Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2022
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
EDUARDO DE ALMEIDA GAMA – 2022
JOSÉ AUGUSTO N. CAMARGO – 2021/2019
A FUNÇÃO OPERAÇÕES 17
PROCESSOS E OPERAÇÕES 19
CADEIA DE VALOR 20
CADEIA DE SUPRIMENTOS 23
SISTEMA DE VALOR 25
OPERAÇÕES DE SEGUROS
Desempenho histórico 30
Objetivos estratégicos 30
Objetivos concorrenciais 30
Metas absolutas 30
BENCHMARKING 31
FIXANDO CONCEITOS 1 32
COTAÇÃO DE SEGUROS 36
SUBSCRIÇÃO DE RISCOS 39
EMISSÃO DA APÓLICE 39
ENDOSSO 39
COBRANÇA DO PRÊMIO 40
ATENDIMENTO A CLIENTES 40
FIXANDO CONCEITOS 2 43
PRIMEIROS PASSOS 48
Cadastro na Susep 48
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica? 48
Nome Empresarial e Alvará 51
EIRELI × LTDA × S.A 52
Contrato Social e CNPJ 52
Cadastro nas Seguradoras e Operadoras de Saúde 53
OPERAÇÕES DE SEGUROS
PROCESSOS CRÍTICOS NA OPERAÇÃO DE UMA CORRETORA DE SEGUROS 55
Contratação, proposta e emissão 57
Endosso 58
Aviso de sinistros 58
Assistência 24h 58
Administração de operações 59
FIXANDO CONCEITOS 3 60
ESTUDO DE CASO 61
GABARITO 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
OPERAÇÕES DE SEGUROS
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
S
eguro não é uma ciência exata tal como a gestão de riscos. No
entanto, há processos relativamente padronizados que definem as
operações de seguros, desde a oferta da exposição de riscos de
pessoas e empresas até a liquidação de eventuais sinistros, pas-
sando por subscrição de riscos, emissão do contrato de seguros e regulação
de sinistros.
OPERAÇÕES DE SEGUROS
OPERAÇÕES
01
nas SEGURADORAS
UNIDADE 1
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer os processos e a gestão das
operações das seguradoras, considerando ⊲ PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
todas as etapas envolvidas, desde a oferta ESTRATÉGICO, TÁTICO
da exposição ao risco até a liquidação E OPERACIONAL
de um sinistro.
⊲ O QUE SÃO OPERAÇÕES
⊲ A FUNÇÃO OPERAÇÕES
⊲ ESTRUTURA DAS
SEGURADORAS
⊲ PROCESSOS E OPERAÇÕES
⊲ CADEIA DE VALOR
⊲ CADEIA DE SUPRIMENTOS
⊲ SISTEMA DE VALOR
⊲ INDICADORES DE
DESEMPENHO DE OPERAÇÕES
⊲ ESTABELECIMENTO DE METAS
⊲ BENCHMARKING
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
OPERAÇÕES DE SEGUROS 8
UNIDADE 1
Modalidade I Modalidade II
Tradicional Compra-Programada
PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
Circular 365 – SUSEP
ESTRATÉGICO, TÁTICO
Planos de Capitalização
E OPERACIONAL
OPERAÇÕES DE SEGUROS 9
UNIDADE 1
— Planejamento Estratégico
Por meio do planejamento estratégico, é possível avaliar as oportunidades
e ameaças do setor em que se pretende atuar, assim como verificar e defi-
nir o posicionamento da empresa.
— Planejamento Tático
O planejamento tático abrange cada departamento da organização e
tem como finalidade especificar de que forma sua área ou seu setor
poderá contribuir para alcançar os objetivos estipulados no planeja-
mento estratégico.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 10
UNIDADE 1
— Planejamento Operacional
No planejamento operacional, são formalizados os objetivos e definidos os
procedimentos, ou seja, serão implementadas as ações desenvolvidas no
nível tático, obedecendo ao que foi definido no nível estratégico.
Na prática
Planejamento Estratégico
Diz respeito ao direcionamento da empresa. Define os caminhos a percorrer e os
resultados esperados. Palavras-chave : Aonde? O quê? (Direcional).
Planejamento Tático
Diz respeito ao posicionamento da empresa e às ações propostas para seguir na
direção de atingir os objetivos. Palavra-chave: Como? (Gerencial).
OPERAÇÕES DE SEGUROS 11
UNIDADE 1
Planejamento Operacional
Diz respeito à operação da empresa, aos responsáveis por colocar em prática os
objetivos e à supervisão dos resultados. Palavra-chave: Quem? (Executivo).
— Planejamento Empresarial
– Exemplos
Quando se pretende iniciar um planejamento, é comum imaginarmos tra-
tar-se de uma tarefa extremamente complexa, que necessita de um amplo
conhecimento de administração de empresas, recursos humanos, econo-
mia ou qualquer outra ciência de nível elevado.
— Planejamento Empresarial –
Exemplo de modelo complexo
O quadro a seguir apresenta uma sequência de 8 procedimentos a serem
adotados na elaboração de um planejamento complexo.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 12
UNIDADE 1
Conforme quadro a seguir, basta substituir o que você identificar como for-
ças e fraquezas, oportunidades e ameaças, e a matriz estará pronta.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 13
UNIDADE 1
OPERAÇÕES DE SEGUROS 14
UNIDADE 1
■ Relatórios;
■ Sistemas de gestão.
— Planejamento Empresarial –
Exemplo de modelo simplificado
Para elaborar um planejamento simplificado, o mais importante é definir
muito bem quais são os seus objetivos.
Onde?
OPERAÇÕES DE SEGUROS 15
UNIDADE 1
O quê?
PASSO 2 – Descrição de um
planejamento tático simplificado
Como?
OPERAÇÕES DE SEGUROS 16
UNIDADE 1
■ insumos;
■ processo de criação ou transformação;
■ produtos ou serviços obtidos;
■ controles de garantia dos níveis de resultados.
Os insumos são os recursos a serem transformados em produtos ou servi-
ços, como as matérias-primas, para produzir bens e a necessidade de solu-
ções para produzir serviços. A partir daí, dentro das empresas, utilizam-se
a mão de obra, as máquinas e os equipamentos, as instalações, além dos
conhecimentos técnicos dos processos para produzir bens e do trabalho
intelectual para produzir serviços.
A FUNÇÃO OPERAÇÕES
Do ponto de vista de uma seguradora, podemos, de uma forma simplifica-
da, associar uma operação de seguro a uma contratação. Os produtos de
seguro dão origem às operações de seguro: quando um corretor, a partir
da identificação das necessidades de um cliente, indica a contratação de
um produto de seguro ofertado por uma companhia, cabe à sua área de
operações efetuar a configuração adequada do seguro a partir das defini-
ções e das regras daquele produto. O fechamento do negócio é marcado
pela apresentação da proposta de seguro pelo cliente e por seu aceite
pela companhia, resultando na assinatura do contrato de seguro.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 17
UNIDADE 1
C
B A
IDENTIFICA
FICA DEFINE
NE O FAZ A
SIDADES
NECESSIDADES PLANOO IDEAL COTAÇÃO
ENVIA
A GERA A CONTRATA
ARTES
ÀS PARTES CE
APÓLICE O SEGURO
OPERAÇÕES DE SEGUROS 18
UNIDADE 1
Por esse motivo, a área de operações pode ser organizada como uma dire-
toria em uma seguradora, enquanto em outra pode ser estruturada como
uma superintendência ou uma vice-presidência, por exemplo.
PROCESSOS E OPERAÇÕES
Saiba mais Podemos definir um processo como qualquer atividade ou grupo de ativi-
dades que transforma um ou mais insumos em produtos para seus clientes.
A expressão “cadeia de É importante lembrarmos que os clientes de um processo podem ser tanto
suprimentos” (supply chain), externos quanto internos à companhia.
com origem na indústria de
Do ponto de vista organizacional, os processos tendem a ser agrupados
produtos físicos, é utilizada
em operações. Uma operação é um grupo de recursos executando o todo
também no setor de serviços
ou a parte de um ou mais processos, os quais podem ser ligados para
para designar, de forma
formar uma cadeia de suprimentos, que é uma série inter-relacionada de
semelhante, a própria cadeia
processos, dentro de uma empresa e por meio das diferentes empresas
de fornecimento.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 19
UNIDADE 1
PROCESSOS E OPERAÇÕES
BIRÔ DE
CORRETOR INFORMAÇÕES
SEGURADORA
Pi
P1
PROCESSO OPERAÇÕES
P5 P2
P4 P3
Pj
CLIENTE
CADEIA DE SUPRIMENTO
Produz bem ou serviço
para um cliente
CADEIA DE VALOR
O conceito de cadeia de valor tem como base a visão de processos de
uma organização. Nessa abordagem, podemos perceber uma companhia
como um sistema composto por subsistemas, cada um com três proces-
sos principais – entrada, processamento e saída. Porter (1998) afirma que
o processo de criação de valor é uma série de atividades distintas que
incluem o projeto, a produção, o marketing, a entrega do produto ou ser-
viço e o atendimento pós-venda. Essas atividades possuem implicações
tanto de custo quanto de valor.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 20
UNIDADE 1
INFRAESTRUTURA DA COMPANHIA
MA
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
RG
EM
ATIVIDADES
DE SUPORTE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
COMPRAS
MA
RG
LOGÍSTICA LOGÍSTICA MARKETING
EM
ATIVIDADES OPERAÇÕES SERVIÇOS
PRIMÁRIAS DE ENTRADA DE SAÍDA & VENDAS
OPERAÇÕES DE SEGUROS 21
UNIDADE 1
Processos
Processos Processos de gestão e
primários de suporte de controle
OPERAÇÕES DE SEGUROS 22
UNIDADE 1
PROCESSOS DE SUPORTE
MA
ATIVIDADES
RG
DE SUPORTE
EM
PROCESSOS DE GESTÃO E CONTROLE
DESENVOLVIMENTO ACEITAÇÃO DE
E MANUTENÇÃO COSSEGURO
DE PRODUTOS
ATENDIMENTO
EM
ATIVIDADES AVISO, REGULAÇÃO
COTAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO E LIQUIDAÇÃO AO CLIENTE
RG
PRIMÁRIAS SEGUROS DE OPERAÇÕES DE SINISTROS
MA
CONTRATAÇÃO
ENDOSSOS
E EMISSÃO
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Deslocando o foco da nossa atenção para o ambiente em que uma segurado-
ra atua, podemos observar que ela depende de interações com fornecedo-
res, clientes e parceiros de negócio para obter os insumos de que necessita
para a prestação de seus serviços. Com essa perspectiva, percebemos que
existe uma rede formada pelas atividades realizadas por fornecedores de
insumos e por parceiros de negócios, as quais em conjunto com as atividades
desenvolvidas dentro da companhia possibilitam a prestação dos serviços
OPERAÇÕES DE SEGUROS 23
UNIDADE 1
CLIENTES
SSOS
PROCESSOS
CADEIA DE
C
NOS
INTERNOS SU
UPRIMENTOSS PARCEIROS
PARCE
ORA
SEGURADORA SE
EGURADORA A
FORNECEDORES
OPERAÇÕES DE SEGUROS 24
UNIDADE 1
SISTEMA DE VALOR
A abordagem da cadeia de valor pode ser utilizada no suporte à análise
do ambiente interno de uma seguradora, possibilitando a avaliação de
sua competitividade.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 25
UNIDADE 1
OPERAÇÕES DE SEGUROS 26
UNIDADE 1
PROCESSOS DE SUPORTE
MA
GER
M
PROCESSOS DE GESTÃO E CONTROLE CLIENTE
BIRÔ DE
INFORMAÇÕES
DESENVOLVIMENTO ACEITAÇÃO DE
E MANUTENÇÃO
DE PRODUTOS COSSEGURO
CORRETOR
ATENDIMENTO
M
AVISO, REGULAÇÃO
COTAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
GE
E LIQUIDAÇÃO AO CLIENTE
SEGUROS DE OPERAÇÕES
R
DE SINISTROS
MA
CONTRATAÇÃO
ENDOSSOS
E EMISSÃO
CENTRAL DE
VISTORIADOR PERITO
SERVIÇO 24H
CENTRAL
CENTRAL DE
SINDICANTE DE SERVIÇOS
ATENDIMENTO
COMPARTILHADOS
INDICADORES DE DESEMPENHO
DE OPERAÇÕES
A gestão de operações é feita com base em indicadores de desempenho.
Toda atividade desenvolvida deve ter alguma forma de medida de desem-
penho como um pré-requisito para sua melhoria.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 27
UNIDADE 1
— Qualidade
Está relacionada diretamente com a prestação de serviços livre de erros.
Isso significa entregar produtos que atendam às expectativas dos clientes.
Veja alguns exemplos de indicadores:
— Rapidez
Consiste na minimização do tempo entre o pedido do cliente e a efetiva
prestação do serviço demandado. Isso pode ser percebido nos exemplos
abaixo:
— Dependência
Está relacionada à prestação do serviço no momento acordado com o
cliente. Por exemplo, a apresentação da cotação de um seguro para uma
planta industrial em três dias, conforme compromisso assumido em suas
peças promocionais. É possível usar alguns indicadores como os listados
a seguir:
OPERAÇÕES DE SEGUROS 28
UNIDADE 1
— Flexibilidade
Diz respeito à capacidade de ajustar as atividades operacionais para lidar
com situações não esperadas ou para dar aos clientes tratamento individual.
Isso pode implicar mudanças no que é feito, como é feito ou quando é feito.
Por exemplo, a capacidade de atender às demandas trazidas pelo início da
distribuição de um produto de seguro por meio de uma rede varejista.
— Custo
Refere-se à entrega dos serviços a um custo que possibilita os produtos da
companhia terem preços competitivos no mercado e, ao mesmo tempo,
uma margem que dê um retorno adequado.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 29
UNIDADE 1
ESTABELECIMENTO DE METAS
Para utilizarmos efetivamente um sistema de indicadores-chave no
suporte à gestão é necessário que façamos comparações com as metas
definidas. Dessa forma, por exemplo, no caso de uma seguradora, pode-
mos avaliar a efetividade das atividades da área de operações que resul-
tam em um tempo médio para regulação de sinistros igual a 11,6 dias,
quando compararmos com a meta definida de um prazo máximo de 10
dias. Podemos efetuar a definição das metas de desempenho utilizando
diferentes abordagens adequadas às situações com que nos deparamos
nas companhias:
— Desempenho histórico
Neste caso, as metas são definidas a partir de valores observados como
médias, mínimos e máximos. Consideremos, como exemplo, a meta de
fechamento mínimo de 25% dos seguros empresariais cotados.
— Objetivos estratégicos
As metas são definidas para que sejam atingidos os objetivos definidos no
planejamento estratégico. Consideremos, como exemplo, a meta de início
das operações de novos produtos de seguro de vida em, no máximo, sete
dias após a apresentação das respectivas definições de produto.
— Objetivos concorrenciais
São metas definidas para que a companhia apresente desempenho igual
ou superior ao apresentado por concorrentes diretos ou por empresas que
são consideradas referência em desempenho. Por exemplo, apresentar
rentabilidade superior a uma corretora concorrente.
— Metas absolutas
São metas definidas com base em limites teoricamente máximos de
desempenho. É o caso, por exemplo, de definirmos como meta a entrega
ao cliente da apólice do seguro contratado em até dois dias úteis a partir
do recebimento da proposta na companhia.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 30
UNIDADE 1
BENCHMARKING
Podemos também balizar o desempenho da área de operações da nossa
Saiba mais companhia a partir do desempenho de alguma seguradora que conside-
remos referência, ou benchmarking, ainda que não a consideremos como
A expressão benchmarking concorrente direta. É interessante observarmos que podemos utilizar tam-
significa buscar referências bém exemplos de outras indústrias como referência (ou inspiração) para
no mercado em relação balizamento dos serviços prestados aos nossos clientes. É o caso, por
a processos, produtos, exemplo, da utilização da Abordagem Disney para Qualidade de Serviços.
práticas, serviços,
estratégias e a outros No caso da indústria de seguros, o benchmarking é baseado na constatação
aspectos que levem a um de que, na essência, as atividades primárias que devem ser desenvolvidas
maior nível de desempenho pelas seguradoras são semelhantes, uma vez que atuam com o mesmo foco
por quem realiza a pesquisa. de negócio e estão sujeitas às mesmas disposições regulatórias. Logo, é
É uma prática bastante possível que alguns dos desafios que enfrentamos na gestão das operações
comum em empresas de em nossas companhias já tenham sido endereçados naquela seguradora ou
diversos setores. ainda que ela possa ter desenvolvido uma maneira comparativamente
melhor que a nossa para realizar uma ou mais atividades específicas.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 31
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 1
(a) Rapidez.
(b) Dependência.
(c) Flexibilidade.
(d) Qualidade.
(e) Custo.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 32
PROCESSO PRIMÁRIO
02 UNIDADE 2
nas SEGURADORAS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Entender os processos primários realizados nas seguradoras,
compreendendo as características do produto de um seguro e
⊲ DESENVOLVIMENTO E
como elas se complementam. MANUTENÇÃO
DE PRODUTOS DE SEGUROS
⊲ COTAÇÃO DE SEGUROS
⊲ CONTRATAÇÃO E EMISSÃO
DA PROPOSTA
⊲ SUBSCRIÇÃO DE RISCOS
⊲ EMISSÃO DA APÓLICE
⊲ ENDOSSO
⊲ COBRANÇA DO PRÊMIO
⊲ ATENDIMENTO A CLIENTES
⊲ AVISO, REGULAÇÃO
E LIQUIDAÇÃO DE SINISTROS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
OPERAÇÕES DE SEGUROS 33
UNIDADE 2
DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO
DE PRODUTOS DE SEGUROS
O objetivo deste processo é a definição e a manutenção das característi-
cas técnicas, financeiras, comerciais e operacionais do produto de seguro.
FIN
AS A
IC
CN
NC
TÉ
EIR
AS
CARACTERÍSTICAS
AIS
ION
CO
C
RA
M
E ER
OP CIA
IS
OPERAÇÕES DE SEGUROS 34
UNIDADE 2
OPERAÇÕES DE SEGUROS 35
UNIDADE 2
■ geração de ideias;
■ definição de coberturas e taxas;
■ elaboração das notas técnicas e sua submissão à Superintendência
de Seguros Privados (Susep), previamente ao início da
comercialização dos produtos a que se referem;
■ acompanhamento do desempenho dos produtos e os ajustes neces-
Saiba mais sários ao seu aprimoramento;
OPERAÇÕES DE SEGUROS 36
UNIDADE 2
CONTRATAÇÃO E EMISSÃO
DA PROPOSTA
Trata-se de um processo conduzido com a intermediação do corretor, que
compreende:
OPERAÇÕES DE SEGUROS 37
UNIDADE 2
O cliente,
nte, por meio
nt
Seguradora analisa
de corretor,
retor, formaliza
O corretorr encaminha a proposta,
interesse
sse pela
proposta à seguradora considerando riscos
tação do
contratação
e regulamentação
seguroo
Seguradora emite
mite apólice
A seguradoraa decide
ou certificado para o aceite
se aceita ou recusa a
ou carta-recusaa em caso de
proposta
roposta
negação da proposta
OPERAÇÕES DE SEGUROS 38
UNIDADE 2
SUBSCRIÇÃO DE RISCOS
É o processo de análise de risco cuja cobertura é proposta para a segu-
radora, resultando em aceitação ou rejeição da transferência desse risco.
São atividades desse processo:
EMISSÃO DA APÓLICE
Após a tomada de decisão na subscrição, sobre a aceitação da transferên-
cia de risco, é comunicado ao corretor que deverá informar ao segurado
sobre a aceitação da proposta. Posteriormente ao processo de subscrição,
será emitida a apólice de seguros. Em algumas seguradoras, o proces-
so de subscrição e emissão da apólice acontecem na mesma área e em
outras podem acontecer em áreas diferentes.
ENDOSSO
As alterações nos contratos de seguro são realizadas por meio de propostas
apresentadas pelos clientes às companhias e com a intermediação do res-
pectivo corretor de seguro. Essas propostas, denominadas de pedidos de
endosso, são documentos formais, bastante semelhantes às propostas para
contratação abordadas anteriormente. Elas seguem trâmites similares inter-
namente às companhias, resultando também em manifestações formais:
OPERAÇÕES DE SEGUROS 39
UNIDADE 2
COBRANÇA DO PRÊMIO
Tal processo compreende todas as atividades relacionadas com a cobrança
e a devolução dos prêmios vinculados às operações de seguro e outras
providências relacionadas com a sua vigência, abrangendo:
ATENDIMENTO A CLIENTES
O atendimento a clientes compreende as atividades de administração dos
contatos com os clientes e beneficiários de seguros e a solução das ques-
tões por eles apresentadas. O contato pode ser feito por diferentes canais
– telefone, aplicativos instalados no celular, e-mail, correio ou outro meio que
possibilite a comunicação entre os clientes e beneficiários e a companhia.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 40
UNIDADE 2
AVISO, REGULAÇÃO
E LIQUIDAÇÃO DE SINISTROS
As ocorrências de eventos previstos nas operações de seguro podem
resultar em pagamentos de indenização por parte das companhias aos
clientes ou beneficiários. O processo de aviso, regulação e liquidação de
sinistros compreende as atividades do registro inicial das comunicações
de sinistro, a análise de eventos e das perdas notificadas à luz dos res-
pectivos contratos de seguro, a avaliação das perdas, a determinação dos
valores para indenização, a investigação de possíveis indícios de fraude, a
liquidação das indenizações e a recuperação de perdas. Podemos resumir
esse processo na figura abaixo.
Seguradora faz
Analisa eventos e
o registro inicial Define valor
perdas com base
das comunicações da indenização
no contrato
de sinistro
OPERAÇÕES DE SEGUROS 41
UNIDADE 2
OPERAÇÕES DE SEGUROS 42
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 2
(a) Regulação.
(b) Inspeção.
(c) Liquidação.
(d) Aviso.
(e) Apuração.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 43
OPERAÇÕES nas
CORRETORAS de SEGUROS
03 UNIDADE 3
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer o procedimento ■ Compreender quais
de cadastro e início das são os parâmetros para
⊲ OPERAÇÕES NO ÂMBITO
operações de seguro, escolher as seguradoras DAS CORRETORAS DE
entendendo como os com que trabalhar, SEGUROS
negócios de seguros considerando situações
chegam às seguradoras ou práticas do ramo de ⊲ PRIMEIROS PASSOS
operadoras; seguros.
⊲ PROCESSOS CRÍTICOS
NA OPERAÇÃO DE UMA
CORRETORA DE SEGURO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
OPERAÇÕES DE SEGUROS 44
UNIDADE 3
Cada uma das áreas internas de uma corretora de seguros tem funções
distintas, mas dependendo do porte da corretora de seguros, todas elas
podem ser executadas apenas pelo corretor, o qual tendo sucesso, mais
cedo ou mais tarde, necessitará de outras pessoas para assumir algumas
tarefas, a fim de que sua empresa possa angariar mais clientes e, conse-
quentemente, crescer.
OPERAÇÕES NO ÂMBITO
DAS CORRETORAS DE SEGUROS
A operação de uma corretora de seguros é relativamente simples em ter-
mos de quantidade e complexidade de processos, mas isso não significa
que não seja trabalhosa. Dividiremos a operação em três etapas:
OPERAÇÕES DE SEGUROS 45
UNIDADE 3
■ Captar clientes.
■ Entender as necessidades de transferência de riscos dos clientes.
■ Dirimir as eventuais dúvidas dos clientes.
■ Apresentar aos clientes as propostas de seguro e colher assinatura.
■ Prestar informações necessárias às seguradoras para o processo
de subscrição de riscos, fazendo contato com o cliente sempre
que necessário.
■ Realizar o atendimento dos clientes, informando como proceder
em caso de sinistros.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 46
UNIDADE 3
OPERAÇÕES DE SEGUROS 47
UNIDADE 3
PRIMEIROS PASSOS
— Cadastro na Susep
Após a obtenção do certificado da Escola de Negócios e Seguros, é neces-
sário solicitar o cadastro de corretor Pessoa Física na SUSEP, conforme
consta na Circular nº 510/2015. O processo pode ser feito diretamente no
site da SUSEP, onde é possível consultar o Manual de Registro de Corretor.
Nele, você encontrará um passo a passo para se cadastrar.
Saiba mais A SUSEP realizará a análise do requerimento e poderá ainda fazer algumas
exigências para completar as informações, mas, em não havendo pendên-
cias, será concedido o registro para o exercício da atividade de corretagem
O Manual de Registro de
de seguros. O registro de corretor de seguros será comprovado por meio
Corretor está disponível em:
de certidão extraída do Portal da Susep na Internet.
https://bit.ly/3jpJ7fm
OPERAÇÕES DE SEGUROS 48
UNIDADE 3
OPÇÕES DISPONÍVEIS
PESSOA PESSOA
FÍSICA JURÍDICA
O problema é que se, como foi dito, o corretor vier a trabalhar com várias
seguradoras, deverá fazer contas ao final do mês e ainda poderá incorrer
OPERAÇÕES DE SEGUROS 49
UNIDADE 3
OPERAÇÕES DE SEGUROS 50
UNIDADE 3
Saiba mais
O detalhamento da legislação pertinente e das exigências legais relativas especifica-
mente às corretoras de seguros pode ser conferida no Portal da Susep na Internet.
A legislação básica aplicável é a seguinte:
■ Lei 4.594/1964 – https://bit.ly/2IYRgWP.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 51
UNIDADE 3
Há ainda uma série de restrições legais que deve ser observada quanto a
quem pode ou não atuar como corretor de seguros.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 52
UNIDADE 3
Importante
Regime de Tributação: Lucro Real × Lucro Presumido × Simples
Hoje, a menor alíquota de impostos é praticada pela tabela do Simples Nacional. Porém,
nem todos conseguem se enquadrar nessa categoria devido a questões como a par-
ticipação em outras empresas. Esse é um aspecto sobre o qual vale a pena entrar em
detalhes com seu contador para as devidas orientações quanto às obrigações fiscais.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 53
UNIDADE 3
Muitos (quase a maioria) fazem isso por não terem dedicado tempo ao
planejamento prévio e à construção de um plano de negócios que lhes
permitisse entender o que querem vender, a partir da análise do mercado-
alvo e do público-alvo que querem efetivamente explorar.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 54
UNIDADE 3
■ Flexibilidade operacional.
■ Portal amistoso (fácil de operar).
■ Velocidade na liquidação de sinistros.
■ Disponibilidade e qualidade das informações.
■ Premiações.
Cada um desses itens deve ser ponderado pelos corretores de seguros, de
forma que possam fazer juízo de valor e, a partir daí, escolherem quais são
os melhores parceiros de negócio para cumprir suas próprias estratégias.
PROCESSOS CRÍTICOS
NA OPERAÇÃO DE UMA
CORRETORA DE SEGUROS
Após descrevermos as decisões iniciais necessárias para constituição da
corretora, falaremos sobre os processos críticos na operação do negócio.
Nosso foco será em atividades da área técnica de uma corretora de segu-
ros, já citada anteriormente nesta unidade.
Vale lembrar que todas essas operações estão espelhadas nas operações
das seguradoras.
a. Cotação de seguros
Quando efetua a cotação, cada seguradora tem seu sistema. Por isso, o
processo de cotação de um mesmo item precisa ser efetuado diversas
vezes, tantas quantas forem as seguradoras escolhidas pela corretora.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 55
UNIDADE 3
OPERAÇÕES DE SEGUROS 56
UNIDADE 3
Importante
A partir de janeiro de 2021, passou a vigorar a Resolução CNSP 382/20, que dispõe
princípios a serem observados nas práticas de conduta adotadas pelas sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência
complementar, bem como intermediários de produtos de seguros, de capitalização e de
previdência complementar aberta. Tais princípios se referem ao relacionamento com o
cliente ao longo do ciclo de vida dos produtos por eles comercializados, intermediados
ou distribuídos, bem como sobre o uso do cliente oculto na atividade de supervisão.
As sociedades, as entidades e os intermediários citados devem conduzir suas
atividades e operações ao longo do ciclo de vida do produto, no âmbito de suas
respectivas competências, observando princípios de ética, responsabilidade,
transparência, diligência, lealdade, probidade, honestidade, boa-fé objetiva, livre
iniciativa e livre concorrência, de forma promover o tratamento adequado do cliente e o
fortalecimento da confiança no sistema de seguros privados.
Vale destacar o Art. 4º, § 1º, que prevê que o relacionamento o ente supervisionado e
o intermediário não deve prejudicar o tratamento adequado do cliente, devendo ficar
claro para os clientes qualquer conflito de interesses decorrente desta relação.
Antes da aquisição de produto de seguro, de capitalização ou de previdência
complementar aberta, o intermediário deve disponibilizar formalmente ao cliente, no
mínimo, informações sobre:
I. qualquer participação, direta ou indireta, igual ou superior a 10% nos direitos de voto
ou no capital que detenha em um ente supervisionado;
II. qualquer participação, direta ou indireta, igual ou superior a 10% nos seus direitos
de voto ou no seu capital detida por um ente supervisionado ou pelo controlador
de um ente supervisionado;
III. a existência de alguma obrigação contratual para atuar como intermediário de pro-
dutos de seguros, de capitalização ou de previdência complementar aberta com
exclusividade para um ou mais entes supervisionados, informando os respectivos
nomes ou os nomes dos entes supervisionados para os quais atua como interme-
diário, caso não haja contrato de exclusividade;
IV. o montante de sua remuneração pela intermediação do contrato, acompanhado dos
respectivos valores de prêmio comercial ou contribuição do contrato a ser celebrado.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 57
UNIDADE 3
— Endosso
A intermediação do corretor acontece de forma semelhante ao observado
nos processos de cotação, contratação e emissão.
— Aviso de sinistros
Mesmo podendo ser comunicados diretamente à seguradora pelo
beneficiário, este processo é uma etapa interessante para o corretor
de seguro atuar, com o objetivo de possibilitar que o cliente perceba
o s eguro como algo tangível. Então, mesmo que o cliente não recorra,
o corretor pode se prontificar prestando seu apoio em caso de alguma
dificuldade junto à seguradora.
— Assistência 24h
Embora o serviço, na maioria das vezes, seja prestado por uma empresa
terceirizada da seguradora, o corretor, normalmente, é avisado da solici-
tação. Muitas vezes, o cliente liga para o corretor porque não sabe como
acionar o serviço. Colocar-se à disposição do cliente ajuda a valorizar o
serviço prestado pelo corretor de seguros.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 58
UNIDADE 3
— Administração de operações
A administração de operações compreende todas as atividades relacio-
nadas com a cobrança dos prêmios vinculados às operações de seguro e
pode demandar bastante tempo operacional da corretora.
Saiba mais O pagamento do prêmio do seguro pode ser feito de três formas, basica-
mente: boleto bancário, débito automático e cartão de crédito, podendo o
Atualmente, os bancos
pagamento ser à vista ou parcelado. O controle da inadimplência é feito
exigem autorização prévia
pela seguradora, que efetua a comunicação ao cliente e ao corretor de
do cliente para débito
seguros. Essa comunicação é materializada com um documento formal e
automático. Isso tem causado
representa um procedimento prévio ao cancelamento do seguro por falta
um aumento de casos de
de pagamento, caso a condição persista.
parcelas não debitadas
e, consequentemente, Portanto, a atuação da corretora no sentido de manter os dados cadas-
descontentamento dos trais dos clientes atualizados é importante. Muitas vezes, o corretor tem de
clientes. atuar para gerar uma segunda via de pagamento.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 59
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 3
OPERAÇÕES DE SEGUROS 60
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO
Reclamação de um Segurado quanto à Prestação de Serviço
OPERAÇÕES DE SEGUROS 61
GABARITO
GABARITO
Fixando Conceitos
Estudos de Caso
Ao cadastrar o veículo com a placa errada, o corretor cometeu um erro
que, aliás, é bastante comum.
As operações de serviços, como foi visto nesta apostila, devem ser plane-
jadas e executadas com muito cuidado para que se garanta a satisfação
dos clientes.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração da produção e
operações. São Paulo: Atlas, 2011.
Apostilas e manuais
Apostila Operações de Seguros ENS: 2018.
OPERAÇÕES DE SEGUROS 63