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MERCADO

FINANCEIRO

Prof. Hugo Amazonas


ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

I. Economia: Conceitos Básicos e Funções


II. Intermediação Financeira
III. Sistema Financeiro Nacional
IV. Segmentos do Mercado Financeiro
V. Instrumentos Financeiros
VI. Administração de Risco

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Mercado Financeiro

O mercado fnanceiro pode ser defnido como o


conjunto de instituições, produtos e instrumentos que
viabiliza a transferência de recursos ou ativos
fnanceiros entre os agentes superavitários
(poupadores) e os agentes defcitários(tomadores) da
economia.

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R$

R$ + Juros

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

CONCEITOS
BÁSICOS
Capítulo 1

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Economia

Qual o objetivo da gestão da economia em uma


sociedade?

Visa atender as necessidades de bens e serviços da


sociedade e atingir determinados objetivos sociais e
macroeconômicos, como pleno emprego,
distribuição de riqueza, estabilidade de preços e
estimulo ao crescimento econômico.
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Economia

A economia estuda a riqueza (indivíduo, sociedade,


empresa ou nação), as transações de troca que se
verifcam entre as pessoas (oferta e demanda) e países
(importação e exportação).

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Unidades Econômicas

 Famílias

 Empresas (pública e privada)

 Governo

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Unidades Econômicas

Famílias
A família é um conjunto de pessoas físicas que atuam na
economia.
A principal função desse grupo é o consumo e a sua força
de trabalho, que é considerado um dos fatores de
produção.

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Unidades Econômicas

Empresas (pública e privada)


As empresas são as responsáveis pela produção de bens
e circulação de serviços. As responsabilidades desse
agente são fornecer bens e serviços à sociedade, bem
como realizar os pagamentos aos fatores de produção
(mão de obra, terra e capital).

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Unidades Econômicas

Governo
O governo se mostra como regulador das principais
ações de controle fscal e de Políticas Monetárias.
Além da função de órgão regulador, o governo é o principal
responsável pela ação social e de benefício público.

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Recursos ou ativos fnanceiros

 Renda

 Investimento

 Poupança

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Recursos ou ativos fnanceiros

Renda
Representa a remuneração dos agentes que participam
de alguma forma do processo produtivo de uma economia.
Por exemplo: salários recebidos, juros sobre capital
emprestado ou lucros sobre capital investido.

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Recursos ou ativos fnanceiros

Investimento
Representa a utilização de capital – próprio ou de
terceiros – em alternativas que promovem o aumento
efetivo da capacidade produtiva de um país.
O conceito de investimento em economia vincula-se à
geração de riqueza.

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Investimento

O conceito de investimento em economia vincula-se à


geração de riqueza, e não simplesmente à transferência de
propriedade de um bem. Por exemplo: o investimento pode
ocorrer na compra de bens de capital, como máquinas e
equipamentos; entretanto, a aquisição de ações na Bolsa
de Valores não é considerada investimento segundo o
conceito econômico.

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Recursos ou ativos fnanceiros

Poupança
É a parcela da renda não consumida pelas unidades
Econômicas na aquisição de bens e serviços. É por
intermédio dela que todo o processo produtivo é
realimentado, utilizando diversos instrumentos de
intermediação do mercado fnanceiro.

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R$

R$ + i

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R$

R$ + i

Bco. Central
Compulsório

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R$

R$ + i

Bco. Central
Compulsório

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R$ R$

R$ + i + x
R$ + i

Bco. Central
Compulsório Encaixe
Resgate
dos
clientes

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Crescimento
Econômico x
Desenvolvimento
Econômico

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Crescimento Econômico x
Desenvolvimento Econômico

Crescimento econômico ocorre quando há expansão


quantitativa da capacidade produtiva ao longo do
tempo.
Quando elevação da quantidade de bens e serviços
produzidos por um país é superior à de sua população
dizemos que o país se encontra em pleno crescimento
econômico.
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Crescimento Econômico x
Desenvolvimento Econômico

Desenvolvimento econômico aborda as condições de


vida da população de um país. Seu conceito é necessita
da análise de indicadores socioeconômicos, como renda,
saúde e educação.

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POLÍTICA
MONETÁRIA

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Politica Monetária

Enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento,


títulos públicos e taxas de juros. O Banco Central do
Brasil é a instituição responsável pela administração da
política monetária do País e tem sob seu controle a oferta
de moeda, as taxas de juros e as condições de crédito para
atingir alguma meta desejada, como reduzir a taxa de
infação.

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Sistema Financeiro Consumo

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su mo
Con

c eiro
Fin an
te ma
Sis

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Siste
m a Fin
ance
iro

Cons
umo

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Sistema Financeiro Consumo

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Banco Central do Brasil

Também conhecido como BC, BCB ou BACEN – é o


responsável pelo controle da infação no País. Ele atua para
regular a quantidade de moeda na economia que permita a
estabilidade de preços. Suas atividades também incluem a
regulação e supervisão das instituições fnanceiras para
garantir que o mercado brasileiro fque fnanceiramente
estável.

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Dinheiro Circulante em 24/08/2022


CÉDULAS
Denominação Quantidade Valor
1,00 148.664.299 148.664.299,00
2,00 1.517.400.236 3.034.800.472,00
5,00 642.416.502 3.212.082.510,00
10,00 577.627.261 5.776.272.610,00
20,00 719.011.381 14.380.227.620,00
50,00 1.855.143.518 92.757.175.900,00
100,00 1.735.127.269 173.512.726.900,00
200,00 107.061.360 21.412.272.000,00
TOTAL DE CÉDULAS 7.302.451.826 314.234.222.311,00

Fonte: https://www3.bcb.gov.br/mec-circulante/?wicket:interface=:0::::
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Dinheiro Circulante em 24/08/2022


MOEDAS
Denominação Quantidade Valor
0,01 3.191.087.463 31.910.874,63
0,05 7.458.590.003 372.929.500,15
0,10 7.679.635.771 767.963.577,10
0,25 3.384.221.750 846.055.437,50
0,50 3.432.698.816 1.716.349.408,00
1,00 3.985.143.924 3.985.143.924,00
TOTAL DE MOEDAS 29.131.377.727 7.720.352.721,38

COMEMORATIVAS 974.919 3.572.225,00

Fonte: https://www3.bcb.gov.br/mec-circulante/?wicket:interface=:0::::
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Dinheiro Circulante em 24/08/2022


CÉDULAS 7.302.451.826 314.234.222.311,00

MOEDAS 29.131.377.727 7.720.352.721,38

CÉDULAS + MOEDAS 36.433.829.543 321.954.575.032,38

COMEMORATIVAS 974.919 3.572.225,00

TOTAL GERAL 36.434.804.462 321.958.147.257,38

Fonte: https://www3.bcb.gov.br/mec-circulante/?wicket:interface=:0::::
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Politica Monetária

 Restritiva.

 Expansionista.

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Politica Monetária

Uma política monetária é considerada RESTRITIVA


quando as autoridades monetárias promovem reduções
dos meios de pagamento da economia, retraindo o
consumo, o investimento e a atividade econômica.
As medidas são tomadas visando anular os efeitos da
inflação.

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Politica Monetária

Uma política monetária é considerada EXPANSIONISTA


quando eleva a liquidez da economia, injetando maior
volume de recursos nos mercados e elevando os meios
de pagamentos. Essa situação é geralmente adotada em
momentos de retração do nível da economia em que
se produz uma defação.

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Liquidez

É um conceito econômico que considera a facilidade com


que um ativo pode ser convertido no meio de troca da
economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser
convertido em dinheiro. O grau de agilidade de conversão
de um investimento sem perda signifcativa de seu valor
mede sua liquidez.

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Instrumentos da Política Monetária

 Depósitos compulsórios.

 Redesconto bancário.

 Operações de mercado aberto.

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Depósitos Compulsórios

Todo banco é obrigado a manter depositada, em sua conta


de reserva bancária no BACEN, uma quantia que
representa um percentual sobre os recursos à Vista,
recursos a Prazo, recursos de Depósitos de Poupança e
recursos de Depósitos e de Garantias Realizadas de seus
clientes. Se o percentual de depósito compulsório é
aumentado, os bancos terão menos reservas livres
para emprestar.
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Redesconto Bancário

É um empréstimo concedido pelo BACEN a um banco


comercial que enfrenta um problema temporário de
liquidez, ou seja, um banco que não possui reservas
bancárias sufcientes para cumprir seus compromissos de
curto prazo.

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Redesconto Bancário

Uma elevação da taxa de redesconto desestimula os


bancos a recorrerem ao redesconto, obrigando-os a manter
um nível mais elevado de reservas, reduzindo, desse
modo, os empréstimos e sua capacidade de criar depósitos
à vista.

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Operações de Mercado Aberto

O BACEN compra ou vende títulos do Tesouro Nacional dos


bancos, visando controlar o saldo das reservas bancárias e,
dessa forma, exercer infuência sobre a taxa de juros
praticada no mercado interbancário.

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Operações de Mercado Aberto

Ao comprar títulos, o BACEN aumenta o saldo de suas


reservas bancárias, provocando uma redução na taxa de
juros.
Já quando o BACEN vende títulos, os bancos pagam por
meio da redução de suas contas de reservas bancárias. A
diminuição do volume de reservas bancárias disponíveis
tende a elevar a taxa de juros.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑
↓ Compulsório ↑ ↓

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑
↓ Compulsório ↑ ↓
↑ Tx. Redesc. ↓ ↑

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑
↓ Compulsório ↑ ↓
↑ Tx. Redesc. ↓ ↑
↓ Tx. Redesc. ↑ ↓

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑
↓ Compulsório ↑ ↓
↑ Tx. Redesc. ↓ ↑
↓ Tx. Redesc. ↑ ↓
Compra títulos ↑ ↓

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Impactos da utilização dos


instrumentos de Política Monetária
Política Multiplicador Taxa de Juros
↑ Compulsório ↓ ↑
↓ Compulsório ↑ ↓
↑ Tx. Redesc. ↓ ↑
↓ Tx. Redesc. ↑ ↓
Compra títulos ↑ ↓
Vende títulos ↓ ↑

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POLÍTICA
FISCAL

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Política Fiscal

Centraliza suas preocupações com relação aos


gastos do setor público e aos impostos cobrados da
sociedade. Assim, ela deve se mostrar efcaz para que
haja equilíbrio entre a arrecadação tributária e as despesas
governamentais.

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Política Fiscal

O Governo pode fnanciar seus gastos por intermédio


da cobrança de impostos e tarifas, bem como por
meio de empréstimos. Os empréstimos tomados pelo
Governo, geralmente, são feitos via lançamento de títulos,
cujo saldo corresponde ao total da sua dívida pública.

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Política Fiscal

 Expansionista

 Contracionista

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Política Fiscal

Expansionista
A política fscal expansionista acontece quando há uma
ação do Governo para estimular a economia a partir da
adoção de políticas de redução de impostos e aumento de
suas despesas, que incentivam o crescimento econômico
pelo lado da demanda.
Os resultados dessas medidas oneram o orçamento da
União, promovendo défcit orçamentário.
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Política Fiscal

Contracionista
Uma política fscal contracionista ocorre quando o
Governo obtém superávit orçamentário, as receitas
arrecadadas são superiores às despesas, com o
objetivo de conter eventuais elevações da demanda que
sejam interpretadas como infacionárias.

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Défcit Orçamentário

É a diferença entre os impostos arrecadados e os gastos do


Governo. O défcit orçamentário ocorre quando o Governo
aumenta seus gastos ou reduz os impostos para estimular
o crescimento da economia.
O resultado negativo é coberto pelo Governo, geralmente
mediante a emissão de moedas ou de títulos públicos,
aumentando, assim, a dívida pública.

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Superávit Orçamentário

Ocorre quando as receitas arrecadadas são superiores às


despesas, signifcando, portanto, que o governo agiu de
forma prudente e responsável, não se comprometendo
acima de sua efetiva arrecadação.

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Política Fiscal

O défcit (ou o superávit) orçamentário pode ser


classifcado como:

 Primário

 Nominal

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Política Fiscal

Défcit ou Superávit Primário


É o resultado da arrecadação do governo (receitas)
menos as despesas do governo, exceto juros da
dívida. Grosso modo, é a geração de caixa do governo; é a
economia para reduzir o endividamento. Mostra se as
contas estão em ordem ou não. Um resultado primário
positivo (superávit) apresenta contas sob controle e mostra
que a dívida não seguirá uma trajetória explosiva.

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Política Fiscal

Défcit ou Superávit Nominal


O resultado nominal do governo equivale à arrecadação de
impostos (receitas) menos as despesas do governo,
incluindo os juros da dívida. É a medida mais completa,
já que o número representa a total necessidade de
fnanciamento do setor público. Ao apresentar um défcit
nominal, o governo terá que se fnanciar, por exemplo,
com a colocação de títulos públicos.
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Títulos públicos

São papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, que


representam uma forma de fnanciar a dívida pública e
permitem que os investidores “emprestem” dinheiro para o
governo, recebendo uma rentabilidade em troca.

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Títulos públicos
(R$ bilhão)
jun/22
Previdência 1.249,16 22,33%
Instituições Financeiras 1.686,51 30,14%
Fundos de Investimento 1.320,33 23,60%
Não Residentes 499,32 8,92%
Governo 240,63 4,30%
Seguradoras 220,65 3,94%
Outros 378,74 6,77%
Total 5.595,34 100,00%
Fonte: Relatório Mensal da Dívida Pública, em
https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2022/6
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POLÍTICA
CAMBIAL

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Política Cambial

A política cambial está baseada na administração das


taxas de câmbio e, de forma mais abrangente, no
controle das transações internacionais executadas por
um país. Ela é fxada de maneira a viabilizar as
necessidades de expansão da economia e promover seu
desenvolvimento econômico.

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Política Cambial

Taxa de câmbio
Representa o valor com que a autoridade monetária de um
país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda
de sua emissão (compra de moeda estrangeira) ou adquiri-
la (vender moeda estrangeira).

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Política Cambial

Os regimes cambiais podem ser:

 Taxa de câmbio futuante

 Taxa de câmbio fxa

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Política Cambial

Taxa de câmbio flutuante


Permite maior liberdade às economias na execução de
suas políticas monetárias. Em momentos de eventuais
desequilíbrios econômicos, é possível ter mais agilidade
nas variações de oferta e procura da moeda no mercado.
Nesse modelo, as taxas acompanham livremente as
oscilações da economia, ajustando-se mediante as
alterações em seus valores.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Política Cambial
Taxa de câmbio fxa
Tem o seu valor atrelado a um referencial fxo, como
ouro ou dólar. As taxas de câmbio fxas permitem maior
nível de certeza ao comércio internacional, por
revelarem, previamente, o valor futuro da moeda. No
entanto, a manutenção desse padrão é de maior risco
para os governos, obrigando-os, em momentos de
desequilíbrio, a gastar elevadas somas de suas reservas
cambiais para manter a cotação da moeda nacional.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Política Cambial

Os objetivos da adoção de um ou outro regime cambial


podem ser, entre outros:
 Equilibrar o balanço de pagamentos - caso típico do
regime de taxa de câmbio futuante;
 Combater a inflação - caso típico do regime de taxa
de câmbio fxa adotado por muitos países emergentes
nas décadas de 1980 e 1990).

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Reservas Internacionais

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Reservas Internacionais
Agosto/2022 - US$ 346.403.000.000

Em dezembro de 2021, a alocação por moedas das


reservas se dava da seguinte forma: 80,34% em dólar
norte-americano, 5,04% em euro, 4,99% em renminbi,
3,47% em libra esterlina, 2,25% em ouro, 1,93% em
iene, 1,01% em dólar canadense e 0,97% em dólar
australiano.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefnanceira/reservasinternacionais
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SETOR REAL X
SETOR
FINANCEIRO

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Setor Real x Setor Financeiro

O SETOR REAL abrange a produção e a circulação de


bens e de mercadorias, e a prestação de serviços
não fnanceiros, como comércio, telecomunicações,
transporte e outros. Os ativos reais são bens ou direitos
que não representam, necessariamente, reserva de valor,
mas são mantidos em função do proveito que deles se
espera obter. Exemplos: máquinas e equipamentos.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Setor Real x Setor Financeiro

O SETOR FINANCEIRO abrange a custódia, a


intermediação e a compensação de ativos e de
passivos fnanceiros.

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Custódia e Intermediação

Custódia - Guarda e exercício dos direitos sobre títulos e


valores mobiliários.

Intermediação - Serviço de movimentação de ativos


entre agentes poupadores e tomadores, prestado por um
agente intermediador.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Ativo e Passivo Financeiro


Ativo Financeiro - Constitui um direito em relação a
outra unidade econômica, mantido como reserva de valor
em função do retorno fnanceiro que dele se espera obter.
Inclui moeda e todo título que representa dívida ou
participação patrimonial (ex.: ações, título de dívida,
royalties).

Passivo Financeiro - Representa a obrigação decorrente


de ativo fnanceiro. É, portanto, a contrapartida para
aquele que emitiu um ativo fnanceiro (ex.: dívidas).
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

FUNÇÕES BÁSICAS
DO
MERCADO
FINANCEIRO

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

O mercado fnanceiro possibilita que as unidades


econômicas (também conhecidas como agentes
econômicos) estejam em contato, direto ou indireto, a
um custo mínimo e com as menores difculdades possíveis
para esse relacionamento. Dessa forma, a utilização dos
recursos fnanceiros da economia pode ser otimizada,
possibilitando um aumento geral da produtividade,
da efciincia e do bem-estar da sociedade.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

Funções do mercado fnanceiro:

 Estímulo à formação de poupança

 Facilitação da transferência de poupança entre as


unidades econômicas

 Provimento de liquidez às unidades econômicas

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

Estímulo à formação de poupança


As instituições fnanceiras existentes no mercado
fnanceiro estimulam a formação de Poupança de
diferentes formas. Assim, elas captam poupança e, em
troca, emitem ativos com diferentes graus de liquidez.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

Estímulo à formação de poupança


O mercado de capitais — no qual operam os bancos de
investimento e corretoras de títulos — auxilia as empresas
a emitirem títulos próprios, como ações e debêntures. Os
fundos de pensão, os fundos de investimento e as
seguradoras são importantes demandantes desses títulos
e, portanto, também estimulam a formação de poupança.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro
Facilitação da transferincia de poupança entre
as unidades econômicas
O mercado fnanceiro coloca em contato as
diferentes unidades econômicas, a troca de
recursos entre os que possuem recursos fnanceiros
excedentes e os que necessitam de recursos é
facilitada. Os bancos são importantes facilitadores
dessa troca, pois repassam os recursos captados
de poupadores a tomadores de empréstimos.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Mercado Financeiro

Provimento de liquidez às unidades econômicas


Os bancos que captam recursos com o público e emitem
depósitos à vista (depósitos em conta corrente) devem ser
capazes de oferecer liquidez imediata aos seus
clientes. Assim, por meio desse tipo de instituição
fnanceira, é processada a maior parte dos pagamentos
realizados pelas unidades econômicas.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Ações

Representam uma fração do capital social de uma


empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio
da empresa, ou seja, de um negócio. Passa a correr os
riscos deste negócio bem como participa dos lucros e
prejuízos como qualquer empresário.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Debêntures

São títulos de dívida de empresas privadas. Quem investe


em uma debênture se torna um credor da companhia que
emitiu o título, fnanciando suas operações em troca do
pagamento de juros.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

INTERMEDIAÇÃ
O
FINANCEIRA
Capítulo 2

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Intermediação Financeira

É a captação de recursos por instituições fnanceiras


junto às unidades econômicas superavitárias e o seu
subsequente repasse para as unidades econômicas
defcitárias. Os intermediários fnanceiros desempenham
o papel de transferir recursos entre poupadores e
tomadores.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

R$

R$ + Juros

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

 Unidades superavitárias (US)

 Unidades defcitárias (UD)

 Unidades com orçamento equilibrado (UOE)

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

Unidades superavitárias (US)


São aquelas unidades que apresentam receitas
correntes maiores do que gastos correntes. O
excesso de receitas não representa necessariamente lucro,
podendo signifcar tão somente sobra de caixa
momentânea.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

Unidades defcitárias (UD)


São aquelas unidades cujos gastos correntes excedem
suas receitas correntes. No caso de uma empresa, o
excesso de gastos em relação às receitas correntes não
signifca dizer que ela opere com prejuízo. Os gastos em
excesso podem, por exemplo, ser empregados em
investimentos que permitirão uma futura expansão de suas
atividades.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

Unidades com orçamento equilibrado (UOE)


São aquelas unidades que têm seus gastos correntes
iguais às receitas correntes. As UOE, por não terem
sobras de caixa e por serem capazes de fnanciar seus
gastos correntes e de investimento a partir de suas
receitas correntes, não precisam, portanto, de qualquer
tipo de fnanciamento.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

Se todas as unidades econômicas (UE) fossem


sempre UOE, não faria sentido existirem
intermediários fnanceiros. Na prática, contudo, é difícil
de se conceber uma unidade econômica que, em algum
momento, não possua recursos fnanceiros ociosos, ou
mesmo uma que seja capaz de se autofnanciar
completamente.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

As unidades econômicas superavitárias tendem a


investir o excedente da receita em ativos fnanceiros, que
são direitos sobre a renda futura de outras unidades.
Portanto, podem ofertar seus excedentes mediante
retorno que compense seus riscos e gere uma
remuneração adicional.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Classifcação das Unidades Econômicas

As unidades defcitárias podem buscar recursos para


atender às suas necessidades de fnanciamento,
aceitando arcar com os custos dessa operação. Essa
é a hipótese que justifca a existência da atividade de
intermediação fnanceira, e os agentes que desenvolvem
tal atividade são chamados de intermediários fnanceiros,
sendo, geralmente, instituições fnanceiras.

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FORMAS DE
FINANCIAMENTO

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Formas de Financiamento

A atividade de intermediação fnanceira nasceu da


necessidade de aumento da efciência das transferências
de recursos fnanceiros entre as unidades econômicas (UE).
A UD procura um intermediário fnanceiro buscando uma
fonte de recurso fnanceiro.

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Formas de Financiamento

Formas de fnanciamento:

 Autofnanciamento
 Financiamento externo

• Financiamento direto
• Financiamento indireto

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Formas de Financiamento

Autofnanciamento
Para se fnanciar, uma UD pode vender ativos próprios,
inclusive instrumentos fnanceiros.
Por exemplo vender ações que estão em seu poder ou
vender um terreno que esteja ocioso.

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Formas de Financiamento

Financiamento externo
A outra opção de uma UD para fnanciar seus gastos é
obter recursos de terceiros, o que pode ser feito de
forma direta ou indireta.

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Formas de Financiamento

Financiamento externo - DIRETO


Emitir ações e outras formas de participação em
negócios, sem assumir uma dívida, ou emitir títulos de
dívida — como debintures e notas promissórias —
que sejam adquiridos diretamente por US.

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Formas de Financiamento

Financiamento externo - DIRETO


Nessas operações, a transferência de recursos ocorre
diretamente entre as UE superavitárias e defcitárias, e o
papel das instituições fnanceiras é simplesmente
promover a corretagem de valores.

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Formas de Financiamento

Financiamento externo - INDIRETO


Empréstimos tomados de instituições fnanceiras. É
chamada de indireta, porque conta com a intermediação
de uma instituição fnanceira que adquire títulos emitidos
pelas UD com os recursos captados junto às US.

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Formas de Financiamento

Financiamento externo - INDIRETO


Nessas operações, as instituições fnanceiras captam
recursos junto às US, assumindo a obrigação de honrar
a exigibilidade desses recursos, e os emprestam às UD.

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Formas de Financiamento - Remuneração

O valor da remuneração pelos recursos fnanceiros


emprestados é chamado de juros ou, em termos
percentuais, taxa de juros. Essa taxa é considerada, por
um lado, a remuneração dos poupadores e, por outro, o
custo de capital dos tomadores.

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Formas de Financiamento - Remuneração

As instituições fnanceiras cobram regularmente taxas de


juros dos tomadores superiores às taxas
contratadas nas captações de recursos, a fm de
cobrir despesas e riscos, bem como para obter
remuneração pela atividade de intermediação.

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Formas de Financiamento - Remuneração

À diferença entre a remuneração cobrada nas operações


ativas e o custo do dinheiro captado nas operações
passivas, dá-se o nome de spread.
O spread pode também ser defnido como a diferença
entre a taxa média de juros cobrada pelos empréstimos e a
taxa média paga aos depositantes.

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R$ R$

R$ + i + x
R$ + i

Bco. Central
Compulsório Encaixe
Resgate
dos
clientes

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Formas de Financiamento - Remuneração


O spread signifca que, pelo menos em tese, os
fnanciamentos indiretos seriam mais caros do
que os fnanciamentos diretos, enquanto o retorno
para os depositantes seria menos atraente do que se
investissem diretamente na compra de um título
direto emitido por uma UD.

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Vantagens dos
Intermediários
Financeiros

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Vantagens dos Intermediários Financeiros

Os intermediários fnanceiros justifcam sua existência por


serem mais capazes de reduzir os custos de transação
e os problemas gerados pela assimetria de
informações entre as partes do que as unidades
econômicas em geral.

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Custos de Transação

Se referem aos gastos envolvidos em cada transação


fnanceira, como o processo de reuniões entre as partes e
o pagamento de honorários advocatícios para redação dos
contratos de empréstimo.

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Assimetria de Informação

Ocorre quando uma das partes de uma transação está


mais bem informada do que a outra em relação a questões
pertinentes à negociação. Quando há assimetria de
informação, confitos de interesse entre as partes tendem
a ocorrer.

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Vantagens dos Intermediários Financeiros

 Ganhos de escala

 Diversifcação das operações.

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Vantagens dos Intermediários Financeiros

Ganhos de escala
Acontece em função da especialização (expertise)
desenvolvida na coleta de dados, no processamento
das informações e no número de transações.

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Vantagens dos Intermediários Financeiros

Diversifcação das operações


A possibilidade de diversifcação das operações ativas e
passivas reduz fortemente, por um lado, a
probabilidade esperada de perdas com inadimplincia
nos empréstimos e, por outro lado, os riscos de liquidez
provenientes de saques dos depositantes.

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Vantagens dos Intermediários Financeiros

Portanto, os intermediários são capazes de produzir tal


resultado em função dos ganhos de escala, da
especialização em intermediação fnanceira, bem como
de seus ativos e passivos diversifcados. Além disso,
outra vantagem que apresentam é a diversifcada oferta
de alternativas de captação e de aplicação de recursos, já
que difcilmente as unidades econômicas conseguiriam
dispor por conta própria e com a mesma agilidade.
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MUITO
OBRIGADO
!
ENCERRAMENTO

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