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REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
ILDEBRANDO NERES JUNIOR - 2022
RENATO AUGUSTO GONÇALVES – 2021
RODRIGO MAIA JORGE – 2019
FALANDO DE ÉTICA 8
Responsabilidade Social 9
FALANDO DE ESTRATÉGIA 10
FIXANDO CONCEITOS 1 12
FIXANDO CONCEITOS 2 17
AS DIFERENÇAS ENTRE O
MARKETING DE SERVIÇOS E O MARKETING DE PRODUTOS 29
FIXANDO CONCEITOS 4 44
FIXANDO CONCEITOS 5 55
ESTUDOS DE CASO 96
GABARITO 97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
e ESTRATÉGIA
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Refletir sobre os conceitos de ética
profissional e responsabilidade social ⊲ INTRODUÇÃO
aplicados ao mercado, considerando as
variáveis concorrenciais e as estratégias de ⊲ FALANDO DE ÉTICA
comercialização de seguros.
⊲ FALANDO DE ESTRATÉGIA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
INTRODUÇÃO
Antes de falarmos sobre estratégias e técnicas de comercialização de
seguros, é fundamental termos uma visão dos valores e conceitos éticos
mais comuns nesse setor, e que podem ter um maior impacto na construção
do propósito e da missão das empresas.
FALANDO DE ÉTICA
O primeiro conceito é o da Ética nos Negócios – Vale lembrar que qual-
quer comunidade é composta por indivíduos, e essa mesma ideia vale para
outros grupos sociais, entre os quais as empresas.
Uma empresa com alto padrão ético dispõe de normativos claros e espe-
cíficos, que permitem identificar um conjunto de valores a serem seguidos
por todos os empregados e impedem ações impróprias.
Você, como corretor, deve estar atento a isso, especialmente quando tiver
representantes ou colaboradores, já que as ações desses profissionais estão
sob sua responsabilidade, assim como o seu código de registro na SUSEP.
— Responsabilidade Social
O objetivo da Ética é promover o bem comum por meio da reflexão a res-
peito dos valores que norteiam as escolhas de condutas consideradas cor-
retas. Identificados, estes valores passarão a compor a base de condutas
exigidas do indivíduo ou da organização em determinadas relações, no
sentido de norteá-las, com a finalidade de não prejudicar ninguém, não
deixar que ninguém o(a) prejudique e não se prejudicar.
FALANDO DE ESTRATÉGIA
Para falarmos sobre estratégia de comercialização de seguros, é importante
Estratégia compreendermos o que significa o termo estratégia.
sf. (gr strategia)
1. Arte de conceber operações de Esse termo está muito relacionado a operações de guerra, porém, com o pas-
guerra em planos de conjunto. sar do tempo, passou a ser utilizado nas teorias de administração, uma vez que
2. Ardil, manha, estratagema.
os profissionais desse setor devem atuar como verdadeiros estrategistas.
3. Arte de dirigir coisas
complexas. Var: estratégica. Em uma empresa, a estratégia é aplicada a várias áreas, como: estratégia
(Michaelis – Moderno Dicionário
financeira, estratégia de marketing, estratégia de recursos humanos, estra-
da Língua Portuguesa).
tégia comercial. Todas elas estão interligadas e alinhadas diretamente aos
objetivos da empresa.
FIXANDO CONCEITOS 1
(a) Do governo.
(b) De cada funcionário.
(c) Dos acionistas.
(d) Dos clientes.
(e) Dos gestores.
(a) Disciplina.
(b) Foco.
(c) Planejamento
(d) Estratégia.
(e) Operacionalização.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer os fatores ■ Compreender a evolução
que contribuíram para do mercado de seguros, ⊲ EVOLUÇÃO DO MERCADO
o desenvolvimento do aplicando novos DE SEGUROS
mercado de seguros, modelos de negócios
sendo capaz de identificar baseado em indicadores ⊲ TENDÊNCIAS E INDICADORES
DO FUTURO
a importância da definição mercadológicos.
de uma estratégia ⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
comercial competitiva;
■ Entender a importância
da análise do cenário na
definição da estratégia
comercial a ser adotada;
EVOLUÇÃO DO MERCADO
DE SEGUROS
Nos últimos anos, temos percebido um grande crescimento da receita do
mercado de seguros no Brasil – em 2019, tivemos uma evolução nominal
de mais de 12%, a maior taxa desde 2012. Mesmo em períodos de crise e
queda da economia, o mercado de seguros no Brasil tem um cenário atual
e uma tendência de crescimento positiva.
Em 2020, mesmo diante da maior crise sanitária dos últimos cem anos, o
mercado de seguros cresceu 1,3% em relação a 2019, segundo a edição
de fevereiro de 2021 da Conjuntura CNseg – Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suple-
mentar e Capitalização.
TENDÊNCIAS E INDICADORES
DO FUTURO
Mesmo com todo o crescimento do mercado nos últimos anos, podemos
ter uma visão ainda mais otimista também para os próximos anos, princi-
palmente considerando o enorme campo para o desenvolvimento da cul-
tura da educação e proteção financeira.
Importante
Analisar regularmente o mercado segurador é fator primordial para garantir o sucesso do
seu negócio. Por isso, acompanhe a evolução, consulte e analise os dados fornecidos
pelas empresas que controlam e incentivam esse mercado.
Visite os sites:
www.ipea.gov.br www.fenseg.org.br
www.susep.gov.br www.sincor.org.br
www.ens.edu.br www.fenacor.org.br
www.ans.gov.br www.swissre.com
www.tudosobreseguros.org.br
FIXANDO CONCEITOS 2
e PÚBLICO-ALVO
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Reconhecer os princípios fundamentais
para a definição da estratégia de ⊲ A IMPORTÂNCIA DO MIX
comercialização de seguros, analisando
as melhores práticas para a escolha de ⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
parceiros e produtos.
A IMPORTÂNCIA DO MIX
O mix produtos, parceiros e público-alvo são importantíssimos para a defi-
nição da estratégia de comercialização. Os três itens estão interligados, e
a definição de um deles irá influenciar automaticamente a definição dos
demais. Os conceitos de marketing passaram por transformações desde
o surgimento do conceito de mix de marketing – criado por Neil Borden
nos anos 1950 – e do lançamento do conceito dos 4 P’s – Produto, Preço,
Praça e Promoção –, por Jerome McCarthy, nos anos 1960.
— Produto
Levando-se em consideração as definições e os objetivos do marketing, a
tarefa maior de um produto é satisfazer as necessidades do mercado. Na
perspectiva atual do marketing, as pessoas não compram um produto: as
pessoas os adquirem para resolver seus problemas. Do ponto de vista do
consumidor, um produto tem uma infinidade de significados, portanto, é o
mercado quem o define. Quando falamos, especificamente, sobre produ-
tos relacionados a seguros, as grandes inovações surgiram de demandas
— Preço
O preço é o único elemento que gera receita por meio da venda do produto;
os demais geram custos. Para o produtor, o preço é igual ao custo mais o lucro.
— Praça de distribuição
Assim como o produto, a praça ou distribuição também deve satisfazer
as necessidades do consumidor. A função básica de um canal de distri-
buição é escoar a produção de bens em geral, sejam bens de c onsumo,
industriais ou de serviço. O avanço tecnológico tem oferecido, ao
Seja no caso de vendas porta a porta, por telefone, por meios digitais ou
affinity, é fundamental que o corretor defina suas estratégias para que as
vendas sejam bem direcionadas e adaptadas a cada um dos canais de
distribuição.
— Promoção
A promoção se relaciona às ferramentas de comunicação que fazem che-
gar uma mensagem ao mercado-alvo. A promoção de vendas é qualquer
atividade que vise vender, englobando a pesquisa, o estudo, a afinação e
a aplicação de todas as ideias e iniciativas que possam conduzir à coorde-
nação, ao melhoramento dos produtos e ao desenvolvimento das vendas.
— Parceiros
Atualmente, no Brasil, temos uma grande quantidade de segurado-
ras que disponibilizam diversos produtos de seguros. Seguradoras que
atuam com todos os ramos de seguros e outras que são especialistas em
ramos específicos. Independentemente do perfil, alguns critérios devem
ser levados em consideração para selecionar as seguradoras parceiras:
Isso pode acontecer de duas formas. A primeira delas é quando uma empre-
sa resolve estipular seguros para seus funcionários, muitas vezes utilizando
uma associação de funcionários, um grêmio de funcionários ou até a própria
— Público-alvo
Com que tipo de classe econômica você tem mais facilidade de rela-
cionamento? Em que área geográfica você pretende atuar? Você quer
ganhar pelo volume (quantidade de clientes) ou ter um tíquete médio
alto (valor médio de prêmio/contribuição por cliente)? Essas são pergun-
tas que o corretor deve fazer no momento da definição do p úblico-alvo
com o qual pretende trabalhar.
zonas de uma cidade grande, como São Paulo, por exemplo, onde o trânsito
consome horas do seu dia, pode ser não apenas perda de tempo, mas funda-
mentalmente perda de oportunidades. Avalie o poder econômico da região,
o perfil dos moradores e das empresas ali instaladas, além de procurar demais
informações que você entenda relevantes para a sua tomada de decisão.
FIXANDO CONCEITOS 3
Marque a alternativa correta:
1. A tradução de affinity para o português é afinidade. Em seguros, costu-
mamos chamar de Canal Affinity quando há, formalmente ou não:
(a) Alguém que cede seu balcão de negócios para que uma corretora
de seguros possa comercializar produtos de seguros destinados a
grupo de empresas.
(b) Alguém que cede seu balcão de negócios para que uma corretora
de seguros possa comercializar produtos de seguros destinados a
pessoas físicas.
(c) Uma empresa que resolve estipular seguros para seus executivos, em
que o faturamento é feito diretamente na área de compras da empresa.
(d) Produto proibido de ser comercializado por associações de funcio-
nários, um grêmio de funcionários.
(e) Benefícios que só podem ser estendidos aos funcionários das
empresas contratantes.
a) Canal corporativo.
b) Canal affinity.
c) Distribuição corporate.
d) Distribuição estratégica.
e) Canal indireto.
TÓPICOS
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ VOCÊ CONHECE O VERDADEIRO
SIGNIFICADO DE MARKETING?
■ Conhecer a importância e ■ Reconhecer os atributos ⊲ AS DIFERENÇAS ENTRE O
os conceitos básicos de indispensáveis para MARKETING DE SERVIÇOS E
marketing, analisando a os profissionais de O MARKETING DE PRODUTOS
aplicação do marketing de vendas considerando a
serviços nas vendas para importância do marketing ⊲ COMO O MARKETING PODE
nichos; pessoal neste processo. AJUDAR O CORRETOR DE
SEGUROS?
■ Entender como o ■ Compreender o marketing
marketing pode ajudar o utilizando seus conceitos ⊲ O QUE É E COMO PODE NOS
corretor de seguros na para o desenvolvimento AJUDAR O MARKETING PESSOAL
prestação de serviços. de um relacionamento
⊲ MARKETING PESSOAL: COMO
duradouro e rentável entre FAZÊ-LO CORRETAMENTE?
corretor e clientes.
⊲ ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS
AO PROFISSIONAL DE VENDAS
⊲ CONCEITOS DE INBOUND E
OUTBOUND MARKETING
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
Da mesma forma que é uma ciência que pode ser estudada e mensurada, o
marketing também é uma arte que, muitas vezes, por meio do subjetivismo
busca atingir o seu objetivo. Repare, também, que o marketing, segundo
Kotler, desenvolve três funções diretas:
■ A conquista de clientes;
■ A manutenção de clientes;
■ A continuidade das vendas para esses clientes, ou seja, a expiração
da carteira por meio da venda de novos produtos, cross-selling, ou a
melhoria dos produtos já adquiridos pelo cliente, up-selling.
A empresa que adota os conceitos de marketing e se estrutura em função
dele, portanto, reconhece que seu êxito depende da sua capacidade de:
AS DIFERENÇAS ENTRE O
MARKETING DE SERVIÇOS E
O MARKETING DE PRODUTOS
Ainda que as filosofias e as técnicas de marketing sejam absolutamente as
mesmas em qualquer setor, a prática do marketing de serviços apresenta
algumas peculiaridades que geram estratégias específicas.
tativas do consumidor, que, por não poder testar o produto ou vê-lo antes
da compra, cria determinada expectativa com a qual se deve saber lidar.
CARACTERÍSTICAS DIFICULDADES
1 Intangibilidade
dos serviços
Em serviços, vendemos
promessas
3 Produção
artesanal
Oscilação da qualidade
e dificuldade de controle
Estratégia de tangibilidade
Essa estratégia visa criar aspectos tangíveis para os serviços. É
muito importante dedicar-se à programação visual, à papelaria,
ao layout do local onde se presta o serviço, à forma de vestir-se,
à qualidade do material de apoio à venda. Esses detalhes, entre
outros, devem refletir o posicionamento que se pretende oferecer
aos serviços, sempre com a reiteração de que a promessa expres-
sa nesses aspectos tangíveis deve ser absolutamente compatível
com a qualidade do serviço que se almeja prestar.
Estratégia de relacionamento
Essa estratégia diz respeito ao elemento humano, cuja expectativa
estrita encontra-se no marketing de serviços. A pessoa que presta
serviço é a produtora, a vendedora e a entregadora. Assim sendo,
sua interação com os clientes é fundamental. Para garantir a quali-
dade dessa interação, no entanto, existe a necessecidade de apren-
Estratégia de industrialização
Essa estratégia procura superar a dificuldade criada pela oscilação
de qualidade e pela complexidade inerente ao controle. À medida
que se consegue estabelecer protocolos na prestação de determi-
nado serviço, porém, percebe-se, proporcionalmente, o aumento
considerável nos quesitos qualidade e controle. Quanto mais se
consegue eliminar o aspecto artesanal na prestação de serviço,
investe-se na melhoria e, em consequência, alcança-se a simplifi-
cação no controle do padrão de qualidade.
A prestação de serviços é validada, nesse caso, pela qualidade com que é pres-
tada. É essa qualidade que diferencia determinado serviço e gera confiança,
que é a chave do sucesso do corretor de seguros. Quando adquirimos algo
intangível – nesse caso, o seguro –, o fator preponderante em nossa decisão é
a confiança no fornecedor.
MARKETING PESSOAL:
COMO FAZÊ-LO
CORRETAMENTE?
2. Liderança
Essa capacidade está entre as mais admiradas; afinal, a liderança
está cada vez mais atrelada a inspirar pessoas. E quem é capaz de
cativar e influenciar pessoas constitui-se em referência para elas.
3. Seja proativo
Mostre que você é uma pessoa que está à frente das situações nega-
tivas que podem vir a ocorrer. Tente ser proativo e pensar, na maior
parte do tempo, em soluções e formas de melhorar os processos.
4. Seja visto
Participe de eventos relacionados à sua área de atuação, interaja
com pessoas com os mesmos interesses que você, publique suas
conquistas e promova a sua visibilidade.
5. Tenha um objetivo
Assim como toda boa estratégia de marketing, de nada adianta
você trabalhar o seu marketing pessoal se, antes, não estabele-
cer um objetivo claro sobre aonde almeja chegar.
ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS AO
PROFISSIONAL DE VENDAS
Ao tratarmos de marketing pessoal, também devemos levar em considera-
ção as características comportamentais do profissional, pois essas particu-
laridades podem fazer muito bem ou muito mal à sua imagem com os seus
clientes. Na sua opinião, quais são as características que devem fazer parte
do perfil de um profissional de vendas de sucesso?
!
Desafio
Dê a sua opinião sobre o perfil do profissional
de vendas de sucesso
Persuasão
Persuadir é convencer o outro com a utilização da tática de jogar com os
impulsos que levam à compra, despertando no cliente a consciência de
suas necessidades sem, no entanto, forçá-lo a comprar.
Objetividade
Em uma relação comercial, devemos ser objetivos para não dar margem a
distorções ou falsas interpretações de nossas intenções. A meta prioritária
é traçar um perfil honesto de nossa atividade e criar nosso código de ética.
Automotivação
Os profissionais de vendas não podem contar apenas com motivações
externas para realizar suas tarefas. Precisam de motivações próprias (inter-
nas) que garantirão sua persistência e energia para conduzir seus negócios.
Sensibilidade
O mais importante no segmento de vendas é saber acompanhar o racio-
cínio do cliente: utilize a sensibilidade para perceber e compreender as
necessidades dele, agindo como conselheiro, e perceberá a diferença.
Entusiasmo
É a chave do sucesso. O entusiasmo gera segurança e evita maus hábitos,
como desânimo, descumprimento de horários e negligências.
Dicas É com entusiasmo que você atinge seus objetivos. Quanto mais contagian-
te você for, mais naturalmente seu cliente sentirá identificação com você.
■ Organize seu cronograma; Procure aliar seu entusiasmo à necessidade de compra.
■ Parta para o trabalho; Você terá mais chances se agir com entusiasmo. Esse estado de ânimo tra-
■ Dê início às entrevistas e duz o volume de sua força de vontade e a energia que você utiliza para a
■ Desenvolva os predicados concretização das suas ideias. Com entusiasmo, acredite, haverá realizações.
de um profissional eficiente.
Iniciativa
Não é aconselhável que se permaneça no escritório por mais tempo do
que o necessário. Não desenvolva o hábito de perder tempo.
Autoconfiança
Lembre-se Todo profissional de vendas deve se valer e utilizar mecanismos que o
tornem autoconfiante.
Você tem que confiar em si,
no seu trabalho e nas suas Situações difíceis não são criadas pelo cliente impertinente, mas pelo
metas. Ninguém convence medo que o profissional tem de enfrentá-las. Nessas horas, a autoconfiança
outra pessoa demonstrando se impõe como diferencial para alcançar vitórias.
insegurança. Acredite em você
mesmo, no poder que você
tem para controlar sua própria
Atenção
vida; acredite na sua força. Honestidade e Verdade
Acredite no amanhã e no que
ele trará. Tudo dará certo se A utilização de todos esses atributos não garante uma boa
você confiar e acreditar na venda se ela não for baseada na honestidade e na transpa-
máxima de que não há limites rência. O cliente deve entender exatamente quais são os
quando se quer fazer. direitos dele, a fim de que, num eventual momento de perda
(sinistro), ele não se depare com dissabores adicionais.
Importante Memória
É outra qualidade de grande valia. No caso de um cliente habitual, deve-
Lembre-se sempre do nome mos lembrar detalhes de visitas anteriores, como produtos adquiridos,
de seu cliente. serviços prestados, preços, comportamento do cliente. Mas não confie
apenas na sua memória. Mantenha registro atualizado com os dados dos
clientes para facilitar as próximas visitas.
Dicas Organização
A organização no trabalho é a base da eficiência e de aproveitamento
Cadastre seus clientes, do tempo disponível. Ao agir dessa maneira, você poderá obter lucros
faça anotações, mantenha adicionais.
seus arquivos em dia e,
principalmente, estabeleça Persistência
diariamente um cronograma
A persistência é um fator essencial no processo de transformação de
de trabalho.
“desejo” em “moeda”. É um estado de espírito que deve ser associado a
planos definidos, conhecimentos, autoconfiança e força de vontade.
Lembre-se Pontualidade
A pontualidade é uma das principais qualidade a revelar que uma pessoa
O profissional pontual nunca é ciosa no cumprimento de compromissos. Quem é pontual conquista res-
perde boas oportunidades peito e admiração.
de negócios.
Paciência
Todo profissional de vendas, bem-sucedido, possui esta característica que
está intimamente ligada a saber ouvir. É por intermédio da paciência que,
muitas vezes, o profissional consegue dominar situações desagradáveis.
Nem todas as negociações são resolvidas no primeiro contato. Algumas
podem durar semanas, meses e até mesmo anos. A paciência, por isso, em
situações adversas, é uma virtude.
Senso de Oportunidade
É a qualidade que permite ao profissional falar ou agir na hora certa. Sem-
pre que um profissional tiver que tomar a iniciativa em suas atividades,
deve verificar se o momento é realmente oportuno.
Conhecimentos Gerais
Todo profissional de excelência, além de dominar com profundidade os
segredos da sua profissão, deve ter conhecimentos sobre assuntos gerais.
Eles podem ser adquiridos pela leitura de bons livros e ainda em conversas
com pessoas de notório saber. Ler jornais, diariamente ajuda a manter-se
informado sobre o que ocorre ao seu redor e no mundo, além de propiciar
fluência discursiva em ocasiões de diálogo, como anteparo seguro e agra-
dável do conhecimento.
Capacidade de Argumentação
Argumentar bem é algo que depende do conhecimento que o profissional
de vendas tem em relação:
■ ao cliente;
■ ao produto ou serviço oferecido;
■ à sua empresa;
■ às técnicas de vendas;
■ ao seu mercado;
■ à concorrência;
■ à sua capacidade e a si mesmo.
Coragem
Em vendas, trata-se de um atributo que deve acompanhar o profissional
em todas as ocasiões. Timidez ou receio não são indicados para momen-
tos em que se tem de enfrentar interlocutores rápidos, agressivos ou pers-
picazes e astutos.
Facilidade de Expressão
O profissional de excelência está sempre aprimorando sua capacidade de
Lembre-se expressão. Ele, afinal, deverá desempenhar papel preponderante: argu-
mentar favoravelmente a respeito de seus produtos/serviços.
Expressar-se fluentemente
é essencial. Cultive e Os profissionais de vendas precisam estudar e conhecer a utilização ade-
desenvolva a facilidade quada de gestos, inflexão de voz, postura para que possam valorizar a
de expressão, por meio apresentação dos seus serviços ou produtos.
de leitura, treinamento e
Percepção
da prática em palestras,
discursos e apresentações. Percepção é o nível de maior ou menor sensibilidade que algumas pes-
soas desenvolvem ao observar determinados detalhes de uma situação
ou de uma pessoa. Para um profissional de vendas, desenvolver o nível
de percepção é fundamental para que possa estar habilitado a perceber
aspectos como estilo do cliente, apresentação do escritório ou da residên-
cia, e ainda quem decide a negociação, principais problemas surgidos no
decorrer da entrevista, necessidades imediatas do cliente, melhor forma
de empreender o fechamento com sucesso, dentre outros exemplos.
Postura
A postura constitui-se em somatório de ações que geram confiança e cre-
dibilidade no cliente. É a forma absolutamente positiva como o corretor
apresenta-se ao cliente: roupa adequada, maneira persuasiva como apre-
senta o produto, forma de olhar o cliente nos olhos, atitude a demonstrar
confiança, segurança, conhecimento e credibilidade. Não se esqueça de
que um profissional de vendas não é analisado apenas pelo que fala, mas
também por todas as suas ações.
O grande guru do marketing, Tom Peters, afirma que se deve buscar uma
diferenciação, um nicho para seu produto. A qualquer preço!
Exemplo
O corretor de seguros atua na pré-venda, na venda, na assistência ao cliente durante toda a
vigência do contrato e, principalmente, quando ocorre um sinistro. Além disso, ele está em
permanente contato com as seguradoras para inteirar-se sobre novas coberturas e novos
produtos, inclusive das seguradoras concorrentes com as quais não trabalha. O corretor
precisa, também, conhecer individualmente seus clientes, suas motivações e necessidades,
e, ainda, informá-los acerca dos benefícios de cada tipo de modalidade de seguro. Ele pre-
cisa negociar e vender, ser capaz de vencer a concorrência, as resistências dos clientes e
suas próprias deficiências, além de aprimorar continuamente as próprias técnicas e conhe-
cimentos. Em alguns casos, ele ainda é o gestor de sua corretora, o que o transforma em
responsável pela administração da empresa.
Exemplo
■ Clientes que priorizam seguradoras de primeira linha;
■ Clientes que querem somente preço;
■ Clientes preocupados com atendimento rápido;
■ Clientes classe “A” e “B”;
■ Jovens casais ou casais com filhos em idade escolar.
CONCEITOS DE INBOUND
E OUTBOUND MARKETING
O que é inbound marketing?
Inbound lead é o nome dado ao lead que vem até você, potencialmente
interessado no seu negócio. Em geral, isso acontece por meio de alguma
ação de inbound marketing. São aqueles clientes que acham você antes
que você os procure.
■ Indicações e referências;
■ Marketing de conteúdo, e-books;
■ Blogs e vlogs (disponibilizar conteúdo digital por escrito ou por
vídeo);
■ Newsletters enviadas por e-mail;
■ Webinars e lives,
■ Parcerias com influenciadores digitais do seu segmento;
■ Mídias sociais.
O outbound marketing realiza seu trabalho por meio do contato direto com
possíveis clientes. O diferencial desse método está na confiança que a marca
consegue passar aos consumidores (humanização do processo de vendas).
FIXANDO CONCEITOS 4
Marque a alternativa correta:
1. São atributos indispensáveis ao profissional de vendas:
a) Tangibilidade.
b) Diferenciação.
c) Industrialização.
d) Relacionamento.
e) Venda.
a) Marketing de relacionamento.
b) Marketing de produto.
c) Marketing de conteúdo.
d) Marketing pessoal.
e) Marketing de divulgação.
PROFISSIONAL de VENDAS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Refletir sobre os fatores ■ Reconhecer a venda de
fundamentais para investir seguros como profissão, ⊲ ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
nos meios eletrônicos, identificando as principais
planejando ações de apoio vantagens para empreender ⊲ OS CANAIS DIGITAIS COMO
às vendas; nesta atividade e; APOIO A VENDAS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 5
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Para conseguir “liberdade para vender”, precisamos de tempo e, para
tanto, é necessário organizar nossas tarefas.
— Canais digitais
Para que possamos investir nos canais digitais como apoio a vendas,
devemos analisar e refletir sobre cinco fatores: cliente-canal-produto-
conhecimento-organização.
As pessoas estão cada vez mais conectadas e, por saberem que as informa-
ções estão disponíveis na rede, dispõem-se a procurá-las. Gerar conteúdo
para facilitar a vida das pessoas na hora de contratar um seguro irá atrair um
público que reconhecerá você como referência no assunto. Veremos, a seguir,
alguns exemplos de redes sociais que podem ajudar a marcar a sua presença
digital. Antes, vamos lembrar da utilização do e-mail como ferramenta.
— A Utilização do E-mail
Atualmente, há inúmeras ferramentas eletrônicas de vendas, de gerencia-
mento de relacionamentos e também para estabelecer contato com novos
e antigos clientes. A popularização da Internet barateou – e muito – essa
comunicação, contudo, o e-mail segue sendo o meio mais adequado para
documentar as tratativas e comunicar-se de forma profissional com os seus
clientes, por isso, vamos falar um pouco dele.
E-mail
O correio eletrônico é uma excelente maneira de entrar em contato com
seus clientes não só para a troca de arquivos em formato digital, como tam-
bém para divulgar novos produtos e oportunidades. É necessário, contudo,
que você tenha muito cuidado ao usá-lo:
Assinatura digital
Atualmente, grande parte das seguradoras já disponibilizam a pos-
sibilidade de assinatura digital. O email do segurado é o principal
canal de comunicação para envio de documentação para assina-
tura digital de propostas, aviso de pagamento de sinistro, envio de
boletos e cobrança. Esteja atento pois as seguradoras praticamen-
te já não mandam mais correspondências físicas por carta e toda
comunicação é feita por email.
Não estamos dizendo que você deve deixar de ser você mesmo e passar
a ser apenas uma representação do seu “eu profissional” nas redes, mas,
caso você queira investir no marketing pessoal de verdade, utilize seus
canais como resumos daquilo que você quer transmitir.
Dessa forma, seu conteúdo precisa ser construído de acordo com estraté-
gias e pensado de acordo com o público que você pretende atingir. Para
isso, planejamento e avaliação constantes são fundamentais.
Twitter
Apesar de permitir a utilização de apenas 140 caracteres, o Twitter
é a rede social que possui um dos maiores números de participan-
tes. O Twitter pode ser utilizado para postar pequenas mensagens
ou para divulgar informações de interesse geral. A utilização de
hashtags (#) marca determinados assuntos, e os mais comentados
podem virar trending topics entre os mais citados.
Facebook
Grande parte dos usuários das redes sociais possui conta no
Facebook, sendo uma das redes sociais de maior influência na
Internet. É possível postar fotos, vídeos e mensagens sem a limi-
tação dos 140 caracteres como é no Twitter. Para uso profissio-
nal, o Facebook permite a divulgação de anúncios ou mensagens
patrocinadas, e tais serviços podem ser contratados no próprio
Facebook para impulsionamento de postagens e maior v isibilidade
do público que você escolheu como alvo.
Linkedin
O Linkedin é a rede social destinada à divulgação de perfis pro-
fissionais, empresas e serviços. Os utilizadores dessa rede devem
personalizar o perfil com fotografia profissional, com o currículo sem-
pre atualizado e postagens de artigos do seu segmento de atuação.
Cada vez mais tem sido utilizado para geração de leads e relaciona-
mento com potenciais clientes, além de ser uma importante fonte de
busca de currículos por profissionais de recrutamento e seleção. Não
é uma rede social para troca de informações pessoais, postagens de
festas e encontros entre amigos e familiares, como é o Facebook.
Instagram
Trata-se de uma rede social do mesmo grupo do Facebook, orien-
tada para a divulgação de fotos e vídeos. É um aplicativo para você
criar vínculo com usuários que tenham interesses em comum. Uma
excelente ferramenta de marketing pessoal e também profissional,
que possibilita criar grande número de seguidores e alto índice de
engajamento e interação com a audiência.
Youtube
É uma rede social é destinada à criação de canais para divulgação
de vídeos e pequenos filmes. Muitas empresas utilizam o Y ouTube
para lançamentos de produtos e de campanhas de marketing,
vídeos de configuração dos produtos, comerciais e treinamentos.
Criar vídeos com os procedimentos para a realização de uma
tarefa, o uso de um produto ou até um curso sobre determinado
assunto são alguns exemplos da utilização do YouTube.
A VENDA DE SEGUROS
COMO PROFISSÃO
Apresentaremos, a seguir algumas razões para você ser um profissional de
venda de seguros, ou seja, um corretor de seguros:
A profissão
A corretagem de seguros é, atualmente, atividade profissional com
grandes opções de desenvolvimento.
Os ganhos
Há possibilidade de ganhos superiores em comparação a outros
trabalhos. Em seguros, como em qualquer outra atividade de ven-
das, o corretor recebe comissão pelas vendas que realiza. Essas
comissões permitem ganhos diretamente proporcionais ao volu-
me de vendas.
A carteira de clientes
O seguro, por ser um contrato anual, deve ter sua renovação
paga a cada ano, e o corretor recebe uma comissão desse paga-
mento, mesmo que não tenha efetuado nova venda, mas por
manter o contrato formalizado. Essa carteira permite estabilizar
os ganhos e aumentá-los progressivamente, já que a cada ano
somarão os lucros das renovações com os ganhos dos seguros
novos vendidos.
Negócio próprio
O corretor pode construir seu próprio negócio baseado em sua
atividade. Não requer, para isso, investimento de grande capital,
estrutura e tampouco estoque de produtos. Seu próprio trabalho
proporcionará a renda respectiva, e sua carteira de clientes possi-
bilitará construir patrimônio próprio.
Função social
A função do seguro é cada vez mais bem entendida e aceita pela
sociedade. Seu princípio de solidariedade e distribuição de riscos
prospecta imagem muito positiva. O corretor é admirado por seu
trabalho de contribuir com o bem-estar social. Isso produz satisfação
pessoal relevante e orgulho da profissão.
O trato humano
O trato com o cliente, a necessidade de contato humano e o gosto
pela relação com pessoas são outras motivações importantes para
desenvolver-se nessa profissão. Sempre com a vantagem de poder
eleger os compradores e vender seguros aos mesmos clientes, o cor-
retor consegue estabelecer relação de confiança que se fará fiel à
oferta, ao conselho e à segurança que oferece o vendedor.
A liberdade
Outros aspectos motivadores e relevantes para escolher essa pro-
fissão traduzem-se no desejo de liberdade, de não ser fiscalizado
constantemente e de ser dono de seus próprios atos. A liberdade
aqui se amplia pela possibilidade de planejar e organizar o traba-
lho como desejar e adicionalmente dedicar tempo e esforço àquilo
que se almejar. A isso se supõe um exercício de responsabilidade
e maturidade, porque ninguém vai obrigá-lo a nada. Somente o
próprio corretor, sua consciência profissional, o desejo de atingir a
perfeição e de prestar os melhores serviços, com a qualidade que
seus clientes merecem e com os quais ele se comprometeu, serão
fundamentos para desenvolver a atividade de maneira adequada.
FIXANDO CONCEITOS 5
(a) 50% do seu tempo na venda dos seus produtos e 50% na administração
do seu negócio.
(b) 30% do seu tempo dedicado na área comercial e 70% na área administrativa.
(c) 100% do seu tempo nas vendas; afinal, essa é a essência dessa
profissão.
(d) 70% do seu tempo dedicado à área comercial e 30% à área administrativa.
(e) 5% do seu tempo nas vendas, já que precisa da maior parte do tempo
para controlar as demais atividades.
a) Twitter.
b) Youtube.
c) Instagram.
d) Facebook.
e) Linkedin.
APLICADA ao SEGURO
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Compreender a mudança ■ Analisar as mudanças
das relações comerciais ocorridas nas relações ⊲ MUDANÇA NAS RELAÇÕES
e o processo de comerciais, comparando COMERCIAIS
vendas consultivas de a era da transação com a
seguros, considerando atualidade. ⊲ APLICANDO O MÉTODO
CONSULTIVO PARA
as necessidades e
VENDER SEGUROS
expectativas dos clientes
em relação ao produto; ⊲ AS TRÊS FASES DA VENDA
■ Reconhecer a venda
⊲ A PREPARAÇÃO DA VENDA
consultiva como um
comportamento aplicável ⊲ O PROCESSO DE
em vendas, considerando VENDAS CONSULTIVAS
as especificidades do
mercado de seguros; ⊲ PÓS-VENDA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 6
MUDANÇA NAS
RELAÇÕES COMERCIAIS
Estamos passando por mudança significativa no conceito de vendas, ainda
mais quando falamos de vendas no mercado de seguros. O corretor, duran-
te muito tempo, foi visto como um simples vendedor de seguros. Hoje, cada
vez mais, é visto como um consultor – um consultor de proteção da vida e
do patrimônio dos seus clientes.
Esse processo de mudança nas relações comerciais é denominado,
conceitualmente, como o fim da Era da Transação. Na transação, o que
tem importância é o hoje, o agora, o lucro instantâneo, e, dessa forma, o
Saiba mais vendedor extinguiria os lucros futuros que um cliente e suas indicações
poderiam oferecer.
“O paradigma mudou. Vivemos, hoje, na Era da Relação, período definido por um mercado alta-
Produtos vêm e vão. mente competitivo, em que, para cada necessidade do cliente, existem cen-
A unidade de valor, hoje, é o tenas de opções. É indispensável, portanto, o cultivo, por parte do corretor,
relacionamento com o cliente.” do relacionamento com cada um de seus clientes. E esse bom relaciona-
Bob Wayland mento começa no momento da venda.
OBJETIVO Vender de qualquer maneira, mesmo Pode perder uma venda, mas
que o cliente não retorne nunca mais não perde o cliente
Retirado do livro Correndo pro abraco – como vender mais fazendo com que o cliente
compre sempre, de Sergio Almeida e Raúl Candeloro, Editora Casa da Qualidade.
POSTURA DO VENDEDOR
TRANSACIONAL
EU GANHO, VOCÊ PERDE
Descoberta Vantagens e
Tratamento Fechamento
Planejamento dos problemas benefícios
de objeções da venda
do cliente da sua solução
Vendedor versus Comprador VENDA
POSTURA DO VENDEDOR
RELACIONAMENTO
EU GANHO, VOCÊ GANHA
Descoberta Vantagens e
Planejamento dos problemas benefícios da
Tratamento Fechamento SOLUÇÃO
de objeções da venda
do cliente sua solução A DESEJOS E
NECESSIDADES
Vendedor + Comprador
versus Problemas
APLICANDO O MÉTODO
CONSULTIVO PARA
VENDER SEGUROS
Quando você está falando com seu cliente, você se posiciona como
alguém que tem algo a aconselhar, concentra-se somente em oferecer o
seguro e seus serviços ou fala apenas de preço?
Um monólogo único para todos os clientes. Manter um diálogo – evitando o cliente passivo,
indiferente, ausente. Despertar nele o interesse e o
desejo.
A projeção. O desejo de convencer e de impor o Demonstrar empatia – interessar-se pelo cliente, por
próprio ponto de vista, sejam quais forem as neces- suas motivações e seus bloqueios, antes de tentar
sidades ou expectativas do cliente. convencê-lo.
Vencer o cliente. Impor-se com força, sem consi- Criar um clima de confiança – ser competente. Ser
deração por suas preocupações. visto como um especialista. Transmitir segurança. Ter
comportamentos e expressões adequados.
Importante
Um consultor, deve apresentar produtos e soluções personalizados que atendam a
necessidade do cliente.
■ Preparação da venda;
■ Processo de vendas consultivas;
■ Pós-venda.
— A Preparação da Venda
Devemos entender a venda como um processo. Uma fase interage com as
outras. Assim, a preparação da venda influencia o seu desenvolvimento, que, por
sua vez, é favorecido pelo pós-venda, que prepara outra venda, e assim por diante.
Assim sendo, após ter definido seu público-alvo, faz-se necessária a busca
desses clientes. O cliente é o elemento de referência de nossa atuação e
deve ser considerado como fator-chave para alcançarmos, com sucesso,
os objetivos do nosso trabalho.
A prospecção é o ato de localizar pessoas (físicas e/ou jurídicas) para lhes ofe-
recer nossos produtos/serviços. É muito difícil uma quantidade suficiente de
clientes vir comprar espontaneamente; então, é preciso ir até esses clientes.
Fontes de Prospecção
Pessoas que você conheça ou com
as quais mantenha contato social
Você pode se dirigir a pessoas que já conhece ou com as quais man-
tém algum tipo de contato. Sem dúvida, essa costuma ser a primei-
ra fonte de prospecção. O circulo no qual você é bem conhecido pelas
relações familiares ou de amizade pode ser a primeira fonte de possí-
veis clientes ou centro de influência para encontrar outros clientes. Tam-
bém é importante participar de atividades sociais e comunitárias que
significam prestígio e podem proporcionar novas relações e contatos.
Note que tudo isso é dito antes que o cliente diga algo. Você não pergun-
ta como ele está nem fica rodeando para entrar no assunto. Quando o
cliente percebe que você não está tentando lhe vender nada, geralmente,
ele relaxa. Além disso, essa abordagem dura apenas alguns segundos.
Depois, é só agendar e visitá-lo.
Indicações ou Referências
Sem dúvida, entre as opções que existem para prospectar, essa é a de
melhor custo-benefício. Conseguir indicações demanda menos esforço
financeiro e menos tempo. Se não criarmos, contudo, o hábito de pedirmos
indicações aos nossos clientes, elas não aparecerão.
Sabe por que, muitas vezes, não temos indicações? Por três motivos:
■ Não pedimos;
■ Não sabemos como pedir;
■ É desconfortável pedir.
Como contornar essa situação e criar um modo de resolver isso, fazendo
com que pedir indicações vire um hábito?
Carteira de clientes
Para corretores que já possuem uma carteira de clientes, ter uma estratégia
de venda cruzada é fundamental. Lembre-se de que a carteira de clientes se
trata de pessoas que já tiveram alguma experiência de compras com você,
seja de produtos relacionados a seguros ou, até mesmo, clientes de outros
segmentos em que você já tenha atuado. Por exemplo, clientes de um escri-
tório de contabilidade ou de uma imobiliária podem ser potenciais compra-
dores de seguros empresariais, residenciais, fiança locatícia, entre outros.
Prospecção Telefônica
A prospecção feita por telefone objetiva agendar entrevistas pessoais.
Você pode ligar para o cliente, a fim de colher algumas informações e
tentar marcar uma entrevista. Esse método o ajuda a planejar melhor seus
dias e demonstra ao cliente potencial certo profissionalismo. Lembre-se
de que o telefone deve ser seu aliado, e não o instrumento, para você
realizar suas vendas.
E-mail Marketing
Quando bem feito, pode ser uma excelente ferramenta. O corretor deve
tomar todo cuidado para não criar um spam, ou seja, e-mails de propa-
ganda indesejada, que irão encher as caixas de mensagens do cliente.
O primeiro passo para um e-mail marketing de qualidade é criar uma
ferramenta capaz de oferecer aos seus clientes informações que possam
ser úteis para eles e, ao mesmo tempo, divulgar a sua empresa. Um exem-
plo pode ser um informativo sobre os benefícios e diferenciais do seguro
que o cliente contratou. Isso irá estimulá-lo a usar alguns benefícios da
sua apólice e, provavelmente, ajudará na renovação. O segundo passo é
descobrir quais dos seus clientes desejam receber tais informativos. Uma
estratégia é selecionar um número de clientes para os quais você acre-
dita que as informações sejam relevantes e inserir, na sua mensagem, a
observação: “Caso não queira mais receber este informe, por favor envie
um e-mail para: ...”; dessa forma, você irá garantir que apenas os clientes
interessados passarão a receber o seu material. E apenas para lembrar:
EVITE SPAM!
■ Pré-abordagem;
■ Abordagem;
■ Levantamento de necessidades;
■ Apresentação do seguro;
■ Contorno de objeções e
■ Fechamento.
O sucesso na venda não depende de uma ou outra etapa, e o bom ven-
dedor não é o que tem habilidade só em alguma etapa em detrimento de
outra, mas no conjunto de todas elas. Uma boa pré-abordagem leva a uma
abordagem melhor; o levantamento de necessidades bem-feito permite
uma apresentação adequada, e estar mais bem preparado para contornar
as objeções (sustentação) facilita o fechamento.
Pré-abordagem
No ato da venda, antes de iniciarmos qualquer contato ou entrevista com o
Dicas cliente potencial, devemos nos preparar. Essa primeira etapa, quando tudo
começa, é chamada de pré-abordagem.
Quando nos preparamos,
com certeza evitamos Toda venda é única. Todo cliente tem sua particularidade. Antes de tentar-
aborrecimentos mos vender nossos seguros, devemos estar preparados, informando-nos a
desnecessários. respeito de quem é o cliente potencial, como deveremos abordá-lo, quais
possíveis objeções ele poderá fazer. Em resumo, é preciso saber qual
estratégia precisaremos usar e como deveremos nos preparar para conta-
tá-lo. Existe muita gente que ainda acredita que, na base do improviso,
somos capazes de convencer qualquer cliente potencial a comprar nossos
seguros, o que não é verdade.
Comentário Para nos prepararmos melhor, podemos seguir alguns passos:
Atualmente, o corretor
profissional sabe da
1. Pesquise o cliente potencial
importância de estar cada vez Qual o nome, estado civil, sexo, profissão, renda e tamanho da família do
mais bem preparado para falar cliente? Quais são os telefones e endereços dele? Para visitá-lo, onde seria
com seus clientes. mais adequado: em casa ou no escritório? Quando foi a última vez que ele
Só assim conseguirá aumentar comprou? Qual ramo de seguro ele tem conosco? Como costuma pagar –
sua produtividade e fechar à vista ou parcelado? Quais prováveis perguntas ele costuma fazer? O que
boas vendas. ele pensa de minha empresa ou de mim, ou sobre seguros? É um cliente
novo? Já tive contato com ele? Como foi? Como ele chegou até nós? Por
intermédio de quem ou de qual mídia? Do que ele mais se orgulha (família,
Como está sua aparência? Sua roupa? Suas unhas, sua maquiagem ou
sua barba estão bem-feitas? Seus cabelos estão cortados? Sua autoestima
está elevada para esse contato? Seu material de apoio está em ordem?
Tem à mão, para assim que precisar usar, cartas testemunhais, ranking de
seguradoras, portfólio da corretora, que provam o que você diz? Está car-
regando um bloco para fazer anotações? Você está pronto para agir como
um corretor consultor do cliente? Está tecnicamente preparado?
Importante Abordagem
A abordagem é uma das fases mais importantes da venda. É o momento
Subsídios para uma
aproximação pessoal: que permite a aproximação com o cliente.
■ Ler jornais, revistas atuais e Os primeiros momentos de qualquer apresentação são decisivos para o
manchetes diárias; sucesso da entrevista.
■ Assistir a diversos canais de TV,
Para você abrir eficazmente uma venda, procure quebrar a resistência natural
assistindo, também, a um pouco
dos clientes em relação aos vendedores e desenvolva um relacionamento
de cada programa, entrevistas,
pessoal, e não comercial. Procure um assunto que ligue você ao cliente; esti-
filmes, atrações; e
mule-o a falar. O propósito desse momento é fazer o cliente expressar-se.
■ Identifique o polo de
encontro: o que há por perto? Faça, na abertura, colocações criativas, diferentes e inteligentes, que esti-
Restaurantes, jornaleiros, mulem a conversa. Aborde assuntos que não sejam relacionados direta-
bancos, outros tipos de mente ao produto e evite fazer perguntas que possam ser respondidas
estabelecimento? com uma simples palavra como sim ou não.
Atenção
Jamais toque em assuntos polêmicos, como futebol, política e religião, ou em assuntos
que você não domine.
Definir o objetivo
Para estabelecer o objetivo, basta dizer ao cliente o que você pre-
tende realizar durante a visita. Isso oferece um rumo claro à con-
versa, permitindo que sua atenção fique centralizada no cliente e a
dele em você. Para isso, você pode dizer:
Levantamento de Necessidades
Os especialistas dizem que essa é a etapa mais importante da venda. Se
não for a mais importante, é, pelo menos, etapa indispensável.
Para apresentação de uma proposta de seguro, devem ser tomados como base
de partida os elementos fornecidos pelo cliente durante a realização do levan-
tamento de necessidades.
É fundamental criar uma lista de perguntas que você precisará fazer ao seu
cliente. Tais perguntas podem variar de acordo com o foco do seu trabalho.
Dessa forma, evitamos perder tempo oferecendo algo que o cliente não
esteja precisando ou que não seja prioridade para ele naquele momento.
Como você pode vender alguma coisa sem saber do que o cliente precisa?
Será que é fácil vender Seguro de Vida para uma pessoa de 22 anos, sol-
teira, sem filhos e com pais ricos? O corretor mal preparado encontra uma
pessoa com esse perfil e, sem fazer nenhuma pergunta, começa a falar
do seu produto, inclusive mostrando muito conhecimento, mas, depois de
algum tempo, ele escuta: “Obrigado, não tenho interesse!”.
Se ele tivesse perguntado como é essa pessoa e quais eram suas necessi-
dades de proteção, ele teria, no máximo, falado de invalidez.
Pois bem, a verdade é que é muito mais importante saber ouvir do que falar
incansavelmente. O bom vendedor faz muitas perguntas a seu cliente. A
seguir, deixe-o falar e o ouça com muita atenção.
Observação
O corretor de seguros, hoje, tem uma grande vantagem a seu favor que é a “obrigato-
riedade” de fazer perguntas ao seu cliente para estabelecer seu perfil. Aproveite esse
momento e conheça um pouco mais o que seu futuro segurado realmente pretende.
Veja alguns exemplos:
Não faça apenas as perguntas que são “obrigatórias”
No caso de um seguro novo em sua carteira, além das perguntas que você fará, acres-
cente algo como:
— A senhora tem alguma experiência com seguro ou é a primeira vez que o contratará?
— O que o senhor considera mais importante em um seguro?
Com perguntas desse tipo, você acaba sabendo se a pessoa já conhece ou precisa
de informações mais detalhadas de coberturas e serviços, e sente a necessidade de
qualidade em serviços adicionais ao seguro ou se ela só está realmente preocupada
com a garantia de indenização num eventual roubo, ficando o preço como único fator
de interesse.
Aproveite para conhecer melhor o cliente e, assim, criar possibilidade de vendas futuras
Se você está perguntando:
— Qual é o CEP de pernoite do veículo?
— O veículo fica em garagem na residência?
Por que você não acrescenta:
— O senhor reside em casa ou apartamento?
— Seria interessante contar com uma assistência para a sua residência?
Acrescentando essa e outras perguntas, você pode, também, oferecer um seguro de re-
sidência, principalmente quando o cliente morar em casa, pois os cuidados são maiores.
Fazer perguntas significa que você se importa com a outra pessoa.
Incorpore questões simples e que surjam naturalmente no decorrer da conversa. Parecem
inocentes e sem relação com a venda, mas, por meio delas, você pode descobrir muito so-
bre as necessidades de seus clientes. Demonstre interesse. O restante fica mais fácil.
Abertas
Estimulam o cliente a expor o que pensa livremente, sem amarras,
abrindo as possibilidades de resposta. Normalmente, as perguntas
são iniciadas por: Como... Por que... O que... Que... Qual... Conte-me...
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Fechadas
Nota Conduzem a resposta do cliente na direção escolhida pelo vendedor.
Limitam a resposta do cliente a expressões curtas e objetivas como:
Uma das utilizações mais
sim ou não, uma escolha entre as alternativas que você ofereceu em
importantes das sondagens
sua pergunta ou um fato isolado que pode ser quantificado.
fechadas é a de confirmar que
o cliente tem, de fato, uma Exemplo:
necessidade, embora ele não
“Você já realizou alguma alteração no Seguro de Vida ofe-
a tenha expressado.
recido aos funcionários?”
“Você está interessado em modernizar o plano que possui
ou cancelá-lo e buscar outra alternativa?”
“Quantos funcionários sua empresa possui?”
Exemplo:
Apresentação do Seguro
Você demonstrará para o cliente, nessa etapa, que o seu produto é capaz
de satisfazer às necessidades dele, acrescentar valor, resolver problemas,
trazer benefícios e proporcionar vantagens para ele.
Vendendo Características
“…O senhor terá direito à assistência funeral…”
Vendendo Benefícios
“…Com a assistência funeral, num momento de abalo emocional
muito forte, a família tem a tranquilidade de não precisar se preo-
cupar com as formalidades necessárias, que são desagradáveis
e dispendiosas…”
Lembre-se
Característica Benefício
O que o produto é? O que o produto faz pelo cliente?
Repita
Repita as palavras que o cliente quer ouvir, pois elas correspon-
dem às suas expectativas. Valorize-as, sobretudo quando elas se
apoiam nas motivações dele. Enquadre-as entre silêncios; pronun-
cie-as com entonação mais marcada, com calma; reforce-as com
um gesto, uma atitude, um olhar.
Também tenha cuidado para não utilizar a linguagem do “segurês”. Isso acon-
tece quando, durante a demonstração do seguro, usamos termos técnicos
que nossos clientes não são obrigados a entender ou desconhecem.
– Na minha opinião...
– Eu calculo, eu acho...
Contorno de Objeções
Logo após apresentarmos o seguro, inicia-se a etapa na qual o cliente
começa a fazer objeções para não comprar. “Contornar objeções” significa
manter a sua posição ou defender a ideia de que o seguro apresentado
é a melhor solução para seu cliente. É nessa fase que aplicamos técnicas
para sustentar nossos argumentos, transformando o não em sim. Aqueles
que atuam na área de vendas sabem que as objeções sempre vão existir.
Não saber lidar com as objeções de maneira positiva é o que poderá ser
motivo de perda da venda.
Em vez de ter receio, saiba que as objeções dos clientes são excelentes
oportunidades para concretizarmos muitos negócios.
Muitas coisas podem ser escritas nesse seu banco de dados, desde argu-
mentos mais simples até os mais complexos. Troque frases persuasivas
com seus colegas de trabalho ou familiares, pesquise em livros e escute o
que as pessoas lhe falam. Só não se esqueça de que você deve colecionar
argumentos que possam ser usados sem que se sinta desconfortável e
que efetivamente se pareçam com você.
Agora que você já sabe que quaisquer objeções que o cliente faça estão
enquadradas num desses cinco grupos, ao montar seu banco de dados,
ficará mais fácil contornar qualquer objeção.
Exemplo
Já tenho seguro. Não tenho Que tal então saber o que nossa corretora pode
necessidade oferecer a mais do que nossos concorrentes?
de trocar
Recebi outra proposta Não gostei O preço da outra proposta é da mesma seguradora?
que estava com preço do preço
mais barato. Os valores das coberturas são os mesmos? Co-
nhece os serviços e o atendimento que eles lhe
oferecem? Quais são?
Agora não estou poden- Não quero O senhor sabe quais mudanças esse seguro faria
do comprar. Quem sabe decidir agora na sua vida se o senhor comprasse hoje?
no mês que vem.
Seguros são para cobrir eventos imprevistos, ou
seja, não sabemos ao certo quando poderão ocor-
rer. O que o impede de fechar o contrato hoje?
Para obter êxito, utilize alguns desses sistemas e técnicas para lidar
com objeções:
Ou:
“Preciso falar com meu sócio…”
“No que se refere ao senhor, podemos considerar que o negócio
está fechado?”
Fechamento
Toda negociação deve terminar com uma conclusão.
Mesmo sabendo que seguros não são comprados por impulso, é preciso
aproveitar o momento em que o cliente está disposto a ouvir você. Lem-
bre-se: vendas são como cafés, depois que esfriou, perde-se o interesse.
É muito importante, portanto, que, uma vez que você tenha apresentado
profissionalmente o seguro, você obtenha o compromisso formal do clien-
te por meio da assinatura dele na proposta. Esse, além de seu dever, é
um direito que você tem, pois é a forma de receber por um trabalho que
realizou. Na verdade, o cliente espera isso de você! A prova disso é que
poucas vendas são concluídas com o cliente dizendo: “Onde eu assino?”.
O fechamento é a etapa que concretiza tudo o que foi feito durante a
entrevista, e, sem aplicá-lo, a compra pode ser adiada e de nada adianta-
ram seus esforços.
Como dissemos no início desta unidade, na Era da Relação, com o vende-
dor centrado no relacionamento, o peso na etapa do fechamento é menor,
mas continua existindo.
O ideal é que você execute de maneira convincente todas as outras etapas
que antecedem o fechamento (planejamento, abordagem, levantamento
de necessidades, apresentação do seguro e contorno de objeções), pois,
assim, a compra do seguro se torna quase que espontânea e acaba sendo
concretizada naturalmente.
Agora, pergunto: por que isso aconteceu? É lógico que o cliente, por ser
quem paga, é também quem decide. Mas, analisando do ponto de vista
comercial, será que o corretor não falhou? Por exemplo: será que, quando
Importante ele percebeu o momento positivo a seu favor e mesmo assim recebeu uma
objeção, ele não poderia ter tentado o fechamento do negócio? Vamos
Exemplos só devem ser dados voltar ao ponto:
baseados em fatos, ou seja, se
realmente aconteceram. “— Muito bem, gostei muito de sua proposta, mas gostaria de pen-
sar mais um pouco sobre ela. Por favor, deixe estes folhetos comi-
go e, em seguida, entro em contato com você para decidirmos
sobre o assunto...
— Está bem, Sr. Fulano, ajudá-lo a pensar faz parte de minha fun-
ção. Mas o que o impede de fazermos esse seguro agora mesmo?
O senhor sabe da necessidade de contratar esse benefício, con-
versamos muito a esse respeito e temos certeza de que o que
está aqui proposto é realmente aquilo de que o senhor precisa.
Além disso, tomara que não aconteça, mas, se algo de ruim ocor-
rer esta noite e o senhor ainda estiver sem seguro, o que irá fazer?
Tivemos um cliente na semana passada na mesma situação. Sua
indecisão lhe custou caro, pois não comprou o seguro que havia
sido apresentado e, infelizmente, naquele mesmo dia lhe rouba-
ram todos os computadores.
— Entendo, mas quero consultar antes o meu banco.
O importante é que você saia das suas entrevistas de vendas certo de que
tentou de todo jeito persuadir seu cliente a comprar o seguro (levando
em conta que você saiba claramente que isso é o melhor para ele). O fato
de não tentar argumentar positivamente contra qualquer objeção é o que
diferencia um bom vendedor de outro qualquer.
Importante sempre estar certo é de que sua parte foi feita, ou seja, você tentou todos
os meios para fazer o cliente comprar.
“Compete sempre ao corretor, É importante destacar, ainda, que essa tentativa de superar o “não” tem
não ao cliente, tomar a que ser feita com jeito e de maneira que você não passe por insistente e
iniciativa para fechar a venda. chato, mas, sim, como persistente e solucionador de problemas. Isso vai da
O cliente precisa ser solicitado sensibilidade de cada um e das circunstâncias da entrevista. Na dúvida,
a decidir: caso contrário, seja ousado. Tome cuidado apenas para não pressionar muito e deixar
passa a julgar a visita como de escapar a venda.
cortesia ou de atendimento.”
Habilidades no Fechamento
Para fazer um bom fechamento, você precisa:
De força interna
Em vendas, é muito importante ter segurança e maturidade para
enfrentar as rejeições naturais da profissão. Como qualquer outro
vendedor, o corretor de seguros também tem seus dias de maior
ânimo e outros com algum desânimo. É natural. Uma dica para lidar
com as situações nas quais você se encontre desanimado é rea-
linhar seus pensamentos e procurar sempre pensar positivo. Pro-
cure ir a campo seguro de que vai vender, acreditando em você e
em seus produtos.
Fechar a venda
Devemos sempre tentar o fechamento. Faz parte da nossa profis-
são de corretor de seguros, e o cliente já espera por isso. A entre-
vista de venda desenvolve-se bem, o cliente demonstra interesse,
mas o corretor inexperiente ou pouco preparado hesita em pedir a
assinatura na proposta. Conclusão: o seguro não é feito e paira no
ar a dúvida – será que ele comprará?
Técnicas de Fechamento
Existem várias técnicas de fechamento. A seguir, alguns exemplos:
Exemplo
“…Não tenha dúvida de que este é o que há de melhor em termos de seguro para o
seu automóvel. Além de, se precisar, ter um atendimento ágil, poderá fazer um check-
-up grátis no veículo, incluindo revisão de bateria, luzes, freios e amortecedores. Isso
traz economia e segurança para o senhor e sua família. Marcarei a vistoria em seu
domicílio para amanhã, no horário comercial…”
Fechamento condicionado
Essa técnica é muito eficiente para se criar um compromisso de
compra com o cliente. Quando ele pedir alguma condição espe-
cial, você sujeita o atendimento dessa exigência à assinatura da
proposta. Ele pode pedir um desconto maior, um prazo mais longo,
algum serviço adicional. É importante salientar que, sempre que
você fizer alguma concessão, não deve deixar a impressão de que
foi uma conquista fácil para ele. Deixe claro que a concessão foi
muito difícil de ser conseguida. As pessoas não valorizam conces-
sões obtidas facilmente e só dão valor àquilo por que lutam…
Exemplo
“Se eu conseguir um desconto, digamos, de 5%, teremos o seguro?” “Se eu conseguir
que o pagamento da primeira parcela seja dia 15, posso dar entrada no seguro hoje?”
Fechamento direto
Após ter apresentado a solução das necessidades, solicite a con-
cordância de compra do cliente, fazendo perguntas direcionadas
para a confirmação e o fechamento da negociação.
Exemplo
“Posso marcar a vistoria para quarta-feira?”
“A senhora prefere pagar à vista ou parcelado?”
“O primeiro vencimento é no ato, mas, se preferir, posso programá-lo para o dia 20.”
Além dessas, existem diversas outras técnicas que podem ser aplicadas. A
melhor será aquela que você conseguir empregar de maneira espontânea
e com a qual se identificar. Ou seja, crie o hábito de sempre buscar o fecha-
mento da venda e faça-o de acordo com a sua realidade.
— Pós-Venda
Após ter concluído a venda com sucesso, passamos para a última fase
do processo de venda: o pós-venda. Como sabemos, no momento em
que um cliente fecha o negócio é que começa a prestação de serviços do
corretor de seguros. Muitas vezes, as pessoas que compram seguros por
impulso ou pressão do corretor se arrependem da contratação em pouco
tempo. Muitos acabam pagando os primeiros meses e, depois de um tem-
po, desistem. Se o corretor fizer vendas desse tipo, a formação da carteira
será prejudicada pela baixa duração dos contratos vendidos.
Cuidados Importantes
■ Coloque-se à disposição do cliente – forneça informações
sobre todos os seus meios de contato: e-mail, telefone fixo, celular.
Assim, na ocorrência de um sinistro, o cliente poderá realmente
perceber o valor do seu trabalho.
■ Mantenha um arquivo com informações atualizadas sobre seus
clientes e suas respectivas apólices – caso o cliente entre em
contato, é necessário que você tenha informações de fácil acesso
e atualizadas sobre ele. Guarde as informações de cada interação.
Criando um Relacionamento
Esse é o passo final de uma boa venda: criar um relacionamento com seu
cliente. Se houver um relacionamento honesto e sincero, em que você
desempenha o papel de um excelente consultor, todos o indicarão para
seus parentes e amigos.
Muito mais do que criar uma carteira de clientes, você estabelecerá relações
com uma comunidade, na qual as pessoas confiam a segurança de seus lares,
de suas finanças e de sua vida a você. Não abra mão dessa oportunidade!
FIXANDO CONCEITOS 6
(a) Comissionamento.
(b) Planejamento.
(c) Fechamento da venda.
(d) Tratamento das objeções.
(e) Demonstração das características do seu produto.
ESTUDOS DE CASO
Caso 1
Um corretor se formou no curso de habilitação da Escola de Negócios e
Seguros e recebeu sua certificação pela SUSEP. Nos primeiros meses de
trabalho, sem saber muito bem o que fazer, resolveu comprar uma lista-
gem de nomes e deixar alguns panfletos em estabelecimentos comerciais,
falando sobre seguros, porém o resultado não foi nada satisfatório. Houve
muito tempo gasto em ligações e poucas visitas agendadas. Para tentar
reverter o quadro, ele procura você e pede uma ajuda para se estruturar
melhor. O que você faria para ajudá-lo?
Caso 2
Quando você se formou e começou suas atividades como corretor
de seguros, preferiu atuar como pessoa física para ver como se s airia
nessa nova atividade. Já se passaram dois anos, e a sua carteira atin-
giu um patamar elevado, proporcionando a você um padrão financei-
ro considerável, porém você está no seu limite. Seus clientes tomam
praticamente todo o seu tempo, e a sua família já está reclamando
quanto a isso. Você também está sentindo falta de mais tempo livre, e
até os seus clientes antigos estão reclamando, pois você já não lhes
dá a mesma atenção. Alguma coisa tem que mudar e está na hora
de você estruturar e planejar essa mudança. Como você faria isso?
GABARITO
Fixando conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4
4–A
UNIDADE 5 UNIDADE 6
1–D 1–B
2–E 2–A
3–B 3–B
Estudos de Caso
Caso 1
O problema desse corretor é a falta de uma estratégia correta. Para ajudá-lo,
o melhor a fazer é estruturar uma lista de perguntas para que você possa
identificar quais são os desejos dele e qual o seu perfil profissional. Após
responder a todas as perguntas, teremos um retrato desse corretor, e, com
base nisso, sua estratégia poderá ser definida. Para que uma estratégia seja
definida, é necessário que ela esteja de acordo com as características e
objetivos de quem irá implementá-la, ou seja, não existe uma receita de bolo
que funcione para todo e qualquer tipo de negócio.
Caso 2
Está na hora de pensar se você está pronto para virar pessoa jurídica ou
não. Abrir uma empresa tornará você mais do que um corretor; agora, você
será um empresário e, para isso, deverá estar preparado. A primeira coisa
que você deverá fazer é analisar os procedimentos burocráticos e os cus-
tos para constituir uma empresa. Tendo decidido que esse será o melhor
caminho, está na hora de você desenhar a estratégia comercial do seu
negócio e, para isso, você poderá contar com o conteúdo visto nesta apos-
tila, ou seja, você poderá determinar público-alvo, parceiros comerciais,
produtos, estratégia de marketing e estrutura de vendas. No início, dará
mais trabalho do que se você continuasse como pessoa física, porém, no
futuro, você vai colher os frutos. Caso você queira continuar como pes-
soa física, a melhor opção é fazer uma análise de carteira e concentrar-se
nos clientes que geram retorno maior, deixando aqueles que geram baixo
retorno, ou até mesmo prejuízo, para os concorrentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de et al. Fundamentos de Ética Empre-
sarial e Econômica. São Paulo: Atlas, 2001.
Apostilas de Treinamento
INMARK GROUP. Forum Million Dollar Round Table, abr. 2004.
Artigos
CONSUMO, a força que move a economia. Exame, n. 972, jul. 2010.
Revista Venda Mais. Curitiba: Quantum, dez. 2003 até abr. 2004.
Sites
www.tudosobreseguros.org.br
http://www.cnseg.org.br/noticias/conjuntura-16-crescimento-12-por-
-cento-maior-taxa-2012.html