Você está na página 1de 38

República de Angola

Ministério da Educação

Liceu do IIº Ciclo do Ensino Secundário nº 3043

Disciplina: Desenvolvimento Económico e Social (D.E.S)

Curso: Ciências Económicas e Jurídicas

Classe: 12 ª

Período: Noite

Palavras chaves da globalização:Vision, Shares, Growth,Team,Sales,Ideia,Business,Produtivity,Expertise,

Globalização é actualmente o ponto de convergência dos Países, dado que promove o crescimento económico
das regiões, contribuindo de forma gradual para o incremento dos indicadores macroeconómicos e bem-estar
da sociedade.

Prof: Miguel Salvador da Costa

Luanda, 2020

1
1 - Desenvolvimento Económico e Social

- O que é o Desenvolvimento Económico e Social?

- O objectivo e importância da disciplina enquanto uma ferramenta para percepção da realidade social?

- Mundialização versus globalização?

Após sucessivas abordagens na disciplina de Economia, vamos agora mergulhar numa nova perspectiva da componente social e
qualitativo da realidade social. E por nós sabido que a Economia e a ciência de carácter social que estuda as leis de produção,
distribuição, troca e consumo dos bens, tendo em conta as necessidades ilimitadas e os recursos escassos.

O social advém da sociedade que não e mais do que a relação entre as pessoas, ou a convivência entre ambos, ou ainda o conjunto de
pessoas que são regidas por normas de convivências social (leis regulamentos e não só).

Após apresentação da panorâmica, estamos em condições de poder definir então o Desenvolvimento Económico e Social em
duas vertentes:

D.E.S. é o processo pelo qual os índices de desenvolvimento económico humano tais como (saneamento básico, qualidade do
sistema de Ensino público, PNB per capital, qualidade do sistema de saúde, qualidade do sistema de transportes
público/energia/ , planificação urbanística, relação médico/população, qualidade das infraestruturas, sistema
financeiro, qualidade das infraestruturas (Autoestradas, aeroportos, portos,etc), liberdade económica, rácio de
cobertura policial, etc.) de uma Economia aumentam gradualmente, com um impacto directo na vida da população de um
período de tempo.

Desenvolvimento económico é o processo pelo qual ocorre uma variação positiva das "variáveis quantitativas"
(crescimento económico: aumento da capacidade produtiva de uma economia medida por variáveis tais como produto interno bruto,
produto nacional bruto), acompanhado de variações positivas das "variáveis qualitativas" (melhorias nos aspectos relacionados
com a qualidade de vida, educação, saúde, infraestrutura e profundas mudanças da estrutura socioeconómica de uma região e ou
País, medidas por indicadores sociais como o índice de desenvolvimento humano, o índice de pobreza humana e o
Coeficiente de Gini).

O processo em que ocorre o Desenvolvimento Económico e Social, implica actuação de certas forcas que operam durante um período
longo e que estas representam modificações em determinadas variáveis principalmente (Inflação) que não e mais do que a principal
variável macroeconómica que garante um cenário económico propício ao desenvolvimento de actividades económicas, implicando
redução da taxa de juro activa praticada pelas instituições financeiras (Bancos casas de câmbios, seguradoras cooperativas
financeiras, etc.)

ʺCoeficiente de Gini é um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os paísesʺ.

O processo de desenvolvimento económico e social, supõe ajustes nas instituições fiscais e jurídicas de carácter público e privado,
necessárias ao incentivo para inovações e investimentos em (capital fixo, e capital circulante), assim como fornecer condições para
um sistema eficiente de produção que garante uma produção capaz de absorver a demanda existente e que permita uma distribuição
equitativa da mesma a população.

2
O que torna um país forte são as instituições que dela fazem parte, cada um desempenhando o seu papel na vida económica de forma
imparcial, sem pressões sem coações. O País deve ter Instituições fortes e não pessoas fortes.

Nota: O grau de facilidade de fazer se negócios: A abertura de empresas, a obtenção de alvarás de construção, a obtenção de
electricidade, o registo de propriedades, a obtenção de crédito, a protecção de investidores minoritários, o pagamento de impostos, o
comércio entre fronteiras, a execução de Contratos e a resolução de insolvências. O Doing Business (Analisa a classificação dos Países
quanto a facilidade na realização de negócios Instituição pertence ao Banco Mundial), também analisa as regulamentações do
mercado de trabalho, porém elas não estão incluídas na classificação desde o ano (2015).

1.1. Caráter multidisciplinar da cadeira de desenvolvimento económico e social

A cadeira de desenvolvimento económico e social, como tantas outras, estabelecem relações interdisciplinares, em função do seu
conteúdo programático, razão pela qual, vamos aqui enumerar as disciplinas que estabelecem relações com ela:

a) Geografia;
b) História;
c) Economia;
d) Sociologia.
1.2. Parâmetros identificadores de desenvolvimento económico

O nível de desenvolvimento de uma determinada região ou País está subjacente á determinados indicadores que vamos aqui detalhar
para facilitar a compreensão do conteúdo relacionado a disciplina em análise:

- Saneamento básico;

- Qualidade do sistema de Ensino público;

- PNB per capital;

- Qualidade do sistema de saúde;

- Qualidade do sistema de transportes público;

- Qualidade do sistema de distribuição energia;

- Planificação urbanística;

- Relação médico/população;

- Qualidade das infraestruturas;

- Sistema financeiro;

- Acesso a tecnologias de informação e comunicação;

- Qualidade das infraestruturas (Autoestradas, aeroportos, portos, etc);

3
- Liberdade económica; (A experiência mostra quanto menos estado haver na Economia, mais oportunidades terá o sector
privado, porque, quem faz a Economia são as famílias, empresas e o resto do mundo);

- Rácio de cobertura policial: (Capacidade de resposta da polícia, perante as solicitações feitas pela população)

- Estado Mínimo.

2 - Mundialização versus Globalização.

2.1 - Mundialização

A dinâmica empreendida pela sociedade, aliado a isto a volatilidade da informação, tendo como causa a mundialização e
globalização, tem como consequência as múltiplas mudanças directas ou indirectamente relacionadas com a questão
desenvolvimento.

A mundialização designa a integração crescente das diferentes partes do mundo sobre o efeito de aceleração das
trocas, do desenvolvimento das tecnologias de informação da comunicação, dos meios de transportes, etc.

Podemos ainda referir que a mundialização e um conceito que traduz mudanças de todo o tipo (inovações, criações, destruições,
aculturação, etc.), processo de evolução da Economia com repercussões na componente social do país, provocando alterações nas
exportações de capitais e na divisão internacional do trabalho.

2.2 - Globalização

Traduz a estratégia destinada a uniformizar os aspectos da actividade económica a escala mundial, conduzindo a
integração económica e tecnológica dos países. Um dos factores que actuam directamente sobre a globalização é a revolução
das tecnologias de informação e comunicação.

Globalização: é um processo económico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo.
Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam transacções financeiras e comerciais e
espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as
distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e económicas de forma rápida e eficiente e eficaz.

Ex: As redes sociais (Facebook, whatsup, twitter, imo, Qzone,Youtube, Instagram, Snapchat, Viber, Skipe, etc. Internet Multimédia:
(som e imagem), são as plataforma utiliza para a conexão das pessoas no mundo.

Num mercado global o dinheiro circula a velocidade da luz, as mercadorias a velocidades dos meios de transportes,
enquanto as pessoas se confrontam com diversos obstáculos legais, políticos e culturais.

4
Podemos exagerar no exêmplos contextualizado a Angola, como: SIAC (Serviços Integrados de Apoio ao Cidadão) é um
serviço que integra vários outros serviços, cujo objectivo é facilitar a vida do cidadão do qual o mesmo pode tratar vários
documentos, tais como: Bilhete de identidade, certidão de nascimento, carta de condução, passaportes, cartão de contribuinte, e
outros serviços bancários, etc.

A carta de condução da SADC, é um exêmplo de uniformização no aspecto condução, uma vez que a mesma é válida em todos
subscritores da organização.

Questões pertinentes:

1 – Quais são os benefícios económicos e sociais das vias de comunicação terrestre? Especificamente dos caminhos-de-ferro de
Luanda.

2 – Com a melhoria na circulação dos caminhos-de-ferro de Luanda e não só, quais as melhorias reais que se verificam na qualidade
de vida dos utentes dos mesmos?

3 – Actualmente é preferível que a juventude domine a língua estrangeira (inglês), ou as línguas nacionais?

4) É preferível hoje que seu filho, aprenda Inglês/línguas nacionais. Se sim/não, justifique?

3 - Actores da Mundialização

São aquelas entidades que directas ou indirectamente contribuem para que o fenómeno Mundialização/globalização seja um facto, ou
seja os grupos e as organizações que tomam parte numa acção que se desenrola no quadro da sociedade ou conjuntos sociais:

Exêmplos: Empresas, colectividade, Instituições, estados, Indivíduos, Mídias, Cidades globais, organizações regionais,
multinacionais e Cidadãos e a tríade, etc.

Analisando a esfera económica, podemos constatar que o funcionamento do sistema económico mundial predomina os actores
transnacionais. Estas empresas gigantescas, ou grupos de empresas correntemente designadas por transnacionais (Multinacionais).
Incluem também as organizações internacionais, como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia da
União Europeia.

Esta situação gera muitas consequências, sendo uma das mais importantes, a possibilidade de enormes processos de acumulação de
capital por simples especulação, no contexto das finanças globais que dão corpo ao mercado global. Dai o papel fundamental dos
investidores globais, cujo poder e suficiente para abalar a tradicional soberania dos estados ou nação.

Os actores da mundialização são: Organizações internacionais, Organiz/ não governamentais, Organizações regionais, as
multinacionais, os investidores, as Instituições, as cidades, os indivíduos, a tríade, etc.

Entende-se por tríade: O EUA, União Europeia, Japão.

Tríade: São organizações multinacionais e não só que exercem influência no comércio internacional, determinando os preços e a
qualidade de vida das pessoas.

5
Questões á colocar:

1) Como uma cidade pode ser considerado actor da globalização?


2) Todas cidades podem ser consideradas actores da globalização?
3) O que significa investidor global/consumidor, global?

4 - Consequências da mundialização

O sistema capitalista, instalou-se no século XV, teve sempre necessidade de se alargar geograficamente, não só para encontrar novos
compradores, mas também produtores a preços baixos. Na actual fase, o capitalismo como sistema mundial na sua luta pela
conquista de territórios, parece estar a atingir todo planeta. Uniformização – Unificação – homogeneização, são palavras-chave
numa época de horizontes alargados, circulações incessantes tempos curtos e informação instantânea.

Ao lado do enorme potencial para criar soluções e gerar riquezas, esta também a causar muitos problemas tais como: guerras entre
nações, blocos regionais de comércio crescem e a economia global torna-se cada vez mais interconectada. A globalização criou
modificações de tal profundidade que algumas bolsas de valores principalmente de Tóquio começam a funcionar alguns correctores
de Wall street trabalham de madrugada.

Especialistas de software em alguns países continente asiático, tentam solucionar problemas deixados por colegas do outro lado do
planeta. O tempo médio para fabricação de um automóvel que era de 39 horas em 1988, passou para 19 horas em 1998.

A indústria que até agora era qualificada como sendo de mão-de-obra intensiva passou a ser de capital intensivo (tecnologia de
ponta) onde actualmente designa-se por indústrias de inteligência intensiva.

Ex: 15% do preço de um chip, refere-se a custos de matéria-prima, maquinaria, energia e mão-de-obra. Sendo que o restante 85%
referem-se a gastos em pesquisas de engenharia e designer.

A divisão entre empresas indústrias e de serviços está a perder sentido e a terciarização assume um carácter intersectorial. Segundo
os optimistas, a globalização está a multiplicar a riqueza e a desencadear forcas produtivas numa escala sem precedentes, tornando
universais valores como a liberdade e a democracia.

Segundo alguns críticos a globalização esta a criar condições como a destruição de empregos, que ocorre a escala global e a ritmo
veloz. Os economistas apontam o desemprego estrutural como o paradoxo do sistema de globalização.

O desaparecimento das fronteiras nacionais, uma vez que os governos não conseguem detér os movimentos de capital internacional,
deixa de ter controlo sobre a política económica interna.

Representam consequências da mundialização os seguintes elementos:

 A existência do consumidor global,


 O capitalismo global,
 O fantástico sucesso da Ásia,
 Choque das deslocalizações,
 Investidores globais,

6
 Mercados globais,
 Consumidores globais,
 Investidores globais,
 Produtos globais.

Questões:

1–Porque o desemprego estrutural representa um paradoxo do actual sistema de globalização?

2–O que a globalização poderá trazer de bom, para as Economias actuais?

3- Qual o objetivos da expansão dos mercados (Mercado global)?

5 - Vantagens E desvantagens da Globalização

Sendo a globalização um fenómeno actual que agrega, a sí algumas vantagens e desvantagens, decorrentes da sua implementação.

Vantagens:

 Gera emprego;
 Facilidades e rapidez na obtenção de informações;
 Facilita a vida e a convivência entre os Países;
 Melhor comunicação;
 Estimula o crescimento económico;
 Aumento do comércio mundial;
 Formação de blocos económicos;
 Presença de multinacionais pelos continentes;
 A globalização combate a inflação,
 A globalização gera empregos, investimentos externos, traz tecnologias;
 Incentiva o empreendedorismo.
 Favorece a ausência do estado na regulamentação da economia.
 Integração e a interdependência económica cada vez maior entre regiões e continentes.
 Aumenta a concorrência entre empresas em nível nacional e internacional.

Desvantagens:

 Gera desemprego;
 Desvalorização de culturas;
 Exploração de mão-de-obra barata;
 Causa drásticos impactes ambientais;
 Os países desenvolvidos exploram os subdesenvolvidos de diversas formas;
 Influência no aquecimento global e alteração do meio ambiente;
 Desigualdades sociais; Xenofobia, racismo, preconceito
 Intensificação dos conflitos (políticos, religiosos, étnicos e outros);

7
 Migração intensa (refugiados); Ex: refugiados da Síria, Líbia á Europa, situação criada pelas potências mundiais.
 Diferenças acentuadas de desenvolvimento entre os países (ricos + ricos, pobres + pobres);
 A necessidade de modernização e aumento da competitividade das empresas, produziu um efeito negativo que foi o
desemprego. Para reduzir custos e baixar preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente
incorporando novas tecnologias e maquinas.
 Desvaloriza a cultura nacional;
 Acredita na solução de todos os problemas, inclusive da pobreza pela acção de mercado.
 Fortalece a concentração de rendas, permitindo com que os ricos continuem mais ricos e os pobres sem iniciativas ainda
mais pobres.

6 - Vários tipos de mudanças

A evolução das sociedades modernas, e em grande parte condicionada pela mundialização e pela globalização económica, mas as
transformações ao nível de comportamentos sociais, das atitudes e dos valores partilhados pelo conjunto das sociedades enquadrados
pelas instituições que exercem o poder.
O conceito de mudança tal como desenvolvimento, constitui um elemento estruturante da abordagem e tratamento dos conteúdos
programáticos desta disciplina, cujo objectivo essencial e a compreensão da realidade complexa e mutável dos nossos dias.

O que se entende então por mudança social?

Mudança social e a transformação ocorrida entre o estado anterior e o estado posterior de uma realidade social.

Trata-se de um fenómeno sociocultural que ocorre numa sociedade e que leva as transformações nas suas estruturas. O processo de
mudança implica sempre alterações, não só a nível estrutura, mas também de cultura, reflexo nas atitudes nos comportamentos e
valores.

Toda mudança social e também uma mudança cultural.

Para que se fale em mudança social e necessário que se observe as seguintes condições:

- Um fenómeno colectivo;

- Ser identificável no tempo;

- Ser permanente.

7 - Mudanças versus Progresso

Muitas vezes a mudança confunde-se com progresso. Convém esclarecer que o termo progresso está directamente ligada a norma,
contendo sempre juízos e valores, na medida em que se configura uma mudança no sentido desejável e, normalmente identificável
com modernização.

Entende-se por mudança progressiva, quando ocorre num sentido de melhorar uma situação social de acordo com determinadas
referências sociológicas. Por mudança regressiva o inverso do conceito visto acima.

Outra distinção, a efectuar e entre Mudança e Evolução social:


8
Por evolução social entende-se o conjunto de transformações sofridas pela sociedade durante um período longo, o qual pode exceder
várias gerações. O processo de evolução social e um produto de múltiplas mudanças.

As dinâmicas de mudança podem ser internas quando provem da própria sociedade, ou externa quando advém das relações com o
exterior, do contacto com outras sociedades.

1). Questões pertinentes

1 – Explique o sentido da afirmação:

Toda mudança poder ser considerada como desorganização seguida de reorganização.

2 – As roupas utilizadas pela juventude, representa mudança progressiva ou regressiva?

As jovens casadas actualmente devem acompanhar a evolução da juventude como subterfúgio e mecânismo para assegurar o lar.
Comente?

8 - Os diferentes ritmos e intensidades com que a mudança se manifesta

Actualmente, a evolução social caminha a ritmos diferentes segundos épocas históricas. Mas numa mesma época histórica, sociedades
de espaços diferentes podem apresentar ritmos diferentes de evolução social.

São vários os componentes que determinam as mudanças nas sociedades:

Nível de alfabetização e instrução da população, o nível de desenvolvimento tecnológico, os valores sociais


dominantes, a natureza do sistema político e a maior ou menor abertura da sociedade ao exterior.

Quando numa sociedade se conserva durante muito tempo e favorável que as pessoas suponham que os seus costumes e técnicas são
os melhores, mais adequados e douradoras. Nestas sociedades a mudança ocorre principalmente de forma tão gradual que por vezes,
nem e percebida.

Já em contrapartida a sociedade em rápida modificação tem atitude diferente, e mais aberta para com a mudança, sendo esta atitude
causa efeito da mesma mudança.

A globalização e a explosão informativa provocaram processos de mudanças aceleradas, sendo por vezes difícil de compreender o
que se passa a nossa volta. Desde já importa realçar que a mudança evolutiva resulta da normal evolução da sociedade, e mudança
dirigida ou imposta, quando a Direcção da evolução e planeada num determinado sentido.

Desde já referir que a evolução gradual ou normal de uma sociedade poder ser perturbada por uma ocorrência que conduza a uma
mudança súbita que não sendo deliberada, pode conduzir a consequências imprevisíveis. E o caso de uma catástrofe natural ou uma
explosão social não planeada.

Denomina-se revolução quando o processo de mudança se opera de forma brusca e afecta profundamente as estruturas sistema social.

9
A mudança planeada orienta a evolução da sociedade, embora que as grandes mudanças sociais sejam provavelmente incontroláveis
e geralmente aceite a ideia de que um certo planeamento destinado a orientar a mudança numa Direcção desejável reduz os custos
sociais que lhe são inerentes.

Mesmo as sociedades industrializadas são também visíveis, sintomas de desorganização a vários níveis.

O descrédito das instituições, os conflitos de valores, o desemprego, a exclusão social de vastas camadas da população manifestações
de xenofobia e racismo, incerteza perante o futuro, são alguns aspectos da desorganização provocados pelas mudanças.

Temas para Debate:

a) Como reduzir a dependência do petróleo a Economia Angolana? R: (Diversificando a Economia).

Criando um ambiente de negócios favorável, facilitando a credibilidade no mercado internacional, Reduzir a importação de bens de
consumo, estimulando a sua produção interna, através da reabilitação e operacionalização do tecido industrial nacional. Gerando
emprego, aumentando a produção (oferta) de bens de consumo, aumento dos impostos (estado), melhoria da qualidade de vida
população e um ambiente de negócios favorável para atracção de investimento externo.

Reduzindo a importação de bens de consumo, vamos poupar divisas, porque deixaremos de adquirir os mesmos bens. Para importar
bens de equipamento (tecnologia), para garantir a intensidades dos investimentos. A rotação empreendida na aquisição de bens de
consumo é maior do que a rotação empreendida na importação de bens de equipamentos.

b) Ravs, Chopas, Caldos, Mata-bichos, Festa do vamos se comer, Sabadão, Domingão. Que contributo para
engrandecimento da mentalidade juvenil?
c) Fazer filho em Angola é um suicídio? Sim/Não. Fundamente.
d) O consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Que consequência para a juventude?
e) Que mecânismos utilizar para reverter a visão da juventude relactivamente a sua interacção social?
R: Jovens há que dizem o seguinte. Aquela dama é meu petisco, meu mambo, meu abate, meu casco, serááááá’?
f) A problemática do lixo em Luanda. Como solucionar este problema social, com grandes implicações
socias (Doenças, deterioração do ambiente, redução da qualidades de vida, geração de gases de efeito estufa, redução
da esperança de vida, etc.).
g) Estudar para saber e pagar para passar? Concorda/Não concorda. Fundamente.

10
Pirâmide Etária de países Subdesenvolvidos Pirâmide Etária de países Desenvolvidos.

Questões pertinentes:

1 – Entre os países com os modelos económicos de Economia de mercado e Economia de Direcção central, ou ainda Sistemas
capitalista e socialista, qual delas e mais e menos sensível a mudanças nas atitudes.

9 - Factores e Condições de mudança:

Normalmente consideram-se factores de mudança os fenómenos que actuam como fortes determinantes da mesma, os aspectos
facilitadores. Assim uma população instruída e informada terá mais facilidades em novas profissões, ou em aceitar novos modos de
vida atitudes e valores.

Os factores de mudança, mais usados são:

Factores demográficos: Expansão demográfica (migrações imigrações), por exemplo pode originar mudanças nas sociedades;

Factores geográficos: Cataclismos ou secas podem estar na origem de êxodos populacionais, potenciando situações de mudanças;

Factores sociais: Conflitos políticos, luta das classes, urbanização constituem situações susceptíveis de despoletar processos de
mudança nas sociedades onde ocorrem;

Factores culturais: O apelo a novidade e a discussão de ideias, as inovações e invenções tecnológicas, os contactos entre culturas
através de difusão, moda ou imitação constituem aspectos de ordem cultural geradores de mudança social;

Factores económicos: A incapacidade de certos Países em liquidar as suas dívidas para com terceiros, levou com que estes
aplicassem medidas de austeridade, ou seja todo cidadão deverá contribuir para geração de receitas que permita honrar com os
compromissos. Ex: Países como a Grécia, Portugal, Chipre, irlanda, etc.

Dentre os factores culturais merece destacar a ideologia, que não e mais do que o conjunto articulado de ideias assentes em valores
que explicam e justificam uma situação presente e propõe um projecto de acção futura.

Questões.

1) Quais são os factores que contribuem para as mudanças sociais?


2) Como os factores demográficos podem influenciar as mudanças sociais.

Tipos de Mudança

Quanto á Direcção, ao sentido, ela pode ser:

 Mudança Progressiva quando uma situação melhora.


 Mudança Regressiva quando uma situação piora.
 Quanto á origem ela pode ser:
 Externa- quando provêm das relações com o exterior, do contacto com outras sociedades

11
 Internas- quando provêm da própria sociedade
 Quanto ao ritmo pode ser:
 Gradual
 Por saltos
 Mudança Evolutiva- resultante do normal funcionamento da sociedade
 Mudança Dirigida ou Imposta- quando a Direcção da evolução é planeada num determinado sentido.

Os tipos de mudança que tendo em conta a aceitação são: aceites ou impostas ou ainda numa outra classificação pode ser evolutiva
ou planeada e deveremos explicitar ainda a mudança através da revolução quando o processo de mudança se funciona de uma foram
brusca e afecta profundamente as estruturas do sistema social (ex. catástrofe natural ou uma explosão social não planeada), ou
quando as mudanças sejam de tal forma radicais que alteram toda a sociedade (ex. Revolução Industrial ou Revolução tecnológica).

As mudanças actuais podemos classificar em termos de ritmo muito mais acelerado e é provável que se assole e se complete em
poucas décadas. (como exemplos: da Terceira Vaga)

Os verdadeiros desencadeadores da mudança são:

Os fenómenos endógenos (capazes de originarem uma dinâmica no próprio sistema) - verdadeiro motor da mesma e de que são
exemplos a pressão social (motivadas pelas novas necessidades) e situações conflituais.

E os fenómenos exógenos que criam condições favoráveis a mudança de que são exemplos novas ideias ou inventos tecnológicos.

Questões:

1) Dê exêmplos de mudanças graduais e mudanças evolutivas que ocorreram no seu Bairro/Província?

12 - Elites

Elites – são compostas por indivíduos ou grupos que ocupam posições de autoridade, influência ou poder, influenciando as
sociedades quer pelas decisões tomadas, quer pela carga simbólica que lhe é atribuída, quer pelas ideias defendidas. Os
“instrumentos” ou as “formas” usados para sua acção são a tomada de decisões, a definição de situações e exemplaridade.

Podemos distinguir diferentes elites:

Elites de Poder- dominam as sociedades e determinam as oportunidades de mudança social. São elites a favor da mudança como é
o caso das: elites estudantis, elites intelectuais, elite operária.

Elites de autoridade/ pressão: São elites que estão contra a mudança como é o caso das: elites tradicionais, elites tecnocráticas,
elites de propriedade, elites carismáticas, elites simbólicas. As elites de hoje podem não ser as elites do amanhã, as elites antigas
tendem a alterar-se e a serem substituídas por novas elites. Quem faz parte agora de uma elite pode noutra geração já não fazer parte
pois as pessoas têm novas oportunidades de ascenderem socialmente. Podemos assim afirmar que as elites não são imutáveis na
medida em que a circulação de elites acelera a acção histórica e a mudança social.

Questões.

12
1) Como as elites podem influenciar as sociedades na mudança social progressiva/regressiva?

13 - Os Movimentos Sociais

Um movimento social é uma organização relativamente estruturada, condicionada pelas funções que pretende desempenhar, a sua
duração e dependente de cada objectivo criação dos movimentos sociais.

Os movimentos sociais são compostos por um número vasto de pessoas com vista á promoção social e defesa de certos interesses e
objectivos definidos.

A razão pela qual os governantes lhe dão importância é pelo número de pessoas que mobilizam e pela força reivindicativa que
apresentam.

Ex. LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis); Associação de pessoas com deficiências, etc.

As três funções dos movimentos sociais são:

 Mediação na medida que são intermediários dos interesses que visam defender, divulgando o assunto e tentando ter
maior impacto perante o “público.

Ex: Quantos estão dispostos a lutar por esta causa?

 De clarificação de consciências colectiva contribuindo para um esclarecimento da sociedade e despertando


consciência para a importância da defesa de certas causas.

Ex. Explicar o motivo da nossa luta e as respectivas consequências da luta.

 Pressão- através de diversos meios: campanhas de propaganda sobre a opinião pública, loobbying sobre as elites de
poder, etc.

Ex: Utilizando os mecânismos como televisão, rádio, jornais, ou seja os Mídias, para pressionar a comunidade
internacional.

14 - Os grupos de pressão

Têm o objectivo de influenciar as autoridades governamentais. A sua eficácia depende do número dos seus membros, da sua
capacidade financeira e da sua organização. Os grupos de pressão utilizam os lobbies sobre as elites de poder para
influenciarem as autoridades governamentais.

Os grupos de pressão utilizam como meio/instrumentos: ameaças, petições, boicotes, sabotagens e da sua organização social.

Exemplo de grupos de pressão: Ordem dos médicos, Associação de Patronatos, etc.

13
Ex: O caso Líbia, é um exemplo de capacidade financeira, organização e número considerável de membros.

O caso Tunísia, Egipto, são exemplos actuais, da influência dos grupos de pressão.

15 - Crescimento e desenvolvimento dois aspectos da mesma realidade

Na origem do desenvolvimento teve a Revolução Industrial e a consolidação do sistema capitalista, porque até então, a
sociedades encontravam-se numa situação quase de estagnação, tratava-se de sociedades principalmente agrícolas, cm uma evolução
lenta.

Revolução Industrial – surge a força mecânica, a produção fabril e o contínuo progresso técnico, o que vai permitir a acumulação do
capital e o desenvolvimento do capitalismo.

A desigualdade de desenvolvimento surgiu, após á 2ªGuerra Mundial, devido á independência dos países ate ai colonizados
foram postas em relevo as grandes desigualdades do desenvolvimento, entre, por um lado a Europa e os E.U.A que se tinham
industrializado e, por outro, os territórios que tinham sido colonizados, os quais, com os seus recursos naturais, haviam ajudado o
crescimento dos primeiros (Europa e E.U.A)

- Diferença entre Crescimento e Desenvolvimento.

Crescimento é um fenómeno de natureza quantitativa, que define a evolução da actividade económica.

 Traduz-se á expansão da produção (quantidade de bens e serviços produzidos numa determinada sociedade e posta á disposição
das pessoas)
 Inclui o Progresso técnico
 Modifica as estruturas económicas
 Implica: o aumento do investimento, do desenvolvimento do comércio, aumento do consumo
 Não se preocupa: com a redução das desigualdades nem com a preservação do ambiente.

Desenvolvimento, apresenta aspectos qualitativos e alterações da natureza quantitativas. No desenvolvimento para além de ter
aspectos económicos também tem aspectos extra-económicos como:

 Planeamento territorial
 Desenvolvimento dos diferentes ramos de produção
 Redução das desigualdades
 Melhoria da qualidade de Vida
 Satisfação das necessidades básicas de toda a população
 Garantia das liberdades e respeito pelos direitos humanos
 Respeito pelo ambiente e gerações futuras

Não há desenvolvimento se não houver crescimento económico. Mas pode haver crescimento e não conduzir ao
desenvolvimento económico.

O conceito de crescimento e desenvolvimento só entraram no vocabulário económico e político a partir da II Guerra Mundial. Com a
independência das colónias começou-se a confrontar o nível de vida dos novos países de África e da Ásia com os países da Europa e
14
América do Norte. O que estava em causa até então era o crescimento (crescimento o Produto Interno Bruto), pois acreditava-se que
este conduziria às sociedades ao desenvolvimento.

 Correntes explicativas do crescimento económico:


 Corrente Clássica: Thomas Malthus; David Ricardo
 Corrente Keynesiana: John Keynes
 Corrente Neoclássica: Solow e Arrow Domar

Perguntas:

1) Todo crescimento gera desenvolvimento económico? Justifique.


2) Na sua humilde opinião. Como um país deve definir a sua política da garantir o crescimento económico?
3) Crescimento e desenvolvimento. Quem surge primeiro?

Nota: A escola é um aspecto particular do Ensino, a hospital é um aspecto particular da saúde. Todo investimento deve gerar um
resultado social. O raciocínio dos governos é um raciocínio do trungungo (Temos muito dinheiro vamos fazer muitas obras, isso todo
mundo faz). Mas qual será o resultado social destes investimentos? São investimentos de curto ou de médio prazo? Qual a estratégia
para manutenção destes investimentos (Hospitais, Estradas, Escolas, Pontes, etc.), para que haja um resultado social?

NO hospital as pessoas encontram saúde? Na Escola há ensino? (professores qualificados, normas que regulamenta a Instituição, um
líder não é um chefe).

Crescimento Económico: Desenvolvimento Económico:

 Escola----------------------------------------Deve haver o Ensino


 Hospital---------------------------------------Deve haver Saúde
 Estrada----------------------------------------Devem ser Vias de comunicação
 Barragem -------------------------------------- Deve Gerar energia
 Aeroportos--------------------------------------Deve Funcionar de forma eficicente
 Infraestrutura para água-------------------------- Distribuição eficiente
 Infraestrutura de energia ------------------------- Distribuição permanente
 Compra Autocarros públicos ----------------------- Qualidade eficiente dos serviços

16 - Como evolui o conceito de desenvolvimento económico

Década de 50-60- é a década do “triunfo do PIB”

Após as descolonizações, o principal objecto era a acumulação de capitais através da industrialização, acreditava-se num
crescimento económico (as políticas orientam-se para um crescimento elevado do PIB per capita), gerando desigualdades em toda a
sociedade. Quanto mais depressa o PIB crescesse mais depressa se atingiria o desenvolvimento.

15
Devido a estes resultados, chegou-se á conclusão de que não é o ritmo de crescimento que provoca efeitos positivos sobre a
diminuição das desigualdades, mas o modelo em que o crescimento assenta. Quando o crescimento ocorre de uma forma
desarticulada entre os diversos sectores, favorece o agravamento ou a manutenção das desigualdades.

Décadas de 70- são geradas novas teorias centradas na articulação entre o económico e o social. Essas novas teorias baseavam-
se nas necessidades básicas da população através da adopção de tecnologias que favoreciam o emprego e políticas de redistribuição
do rendimento. Foi nesta altura que surge a distinção dos conceitos entre crescimento e desenvolvimento.

Década de 80- foi a “década perdida”.

O que se pensaria ser uma “década de desenvolvimento” foi uma “década perdida”. A globalização veio acentuar a
interdependência dos problemas:
 Maior confronto entre os países “pobres e excluídos” (exêmplo: países do Sul) cm os países ricos
 E maiores desigualdades dentro do próprio país (aparecimento de bolsas de pobreza nos países ricos do Norte)
Quem sofre mais com a pobreza são as mulheres, as crianças e os idosos.

Décadas de 90- aparecem novas terminologias como o desenvolvimento humano/qualidade de vida. A partir da década de 90 o
desenvolvimento humano passa a ser considerado uma questão prioritária, envolvendo cada vez mais a preocupação com a qualidade
de vida.

Tal como o conceito de desenvolvimento evolui ao longo do tempo, também a noção de qualidade de vida evoluiu.

A noção de qualidade de vida inicialmente ligada aos aspectos materiais, também abrange áreas como: a defesa do ambiente, da
saúde, da cultura, da segurança, da liberdade, etc.

Pergunta: 1 . Em que década começou a surgir os primeiros fundamentos do desenvolvimento económico?


Justifique a sua resposta.

17 - Desenvolvimento Humano

Para medir o desenvolvimento humano foi criado o IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano) – é um indicador que pretende
medir as realizações médias do desenvolvimento humano.
Baseia-se em três elementos essenciais da vida humana.
 A Esperança de Vida, é medida pelo o n.º médio de anos de esperança média de vida
 O Educação, é medido por um índice em que intervêm a taxa de alfabetização dos adultos e o nível de instrução (n.º médio de
anos de instrução).
 A Renda, é medido pelo poder de compra calculado a partir da ponderação do PIB real por habitante e pelo custo de vida.

O IDH pode variar entre 0 e 1 originando uma classificação de três tipos:


 Elevado (= ou superior a 0,8)
 Médio (0,5 a 0,8)

16
 Baixo (até 0,5)
Um exêmplos exagerado que podemos utilizar sobre o índice de desenvolvimento humano é o seguinte.
 IDH do inferno é igual a zero (0)
 IDH do paraíso é igual a um (1)

Definição de esperança de Vida: é o número médio de anos que um grupo de indivíduos nascidos no mesmo ano pode esperar
viver, se mantidas, desde o seu nascimento, as taxas de mortalidade observadas no ano de observação.

18 - Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável permite dar resposta ás necessidades da geração presente, sem comprometer a possibilidade de
desenvolvimento das gerações futuras. Contém em si dois conceitos básicos:
 O conceito das “necessidades”, em especial as necessidades essenciais dos débeis económicos do mundo, a que se deve dar
atenção prioritária.
 O conceito dos limites impostos pelo presente nível das tecnologias e da organização social á capacidade de dar resposta á
satisfação das necessidades de hoje e de amanhã.

Os problemas do Norte e do Sul estão intimamente relacionados, os problemas ambientais, a poluição, a delapidação dos recursos
pelos países do Sul através de migrações e pelos países do Norte através da miséria.

19 - O problema da medição do desenvolvimento

A medida do desempenho de qualquer sociedade é feita através de indicadores e através destes, podemos formar uma ideia +/-
precisa dos diferentes aspectos de uma sociedade e da forma cm evoluiu. Os indicadores são instrumentos indispensáveis ao estudo
do crescimento e do desenvolvimento.
- Tipos de Indicadores
 Indicadores simples: São aqueles que para o seu cálculo, não se leva em conta outros elementos.
Económicos- PIB (Produto Interno Bruto), PNB (Produto Nacional Bruto).
Demográficos- taxa de natalidade, taxa de mortalidade infantil.
Sociais e Culturais- taxa de analfabetismo, percentagem de população com água potável.

Compostos- que resultam de cálculos a partir de outros indicadores como o IDH que resulta da: esperança média de vida e da
taxa de alfabetização e renda.

 Indicadores Compostos: São aqueles que para seu cálculo leva-se em conta outros elementos.

IDH- Indicador de Desenvolvimento Humano


IDG- Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género- ajusta a realização média em cada país em esperança média de vida, nível
educacional e rendimento, de acordo com as disparidades entre as mulheres e os homens, tendo em consideração as desigualdades
em função do sexo.
MPG- Medição de Participação Ajustada ao Género- tenta medir a aquisição relativa de poder das mulheres e homens nas esferas da
actividade política e económica. Permitindo avaliar se as mulheres têm ou ñ condições para participar activamente na vida política e
económica do país.
IPH- Índice de Pobreza Humana- construiu-se o IPH1 para medir a pobreza humana nos países em desenvolvimento onde eram
utilizadas as seguintes variáveis:

17
20 - Desenvolvimento Regional e Económico

As teorias do desenvolvimento regional não se limitam a uma aplicação regionalizadas das teorias de desenvolvimento.
Uma economia nacional só é forte se não existirem desequilíbrios no desenvolvimento das regiões, o que será melhor alcançado
através da regionalização. O desenvolvimento do país seria uma consequência do desenvolvimento regional.
Assim, a questão do desenvolvimento regional e os modelos que o estruturam têm-se fundado sinteticamente em duas visões, de
certa forma opostas, de desenvolvimento:
1. 1 A visão “funcionalista” onde dominam os conceitos de crescimento polarizado e os modelos tipo “centro-periferia”,
o desenvolvimento regional/local estaria hierarquicamente dependente das grandes metas macroeconómicas e do
crescimento económico global. Parte do desenvolvimento do centro, a partir dos principais pólos (grandes cidades).
2. A visão territorialista: que prevê o desenvolvimento das regiões baseadas nas suas capacidades, partindo da base,
envolvendo agentes económicos locais.

Leader é um instrumento de desenvolvimento porque procura por em vigor as soluções inovadoras a fazer funcionar o
desenvolvimento local. Principalmente zonas rurais frágeis e zonas rurais de regiões com atraso de desenvolvimento, dispõe de
verbas para o apoio de projectos concretos apresentados.
Ex: Orçamento geral do estado (receitas e despesas públicas); Assimetrias regionais (desigualdades das regiões);

2- Factores que garantiram a ascensão dos E.U.A

Os factores que estão na origem do crescimento do E.U.A


 In God we trust: Exposição do texto na moeda Americana. (Exemplificando a crença e a fé do seu povo quanto a existência de
um ser divino).
 Território- vasto e rico em matérias-primas
 Demografia- constituição de uma nova sociedade, onde o trabalho e o esforço fossem representados.
Metting-Pot- fundem várias culturas
Baby Boom- elevada taxa de natalidade

 Rede de transportes e a mobilidade geográfica

Construção de caminhos-de-ferro situados em regiões desérticas, elas precedem o povoamento em lugar de o seguir, criando das
nada as condições para o desenvolvimento da vida económica levando ao fluxo de pessoas e provisões e assegurando o escoamento
de produtos.
A rede de transportes permitiu uma extraordinária mobilidade geográfica, favorecendo o domínio do espaço e o desenvolvimento
económico.

 Mercado Interno e Mobilidade dos produtos

O imenso mercado foi a chave da industrialização. E.U.A- sociedade com uma mentalidade aberta adequada ao consumo de massas
conseguindo escoar toda a produção das indústrias nascentes. A rede de transportes permitia a mobilidade geográfica dos produtos e
era factor de expansão do comércio. Os E.U.A não tinham necessidade de recorrer as exportações, mantendo uma política
proteccionista.

 Poder financeiro da indústria

18
A indústria é dominada por empresas gigantes e com um volume de negócios avultados.
Uma intensa interacção de capitais próprios dos empresários gerando emprego e aumentos da capacidade instalada (oferta), sendo
este um parceiro do Estado, o que de certa forma contribui para o crescimento regional desde que o estado assuma como dívida
pública, caso seja.

3. Factores que garantiram a desintegração da URSS

- História e principais características

A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi criada em 1922 pelos bolcheviques, liderados por Lenine, como uma das
consequências da Revolução Russa de 1917. Existiu até 1991, quando foi dissolvida no contexto da crise do socialismo com as
reformas políticas e Económicas implantadas por Mikhail Gorbatchev. Na década de 1980, a União Soviética possuía uma população
ao redor de 290 milhões de habitantes. Os grupos étnicos com maior quantidade de habitantes eram os russos (145 milhões),
ucranianos (44 milhões), usbeques (16 milhões), bielorussos (10 milhões) e azeris (6 milhões)

A União Soviética seguiu sempre o sistema político-económico socialista. Havia um sistema político baseado num partido único
(PCUS), que governava a URSS de forma centralizada e sem abrir espaço para opositores. A economia era estatizada, ou seja, todos os
meios de produção (indústrias, fazendas, bancos, etc.) eram controlados pelo governo. Os salários também eram controlados pelo
governo, de forma que houvesse uma equiparação salarial, evitando assim a formação de desigualdades sociais. A União Soviética
ficou ao lado dos aliados durante o conflito. Junto com Estados Unidos e Inglaterra, foi de extrema importância no combate ao
regime nazista de Hitler. Após o conflito, já como uma das principais potências vencedoras, exerceu grande influência nos países do
leste europeu.

Crise da União Soviética

Até a década de 1970, a União Soviética apresentou um formidável desenvolvimento económico. Porém, na década de 1980 a crise
começou a ameaçar a grande potência socialista. As indústrias ultrapassadas, não conseguiram acompanhar o desenvolvimento
tecnológico necessário para abastecer aquela imensa população. A falta de produtos, principalmente alimentos e bens de consumo,
passou a ser constante e gerar grande insatisfação popular.

O crescimento dos movimentos separatistas, principalmente nas repúblicas bálticas, crescia colocando em risco a unidade política da
URSS. Buscando resolver os graves problemas políticos e económicos, o presidente Mikhail Gorbatchev implantou uma série de
reformas na URSS.

Porém, estas reformas não apresentaram grandes efeitos positivos e a crise continuou. Em Dezembro de 1991, após algumas
repúblicas declararem independência da URSS, foi assinado o acordo de Minsk que dissolveu a União Soviética e criou a CEI
(Comunidade dos Estados Independentes). Era o fim da União Soviética.

 Perestroika: significa reconstrução e consistia na tentativa de recuperação soviética;


 Glasnost: significa transparência e visava à liberdade de expressão da sociedade

2-Conflitos e equilíbrios num mundo bipolar

A) Europa durante a guerra Fria.

19
A 2ª Guerra Mundial terminou a 8 de Maio de 1945, desta grande guerra saíram vencedores dos tipos: os vencedores: E.U.A e URSS e
os “vencidos” que são o Reino Unido e a França o que em relação a estes significa que embora fazendo parte do bloco vencedor,
ficaram arrasados a todos os níveis. A Europa foi a grande vencida nesta grande guerra, ficando ela na esfera de influência dos dois
grandes.

O final da 2ª Guerra Mundial deixou o Mundo numa situação incerta e potencialmente, os povos europeus ficaram economicamente
destruídos e fragilizados. Países como a Inglaterra, a França e a União Soviética, estavam preparados para desempenhar no pós-
guerra um papel-chave na reconstrução de uma nova ordem internacional. Mas nenhum deles tinha a dimensão política para
reordenar o mundo como tinham os EUA. Para além do seu poder político os EUA surgiram como centro organizador dos negócios
mundiais.

O equilíbrio geopolítico e geoestratégico organizado pelos EUA e URSS constituiu um dado essencial na regulamentação do Sistema-
Mundo, que deu origem a “divisão” (ideológica) do Mundo em duas partes, ou em dois blocos que polarizaram á sua volta os outros
países:
 Por um lado o Bloco Ocidental que defendia o capitalismo- liderado pelos EUA
 Por outro lado o Bloco Oriental ou de Países de Leste que defendiam o socialismo- liderado pela URSS.
Assim os EUA e a URSS aparecem então como as grandes potências em torna dos quais o Mundo irá girar. Dando origem a um
governo bipolar.

Conferência de Ialta- realizada em Janeiro de 1945 pelas quatro superpotências- em que concordaram que a Alemanha ficaria
dividida em quatro zonas administradas pelos EUA, URSS, Inglaterra e França. Procedeu-se também a substituição da Europa pelas
duas superpotências- EUA e URSS- no “governo” do Mundo.
Conferência de Potsdam- realizada em Agosto de 1945 em que foram ratificados os acordos estabelecidos em Ialta e definidos
com maior precisão alguns acordos de fronteira, sobretudo a fronteira Ocidental Polaca.

A URSS foram os países que mais vida perdera durante a guerra, por isso Estaline quis garantir que a Alemanha n voltaria a invadi-la.
Daí a razão de Estaline querer construir uma “zona de tampão”, estendendo o comunismo aos países de Europa do Leste.

Esferas de Influência cada grande super-potência tem influências, autoridade sobre a área do seu interesse e os outros países
reconhecem isso. Assim a URSS têm influência sobre os países da Europa de Leste, Cuba, e algumas ex.- colónias na África e na Ásia.
Os EUA têm influência sobre a Europa Ocidental, sobre toda a América (excepto Cuba), sobre o Japão, Austrália e Israel e também
sobre ex-colónias nos outros continentes.

Os países europeus que faziam parte do bloco de Leste, liderado pela URSS são: Albânia, Alemanha (RDA), Bielorrússia, Bósnia
Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Moldávia, Polónia, Rep. Checa, Roménia, Rússia,
Ucrânia, Jugoslávia.

Guerra Fria- conflito ideológico entre duas superpotências, que se traduz por palavras hostis, espionagem, veto, tensão
psicológica, medo, sempre na eminência de um conflito armado que não pode dar-se.

A existência de ambos os lados de armas de destruição maciça gerou o chamado.

20
“Equilíbrio do terror”- dado o terrível potencial bélico (armas) de qualquer dos blocos eles sabiam que nenhum deles poderia
ganhar uma guerra dessas, pois não haveria espaço para governar. Era uma situação de terror- feita tal guerra todos teriam perdido,
o mundo deixaria de existir.
Países de Leste ou Países socialistas ficaram dominados também como os países da “cortina de ferro”
Doutrina de Truman - trata de princípios de política externa dos EUA, pois receavam que o caos social, político e económico de
pós-guerra fizesse pender os países europeus para o lado comunista. O que gerou o Plano Marshall cujos objectivos são
simultaneamente políticos evitar que a URSS influencie no Ocidente e económico reorganizar a Europa criando um mercado para os
produtos americanos e que têm em termos de aplicações:
- Resolução dos problemas alimentares em primeiro lugar;
- Reconstrução de casa e edifícios;
- Recuperação e modernização das indústrias;
- Estado Providência- que se inicia em Inglaterra e acaba por se expandir ao resto da Europa e consiste no apoio do Estado
ao nível social (educação, saúde gratuitas, e subsídios com abono de família, subsidio de desemprego, etc.)
A desconfiança recíproca que se instalou entre as duas superpotências levou a que se agudizasse o clima da “guerra fria”

A “Guerra Fria” apresenta-se em duas fases:


- A mais aguda foi a radicalização ideológica e escalada de armamento, já que em resposta á bomba atómica da América
surge em 1949 a bomba atómica na URSS seguida da bomba de hidrogénio que a curto prazo a URSS também domina.
Há nesta fase duas importantes crises entre as duas superpotências (URSS, EUA)
Crise de Berlim- a URSS bloqueou o acesso a Berlim (Ocidental), em resposta os americanos fizeram uma “ponte aérea” de
abastecimento para a cidade.
Guerra de Coreia- a Coreia após a expulsão dos japoneses ficou dividida: a Coreia do Norte acima do paralelo 38 e a Coreia de Sul
abaixo do paralelo 38. As forças do Norte dominadas pelos comunistas decidem atacar o Sul, reagindo a esta situação os EUA
conseguiram a condenação de intervenção norte-coreana e o envio de uma força da ONU que repôs de novo as duas fronteiras da
Coreia, no paralelo 38.
- A 2ª fase que pretende ser de coexistência pacífica (conjunto de medidas para eliminar elementos de confronto, com o fim
de parar a corrida aos armamentos e fazer um desarmamento progressivo, terminando com a “guerra fria”), que se inicia
com duas situações favoráveis, cada uma com inicio em nos dois pólos opostos:

Cortina de Ferro: É a denominação utilizada para divisão da Europa em duas partes, sendo uma: O lado ocidental (Estados Unidos
da América) e o lado Oriental (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Ou ainda, Cortina de Ferro foi uma expressão usada
para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-
económica distintas, no pós- Segunda Guerra Mundial, conhecido como Guerra Fria.

Na URSS- o Congresso de PCUS em 1956- depois da morte de Estaline.


Nos EUA- a condenação pelo Senado do Macartismo- (campanha de perseguição aos comunistas americanos) o que ajudou á criação de
um clima mais favorável nas relações entre as duas superpotências.

O fim da Guerra teve como ponto de partida em 1968... As negociações de Salt (1968) e em 1975...a conferência de Helsínquia da qual
citamos três princípios:
- Principio da não ingerência;
- Principio do não recurso á força;
- Princípio da inviabilidade de fronteiras.

21
b) A Europa após a Guerra Fria (Surgimento da Europa como potência económica mundial):

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Pacto de Varsóvia (Tratado de Assistência Mútua da Europa Ocidental-
constituem duas organizações político-militares que têm como objectivo manter a paz e a segurança dentro da área geográfica em
que se inserem. E é através destes que as duas superpotências se vigiam e controlam mutuamente.

OTAN- composto por representantes dos Estados-membros e cujas decisões têm de ser tomadas por unanimidade, foi assinada pelos
EUA.
Pacto de Varsóvia- pretendia decalcar o sistema político em que assentava a OTAN, definindo a colaboração militar entre os vários
países que o integravam, o Pacto de Varsóvia é extinto com a dissolução da URSS.

Esta dualidade foi completada e reforçada a nível mundial com a celebração de outras alianças, impondo os EUA e a URSS no sistema
mundo.

Face expansão da URSS no continente asiático é assinada:


- Pacto de Segurança do Pacifico- (ANZUS) - 1951- entre os EUA, Austrália e a Nova Zelândia.
- Organização do Tratado do Sudoeste Asiático (SEATO) - 1954- EUA, Austrália e a Nova Zelândia, França, Inglaterra e
Paquistão.
Vários outros países celebraram acordos bilaterais de cooperação militar com os EUA- 1948- Organização dos Estados Americanos. E a
URSS celebrou também diversos acordos bilaterais de cooperação e defesa militar com os países que assegurassem a sua posição.

A Regulamentação do Sistema-Mundo em que se traduziu a política de blocos visava evitar uma guerra directa. Mas se Europa viveu
em paz todos estes anos, a verdade é que a guerra foi transferida para outros continentes.
Os blocos não podiam afrontar-se mas “combatiam” por de trás, os blocos apoiavam as guerras existentes- através de diversos
conflitos como a Guerra do Congo, Guerra de Cuba, etc.

Alguns conflitos regionais- tinham como principal causa a colonização/descolonização. Por vezes agravadas por conflitos étnicos e
religiosos, a definição das fronteiras dos novos estados, muitas vezes arbitrários, a existência de múltiplas etnias com raízes culturais
profundas, por vezes ligados a factores religiosos, constituíam obstáculo a uma paz efectiva e duradoura.

O fim da “guerra fria”, longe contribuiu para a pacificação, levou ao aparecimento de novos focos de tensão.
ONU- Organização das Nações Unidas- 1945
É um produto da 2ª guerra mundial- objectivo principal- manter a paz e evitar uma 3ª guerra mundial

Carta da Nações Unidas- proclamavam a determinação unânime dos signatários em:


- Salvaguardar as gerações vindouras do flagelo da guerra
- Reafirmar a fé nos direitos humanos fundamentais
- Criar condições para a manutenção da justiça e o respeito pela lei internacional
- Promover o progresso social
As grandes potências (EUA, URSS, França, Reino Unido, China) tinham um papel importante de supremacia.
Principais órgãos:
 Assembleia Geral- (composta por representantes de todos os países, dispondo cada um de um voto, independentemente do
seu tamanho ou importância).
 Conselho de Segurança- (composta por 15 membros, cabe a responsabilidade principal de manutenção da paz e a
segurança internacional, posição de privilégio por parte das 5 potências vencedoras da guerra).

22
 Conselho económico e social.
 Conselho de Tutela.
 Secretariado.
 Tribunal Internacional de Justiça.

O Conselho emite recomendações no sentido da resolução pacifica dos conflitos entre os Estados e toma decisões em caso de ameaças
ou actos de agressão, podem envolver o recurso ás forças armadas. As suas deliberações são tomadas por maioria qualificada, sendo
necessários os votos favoráveis dos 5 membros permanentes.

Direito de Veto- impede as decisões importantes fossem tomadas quando os cinco grandes não tivessem de acordo. Era muitas
vezes usada como uma arma, para a ONU se ver bloqueada.
Os fracassos da ONU acontecem quando esta envolvida uma superpotência.
“Capacetes Azuis” - designação dada as tropas da ONU que os Estados enviam para integrar os contingentes da ONU, a sua função é
dissuasora e defensiva.
A reafirmação de Europa (pag.94-97)
Plano Marshall- Ajuda americana na reconstrução europeia após a II Guerra Mundial- ajuda aplicada em diferentes necessidades:
apoiando as suas populações e a restaurar as suas economias.

Em 1956 a OECE- Organização Europeia de Cooperação Económica que procurou definir políticas para acelerar a reconstrução e
liberalizar o comércio e os pagamentos internacionais, para alem de promover a cooperação económica entre os membros.

Composta pela:

 Bélgica, Áustria, França, Dinamarca, Alemanha Federal, Islândia, Portugal Turquia, Suécia, Luxemburgo, Irlanda, Reino
Unido, Holanda, Suíça, Itália Noruega, Grécia, Espanha, etc.

Mais tarde, passou-se a designar OCDE- Organização de Cooperação e desenvolvimento económico

Composto pelos 18 países que já constituíam a OECE, mais 5 países não europeus: E.UA., Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão.
Objectivos:

- Articulação das políticas económicas e sociais;


- Apoio á expansão económica dos países membros;
- Promoção ao desenvolvimento da economia mundial.

Toda esta organização dos países europeus para administrar a ajuda americana origina a Consciência Europeia. Impunha-se que
na Europa se criasse um espaço económico alargado onde existisse liberdade de tráfego de mercadorias.

Consciência Europeia: É o espaço económico criado para facilitar a livre circulação de pessoas e bens, no mercado Europeu,
criando um ambiente de negócios favorável para incremento da economia local, fazendo da Europa um espaço económico óptimo
para viver.

Assim:

1948- Criação do Benelux (Bélgica, Holanda, Luxemburgo)

23
União Aduaneira- livre circulação de mercadorias nos países membros, com uma pauta aduaneira comum

1951- Ceca- Comunidade Europeia de Carvão e Aço

- “Mercado comum” restrito ao carvão e aço


- Livre circulação destes produtos indispensáveis por constituírem a base da industrialização e desenvolvimento
económico.
- Preocupação de evitar os perigos do nacionalismo económico, impedindo que a Europa voltasse a ser palco de conflitos
sangrentos, envolvendo sobretudo a França e a Alemanha na gestão deste sector estratégico.

1957- Tratado de Roma

- Criação da CEE (Comunidade Económica Europeia) - “Europa dos 6”- Benelux, Alemanha, França, Itália
Objectivo: integrar globalmente as economias dos países membros

Mercado Comum Europeu criado pela CEE para fazer frente aos dois blocos: E.U.A e URSS: livre circulação de mercadorias, sem
restrições aos movimentos produtivos, trabalho, empresas e capitais.

- Criação da EUROTOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica)

Objectivo: fomentar a cooperação na utilização pacífica da energia nuclear e no seu desenvolvimento

1960- EFTA- Associação Europeia de Comércio Livre- constituído na Convenção de Estocolmo pelos 7 países: Grã-Bretanha,
Dinamarca, Áustria, Portugal, Suécia, Noruega, Suíça.
Perante a criação da CEE houve a necessidade por parte dos 7 países de constituírem a EFTA- Zona de Comercio Livre- acordo em que
os países membros aceitavam abolir entre si as taxas aduaneiras e restrições quantitativas ao comércio de mercadorias. No entanto,
cada país é livre de manter as suas pautas próprias e as restrições que entender em relação a terceiros.

A CEE vai alterando a sua sigla para CE, UE, UM trazendo alterações:

A nível Económico:

 Modernização das empresas- devido a aceleração das trocas por um lado nos países-membros, por outro com o resto do
Mundo.
 Terceirização das Economias
 Maior potência comercial do Mundo.

A nível Político, Social e Cultural:

 Direitos e liberdades fundamentais


 Educação, cultural e ambiente
 Solidariedade social
 Crescimento da classe média, adopção dos valores da sociedade de consumo

24
Projecção em termos políticos Internacionais- nomeadamente com países que foram ex-colónias ACP (África, Caraíbas,
Pacífico) através dos Acordos de Lomé (I, II, III e IV) constituindo a maior ajuda ao 3º Mundo...
Os países da Europa do Leste constituíram o COMENCOM, uma espécie de mercado comum (livre circulação de mercadorias, pessoas e
capitais) que abrangia também Cuba e a Mongólia. Assim, o “velho continente” europeu, na sua luta pelo o desenvolvimento
económico nas décadas que se seguiram a 2ª Guerra Mundial acabou por ficar dividido por diversas organizações que entre si foram
estabelecendo laços económicos e políticos de cooperação, mas também muitas vezes de conforto.

Surgimentos de blocos económicos, para facilitar a integração económica dos países:

 Zona de Livre Comércio: As barreiras ao comércio de bens entre países membros são eliminadas, mas estes mantêm
autonomia na gestão da sua política comercial;

 União Aduaneira: A circulação interna de bens e serviços é livre, a política comercial é uniformizada e os países
membros utilizam uma tarifa externa comum;

 Mercado Comum: superada a fase de união aduaneira, atinge-se uma forma mais elevada de integração económica, em
que são abolidas não apenas as restrições sobre os produtos negociados, mas também as restrições aos factores produtivos
(trabalho e capital);

 União Económica: Essa fase associa a supressão de restrições sobre investimentos de mercadorias e factores com um
certo grau de harmonização das políticas económicas nacionais, de forma a abolir as discriminações resultantes de
disparidades existentes entre essas políticas, tornando-as o mais semelhante possível.

3 - A modernização do Japão

O crescimento económico mundial do Japão, constitui um exêmplo singular, com território limitado e distribuído por várias ilhas,
montanhoso e inóspito, solos pouco férteis e desprovido de fontes de energia. O Japão é pobre em recursos naturais, o elemento que
o Japão mais importa do exterior são maioritariamente produtos importados.

A sua industrialização assentou inicialmente na construção ferroviária, naval e nos têxteis. Entre os anos 1900 á 1920, estimulados
pela IIª guerra mundial, surgem novas indústrias (químicas, siderúrgicas e material eléctrico). Verificou-se um Baby Boom (Aumento
da taxa da natalidade) de 1872 á 1940.

a) Após a segunda Guerra Mundial

O Japão perdeu as suas colónias, sofreu horrores da Bomba Atómica nas cidades de (Hiroxima e Nagasaki), foi obrigado a pagar
pesadas indeminizações de guerra e receber cerca de 6 milhões de Japoneses residentes no exterior que tiveram que regressar.

A questão que se coloca é:

 Como é que o japão conseguiu, em curto espaço de tempo, ocupar um lugar cimeiro entre as nações desenvolvidas?

25
Os Americanos decidiram fazer do Japão seu aliado, devido a perda da China e Coreia para o Comunismo (URSS). Através do Plano
Dodge, os Americanos financiaram o crescimento económico Japonês. O Plano Dodge consistia em ajudas económicas, financeiras,
técnicas, fornecimento de matéria-prima.

O sucesso económico do Japão foi fundamentalmente a factores endógenos (Sociocultural).

a) Sistema de valores
O sistema de valores Japoneses (honestidade, respeito, recíproco, amor ao próximo, consenso e solidariedade, etc.), é um aspecto
fundamental á ter em consideração. Nem a derrota, nem as crises económicas do século XX, nem o elevado e rápido crescimento
industrial rompeu a coesão social.

É também característico do povo Japonês a cultura de Poupança e uma Educação Financeira forte, que contribui fortemente para o
aumento do investimento. Outro aspecto é a socialização da sociedade em que predomina a Divisão do Trabalho, partilha de Riscos
Economia de Custos e de Tempos.

b) Educação
A abundante matéria-prima disponível que são os recursos humanos, o Japão soube, mobilizá-los para o desenvolvimento fazendo da
Educação um Bem Público. Com taxa de analfabetismo praticamente nulo, a sua taxa de escolaridade obrigatória é de 92%. O que
significa que cada 100 alunos que ingressam no sistema de ensino 92 terminam com sucesso.

Desta forma o Japão dispõe de uma força de trabalho, cujo nível de educação é o mais elevado do mundo, onde se privilegia o
desenvolvimento do óptimo do potencial humano.

c) Elevada produtividade

A abundante mão-de-obra qualificada e dócil, e com uma invulgar capacidade de trabalho, o modelo Japonês, assentam no emprego
Vitálico. A jornada de trabalho é prolongada e pode chegar até 10 horas/dia com poucos feriados e períodos de férias reduzidos.

A Empresa é vista como uma grande família, onde se respeita a hierarquia e a disciplina, os sindicatos não possuem influência sobre
os empregadores, sendo o absentismo muito baixo e as greves quase nulas. O Japão teve que adaptar uma política antinalista com
objectivo é a estabilização da população até o século XX. Fruto da elevada produtividade da Economia Japonesa, hoje á a Terceira
Potência Económica Mundial.

- A Rápida Modernização do Japão e a Inovação Tecnológica

A grande devastação, causada pela segunda IIº guerra mundial, constitui um incentivo comum a coesão nacional. Um dos factores
que impulsionaram e beneficiou a Economia Japonesa foi a guerra da Coreia (1950-1953). O sector industrial funcionava 24 horas por
dia.

O papel do governo, foi crucial, pois a Economia tornou-se a prioridade das prioridades, sendo primazia a Indústria pesada, da qual
teve um crescimento de 52% ao ano. Como tinha salários baixos, os navios podiam ser vendidos a preços imbatíveis no mercado
mundial.

26
Enquanto no ocidente produzia-se os navios em 24 meses, o Japão fazia em 7 meses, roubando a Inglaterra o lugar de maior
construtor naval do mundo. O Japão conseguiu em menos de 20 anos multiplicar ou PNB por 10, e o seu milagre económico tornou-
se um modelo para muitos países.

Modernização da agricultura e da pesca permitiu a diminuição da dependência alimentar face ao exterior em cerca de 80% em 1960
e 50% em 1992.

a) Factores Políticos/Económicos
A elevada capacidade de poupança da população permitiu canalizar volumosos capitais para o investimento. Liberto do fardo das
despesas militares, o Japão investiu cerca de 36% do seu PNB para sectores chaves da Economia (Indústria pesada, Agricultura, etc.)

Por outro lado, a práctica de salários baixos, cujo aumento progressivo era sustentados pelo crescimento económico, permitiu as
Empresas a acumulação dos lucros. Estas por sua vez, reinvestiram a maior parte dos mesmos na expansão da actividade.

b) Forte Ligação Estado Empresas

A articulação do Estado com as Empresas, é de tal modo que os grandes grupos empresarais, que estão representados no Governo
não se sabendo muitas vezes quem manda quem. A planificação indicativa orienta as actividades das Empresas, chegando a delinear
os ritmos de crescimento.

As políticas proteccionistas visam garantir a indústria interna, capacidade de se tornar auto-suficiente, fazendo parte da estratégia de
crescimento económico.

c) Rápida e plena Assimilação Tecnológica


O Japão, não se limita a copiar e a adquirir patentes (Direitos de uso) no estrangeiro, apropria-se da tecnologia, introduzindo
melhoramentos e inovações.

Ex: Viaturas adquiridas na Ex-URSS, foram transformadas em viaturas de pequeno porte, ou seja, em 1 viatura adquirida da URSS
podem ser produzidas 5 á 6 viaturas Nipónicas (Japonesas).

Tarefa.

1) Caracteriza a Economia Japonesa?


2) Por que o Japão foi considerado milagre económico Asiático?

22- Ajuda Internacional

Ao mecânismo encontrado pelos Países quando não encontram soluções para resolver os seus problemas (défice comercial),
denomina-se como international helping. Esgotados todos mecânismos internos para financiar o seu crescimento económico, os
líderes dos Países recorrem ao mercado externo, como solução para dirimir este problema.

Objectivos
 Compensar as elevadas dívidas externas que possuem estes países devido aos défices comerciais elevados e frequentemente
em crescimento

27
 Melhorar o nível de vida destes países
 Ajudar as populações atacadas por catástrofes naturais (exemplo: inundações, terramotos), ou desastres introduzidos pelo
homem (exemplo: guerras) - ajuda temporária.

22.1 - Ajuda prestada sob a forma: dádiva ou empréstimos a juros mais baixos
Tipos de ajuda:

 Bilateral- quando os recursos são transferidos directamente do país mais rico para o país mais pobre. Sob diversas
formas como dádivas, empréstimos para o financiamento de investimento, assistência técnica, bolsa de estudo, etc.
 Multilateral- quando são organizações internacionais como as diversas agências da ONU, o FMI ou o Banco Mundial que
redistribuem o dinheiro.
 Voluntária- principalmente o cargo das ONG (Organizações não Governamentais) que trabalham na cooperação Norte-
Sul. Ajuda sob a forma de donativos recolhidos nos países desenvolvidos para aplicações em projectos específicos nos
países em vias de desenvolvimento (exemplo: AMI, OIKOS, CIDAC)

Obstáculos e problemas. Internos e externos

Internos
 Por dificuldades inerentes ás deficientes comunicações e transportes é muitas vezes mal distribuída-
beneficiando apenas as minorias privilegiadas e corruptas, não se traduzindo na melhoria nas condições de vida das
populações.
 Regimes ditatoriais- que desviam parte da ajuda para as despesas militares
 Prioridades na aplicação da ajuda- esquecem-se de investir nos problemas sociais (como a saúde e educação) invertendo a
ajuda para o investimento de utilidade duvidosa ou gastos supérfluos (exemplo: importação de bens de luxo)
 A ajuda pode ser encarada como “dinheiro fácil e imediato”
 As populações rurais são geralmente pouco beneficiadas- embora sejam as mais pobres, a ajuda é canalizada
para as cidades, onde vivem os governantes, aumentando assim a fossa entre as áreas urbanas e rurais.
 Problemas urbanos agravam-se- com o acelerado êxodo rural, tornando as cidades incapazes de absorver social e
economicamente a população crescente.
 A incapacidade técnica e política- dos dirigentes para gerir comercialmente a ajuda.

Externos:

 Insuficiente montante de ajuda- raros é os países que assumem... (Falta)


 A forma cm é distribuída pelos diferentes países- segue critérios onde se privilegiam os interesses políticos e
económicos, mais do que as carências das populações
 A ajuda nem sempre se destina a projectos que beneficiam de facto as populações- tomando em linhas suas
características socioculturais.
 A cooperação técnica e a implementação de projectos que nem sempre se adequam ás necessidades de
quem as recebe- ajuda que funcionam muitas vezes como forma de escoamento de tecnologias já ultrapassadas nos
países desenvolvidos.
 Uma boa parte da ajuda reverte frequentemente a favor dos pagamentos dos salários aos técnicos
estrangeiros- 12 milhões de dólares a anualmente gastos em assistência técnica ao Sul, 70% destinam-se ao pagamento
dos técnicos estrangeiros.

28
Ajudas para quem e para quê? E para quê?

A dívida externa e os défices comerciais no PVD obriga-os a pedir empréstimos. Para pagar esses empréstimos e os juros, mesmo que
reduzidos, estes países são forçados a produzir produtos destinados á exportação, recorrendo para isso muitas vezes a actividades
que degradam o meio ambiente, o que gera novos problemas de sustentabilidade no futuro.
A ajuda internacional deve incentivar nos PVD a auto-suficiência e a independência progressiva no Sul no plano social e económico,
de acordo com as suas necessidades e valores sociais e culturais.
Uma ajuda eficaz será aquela que consiga resolver não apenas os problemas imediatos e básicos (como comida, roupa, abrigo e
tratamento médico) de curto prazo mas que consiga incentivar a auto-suficiência e a independência progressiva no plano social e
económico, numa perspectiva a longo prazo.

1) Os reflexos da Descolonização

a) A herança de um passado colonial


As relações de dependência económica face aos países industrializados resultam em grande parte de uma herança das ligações da era
colonial, que lançaram as primeiras raízes de desintegração das Economias autóctones inserindo estas regiões na Economia mundial.
A colonização, sobretudo pela sua longa duração contribui para que os povos a ela submetidos, fossem bloqueados na sua evolução
dada sua suposição de dependência.

Após a descolonização, as antigas colónias mantidas no seu papel de periferias perpetuam a sua independência económica do Centro.

A descolonização criou obstáculos ao desenvolvimento:

 Reprodução das estruturas políticas existentes;


 Reduzido desenvolvimento industrial;
 Grande dependência da exploração e exportação de matéria-prima;
 Comunicações e meios de transportes rudimentares;
 Nível de alfabetização, educação e capacidade técnica muito baixa;
 Rápido aumento da população.
 Urbanização acelerada
 Insuficiente capacidade administrativa e financeira;
 Enormes desigualdades de rendimentos;
 Agravamento das tensões sociais;
 Guerras Cívis e guerras internacionais (fuga de cérebros);

Os Fluxos Norte e Sul


Nos anos 50 e 60, um elevado grau de cooperação entre os Países desenvolvidos (Ocidente), no contexto da guerra fria, traduziu-se
num crescimento da produção e do comércio internacional sem precedentes. Foram tidos como os anos de ouro para os Países do
Norte.

a) Como se degradaram os termos de troca

29
A medida que as nações estabelecem trocas comerciais, o dinheiro circula em todo sistema económico internacional, acumulando-se
nos Países cuja exportação possuem maior valor. O facto da maioria dos Países do Sul, exportarem produtos de menor valor relativo
(produtos de base), do que os Países industrializados (produtos transformados), provoca uma desigualdade nos termos da troca que
se agrava com tempo.

b) Défices Comerciais e Endividamento do Sul.


Vários são os factores que favorecem os aumentos dos défices da Balança de pagamentos dos PVD (Países em vias de
desenvolvimento) e do nível de endividamento externo, a procura e o incentivo ao investimento directo internacional (IDI). Entre os
factores podemos destacar:

 Acentuada especialização;
 Crises de superprodução;
 Diminuição da procura nos mercados internacionais;
 Degradação dos termos de troca;
 Barreiras que os Países desenvolvidos colocam às importações.

c) As Multinacionais – Investimento directo internacional (IDI)


Grande parte dos melhores negócios é assegurada pelas multinacionais, uma vez que já detêm conhecimento no que toca ao circuito
comercial, os canais de distribuição e prazos de pagamentos.

d) Reajustamentos das trocas comerciais.


A situação anormal, é o que ocorre com os Países do Sul que transformaram em contribuintes líquidos, porque os pagamentos que
efectuam fruto das relações comerciais e das dívidas ao exterior são superiores aos recursos que recebem.

Os Países mais pobres, estão a financiar uma parte considerável da prosperidade dos Países mais ricos.

Nota Prévia: Trabalho parágrafo negritado:

Justifique o último parágrafo.

Soluções para ajudar os PVD

 Á melhoria da formação e ao desenvolvimento de aptidões, dando prioridade á formação de formadores.


 Desenvolvimento da agricultura que satisfaça as necessidades da população e não só a que se destina a exportação.
 Ao desenvolvimento de indústrias sustentáveis- de pequena escala e usando tecnologia apropriada.
 Á melhoria das redes de abastecimento de água e saneamento- por forma a melhorar as condições de
salubridade.
 Á correcção ou diminuição das pressões que os países ajudados sofrem do mercado mundial- países ricos
podem ajudar comprando os seus produtos a um preço justo em vez de colocarem tarifas de forma a protegerem as suas
próprias indústrias.
A ajuda adoptada ás necessidades efectivas das populações dos PVD não foi a característica principal da ajuda internacional, após
1945, têm mostrado grande ambiguidade.

O movimento dos Não- Alinhados ao Projecto da NOEI.

30
O 3º Mundo:

 Tinha-se tornado num conjunto muito grande de países (com a crescente descolonização)
 Não queria a política de alinhar com umas das super-potência, pretendia uma 3ª (reacção á guerra fria)
 Tinha um conjunto de líderes internacionalmente reconhecidos e respeitadores: Nehru, Nausser, Tito, etc.

Assim, a primeira Conferência de Bandung (1955) e depois em Belgrado (1960) surge MNA- Movimento não alinhados-
exprimindo uma reacção da divisão do mundo em 2 blocos.

No decorrer das décadas de 50 e 60 acreditou-se que o MNA conseguiria:

 Eliminar a colonização (direito á autodeterminação)


 Conseguir países com sociedades mais justas e prósperas
 Com capacidades de se imporem (com a OPEP em 1973 em preços do petróleo)
MNA- trata-se de um movimento pelos países do Terceiro Mundo embora outros países do Mundo industrializados tenham aderido aos
seus princípios.

O MNA perde a força, protagonismo e tende a desaparecer, devido:

 As divisões no seu próprio seio


 Ao desaparecimento do G77 apoiando os 3D (descolonização, desenvolvimento e desarmamento)
 Fim da bipolarização (cuja a rivalidade já não podia utilizar-se)
Assim, nos anos 70 surge o projecto NOEI- Nova Ordem Económica Internacional- defendidos em 1974 numa Assembleia das Nações
Unidas, num contexto de reforço da oposição contratual do 3º Mundo face á crise económica dos países capitalistas provocados pela
subida dos preços do petróleo.

22 - A NOEI

Pretende alterar a dominação Norte- Sul e vencer o subdesenvolvimento, mas tbm não consegue impôr-se devido a várias razões,

 Muitos processos internacionais de cooperação para o desenvolvimento que tinham adquirido forma nas décadas
anteriores entram em colapso.
 O impacto que as mudanças a nível da actividade económica nos países do Norte tiveram nos países do Sul não foi objecto
de qualquer coordenação dos principais países em desenvolvimento que continuam a ver deteriorar os seus termos de
troca.
 Algumas barreiras ainda existentes nos países do Norte ás importações do Sul continuam a condicionar as economias do
Sul.
 O FMI prestou pouca atenção á situação das reservas e á necessidade de liquidez dos PVD, impondo as suas condições de
pagamento de dívidas, nomeadamente medidas de desenvolvimento estrutural
 O sistema internacional fracassou em contribuir com fluxo positivos de capital tradicionalmente reconhecidos como uma
medida vital para o Sul. Muitos países em desenvolvimento tiverem de realizar transferências líquidas de capital para o
Norte para pagamento das dívidas externas.
 Nas discussões multilaterais de âmbito internacional, continua a ser um pequeno número de países desenvolvidos que na
prática determinam quem decide tanto a agenda como os resultados finais das reuniões.

31
Principal razão a recusa dos países ricos os G7 (EUA, Canadá, Japão, Grã- Bretanha, Alemanha e Itália). Nos anos 80 os países pobres
pioraram a sua situação entrando numa crise mais profunda (deterioração dos termos de troca, baixos preços para as matérias-
primas, etc.)

Podemos assim concluir, que as relações Norte- Sul conseguem algum avanço no domínio da cooperação, mas os objectivos da NOEI
continuam por cumprir:

 Esforço de Desenvolvimento autocentrado


 Intensificação da cooperação Norte/Sul
 Restauração das relações económicas internacionais.
O futuro das relações Norte/Sul parece depender assim da estratégia que predominará nos capitalismo avançados, fruto das
perspectivas da economia mundial no seu conjunto, a par da capacidade do os países em desenvolvimento reforçarem as suas
próprias políticas internas no que toca á formulação e execução de estratégias de desenvolvimento, quer individual, quer
colectivamente.

Formação de Sistema-Mundo é emergência das Semiperiferias.


O conceito “centro-periferia”- está associado à definição das relações de dominação- dependência resultantes do processo da
colonização/descolonização.

O conceito de semiperiferia- surge para classificar realidades intermédias entre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento que ainda
não se enquadravam no “centro” mas também já não se enquadravam nas “periferias”. Esses países são actualmente
designados por NPIs.
Podemos assim dizer que o NPI com o próprio nome indica desenvolveu-se á custa da industrialização e também são conhecidos
como países emergentes ou países da semi-periferia o que em termos de desenvolvimento significa que estão numa posição
intermédia entre os países ricos (do centro) e os países mais pobre (periferia).

A diferenciação quanto ao Terceiro Mundo:

- No Primeiro Mundo- o centro está-se a deslocar para Leste, devido ao peso crescente do Japão, perdendo-se
a pouco e pouco a tradicional associação entre o “Ocidente” e o “capitalismo”
- O Segundo Mundo- no rescaldo de décadas de economias fechadas, vive hoje a dolorosa restauração e
reconversão, na via para a economia de mercado
- O Terceiro Mundo- designação inicialmente utilizada durante a Guerra Fria para caracterizar a oposição
entre os países industrializados (os dois blocos-1º e 2º mundo) e os países pobres (de África, Ásia e América
Latina. Expressões como países em vias de desenvolvimento ou Países do Sul são muitas vezes utilizados
genericamente como sinónimos. Hoje em dia este termos já não pode ser aplicado, uma vez que hoje há vários
“mundos não desenvolvidos”, constituindo os designados PVD (Países em vias de desenvolvimento) um
conjunto cada vez mais diferente e heterogéneo. Os cincos tipos de PVD são:

1. Países de elevados rendimentos- exportadores de petróleo (exemplo: Arábia Saudita)


2. Economias Industriais com estados fortes e níveis de dívida relativamente baixos
(exemplo: Taiwan, Hong-Kong)
3. Economias Industriais- com aparelhos estatais sob desafio e/ou problemas de divida (exemplo:
Argentina e Polónia)

32
4. Países recentemente Industrializados (exemplo: Malásia, Tailândia)
5. Produtores de matérias-primas na África Subsariana e América Central (exemplo: Gana e
Equador).
- Quarto Mundo- uns com maior ou menos sucesso, encetaram processos de desenvolvimento, frequentemente
distintos entre si. Para alguns destes, o crescimento económico assentou em recursos naturais estratégicos,
outros tiveram sucesso na implementação de políticas de industrialização e um terceiro grupo combinou uma
ou das duas daquelas estratégicas geopolíticas no contexto das suas próprias regiões.

NPI
O que são?
São os novos países Industrializados apostaram o seu desenvolvimento numa estratégia especial de industrialização de bens
manufacturados para exportação.
São países com uma mão-de-obra abundante e barata, o que constitui a condição básica do seu êxito económico,
com economias muito dinâmicas que apresentam elevadas taxas de crescimento do produto e uma grande
abertura ao exterior.

Fazem parte dos Novos Países Industrializados a Coreia do Sul, Hong Kong, e Singapura Taiwan, que são os NPI da 1ª geração e
mais recentemente a Tailândia, Malásia e Filipinas, que são os NPI da 2ª geração.

As estratégias de Industrialização dos NPI:


Os processos de desenvolvimento têm passado por várias fases, assim distingue-se quatros estratégias de industrialização:

1. Industrialização com base na agricultura especulativa- que tinha como


objectivo valorizar os produtos primários.

 Baseadas indústrias ligeiras de transformação (café, cacau, algodão, madeira)


 Principais actores- economia mista multinacionais
 País representativo- Costa do Marfim.
 Os objectivos de crescimento económico dificilmente têm sido conseguidos devido:
 á desvalorização dos termos de troca, em particular dos termos de troca;
 Ao baixo nível tecnológico e á mão-de-obra pouco qualificada
 As taxas de crescimento populacional muito elevadas
 a produções agrícolas aleatórias
 Aos interesses próprios das multinacionais instaladas ou que dominam o transporte para o exterior.

2. Industrias Industrializantes- que tinham como objecto criar pólos de desenvolvimento
 Baseados nas indústrias pesadas com base nos recursos nacionais (siderurgia e petroquímica)
 actores principais- Estado
 Países representativos- Argélia, Índia, China

Conheceu um certo sucesso nos “Estados- Continentes” (índia e China), mas foi em geral um fracasso por razões diversas entre as
quais assume o relevo a insuficiente dimensão dos mercados internos, o baixo nível de qualificação da mão-de-obra e os erros de
Gestão. Na Argélia, por exemplo, estas “catedrais do deserto” provocaram graves desequilíbrios internos, dado que a industria se
concentrou em redor de alguns pólos de desenvolvimento.

33
3. Substituição das importações- para estimular a produção nacional, é uma estratégia posta em prática com mais
sucesso.
 Baseados nas indústrias ligeiras de transformação de produtos de grande consumo (têxteis)
 Actor Principal- Estado
 Países mais representativos- Brasil, México, NPI do Pacifico (1ªgeração), da Índia (2ªgeração)

Estratégia que luta contra a concorrência das importações de produtos de grande consumo, dos países industrializados. Visa proteger
as jovens indústrias nacionais, com o fim de impulsionar uma estrutura industrial diversificada reduzindo a dependência de
tecnologia e capitais externos.

Apesar de diminuir a dependência em bens de consumo, aumentou a dependência da importação de bens de equipamento e alta
tecnologia. Por outro lado, dado o reduzido poder de compra do mercado internos, os produtos da indústria nacional não
conseguiam economias de escala, pelo que os preços permaneciam elevados.

4. Por Promoções das Exportações- que tinham com objectivo a inserção no mercado global
 Baseadas numa primeira fase nas industrias ligeiras e na 2ª fase nas industrias de elevado valor acrescentado
 Actores Principais- Economia Mista e Multinacionais
 Países Representativos- NPI do Pacifico (2ªgeração)

Esta estratégia assenta num grande envolvimento do Estado na Economia. Começa normalmente por desvalorizar a moeda nacional
para tornar as exportações competitivas e restringir as importações. Segue-se-lhe um conjunto de medidas de política comercial que
atraia os capitais estrangeiros. Os reduzidos custos salariais facilitam a inserção na divisão internacional do trabalho. A criação de
zonas francas de indústrias viradas para a exportação atraia os investidores estrangeiros.

Para a utilização de uma ou mais estratégias de desenvolvimento, os países têm de possuir um conjunto de factores, como por
exemplo:

- Recursos naturais e Humanos


- Dimensão do Mercado Interno
- A atitude do Estado perante a sociedade e economia
Não existe um padrão definido que os países possam seguir, ou seja, não existe uma estratégia ideal, assim, compete ao país decidir a
estratégia que mais se adequar a ele.

Os problemas que se põem aos países que esperam a longo para o desenvolvimento, não é escolher uma estratégia mas sim de a
aplicar e de a mudar quando necessário.

Factor Relativo do Estado- O Estado sugue uma política de autoritarismo desenvolvimentista, actua e intervém de forma a promover o
desenvolvimento, o papel do estado é decisivo na escolha da estratégia necessária.

Os países devem procurar o equilíbrio social, espacial e sectorial para satisfazer grande parte da população, ou seja, um
desenvolvimento autocentrado, baseando-se naquilo que têm e não com aquilo que é dos outros países, contando somente com as
suas próprias forças. Assim, por exemplo terão de assegurar a viabilidade da agricultura, realizando reformas agrárias.

34
Verificam-se casos com mais ou menos sucesso de desenvolvimento, pelas variadas estratégias, nalguns países da América do Sul e
do Sul do Mediterrâneo, na Costa do Marfim, Índia, China, e os países do Sueste Asiático.

A designação de Novo Povo Industrializado, refere-se a um conjunto de países do:

- Sudoeste Asiático
- América Latina
- África Mediterrânea

A) Os NPI da Ásia

Os Novos Países Industrializados da Ásia designam-se como “os quatro tigres do Oriente”- Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e
Singapura. Forma as primeiras economias asiáticas a iniciarem o processo de desenvolvimento década de 60, transformaram-se em
grandes potências industriais em menos duas décadas.

Depois desta geração surgiram os países da 2ªgeração, que são a Malásia, Tailândia e a Indonésia.

Os “dragões do Oriente” seguiram uma estratégia de industrialização voltada para as exportações, baseadas inicialmente nas
industrias tradicionais, com mão de obra barata intensiva com é o caso dos têxteis, do calçado e dos brinquedos e mais tarde para
as industrias de ponta, que é o caso da electrónica, da construção naval ou do ramo automóvel.

Estas quatro economias que apresentavam estruturas subdesenvolvidas na década de 60, ocupando uma baixa posição no comércio
internacional, hoje em dia passadas apenas duas décadas encontram-se entre os maiores exportadores do mundo de produtos
manufaturados. A exportação de produtos manufaturados tiveram uma grande evolução, com uma grande quantidade de produtos
exportados. Estas quatro economias tiveram elevadas taxas de crescimento do PIB.

Factores que tiveram na base do desenvolvimento destes países:

 Pela sua localização geográfica- assim, têm possibilidade de praticarem uma agricultura intensiva; de comunicarem
cm o exterior, a sua posição geográfica entre os mercados da Ásia, das Américas e da Austrália
 Pelo papel do Estado- lançando as infra-estruturas necessárias ao processo de industrialização
 Pelas elevadas taxas de investimento- quer internas quer externas
 Articulação entre a indústria e a agricultura- para assegurar a auto-suficiência alimentar e a libertação de mão-de-
obra para os outros sectores
 A adopção de uma estratégia baseada nas exportações- para conseguirem receitas
 Ênfase na educação- dado á população um maior interesse pelo o estudo
 Características da mão-de-obra- dócil, barata e obediente (Factor Principal)

Os dragões asiáticos também tiverem certas limitações:


 a nível político- em que a abertura externa contrasta geralmente com as democracias internas limitadas por regimes
dirigistas
 no plano social- em que a rápida industrialização trouxe problemas com o alojamento, existia e continua a pobreza e o
desemprego, as condições de trabalho desfavoráveis

35
 no plano ambiental- o rápido crescimento da urbanização e da industrialização criou fluxos de trafico muito intensos,
assim o ar ficou muito poluído (pag.143, doc.11)
 a nível económico- havia uma grande dependência nos mercados americanos e japoneses, um aumento da procura interna
gera o aumento das importações, isto leva a um défice na balança comercial.
A crise dos mercados financeiros asiáticos em 1997, colocou dúvidas sobre a capacidade destes países a adaptarem-se aos
mecanismos da economia e da sociedade, assim, passou a haver democratização política nos mercados.

Apesar do sucesso destes quatro países, nem tudo são rosas, vários problemas que têm que ser ultrapassados para os NPI possas ter
desenvolvimento para lá do crescimento que decerto alcançaram. Exêmplos:

- Das violações dos direitos do Homem (nível político e social)


- Trabalhadores com poucos direitos sindicais e os horários de trabalho são muito elevados (nível social)
- Défice na balança comercial (nível económico)
- Degradação do ambiente e a poluição (nível ambiental).
B) NPI da América do Sul

Também na América do Sul querem ter o lema de países desenvolvidos, hoje eles são considerados grandes potências indústrias do
terceiro mundo, eles são: o Brasil, o México e a Argentina.

A estratégia utilizada por parte destes países foi a industrialização por substituição das importações, teve como causa a grande
contenção das importações, que seguiu ao declínio das suas receitas de exportação causado pela crise económica na Europa e nos
Estados Unidos. Os empresários locais tiveram grandes oportunidades, pelos produtos manufacturados, estarem a acabarem,
condições para uma maior procura nos mercados nacionais, criação de um salário mínimo...

A necessidade da tecnologia por parte das empresas deu origem ao investimento por parte das empresas.

A partir dos anos 50, esta estratégia teve como base a industria pesada e a produção de bens de consumo de longa duração.
A crise nos anos 60 teve como principais factores:

- o modo de financiamento da industrialização- assim o investimento produtivo fica dependente da


possibilidade de acesso das empresas ás divisas exigidas para a importação de bens de equipamento necessários
- As dimensões do mercado interno.
- Com o nível de rendimento médio da população.
Que teve como consequência não permitir rentabilizar a produção a preços unitários muito elevados. Essa crise contribuiu para a
degradação das trocas no comércio perante o mundo, assim levou a um endividamento externo, a desigualdades sociais e á pequena
dimensão no mercado. Mais tarde, por volta dos anos 80, o PIB per capita teve um grande aumento, existiu o liberalismo económico
por parte do governo.

Os países da América Latina tiveram como factores de sucesso para a industrialização:


- A associação de livre comércio
- a produção de produtos manufacturados
- a América Latina tinha um dos mercados mais fechados passou a ser um dos mercados mais
abertos

36
Mas pelo o contrário estes países tiveram algumas limitações, são elas: a fraca procura interna, O modo de financiamento da
indústria.

C) O que é a MERCOSUL?

A MERCOSUL é uma associação de livre comércio do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que são os verdadeiros motores da
modificação económica na América Latina. A MERCOSUL estimulou a cooperação Sul/Sul, o comércio intrabloco aumentou
significativamente, reflectindo-se positivamente no crescimento económico.

Modelo Chileno- Chile adoptou na década de 80 políticas económicas que geravam um crescimento sustentado e um declínio na
inflação. E o seu plano de pensões no sector privado é um modelo para o resto da América Latina. Mas o que tem acontecido com
frequência na agricultura é a implantação de um liberalismo selvagem sem mecanismos de redistribuição e de compensação e sem
garantir a fuga ao subdesenvolvimento e á pobreza dos vastos sectores da população.

Os sucessos económicos no futuro dependem, entre outros factores, do ritmo da integração regional das economias, da capacidade
de resposta a novas procuras internacionais sobre a forma de exportações.

D) A África do Magrebe (países árabes islâmicos)

O Magrebe é uma vasta região que abrange todo o Norte de África até ao Egipto. Dela fazem parte 5 países: Mauritânia, Marrocos,
Argélia, Tunísia e Líbia.
Têm uma excelente situação geográfica, situada no Mar Mediterrâneo, próximo da Europa e constitui porta de passagem para a África
(subsariana) e a Ásia destes destaque-se a Argélia que começou pela via dos industrializantes e numa 2ª fase passou a desenvolver
pólos industriais ao longo do litoral a aposta na vantagem de ser um grande produtor de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural, de
que é 5º exportador mundial).

E) Os países de África
Eles são a Uganda, Botswana, Maurício e mais uma dezena de países africanos: Costa do Marfim, Zâmbia...e muitos outros. Cada um
procura o seu desenvolvimento por estratégias diferentes, constroem mercados livres, para existir a exploração das trocas com vista
a dar maior rendimento. A estratégia de desenvolvimento por parte desses países é a industrialização por parte de indústria
industrializantes que tem como objectivos criar polos de desenvolvimento.

Como todos os países para se desenvolverem têm que ter factores a favor e factores contra. Os factores de sucesso destes países de
África são:
- uma maior liberalização por parte dos mercados
- mercados livres
- aumento das exportações
- Influência do desenvolvimento por parte da África do Sul, assim, as taxas de crescimento cada vez mais
assinaladas.

37
Pelo contrário as suas limitações, verificam-se na instabilidade política, pelos governos corruptos, pelos massacres e repressão da
população e pela guerra.

Um punhado de países de que destacam a África do Sul, o Botswana, a Maurício e o Uganda, apresentam taxas de
crescimento assinaláveis e servem de exemplo e de incentivo ás economias da região no sentido de mudança.

Podemos assim concluir:


Que nos NPI da Ásia a:
- Estratégias utilizadas foram as zonas económicas que conjugavam terrenos e mão-de-obra barata dos países
em vais de desenvolvimento e a tecnologia e capitais do NPI e países Industrializados;
- Factores de sucesso- foram as condições geográficas favoráveis, as características da mão-de-obra, ênfase na
educação, forte enquadramento político, empenhamento nas exportações.
- Limitações- a nível político, a nível económico, social e ambiental
Que nos NPI da América Latina:
- Estratégia utilizada- foi a industrialização por substituição das importações
- Factores de Sucesso- importar a matéria-prima e produção de produtos manufaturados.
- Limitações- fraca procura interna e o modo de financiamento da industrialização.

Que nos NPI de África:

- Estratégia utilizada- industrialização por indústrias industrializantes


- Factores de Sucesso- mão-de-obra infantil barata, liberalização do mercado, o aumento das exportações e a
influência o desenvolvimento económico da África do Sul.
Limitações- governo corrupto, instabilidade política e a guerra.

38

Você também pode gostar