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GESTÃO
INDUSTRIAL
ANA F. C. CUSTÓDIO
PAULA D. CARNEIRO
RUAN L. ARGENTON
Sumário
UNIDADE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO INDUSTRIAL 4
DESAFIOS DA GESTÃO INDUSTRIAL 4
O Desafio da Produtividade 4
O Desafio da Qualidade 4
O Papel dos Stakeholders 4
VANTAGENS DA GESTÃO INDUSTRIAL 5
Diferencial Competitivo na Gestão Industrial 5
A Inovação Através da Flexibilidade 5
O Impacto da Lucratividade 6
AS FILOSOFIAS DE GESTÃO 6
As Principais Filosofias 6
A Produção Integrada pelo Computador e Automação 7
A Produção Gerenciada por Suas Restrições 7
A Produção como um Fluxo de Produção Enxuta 7
As Tecnologias de Gestão e Sua Aplicação 8
1
A Reconceituação do Termo Desperdício 20
Removendo os Obstáculos ao Fluxo Contínuo 20
Simplificando o Processo: As Células de Produção e Tecnologia de Grupo 20
Criando a Cultura de Aprimoramento Contínuo no Chão de Fábrica 21
Criando a Cultura de Aprimoramento Contínuo na Gestão 21
A CONSTRUÇÃO DE LEAN 21
As Funções da Casa Lean 21
Produção em Lote x Produção Nivelada 22
As Ferramentas Lean 23
O FLUXO DE LEAN 27
Mapeamento do Fluxo de Valor 27
Balanceamento dos Processos e as Operações Elementares 27
EXERCÍCIOS 36
Revisão Conceitual - Unid 3: Pensamento Lean 36
Exercício 1 36
Exercício 2 36
Exercício 3 36
2
Exercício 4 37
Exercício 5 37
Gabarito 38
Ex 1 38
Ex 2 38
Ex 3 38
Ex 4 38
Ex 5 39
3
1 UNIDADE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO INDUSTRIAL
5
● A flexibilidade da Inovação está associada à habilidade de introduzir um novo
produto ou processo no sistema produtivo de forma rápida e econômica.
● A flexibilidade da Variedade é a habilidade de fabricar produtos diferentes (em
lotes), simultânea ou periodicamente, a fim de absorver rapidamente e
economicamente mudanças no mix de produtos exigidos pelo mercado.
● A flexibilidade de Volume é a habilidade de operar o sistema lucrativamente,
mesmo diante de mudanças nos volumes produzidos no chão de fábrica.
● A flexibilidade de Prazos está associada à capacidade da empresa alterar datas
de entrega planejadas ou assumidas, sem que para tal prejudique o nível de
serviço oferecido ou incorra em grandes custos.
● A flexibilidade associada às Falhas é a capacidade de reagir aos imprevistos e
aleatoriedades que acontecem no dia a dia.
6
● Perspectiva do Tempo: gerenciar a operação através do planejamento e
controle das atividades e materiais
● Perspectiva do Dinheiro: gerenciar a produção através da perspectiva
financeira, de custo e capital
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1.3.5 As Tecnologias de Gestão e Sua Aplicação
Não é possível destacar uma abordagem de produção que seja a melhor entre
todas, uma vez que a definição da melhor estratégia requer a análise de diversos
critérios relativos à estrutura de produção da empresa. Em geral, associam-se algumas
características da empresa a determinadas filosofias, como mostrado na tabela abaixo:
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quanto mais lotes houverem mais preparações de máquinas deverão ser feitas.
Assim, processos que tem um tempo de set-up elevado deverão utilizar
maiores lotes de produção a fim de reduzir o tempo de máquina parada.
A taxa de produção é o indicador que relaciona o quanto está sendo gerado pelo
sistema produtivo (o volume produzido) com o tempo. A taxa de produção também
se aplica para o setor de serviços (produção de bens intangíveis). Nesse caso, a
medição é realizada com a quantidade de serviços prestados por período de tempo.
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2.2.2 Tempo de atravessamento (Lead Time)
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑖𝑡𝑒𝑛𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜𝑠
2.2.4 Estoque
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● Estoque intermediário: É composto de produtos semiacabados armazenados
entre dois processos produtivos.
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2. Pela disponibilidade dos recursos necessários, como máquinas e mão de obra;
3. Pela existência de uma ordem de produção, gerada por algum sistema centralizado
que, a partir das previsões de demanda, elaborou programas de produção baseados
nas estruturas dos produtos.
Vale ressaltar que o método de produção empurrada foi um dos primeiros a surgir no
início da era industrial. Dessa forma, este sistema não teve influência do Lean
Manufacturing e por isso não se torna muito eficiente nas fábricas atuais e por isso é
pouco utilizado como estratégia de produção.
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A produção puxada (ou do inglês pull system) é um método de controle da produção
no qual uma etapa aciona a produção dos estágios anteriores através de mecanismos
disparadores. A demanda é parte fundamental desse sistema de produção, é ela que
dispara o processo e gera necessidade da primeira ordem de produção.
Podemos esquematizar a produção puxada da seguinte forma:
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No sistema puxado, a programação da produção é baseada nessas restrições. O
kanban regula o nível de estoque entre as operações, isto é, são reduzidos os
estoques em processamento e, consequentemente, o custo de produção.
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Comparativo
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2.3.4 Produção Contínua
Processo de fluxo contínuo, também conhecido em inglês como one piece flow, é um
conceito que, em seu estado ideal, significa que os itens são processados e movidos
diretamente de um processo para o próximo, uma peça de cada vez. Cada etapa do
processo opera somente na peça que é necessária para o próximo passo pouco antes
que o próximo passo precise dela e o tamanho do lote de transferência é um.
O processo de produção contínua segue a mesma estrutura que um método de
produção puxada, porém ele já implementa algumas características do Lean
Manufacturing e reduz os lotes para unitários. Identificam-se alguns benefícios
resultantes desse modelo como: redução do tempo de espera entre etapas, redução
do tempo de produção e dos custos da operação, além da minimização do estoque em
processo.
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No entanto, o fluxo contínuo não é recomendado em certas situações, como por
exemplo:
● REtrabalho
● REinspeção
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● REcuperação
● REfazer
● REprograma
● REjeição
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Segundo a Filosofia, para alcançar a eficiência e eficácia de processos, centrada
em criar mais valor com menos trabalho. Para isso é necessário seguir os cinco passos
abaixo.
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3.2.2 A Reconceituação do Termo Desperdício
20
3.2.5 Criando a Cultura de Aprimoramento Contínuo no Chão de Fábrica
21
enxuto são baseadas. Para apresentar os pilares dessa filosofia, é comum usar-se
um framework que ficou conhecido como a “Casa Lean”.
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● Heijunka: consiste na eliminação da variação da carga de trabalho através do
nivelamento dos volumes de produção, de maneira a conseguir um fluxo suave,
contínuo e eficiente.
Exemplo de produção:
Diferenças:
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Sabe o que falamos a respeito de produzir sob a demanda do cliente? Essa é a
ferramenta que vai aplicar o pensamento. Ela será indispensável para reduzir o
excedente no inventário e o espaço ocupado. O Just in Time pode ser utilizado
juntamente com o Kanban, Heijunka, Takt Time, entre outros métodos.
2. Kaizen
O Kaizen é um método em que cada colaborador assume um papel proativo de
pensar em melhorias para o processo de forma inovadora e contínua. Para colocá-lo
em prática, é preciso seguir o ciclo PDCA (sigla em inglês para planejar, fazer, verificar
e agir). Os resultados são o aumento da produtividade e a diminuição dos custos.
3. Kanban
Também conhecida como “sistema de tração”, essa estratégia regulamenta o
fluxo de mercadorias. Em vez de produzir mais do que o necessário, o Kanban
implementa a reposição do produto por meio de cartões de sinal, o que vai
complementar o método Just in Time. O resultado é o fim da produção em excesso.
4. 5S
Essa ferramenta consiste em cinco passos bastante simples, mas que fazem
uma grande diferença para o andamento do serviço. O 5S se divide nas seguintes
etapas:
● utilização (seiri): separar o que é importante do que é desperdício para
facilitar a eliminação;
● organização (seiton): posicionar cada objeto em seu devido lugar, o que
ajuda na organização;
● limpeza (seiso): limpar o ambiente de trabalho;
● higiene (seiketsu): implementar normas e padrões para arrumação,
triagem e limpeza;
● disciplina (shitsuke): colaboração de todos os funcionários para a
empresa se aprimorar cada vez mais.
5. Poka Yoke
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São formas encontradas de detectar e prevenir erros na produção (sensores,
por exemplo). Se você acha que esse método é desnecessário por conta da inspeção,
saiba que é bem mais difícil encontrar falhas na última etapa. Se elas forem
encontradas, o custo de refazer o processo é bem maior do que o de prevenir os erros.
6. Análise de gargalos
Ferramenta de identificação dos gargalos que limitam o processo. A retirada ou
modificação desses entraves melhora o fluxo e o rendimento da produção.
7. Takt Time
Outro complemento ao Just in Time, esse método faz o cálculo do tempo da
produção de acordo com a demanda do cliente. Assim, será passada a orientação
exata para que a produção alcance o objetivo.
8. Fluxo contínuo
Buscando eliminar desperdícios como tempo de espera e demora no
transporte, essa ferramenta busca fazer o processo fluir sem interrupções nas etapas,
otimizando a produtividade.
9. Heijunka - Base
E se os clientes fizerem pedidos de forma inconstante? Como deixar a produção
estável? O método Heijunka — ou programação nivelada — cria uma produção em
lotes pequenos, produzindo a mesma variedade de produtos todos os dias, para que
possa reduzir o tempo de entrega e não acumular itens no inventário.
10. Gemba Walk
Esse pensamento leva em conta que, de vez em quando, todos os
colaboradores precisam sair de suas próprias salas e passar um tempo na fábrica para
observar a cadeia de produção.
Ao conversar com os funcionários que executam os processos, torna-se
possível identificar o que pode ser melhorado de forma mais rápida.
11. Muda (Waste)
Se, para o cliente, determinado aspecto no processo de produção não agrega
valor ao produto, ele deve ser eliminado para que a fabricação fique a mais enxuta
possível.
12. Andon
É uma ferramenta de comunicação que indica o status da produção na fábrica.
Se algum problema acontecer, um alerta é emitido para que possa ser resolvido
imediatamente, mesmo que isso signifique a interrupção de todo o processo.
13. Análise de causa raiz
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Em vez de solucionar um problema por meios superficiais e rápidos, a análise
dedica-se a descobrir sua causa real. Para chegar à origem do problema, é preciso
perguntar o porquê de determinada situação cinco vezes.
14. Trabalho padronizado
É uma documentação dos procedimentos para a fabricação a fim de identificar
as melhores práticas. Ela é feita de forma dinâmica, permitindo mudanças.
15. Seis grandes perdas
Essas são as categorias que representam as perdas durante a fabricação:
● setup;
● quebra de alguma coisa;
● pequenas paradas;
● velocidade menor que a ideal;
● rejeição na inicialização;
● rejeição na produção.
O método promove uma estrutura para resolver as causas desses problemas.
16. Jidoka - Pilar
É o sistema que permite que os colaboradores possam interromper os
processos automatizados em caso de uma falha. Em vez de perder tempo chamando
inspetores para verificarem se o processo deve ser pausado, o próprio funcionário da
fábrica pode fazer isso. Assim, ele tem autonomia para não passar os erros para a
frente.
Pode-se entender o Jidoka através de 4 passos:
1. Detecção da falha ou anormalidade.
2. Parada.
3. Correção ou conserto imediato da condição anormal.
4. Investigação da causa raiz e estabelecimento de ações efetivas para que o
problema não mais ocorra.
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3.5 O FLUXO DE LEAN
3.5.1 Mapeamento do Fluxo de Valor
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3. Conhecer o ritmo de mercado, ou seja, estipular o ritmo de absorção dos
produtos pelo mercado (conhecido como takt time) e definir a quantidade de pessoas
necessárias para garantir este ritmo.
4. Balanceamento: a carga de trabalho é dividida entre os operadores de modo
a atender o takt time.
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Já o conceito da Rigidez está associado a empresas que possuem ativos mais
específicos e caros, nas quais alterações de capacidade envolvem grandes
investimentos. Nessas empresas, o gargalo é a capacidade produtiva.
Quando alterações na capacidade são muito custosas, de forma que não é
possível fazer pequenos incrementos ou reduções de forma ágil, quando os setups são
de difícil redução e a produção é intensiva em capital, a Teoria das Restrições é a
filosofia que melhor se adapta.
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• Empurrar a produção depois do gargalo: como os postos subsequentes à restrição
possuem uma folga de capacidade e são capazes de processar todos os itens que saem
do recurso restritivo, a produção deve ser empurrada depois do gargalo.
• Região não-crítica: recursos que possuem fluxo puxado e que, portanto, se
caracterizam por uma produção disparada no momento mais tarde possível.
• Região crítica: a produção é empurrada e a programação da produção é feita pela
data mais cedo, pois adiar ou atrasar a produção nessa área significa perdas de
faturamento para a empresa.
• Pulmão de material: é uma reserva de materiais que deve ser posicionada entre o
recurso gargalo e as etapas que o antecedem.
• Pulmão de tempo: existe para garantir que o produto que saiu do gargalo seja
convertido em faturamento. Essa reserva de material deve ser posicionada no ponto
de comunicação entre as linhas de acesso e a linha principal, de forma a assegurar a
pontualidade do volume que é colocado “para fora” da empresa.
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O gestor deve zelar para que sua utilização resulte no ótimo global, tirando
máximo proveito do recurso restrição, mesmo que isso signifique a subutilização dos
recursos não-gargalo.
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4.2 O PROCESSO DECISÓRIO
4.2.1 A Programação da Produção Segundo a ToC
Para finalizar esta unidade sobre Teoria das Restrições, foi destacado um
último princípio: programas de produção devem ser estabelecidos considerando-se
todas as restrições simultaneamente. Tempos de reposição (lead times) são
consequência de um dado sequenciamento e não podem ser pré-determinados
(estabelecidos antes de se ter o sequenciamento).
A ideia por trás deste princípio é que se deve programar a produção ao mesmo
tempo que são consideradas as capacidades do sistema, ou seja, deve-se analisar
simultaneamente tanto o prazo quanto as restrições dos recursos.
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5.1.2 Planejamento das Atividades e Capacidade
Como foi visto, as duas grandes filosofias de gestão estudadas anteriormente
apresentam perspectivas diferentes de como a capacidade deve ser planejada.
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No curto prazo, quando é feita a definição das atividades diárias da produção,
os conceitos usados são os de sequenciamento e programação. Já para horizontes
mais longos, no qual fazer uma previsão muito minuciosa das atividades é mais difícil,
discute-se o conceito de planejamento.
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• Dimensionamento: Analisa-se o longo prazo, no qual busca-se estimar a
capacidade mais adequada à empresa no futuro. Nesse nível é discutida a aquisição de
novos equipamentos e a abertura de uma nova planta, entre outros projetos que em
geral envolvem altos investimentos e demoram para serem implementados.
• Validação e Nivelamento: É a abordagem de médio prazo da gestão da
capacidade. A definição da realização de hora extra, a contratação de pessoal, a
realização de mais um turno e a contratação de transporte premium são exemplos de
decisões deste nível.
• Detalhamento: Este nível compreende o planejamento de curto prazo da
capacidade. A capacidade é apenas gerenciada e o objetivo é acionar. As decisões em
geral envolvem quais lotes serão produzidos, sequenciamento da produção, entre
outros.
Existem alguns modelos clássicos de planejamento da capacidade. Estes podem
ser diferenciados por serem de capacidade infinita ou finita.
• Modelos de capacidade infinita: as tarefas são alocadas a recursos com base
apenas na necessidade de atendimento de prazos
• Modelos de capacidade finita: a programação considera a utilização dos
recursos com base em sua disponibilidade.
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EXERCÍCIOS
Revisão Conceitual - Unid 3: Pensamento Lean
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
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Exercício 4
Exercício 5
Dado o seguinte mapeamento, preencha as lacunas com os termos correspondentes:
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Gabarito
Ex 1
Ex 2
Ex 3
Ex 4
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Ex 5
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