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E MARCAS SUSTENTÁVEIS
Professor: Edson Seiti Miyata
GESTÃO DE PRODUTOS E MARCAS SUSTENTÁVEIS 1
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 7
EMENTAS 8
AULA 1: MARKETING 3.0 8
AULA 2: RESPONSABILIDADE SOCIAL 8
AULA 3: GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE 8
AULA 4: DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS 8
AULA 5: GESTÃO DE PRODUTOS 8
AULA 6: ECODESIGN – PRODUTOS SUSTENTÁVEIS 9
AULA 7: BRANDING DE SUSTENTABILIDADE 9
AULA 8: POSICIONAMENTO, EMBALAGEM E ROTULAGEM 9
INTRODUÇÃO 10
CONTEÚDO 11
INTRODUÇÃO 11
MARKETING 1.0: A VISÃO CLÁSSICA 12
MARKETING 2.0: O CLIENTE NO CENTRO 13
MARKETING 3.0: HUMANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 16
OS 3 CS DO MARKETING 3.0 18
FINALIZANDO 20
ATIVIDADE PROPOSTA 21
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 21
APRENDA MAIS 23
REFERÊNCIAS 23
INTRODUÇÃO 24
CONTEÚDO 25
INTRODUÇÃO 25
AS ORIGENS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 26
CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 30
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 31
AS DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE: O MODELO DE SACHS 32
APRESENTAÇÃO 37
CONTEÚDO 38
INTRODUÇÃO 38
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE E POSTURA COLABORATIVA 39
COCRIAÇÃO DE VALOR E DE PRODUTOS 41
CONSUMO COLABORATIVO 44
ATIVIDADE PROPOSTA 49
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 49
APRENDA MAIS 50
REFERÊNCIAS 50
INTRODUÇÃO 53
CONTEÚDO 54
INTRODUÇÃO 54
O QUE É UM PRODUTO? 55
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (PDP) 56
CLASSIFICAÇÃO DOS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 59
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS (DPS) 60
O MODELO TRIPLE BOTTOM LINE 62
ATIVIDADE PROPOSTA 65
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 65
APRENDA MAIS 66
REFERÊNCIAS 66
INTRODUÇÃO 68
INTRODUÇÃO 83
CONTEÚDO 84
INTRODUÇÃO 84
ECOLOGIA INDUSTRIAL 85
O CONCEITO DE ECODESIGN 88
ETAPAS DE UM PROJETO DE ECODESIGN 90
ATIVIDADE PROPOSTA 96
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 96
APRENDA MAIS 97
REFERÊNCIAS 97
INTRODUÇÃO 99
CONTEÚDO 100
INTRODUÇÃO 100
MARCA 101
BRAND EQUITY 105
BRANDING 106
BRANDING DE SUSTENTABILIDADE 107
INTRODUÇÃO 113
CONTEÚDO 113
INTRODUÇÃO 113
POSICIONAMENTO COMPETITIVO 114
POSICIONAMENTO COMPETITIVO SUSTENTÁVEL 116
EMBALAGEM 117
EMBALAGEM SUSTENTÁVEL 119
ROTULAGEM 122
ROTULAGEM AMBIENTAL 123
ATIVIDADES 127
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 127
APRENDA MAIS 128
REFERÊNCIAS 128
BIBLIOGRAFIA 130
Durante a segunda metade do século XX, impulsionados por notícias alarmantes sobre
fenômenos como o aquecimento global, a intensificação de ocorrências climáticas
extremas e a escassez da água, esses temas emergiram definitivamente na agenda global.
Diante desse cenário, a pressão social por mudanças cresceu absurdamente. Aos poucos,
os consumidores passaram a demandar produtos – tanto bens quanto serviços – que
estivessem em conformidade com a lógica do termo SUSTENTABILIDADE. A atividade de
marketing foi uma das principais ações afetadas por esse novo padrão de pensamento.
Para atender a esses desafios tão presentes em nosso cotidiano, esta disciplina ressalta a
necessidade de estimular as organizações bem como os consumidores a agirem com mais
responsabilidade socioambiental, assumindo esse novo posicionamento em favor do
desenvolvimento sustentável.
Introdução
“Se negligenciarmos a sustentabilidade, voltaremos à era de escassez. Se não fizermos o
Observe como esta citação de Kotler vai ao encontro de uma das mais prementes
de vida no planeta. Você certamente já leu, assistiu ou escutou temas como a escassez de
O meio corporativo tem sido pressionado para assumir uma posição mais ativa e mais
responsável nestas questões. E é neste contexto que emerge uma nova filosofia de
marketing capaz de abarcar estas demandas: é o Marketing 3.0, que será focalizado nesta
Objetivos:
Introdução
Em algum momento, você já refletiu sobre seu comportamento como consumidor há uma
década? Para quem está na casa dos 40 anos de idade ou mais, proponho a mesma
reflexão considerando um passado mais distante, de 20 anos atrás ou mais. Será que sua
forma de se relacionar com produtos, marcas e empresas mudou? Será que as empresas
Desde seu início, nos idos da década de 1950, quando foram publicados os primeiros
dois grandes blocos oponentes entre si, o marketing avançou em largos passos.
produtivos mundo afora. O principal motor destas transformações tem sido o stakeholder
Hoje, qualquer profissional ou autor de marketing professará com segurança que o cliente
é o centro de qualquer negócio. Provavelmente, você pensará (com razão) que este tipo
gestão empresarial. Porém, por incrível que pareça, a história nem sempre foi assim.
disciplina.
compreender os clientes que comprarão este produto. Tente imaginar, por exemplo, uma
montadora que fabrique e venda apenas um modelo de carro e em uma única cor. Como
produto e a orientação para vendas. Essas orientações não devem ser entendidas como
custos e distribuição massificada (KOTLER; KELLER, 2012). Hoje, a China pode ser
apontada como um exemplo de mercado no qual esta orientação é visível, pois os custos
alto desempenho é uma opção estratégica promissora. Por outro lado, a empresa deve
ficar atenta para não focar excessivamente no produto em detrimento da sua relação com
o cliente, assim como em detrimento das variáveis que cercam este produto (tais como
persuasivas para transacionar produtos. É comum que o cliente seja abordado de forma
invasiva e que o vendedor aja com impetuosidade. Este tipo de ação é de alto risco, pois o
Esta visão clássica do marketing, por meio das três orientações aqui explicadas, está
focalizada em gerar demanda para os produtos de uma empresa. Observe que tanto no
aspecto teórico quanto na aplicação prática, esta visão clássica está fortemente
sustentada no histórico modelo dos quatro Ps criado por Jerome McCarthy na década de
empresas precisaram olhar para fora dos seus muros, o que propiciou uma nova filosofia
Mas, você provavelmente poderá fazer o seguinte questionamento: o que fez as empresas
mudarem sua perspectiva, ou seja, deslocar seu foco do produto para o cliente?
Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010), os seguintes fatos históricos propiciaram esta
economia ocidental;
• a emergência de uma nova economia pujante nos países asiáticos, com especial
novos mercados;
tornarem mais eficientes e mais competitivas para conquistar consumidores mais seletivos
em suas escolhas;
Este quadro fomentou a criação de um novo paradigma que cunhou a era do Marketing
2.0: o foco nas necessidades do cliente. Isso representou uma mudança na lógica dos
negócios: em vez de encontrar os clientes certos para um produto, a ordem agora é criar
produtos para seus clientes. Esta foi outra virada dramática na relação entre empresas e
revista on-line Exame (Editora Abril) analisou casos recentes deste fenômeno. Você
poderá observar na prática como a lógica da customização está fortemente presente nas
certos para o cliente e customização, entre outras) são adotadas tanto por empresas que
fabricam bens quanto por aquelas que produzem serviços. Vamos analisar o trecho desta
outra matéria intitulada “Google lança serviço de busca com resultados personalizados”,
A função "Search plus Your World" (busque mais seu mundo, em uma tradução
literal) foi apresentada como uma mudança importante pelo site líder no serviço de
buscas na internet.
‘Há uma enorme quantidade de conteúdo na web hoje em dia mas, em certo
momento, este conteúdo não tem nome, nem rosto’, disse à AFP Ben Gomes, do
Google.
‘O conteúdo mais relevante é das pessoas que a gente conhece, razão pela qual
estamos introduzindo as buscas em seu mundo pessoal’, acrescentou.
As pessoas com contas no Google poderão fazer com que o motor de busca inclua
nos resultados conteúdo aprovado por elas para ser compartilhado com amigos no
Google+ ou no Picasa. (EXAME.COM. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/google-lanca-servico-de-busca-
com-resultados-personalizados?page=1>).
para se mostraram insuficientes em uma sociedade cada vez mais crítica e mais cética. E
seguir.
pensamento one to one (um a um), segundo o qual as empresas devem se relacionar com
globais.
consumidor do século XXI, cada vez mais crítico e mais enérgico, reivindica das empresas
uma postura mais ativa e mais responsável com relação às questões sociais e ambientais.
na história da humanidade.
Índia, China e África do Sul), o que tem deslocado investimentos para estes mercados,
Vamos observar na prática como estes fatos têm desenhado o novo consumidor do século
XXI. O seguinte trecho da matéria intitulada “Novo consumidor prestigia ética e exige
reinvenção do varejo, diz estudo”, da publicação da revista on-line Exame (Editora Abril),
Será que você se reconhece neste cenário? Pense, por exemplo, se você já exigiu de
alguma empresa uma resposta rápida e transparente a alguma solicitação. Por mais
corriqueiro que isto pareça ser, ao reivindicar seu direito de ser bem atendido você
É curioso observar que este novo marketing, alcunhado por Kotler, Kartajaya e Setiawan
Os 3 Cs do Marketing 3.0
Imagine-se no lugar de um profissional de marketing que foi desafiado a aplicar o
conceito de Marketing 3.0 em seu negócio. É possível que seu primeiro questionamento
seja este: “por onde devo começar?” O conhecimento dos 3 Cs do Marketing 3.0 será um
Cocriação – a criação de produtos não deve ser uma atividade isolada dentro da
monitorada pela empresa. Ela não deve ser uma ação pontual, e sim uma diretriz cultural
e estratégica do negócio.
<http://www.coletivoverde.com.br/cocriacao>.
meio das redes sociais, nas quais os consumidores se agrupam e interagem uns com os
e aspirações.
Para uma empresa mergulhada no Marketing 3.0, estas comunidades são fundamentais
para o negócio. Quanto mais a empresa se aproximar e apoiar estas comunidades, maior
marca e o produto.
Marketing 3.0 a empresa deve definir o DNA de sua marca por meio de uma identidade
única e diferenciada. Este DNA deve estar apoiado no princípio de que a empresa vende
Considere alguns dos valores que apresentamos até agora: bem-estar, colaboração,
pense em construir uma relação destes valores com os diferenciais da experiência que seu
promessa funcional básica do seu produto. Estabeleça uma forte relação entre um valor
do Marketing 3.0 e um valor do seu produto e/ou da sua empresa e/ou da sua marca.
Finalizando
Convidamos você a refletir sobre as oito características levantadas por Kotler entre as
empresas mais admiradas do mundo. Esta lista foi publicada na HSM On-line.
7. A cultura corporativa é seu maior ativo e sua principal fonte é a vantagem competitiva.
Pare saber mais: "Kotler: uma visão humanizada do marketing e dos negócios". HSM On-
marketing-e-dos-negocios>.
Estas oito características estão em conformidade com o conceito de Marketing 3.0? O que
estar mais próximas de seus clientes, trabalhando de maneira unida com eles, pois os
Fonte: Philip Kotler propõe às empresas o conceito do marketing 3.0. Exame. São Paulo:
defendido por Kotler na citação acima, é um claro sinal desta postura. Coloque-se no lugar
Exercícios de fixação
Questão 1: A clássica visão dos 4 Ps de Jerome McCarthy está fundamentada na
seguinte filosofia:
de venda.
venda.
ponto de venda.
ponto de venda.
venda.
economia ocidental.
b) ( ) A emergência de uma nova economia pujante nos países asiáticos, com especial
novos mercados.
tornarem mais eficientes e mais competitivas para conquistar consumidores mais seletivos
em suas escolhas.
Aprenda mais
Assista ao vídeo com a matéria jornalística sobre o conceito de pegada ecológica, do
vídeos.
Referências
HSM ON-LINE. Kotler: Uma visão humanizada do marketing e dos negócios. HSM
<http://www.hsm.com.br/artigos/kotler-uma-visao-humanizada-do-marketing-e-dos-
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de M ark eting . São Paulo: Pearson, 2012.
<https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/OC/article/view/2989>.
Introdução
“Em um futuro próximo, apenas as empresas que determinarem a sustentabilidade como
PRAHALAD e RANGASWAMI).
O crescimento econômico tem sido, historicamente, a mais importante pauta das nações.
A lógica do enriquecimento atinge tanto a esfera coletiva quanto a individual. Porém, hoje
qualquer custo”.
Crescer e enriquecer trazem efeitos colaterais, tais como a exploração descontrolada dos
recursos naturais, a geração excessiva de lixo e a criação de uma cultura que prioriza o ter
Este cenário tem estimulado a sociedade a cobrar uma postura dos governos e das
empresas no sentido de tratar estes assuntos com maior senso de urgência. Aos poucos,
uma nova lógica tem conquistado força e voz: a lógica da responsabilidade social e do
Objetivos:
Conteúdo
Introdução
Em alguma ocasião você já se perguntou sobre as consequências das ações que você
executa em seu cotidiano? Podemos pensar em uma ação banal e corriqueira, como
manter a torneira aberta enquanto você escova os dentes. Também podemos pensar em
uma ação mais complexa, como decidir entre demitir ou não demitir um funcionário que
Em ambos os casos, independente do grau de complexidade, sua decisão vai criar impacto
sobre outras pessoas. Se você mantiver sua torneira aberta todos os dias enquanto escova
os dentes, quantos litros de água você desperdiçará ao final de um mês? Esta água, se
racional desse recurso que, segundo os analistas, ficará cada vez mais escasso.
Sobre demitir ou não um funcionário, imagine o impacto que esta demissão causará na
vida deste funcionário. Por outro lado, se o motivo da demissão for bem justificado, quais
Como estes exemplos se relacionam com o tema desta aula? Assim como suas decisões
geram impacto na sua vida e na vida de outras pessoas, falar sobre responsabilidade
social e sustentabilidade é também questionar o quanto sua empresa está consciente dos
impactos que as atividades do seu negócio causam sobre as pessoas. Considere também
os impactos que uma empresa causa sobre o ambiente natural no qual ela está inserida e
responsabilidade social e sustentabilidade são conceitos por meio dos quais as empresas
poderão cumprir sua parte neste processo da conquista do bem-estar coletivo. Logo,
filantropia. Esta associação ocorre, muitas vezes, por causa das aplicações equivocadas
Archie Carroll que, em 1979, escreveu um famoso artigo no qual apresentou a conhecida
Figura 2.1
Observe como esta pirâmide ressalta, no topo, a presença da filantropia. Anos mais tarde,
o próprio Carroll reviu este modelo teórico e realizou a seguinte autocrítica: da forma
como se apresentava, aquela pirâmide sugeria uma relação hierárquica entre as quatro
responsabilidades, como se a base fosse menos importante do que o topo. Além disso,
Carroll também observou que aquela pirâmide sugeria a filantropia como a “mais
legal.
Fonte: adaptado de Barbieri; Cajazeira (2012), sobre original de Schwartz; Carroll (2003)
Segundo Barbieri e Cajazeira (2012), estes três domínios podem ser entendidos da
seguinte forma:
Domínio econômico – envolve atividades que geram impacto econômico favorável para a
empresa. Estes impactos podem ser diretos (incremento de vendas e prevenção de ações
funcionários).
Domínio legal – São as “respostas dadas pela empresa com relação às normas e princípios
legais” (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2012, p. 57). Neste domínio, a empresa deve zelar
transparente e a conduta ética com seus diversos stakeholders. Em palavras mais simples,
Este novo modelo proposto por Carroll propicia que uma empresa dê mais ênfase a um
Figura 2.3
CARROLL (2003)
Por outro lado, o ideal é que a empresa adote o seguinte perfil de responsabilidade social,
Figura 2.4
CARROLL (2003)
vamos nos concentrar nas duas seguintes contribuições, citadas por Barbieri e Cajazeira
(2012):
Instituto Ethos – “[...] é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente
da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento
Por meio destas definições, você já deve ter observado a forte presença do termo
desenvolvimento sustentável, o que nos leva a inferir que estes dois termos –
Apesar de muitos pensarem que este termo é muito recente, as raízes de sua filosofia já
preservacionista.
Nos Estados Unidos, por exemplo, “o Parque Nacional de Yellowstone [...] é considerado a
Mais à frente, já na década de 1970 em diante, a Organização das Nações Unidas (ONU)
promoveu diversos eventos nos quais o tema principal foi a crise socioambiental
descontrolada.
a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente de Desenvolvimento (1992), sendo
esta última sediada na cidade do Rio de Janeiro e mais conhecida como Eco 92.
naturais e humanos.
membros da geração atual com foco nas necessidades atuais, e o intergeracional, que é o
pacto realizado pelos membros da geração atual com foco na manutenção dos recursos
Além dos pactos geracionais, existe também a necessidade do pacto internacional, no qual
los em sua empresa, é provável que uma certa sensação de insegurança viesse à sua
Para facilitar esta tarefa, Barbieri e Cajazeira (2012) citam o modelo proposto pelo autor
dimensões:
Você estudou que uma empresa socialmente responsável deve ter clareza dos impactos
que seu negócio causa à sociedade e ao meio ambiente. Esta mesma empresa, para
seguir o conceito de desenvolvimento sustentável, deve produzir bens e/ou serviços por
meio da utilização racional e cuidadosa dos recursos naturais e humanos, de forma que
Logo, uma empresa sustentável é aquela que observa e segue as boas práticas de
responsáveis e engajadas com o desenvolvimento sustentável são aquelas que atuam sob
Você se lembra dos princípios gerais do Marketing 3.0 que estudamos na aula anterior?
estar coletivo estão ali, fortemente presentes. O Marketing 3.0 representa mais uma etapa
Uma empresa sustentável não deve estar focalizada na produção, nem no produto, nem
na venda, nem na satisfação individual do cliente. Uma empresa sustentável deve estar
focalizada no bem-estar coletivo, nas boas práticas (em suas diversas dimensões) e na
Para finalizar esta aula, convido você a ler o seguinte trecho da matéria “Façam o que
Atividade proposta
No site da empresa Ypê, visite o link “Sustentabilidade” no endereço
(ambiental, social ou econômico) ali citados e explicados. Em seguida, explique como este
Exercícios de fixação
Questão 1: A pirâmide da responsabilidade de Carroll (1979) possui as seguintes
características:
economia.
economia.
a) ( ) A dimensão social.
b) ( ) A dimensão econômica.
c) ( ) A dimensão ecológica.
d) ( ) A dimensão regulatória.
e) ( ) A dimensão espacial.
Saiba mais
Assista à matéria jornalística sobre as ações de responsabilidade social da
Referências
BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade social empresarial e
<http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg5/anais/T8_0164_0780.p
driver of innovation. Harvard Business Review. [S.I.] Harvard Business Review, 2009.
Apresentação
“As inovações são orientadas mais pelas mudanças de comportamento do que pelas
para cima do que de cima para baixo” (FRANÇOIS JEGOU; EZIO MANZINI).
não está mais restrita às empresas e ao Governo. O papel dos consumidores tem sido
gradativamente enfatizado, pois são estes os atores que, na ponta da cadeia de valor,
Neste sentido, há dois conceitos fundamentais para se compreender este novo contexto: a
aula.
Objetivos:
Conteúdo
Introdução
Você certamente já leu sobre os impactos socioambientais causados pelo crescimento
foi publicada uma matéria no O Globo On-line que fazia o seguinte alerta:
consumo, vivemos hoje uma encruzilhada: como crescer e ser sustentável ao mesmo
tempo? Em uma era na qual predomina a cultura do descarte (inclusive para bens de
maior valor agregado, tais como eletrônicos), as empresas precisam se confrontar com o
Não são apenas as empresas que precisam ficar mais responsáveis e mais conscientes de
estar alinhada com este novo paradigma da sustentabilidade, por outro lado os
não faz mais sentido que os atores envolvidos neste processo ajam de forma isolada. É
preciso qualificar e intensificar o elo entre empresas e stakeholders, criando uma postura
organizações.
(2012), que propõe o uso do termo gestão da sustentabilidade. Vamos analisar sua
definição:
Observe que o termo gestão da sustentabilidade, conforme sugerido pelo autor, consegue
desenvolvimento sustentável.
Agora, preste atenção à última sentença desta definição que destaca “a integração da
empresa com a sociedade”. Esta é uma questão fundamental para tudo que será discutido
nesta aula, pois esta integração empresa/sociedade sinaliza que tanto as empresas quanto
O seguinte gráfico pode nos ajudar a visualizar de forma mais clara este pensamento:
Figura 3.1
benefícios sociais? Por outro lado, se este pensamento for objeto de uma reflexão mais
profunda, podemos inferir que empresas e stakeholders fazem parte, em última instância,
consumo.
Diante destes desafios, vamos nos aprofundar em dois novos paradigmas que são
perspectiva.
concepção, é a empresa quem analisa e define os valores que devem ser entregues ao
cliente. Se por um lado o cliente é pesquisado e escutado, por outro lado ele raramente
destacar:
informações;
• a postura mais ativa e mais consciente dos consumidores quanto aos seus direitos;
sustentabilidade.
atuar conjuntamente, a fim de definir o produto e seus respectivos valores, de forma que
Em termos práticos, como o conceito de cocriação pode ser aplicado nas empresas?
transparência .
Isso significa ir além de ouvir o cliente, pois será preciso criar uma relação na qual
propriedade. O que está em jogo não é mais a posse de um produto (seja bem ou
serviço), mas sim o acesso às experiências que este produto propiciará ao cliente. Por
exemplo, para utilizar um carro não será mais necessário comprá-lo. Alugar ou usar de
forma compartilhada serão as alternativas para que o cliente tenha acesso ao produto e,
O risco-benefício é um fator que será avaliado com mais cuidado pelo cliente. Se o
produto será um resultado de cocriação entre empresa e cliente, logo ambos deverão
grau de responsabilidade com relação a estes possíveis riscos. Por outro lado, a
cocriação estimulará que os ganhos sejam mais equilibrados para as partes envolvidas.
Por fim, a transparência irá favorecer a construção de uma relação de maior confiança
e de maior compromisso entre empresa e cliente. A relação tende a ser mais aberta e
mais colaborativa.
passa a ser compreendido como um grande fórum de cocriação, e não mais apenas como
target a ser atingido. Dentre as várias implicações deste novo cenário, podemos destacar:
rigidamente definidos;
consumidores.
Consumo colaborativo
Na discussão sobre a gestão da sustentabilidade, tradicionalmente a maior carga de
também devem assumir uma postura mais ativa e devem assumir responsabilidades nesta
Agora o foco será à ponta deste processo: o consumo. Será nesta etapa que o papel do
considerar que “os indivíduos, enquanto consumidores, também devem reestruturar suas
formas de pensamento para uma melhor atuação na sociedade, ou seja, deve-se assumir
direcionar totalmente para essa nova maneira de atuação.” (SILVA et al., 2012).
recursos naturais (dentre os quais se destaca a água potável), a poluição derivada das
energias não limpas, a degradação das condições de vida em países pobres, a ocupação
dos fatos que abriram olhos, ouvidos e corações dos consumidores. Por sua vez, as
empresas também têm se sensibilizado com estas questões, seja por iniciativa própria ou
Torna-se cada vez mais urgente a revisão do nosso comportamento de consumo. Para se
ter uma ideia do impacto das nossas decisões de consumo para a sustentabilidade, reflita
consumidor paga pela utilização deste por um tempo predeterminado, sem a necessidade
como tempo, espaço, habilidades e dinheiro” (MAUREN et al, 2012). Dentre as ações mais
Apesar de ser um conceito ousado e inovador, o consumo colaborativo ainda pode ser
visto com ressalvas por boa parte dos consumidores. Como barreiras a serem superadas
• o sentimento de apego que os consumidores têm com seus bens, inclusive por
questões afetivas;
detrimento do ser;
se cadastra neste serviço no qual as roupas são lavadas e passadas por famílias que
prestam o serviço em sua própria casa e com seu próprio equipamento doméstico. O
fim de preparar entre 3 ou 4 porções extras além do que será servido à família. Estas
estudantes e idosos.
Fonte: JEGOU, F.; MANZINI, E. (Coord.) Collaborative services: social innovation and
Após realizar o cadastro, a mãe entrega as roupas de seu filho e, em troca, leva uma
caixa com roupas já usadas por outras crianças da mesma idade. As roupas muito
Fonte: JEGOU, F.; MANZINI, E. (Coord.) Collaborative services: social innovation and
Atividade proposta
Leia a matéria jornalística Empresas não têm outra opção a não ser cocriar, afirma
especialista, da publicação Pequenas Empresas Grandes Negócios (Editora Globo).
Disponível em nosso material complementar.
Nesta matéria, foi entrevistado o especialista e professor de marketing Venkat
Ramaswamy, que explica sua perspectiva sobre a necessidade de as empresas
investirem intensivamente em ações de cocriação com consumidores.
Após ler a matéria, reflita sobre a seguinte questão: você está preparado para assumir
uma postura colaborativa com seus clientes, inclusive no processo de desenvolvimento
do produto? Faça associações com as ideias apresentadas por Ramaswamy.
Exercícios de fixação
Questão 1: Sobre a gestão da sustentabilidade, está CORRETO afirmar que:
denominado:
c) ( ) Mercados de redistribuição.
d) ( ) Guarda compartilhada.
e) ( ) Crowdsourcing.
Aprenda mais
Assista ao seguinte vídeo sobre consumo colaborativo, produzido por O Globo, disponível
Referências
ALENCASTRO, M. S. C. Empresas, ambiente e sociedade: introdução à gestão
2013
MAURER, A. M.; FIGUEIRO, P. S.; CAMPOS, S. AL. P.; SILVA, V. S.; BARCELLOS, M. D.
<http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2012/ESO/Tema%2007
estudo em uma empresa do setor aeronáutico. In: The 4th International Congress on
<http://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/handle/2027.42/35225/20015_ftp.pdf&embedde
Introdução
“[...] a sustentabilidade não é irreconciliável com o crescimento econômico, [...] ao
contrário, pode ser importante fonte de vantagem competitiva e de geração de valor para
em pesquisas voltadas à minimização dos impactos que são gerados para a sociedade e
gradativamente mais conscientes e mais preparadas para gerenciar os rastros que estes
produtos deixam para trás. Isto pode ocorrer na forma da geração de resíduos, da
impactos sociais.
recursos dos quais dispomos. Este será o fio condutor que nos guiará nesta aula.
Objetivos:
Conteúdo
Introdução
O desenvolvimento de produtos é considerado um processo de negócio cada vez
mais crítico para a competitividade das empresas, principalmente com a crescente
internacionalização dos mercados, aumento da diversidade e variedade de
produtos e redução do ciclo de vida dos produtos no mercado. (AMARAL et al,
2006, p. 4)
atenções do negócio.
que os setores se tornam mais competitivos, o papel do cliente se torna mais ativo e seu
eficiência produtiva deve ser combinada com indicadores de sustentabilidade. Logo, não
podem ser gerados por este mesmo produto. São estas as questões a serem estudadas
nesta aula.
O que é um produto?
Um dos grandes desafios de qualquer empresa é criar soluções que atendam tanto às
Muitas pessoas acham que um produto é uma oferta tangível, mas ele é tudo o
que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo,
incluindo bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares,
propriedades, organizações, informações e ideias. (KOTLER; KELLER, 2012, p.
348)
Logo, você deve ter observado que devemos quebrar um mito ainda presente no
gestão: o mito de que produto se refere apenas aos bens, ou seja, aos produtos tangíveis.
serviços. Observe que Kotler e Keller (2012) também citam pessoas, lugares e ideias como
exemplos de produto.
Transportar cargas é um serviço que deve ser rigorosamente planejado antes de ser
contrário, este serviço deve passar por um processo que compreende etapas como análise
qualidade do ar, pois estes veículos emitirão poluentes na atmosfera. Outro exemplo é
avaliar as condições físicas e psicológicas dos condutores destes veículos, que muitas
vezes estarão expostos a situações de estresse. Estas condições devem ser previstas e
gerenciadas no negócio.
Entretanto, por um questão didática, nesta disciplina vamos nos concentrar nos produtos
sustentabilidade.
uma questão didática, vamos nos concentrar nos produtos tangíveis ou bens de consumo.
[...] desenvolver produtos consiste em um conjunto de atividades por meio das quais busca-
se, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas, e
considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar às
especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção, para que a
manufatura seja capaz de produzi-lo” (AMARAL et al., 2006)
nem além nem aquém do potencial de infraestrutura (em seus vários aspectos) da
empresa.
Figura 4.1
No processo tradicional, cada etapa era executada de forma estanque, com baixo grau de
processo mais agregador. Veja como o desenvolvimento do produto era uma ação
direcionada para uma única equipe (como, por exemplo, a equipe de engenheiros).
seguinte diagrama criado por Amaral et al. (2006) ilustra bem esta concepção:
Figura 4.2
fornecedor. Para Silva e Zawislak (2007), o PDP deve sempre monitorar os movimentos
mostrar para a empresa a real noção do valor esperado pelo cliente. Se o valor esperado
forma de lucro.
empresa por meio de suas expertises específicas, pois este conhecimento especializado
poderá agregar ideias que propiciarão benefícios como redução de tempo, redução do
critérios que serão considerados pela empresa. Diante da diversificação das propostas
adaptado para esta nova realidade. Hoje, as empresas precisam projetar suas ações para
além da geração de valor para o cliente e da geração de valor para o negócio. Conforme
estudamos nas aulas anteriores, a sociedade tem se organizado fortemente para cobrar
adaptarem a este novo cenário. Sobre este assunto, veja como Barbieri e Cajazeira (2012)
Após estas leituras, a seguinte pergunta possivelmente já se formou em sua mente: como
já estudamos nas aulas anteriores. Isto quer dizer que as empresas devem desenvolver
produtos que preservem as condições de vida das gerações atuais e, principalmente, das
responsável dos recursos naturais, a preservação das condições de vida das gerações
contribuição que tem sido amplamente aceita e aplicada tanto no meio acadêmico quanto
no empresarial. Este modelo é conhecido como triple bottom line, criado pela empresa
A proposta central deste modelo é partir da premissa de que a sustentabilidade deve gerar
Figura 4.3
Já na perspectiva da sociedade e dos grupos de pressão, o triple bottom line lembra que
lucrar.
Quanto às três dimensões do triple bottom line, vamos analisá-las em maior profundidade.
Na dimensão social, a empresa deve zelar pelo bom relacionamento com as comunidades
que são afetadas pelo negócio. Além disto, a empresa também pode considerar a
educação, lazer e cultura. Também deve ser ressaltada a importância do capital humano
de energia limpa).
lucro. Por outro lado, este lucro deve ser conquistado de forma sustentável, ou seja,
A empresa que instalou equipamentos para captar e tratar poluentes [...] está
reduzindo os custos sociais produzidos pelas externalidades negativas. [...] É
necessário que a empresa avalie os passivos ocultos decorrentes das suas
responsabilidades perante suas partes interessadas [...] para considerá-los a fim
de obter o resultado líquido referente à dimensão econômica da sustentabilidade.
(BARBIERI E CAJAZEIRA, 2012, p. 73)
Foram criadas variações do triple bottom line, apoiadas na ideia central das três
dimensões. Uma variação amplamente conhecida é o modelo dos 3 Ps, que compreende
Figura 4.4
Exercícios de fixação
Questão 1: Sobre o desenvolvimento de produtos, está correto afirmar que:
follow-source:
produto existente.
e novos materiais.
empresa.
negócio.
matéria-prima e de produção.
Aprenda mais
Assista ao vídeo sobre o mercado de carros elétricos, do programa Cidades e Soluções, da
Referências
AMARAL, D. C. et al. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para
HART, S. L.; MILSTEIN, M. B. Criando valor sustentável. GV Executivo. São Paulo: FGV,
da gestão de pessoas. Rev. Adm. Pública. Rio de Janeiro: v. 41, n. 2, 2007. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
de casos de três empresas fornecedoras da cadeia automotiva do Rio Grande do Sul. In:
Introdução
[...] torna-se essencial o interesse pelos processos produtivos industriais e a
realização de projetos e estudos que visem à redução e à erradicação de poluentes
gerados, a fim de garantir a preservação do meio e os benefícios econômicos para
a própria indústria. (Mario Sergio C. Alencastro)
vendas – hoje está focalizado nas diversas relações estabelecidas entre a empresa e os
stakeholders.
Não foi apenas o papel da gestão de produtos que mudou. Devemos também salientar a
ser gerenciado de acordo com estas novas perspectivas? Este é o tema que vai guiar
Objetivos:
Conteúdo
Introdução
A importância da função de gerenciamento de produtos tem crescido no meio
empresarial devido à aceleração no ritmo de lançamento de novos produtos [...].
As grandes empresas, detentoras de amplos compostos de produtos, atribuem a
estes gerentes a desafiadora tarefa de tornar cada item atraente para o mercado-
alvo a que se destina. (MOREIRA et al., 2004, p. 17)
Para qualquer negócio, o produto materializa a solução que aquela empresa propõe a fim
de suprir uma necessidade ou um desejo demandado pelo cliente. Por outro lado,
conforme já estudamos, a lógica atual não está centrada no produto, mas sim no cliente e
Hoje, a gestão do produto enfrenta esta inquietação: como tornar meu produto mais
atraente e mais competitivo aos olhos do meu cliente? Afinal, é o produto que deve estar
deve sistematizar ações que propiciem um destino adequado ao produto após seu uso, a
Independentemente do termo que você adotar, esta atividade gera impactos diretos na
forma como a empresa se relaciona com seus produtos, cuja atividade se constitui em
multifacetados e complexos.
Por opção didática, nesta disciplina vamos fazer uso do termo gestão de produtos. Vamos,
Considerando leves diferenças nas abordagens, observe como estas duas definições se
dedicam a focalizar a relação do produto com o cliente. Isto parece confirmar como a
Observe na Figura 5.1 um exemplo de família ou linha de produto. Neste caso, extraído da
empresa Carrefour, existe uma linha principal chamada Linha Viver. Nesta linha principal,
cuja marca “Viver” funciona como guarda-chuva e traduz a proposta de valor do produto,
ainda há seis sublinhas: Viver Light, Viver Zero, Viver Soja, Viver Orgânico, Viver Diet e
Viver Enriquecidos.
<http://www.linhaviver.com.br/index.php/conceito>
A atividade da gestão de produtos, assim como qualquer outra área de uma empresa, não
produtos será bem-sucedido em suas ações somente por meio de sua intensa relação com
algumas que exercem influência mais visível e mais direta em sua atividade. Isto se
finanças e logística.
gestor de produto participar do PDP desde o início do projeto, pois é ele quem vai
Produção – Uma vez desenvolvido e validado o produto, este será materializado em larga
costuma ser muito intensa, pois “é comum uma mesma unidade fabril atender a diversas
demandas internas de fabricação” (MOREIRA et al., 2004, p. 9). Ainda de acordo com este
autor, há outras decisões que devem ser feitas conjuntamente, tais como tamanho do lote
e indicadores de desempenho.
Marketing – Esta é outra área de grande interseção com a gestão de produtos. Por estar
de divergência com o gestor de produtos, pois este último tende a priorizar a produção
de que para cada desembolso deve haver um retorno rápido que recompense o
argumentar que este retorno pode não ocorrer imediatamente, o que pode gerar um
conflito com a área financeira e deve ser negociada entre as partes envolvidas.
atividade do gestor de produtos. Devem ser analisadas questões como o volume a ser
produtos sustentáveis.
alvo a ser atendido, o que exige a interface com diversas áreas como P&D, marketing,
filosofia para esta atividade, à luz dos impactos que o produto pode gerar nas esferas
A gestão de produtos sustentáveis pode ser compreendida como uma atividade que
sustentável.
organizar nosso estudo, vamos analisar algumas de suas diretrizes mais conhecidas.
(ACV) propõe uma metodologia que permite analisar os impactos ambientais de uma
empresa, o que inclui seus produtos e seus processos de produção. Curi (2012) ressalta
que estes impactos ambientais devem ser analisados desde a extração da matéria-prima
até o descarte do produto, o que também pode ser conhecido como o trajeto “do berço ao
o descarte.
Outra definição que podemos considerar é a seguinte: “produção mais limpa significa a
<http://www.fiesp.com.br/perguntas-frequentes/o-que-e-producao-mais-limpa-pl/>).
tradicionais técnicas conhecidas como “fim-de-tubo”, cuja preocupação com o controle dos
reativas.
Logística reversa
Uma das questões mais importantes na gestão de produtos sustentáveis é o destino do
ou pós-consumo (LEITE, 2003; SILVA et al., 2006). Em palavras mais simples, a logística
reversa deve propiciar o “caminho de volta” do produto ao fabricante, a fim de que este
perigosos/logistica-reversa>).
Figura 5.4
pós-venda segue o mesmo princípio, porém com foco nos produtos com pouco ou
nenhum uso, muitas vezes descartados pelos parceiros de canal (varejistas, por exemplo).
importante papel do consumidor como parceiro ativo da empresa, educando-o sobre sua
SANTOS, 2009).
Atividade proposta
Leia a matéria “A reinvenção do papel na Abril”, disponível em nosso material
complementar.
Nesta matéria, você analisará as ações que a empresa Abril tem realizado para reduzir os
impactos socioambientais quanto ao uso do papel, cuja matéria-prima é fundamental
para os produtos desta empresa.
Após analisar esta matéria, comente sobre as correlações entre as ações executadas pela
Abril e as diretrizes da gestão de produtos sustentáveis, tais como produção mais limpa,
3 R e logística reversa.
valor ao cliente, além de criar pontos de divergência com o gestor de produtos porque
a) ( ) Finanças.
b) ( ) Marketing.
c) ( ) Pesquisa e desenvolvimento.
d) ( ) Logística.
e) ( ) Produção.
pelo gestor de produtos. Logo, qual dos seguintes documentos pode comprovar para a
filosofia?
b) ( ) O balanço patrimonial.
d) ( ) A certificação ambiental.
e) ( ) Os relatórios de sustentabilidade.
metodologia “fim-de-tubo”?
Aprenda mais
Assista ao vídeo sobre o Programa Amazônia, da empresa Natura, disponível em nossa
galeria de vídeos.
Referências
ALENCASTRO, M. S. C. Empresas, ambiente e sociedade: introdução à gestão
ambiental das organizações através da produção mais limpa ou pela avaliação do ciclo de
jun. 2013.
Hall, 2003.
SANTOS, K. DOS; SANTOS, J. B. DOS. Concepção e prática dos 3Rs – reduzir, reutilizar e
<http://srvprod.sistemafiergs.org.br/portal/page/portal/sfiergs_senai_uos/senairs_uo697/
SILVA, V. M. D. S et al. Uma visão sobre os conceitos básicos de logística reversa. In:
2013.
Introdução
Entende-se que o desenvolvimento sustentável seja fundamental para o
crescimento econômico, simultaneamente no que se refere à preservação do meio
ambiente e à melhoria das condições sociais. O ecodesign é uma alternativa de
projeto que propõe que as análises dos aspectos econômicos e ecológicos
caminhem juntas no projeto de produtos. (BORCHARDT et al.)
Por outro lado, esta pujança econômica agravou as questões socioambientais em uma
escala inédita. Dentre estas questões, podemos destacar a demanda acelerada por
Nesta aula, estudaremos como o conceito de ecodesign pode ser compreendido e aplicado
Objetivos:
• Definir ecodesign.
sustentável.
Introdução
Desde as origens da Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII, a sociedade tem
campo, dentre muitas outras mudanças, alterou definitivamente os rumos da história que
viria em seguida.
Já no século XX, figuras importantes como Henry Ford e Frederick Taylor ajudaram a
acentuar a aceleração industrial mundo afora, com especial enfoque nos países que
Foi necessário traçar este rápido panorama evolutivo da nossa história recente para
sobre o controle mais rigoroso dos diversos danos socioambientais causados no decorrer
dos últimos séculos. Tal situação se agravou ao ponto de ser questionada a viabilidade da
estudaremos a seguir.
Ecologia industrial
Nosso ponto de partida está na compreensão de alguns fundamentos que sustentam a
um sistema fechado ou quase fechado, no qual apenas a energia solar pode ser usada de
Para Ribeiro (2010), a ecologia industrial deve prevenir a emissão de poluentes, reciclar
material, reutilizar resíduos e estender a vida dos produtos. Este autor ainda cita que “é
possível organizar todo o fluxo de matéria e de energia que circula no sistema industrial
conforme já estudamos na Aula 2. Por outro lado, foi na década de 60 que este
movimento começou a ganhar os contornos tal como conhecemos hoje (NAIME et al.,
2012).
ocasião, pneus usados serviram como matéria-prima para produzir um sofá, sinalizando a
2012).
Figura 6.3
Inspirada por estas iniciativas, foi na década de 90 que a American Electronics Association
ambientais.
Esta ação foi bem recebida por este setor e, aos poucos, disseminou-se nos meios
Várias são as definições para o termo. Resumindo as principais, podemos dizer que:
sustentáveis. Como modelo de produção, o ecodesign precisa seguir diretrizes que vão ao
2008).
vamos recorrer ao passo a passo elaborado por Rocha et al. (2011), devidamente
De acordo com este modelo proposto por Rocha et al. (2011), as seguintes sete etapas (já
1) Planejamento do projeto
2) Análise do produto
5) Detalhamento do produto
GESTÃO DE PRODUTOS E MARCAS SUSTENTÁVEIS 90
6) Produção e lançamento
1) Planejamento do projeto
1.2) Definição da equipe do projeto – recomenda-se que esta equipe seja pequena e bem
envolvidos (tais como qualidade, marketing e logística, entre outros), pois o ecodesign é
descrição do projeto e do produto. Este servirá como um guia tanto para a equipe quanto
prazos.
2) Análise do produto
2.1) Definição da unidade de negócios – a unidade de negócios pode ser uma já existente
2.3) Análise ambiental – identifique os principais impactos propiciados (ou que podem ser
vida do produto.
2.4) Análise econômica – deve ser estudada a viabilidade econômica do projeto para o
a relação custo-benefício.
(ABNT), dentre outras possibilidades. Informe-se também com as entidades do seu setor,
das características de sustentabilidade. Compare seu produto com similares no seu próprio
negócio, nos seus concorrentes ou em negócios de outros setores que tenham experiência
com ecodesign.
Nesta etapa, a equipe deve definir, em conjunto com as demais áreas envolvidas no
possibilidades:
De acordo com Rocha et al. (2011), esta etapa “tem como objetivo desenvolver ideias e
propostas sobre como melhorar o produto [...], como desenvolver uma ideia de negócio
Portanto, a equipe precisará definir um conceito para o produto em questão. Isto significa
que uma identidade deve ser criada para este produto, de forma que a proposta de
coletividade etc.).
5.1) Definição das especificações – a equipe deve integrar profissionais como designers,
normas.
limpa.
6) Produção e lançamento
final, devem ser amplamente comunicados e compartilhados com toda a empresa. Desta
forma, todos deverão ter conhecimento do produto e deverão estar alinhados com os
6.3) Lançamento no mercado – este é um momento crítico para o projeto, pois o produto
nesta etapa.
7.1) Avaliação do projeto – faça uma análise crítica da condução deste projeto, avaliando
7.2) Avaliação do produto – Propicie o feedback dos clientes, dos funcionários, dos
experiências e de resultados.
Atividade proposta
Leia a matéria “Marks & Spencer lança sofá ecológico de fibra de coco”, disponível em
nosso material complementar.
Após analisar esta matéria, reflita sobre a seguinte questão: o sofá ecológico da Marks &
Spencer pode ser considerado um projeto de ecodesign? Justifique sua posição com o
referencial teórico estudado nesta aula.
Exercícios de Fixação
Questão 1: Qual das seguintes premissas NÃO está prevista no conceito de ecologia
industrial?
Aprenda mais
Visite o site do Ministério do Meio Ambiente, com especial atenção aos links referentes ao
Referências
BORCHARDT, M. et al. Considerações sobre ecodesign: um estudo de casos na indústria
10 jun. 2013.
Introdução
Na medida em que as marcas mais poderosas do mundo almejam agregar valores
socioambientais, os líderes de negócios e os profissionais de marketing enfrentam
o novo desafio de diferenciar suas empresas, seus produtos e seus serviços em um
mercado cada vez mais ocupado por competidores sustentáveis. (BEMPORAD;
BARANOWSKI)
guardião da imagem de uma empresa e de seus produtos. Hoje, ele precisa investir em
Objetivos:
Introdução
Você possivelmente já ouviu, leu ou até mesmo replicou uma ou mais destas afirmativas:
• O consumidor de hoje é cada vez mais volátil. Ele não se prende a uma marca, pois
se permite experimentações.
• Está mais difícil conquistar o consumidor. Ele está mais exigente e mais crítico.
mais pode garantir que entende destas caixinhas com tanta segurança e precisão.
• Não é só o preço que atrai o consumidor. Precisamos daquele “algo a mais” para
atraí-lo e conquistá-lo.
Se estas frases soam familiares para você, podemos dizer que temos um bom começo
branding tem assumido uma posição de alto valor estratégico. Conforme vimos
O consumidor de hoje é mais crítico e mais complexo. Por outro lado, este mesmo
consumidor também tem sido desafiado ao estar exposto a uma profusão de ofertas,
marcas e signos que podem deixá-lo atordoado em muitos momentos. Se por um lado há
muitas opções para serem avaliadas, por outro esta multiplicidade de informações pode
Conforme estudaremos a seguir, vamos entender como o branding pode ser uma teoria e
uma atividade importantes nesta era de superlativos, com especial destaque ao papel do
desenvolvimento sustentável.
Marca
Nosso primeiro passo será entender o conceito de marca. Uma das definições mais usadas
Keller e Machado (2006) fazem uma análise crítica desta definição da AMA. De acordo
com estes autores, o nome, o termo, o símbolo e o desenho são os elementos de uma
Logo, qual conceito de marca podemos usar? De forma bem simples, vamos lembrar que
a marca é uma forma de “batizar” um fornecedor e seus produtos (sejam estes bens ou
produtos.
Entretanto, não basta apenas que um nome seja registrado. Este nome deve representar
• a sonoridade do nome;
• a originalidade do nome;
• possíveis promessas racionais que devem ser projetadas com este nome.
Fontes: <http://www.bradesco.com.br/html/classic/index.shtm>;
<http://www.natura.net/br/index.html>; <http://www.petrobras.com.br/pt/>.
smartphones e tablets. Logo, podemos inferir que a marca que deseja sobreviver e
progredir neste cenário precisa incorporar características exigidas por estes consumidores
Figura 7.2
Criar e administrar uma marca têm sido uma atividade muito mais complexa. Dentre as
diversas justificativas que podem ser explicadas, vamos nos concentrar nas seguintes, de
adotado uma postura muito mais ativa e reivindicadora. No Brasil, um importante fator foi
consumidor/codigo-defesa-consumidor>).
propiciadas pela internet. O grande marco foi a popularização das redes sociais, pelas
quais o consumidor pode atuar como juiz das empresas e dos produtos, além de
Proliferação de novas marcas e produtos – está cada vez mais difícil se diferenciar
dos competidores. Logo, um dos principais atributos diferenciadores que restam aos
fornecedores é a marca, que pode conjugar aspectos afetivos com aspectos racionais.
Mesmo assim, administrar uma marca neste cenário tão competitivo tornou-se uma
TV aberta representava retorno garantido, hoje esta lógica tem sido muito questionada.
Grande parte deste público, antes cativo, agora migra para a internet e para as opções
pagas da TV. Administrar uma marca em meio a este público consumidor tão difuso exige
mais exigente, das mídias fragmentadas e do alto grau de competitividade, o custo para
lançar ou manter uma marca tem crescido nas últimas décadas. Some-se a isto a intensa
pressão por resultados financeiros aos quais os profissionais de marketing têm sido
submetidos. Não é raro que estes fatores, em conjunto, incentivem “soluções paliativas
rápidas, cujas consequências talvez sejam adversas no longo prazo” (KELLER; MACHADO,
2006, p. 29).
um segundo conceito fundamental: o brand equity. Em uma tradução livre, brand equity é
patrimônio?
Toda marca é composta por um “conjunto de atributos intangíveis [...] representado por
apud KELLER; MACHADO, 2006, p. 30). E quais são estes atributos intangíveis? A
Outra definição que podemos destacar é a seguinte: “brand equity é o valor adicional da
marca sob o prisma do consumidor e da empresa que a possui para diferenciar seus
produtos [...] e a própria organização” (SAMPAIO apud KELLER; MACHADO, 2006, p.30).
Ainda segundo este autor, para o consumidor o brand equity justifica o quanto ele se
dispõe a pagar pelo produto (design, durabilidade, prestígio, status), enquanto para a
lembram da minha marca), de share of heart (quantas pessoas preferem a minha marca)
Por fim, existe a definição de Martins (2006), segundo a qual o brand equity “é tudo
aquilo que uma marca possui, de tangível e intangível”, além de ser “a somatória dos
valores e atributos das marcas, que devem se transformar em lucros para os seus
utilizam diferentes metodologias. Em uma visão geral, podemos destacar alguns atributos
que são considerados para efeito de avaliação do brand equity, tais como: patentes,
Branding
Com os conceitos de marca e de brand equity estudados, vamos definir a atividade do
branding.
o posicionamento e a comunicação.
marcas [...] que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além de
sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura e influenciar a vida das
Ainda podemos acrescentar que o branding é uma atividade centrada na gestão da marca
marca forte, bem construída e com alto brand equity será uma forma de diferenciar seu
<http://www.interbrand.com/Libraries/Branding_Studies_Portuguese/Marcas_Brasileiras_
Mais_Valiosas_-_2012.sflb.ashx>.
Branding de sustentabilidade
O fortalecimento da filosofia do desenvolvimento sustentável tem mudado
movimento ainda ser incipiente em muitos mercados, é inegável que a pressão social por
branding. Hoje, a marca deve ser compreendida e construída como uma imagem
Esta análise está alinhada com o paradigma do Marketing 3.0, conforme estudamos na
Aula 1. O consumidor se vincula a uma marca na medida em que nela identifica valores
branding de sustentabilidade:
2) Copropriedade – as empresas devem entender que sua marca e seu negócio não
participação cada vez mais ativa, influenciando inclusive nas decisões da empresa.
Assim como Bemporad e Baranowski (2008) criaram sua perspectiva sobre o branding de
sustentabilidade, outro autor, chamado Maddock (2010), também sugere uma abordagem
que pode ser vista como complementar à primeira que analisamos. Para Maddock (2010),
2) relacione-se com seu consumidor e entenda quais soluções sustentáveis ele deseja;
concretos.
Atividade proposta
Assista ao vídeo de apresentação da linha Ecobril, da empresa Bombril, disponível em
nossa galeria de vídeos.
Após assistir a este vídeo, reflita sobre as seguintes questões: quais são os valores que
compõem o brand equity da marca Ecobril? E como este brand equity se apoia na
filosofia do desenvolvimento sustentável?
uma marca?
b) ( ) A sonoridade do nome.
d) ( ) Possíveis promessas racionais que devem ser projetadas com este nome.
Questão 2: Sobre o brand equity, qual alternativa explica corretamente este conceito?
leveraging brands to create shared value. In: BBMG. New York: BBMG, 2008. Disponível
em:
<http://www.packagedesignmag.com/sites/www.packagedesignmag.com/files/BBMG_sust
<http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/comsoc/article/view/898/858>. Acesso em
1º jul. 2013.
2006.
<http://www.businessweek.com/managing/content/aug2010/ca2010089_664415.htm>.
<http://www.globalbrands.com.br/artigos-pdf/livro-branding-o-manual-para-voce-criar-
Introdução
A sustentabilidade deve ser a base para a inovação empresarial e, no futuro,
somente quem fizer da sustentabilidade uma meta terá vantagem competitiva”.
(Mario Sergio C. Alencastro)
A decisão de se posicionar como empresa sustentável não deve ficar restrita ao discurso.
ações que são realizadas pelas diversas áreas e instâncias do negócio. O modo de
sustentabilidade.
Nesta última aula, vamos estudar como o conceito de posicionamento deve ser avaliado e
Objetivos:
Conteúdo
Introdução
Na medida em que se fortalece o paradigma do desenvolvimento sustentável, maior será
a pressão social sobre as empresas e sobre o Governo para que seus produtos (tanto bens
quanto serviços) sejam igualmente sustentáveis. Esta nova postura implica na necessidade
mercadológicos da empresa.
sustentável, podemos destacar duas que são altamente impactantes aos olhos e à
serviços.
Posicionamento competitivo
Sua empresa e seus respectivos produtos devem ser facilmente reconhecidos por seu
consumidor. Esta é uma condição essencial para que sua marca seja lembrada, citada e
preferida nos mercados em que ela está presente e atuante. Entretanto, este
marca e de seus produtos. Mas como uma empresa constrói seu posicionamento?
empresa na mente dos consumidores, de forma que sua marca conquiste um lugar
objetivos que ela ajuda o consumidor a alcançar e mostrando como isso é feito de
empresa irá competir” (HOOLEY et al., 2011, p. 35). Ainda nesta perspectiva, o
O que Hooley et al. (2011) chamam de vantagem diferencial, Kotler e Keller (2012)
chamam de proposição de valor focada no cliente. Os termos são diferentes, mas a ideia
convergir gradualmente para este paradigma. Hart e Milstein (2004) sugerem o uso do
modelo do valor sustentável, segundo o qual as empresas devem se posicionar por meio
poderosas e revolucionárias que podem tornar obsoletas as bases de muitas das atuais
2004, p. 69). O foco destas tecnologias emergentes está no uso de alternativas limpas.
Na Figura 8.2 você poderá analisar como estes motivadores podem servir de ponto de
Embalagem
Inicialmente, a embalagem foi compreendida como um elemento do produto que,
conforme sugere o nome, embala e protege o conteúdo a ser vendido para o consumidor.
De acordo com Mestriner (2007), o início do século XIX foi marcado pelo surgimento das
embalagens com maior apuro estético, graças ao trabalho desenvolvido por artistas como
Fonte: GRANADO
acumula nova função. Desta vez, a embalagem é usada para ações de promoção de
vendas, incentivando “as vendas por meio da inclusão de figurinhas, estampas e pequenos
Também vale ressaltar que a embalagem tem sido amplamente utilizada como mídia, pois
ela pode ser utilizada como veículo de comunicação que transmite mensagens para o
consumidor.
Embalagem sustentável
A aplicação do conceito de sustentabilidade deve-se passar, em primeiro lugar, pelo
de vida, ou seja, desde seu desenvolvimento até seu descarte, a fim de “minimizar a
<http://www.abre.org.br/comitesdetrabalho/meio-ambiente-e-
sustentabilidade/embalagem-sustentavel/>.)
que devem ser seguidos por empresas que desejam se aprofundar no desenvolvimento e
Aula 5.
tecnologia que propicia inovações como eliminar bandejas de papelão e reduzir o uso de
4) Sempre que possível, invista em embalagens que possam ser reusadas pelo
exemplo, em produtos com fórmulas concentradas que diminuem o uso de água em sua
Figura 8.5 – Embalagem da água mineral Crystal, fabricado pela The Coca Cola Company,
Rotulagem
A rotulagem consiste na inscrição de informações sobre o produto que é feita em sua
embalagem. Esta inscrição pode ser feita por meio da fixação de papéis adesivados sobre
Fonte: Superinteressante
lote e instruções de uso. No caso dos rótulos de alimentos, devem ser acrescentadas
de Defesa do Consumidor.
Rotulagem ambiental
Vamos analisar as seguintes definições de rotulagem ambiental:
Assim ajuda a orientar a escolha dos consumidores ao incluir dados sobre o desempenho
identificam com clareza qual o tipo de material utilizado na embalagem daquele produto,
facilitando o processo de seleção para posterior descarte coletivo e reciclagem. Por outro
Materiais, de forma isolada, não pode ser considerado rotulagem ambiental e nem fornece
na embalagem.
ligeiras diferenças. Para fins didáticos, nesta aula vamos adotar o referencial teórico de
Alencastro (2012). Para este autor, podemos classificar a rotulagem ambiental nas duas
principais categorias:
reciclável, retornável, não agride a camada de ozônio, entre outros (Alencastro, 2012).
Ainda segundo este autor, o exemplo mais conhecido é a categoria dos selos verdes.
mandatória de alerta/aviso de risco adverte quanto a possíveis danos que podem ser
Leia com especial atenção os links “Nossa promessa de marca”, “Nossa estratégia de
negócios”, “Desafios compartilhados” e “Reconhecimentos em sustentabilidade”. Em sua
perspectiva, a Philips pode ser considerada uma empresa com posicionamento focalizado
na sustentabilidade? Comente.
Exercícios de fixação
Questão 1: O posicionamento competitivo sustentável se apoia nos motivadores globais
a) ( ) A industrialização acelerada.
Questão 3: Sobre a rotulagem ambiental, existe um tipo cujo processo parte da iniciativa
dos fabricantes e, por esta razão, é também chamada de autodeclaração ambiental. Qual
Aprenda mais
Assista ao vídeo sobre sustentabilidade da empresa Aché Laboratórios, disponível em
Referências
ALECANSTRO, M. S. C. Empresas, ambiente e sociedade: introdução à gestão
HART, S. L.; MILSTEIN, M. B. Criando valor sustentável. GV Executivo. São Paulo: FGV,
2007.
MOHAN, A. M. 10 tips for sustainable package design. In: Greener Package. [S.I.],
<http://www.greenerpackage.com/source_reduction/10_tips_sustainable_package_design
JEGOU, F.; MANZINI, E. (Coord.). Collaborative services: social innovation and design
2013.
KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: from products to customers
jun. 2013.
Atividade proposta
Pense em ações que propiciem uma comunicação mais próxima e mais aberta com seu
cliente. Você pode considerar tanto uma ação presencial (por exemplo, a condução de
uma pesquisa de focus group) quanto uma ação remota (por exemplo, a participação do
mente que quaisquer destas (ou outras) ações devem motivar seu cliente a agir de forma
Exercício de fixação
Questão 1: D
Questão 2: E
Questão 3: B
Questão 4: D
Aula 2
Atividade proposta
A escolha do compromisso será realizada pelo aluno. É importante observar como as
com os princípios do Marketing 3.0. Por exemplo: há alguma ação que se relaciona com o
princípio da humanização nas relações entre empresa e cliente? Há alguma ação que se
Exercício de fixação
Questão 1: A
Questão 2: E
Aula 3
Atividade proposta
Para formular sua reflexão, considere os pressupostos estudados nesta aula. Faça
associações com o conteúdo da entrevista na matéria que você leu. Seja honesto consigo
e avalie quais obstáculos você deve ultrapassar para assumir uma postura colaborativa
com seu cliente. Estes obstáculos podem ser tanto individuais quanto da empresa na qual
você atua.
Exercício de fixação
Questão 1: D
Questão 2: A
Questão 3: C
Aula 4
Atividade proposta
Quaisquer das matérias-primas citadas no compromisso de fornecimento sustentável da
no modelo triple bottom line. Analise estas três dimensões de impacto. Procure
fundamentar seu comentário com resultados mensuráveis. Faça pesquisas para buscar os
números. Se você não consegui-los, elabore seu comentário com inferências, desde que
Exercício de fixação
Questão 1: E
Questão 2: C
Questão 3: B
Atividade proposta
Todas as ações descritas na matéria podem ser relacionadas a alguma diretriz da gestão
Exercício de fixação
Questão 1: B
Questão 2: E
Questão 3: C
Aula 6
Atividade proposta
Para elaborar sua justificativa, procure características deste produto que estejam
Exercício de fixação
Questão 1: E
Questão 2: B
Questão 3: C
Atividade proposta
Elabore sua reflexão considerando as características dos produtos da linha Ecobril que são
da marca Ecobril.
Exercício de fixação
Questão 1: E
Questão 2: B
Questão 3: A
Aula 8
Atividade proposta
Elabore sua reflexão considerando os princípios expostos pela Philips nos links indicados e
Philips faz uso dos demais conceitos que estudamos no decorrer desta disciplina.
Exercício de fixação
Questão 1: B
Questão 2: C
Questão 3: A