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RIO DE JANEIRO
2022
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
HUGO CÉSAR SAID AMAZONAS – 2022/2021
SÉRGIO DA TRINDADE DA ROCHA – 2020/2019
POLÍTICA CAMBIAL 16
FIXANDO CONCEITOS 1 19
2. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 21
O PAPEL DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 22
Classificação das Unidades Econômicas 22
Formas de Financiamento 23
Vantagens dos Intermediários Financeiros 25
FIXANDO CONCEITOS 2 27
MERCADO FINANCEIRO
3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 28
O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 29
ÓRGÃOS NORMATIVOS 31
ENTIDADES SUPERVISORAS 31
FIXANDO CONCEITOS 3 42
MERCADO DE CRÉDITO 45
MERCADO DE CAPITAIS 46
MERCADO DE CÂMBIO 48
FIXANDO CONCEITOS 4 49
MERCADO FINANCEIRO
5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 50
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS 51
Risco 51
Liquidez 52
Rentabilidade 52
INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 53
Depósitos à Vista 53
Depósitos a Prazo 53
Depósitos de Poupança 53
Letras Financeiras 54
Outros tipos de captação bancária 55
INSTRUMENTOS FINANCEIROS EMITIDOS POR EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS 55
Ações 55
Debêntures 56
Notas Promissórias 56
FUNDOS DE INVESTIMENTO 57
Definições 57
Classificação dos Fundos de Investimento 58
TÍTULOS DO TESOURO DIRETO 59
DERIVATIVOS 60
Definição 60
Futuros 61
Opções 61
Swap 63
CRIPTOMOEDAS 63
FIXANDO CONCEITOS 5 66
MERCADO FINANCEIRO
6. ADMINISTRAÇÃO DE RISCO 69
RISCOS QUE CORREM AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 71
Risco de Crédito 71
Risco de Liquidez 71
Risco de Mercado 72
Risco Operacional 72
Risco de Insolvência 73
Risco Legal 73
PERFIL DE RISCO DOS INVESTIDORES INDIVIDUAIS 73
FIXANDO CONCEITOS 6 75
GLOSSÁRIO 77
GABARITO 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 86
MERCADO FINANCEIRO 7
ECONOMIA:
01
CONCEITOS BÁSICOS e FUNÇÕES
UNIDADE 1
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer as funções da economia e
seus efeitos na sociedade, bem como a ⊲ CONCEITOS BÁSICOS
sua influência no mercado de seguros,
considerando a realidade mercadológica ⊲ POLÍTICA MONETÁRIA
vigente.
⊲ POLÍTICA FISCAL
⊲ POLÍTICA CAMBIAL
⊲ FUNÇÕES BÁSICAS DO
MERCADO FINANCEIRO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
MERCADO FINANCEIRO 8
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS
Somente por meio do conhecimento de alguns conceitos básicos de
economia é que se pode entender, de forma ampla e crítica, o funciona-
mento do mercado financeiro.
Assim, é importante que você saiba que a economia estuda a riqueza (indiví-
duo, sociedade, empresa ou nação), as transações de troca que se verificam
entre as pessoas (oferta e demanda) e países (importação e exportação). Além
disso, a economia também procura compreender a decisão de utilização de
recursos produtivos escassos por natureza (terra, trabalho e capital), que, por
sua vez, carregam o custo de oportunidade no processo de transformação e
produção de diversos bens e serviços, além de sua respectiva distribuição.
MERCADO FINANCEIRO 9
UNIDADE 1
— Unidades Econômicas
As unidades econômicas são aquelas que, de alguma forma, influenciam a
economia a partir de suas decisões e ações, tomadas racionalmente. São elas:
Famílias
A família é um conjunto de pessoas físicas que atuam na economia.
A principal função desse grupo é o consumo e a sua força de traba-
lho, que é considerado um dos fatores de produção.
Governo
O governo se mostra como regulador das principais ações de
controle fiscal e de Políticas Monetárias. Além da função de órgão
regulador, o governo é o principal responsável pela ação social e
de benefício público.
MERCADO FINANCEIRO 10
UNIDADE 1
— Crescimento Econômico x
Desenvolvimento Econômico
Embora, muitas vezes, esses dois termos sejam usados como se fossem
a mesma coisa, crescimento econômico ocorre quando há expansão
quantitativa da capacidade produtiva ao longo do tempo.
POLÍTICA MONETÁRIA
— Definição e Objetivos
A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento,
títulos públicos e taxas de juros. O Banco Central do Brasil – também
conhecido como BC, BCB ou BACEN – é a instituição responsável pela
administração da política monetária do País e tem sob seu controle a oferta
de moeda, as taxas de juros e as condições de crédito para atingir alguma
meta desejada, como reduzir a taxa de inflação.
■ Restritiva.
■ Expansionista.
MERCADO FINANCEIRO 11
UNIDADE 1
■ Depósitos compulsórios.
■ Redesconto bancário.
■ Operações de mercado aberto.
Depósitos Compulsórios
Todo banco é obrigado a manter depositada, em sua conta de reserva
Importante bancária no BACEN, uma quantia que representa um percentual sobre o
saldo dos depósitos à vista de seus clientes.
Quanto maior a alíquota
do depósito compulsório, Alterações na alíquota do depósito compulsório, ou seja, no percentual
menor a capacidade sobre os depósitos, representam o papel do compulsório como instru-
de o sistema bancário mento de política monetária. Os bancos têm sua capacidade de conceder
multiplicar empréstimos e, empréstimos – e, portanto, de criar depósitos à vista – restringida q
uando
consequentemente, menor a esse percentual é aumentado, e vice-versa. Assim, se o percentual de
sua capacidade de criar meios depósito compulsório é aumentado, os bancos terão menos reservas
de pagamento na forma de livres para emprestar, pois terão que direcionar uma parcela maior dessas
depósitos à vista. reservas para a sua conta no BACEN.
MERCADO FINANCEIRO 12
UNIDADE 1
Redesconto Bancário
O redesconto bancário é um empréstimo concedido pelo BACEN a um
banco comercial que enfrenta um problema temporário de liquidez, ou
seja, um banco que não possui reservas bancárias suficientes para cumprir
seus compromissos de curto prazo.
MERCADO FINANCEIRO 13
UNIDADE 1
Taxa de Redesconto
POLÍTICA FISCAL
A política fiscal centraliza suas preocupações com relação aos gastos do
setor público e aos impostos cobrados da sociedade. Assim, ela deve se
mostrar eficaz para que haja equilíbrio entre a arrecadação tributária e as
despesas governamentais, garantindo que sejam alcançados determinados
objetivos macroeconômicos e sociais.
MERCADO FINANCEIRO 14
UNIDADE 1
Pagamento de
juros da dívida
Investimentos
em infraestrutura
Pagamento
de funcionários
Contracionista
Uma política fiscal contracionista ocorre quando o Governo obtém
superávit orçamentário com o objetivo de conter eventuais eleva-
ções da demanda que sejam interpretadas como inflacionárias.
O superávit orçamentário
ocorre quando as receitas FIGURA 2: POLÍTICA CONTRACIONISTA
arrecadadas são superiores
às despesas, significando,
portanto, que o governo Congelamento de
concursos públicos
agiu de forma prudente
e responsável, não se
comprometendo acima de
sua efetiva arrecadação. Controle da
dívida pública
Pouca ênfase em
projetos de
infraestrutura
POLÍTICA
CONTRACIONISTA
MERCADO FINANCEIRO 15
UNIDADE 1
Primário
É o resultado da arrecadação do governo (receitas) menos as des-
pesas, exceto juros da dívida. Grosso modo, é a geração de caixa
do governo; é a economia para reduzir o endividamento. Mostra se
as contas estão em ordem ou não. Um resultado primário positivo
(superávit) apresenta contas sob controle e mostra que a dívida
não seguirá uma trajetória explosiva.
Nominal
O resultado nominal do governo equivale à arrecadação de impos-
tos (receitas) menos as despesas, incluindo os juros da dívida. É a
medida mais completa, já que o número representa a total neces-
Títulos públicos são papéis
sidade de financiamento do setor público. Ao apresentar um déficit
emitidos pelo Tesouro Nacional,
nominal, o governo terá que se financiar, por exemplo, com a colo-
que representam uma forma
cação de títulos públicos.
de financiar a dívida pública e
permitem que os investidores
“emprestem” dinheiro para
o governo, recebendo uma
rentabilidade em troca.
POLÍTICA CAMBIAL
O comércio internacional lida com diferentes moedas representativas das
economias envolvidas nas operações. Para se estabelecer a conversão
entre as moedas, o mercado instituiu a taxa de câmbio.
A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um
país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua emissão
(compra de moeda estrangeira) ou adquiri-la (vender moeda estrangeira).
A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio
— promovendo alterações das cotações cambiais — e, de forma mais
abrangente, no controle das transações internacionais executadas por um
país. Ela é fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da
economia e promover seu desenvolvimento econômico.
Os regimes cambiais podem ser de:
MERCADO FINANCEIRO 16
UNIDADE 1
FUNÇÕES BÁSICAS DO
MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro possibilita que as unidades econômicas (também
conhecidas como agentes econômicos) estejam em contato, direto ou
indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis para
MERCADO FINANCEIRO 17
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO 18
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 1
(a) Ao governo.
(b) À empresa pública.
(c) Às autarquias.
(d) À família.
(e) À empresa privada.
MERCADO FINANCEIRO 19
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO 20
02
INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
UNIDADE 2
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer o trabalho dos intermediários
financeiros e suas vantagens para os
participantes do mercado financeiro. ⊲ O PAPEL DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
MERCADO FINANCEIRO 21
UNIDADE 2
O PAPEL DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a capta-
ção de recursos por instituições financeiras junto às unidades econômicas
superavitárias e o seu subsequente repasse para as unidades econômicas
deficitárias. Esta unidade busca descrever o papel desempenhado pelos
intermediários financeiros nas transferências de recursos entre poupadores
e tomadores.
— Classificação das
Unidades Econômicas
Pode-se dizer que a economia é composta por intermediários financeiros e
agentes ou unidades econômicas.
MERCADO FINANCEIRO 22
UNIDADE 2
— Formas de Financiamento
A atividade de intermediação financeira se justifica por servir de elo entre
as unidades superavitárias (US), ou seja, aquelas que têm sobra de caixa,
e as unidades deficitárias (UD), que necessitam de financiamento. Ou seja,
os intermediários financeiros proporcionam um encontro entre os recursos
financeiros excedentes das US e as necessidades de financiamento das UD.
Autofinanciamento
Para se financiar, uma UD pode vender ativos próprios, inclusive
instrumentos financeiros. Por exemplo, se for pessoa física, um
indivíduo pode vender ações em seu poder para financiar a com-
pra de um bem; ou uma empresa pode vender um terreno que
esteja ocioso para adquirir, com o dinheiro arrecadado, máquinas
novas que ampliem sua capacidade produtiva.
MERCADO FINANCEIRO 23
UNIDADE 2
Financiamento externo
A outra opção de uma UD para financiar seus gastos é obter
recursos de terceiros, o que pode ser feito de duas maneiras:
TÍTULO DIRETO
TÍTULO DIRETO
ATIVO FINANCEIRO
UD IF US
MERCADO FINANCEIRO 24
UNIDADE 2
— Vantagens dos
Intermediários Financeiros
Os intermediários financeiros justificam sua existência por serem mais capa-
zes de reduzir os custos de transação e os problemas gerados pela assimetria
de informações entre as partes do que as unidades econômicas em geral.
Porém, você pode estar se perguntando: o que são esses custos de tran-
sação? Simples: os custos de transação se referem aos gastos envolvi-
MERCADO FINANCEIRO 25
UNIDADE 2
Ganhos de escala
Em função da especialização (expertise) desenvolvida na coleta
de dados e no processamento das informações, os intermediários
financeiros apresentam vantagens relativas a ganhos de escala,
possibilitando a redução do custo por transação à medida que se
aumenta o número de transações. Todo intermediário financeiro
possui um departamento de análise de crédito, sendo os custos de
manutenção de tal estrutura divididos entre milhares de contratos.
O mesmo se aplica aos custos legais de elaboração de contratos
de empréstimo, entre outros custos operacionais.
MERCADO FINANCEIRO 26
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 2
MERCADO FINANCEIRO 27
SISTEMA
03
FINANCEIRO
NACIONAL
UNIDADE 3
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Compreender a formação e as funções do
Sistema Financeiro Nacional, bem como a ⊲ O PAPEL DO SISTEMA
participação do mercado de seguros na sua FINANCEIRO NACIONAL
composição.
⊲ ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
⊲ ÓRGÃOS NORMATIVOS
⊲ ENTIDADES SUPERVISORAS
⊲ OPERADORES DO
MERCADO FINANCEIRO
⊲ SANDBOX REGULATÓRIO
DO MERCADO DE SEGUROS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
MERCADO FINANCEIRO 28
UNIDADE 3
O PAPEL DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
O SFN pode ser definido como o conjunto de instituições financeiras (públi-
Atenção cas e privadas) e instrumentos financeiros destinados a oferecer alternativas
de aplicação e de captação de recursos financeiros entre as unidades econô-
O Sistema Financeiro Nacional micas (famílias, empresas e Governo). Ele engloba não só o mercado financei-
(SFN) foi originalmente ro, mas também o de Seguros Privados e de Previdência Complementar.
estruturado como o conjunto
de instituições que integram Instituições
o mercado financeiro, com Compõem o mercado financeiro diferentes tipos de instituições
funções de intermediação financeiras, como bancos, corretoras, distribuidoras e seguradoras.
financeira, regulação e Cada tipo de instituição exerce funções específicas, de acordo
fiscalização. com o que determinam suas respectivas legislações.
MERCADO FINANCEIRO 29
UNIDADE 3
Instrumentos financeiros
Podem ser divididos em duas classes:
PREVIC
CVM SUSEP
BCB Comissão de Superintendência
Superintendência
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Valores Mobiliários de Seguros Privados
Complementar
MERCADO FINANCEIRO 30
UNIDADE 3
ÓRGÃOS NORMATIVOS
Os órgãos normativos são responsáveis pela regulamentação do sistema
financeiro. São três os órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional,
cada um sendo responsável por determinado segmento do sistema.
ENTIDADES SUPERVISORAS
As entidades supervisoras são responsáveis por supervisionar o bom
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Elas possuem o objetivo
de supervisionar o segmento pelo qual são responsáveis, juntamente
com o órgão normativo a que estão subordinadas.
MERCADO FINANCEIRO 31
UNIDADE 3
OPERADORES DO
MERCADO FINANCEIRO
Agora, vejamos as entidades que operam no mercado financeiro, no dia a
dia, realizando a ligação entre as unidades econômicas do mercado.
— Entidades supervisionadas
pelo Banco Central (BC)
■ Bancos comerciais e múltiplos;
■ Caixa Econômica Federal;
■ Cooperativas de crédito;
MERCADO FINANCEIRO 32
UNIDADE 3
■ BNDES;
■ Bancos de desenvolvimento e investimento;
■ Instituições de câmbio;
■ Sociedades financeiras;
■ Sociedades de crédito imobiliário;
■ Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e de câmbio;
■ Sociedades de arrendamento mercantil;
■ Outras.
— Entidades supervisionadas
pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM)
■ Companhias abertas com ações negociadas em bolsas de valores;
■ Bolsas de valores, mercadorias e futuros;
■ Operações com valores mobiliários realizadas por sociedades
corretoras e distribuidoras;
■ Fundos de investimento;
■ Outras.
— Entidades supervisionadas
pela Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP)
■ Sociedades seguradoras;
■ Sociedades que atuam no resseguro;
■ Entidades abertas de previdência complementar;
■ Outras.
MERCADO FINANCEIRO 33
UNIDADE 3
— Investidores institucionais
supervisionados pela SUSEP
As instituições supervisionadas pela SUSEP, como investidores institu-
cionais, aplicam, por legislação, suas Reservas Técnicas, ou Provisões
Técnicas, no mercado financeiro.
MERCADO FINANCEIRO 34
UNIDADE 3
— Open Banking
Open Banking, ou sistema financeiro aberto, teve início em 2018, na
Inglaterra, e chegou ao Brasil em 2021. Trata-se da possibilidade de clien-
tes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de
suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco
Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferen-
tes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma
segura, ágil e conveniente.
Benefícios esperados
Mais competição – Com acesso aos dados dos usuários, as institui-
ções participantes poderão fazer ofertas de produtos e serviços para
clientes de seus concorrentes, com benefícios para o consumidor,
que poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas;
MERCADO FINANCEIRO 35
UNIDADE 3
— PIX
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. É o meio de pagamento criado
pelo Banco Central do Brasil em que os recursos são transferidos entre
contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e
seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta-corrente, conta
poupança ou conta de pagamento pré-paga.
MERCADO FINANCEIRO 36
UNIDADE 3
Rápido
Transações concluídas em poucos segundos, recursos disponíveis
para o recebedor em tempo real;
Disponível
24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive feriados;
Fácil
Experiência facilitada para o usuário;
Barato
Gratuito para pessoa física pagadora e custo baixo para os demais
casos;
Seguro
Robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das
transações;
Aberto
Estrutura ampla de participação, possibilitando pagamentos entre
instituições distintas;
Versátil
Instrumento multiproposta, que pode ser usado para pagamentos
independentemente do tipo e valor da transação, entre pessoas,
empresas e governo;
Integrado
Informações importantes para conciliação poderão cursar junto
com a ordem de pagamento, facilitando a automação de proces-
sos e a conciliação dos pagamentos.
O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qual-
quer pagamento ou transferência que hoje é feito usando diferentes meios
(TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o Pix, simplesmente com o
uso do aparelho celular. Com o Pix, não é necessário saber onde a outra
pessoa tem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um
telefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix.
MERCADO FINANCEIRO 37
UNIDADE 3
— Fintechs
intechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financei-
F
ros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos
modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas on-line e oferecem
serviços digitais inovadores relacionados ao setor.
— Meios de pagamento
Com o avanço da tecnologia da informação e, como consequência, a digi-
talização dos sistemas financeiros, os meios de pagamentos vêm acompa-
nhando essa modernização, apesar de o dinheiro vivo ainda ser bastante
usado.
MERCADO FINANCEIRO 38
UNIDADE 3
1. Dinheiro
O pagamento em espécie ainda é o método preferido dos consu-
midores brasileiros em lojas físicas. Porém, um grande volume de
cédulas em circulação requer um espaço seguro para o armazena-
mento, incluindo uso de cofre.
2. Cartão de crédito
O cartão de crédito é o segundo meio mais utilizado no comér-
cio físico; já no e-commerce, ele é o campeão. A praticidade e a
segurança são algumas das razões para aderir a essa opção de
pagamento.
3. Cartão de débito
Esse cartão é ótimo para pagamentos no ato da compra. O valor
é descontado da conta-corrente na mesma hora, de modo que o
cliente não corre risco de contrair dívidas. Tanto o cartão de crédito
quanto o de débito geram custos ao empreendimento, já que as
operadoras das maquininhas cobram taxas sobre cada transação.
Ainda assim, esses são meios de pagamento muito populares.
4. Boleto bancário
O boleto segue popular porque dispensa conta em banco. Com
isso, quem não tem cartão consegue efetuar compras parceladas,
pagando prestações como se fossem uma fatura de luz ou água.
No entanto, talvez devido à presença cada vez maior de soluções
digitais no comércio, essa alternativa vem perdendo destaque. No
cenário global, esse método de pagamento é praticamente inexis-
tente.
5. Carteira digital
As e-wallets superaram o boleto bancário nas compras on-line,
pois são práticas e possuem mecanismos digitais para evitar frau-
des. Elas atuam como um meio eletrônico para pagamentos e
transferências. Não é necessário ter um cartão físico, muito menos
dinheiro em espécie. Basta um aplicativo de smartphone para rea-
lizar as operações.
6. Contactless
O pagamento por aproximação, ou contactless, é uma tendên-
cia de mercado. Nas interações presenciais, basta aproximar o
cartão, o celular ou outro dispositivo com tecnologia Near Field
Communication (NFC). A maquininha registra a compra sem
necessidade de digitar senha – algo mais higiênico em tempos de
pandemia. O valor pode ser descontado do cartão de crédito ou da
e-wallet. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões
de Crédito e Serviços (Abecs), esse hábito está em expansão.
MERCADO FINANCEIRO 39
UNIDADE 3
7. PIX
Lançado pelo Banco Central no fim de 2020, o Pix já supera méto-
dos tradicionais, como TED e DOC. A transferência instantânea, a
qualquer hora do dia e qualquer dia da semana, mesmo feriado,
é o grande chamariz. O dinheiro cai na conta do destinatário em
poucos segundos, sem intermediários, o que também diminui as
despesas operacionais.
— Open Insurance
O Open Insurance, ou Sistema de Seguros Aberto, é a possibilidade de
consumidores de produtos e serviços de seguros, previdência comple-
mentar aberta e capitalização permitirem o compartilhamento de suas
informações entre diferentes sociedades autorizadas/ credenciadas pela
Susep, de forma segura, ágil, precisa e conveniente.
MERCADO FINANCEIRO 40
UNIDADE 3
SANDBOX REGULATÓRIO
DO MERCADO DE SEGUROS
O Sandbox Regulatório é uma iniciativa que permite que instituições já
autorizadas e ainda não autorizadas a funcionar pela SUSEP possam tes-
tar projetos inovadores (produtos ou serviços experimentais) com clientes
reais, sujeitos a requisitos regulatórios específicos.
MERCADO FINANCEIRO 41
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 3
MERCADO FINANCEIRO 42
04
SEGMENTOS do
MERCADO FINANCEIRO
UNIDADE 4
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer os segmentos do mercado
financeiro, suas operações e seus prazos,
e as modalidades usadas no dia a dia do ⊲ MERCADO MONETÁRIO
mercado financeiro.
⊲ MERCADO DE CAPITAIS
⊲ MERCADO DE CRÉDITO
⊲ MERCADO DE CÂMBIO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
MERCADO FINANCEIRO 43
UNIDADE 4
Mercado monetário
Envolve as operações de curtíssimo e curto prazos.
Mercado de crédito
Engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos.
Mercado de capitais
Contempla as operações financeiras de médio e longo prazos.
Mercado de câmbio
Corresponde às operações de compra e de venda de moeda
estrangeira.
Embora, para fins de análise, seja importante fazer a distinção entre esses
diferentes segmentos do Mercado Financeiro, você deve saber que, na
prática, eles estão interligados.
MERCADO FINANCEIRO 44
UNIDADE 4
MERCADO MONETÁRIO
O Mercado Monetário está estruturado visando ao controle da liquidez
monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo
como parâmetro de referência a taxa de juros, que se constitui como sua
mais importante moeda de transação.
MERCADO DE CRÉDITO
O Mercado de Crédito visa suprir as necessidades de caixa de curto e
médio prazos das várias unidades econômicas, seja por meio de conces-
sões de crédito às pessoas físicas ou por empréstimos e financiamentos
às empresas.
MERCADO FINANCEIRO 45
UNIDADE 4
■ Crédito rotativo.
■ Contas garantidas.
■ Desconto bancário de títulos.
■ Crédito direto ao consumidor (CDC).
■ Adiantamento de contrato de câmbio (ACC).
■ Empréstimo para capital de giro.
MERCADO DE CAPITAIS
O objetivo do Mercado de Capitais é suprir as necessidades de investi-
mentos das unidades econômicas por meio de diversas modalidades de
financiamentos de médio e longo prazos, tanto para capital fixo quanto
para capital de giro. Também é possível encontrar, no Mercado de
Capitais, financiamentos com prazo indeterminado, como as operações
que e
nvolvem emissão e subscrição de ações.
MERCADO FINANCEIRO 46
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO 47
UNIDADE 4
MERCADO DE CÂMBIO
No Mercado de Câmbio, são realizadas as operações de compra e venda de
moedas estrangeiras. Esse mercado reúne todas as unidades e conômicas
que têm motivos para realizar transações com o exterior, via operadores
de comércio internacional, instituições financeiras, investidores ou bancos
centrais, ou, ainda, que tenham que realizar exportações e importações,
pagamentos de dividendos ou recebimento de capitais ou outros valores.
MERCADO FINANCEIRO 48
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 4
MERCADO FINANCEIRO 49
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
05 UNIDADE 5
TÓPICOS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DESTA UNIDADE
MERCADO FINANCEIRO 50
UNIDADE 5
CARACTERÍSTICAS DOS
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
— Risco
O risco de um investimento está associado à sua rentabilidade. A expectati-
va é que, quanto maior o risco esperado, maior a rentabilidade projetada da
operação. Entretanto, alguns instrumentos emitidos por instituições financei-
ras têm risco próximo de zero se o valor da aplicação obedecer a certo limite:
o investidor que mantiver, em determinado banco, o total de seus depósitos
à vista, a prazo e de poupança, limitado a R$ 250 mil, tem garantidas para as
suas aplicações, mesmo que o banco “quebre” (isto é, entre em processo de
liquidação extrajudicial).
MERCADO FINANCEIRO 51
UNIDADE 5
— Liquidez
A liquidez de uma aplicação financeira depende de seu prazo — quan-
to menor o prazo, maior a liquidez esperada — e de haver um mercado
secundário que negocie o título — por exemplo, as ações emitidas por
grandes empresas são geralmente negociadas em bolsa. Depósitos em
bancos não são negociáveis, mas são de curto prazo; portanto, são consi-
derados líquidos em razão do prazo.
— Rentabilidade
A rentabilidade dos instrumentos financeiros é determinada pelo mercado,
com exceção dos depósitos de poupança. As ações são instrumentos de
renda variável.
Prefixados
Quando os juros nominais para o investidor são pactuados entre
as partes no momento em que o instrumento é negociado.
Pós-fixados
Quando a remuneração ao investidor está de acordo com a varia-
ção do indexador, por exemplo: a remuneração está de acordo
com a variação de índices de preços, a variação da taxa Selic e da
taxa de câmbio.
MERCADO FINANCEIRO 52
UNIDADE 5
INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO
EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
O objetivo desta parte do material é dar uma noção geral dos principais
instrumentos de captação existentes no Mercado Financeiro. Por essa razão,
trataremos aqui apenas daqueles que julgamos importantes por serem os
mais falados em nosso dia a dia, tanto na mídia impressa ou falada quanto
no cotidiano de um profissional como um corretor de seguros.
— Depósitos à Vista
São também denominados depósitos em conta corrente. Não são remu-
nerados, mas são os mais líquidos e, como já vimos, são livres de risco até
um certo limite.
— Depósitos a Prazo
É a denominação oficial dos certificados de depósito bancário (CDBs),
sendo atualmente a mais importante fonte de captação de recursos dos
bancos. Os CDBs têm prazos mínimos que, geralmente, variam de 30 a
120 dias. São títulos nominativos, de renda fixa (rentabilidade prefixada
ou pós-fixada), emitidos por bancos na modalidade de depósitos a prazo,
sendo o prazo definido no momento da negociação.
— Depósitos de Poupança
Mais conhecidos como caderneta de poupança. Desde 2012, a caderneta
de poupança possui uma nova forma de cálculo de remuneração. Por essa
regra, o dinheiro depositado na poupança será corrigido mensalmente pelo
equivalente a 70% da taxa básica de juros (taxa Selic) mais a variação da
Taxa Referencial (TR). Isso valerá sempre que a Meta SELIC estiver em 8,50%
ao ano ou em patamar menor. Se a taxa estiver acima disso, o rendimento
continuará sendo o tradicional: 0,5% ao mês mais a variação da TR.
Esse investimento pode ser resgatado a qualquer momento, mas, caso o res-
gate ocorra fora da “data de aniversário”, o investidor perde a remuneração
equivalente aos dias decorridos após a data de aniversário (mensal) anterior.
MERCADO FINANCEIRO 53
UNIDADE 5
Importante
Os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de imposto de renda (IR) para
as pessoas físicas.
Já para as aplicações realizadas por pessoas jurídicas, a cobrança de IR será influencia-
da pelo tipo de instituição: para as empresas sem fins lucrativos, os rendimentos serão
isentos, mas, para as demais organizações, serão tributados.
— Letras Financeiras
Oferecidas no mercado brasileiro desde 2010, as letras financeiras são títu-
los de dívida privados emitidos por instituições financeiras para a captação
de recursos. São instrumentos de renda fixa que garantem mais flexibili-
dade às instituições financeiras na captação de recursos, na medida em
que podem ser ajustadas às suas necessidades. As letras financeiras estão
livres do recolhimento do depósito compulsório; dessa forma, apresentam
rentabilidades superiores às dos CDBs.
Saiba mais
Quando uma pessoa deposita certa quantia de dinheiro em um banco comercial, essa
quantia fica disponível para que o banco a empreste a outro cliente. Esse cliente, por
sua vez, não gasta imediatamente todo o dinheiro tomado como empréstimo, mas
deposita o valor tomado em um segundo banco. Nesse ponto, temos uma multiplicação
da moeda, já que o primeiro depositante tem a totalidade de seu dinheiro disponível
em moeda escritural (pode emitir um cheque nesse valor ou fazer compras com cartão
de débito, por exemplo) e o segundo depositante também tem a mesma quantidade
disponível. Entretanto, a quantidade de moeda “real” é apenas a quantidade que foi
depositada pelo primeiro depositante. O principal objetivo do depósito compulsório é
evitar a multiplicação descontrolada da moeda escritural. O depósito compulsório é a
reserva obrigatória recolhida dos depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo
Banco Central do Brasil (BCB), com a finalidade de restringir ou de alimentar o processo
de expansão dos meios de pagamento.
MERCADO FINANCEIRO 54
UNIDADE 5
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
EMITIDOS POR EMPRESAS
NÃO FINANCEIRAS
— Ações
As ações são títulos de propriedade, isto é, representam a propriedade de
uma fração da empresa emissora. Sua valorização depende do comporta
mento do mercado acionário e, portanto, são consideradas títulos de
renda variável.
Dividendos
Parcela do lucro líquido distribuído aos acionistas.
MERCADO FINANCEIRO 55
UNIDADE 5
Bonificações
Quando a empresa aumenta seu capital, pode haver distribuição
gratuita de ações aos acionistas, em proporção ao número de
ações já possuídas.
Direito de subscrição
Se não for exercido, pode ser vendido em bolsa.
— Debêntures
São títulos de dívida emitidos por sociedades por meio de ações, de
capital aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de médio e
longo prazos. Rendem juros fixos ou variáveis e podem possuir cláusulas
de correção monetária.
MERCADO FINANCEIRO 56
UNIDADE 5
FUNDOS DE INVESTIMENTO
— Definições
Fundo de investimento é um conjunto de recursos monetários formado por
Saiba mais depósitos de grande número de investidores que se destinam à aplicação
coletiva em carteira de títulos e valores mobiliários.
Os fundos de investimento
têm crescido em muitos Os fundos de investimento são representados por grupos de investidores
países, em detrimento da que reúnem, em fundo comum, os recursos monetários de muitos investi
base tradicional de depósitos dores, vendendo-lhes cotas de participação e podendo obter condições
dos bancos, apesar de não mais favoráveis de negociação.
haver qualquer tipo de seguro
Os fundos são regidos por um regulamento a partir do qual são estabele
para os cotistas em caso de
cida s todas as regras de seu funcionamento e demais informações
quebra de um fundo mútuo.
relevantes, como: tipos de ativos que irão compor a sua carteira, limites
máximos e mínimos para cada um dos ativos, estratégias de investimento,
perfil de risco etc.
MERCADO FINANCEIRO 57
UNIDADE 5
■ Curto prazo.
■ Referenciados.
■ Renda fixa.
■ Ações.
■ Cambiais.
■ Dívida externa.
■ Multimercado.
Curto prazo
Aplicam seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais
ou privados prefixados ou indexados à CDI/SELIC ou a outros
índices. Esses títulos podem ser indexados a taxas de juros ou
inflação, com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio
da carteira do fundo inferior a 60 dias.
Referenciados
Investem, no mínimo, 95% de sua carteira em títulos ou operações
Benchmarking é um
que buscam acompanhar a variação do indicador de desempe-
processo de comparação
nho escolhido (benchmarking). Podem ser indexados a índices de
de produtos, serviços e
juros (como o CDI), inflação (como IGPM, IPCA), moedas estran-
práticas empresariais, e é
geiras e outros.
um importante instrumento
de gestão. Renda fixa
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados
à variação da taxa de juros ou a um índice de inflação.
MERCADO FINANCEIRO 58
UNIDADE 5
Ações
Devem manter, no mínimo, 67% da carteira investidos em ações nego-
ciadas em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado.
Cambiais
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relaciona-
dos à variação de preços de moeda estrangeira ou à variação do
cupom cambial.
Dívida externa
Aplicam, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos represen-
tativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo
permitida a aplicação do restante em outros títulos de créditos
transacionados no mercado internacional.
Multimercados
Fundos multimercados podem ter características como performan-
ce, risco e liquidez muito diferentes uns dos outros, dependendo
da estratégia de cada fundo.
TÍTULOS DO
TESOURO DIRETO
Assim como fazem muitas empresas, o Governo financia seu déficit por meio
da venda de títulos, conhecidos genericamente como títulos públicos. Esses
títulos compõem a dívida pública mobiliária ou, simplesmente, dívida pública.
MERCADO FINANCEIRO 59
UNIDADE 5
DERIVATIVOS
— Definição
Derivativos são instrumentos financeiros que se originam (dependem) do
valor de outro ativo, considerado ativo de referência. Um contrato derivativo
não apresenta valor próprio, depende de um fator de risco, como:
MERCADO FINANCEIRO 60
UNIDADE 5
— Futuros
Os contratos futuros representam um acordo entre vendedor e comprador
que irão entregar e receber um ativo (mercadoria, moeda, ativo financeiro,
índice, taxa referenciada) por um preço previamente estabelecido para
liquidação em uma data futura. Como são padronizados, é possível a rever-
são da posição ao longo do contrato.
— Opções
É um instrumento financeiro que garante ao investidor o direito futuro de
compra ou venda de um ativo por um preço predeterminado. Existem duas
modalidades de contrato de opção:
MERCADO FINANCEIRO 61
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO 62
UNIDADE 5
— Swap
É um contrato que prevê a troca (swap) de fluxos de caixa derivados de
dois instrumentos financeiros diferentes. Por exemplo, quem tem uma dívi-
da em dólar e receitas em reais pode querer trocar esse “risco dólar” pelo
“risco taxa de juros” com quem tem receitas em dólar e dívida corrigida
pela taxa de juros.
CRIPTOMOEDAS
As criptomoedas – as chamadas “moedas virtuais” ou “moedas criptográ-
ficas” – são moedas digitais porque, diferentemente do real, do dólar e
de outras moedas que podem ser tocadas, elas só existem na internet.
Ou seja, você sabe que elas são verdadeiras, mas não consegue pegá-las
com as mãos – ou guardá-las na carteira, no cofre ou embaixo do colchão,
mas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico. As
suas três principais funções são servir como: meio de troca, facilitando as
transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de
compra no futuro; unidade de conta, quando os produtos são precificados
e o cálculo econômico é realizado em função dela.
MERCADO FINANCEIRO 63
UNIDADE 5
PREVIDÊNCIA PRIVADA
COMPLEMENTAR
Previdência Privada é uma alternativa de aposentadoria complementar
à Previdência Social. A principal característica da Previdência Privada é
que sua adesão é opcional e tem como objetivo básico a manutenção do
padrão de vida de uma pessoa quando decide parar de trabalhar.
Os benefícios podem ser contratados para serem pagos por toda a vida do
participante, por um período limitado de tempo ou de uma só vez.
MERCADO FINANCEIRO 64
UNIDADE 5
Fundos de pensão
Os fundos de pensão têm como objetivo fundamental acumular
fundos a partir de um sistema de capitalização, que garantam o
pagamento de aposentadoria e outros benefícios para seus asso-
ciados. São organizados sob a forma de fundação ou sociedade
civil, sem fins lucrativos, e são acessíveis, exclusivamente, aos
empregados de uma empresa ou grupo de empresas, ou aos ser-
vidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municí-
pios, ou aos associados, membros de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial.
MERCADO FINANCEIRO 65
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 5
MERCADO FINANCEIRO 66
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO 67
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO 68
ADMINISTRAÇÃO
de RISCO
06 UNIDADE 6
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer os riscos que correm as
instituições financeiras, os investidores
individuais e seus perfis quanto à ⊲ RISCOS QUE CORREM AS
propensão e tolerância ao risco. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 6
MERCADO FINANCEIRO 69
UNIDADE 6
Quanto mais longo o período que utiliza para suas estimativas em relação
ao comportamento futuro de certas variáveis — demanda, preços, taxa de
juros —, menores são suas chances de acerto e maior é a incerteza.
O risco difere da incerteza porque pode, dentro de certos limites, ser men-
surado. Entretanto, medir com precisão o grau de risco é uma tarefa quase
impossível. O cálculo do risco de um ativo é baseado em análise probabilís-
tica. Esse cálculo é feito a partir de estatísticas históricas, ou seja, com base
no comportamento passado desse ativo. Se ocorrerem fatos de natureza
diversa daqueles verificados no passado, esse cálculo é prejudicado.
MERCADO FINANCEIRO 70
UNIDADE 6
Para que fique claro, pense no seguinte exemplo: dois ativos financei-
ros que tenham o mesmo prazo de maturação e rendam a mesma taxa
de retorno — um deles é considerado mais arriscado do que o outro.
Obviamente, o ativo de menor risco sempre será escolhido. Por outro lado,
para que o ativo de maior risco seja preferido, é necessário que ofereça
rentabilidade superior à do ativo de menor risco.
— Risco de Crédito
É a possibilidade de que a contraparte de um empréstimo (tomador) ou
operação financeira não queira ou não possa cumprir suas obrigações
contratuais, gerando, assim, perdas para a instituição financeira.
O risco pode ser diminuído por meio de uma cuidadosa diversificação das
operações entre diferentes setores ou áreas geográficas e também a partir
da análise financeira das contrapartes envolvidas.
— Risco de Liquidez
As instituições financeiras sofrem com a dificuldade de encontrar o balanço
correto entre seus ativos e passivos. O risco de liquidez se relaciona com
a possibilidade de descasamento entre os fluxos financeiros de ativos e
passivos de uma instituição financeira e seus reflexos sobre a capacidade
financeira da instituição de honrar suas obrigações.
MERCADO FINANCEIRO 71
UNIDADE 6
— Risco de Mercado
O risco de mercado está associado à possibilidade de perdas decorrentes
Commodities são produtos de mudança nos preços dos ativos retidos pelas instituições financeiras.
que funcionam como matéria- Os preços dos ativos podem variar em virtude de modificações na taxa de
prima, são produzidos em juros, na taxa de câmbio, no preço de ações e de commodities etc.
escala e podem ser estocados
sem perda de qualidade, O risco de mercado é particularmente relevante em operações nos merca-
como petróleo, suco de laranja dos de futuros e opções. Nesses tipos de operação, pequenas alterações
congelado, boi gordo, café, nas taxas praticadas pelo mercado ou nos preços dos ativos podem levar
soja e ouro. Commodity vem a fortes perdas para os aplicadores, dado o elevado grau de alavancagem,
do inglês e originalmente ou seja, os valores em jogo — possibilidade de ganho ou perda — podem
significa “mercadoria”. ser muitas vezes superiores ao capital aplicado.
— Risco Operacional
O risco operacional se refere à possibilidade de perda originada por falhas
na estrutura organizacional da instituição financeira, seja relativa a falhas
humanas, gerenciais, de controle ou dos sistemas operacionais, ou, ainda,
pela perda dos valores éticos e corporativos que unem os diferentes ele-
mentos dessa estrutura.
MERCADO FINANCEIRO 72
UNIDADE 6
— Risco de Insolvência
O risco de insolvência se refere à possibilidade de uma instituição finan-
ceira se tornar insolvente. Uma instituição financeira se torna insolvente
quando seu patrimônio líquido estiver abaixo do mínimo exigido pelas
autoridades supervisoras. Tal possibilidade pode ser resultado de diversas
situações de risco, como perdas em negociação com títulos, aplicações em
derivativos, diminuição do valor contábil dos empréstimos resultante da
inadimplência, parcial ou total, dos tomadores de empréstimo, e variações
na taxa de câmbio.
— Risco Legal
O risco legal corresponde à possibilidade de que contratos não sejam
executados porque as leis ou regulações não dão suporte às regras
estabelecidas entre uma instituição financeira e seus clientes, outras
instituições financeiras ou o Governo.
PERFIL DE RISCO
DOS INVESTIDORES INDIVIDUAIS
Os investidores podem ser classificados de acordo com sua propensão ou
tolerância ao risco.
Perfil conservador
É aquele que prioriza a segurança e a liquidez nos investimentos
em lugar de buscar alta rentabilidade. Esse tipo de cliente prefere
investimentos com retornos previsíveis, normalmente buscando
investimentos de renda fixa. Em alguns casos, pode ser incluí-
da uma parcela muito pequena de renda variável, normalmente
representada por ações ou câmbio.
MERCADO FINANCEIRO 73
UNIDADE 6
Perfil moderado
É o tipo de investidor que gosta da segurança de investimentos
de renda fixa, mas quer ou pode dar uma “apimentada” na carteira
de investimentos. Geralmente, esse investidor quer ter um retorno
sem correr riscos expressivos. Por isso, participa, em parte, tam-
bém em fundos multimercado ou de ações.
Perfil balanceado
Esse é o investidor que tem condições e apetite para buscar
ganhos mais expressivos, mas ainda tem algumas limitações para
correr grandes riscos. A diversificação é um pouco maior e a expo-
sição à renda fixa é menor.
Perfil arrojado
Esse perfil caracteriza quem não tem problema em correr riscos
no curto e médio prazo e tem conhecimento de que o retorno
normalmente está ligado ao risco assumido. Seus objetivos são de
Volatilidade é aquilo que longo prazo, portanto, sua carteira pode estar sujeita à volatilidade
muda de preço em pequenos durante o período de acumulação.
intervalos de tempo.
Apesar do apetite ao risco, esse tipo de investidor tem total cons-
ciência e corre apenas riscos calculados que estejam de acordo
com seu planejamento de longo prazo.
Perfil agressivo
É aquele investidor que busca obter o máximo de retorno possível,
não levando em conta os riscos assumidos. Normalmente, esse
investidor toma decisões por conta própria, muitas vezes levado
pela emoção, e não segue regras ou parâmetros para investir.
MERCADO FINANCEIRO 74
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 6
MERCADO FINANCEIRO 75
FIXANDO CONCEITOS
(a) Buscar ganhos mais expressivos, mas tem algumas limitações para
correr risco.
(b) Querer obter o máximo de retorno possível não levando em conta
os riscos assumidos.
(c) Focar em investimentos de renda fixa, mas quer ou pode dar uma
“apimentada” na carteira de investimentos.
(d) Não ter problema em correr riscos no curto e médio prazo.
(e) Preferir investimentos com retornos previsíveis, normalmente bus-
cando investimentos de renda fixa.
MERCADO FINANCEIRO 76
GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
A
MERCADO FINANCEIRO 77
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 78
GLOSSÁRIO
CETIP: Foi criada em 1986 pelas instituições financeiras e pelo Banco Cen-
tral com o intuito de realizar a custódia, o registro e a liquidação financeira
das operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais
e municipais.
MERCADO FINANCEIRO 79
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 80
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 81
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 82
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 83
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO 84
GABARITO
GABARITO
— Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
3–A
3–B 3–B
4–D
5–B
MERCADO FINANCEIRO 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDREZO, A.; LIMA, I. Mercado financeiro: aspectos conceituais e histó-
ricos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Site
Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
www.fgc.org.br
MERCADO FINANCEIRO 87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MERCADO FINANCEIRO 88