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VICE-REITORIA DA ÁREA ACADÉMICA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Índice
Introdução................................................................................................................................... 1
Objectivos ............................................................................................................................... 1
Metodologia ............................................................................................................................ 1
Crescimento e Desenvolvimento Económico ............................................................................... 2
Países desenvolvidos ................................................................................................................... 2
Países em Desenvolvimento ........................................................................................................ 3
Comércio Global ......................................................................................................................... 3
Vantagens Absolutas e Comparativas .......................................................................................... 3
Teoria de desenvolvimento .......................................................................................................... 4
Diferenças no Desenvolvimento Económico entre Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento 5
Moçambique e o Desenvolvimento Económico ........................................................................... 6
Importância do comércio global para economia ........................................................................... 7
Conclusão ................................................................................................................................... 8
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 9
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Introdução
Moçambique, nação situada no sudeste da África, destaca-se como um cenário de crescente
interesse no contexto global devido aos desafios e oportunidades que enfrenta em sua busca por
desenvolvimento econômico. Nesse contexto, o comércio global emerge como um fator-chave
que molda a trajetória econômica moçambicana. A compreensão da importância dessa interação
comercial internacional é crucial para avaliar como Moçambique pode alavancar suas vantagens
comparativas, promover o crescimento sustentável e enfrentar os desafios inerentes ao cenário
global.
Objectivos
Objetivos Específicos:
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Crescimento e Desenvolvimento Económico
Países desenvolvidos
Segundo Smith e Johnson (2020), "países desenvolvidos são caracterizados por um elevado nível
de desenvolvimento econômico e social, medido por indicadores como o Produto Interno Bruto
(PIB), a renda per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)". Essas nações
geralmente demonstram uma economia diversificada, fundamentada nos sectores terciário e
quaternário. Além disso, de acordo com as pesquisas de Brown e Williams (2018), "os habitantes
desses países desfrutam de uma boa qualidade de vida, acesso à educação e saúde, e uma
distribuição de renda relativamente equitativa".
Essa abordagem oferece uma visão abrangente das características distintivas dos países
desenvolvidos, ressaltando a importância de indicadores socioeconômicos fundamentais. Por
conseguinte, as pesquisas de Miller et al. (2019) sugerem que a avaliação do desenvolvimento de
uma nação vai além do PIB, incorporando elementos que refletem o bem-estar da população e a
diversificação econômica.
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Países em Desenvolvimento
Os países em desenvolvimento são caracterizados por baixos níveis de renda per capita,
industrialização, urbanização, educação, saúde e outros indicadores socioeconômicos em
comparação com os países desenvolvidos. Além disso, esses países enfrentam desafios como
pobreza, desigualdade, instabilidade política, corrupção, dependência externa e vulnerabilidade
ambiental (OCDE, 2019).
Comércio Global
De acordo com o site Estudyando Negocio, o comércio global é definido como a importação ou
exportação de bens e serviços entre fronteiras internacionais. Cada país tem a capacidade de
produzir e exportar produtos nos quais detém vantagem comparativa, ao passo que importa bens e
serviços nos quais não possui essa vantagem. As vantagens do comércio global são notáveis,
incluindo a especialização, o estímulo ao crescimento econômico e a redução de conflitos em
escala global.
Conforme afirmado por Krugman, Obstfeld & Melitz (2018), o comércio global permite que os
países se especializem na produção daquilo em que têm vantagem comparativa, resultando em
maior eficiência e bem-estar global. Entretanto, é importante considerar que o processo de
comércio global não ocorre sem desafios. Esses desafios incluem "custos de transporte, tarifas,
quotas, subsídios e outras barreiras comerciais, todos os quais podem influenciar
significativamente os fluxos e os preços dos bens e serviços" (Krugman, Obstfeld & Melitz,
2018). Esses aspectos ressaltam a complexidade do cenário comercial internacional, que vai além
da simples troca de mercadorias e serviços entre países.
De acordo com Mankiw, (2019), a vantagem absoluta é "a capacidade de um país produzir um
bem ou serviço utilizando menos recursos do que outro país". Em contraste, a vantagem
comparativa refere-se "à capacidade de um país produzir um bem ou serviço com um menor
custo de oportunidade em comparação com outro país". Ricardo, (1817). O custo de oportunidade
representa o valor da melhor alternativa sacrificada para produzir um bem ou serviço. É crucial
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destacar que "os ganhos do comércio são fundamentados na vantagem comparativa, não na
vantagem absoluta" (Ricardo, 1817; Mankiw, 2019).
Teoria de desenvolvimento
As teorias clássicas, fundamentadas nos trabalhos pioneiros de Adam Smith, David Ricardo,
Thomas Malthus e Karl Marx, destacam a importância da acumulação de capital, divisão do
trabalho, tecnologia, população e classes sociais no desenvolvimento econômico. "Estas teorias
também exploram as contradições inerentes ao sistema capitalista, como a queda da taxa de lucro,
a desigualdade na distribuição de renda e as crises de superprodução" (Schumpeter, 1997).
Por fim, as teorias institucionalistas, que de acordo com Vieira (2014), "ganharam destaque a
partir da década de 1980, ampliam as perspectivas heterodoxas". Autores como Douglass North,
Elinor Ostrom, Dani Rodrik e Ha-Joon Chang enfatizam o papel das instituições, regras,
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incentivos, cultura, história, política, cooperação e diversidade no desenvolvimento econômico.
"Reconhecem a complexidade, incerteza, evolução e heterogeneidade dos sistemas econômicos,
defendendo uma abordagem pragmática, pluralista e contextualizada" (Vieira, 2014).
Outra diferença marcante reside na estrutura produtiva, sendo os PVDs mais dependentes de
actividades primárias, como agricultura, mineração e extração de recursos naturais. Segundo a
Organização Mundial do Comércio (OMC, 2019), produtos primários representavam 64,8% das
exportações dos PVDs, contrastando com os PDs, onde essa parcela era apenas de 14,5%3.
Ademais, os PVDs são mais suscetíveis aos efeitos adversos das mudanças climáticas, da
degradação ambiental, dos conflitos armados, das crises humanitárias e das instabilidades
políticas e institucionais. O Índice de Risco Climático Global de 2020 revelou que 9 dos 10
países mais impactados por tais mudanças eram, de fato, PVDs.
Essas disparidades refletem trajetórias históricas, sociais, culturais e geopolíticas distintas entre
PVDs e PDs, bem como relações de interdependência e desequilíbrio. Para transpor essas
divergências, é imperativo fomentar um desenvolvimento econômico mais inclusivo, sustentável
e cooperativo, respeitando a diversidade e soberania dos povos.
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Moçambique e o Desenvolvimento Económico
De acordo com estudos de Mabunda et al. (2018), "a história de Moçambique é marcada por
desafios significativos, como conflitos armados e instabilidade política, que impactaram
diretamente o crescimento econômico". A superação dessas adversidades tem sido uma jornada
complexa, mas o país tem demonstrado resiliência e empenho em promover mudanças
estruturais.
O setor agrícola, essencial para a economia moçambicana, tem sido objeto de atenção por parte
de pesquisadores. Para Silva e Machava (2019), "investimentos em tecnologias agrícolas
sustentáveis e programas de capacitação têm sido implementados para melhorar a produtividade e
impulsionar o desenvolvimento rural". Essas iniciativas visam não apenas o aumento da
produção, mas também a redução da pobreza e a promoção da segurança alimentar.
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Importância do comércio global para economia Moçambicana
Conforme afirmado acima, o comércio global, uma actividade econômica que engloba a troca de
bens e serviços entre países, é uma busca por vantagens comparativas e complementaridade. Para
Moçambique, na condição de país em desenvolvimento com uma economia centrada na
exportação de recursos naturais, o comércio global representa uma oportunidade significativa
para diversificar a produção, incrementar a renda, gerar empregos e mitigar a pobreza. No
entanto, embora ofereça vantagens, o comércio global também apresenta desafios consideráveis,
como competição internacional, vulnerabilidade a choques externos, exigências de infraestrutura
e capacitação, e a necessidade de preservação ambiental.
Segundo Rogerio (2020), o comércio global assume uma importância estratégica na economia
mundial, impulsionando o desenvolvimento econômico global, estimulando inovação,
cooperação e promovendo a integração regional. O autor destaca que teorias comerciais, desde
Adam Smith até os modelos contemporâneos, procuram explicar como os países podem se
beneficiar das trocas comerciais, considerando fatores de produção, custos, vantagens
comparativas e assimetrias de mercado.
O Portal do Governo de Moçambique (2021) ressalta que o país adota um regime cambial
liberalizado, inspirando confiança nos parceiros comerciais externos, buscando atrair
investimentos estrangeiros em diversos setores da economia. O portal também destaca a
participação de Moçambique em blocos regionais como a Comunidade para o Desenvolvimento
da África Austral (SADC), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Área de
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Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), visando facilitar o comércio e a integração
regional.
Em síntese, o comércio global assume uma importância crucial para a economia moçambicana,
proporcionando oportunidades de desenvolvimento, diversificação, integração e cooperação. No
entanto, o país enfrenta desafios como a competitividade, a sustentabilidade, a infraestrutura e a
capacitação para maximizar os benefícios do comércio global.
Conclusão
O comércio global emerge como uma oportunidade significativa para Moçambique diversificar
sua produção, aumentar a renda e reduzir a pobreza. No entanto, os desafios, como a
competitividade, a sustentabilidade e a capacitação, demandam uma abordagem estratégica e
inclusiva.
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Referências bibliográficas
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