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MERCADO

FINANCEIRO

Prof. Hugo Amazonas


ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Capítulo 5

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Instrumentos Financeiros

São emitidos por instituições fnanceiras, por empresas e


pelo Governo. Cada instrumento possui características
próprias de risco, liquidez e rentabilidade.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Características dos Instrumentos Financeiros

Risco
O risco de um investimento está associado à sua
rentabilidade. A expectativa é que, quanto maior o risco
esperado, maior a rentabilidade projetada da
operação.

Existe investimento sem risco?

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Características dos Instrumentos Financeiros


Risco
Alguns instrumentos emitidos por instituições
fnanceiras têm risco próximo de zero se o valor da
aplicação obedecer a certo limite.
Por exemplo: o investidor que mantiver, em determinado
banco, o total de seus depósitos à vista, a prazo e de
poupança, limitado a R$ 250 mil, tem garantidas para as
suas aplicações, mesmo que o banco “quebre” (isto é,
entre em processo de liquidação extrajudicial).
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Fundo Garantidor de Créditos ((FGC)

Entidade privada e sem fns lucrativos – administra um


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e
investidores, que permite recuperar os depósitos ou
créditos mantidos em instituições fnanceiras, em caso de
intervenção, liquidação ou falência.

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Fundo Garantidor de Créditos ((FGC)

O valor máximo por conglomerado fnanceiro é de R$


250.000,00 por depositante ou aplicador,
independentemente do valor total e da distribuição em
diferentes formas de depósito e aplicação.

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Características dos Instrumentos Financeiros

Liquidez
A liquidez de uma aplicação fnanceira depende de seu
prazo — quanto menor o prazo, maior a liquidez
esperada. Depósitos em bancos são de curto prazo;
portanto, são considerados líquidos em razão do
prazo.

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Características dos Instrumentos Financeiros

Rentabilidade
É o grau de sucesso de determinado investimento.
A rentabilidade dos instrumentos fnanceiros é
determinada pelo mercado, com exceção dos depósitos de
poupança.

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Características dos Instrumentos Financeiros

Os instrumentos de renda fxa podem ser classifcados em:

 Prefxados

 Pós-fxados

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Características dos Instrumentos Financeiros

Prefxados
Quando os juros nominais para o investidor são
pactuados entre as partes no momento em que o
instrumento é negociado.

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Características dos Instrumentos Financeiros

Pós-fxados
Quando a remuneração ao investidor está de acordo
com a variação do indexador, por exemplo: a
remuneração está de acordo com a variação de índices de
preços, a variação da taxa Selic e da taxa de câmbio.

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Atenção:

As ações são instrumentos de renda variável.

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INSTRUMENTOS
DE CAPTAÇÃO
EMITIDOS POR
INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
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Instrumentos de Captação Emitidos por


Instituições Financeiras
 Depósitos à Vista
 Depósitos a Prazo
 Depósitos de Poupança
 Letras Financeiras
 Letra de Crédito Imobiliário
 Letra de Crédito do Agronegócio
 Certifcados de Depósito Interfnanceiro

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Depósitos à Vista

São também denominados depósitos em conta corrente.


Não são remunerados, mas são os mais líquidos e,
como já vimos, são livres de risco até um certo limite.

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Depósitos a Prazo

É a denominação ofcial dos Certifcados de Depósito


Bancário (CDBs), sendo atualmente a mais importante
fonte de captação de recursos dos bancos. Os CDBs
têm prazos mínimos que, geralmente, variam de 30 a 120
dias. São títulos nominativos, de renda fxa (rentabilidade
prefxada ou pós-fxada), emitidos por bancos na
modalidade de depósitos a prazo, sendo o prazo defnido
no momento da negociação.
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Depósitos de Poupança
Mais conhecidos como caderneta de poupança.
A sua rentabilidade mensal, a partir de 2012, é a seguinte:
 Taxa Selic menor ou igual a 8,50% ao ano a
correção será de 70% da Taxa Selic mais a variação da
Taxa Referencial (TR);
 Taxa Selic maior que 8,50% ao ano o rendimento
continuará sendo o tradicional: 0,5% ao mês mais a
variação da Taxa Referencial (TR).

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Depósitos de Poupança

Pode ser resgatado a qualquer momento, mas, caso o


resgate ocorra fora da “data de aniversário”, o
investidor perde a remuneração equivalente aos dias
decorridos após a data de aniversário (mensal) anterior.

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Depósitos de Poupança

Os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de


imposto de renda (IR) para as pessoas físicas.
Já para pessoas jurídicas, a cobrança de IR será
infuenciada pelo tipo de instituição: para as empresas
sem fns lucrativos, os rendimentos serão isentos, mas,
para as demais organizações, serão tributados.

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Letras Financeiras
São instrumentos de renda fxa que garantem mais
fexibilidade às instituições fnanceiras na captação de
recursos.
Estão livres do recolhimento do depósito
compulsório; dessa forma, apresentam rentabilidades
superiores às dos CDBs.
Desvantagens em relação aos CDBs:
 Valor mínimo para aplicação é de R$ 150 mil;
 Só podem ser resgatadas após 24 meses; portanto, são
instrumentos menos líquidos do que os CDBs;
 Não possui a garantia do FGC. 21
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LCI – Letra de Crédito Imobiliário

Recursos aplicados são direcionados para fnanciamentos


habitacionais.

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LCA – Letra de Crédito do Agronegócio

São título garantido por empréstimos concedidos ao setor


de agronegócio.
Esses títulos foram criados pelo Governo com objetivo
de ampliar os recursos disponíveis ao fnanciamento
agropecuário.

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CDI – Certifcados de Depósito Interfnanceiro

É um instrumento fnanceiro utilizado para a captação de


recursos entre instituições fnanceiras, que serve
como lastro para as operações do mercado interbancário.

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INSTRUMENTOS
DE CAPTAÇÃO
EMITIDOS POR
INSTITUIÇÕES
NÃO
FINANCEIRAS 25
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Ações

São títulos de propriedade, isto é, representam a


propriedade de uma fração da empresa emissora.
Sua valorização depende do comportamento do mercado
acionário e, portanto, são consideradas títulos de renda
variável.

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Ações

Existem duas espécies de ações:

 Ordinárias - dão direito a voto;

 Preferenciais - predileção pela distribuição de


dividendos e estão na frente dos detentores de ações
ordinárias, como credores, no caso de falência da
empresa.
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Ações

Além de poder se benefciar de um ganho de capital


representado por uma eventual valorização da cotação da
ação da empresa, pode receber:
 Dividendos
 Bonifcações
 Direito de subscrição

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Ações

Dividendos
Parcela do lucro líquido distribuído aos acionistas.

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Ações

Bonifcações
Quando a empresa aumenta seu capital, pode haver
distribuição gratuita de ações aos acionistas, em proporção
ao número de ações já possuídas.

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Ações

Direito de subscrição
Todos os acionistas, como um direito essencial, tem
preferência na subscrição das novas ações que vierem a
ser emitidas em um aumento de capital. Se não for
exercido, pode ser vendido em bolsa.

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Debêntures
São títulos de dívida emitidos por sociedades de capital
aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de
médio e longo prazos. Rendem juros fxos ou variáveis e
podem possuir cláusulas de correção monetária.
A descrição dos detalhes do título, como a possibilidade de
conversão em ações, participação nos lucros, tipos de
garantias oferecidas e defnição onde serão investidos os
recursos captados constam na escritura de emissão.

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Mercado Primário

É quando o título é lançado pela primeira vez no mercado,


ou seja, quando é feita a emissão primária do título, e,
nesse momento, ocorre aporte de recursos para a empresa
emissora.

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Mercado Secundário

Negociação de títulos após a emissão primária. Nesse


caso, os títulos trocam de mãos, sem que a empresa
receba qualquer recurso. A existência de um mercado
secundário é de fundamental importância para estimular a
emissão primária ao conferir liquidez para os títulos.

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Notas Promissórias

Também conhecidas como commercial papers, são


títulos cujo prazo de vencimento varia de 30 a 180 dias.
Seu rendimento é, na maioria dos casos, prefxado, e, ao
contrário do que ocorre com as debêntures, as empresas
emissoras não oferecem garantias reais.

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Fundos de Investimento

É um conjunto de recursos monetários formado por


depósitos de grande número de investidores que se
destinam à aplicação coletiva em carteira de títulos e
valores mobiliários.
Reúnem, em fundo comum, os recursos monetários de
muitos investidores, vendendo-lhes cotas de participação e
podendo obter condições mais favoráveis de negociação.

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Fundos de Investimento
 São regidos por um regulamento a partir do qual são
estabelecidas todas as regras de seu funcionamento e
demais informações relevantes;
 Decisões tomadas em assembleia geral de cotistas;
 A gestão é exercida por um administrador eleito por seu
cotistas;
 Taxa de administração para remunerar os serviços
prestados de administração do fundo e de gestão da
carteira.
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Fundos de Investimento
 A taxa de performance é cobrada com base no
desempenho apresentado;
 Todo participante detém determinada quantidade de
cotas que é determinada pela relação entre o capital
aplicado e o valor do patrimônio do fundo;
 O valor da carteira varia diariamente devido às entradas
e saídas de cotistas e comportamento dos valores de
seus ativos no mercado fnanceiro.

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Fundos de Investimento

Os fundos de previdência se diferenciam dos demais


fundos por não ocorrer a cobrança do imposto de
renda (IR) na fonte, que acontece duas vezes ao ano,
ao fnal de maio e de novembro. Nos fundos de
Previdência Privada, a tributação ocorre somente no
resgate, alíquota de IR menor sobre os lucros na hora
do resgate além da possibilidade de dedução na
declaração de IR.
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Fundos de Investimento
As classifcações dos Fundos de Investimento são defnidas
a partir do principal fator de risco associado à carteira do
fundo. São elas:
 Curto prazo.
 Referenciados.
 Renda fxa.
 Ações.
 Cambiais.
 Dívida externa.
 Multimercado.
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Fundos de Investimento

Curto prazo
Aplicam seus recursos exclusivamente em títulos
públicos federais ou privados prefxados ou indexados à
CDI/SELIC ou a outros índices. Esses títulos podem ser
indexados a taxas de juros ou infação, com prazo máximo
a decorrer de 375 dias e prazo médio da carteira do fundo
inferior a 60 dias.

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Fundos de Investimento

Referenciados
Investem, no mínimo, 95% de sua carteira em títulos ou
operações que buscam acompanhar a variação do
indicador de desempenho escolhido (benchmarking).
Podem ser indexados a índices de juros (como o CDI),
infação (como IGPM, IPCA), moedas estrangeiras e outros.

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Benchmarking

É um processo de comparação de produtos, serviços e


práticas empresariais, e é um importante instrumento de
gestão.

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Fundos de Investimento

Renda fxa
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos
relacionados à variação da taxa de juros ou a um
índice de infação.

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Fundos de Investimento

Ações
Devem manter, no mínimo, 67% da carteira investidos em
ações negociadas em bolsa de valores ou em mercado
de balcão organizado.

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Fundos de Investimento

Cambiais
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos
relacionados à variação de preços de moeda
estrangeira ou à variação do cupom cambial. O montante
não aplicado em ativos relacionados a moedas
estrangeiras deve ser aplicado somente em títulos e
operações de renda fxa.

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Fundos de Investimento

Dívida externa
Aplicam, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade
da União, sendo permitida a aplicação do restante em
outros títulos de créditos transacionados no mercado
internacional.

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Fundos de Investimento

Multimercados
Fundos multimercados podem ter características como
performance, risco e liquidez muito diferentes uns dos
outros, dependendo da estratégia de cada fundo.
As políticas de investimento dos fundos multimercados
envolvem várias modalidades de investimento.

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Saiba Mais.

Os fundos de investimento têm crescido em muitos países,


em detrimento da base tradicional de depósitos dos
bancos, apesar de não haver qualquer tipo de seguro
para os cotistas em caso de quebra de um fundo mútuo.

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Títulos do Tesouro Direto

O Governo fnancia seu défcit por meio da venda de


títulos, conhecidos genericamente como títulos públicos.
Esses títulos compõem a dívida pública mobiliária ou,
simplesmente, dívida pública.

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Títulos do Tesouro Direto

Os principais títulos são os seguintes:


 Letra Financeira do Tesouro (LTF): Tesouro Selic
 Letra do Tesouro Nacional (LTN): Tesouro Pré-Fixado
 Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F): Tesouro
Prefxado com juros semestrais (NTN-F)
 Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B): Tesouro
IPCA com Juros Semestrais

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Títulos do Tesouro Direto

Letra Financeira do Tesouro (LTF): Tesouro Selic


Tem rentabilidade diária vinculada à taxa SELIC. O resgate
do principal e dos juros ocorre em seu vencimento.

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Títulos do Tesouro Direto

Letra do Tesouro Nacional (LTN): Tesouro Pré-Fixado


Título prefxado, adquirido com deságio, ou seja, sua
rentabilidade nominal é defnida no momento em que é
adquirido. Seu preço varia na direção inversa à da
variação da taxa SELIC.

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Títulos do Tesouro Direto


Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F): Tesouro
Prefxado com juros semestrais (NTN-F)
Títulos com rentabilidade prefxada, acrescida de juros
defnidos no momento da compra.
Paga juros semestralmente (cupom de juros semestral) e o
resgate do valor nominal atualizado ocorre em sua data de
vencimento.

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Títulos do Tesouro Direto

Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B): Tesouro


IPCA com Juros Semestrais
Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA mais
os juros defnidos no momento da compra. Paga juros
semestralmente e o resgate do valor nominal atualizado
ocorre em sua data de vencimento.

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Derivativos
São instrumentos fnanceiros que se originam (dependem)
do valor de outro ativo, considerado ativo de referência.
Um contrato derivativo depende de um fator de risco,
como:
 Preço de uma mercadoria, de um instrumento fnanceiro
ou de uma moeda.
 Índices de preços ou de Bolsa.
 Taxas referenciadas.

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Derivativos

Há dois tipos de derivativos:


 Financeiro – taxas de juros, moedas, ações e índices;

 Não fnanceiro – petróleo, café, ouro, boi gordo, soja,


açúcar, milho e outros ativos agropecuários, além de
derivativos de energia e clima, como crédito de carbono,
gás, energia elétrica etc.

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Derivativos

Em vez de os próprios ativos serem negociados no


mercado, os investidores apostam em seus preços
futuros e, por meio de contratos, assumem compromissos
de pagamentos e entregas físicas futuras.

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Derivativos
A liquidação de um contrato pode ser física ou fnanceira.
A liquidação física envolve a entrega física do ativo
objeto na data de vencimento do contrato.
A liquidação fnanceira é realizada, normalmente,
por diferença. Na data de vencimento do contrato, é
desembolsada a diferença entre os valores de compra e de
venda, sem a necessidade da entrega física dos
ativos objetos da negociação.

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Derivativos

Os derivativos mais usados, conhecidos como derivativos


de primeira geração, são:
 Futuros
 Opções
 Swaps
Tais contratos podem ser utilizados como mecanismos de
hedge (proteção) ou para especulação.

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Hedge

Operação de hedge consiste em assumir uma posição


comprada ou vendida em um derivativo ou investimento,
visando minimizar ou eliminar o risco de outros ativos. Ou
seja, funciona como uma proteção contra oscilações
inesperadas dos instrumentos fnanceiros.

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Derivativos

Futuros
Representam um acordo entre vendedor e comprador que
irão entregar e receber um ativo (mercadoria, moeda, ativo
fnanceiro, índice, taxa referenciada) por um preço
previamente estabelecido para liquidação em uma data
futura. Como são padronizados, é possível a reversão da
posição ao longo do contrato.

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Derivativos

Futuros
Quando compra um contrato futuro, o investidor acredita
na elevação futura do preço do ativo.
Se vende um contrato futuro, espera ganhar com a
queda do preço do ativo.

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Derivativos
Opções
É um instrumento fnanceiro que garante ao investidor o
direito futuro de compra ou venda de um ativo por um
preço predeterminado.
Existem duas modalidades de contrato de opção:
 Opção de compra (Call)
 Opção de venda (Put)

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Derivativos

Opção de compra (Call)


O titular tem o direito de compra de um ativo válido
para ser exercido por determinado período de tempo ou
em uma data futura específca, e por preço previamente
estabelecido.
A opção é exercida quando o preço de mercado do ativo é
superior ao preço de exercício da opção, somado aos
custos do exercício.
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Derivativos

Opção de venda (Put)


O titular tem o direito de venda de um ativo válido
para ser exercido por determinado período de tempo ou
em uma data futura específca, e por preço previamente
estabelecido.
A opção é exercida quando o preço de mercado do ativo é
inferior ao preço de exercício da opção, deduzidos os
custos do exercício.
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Derivativos

Opções
Os contratos de opções diferem dos contratos futuros, pois
garantem ao investidor o direito futuro de comprar ou
vender um ativo, mas não uma obrigação; a seu
vendedor, garantem uma obrigação futura, caso solicitado
pelo comprador da opção.

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Derivativos

Opções
O contrato tem custo para o investidor — o comprador
do contrato remunera o vendedor com um prêmio,
conhecido como preço da opção.
O contrato de opções pode ser negociado em bolsa de
valores.

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Derivativos
Swap
É um contrato que prevê a troca (swap) de fuxos de caixa
derivados de dois instrumentos fnanceiros diferentes. Por
exemplo, quem tem uma dívida em dólar e receitas em
reais pode querer trocar esse “risco dólar” pelo “risco taxa
de juros” com quem tem receitas em dólar e dívida
corrigida pela taxa de juros.
A operação de swap pode ser feita diretamente entre as
partes ou por meio de uma instituição fnanceira.
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Criptomoedas
As chamadas “moedas virtuais” ou “moedas
criptográfcas” – são moedas digitais porque,
diferentemente do real, do dólar e de outras moedas que
podem ser tocadas, elas só existem na internet. As
suas três principais funções são servir como: meio de
troca, facilitando as transações comerciais; reserva de
valor, para a preservação do poder de compra no futuro;
unidade de conta, quando os produtos são precifcados e o
cálculo econômico é realizado em função dela.
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Importante:

Não são emitidas, garantidas ou reguladas pelo


Banco Central, de forma que não se confundem com o
padrão monetário do Real. Possuem forma, denominação e
valor próprios. O cidadão que decidir utilizar os serviços
prestados por essas empresas deve estar ciente dos
riscos de eventuais fraudes ou outras condutas de negócio
inadequadas, que podem resultar em perdas patrimoniais.

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Previdência Privada Complementar

É uma alternativa de aposentadoria complementar à


Previdência Social. A principal característica da Previdência
Privada é que sua adesão é opcional e tem como
objetivo básico a manutenção do padrão de vida de
uma pessoa quando decide parar de trabalhar.

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Previdência Privada Complementar


O modelo mais conhecido de plano é aquele em que a
pessoa contribui com parcelas mensais durante um
período de anos, para que, ao fnal desse período,
possa contar com o benefício desejado.
Os benefícios podem ser contratados para serem pagos
por toda a vida do participante, por um período limitado de
tempo ou de uma só vez.

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Previdência Privada Complementar

Funciona como um fundo de investimento comum,


aplicando os recursos recebidos no Mercado Financeiro e
creditando todos os rendimentos auferidos para os
investidores.
As principais modalidades são:
 Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)
 Plano de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL)

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Previdência Privada Complementar

Diferença do PGBL x VGBL é apenas o tratamento


tributário.

PGBL – os depósitos são dedutíveis na declaração de


imposto de renda anual da pessoa física. No momento
do saque o imposto de renda incide sobre o total sacado,
conforme tabela progressiva;

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Previdência Privada Complementar


Diferença do PGBL x VGBL é apenas o tratamento
tributário.

VGBL - os depósitos efetuados NÃO são admitidos como


dedutíveis na declaração do imposto de renda da
pessoa física. No momento do saque o imposto de renda
incide somente sobre o rendimento, conforme tabela
progressiva.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Fundos de pensão

Os fundos de pensão têm como objetivo fundamental


acumular fundos a partir de um sistema de capitalização,
que garantam o pagamento de aposentadoria e outros
benefícios para seus associados.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Fundos de pensão
São organizados sob a forma de fundação ou sociedade
civil, sem fns lucrativos, e são acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa
ou grupo de empresas, ou aos servidores da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, ou aos
associados, membros de pessoas jurídicas de caráter
profssional, classista ou setorial.
No Brasil, assim como em muitos outros países, os
maiores fundos de pensão estão vinculados às
entidades públicas.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Ano 12 meses
Renda Fixa
CDI 7,70 9,43
CDB 6,60 8,83
Poupança 5,04 6,96
Renda Variável
Ibovespa 5,35 -15,30
Dólar -8,29 -0,68
Ouro -15,48 -4,61
Infação
IPCA 4,44 10,07
IGP-M 7,63 10,08

Fonte: https://valor.globo.com/valor-data/aplicacoes/ em 31/08/2022

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

ADMINISTRAÇÃO
DE RISCO
Capítulo 6

80
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Administração de Risco

O mundo dos negócios é caracterizado pela


incerteza.
A demanda vai crescer ou vai diminuir?
O preço das ações vão subir ou cair?
Quanto mais longo o período que se utiliza para as
estimativas menores são suas chances de acerto e
maior é a incerteza.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Administração de Risco

O risco difere da incerteza porque pode,


dentro de certos limites, ser mensurado.
Entretanto, medir com precisão o grau de
risco é uma tarefa quase impossível.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Administração de Risco

Então, pode-se entender risco como uma situação


em que, partindo-se de determinado conjunto de
ações, vários resultados são possíveis, e as
probabilidades de cada um acontecer são conhecidas.
Incerteza caracteriza, em contrapartida, uma
situação em que tais probabilidades são
desconhecidas.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Administração de Risco

Uma noção fundamental em fnanças é que: quanto


maior o risco de uma transação, maior terá que
ser a taxa de retorno esperada. Ou seja, a
rentabilidade esperada do investimento está
positivamente relacionada ao nível de risco do
investimento.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Administração de Risco
Dois ativos fnanceiros que tenham o mesmo prazo
de maturação e rendam a mesma taxa de
retorno — um deles é considerado mais
arriscado do que o outro. Obviamente, o ativo de
menor risco sempre será escolhido. Por outro
lado, para que o ativo de maior risco seja
preferido, é necessário que ofereça rentabilidade
superior à do ativo de menor risco.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Riscos que Correm as Instituições Financeiras

As instituições fnanceiras correm os seguintes


riscos:
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;
 Risco de Mercado;
 Risco Operacional;
 Risco de Insolvência;
 Risco Legal.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Riscos que Correm as Instituições Financeiras

Risco de Crédito
É a possibilidade de que a contraparte de um
empréstimo (tomador) ou operação fnanceira
não queira ou não possa cumprir suas
obrigações contratuais, gerando, assim,
perdas para a instituição fnanceira.

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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Riscos que Correm as Instituições Financeiras


Risco de Liquidez
Possibilidade de descasamento entre os fuxos
fnanceiros de ativos e passivos e seus refexos na
capacidade fnanceira da instituição de honrar suas
obrigações.
Exemplo: em um banco quando há fuga de
depósitos, de forma descontrolada, refexo de
desconfança, fundada ou infundada, quebrando a
solidez de um banco.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Riscos que Correm as Instituições Financeiras

Risco de Mercado
Possibilidade de perdas decorrentes de
mudança nos preços dos ativos retidos pelas
instituições fnanceiras.
Exemplo: mudança nos preços dos ativos, em
especial nas operações nos mercados de futuros
e opções, em virtude de modifcações na taxa de
juros, na taxa de câmbio.
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

Riscos que Correm as Instituições Financeiras

Risco Operacional
Perda originada por falhas na estrutura
organizacional da instituição fnanceira.
Exemplo: falhas humanas, gerenciais, de controle
ou dos sistemas operacionais, perda dos valores
éticos e corporativos.

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Riscos que Correm as Instituições Financeiras

Risco de Insolvência
Uma instituição fnanceira se torna insolvente
quando seu patrimônio líquido estiver
abaixo do mínimo exigido pelas
autoridades supervisoras.
Exemplo: perdas em negociação com títulos,
aplicações em derivativos, inadimplência e
variações na taxa de câmbio.
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Riscos que Correm as Instituições Financeiras

Risco Legal
Possibilidade de que contratos não sejam
executados porque as leis ou regulações não
dão suporte às regras estabelecidas.
Exemplo: difculdade enfrentada em reaver
ativos oferecidos como garantia no caso de
falência do tomador de um empréstimo.

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Commodities

São produtos que funcionam como matéria prima,


são produzidos em escala e podem ser estocados
sem perda de qualidade, como petróleo, suco de
laranja congelado, boi gordo, café, soja e ouro.
Commodity vem do inglês e originalmente signifca
“mercadoria”.

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PERFIL DE
RISCO DOS
INVESTIDORES
INDIVIDUAIS

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais


Os investidores podem ser classifcados de acordo com
sua propensão ou tolerância ao risco.
Com base nisso, foram traçados cinco perfs diferentes:
 Conservador;
 Moderado;
 Balanceado;
 Arrojado;
 Agressivo.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl conservador
Prioriza a segurança e a liquidez nos investimentos
em lugar de buscar alta rentabilidade. Esse tipo de
cliente prefere investimentos com retornos
previsíveis, normalmente buscando investimentos de
renda fxa. Em alguns casos, pode ser incluída uma
parcela muito pequena de renda variável, normalmente
representada por ações ou câmbio.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl moderado
Gosta da segurança de investimentos de renda fxa,
mas quer ou pode dar uma “apimentada” na
carteira de investimentos. Geralmente, esse investidor
quer ter um retorno sem correr riscos expressivos.
Por isso, participa, em parte, também em fundos
multimercado ou de ações.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl balanceado
Tem condições e apetite para buscar ganhos
mais expressivos, mas ainda tem algumas
limitações para correr grandes riscos. A
diversifcação é um pouco maior e a exposição à
renda fxa é menor.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl arrojado
Caracteriza quem não tem problema em correr
riscos no curto e médio prazo e tem conhecimento
de que o retorno normalmente está ligado ao risco
assumido. Seus objetivos são de longo prazo,
portanto, sua carteira pode estar sujeita à volatilidade
durante o período de acumulação.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl arrojado
Apesar do apetite ao risco, esse tipo de
investidor tem total consciência e corre
apenas riscos calculados que estejam de
acordo com seu planejamento de longo prazo.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Perfl agressivo
Busca obter o máximo de retorno possível, não
levando em conta os riscos assumidos. Normalmente,
esse investidor toma decisões por conta própria,
muitas vezes levado pela emoção, e não segue regras
ou parâmetros para investir.

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Volatilidade

É aquilo que muda de preço em pequenos


intervalos de tempo.

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Perfl de Risco dos Investidores Individuais

Os riscos que correm as instituições fnanceiras são


semelhantes às utilizadas para o investidor individual.
Mas as instituições fnanceiras administram elevada
soma de recursos, podem diversifcar mais amplamente
suas carteiras de aplicações.
A maneira mais efciente de reduzir riscos de
aplicações fnanceiras é diversifcar a carteira.

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MUITO
OBRIGADO
!
ENCERRAMENTO

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