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ECONOMIA INDUSTRIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO –

UFMT
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO
FACULDADE DE ECONOMIA
Disciplina: Economia Industrial
Avaliação - Unidade I
PROF. MAMADU LAMARANA BARI
Discente: Eliel Martins de Souza

1) - Enquanto a microeconomia clássica muitas vezes assume mercados


perfeitamente competitivos e agentes econômicos perfeitamente
racionais, a Organização Industrial reconhece que a realidade pode ser
muito mais complexa. A análise da Organização Industrial muitas vezes
se concentra em entender como as estruturas de mercado, as estratégias
das empresas e as imperfeições informacionais afetam o comportamento
econômico e os resultados de mercado. Isso pode envolver o estudo de
fenômenos como concorrência imperfeita, poder de mercado, formação
de preços estratégica e regulação econômica. Ela complementa a
microeconomia tradicional ao oferecer uma visão mais realista e
abrangente do funcionamento dos mercados e das empresas.

2) - A incerteza é crucial na formação de rotinas empresariais, pois as


empresas enfrentam constantes mudanças no mercado, tecnologia e
regulamentação. Influencia a organização da produção, afetando
investimentos, contratações, fornecedores e processos. As empresas
buscam equilibrar eficiência com flexibilidade para se adaptar a choques
inesperados, resultando em práticas dinâmicas que incentivam
experimentação e aprendizado contínuo, capacitando-as a responder
eficazmente aos desafios do ambiente empresarial em constante
mudança.

3) a) O Programa Nacional de Desenvolvimento (PND) foi uma iniciativa do


governo brasileiro para promover o desenvolvimento econômico e social
do país.
PND I (1972-1974) - O PND I foi lançado durante o governo do presidente
Emílio Garrastazu Médici, no período conhecido como "milagre
econômico" no Brasil. O objetivo principal era acelerar o crescimento
econômico e modernizar a infraestrutura do país. Entre as principais
medidas do PND I estavam investimentos maciços em setores como
energia, transportes, telecomunicações e indústria pesada. O governo
adotou uma política de endividamento externo para financiar esses
projetos, levando o país a um aumento significativo da dívida externa.

PND II (1979-1985) - O PND II foi implementado durante o governo do


presidente João Figueiredo, em um contexto de crise econômica e
transição política no Brasil. O objetivo do PND II era promover um
desenvolvimento mais equilibrado e sustentável, focando em setores
como agricultura, energia, educação e saúde. O plano também buscava
reduzir as desigualdades regionais e sociais, estimulando o
desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas do país. O PND II
enfrentou dificuldades de implementação devido à crise econômica e à
instabilidade política do período, e muitos de seus objetivos não foram
plenamente alcançados.
Ambos os programas foram importantes iniciativas do governo brasileiro
para promover o desenvolvimento econômico e social do país, mas
enfrentaram desafios significativos em sua implementação e tiveram
impactos variados na economia e na sociedade brasileira.

b) No PND I, houve foco na indústria pesada e infraestrutura, levando a


um rápido crescimento em setores como siderurgia, petroquímica e
construção naval. Grandes empresas estatais foram criadas para liderar,
como a Petrobras e a Vale, contribuindo para empregos, PIB e
diversificação econômica.

No PND II, a ênfase foi na diversificação econômica e redução das


desigualdades regionais. Foram implementadas políticas agrícolas para
aumentar a produção e reduzir a pobreza no Nordeste, além de incentivar
a indústria de bens de consumo para atender à demanda interna.
Contudo, os resultados foram mistos devido à crise econômica e política,
com muitos objetivos não plenamente alcançados.

4) a) Fatores que determinam o crescimento econômico de um país:

Investimento em capital físico: Isso envolve a construção e modernização


de infraestrutura, como estradas, portos, aeroportos, redes de energia e
telecomunicações, bem como investimentos em máquinas, equipamentos
e tecnologia nas empresas.

Investimento em capital humano: O crescimento econômico também


depende da qualidade e da quantidade da força de trabalho. Isso inclui
investimentos em educação, treinamento, saúde e habilidades dos
trabalhadores, que aumentam sua produtividade e capacidade de
inovação.

Inovação e tecnologia: O desenvolvimento e a adoção de novas


tecnologias são fundamentais para impulsionar o crescimento econômico
a longo prazo, aumentando a eficiência, a produtividade e a capacidade
de produção das empresas.

Desenvolvimento institucional: Instituições sólidas e eficientes, como


sistema jurídico confiável, regulação eficaz, proteção dos direitos de
propriedade e governança transparente, são essenciais para criar um
ambiente favorável aos negócios, ao investimento e à inovação.

Abertura ao comércio internacional: O comércio exterior pode impulsionar


o crescimento econômico ao permitir que os países se especializem na
produção de bens e serviços nos quais têm vantagens comparativas,
aumentando assim a eficiência e a competitividade.

Um crescimento balanceado é recomendado porque cada fator contribui


de forma complementar para o crescimento econômico. Por exemplo,
investimentos em capital físico aumentam a produtividade do trabalho,
mas sem trabalhadores qualificados, essa produtividade pode não ser
totalmente realizada. Da mesma forma, a inovação e tecnologia
impulsionam o crescimento, mas sem instituições eficientes para proteger
os direitos de propriedade intelectual, os incentivos para inovar podem ser
minados.

b) As proposições Rostonianas dos estágios do crescimento, descrevem


um modelo de desenvolvimento econômico em cinco estágios
sequenciais: sociedade tradicional, pré-condições para a decolagem,
decolagem, maturidade e era do consumo em massa.
Sociedade Tradicional: Nesta fase, caracterizada por uma economia
agrária e uma sociedade rural, a adoção da IA pode ser limitada devido à
falta de infraestrutura tecnológica e acesso limitado à educação e
capacitação necessárias para utilizar essas tecnologias.

Pré-condições para a Decolagem: Conforme a economia avança para


este estágio, ocorre o desenvolvimento de infraestrutura básica,
educação e instituições necessárias para o crescimento econômico.
Neste ponto, os investimentos em tecnologia, incluindo IA, começam a
ganhar destaque como parte dos esforços para modernizar e aumentar a
eficiência dos setores produtivos.

Decolagem: Durante a fase de decolagem, há um aumento acentuado na


industrialização, urbanização e investimentos em infraestrutura. A
aplicação da IA pode ser mais intensa nesta fase, à medida que as
empresas buscam automatizar processos, melhorar a eficiência e
aumentar a produtividade.

Maturidade: Nesta fase, a economia atinge um nível mais alto de


desenvolvimento, com uma base industrial diversificada e uma força de
trabalho mais qualificada. A IA continua a desempenhar um papel
importante na economia, com aplicativos cada vez mais sofisticados em
diversos setores, incluindo manufatura, serviços financeiros, saúde e
transporte.

Era do Consumo em Massa: Na fase final, o crescimento econômico está


associado a um aumento do consumo e da qualidade de vida. A IA pode
ser amplamente utilizada para personalizar produtos e serviços, melhorar
a experiência do cliente e otimizar as cadeias de suprimentos,
contribuindo para um maior bem-estar econômico.

Contudo, A aplicação crescente da IA traz desafios como desigualdade


de renda, substituição de empregos por automação, questões éticas
sobre privacidade e uso de dados, e a possibilidade de ampliar
disparidades sociais. Ao considerar as proposições Rostonianas em
relação à IA, é fundamental ponderar não apenas os benefícios
econômicos, mas também as implicações sociais e éticas dessas
mudanças tecnológicas.

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