importante para qualquer
empresa: a de produção. Também conhecido como operacional, é a área responsável por
administrar todo o processo de transformação dos insumos no produto final, ou seja, pegar
a matéria-prima e criar o produto em si.
Por isso, pensar na produção é muito importante para qualquer empresa, sendo
principalmente atráves de um controle do que será consumido, do suporte logístico, e até o
uso das máquinas no processo. Tudo precisa transcorrer sem imprevistos, tendo como meta
garantir que a empresa obtenha a maior produção possível aplicando o mínimo de recursos.

O MVP e o protótipo
Certamente este tal MVP não é novidade para você. Já vimos isso nos módulos
anteriores do nosso curso completo. Porque então ele entra aqui dentro da produção?
Simples, porque a partir de uma visão mínima do produto ou serviço é que tudo começa.
Mas aqui é hora de relembrar a diferença entre MVP e protótipo. O MVP serve para
testar a viabilidade do negócio, aquilo que você planejou lá no modelo negócios. Exemplo:
o seu time vai criar um aplicativo ou site para marcar consultas de dentistas pela internet.
Vocês então criam um app básico e colocam no ar para ver se as pessoas vão se interessar,
principalmente pelo que ele deve oferecer. Já o protótipo vai testar a viabilidade técnica do
produto/serviço, ou seja, se ele não vai travar depois de muitos acessos ou se não vai gerar bugs
durante o processo. Resumindo: o MVP fornece feedback para orientar o desenvolvimento
do negócio e o protótipo fornece feedback para melhoria técnica do produto/serviço.
Vamos pensar então num protótipo usando a mesma visão da pequena confecção. A
ideia é montar protótipos dos produtos que serão vendidos. Como seria feito? Que matéria-
prima vamos usar? Qual a quantidade necessária? Quanto custa cada parte dele? Essa e outras
perguntas podem ser respondidas em uma planilha que calcula as estimativas básicas dos
custos de produção. Para isso considere:
CP - Custo de produção/compra – São os valores com as despesas com a produção
ou compra de determinado produto (unitário), como por exemplo, a matéria-prima, as
embalagens, etc.
CC – Custo comercialização – São os valores dos impostos, comissões, transporte,

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entre outras.
CO – Custo operacional – São as despesas com as atividades inerentes ao processo
operacional da empresa, tais como, mão-de-obra, energia, água, entre outros.

Veja que não listamos exatamente o que é matéria-prima ou quais são os impostos.
Fizemos algo mais genérico para não complicar sua planilha. Para cada linha, um orçamento
de um protótipo diferente. No final, o valor de cada um deles é o valor de custo.

Além do protótipo
Dá até para pensar qual será o valor de venda depois que o feedback for coletado.
Se o produto for bem aceito, então você pode agregar valor a ele. Aí dá para estipular uma
porcentagem bacana. Mas só não vale abusar. Para isso, considere:
PL - Porcentagem de lucro – É a porcentagem do lucro estimado pela empresa. O
valor monetário referente a porcentagem será calculado a partir da fórmula VP = (CP + CC +
CO) * P%.
Preço final = CP + CC + CO + VP
Veja o exemplo do complemento da tabela anterior, representando as estimativas de
lucro de cada protótipo.

Feedback é quando você dá ou recebe uma resposta sobre algum tipo de pedido.

74
Importante: O que é agregar valor? Resposta simples: é quando se acrescenta
inovações, proporciona um diferencial ao um produto que vai agradar mais os clientes em
relação ao que já existe no mercado.

Linha de produção
Não dá para falar de produção sem comentar sobre ela – a Linha de produção ou
Linha de montagem. Você já deve ter ouvido falar sobre isso, principalmente se já visitou uma
grande fábrica. Ela nada mais é do que forma de produção em série, onde vários operários,
com ajuda de máquinas (ou não), trabalhando de forma sequencial. Nas linhas de produção,
o processo acontece deslocando o produto ao longo de postos de trabalho, cada um com
a sua função. As imagens a seguir mostram duas linhas de produção: uma automatizada e
outro manual.

Os serviços
Quando tratamos das linhas de produção, lógico, concentramos mais na criação de
algum produto. Numa fábrica de medicamentos, por exemplo, a linha de produção é em alta
escala para atender a demanda. E quando pensamos nas empresas que prestam algum tipo
de serviço, podemos também considerar as linhas de produção? Na verdade, existe uma
variação disso, por depender do tipo de serviço. Veja:
Profissionais – Tem um baixo volume e alta variedade, adaptado para atender às

75
necessidades individuais dos clientes. É o caso, por exemplo, de pedreiros, advogados, entre
outros. Neste caso, o serviço é prestado diretamente à pessoa.
Massa – Estes tem alto volume e baixa variedade. Um exemplo disso são os serviços
de transporte aéreo.
Lojas – Tem alto volume e alta variedade. São os bancos, lojas, escolas, entre outros.
Mas todos eles possuem seus processos para que sejam executados da melhor
forma possível. E isso só vai acontecer quando todos os processos estiverem funcionando
corretamente. É aí que entra o chamado controle de qualidade.

Controle de qualidade
Existe uma frase que diz: “A qualidade é a quantidade de amanhã”. Quem compra um
produto com qualidade comprovada, compra satisfeito. Por isso, todo e qualquer negócio
precisa adaptar um controle de qualidade em todas as suas etapas e tarefas, seja ela na
compra da matéria-prima, na relação com cliente e até mesmo na relação com o capital
humano. O empreendedor que não pensa em qualidade não impulsiona seu negócio.
Todo produto ou serviço precisa ter um certo nível de qualidade. Ninguém vai querer
mais comprar aquele sapato que rasgou logo no primeiro uso ou a camisa que soltou os
botões durante o expediente de trabalho. É preciso avaliar tudo que é feito, desde o processo
de produção até a entrega. Não se esqueça de que a relação das máquinas com as pessoas as
vezes pode não ser tão eficiente. Por isso, crie uma cultura dentro da sua empresa para avaliar
como os processos estão sendo executados e os prazos estão sendo cumpridos.
Nesta etapa entra o que chamamos de auditoria ou controle de qualidade. Com
o decorrer dos anos, o papel do auditor interno da empresa passou a ser bem relevante.
Ele deve ser impessoal para garantir e facilitar que as normas, políticas internas e controles
internos, estejam bem alinhados.

Primeiramente, vamos dividir a forma de atuação da auditoria interna em três etapas:


planejamento, execução e relatório.
Planejar significa escolher o momento e os recursos certos para executar as avaliações
internas. A etapa de execução começa quando você efetivamente busca os resultados que
precisa. E termina quando você tem as respostas esperadas e emite os relatórios que servirão
de base para as mudanças necessárias.

76
Geralmente este controle é feito via softwares ou diretamente em formulários
específicos criados pelo auditor. Eles envolvem os principais atributos para que a medição
desta qualidade seja satisfatória.
Vamos ao exemplo: aqui, vamos avaliar o processo de aplicação das aulas no
departamento de ensino de uma escola de idiomas. Você vai perceber que as respostas serão
mais genéricas e que vão refletir a ação do departamento inteiro e não de forma individual.

Entendeu o processo? Avaliar significa medir o que está acontecendo naquela empresa,
seja em qualquer situação. No entanto, muitas das empresas ainda não fazem isto tão bem.
Por isso, cabem aos líderes de equipe gerenciar de forma eficiente as pessoas e os processos
dentro da empresa.

O que você aprendeu hoje?

77
PROJETANDO

Completamos a aula anterior falando um pouco mais sobre planilhas


financeiras, e adicionamos um controle de qualidade. Empresas que querem
crescer bem e forte devem fazer o controle sistemático dos seus produtos ou
serviços. E é isso que vamos praticar na etapa de hoje.

Com o uso de um software de planilha eletrônica, elabore uma planilha


de ESTIMATIVA DE CUSTOS para o produto ou serviços que a sua empresa
trabalha. Siga o exemplo da planilha apresentada no começo desta aula.
Lembrando que para estimar custos de serviços, existem pequenas diferenças
que precisam ser consideradas. Exemplo: uma empresa de softwares não possui matéria-
prima, concentrando o serviço no trabalho intelectual.

Como a sua empresa ainda está no início e você ainda não tem o
que medir efetivamente, que tal já preparar o caminho para esta tarefa tão
importante. Crie um ou dois formulários para medir a execução das principais
tarefas do seu negócio. Exemplo: se o seu negócio trabalha com customização
de carros antigos (bem ao estilo “Lata Velha”) que tal montar um formulário que avalie o
serviço de pintura? Entendeu a ideia? Mãos à obra.

Extra: Elabore a Matriz FOFA do seu negócio, pois ela será útil dentro do Plano de
Negócios que será entregue no final deste curso.

78
TCC | PROJETO FINAL

Aula 11 - Validando seu produto

As avaliações de mercado
O que é e como validar
Uso da tecnologia para uma avaliação eficiente
Dados dos questionários
A melhor forma de avaliar
Implementação da avaliação
Aplicando a avaliação
Analisando e apresentando os resultados

As avaliações de mercado
Por tantas vezes, ao longo do nosso curso completo, fizemos as famosas avaliações de
mercado. Elas sempre foram importantes para nos dar uma ideia da percepção do cliente em
relação ao nosso negócio . Se ela não for bem feita, a gente acaba tendo uma visão macro,
cheia de incertezas. Por isso, é preciso entrar mais afundo dentro do mercado, e usar o seu
time de trabalho para enxergar maneiras do seu negócio se concretizar. É hora de considerar
os seus consumidores, a sua concorrência, os seus fornecedores e todos aqueles que farão
parte integrante dos seus resultados.

Se for realizada corretamente, oferecerá informações consistentes para serem somadas


ao que você e seu time enxergam como parte integrante do seu negócio, influenciando
positivamente na tomadas de decisões.

O que é e como validar


Quando pensamos em avaliações de mercado, pensamos em vários formatos e dados.

79
A união delas vai ajudar a criar o ambiente favorável para que o seu negócio valha a pena.
Pense que é preciso avaliar vários pontos, principalmente:
• O tamanho do mercado;
• Os costumes e os hábitos;
• As utilidades para os produtos ou serviços (viabilidade);
• O uso prolongado ou não (longevidade);
• A confiabilidade (problemas técnicos);
• O desempenho (produtividade);
• O visual (cor, tamanho, formato);
• A simbologia da marca (imagem);
• O preço que o cliente quer pagar;
• O quanto produzir;
• Quanto o concorrente cobra;
• A localização e suas dificuldades;
• A concorrência;
• O cenário econômico.

E como fazer essa validação? Simplesmente utilizando de questionários elaborados e


realizados tradicionamente em papel e prancheta ou utilizando os meios digitais. Se você e
seu time querem conhecer bem o perfil do cliente, é importante combinar esses métodos
até chegar naquele, ou naqueles, que melhor se adequarão às necessidades da sua empresa.

Vamos dividir as nossas avaliações por realidades diversas, conhecendo:


• Os hábitos e atitudes de consumo e compra de produtos, o grau de envolvimento
dos clientes/consumidores e os critérios para que eles realizem suas escolhas;
• A evolução do modo como o cliente interage com o seu negócio ao longo do tempo;
• As necessidades futuras, motivações para mudanças e comportamentos diferenciados
do mercado em que seu produto/serviço está envolvido.

Uso da tecnologia para uma avaliação eficiente


Neste mundo digital, globalizado e dinâmico você vai se deparar com diferentes
métodos para analisar o mercado e as necessidades do seu negócio. Usando os meio digitais,
conseguimos uma coleta de dados bem mais abrangente e com resultados cada vez mais
rápidos. Se você escolhe usar um Formulário Google, por exemplo, saiba que terá em mãos
uma ferramenta que permite alcançar até mesmo aqueles consumidores que estão a longa
distância de você.

80
Montando os questionários
Para qualquer avaliação, seja ela por meio digital ou não, é preciso pensar no uso
efetivo dos questionários. Ele é fundamental para assegurar que os dados foram colhidos
corretamente na parcela da população a ser estudada e que os resultados são representativos.
Para criá-los, é preciso pensar nos aspectos principais que devem ser considerados:
• O tamanho e a estrutura - Um questionário não pode ser muito grande para não
cansar o cliente. Pense num número razoável de questões e no tempo que levará para fazê-
las. A ordem com que elas aparecem no questionário ajuda a reduzir o seu esforço e o do
entrevistado.
• Estrutura - Crie uma introdução para que o seu cliente perceba a razão daquele
estudo que a sua empresa está realizando. As questões precisam ser fáceis e claras para
diminuir aquela resistência do entrevistado, usando tópicos com uma estrutura lógica e de
fácil percepção. E não se esqueça de ser compreensível na linguagem para evitar a confusão
do entrevistado.
• As perguntas - Podem ser:
o Abertas - O entrevistado responde o que realmente acha do assunto;
o Fechadas - O entrevistado deve escolher uma das respostas propostas pelo
entrevistador;
o Formatadas – Pode optar por uma das respostas possíveis e também pode expressar
sua opinião;
o Escala - O entrevistado classifica o seu grau de acordo, desacordo, satisfação ou
insatisfação.

Para cada tipo de consulta realizada, uma forma de pergunta pode ser realizada. As
perguntas mais comuns criadas para quase todas as situações são:
• Você conhece a nossa promoção...
• Você gostaria de uma ... ao lado da sua casa?
• Você gostaria de receber o nosso produto ... direto na sua casa?
• O que você mais considera em nosso produto?

Lembre-se que uma avaliação bem feita é aquela que você conseguirá obter os
resultados mais próximos da realidade. Por isso, nunca induza o entrevistado a resposta que
você gostaria de ouvir e nunca faça perguntas que não surtem nenhum tipo de efeito para a

81
sua avaliação.

A melhor forma de avaliar


Existem várias formas de realizar avalições de comportamento de meracdo, além dos
métodos já testados. Os mais usados são:
• Por sites especializados e/ou e-mail – Baixo custo, cômodo e rápido. Sites como o
Survey Monkey (https://pt.surveymonkey.com), Typeform (https://typeform.com) e o Formulários
Google são ótimos para isso;
• Por carta ou mala direta – Ainda usado por algumas empresas, consiste no envio de
um questionário pelo correio às pessoas que fazem parte da amostra. Sua taxa de resposta
costuma ser baixa;
• Por telefone – Só use quando necessitar de respostas imediatas para ligações de
curta duração;
• Por redes sociais – É um meio rápido, dinâmico e extremamente eficiente. Garante
um resultado mais imediato para projetos dinâmicos;
• Em campo (in loco) - É a entrevista pessoal, face a face, na rua ou em domicílio. É
também um método seguro, de maior quantidade e credibilidade, porém caro.

Para qualquer um desses métodos de avaliação, é importante que o entrevistador


nunca tenha medo de perguntar.

Implementação da avaliação
Agora que você já escolheu o método que vai usar, separou as perguntas que deseja
fazer, selecionou a melhor equipe para realizar e/ou monitorar o trabalho com qualidade,
chegou a hora de implementar.
O primeiro passo é estabelecendo o universo (o grupo ou faixa) de entrevistados.
Pense que cada entrevistador deverá ter um número razoável de entrevistas para realizar, de
forma a diminuir o risco de acontecer erros. O total do universo será definido em comum
acordo dos responsáveis pela área e de acordo com a distribuição do time de trabalho no
seu negócio. Esse universo poderá ser a sua escola, o curso, seu círculo de amigos, sua rua
ou até mesmo o bairro.

Porém, a seleção da quantidade das amostras (parcela do universo que será pesquisada)
que serão colhidas dependerá do nível de profundidade das avaliações que você e seu time

82
pretendem efetuar e do quanto tem de recurso disponível para isso. Se a avaliação for muito
abrangente e o deslocamento se fizer necessário, pode ter certeza de que os custos e as
dificuldades vão aumentar. Quanto maior for o universo, maior será o tamanho das amostras.
É claro que quanto maior a quantidade absoluta do universo de pessoas pesquisadas, maior
a exatidão dos resultados. E aí fica um alerta: a partir de uma determinada quantidade, as
vantagens com o aumento da amostragem podem comprometer os recursos disponíveis e
não compensam os custos.

E antes de você e seu time colocarem a mão na massa, é importante observar que as
amostras podem ser recolhidas de duas formas básicas:
1. Aleatórias – São aquelas onde há uma escolha aleatória de qual cliente/consumidor
pesquisar, dando iguais possibilidades a todos os pesquisadores de se estudar a população
como um todo. Esse método é mais caro e complexo a executar.
2. Cotas – Muito utilizado atualmente, são aquelas em que as amostras deverão ter
as mesmas características da população a ser estudada. Nessas características incluem-se
variáveis como sexo, idade, região, nível de instrução etc.

Aplicando a avaliação
Depois de tudo definido, vamos aplicar a avaliação. Se ela for inloco, ou seja, num local
qualquer, comece sabendo que qualquer abordagem deve ser amigável e respeitosa, onde o
pesquisador deve ser bem educado. Tratar sempre pelo pronome de tratamento correto, ou
seja, por “senhor” ou “senhora”. Evite expressar opiniões próprias e tente ser o mais imparcial
possível para não distorcer os resultados.

Como você já sabe, um bom formulário de avaliação introduz qual o propósito dela.
Contudo, o seu entrevistado na maioria das vezes não vai ler o que está escrito ali e, por isso,
é importante começar explicando a finalidade da avaliação e o tempo de duração. E se você
passa segurança, o entrevistado se mostra mais disposto a participar.
E falando no time de trabalho, os entrevistadores devem ter boa apresentação,
serem comunicativos e estarem preparados para as possíveis objeções do entrevistado. A
boa aparência ajuda muito na abordagem, pois reflete profissionalismo e seriedade. E para
garantir que essa interação seja mais eficiente, procure aproximar essa aparência com o perfil
do público a ser entrevistado. Mas fiquem atentos a dica: mulheres devem evitar decotes,
saias curtas, transparências para evitar assédios; e os homens devem se apresentar mais

83
formais, com camisas, calças e sapatos sociais.

Se a aplicação for online, o formulário deve ser bem apresentável. As ferramentas como
o Type Form e o Survey Monkey, por exemplo, possuem templates (modelos) de avaliações
bem atrativos. Cabe a você formatar de forma que chame a atenção. O seu professor vai dar
as melhores orientações possíveis.

Com o formulário elaborado e revisado, basta distribuir o link para o universo que
ficou definido para a avaliação. Isso pode ser feito via redes sociais, e-mail marketing, entre
outros.

Analisando e apresentando os resultados


Pronto, coleta concluída! Agora vamos tabular os resultados. Mesmo que o prórpio
formulário online traga para você o resultado pronto, vamos nos concentrar em tabular
usando planilhas eletrônicas. A apuração dos valores absolutos de cada resposta será por
meio de gráficos.

Estes resultados vão responder perguntas que você só tem condições de saber com
mais profundidade se realmente as fizer para si mesmo e para o seu time. Exemplo: O cliente
está ficando mais velho? O seu hábito de consumo ainda é o mesmo? Aumentou a renda?
Diminuiu a renda? O cliente está em busca de novidades? Serão estas respostas que irão
colocar o seu negócio em sintonia com as necessidades dos seus clientes.

84
O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
As avaliações de mercado têm um papel importante não só para
descobrir público-alvo, mas medir as preferências deles. Por isso, vamos
usar e abusar dos formulários online para realizar avaliações interativas.

O professor vai apresentar grupos de perguntas que


vão auxiliar na montagem do formulário de avaliação, assim como a universo
e amostra mínima exigidas. Faça um rascunho delas nas linhas abaixo.

Para implementar a sua avaliação de mercado planejada acima, vamos


utilizar formulários digitais. A nossa sugestão está no uso dos formulários
do Google, através do seu compartilhamento em nuvem, pelo site Survey
Monkey ou Type Form. O seu professor poderá escolher a melhor ferramenta
para a sua turma. Assim que estiver pronta e validada, envie o link da pesquisa para amigos e
conhecidos. Peça para responderem, não se esquecendo de informar que isto é apenas para
fins educacionais.

Transforme os dados obtidos em tabelas e gráficos utilizando as


Planilhas Google. Depois reúna tudo numa apresentação simples e envie ao
seu professor.

85
TCC | PROJETO FINAL

Aula 12 - Relacionando com o seu cliente

De volta ao marketing digital


O profissional Social Media para sua empresa
Usando as principais ferramentas e estratégias de marketing digital
Conquistando o seu cliente
Dicas de interação e engajamento

De volta ao marketing digital


Vai e volta o marketing digital está envolvido em nossa vida. Aprendemos bastante
sobre ele nos módulos anteriores, até mesmo dentro de projetos bem parecidos com o que
estamos desenvolvendo agora. Investir em marketing digital faz uma diferença enorme na
hora de executar e divulgar um negócio.
Reforçando, o Marketing Digital é um conjunto de estratégias e ações que você e
seu time terão que criar utilizando a tecnologia para buscar os caminhos mais eficientes de
comunicação com o seu público.
Você deve perceber que esses elementos virtuais contribuem para uma evolução do
seu contato com o público, principalmente porque ele busca maior interação, mobilidade e
agilidade com o seu negócio. Se a resposta não for rápida, corre o risco do seu cliente não
ter a paciência necessária.

O profissional Social Media para sua empresa


Todo e qualquer sistema de relacionamentos digital tende a combinar textos, imagens,
sons e vídeo para criar uma interação social eficiente. Cabe às ferramentas de mídias sociais
potencializar as relações sociais do ser humano.

86
Sabendo dessa necessidade crescente e cada vez mais mutável, o profissional Social
Media se torna muito mais importante nas empresas, acumulando as responsabilidades
de gerenciar e editorar o conteúdo nas mais diversas plataformas digitais. É ele quem vai
distribuir os resultados colhidos através do monitoramento, da análise de dados, da criação
de ideias novas, para elaborar um bom planejamento estratégico.
E o que o Social Media para seu negócio precisa ter/ser? A resposta é ser comunicativo,
ter uma boa escrita, conhecimento pleno nas diversas mídias sociais, ser criativo, bem
relacionado, saber trabalhar em equipe, estar culturalmente atualizado, entre outras
características. Um Social Media vai trabalhar com SEO, estratégias, administrador das redes
sociais, gerente de conteúdo, entre outras tarefas.

Usando as principais ferramentas e estratégias de


marketing digital
Baseados em tudo aquilo que estudamos ao longo do nosso curso, vamos reforçar
quais são as principais ferramentas e estratégias que poderão ser usadas para preparar a
alavanca da sua empresa e o bom relacionamento com os clientes. Só que primeiro, claro, o
time deve criar todos perfis e páginas nas principais mídias sociais. Prontos para isso?

Estratégia: Marketing de Conteúdo (Ponto chave)

Já falamos muito de Marketing de Conteúdo anteriormente.


Ele consiste em oferecer conteúdo original e relevante, a fim de
vender algo, seja ele um produto, um serviço, uma ideia. Ou,
ainda, afirmar-se como autoridade em um assunto para que o
seu site seja referência como fonte confiável de informação. O
time vai precisar preparar o melhor conteúdo para atrair o cliente
e impulsionar a marca. Imagem abaixo, retirado da SOUWEBPEL,
é um número que retrata a realidade. Produzir bons conteúdos
aumenta e muito as chances de sucesso.

Mobile Marketing

Mobile marketing são ações de marketing destinadas a usuários de celulares e tablets,


desde a adaptação de sites, meios de compra e pagamento, campanhas por SMS, leitura de
códigos QR até aplicativos e bluetooths. É um tipo de marketing direto, com a construção de
diálogos ou interação para alcançar o consumidor onde ele estiver. Mas de onde podemos
tirar bons exemplo deste tipo de marketing? Veja:
• Campanha de SMS e/ou WhatsApp – Se os contatos te deram permissão, o envio
de mensagens é um recurso que fala direto com o cliente e de forma rápida. Por exemplo,
você poderá informar lançamentos, parabenizar pelo aniversário, enviar promoções, entre
outros. O WhatsApp Business é um ótimo exemplo.
• Campanhas no Facebook – Com 2 bilhões de usuários ativos as campanhas no
Facebook atigem rapidamente seu público mobile.

87
• Campanhas no Adwords – Use e abuse em segmentar anúncios diretamente para
quem está navegando através do celular. Se usar as palavras-chave corretas, rapidinho a sua
marca chega lá!

Marketing nas Mídias Sociais

O Marketing nas Mídias Sociais é indispensável em qualquer planejamento de


Marketing Digital. Nas redes sociais pode-se expor a marca, conhecer e conquistar clientes,
anunciar, vender, fazer contato, perguntar, responder e muito mais. E o que extamente utilizar?
Páginas no Facebook, perfil comercial no Instagram, perfil no Twitter, canal no Youtube,
mural no Pinterest, página comercial no Linkedin, entre outros. O importante é ter todos eles
criados, ativos e com um time gerenciando por detrás. Não deixe mensagens sem respostas,
pois o cliente vai te chamar a atenção.

E-mail Marketing

E-mail marketing é a utilização das mensagens de e-mail como ferramenta de


marketing direto, respeitando normas e procedimentos pré-definidos. Ele fornece uma forma
simples e rápida de se relacionar com o cliente e de ser lembrado por ele. E diferentemente
do spam, o e-mail marketing tem o consentimento do cliente quando ele mesmo opta por
recebê-lo. Existem várias empresas digitais, como o Maichimp e o E-goi que fazem este tipo
de trabalho de uma forma muito simples e rápida.

Conquistando o seu cliente


Agora que reforçarmos a importância das mídias sociais para o impulsionamento
do negócio, vamos concentrar nos pontos-chave para conquistar e se relacionar com os
clientes. Lembre-se que um parte disso foi planejado lá no modelo de negócios.

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O primeiro passo é pensar que o seu time precisa de um conjunto de ações que
vão anunciar e promover seus produtos, eventos ou ideias nos mais diversos canais de
relacionamento online. Vamos pensar de duas maneiras:
1. Gerar comunidades, páginas ou links para aumentar o número de pessoas que estão
conectadas à sua marca.
2. Divulgar algo pontual, como o lançamento de um produto ou serviço. Como o
seu negócio ainda está iniciando, você pode gerar pouca interação. Use a sua identidade
visual (marca) para que o seu cliente identifique que você está presente no cotidiano dele. Vá
devagar e procure não fazer muito barulho.

Em seguida, depois de identificado, comece a gerar uma pequena interação, com


laços emocionais por meio de pequenas conversas diretas. Procure não ficar no controle de
tudo, mas tente despertar uma reação positiva do seu público. Veja dois exemplos a seguir.
Um está ligada a interação por meio de uma série de TV para uma escola de idiomas e o outro
baseado no velho e antigo sorteio. Ambos podem gerar algum tipo de intereção imediata e
sem muita complexidade.

À medida que essa relação vai aumentando, comece a potencializar suas divulgações
e melhorar seus conteúdos. Mas antes, investigue como anda o setor realizando pesquisando
o que seus concorrentes estão publicando nas redes sociais. E não se esqueça de monitorar o
resultado das ações iniciais desta relação. Esse monitoramento fará você enxergar e entender
o comportamento do seu público, tomando por base os hábitos de consumo e o perfil de
navegação.

Utilize-se de um conteúdo apresentável, bem escrito e de aparência visual bem atrativa.


Uma linguagem visual e textual bem definida cria um impacto positivo. Se um cliente gostou
do seu negócio, você pode solicitar para que ele recomende ao seu círculo de amizades
virtuais.
O seu cliente é um usuário que se surpreende facilmente quando a sua marca
conversar com ele. Eles vão ficar curiosos e buscarão mais detalhes. Um exemplo usado pela
Netflix para avisar aos usuários que eles poderiam usar seu novo recurso de pular aberturas
das suas séries favoritas. Aproveitou o horário de verão e deu a dica para o recurso que ela
havia recentemente lançado.

89
Como em qualquer relação, o contato
deve ser cultivado. Sua empresa não pode
esquecer do cliente e muito menos o cliente de
você. Alimente e relembre histórias para ajudar
a reavivar o ânimo dele. Trazer os sentimentos
e experiências para junto da marca ajuda a
melhorar ainda mais o engajamento.

Dar prêmios para


quem mais interage com
a sua marca faz com que
novas pessoas fiquem
ligadas a sua empresa. É
o caso, por exemplo, de
um hotel que sorteia um
final de semana para quem
compartilhar sua marca
juntamente com uma frase que defina o momento.

Use soluções tecnológicas que permitam centralizar as diversas


plataformas de relacionamento com os usuários. Você pode consultar
ferramentas de análise e acompanhamento, como Socialbakers, Hotsuite,
Scup, entre outras.

E por último, crie uma persona para se relacionar com o público. Ele (a) dará uma voz
mais próxima e tornará a marca divertida.

Dicas de interação e engajamento


Pense nas estratégias que citamos acima e promova a comunicação com seu futuro
cliente. Exemplos:

Facebook e Instagram
• Curtir e/ou compartilhar uma imagem ou banner para participar do sorteio;
• Surpreenda com dicas diárias sobre o que seu negócio oferece;
• Concursos culturais com respostas criativas;
• Datas comemorativas são sempre momentos de atenção do cliente;
• Divulgue fotos de eventos realizados ou de produtos que estejam saindo do forno;
• Use hashtags para marcar o seu negócio.

Twitter
• Retweete a sua mensagem e concorra a brindes;
• Uso de hashtags para promover o seu negócio;

90
• Estimule usuários influentes a retwittar a sua marca.

You Tube
• Crie um canal para divulgação dos vídeos institucionais;
• Publique vídeos com dicas importantes para o dia-a-dia do cliente;
• Publique vídeos com características virais para estimular o compartilhamento;

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Hoje é dia de fazer uma relação saudável com o seu cliente. E isso
pode ser feito utilizando o marketing digital. O papel desta etapa é falar com
o futuro cliente através das mídias socias e outros canais, como sites, landing
pages, e-mail marketing, entre outros.

Escolha pelo menos duas plataformas de mídas sociais e crie os perfis


e/ou páginas da sua empresa. Desenvolva um conteúdo interessante para
começar a relação com o cliente. Pode ser uma promoção, uma dica, um
concurso e por aí vai. Não se esqueça de que o conteúdo deve ser relevante,
bem escrito e que surpreenda. Importante: como se trata de um exercício de sala de aula
(sem vínculo comercial), você deverá informar ao final do texto que a marca não existe e que
é apenas para fins educacionais.

Aproveite o momento no qual estamos abrindo os canais de


relacionamento com o cliente e crie um site ou uma landing page para seu
negócio. Use o Wix ou Wordpress para isso. Não se esqueça de criar um site
enxuto e atrativo.

Como está indo a elaboração do Plano de Negócios? Lembrando que


ele será entregue ao final deste módulo. Se for o caso, faça uma revisão no
material e tire as suas dúvidas com o seu professor.

91
TCC | PROJETO FINAL

Aula 13 - Fazendo mais algumas contas

Educação financeira para o seu negócio


O controle financeiro da sua empresa
Controle de caixa
Controle de contas a pagar e receber
Controle de estoque
Controle de previsões

Educação financeira para o seu negócio


Lá nas aulas anteriores começamos a idealizar toda estrutura que vai envolver as
finanças da sua empresa. Vimos algumas planilhas básicas que iniciaram o controle dos
dados previstos. Mas não vamos ficar somente naquilo. É claro que em algum momento do
seu negócio será preciso gerar receita para pagar todos os investimentos realizados. No seu
modelo de negócio esta estratégia já começou a ser traçada no bloco das Fontes de Receitas
e por isso chegou a hora de colocar em prática. Para um melhor resultado, precisamos
consultar novamente nossos principais recursos e nossas principais fontes de receita para
saber a melhor forma de ajustar cada um deles.

O sucesso do seu negócio vai depender muito da capacidade do seu time de administrar
os recursos financeiros que entrarem no seu negócio, de modo a garantir segurança para pagar
todos os compromissos e obrigações da empresa. E é claro que negócios bem administrados

92
financeiramente apresentam maiores lucros.
De acordo com dados do Sebrae, mais de 70% das micro e pequenas empresas
brasileiras fecham as portas logo nos primeiros cinco anos de vida, tudo por causa da falta de
planejamento em relação aos aspectos financeiros.

O controle financeiro da sua empresa


Você sabe bem que planejar financeiramente a sua empresa é muito importante para
o sucesso dos negócios. Você, jovem empreendedor, vai precisar pensar em como gerar
receita e evitar gastos para fazer o seu negócio girar.
O controle financeiro de qualquer empresa tende a ser fonte confiável dos resultados
obtidos no negócio, para fornecer informações em tempo hábil. Nunca é demais verificar se
os custos estão sob controle e se a geração de receitas acontece na velocidade prevista.
Os bons resultados financeiros são frutos de uma série de decisões e atitudes tomadas
diariamente. Por isso, os controles financeiros são ferramentas importantíssimas para um
controle sistemático e eficiente do seu negócio e para gerar informações úteis e confiáveis
para o empresário tomar decisões. Dentre várias, as mais importantes se destacam a partir
dos próximos tópicos.

O controle de caixa
Toda a vez que entra ou sai
dinheiro da sua empresa, os dados
precisam ser controlados para apurar
o quanto de saldo estará disponível
no caixa. Nenhum erro pode ser
encontrado e nenhum desvio pode
ser identificado. Tudo precisa estar
na mais perfeita ordem. O caixa é
conferido diariamente e tudo deve
ser apurado no mesmo dia para que
qualquer irregularidade possa ser
imediatamente resolvida. Veja um
exemplo a seguir:

A planilha acima tem cálculos


simples. Observe que os totais no
início da planilha são as somatórias das entradas e saídas registradas no dia e que o saldo do
dia é a diferença entre os dois. Não se esqueça que para cada lançamento soma-se o saldo
anterior com a respectiva entrada e subtrai-se da respectiva saída. Simples, não é?

Contas a Pagar e Contas a receber


Como qualquer pessoa física, uma empresa adquire obrigações e tem compromissos

93
financeiros a pagar. Assim como também tem direitos a receber. Mesmo que o mês ainda
não tenha terminado é importante organizar os totais a pagar e ficar de olho nos respectivos
períodos de vencimento, tanto para pagar quanto para receber. Mantendo todas as contas
em dia, você evita o estresse e ainda contribui para uma gestão financeira eficiente. Vamos
as planilhas:

No caso das contas a pagar, usamos a opção de separar


totais de acordo com o tipo de despesa realizada. Fizemos isso
facilmente usando uma função SOMA.SE. E perceba que um
gráfico simples pode ilustrar melhor estes cálculos.
Não tenha medo de negociar um novo prazo de
pagamento caso não seja possível pagar dentro do que foi
previsto. O que não pode é deixar de quitar suas obrigações.

E se for uma planilha de contas a receber? A ideia é a


mesma, formatando apenas aquilo que a sua empresa teria a receber pelas vendas realizadas
a prazo, rendimentos de poupança, alugueis, entre outros.

94
Controle de estoque
As planilhas de controle de estoque da sua empresa vão lhe ajudar a organizar e
controlar os produtos ou materiais estocados nela, para evitar que desvios aconteçam ou que
as reposições sejam feitas de forma rápida para não afetar o desenvolvimento da empresa.
Em algumas delas o estoque é quase inexistente, como é o caso das empresas de tecnologia
web, por exemplo, que trabalham com um estoque mínimo de material de expediente.
Veja a planilha a seguir. Existe uma coluna que mostra a localização dentro do
almoxarifado (espaço onde se guardam de forma adequada os estoques) dos produtos
citados. As outras apresentam um controle diário, por linhas, do que entra, do que sai e o
saldo final de cada produto. Veja que na última coluna é informado se aquele produto está
em falta, normal ou em excesso. Tudo isso pode ser calculada através do uso de fórmulas e
funções, como o SE aninhada, por exemplo.

Controle de previsões
Quando você sabe bem onde as despesas estão e quais receitas estão previstas, o
resultado do entendimento dos negócios fica muito mais fácil. Esse é o papel de um tipo
de planilha – Controle de previsões – um instrumento na gestão financeira da sua empresa
que vai projetar todas as entradas e as saídas, indicando como será o resultado financeiro
para o período escolhido. Esse período, geralmente, é projetado para quatro ou seis meses. O
importante é enxergar com segurança os resultados que o seu negócio pode alcançar.
Na planilha responsável por tabular estes dados, semelhante a que você viu
anteriormente, a sua equipe financeira vai relacionar as previsões de receitas (tudo que entra)
e as previsões de despesas (tudo que sai), tentando se aproximar ao máximo dos resultados
reais. E isso pode gerar um gráfico de linha que simula como será o comportamento de tudo.

95
Analisando os gráficos, vamos perceber que o mês de maio certamente existe uma
previsão maior de fluxo, o que gera vendas e despesas. O que aconteceria no mês de maio
para gerar este aumento? Será porque é o mês das mães e as vendas vão aumentar?
Lembre-se que nem todos os resultados vão estar dentro do que você espera. Analise
friamente e perceba que para alguns ramos de negócios as variações mês a mês podem ser
grandes. Para outros, os ciclos são longos e o resultado demora um pouco mais a aparecer.

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO

Muitos empreendedores torcem o nariz quando o assunto é o


financeiro. A maioria não gosta porque tem dificuldades em fazer um
controle de tudo. Então a missão desta etapa é te ensinar a preparar planilhas
que serão úteis no controle financeiro do seu negócio.

Você e seu time deverão reproduzir, utilizando uma ferramenta online


de planilhas eletrônicas, as planilhas propostas para esta aula. Vale lembrar que
podem ser feitas simulações, uma vez estas planilhas são apenas resultados
de estudo. Porém, procure estabelecer valores mais próximos da realidade do
seu negócio. Não esqueça de gerar os gráficos.

De posse das planilhas até o momento, você e o seu time deverão


apresentar uma simulação de resultados para um semestre do ano, baseado
nos dados estimados pela equipe. Essa apresentação deverá ser feita dentro
do Apresentações Google ou em alguma outra ferramenta online similar. Os
gráficos gerados deverão ser compartilhados com o professor.

Já estamos chegando perto do final do módulo. Como vai a preparação


do seu Pitch final? Ainda dá tempo de mudar o roteiro e fazer novos testes.
Peça ajuda ao seu professor.

96
TCC | PROJETO FINAL

Aula 14 - Buscando clientes e investidores

Pivotar é preciso
Eu quero tracionar
É possível ter investimentos?
Quem são os investidores-anjos?
Como atrair investidores para seu negócio
O tal networking
Aceleradoras
Eventos de Meetup

Pivotar é preciso
Antes de começarmos a falar do momento em que você e seu time querem aumentar
a busca pelos clientes e correr atrás dos investimentos, a palavra que precisamos ter em
mente é pivotar. Mas o que significa isso? Simples! Pivotar é observar o que acontece com
o modelo de negócios, analisar todas as possibilidades e se for o caso mudar a estrutura ou
a ideia inicial. Por isso insistimos tanto que você deve monitorar as empresas concorrentes e
identificar mudanças no comportamento do consumidor.

Se o time observou que o público não entendeu a proposta da empresa a demanda


não irá crescer, então é hora de mudar! Mesmo ao contrário, ou seja, a demanda cresce, mas
ela não consegue pagar o seu preço, também pode ser hora de pivotar.
Pivotar é mesmo preciso, e o tempo todo.

Eu quero tracionar
]A sua startup/empresa quer agora se consolidar, certo? Encontrar um bom nicho ou
um canal eficiente para crescer de forma rápida, às vezes é um pouco difícil. Por isso, a
atenção dos sócios da empresa precisa estar focada nisso. Tracionar significa dar tração ao

97
seu negócio, ou seja, fazer que o negócio ganhe clientes de uma forma forte e constante.
O nicho bem definido ajuda muito este trabalho, mas é necessário expandir a cobertura ou
aumentar a penetração no mercado atual.
Para especialistas no assunto, para um avanço mais significativo, é preciso mesmo
testar o nicho estabelecido ou a área de atuação. Mas porquê? Se o negócio deu certo ali,
existem chances de dar certo com públicos e área com características semelhantes. E se for
preciso mudar, então pivotar vai ficar mais fácil.
Mas para tracionar bem é preciso:
• Ter uma infraestrutura física e tecnológica que atenda o
aumento de clientes;
• Fazer testes se a infraestrutura não vai sobrecarregar ou gerar
gargalos;
• Se o capital humano da sua empresa vai conseguir atender o
aumento. Dê treinamento constantes;
• Organize os processos da sua empresa, principalmente no
que se trata do crescimento. Exemplo: serviços de entrega;
• Deixe tudo devidamente documentado para que depois fique
mais fácil fazer ajustes ou implementar mudanças em novas áreas.
Perceba que se não houve esta tração, a chance do seu negócio estagnar ou morrer é
grande. Por isso, pivotar continua sendo importante.

É possível ter investimentos?


A resposta é sim! Depois de um longo processo de avaliação, ajustes, testes e correções,
a sua startup realmente se tornará uma empresa de sucesso. Mas nem sempre existe aquele
dinheiro para que o seu negócio tome forma. Se analisarmos bem, o primeiro dinheiro da
sua empresa vem:
• Capital próprio – Os sócios usam recursos próprios ou o capital de familiares e
amigos para iniciar seu negócio;
• Capital semente – São iniciativas que ofertam uma quantidade de dinheiro
necessária para o início de uma empresa. Diferente do investidor-anjo (geralmente pessoa
física), aqui os investimentos vêm de grupos interessados em investir no seu negócio.
Exemplos destes investidores no Brasil: Fundo Criatec, Confrapar e a Canary. Este último tem
grandes profissionais por detrás, como o criado da Peixe Urbano e da 99;
• Crowdfunding ou investimento coletivo – Investimentos que surgem a partir da
doação de quantias de várias fontes diferentes. Geralmente isso acontece em projetos ou
startups quem tenham uma forte ligação com alguma causa ou motivo significativo;
• Programas públicos – Existem programas de incentivos fiscais e oferta de valores
financeiros que ajudam a alavancar o seu negócio. Nos próximos tópicos vamos falar mais
sobre estes programas.

Mas existem outros tipos de programas de investimentos que sua empresa/startup


pode alcançar.

98
• Investidor-anjo – São aqueles que investem no seu negócio quando enxergam
potencial nele;
• Venture Capital – São investidores que aplicam recursos em startups já bem
testadas e prontinhas para crescer. Os valores investidos pelas Venture Capital são, geralmente,
superiores a R$ 1 milhão.

Quem são os investidores-anjos?


Os Investidores-Anjos são pessoas físicas ou grupo delas, normalmente profissionais
ou empresários bem-sucedidos, que investem um capital financeiro e intelectual em empresas
iniciantes (principalmente as startups) para apoiar o empreendedor com sua experiência e
conhecimento.

Em contrapartida, eles recebem por seu investimento uma participação societária


minoritária no negócio, e não assume posição executiva na empresa. Sua função é orientar e
participar apenas das decisões estratégicas para aumentar as chances de sucesso.
Esses investidores são pessoas confiantes e entendem quais as tendências e
oportunidades da maioria das áreas do mercado. Algumas vezes eles atuam informalmente,
pagando somente os custos iniciais básicos, antes do negócio tomar forma. Quando o seu
envolvimento passar a ser mais direto, a sua atuação torna-se formal por meio de um contrato
como sócio do seu negócio.
Mas lembre-se: Os investidores-anjos não tem todas as respostas ou soluções para os
seus problemas e nem é ele quem vai cuidar de tudo dentro do seu negócio. Sua função é
investir e orientar, principalmente por causa da sua maior experiência.

Segundo uma última estimativa realizada em 2018, o Brasil tem mais de 7 mil
investidores-anjo ativos no país. Um dos mais conhecidos é o paraense João Kepler, conforme
mostra o perfil dele no Linkedin.

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Como atrair investidores para seu negócio
Se falamos de negócios, empresas e startups, certamente vamos ter que abordar os
investimentos. Pense que se o seu negócio conseguiu atingir uma maturidade e agora precisa
seguir em frente, então é hora de vender a sua ideia. O segredo está em conquistar a atenção
dos potenciais investidores.
O primeiro passo é conhecer o caminho certo através de um networking eficiente.
Procure pelo lugar certo onde estes investidores/anjos estarão e vá sondando como se
aproximar deles. Converse, apresente a sua ideia, seu plano de negócios e, mesmo que
receba um não, nunca desista. Essa maturidade ajuda você a rescrever o que está propondo.
De novas linhas podem surgir novas ideias que vão conquistar o investidor.
Não é à toa que falamos sobre o Elevator Pitch desde os primeiros dias de aula. O
dinamismo e clareza dele encurta o caminho do seu negócio até o dinheiro de verdade. Uma
boa ideia pode não ser a mais empolgante no início, mas acreditar na sua construção faz
uma grande diferença.
Para atrair os investidores-anjos, o tiro certeiro vem dos tópicos a seguir:
• Existe um problema e o seu negócio o identificou;
• O seu negócio tem a solução ideal para aquele problema;
• Vocês já estudaram o mercado e o conhecem bem, seja porque você já trabalhou
nele ou porque fez uma boa pesquisa;
• O seu time de empreendedores está bem entrosado e que cada um sabe o seu papel
no negócio;
• Vocês já modelaram corretamente o negócio e o seu protótipo vai ajudá-lo a
entender a ideia e avaliar a capacidade de execução.
Se todos estes pontos estão bem claros para você e o seu time, as chances de atrair a
atenção de investidores-anjos é grande.

O tal networking
Um dos principais segredos para um bom negócio
dar certo é mostrar que a sua ideia tem valor e que sua
startup está aberta para parceiros em potencial. Com
eles, você acaba ganhando investimentos, sejam físicos
(dinheiro) ou intelectual (mais ideias). Por isso, ter uma
rede de relacionamentos faz uma diferença enorme. Fazer
networking é fundamental para o sucesso de seu novo
empreendimento.
Essa rede ajuda:
• Na construção do negócio, na pivotagem e na
divulgação do seu produto ou serviço;
• Encontrar pessoas que acreditem na sua ideia e que podem te ajudar sem precisar
de usar dinheiro. Exemplo: advogados, professores, entre outros;
• A proporcionar sua ajuda e conhecimento para aqueles que estão começando em
um nível inferior a você. Quem ensina aprende mais!

100
Aceleradoras
De início, para não gerar confusão entre aceleradoras e incubadoras, vale dizer que
esta última está mais ligada ao ambiente universitário, porque muitas empresas surgem em
projetos que se desenvolvem dentro das faculdades ou universidades, utilizando-se de uma
infraestrutura e espaço físicos próprios.
Já as aceleradoras lidam, normalmente, com startups/empresas que já deram seus
primeiros passos, assim como a sua, e mostraram a viabilidade de sua ideia. Na prática, as
aceleradoras são investidores que atuam também na formatação e no apoio financeiro do
negócio.
Existem, atualmente, no Brasil vários projetos do governo e empresas particulares
que funcionam como aceleradoras. Durante a elaboração desta apostila, um levantamento
realizado pelo Centro de Estudos de Private Equity da Fundação Getulio Vargas (GVCepe) diz
que existem cerca de 40 aceleradoras em atividade no país. Separamos uma pequena lista
para você. Atenção: é sempre importante manter uma pesquisa atual para saber se alguma
delas deixou de funcionar ou se outras chegaram ao mercado.

Eventos de Meetup
No mundo corporativo, existem alguns termos que tem ganhado grande relevância.
Quando se pensa em projetos, por exemplo, empresas costumam promover reuniões
chamadas de Kick-Off Meeting (ou reunião de pontapé inicial). Geralmente o gerente do
projeto ou o próprio empreendedor explica o planejamento do projeto e seu propósito.
No ecossistema das startups, a ideia funciona mais ou menos do mesmo jeito, mas
com um pequeno diferencial: os encontros ou reuniões geralmente acontecem com as
pessoas em pé ou sentados em pequenos grupos que precisam se movimentar entre eles.
Estes são os chamado eventos de Meetup, geralmente preparados para que pessoas

101
ligadas a várias startups se reúnam para conversar, trocar ideia e até mesmo cartões. São
encontros presenciais e pouco formais, as vezes em torno de um tema específico, mas
com muita movimentação. Por isso as pessoas geralmente ficam em pé, para poderem se
movimentar entre os grupos. Em alguns, existem parcerias e patrocinadores.
Para ilustrar melhor o seu conhecimento, durante a elaboração desta apostila fizemos
uma pesquisa por Meetups no Brasil e encontramos o da imagem a seguir. A proposta
principal deles era reunirem grandes profissionais do mercado, investidores e interessados
em um Happy Hour para ampliação do networking.

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Já estamos quase no fim deste treinamento que com certeza mexeu
com a sua vida. A motivação deve estar nas alturas, ainda mais sabendo
que é possível tirar o sonho do papel. A proposta desta etapa é entender
quem são, onde estão e como atrair investimentos para o seu negócio.

102
Junto com o seu professor, elabore uma lista com as melhores
possibilidades de investimento para o seu negócio. Pesquise na internet as
aceleradoras e os programas públicos da sua região para alimentar a planilha
abaixo. Se estas empresas ou programas possuírem páginas nas redes sociais,
então siga. Receba as principais notícias e tente encontrar aquela que melhor vai se encaixar
no seu propósito.

Estamos quase chegando ao final no nosso curso. Ufa! Então para não
deixar tudo para último hora, faça uma revisão do Plano de Negócios e vá
ajustando os detalhes que estão faltando. Lembrando que na próximo aula a
conclusão irá acontecer!

103
TCC | PROJETO FINAL
Aula 15 - O arremate do seu projeto

O fim de uma primeira etapa


As lições aprendidas nesta etapa
Os cenários de encerramento
A reunião de lições aprendidas
Documento de lições aprendidas
A entrega do Plano de Negócios
A importância das feiras e exposições
Agradecimentos finais

O fim de uma primeira etapa

Chegamos ao fim de uma etapa de sucesso. Muitos foram os desafios encontrados ao


longo do seu curso. Muitos obstáculos foram superados para encerrar uma etapa no caminho
do seu sucesso pessoal e profissional.
Agora é hora de mostrar o que você aprendeu e o resultado do seu esforço. A proposta
é abrir um espaço para que você e o seu time apresentem os detalhes e processos que
fizeram parte de todo o projeto da empresa. Para isso, nunca se esqueça de estar bem
preparado. Deixe as vaidades de lado, supere a timidez e busque a excelência. Você é dono
da sua proposta e por isso deve apresentá-la de forma coerente e clara para que o público a
entenda e a aceite.
Chegou também a hora de reunir toda a documentação produzida ao longo do
nosso módulo e formalizar uma aceitação para seu professor. Avaliar se as responsabilidades
relacionadas aos membros do seu time foram todas compridas ou se falharam. Isso vai ajudar
a verificar o sucesso ou fracasso do projeto, reunir as lições aprendidas e documentar as
informações sobre ele para serem usadas futuramente pelo time.

As lições aprendidas nesta etapa

104
Uma das maiores falhas de quem planeja e executa um projeto (seja ele pessoal ou
profissional) é coletar as lições que foram deixadas por ele. Tudo que planejamos e executamos
em nossa vida tende a deixar lições, sejam elas boas ou ruins. Elas surgem para garantir que
as melhorias possam acontecer e, principalmente, para evitar que novos erros ou equívocos,
em quaisquer atividades, se repitam. Enfim, é importante aprender com os erros e com os
acertos.
Nunca despreze um detalhe. Reúna a equipe chave da sua empresa e promova
encontros para estudar as lições aprendidas. E muitos destes encontros acabam virando um
documento formal, que registra tudo o que realmente aconteceu durante as fases do projeto
e suas devidas correções.
Sendo assim, cabe destacar:
• O aprendizado pode acontecer em qualquer momento e para todos, desde que
estejam bem envolvidos com projeto e o negócio;
• Para que as lições sejam aprendidas é preciso discutir e compartilhar os conhecimentos
envolvidos;
• Que nenhum membro do time deve colocar a culpa exclusivamente no outro. Se
andarem juntos o time inteiro será capaz de resolver falhas quando elas surgirem.
Nunca devem desconsiderar os indicadores, ou seja, os números, pois quando a
luzinha amarela acende em um determinado momento do projeto algumas coisas podem
estar erradas e precisam ser corrigidas imediatamente.

Os cenários de encerramento
Uma reunião de lições aprendidas servem, entre outras coisas, para avaliar como está
o cenário do seu projeto. Aqui nesta apostila, consideramos apenas uma pequena etapa de
aprendizado no seu projeto, pois sabemos que muitas coisas ainda podem ser feitas. Mas se
chegamos aqui, quais os cenários previstos?

Seu projeto foi um fracasso.

Era o que você e o seu time temiam. Ninguém consegue mais se entender, a equipe
não quer mais trabalhar junta em nenhum outro tipo de projeto, e o cliente não quer mais
saber de você. O que fazer? A melhor forma de resolver é eliminar os principais pontos
danificados e tentar ajustar os que forem possíveis. O foco deve estar nos processos que
precisam funcionar para que o seu negócio siga em frente. Ah, às vezes é possível solicitar
um pouco mais de tempo. Mas é melhor não deixar chegar a este ponto, porque este tempo
extra pode não existir.

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Seu projeto terminou bem.

Projeto aprovado e objetivo alcançado. A equipe continua unida, apesar das faíscas
que ocorreram ao longo dos meses de trabalho. O resultado pode não ter sido dos melhores,
estourou um pouco do tempo estimado, mas o cliente aceitou bem o seu produto. Portanto,
aqui você deve permitir aos membros do seu time que relembrem o que fizeram de melhor
e o que poderiam ter melhorado.

O projeto foi um sucesso.

Todos estão em festa! O time de trabalho está radiante porque o projeto foi entregue
dentro do prazo e com todas as tarefas concluídas. Novos projetos virão e novos clientes
surgirão. Nada melhor do que anotar tudo, colher as melhores informações e usar nos
projetos futuros. O que deu certo, deu certo!
Mas, independentemente do resultado do cenário de encerramento, você e seu time
podem seguir em frente. Tudo acrescenta para seu crescimento pessoal e profissional.

A reunião de lições aprendidas


Como dissemos, fechamos hoje uma fase de um grande projeto. Por isso, vale repetir
que é importante colocar na mesa o que deu certo e o que deu errado. E a melhor forma de
fazer isso é promovendo uma reunião. Hoje, o seu time vai se reunir para discutir e anotar as
lições aprendidas com o projeto. Para isso, procure promover sempre:
• A criação de uma atmosfera bem positiva para a troca das experiências. Vale lembrar
ao time que esta reunião é uma oportunidade de aprender com os acertos e erros;
• Um entendimento de que as lições aprendidas não são positivas nem negativas, são
construtivas;
• A motivação dos membros do time, incentivando a não colocar a culpa uns nos
outros. Não aponte o dedo para ninguém, mas para o problema;
• A identificação, em primeiro lugar, do que foi bem-sucedido;
• A participação de todos através de perguntas;
• A geração de resultados positivos e nunca piores do que já podem estar.

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Documento das lições aprendidas
Depois que você avaliou bem o cenário do seu projeto e do seu negócio, vamos
apurar os principais tópicos num documento de Lições aprendidas, que vai detalhar as falhas
e acertos do projeto, com os principais desvios e previsões. Antes de tudo pense.
Para ficar bem claro o que pretendemos com este documento, veja o exemplo de um
formulário simples de Lições Aprendidas. Ele servirá de base para a sua reunião.

Relatórios como estes serão úteis nos próximos projetos da sua vida pessoal e
profissional. Nunca se esqueça que todas as lições aprendidas foram verificadas para serem
compartilhadas e não enterradas no fundo da gaveta.
Lembre-se que você é responsável pelos erros que vê e não busca corrigir. Obviamente
eles vão acontecer o tempo todo. É seu dever como bom empreendedor identificá-los e

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ajudar na correção.

A entrega do Plano de Negócios


Todo projeto tem suas entregas. Elas podem ser em pacotes menores ou em blocos
únicos. Aqui, desde o início, prevemos que seria entregue o Plano de Negócios devidamente
formatado com todos os dados levantados para o seu negócio. Então chegou a hora de
fechar os trabalhos e fazer o termo de entrega junto ao seu professor. Claro que não vamos
transformar isso num momento muito formal, mas é sempre bom ter as coisas registradas.
Assim, a melhor opção será enviar por e-mail e arquivar a mensagem.

A importância das feiras e exposições


Uma feira profissional, também conhecida como feira de negócios, é um ótimo
caminho para que você e o seu time possam apresentar o negócio. O formato dela permite
que seja realizada uma exposição organizada de empresas, que querem demonstrar diversos
produtos e serviços em um só lugar. Algumas feiras são abertas ao público, enquanto outras
só podem ser frequentadas por outros profissionais.

Uma das vantagens de investir nas feiras são que elas proporcionam ao expositor uma
aproximação face-a-face com potenciais clientes, apresentando a ele o que o seu negócio
está disposto a oferecer. E como outras vantagens, podemos destacar a presença num
mercado-alvo, a fidelização de clientes, a realização de benchmarking, ou para melhorar a
sua imagem ou prestígio dos seus produtos.

Agradecimentos finais
Agora sim, encerramos esta fabulosa etapa. E você, caro aluno, foi o grande beneficiado
deste nosso trabalho pela busca incessante por aperfeiçoar cada vez mais o nosso e,
principalmente, o seu conhecimento. Pode ter certeza de que foi uma responsabilidade
enorme escolher quais os melhores caminhos para você trilhar, no propósito de colher
resultados positivos.
Hoje, conquistamos uma grande vitória. E nunca se esqueça de que novas lutas virão
e com elas novas vitórias. Você será constantemente convidado a seguir em frente para
atingir outros ideais, sejam eles em qualquer fase que você estiver.
Hoje é o fim de uma trajetória e início de outra, cheia de oportunidades para novos

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amadurecimentos. E que o conhecimento adquirido para derrubar os obstáculos que o
mercado tão exigente tende a colocar no seu caminho.
Por esta razão, sentimos um orgulho imenso de por tê-lo como nosso aluno.
Acredite no seu potencial, execute seus sonhos e valorize tudo aquilo que você aprendeu. O
conhecimento é seu e agora ninguém mais pode tirá-lo de você.
Sucesso sempre!

O que você aprendeu hoje?

PROJETANDO
Chegamos ao fim de uma etapa. Sim, você e seus amigos podem
continuar planejando, sonhando e executando bons projetos. Quem sabe o
conhecimento adquirido aqui ajude a criar um negócio rentável de verdade.
Nós acreditamos no seu potencial.

O seu modelo e o Plano de Negócios já estão prontos. Faça a entrega


formal ao seu professor, já com as devidas correções. Eles podem ser
entregues impressos ou digital, de acordo com a orientação do seu professor.

Aproveite os últimos momentos do nosso curso para reunir o time


e preencher o relatório de lições aprendidas. Arquive-o na nuvem para que
futuramente possa ser usado em novos projetos.

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ANOTAÇÕES
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