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REALIZAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
RODRIGO MAIA JORGE – 2019
JORGE CARLOS MOURIS LOPES – 2018
LEILA MARIA GAMBA POMBO DE ABREU – 2017
Formato: E-Book.
ISBN: 978-85-7052-686-1.
FALANDO DE ÉTICA 8
Responsabilidade Social 10
FALANDO DE ESTRATÉGIA 11
FIXANDO CONCEITOS 1 13
4. MARKETING DE SEGUROS 31
VOCÊ CONHECE O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE MARKETING? 32
FIXANDO CONCEITOS 4 49
FIXANDO CONCEITOS 5 59
A PREPARAÇÃO DA VENDA 67
Fontes de Prospecção 68
O DESENVOLVIMENTO DA VENDA – O “ATO DA VENDA” 74
Pré-abordagem 74
Abordagem
76
Levantamento de Necessidades 79
Apresentação do Seguro 86
Contorno de Objeções 90
Fechamento
93
PÓS-VENDA 98
Cuidados Importantes 99
Criando um Relacionamento 99
FIXANDO CONCEITOS 6 100
GABARITO 103
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Entender o conceito de ■■ Compreender a
ética nos negócios importância da estratégia INTRODUÇÃO
no desempenho comercial
■■ Entender o conceito de
responsabilidade social ■■ Segmentar as fases da FALANDO DE ÉTICA
Estratégia Comercial
■■ Entender Estratégia e FALANDO DE ESTRATÉGIA
Planejamento Estratégico
INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos qualquer assunto referente ao profissional de seguros
e aos produtos e formas de comercialização destes, precisamos introduzir
alguns conceitos de suma importância para qualquer profissão: Ética e
Estratégia.
FALANDO DE ÉTICA
O primeiro conceito é o da Ética nos Negócios – Vale lembrar que qual-
quer comunidade é composta por indivíduos, e essa mesma ideia vale para
outros grupos sociais, entre os quais as empresas.
Uma empresa com alto padrão ético dispõe de normativos claros e espe-
cíficos, que permitem identificar um conjunto de valores a serem seguidos
por todos os empregados e impedem ações impróprias.
Ainda nos deparamos com diversas notícias que ilustram práticas de mer-
cado dissociadas da Ética.
—— Responsabilidade Social
O objetivo da Ética é promover o bem comum por meio da reflexão a res-
peito dos valores que norteiam as escolhas de condutas consideradas cor-
retas. Identificados, estes valores passarão a compor a base de condutas
exigidas do indivíduo ou da organização em determinadas relações, no
sentido de norteá-las, com a finalidade de não prejudicar ninguém, não
deixar que ninguém o(a) prejudique e não se prejudicar.
Dimensão da responsabilidade
A prevenção, pela empresa, dos possíveis resultados de suas
ações, pois toda organização acaba afetando pessoas ou gru-
pos sociais. Essa dimensão encontra amparo na relação existente
entre as esferas econômica/social/ambiental da sustentabilidade
do mundo em que vivemos;
Dimensão da convicção
A adoção, pela empresa, de valores de humanidade que, de algu-
ma forma, possam limitar a busca dos seus resultados. É natural
que uma empresa se preocupe com os seus resultados, mas deve
saber o que não deve ser feito para realizá-los. Trata-se do esta-
belecimento de limites à ambição imoderada da empresa ou da
organização da sociedade civil; e
Dimensão da virtude
A disposição firme, consciente e constante para a prática do bem:
a decisão de fazer a coisa certa em cada processo decisório.
FALANDO DE ESTRATÉGIA
Para falarmos sobre estratégia de comercialização de seguros, é importante
Estratégia compreendermos o que significa o termo estratégia.
sf (gr strategia)
1. Arte de conceber operações de Esse termo está muito relacionado a operações de guerra, porém, com o pas-
guerra em planos de conjunto. sar do tempo, passou a ser utilizado nas teorias de administração, uma vez que
2. Ardil, manha, estratagema.
os profissionais desse setor devem atuar como verdadeiros estrategistas.
3. Arte de dirigir coisas
complexas. Var: estratégica. Em uma empresa, a estratégia é aplicada a várias áreas, como: estratégia
(Michaelis – Moderno Dicionário
financeira, estratégia de marketing, estratégia de recursos humanos, estra-
da Língua Portuguesa).
tégia comercial. Todas elas estão interligadas e alinhadas diretamente aos
objetivos da empresa.
FIXANDO CONCEITOS 1
(a) Disciplina.
(b) Foco.
(c) Planejamento
(d) Estratégia.
(e) Operacionalização.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Conhecer os fatores que ■■ Entender a importância
influenciaram a evolução da análise do cenário na CENÁRIOS
do Mercado Segurador definição da estratégia
Brasileiro comercial a ser adotada FIXANDO CONCEITOS 2
CENÁRIOS
Quando exercemos alguma atividade profissional que esteja diretamente
ligada a processos decisórios e de planejamento, devemos formular per-
guntas para que possamos estabelecer estratégias que resultem numa
competitividade maior para o nosso negócio.
Choques
de preços
Problemas políticos
graves
Nos dias de hoje, por exemplo, não podemos pensar isoladamente, como
se houvesse barreiras continentais para o nosso negócio. Há muito tempo,
com o advento de tecnologias, todos os setores estão interligados, não exis-
tindo mais esses limites. Quando imaginamos e criamos possíveis cenários,
aumentamos nossas chances de adaptação diante de mudanças repentinas
possibilitando, dessa maneira, maior sucesso aos nossos negócios.
Importante
Analisar regularmente o mercado segurador é fator primordial para garantir o sucesso do
seu negócio. Por isso, acompanhe a evolução, consulte e analise os dados fornecidos
pelas empresas que controlam e incentivam esse mercado.
Visite os sites:
www.ipea.gov.br www.fenseg.org.br
www.susep.gov.br www.sincor.org.br
www.ens.edu.br www.fenacor.org.br
www.ans.gov.br www.swissre.com
www.tudosobreseguros.org.br
FIXANDO CONCEITOS 2
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Reconhecer os três ■■ Verificar os fatores que
requisitos imprescindíveis possam influenciar na A IMPORTÂNCIA DO MIX
para traçar a Estratégia percepção e na expectativa
Comercial de clientes, possibilitando a FIXANDO CONCEITOS 3
identificação do público-
■■ Identificar os produtos que
alvo
serão fundamentais para sua
atuação ■■ Unir os três conceitos
aprendidos, aplicando-os
■■ Analisar e perceber
de forma pragmática na
mecanismos e melhores
Estratégia Comercial
práticas para escolha de
parceiros
■■ Entender o Canal
Affinity no Brasil
A IMPORTÂNCIA DO MIX
O mix produtos, parceiros e público-alvo é importantíssimo para a defini-
ção da estratégia de comercialização. Os três itens estão interligados, e
a definição de um deles irá influenciar automaticamente na definição dos
demais. O ideal é que o corretor defina primeiramente aquilo que for de
sua preferência e tome muito cuidado para não entrar em conflito, como,
definir que seu objetivo será trabalhar com Planos de Previdência Com-
plementar e Seguros de Vida que permitam a contratação de valores ele-
vados de capital segurado, definindo, em seguida, que a sua carteira de
clientes será formada por um público-alvo que não possua poder aquisitivo
e necessidade de adquirir esse tipo de produto. Não precisa ser nenhum
especialista em seguros para saber que essa combinação não dará certo.
Essas definições, portanto, deverão fazer parte da sua estratégia, a fim de que
seja possível alcançar a qualidade. O corretor pode, por exemplo, definir que
não vai operar com todos os produtos de Seguro de Vida disponíveis no mer-
cado. Escolhe três variedades de duas ou mais seguradoras diferentes que
sejam capazes de atender a ele e ao público-alvo com o qual deseja traba-
lhar. Dessa forma, será muito mais fácil conhecer as especialidades daquilo
que comercializa, o que, certamente, aumentará a qualidade dos serviços.
—— Produtos
Hoje em dia, o mercado segurador brasileiro oferece grande variedade
de produtos que são capazes de se adequar às mais diversas caracterís-
ticas. Escolher os produtos certos poderá fazer, portanto, a diferença para
o crescimento dos negócios de um corretor de seguros. Para escolher, só
existe um método: conhecer. O corretor deve visitar as seguradoras que
ofereçam o tipo de produto que ele deseja comercializar e estudá-los, seja
por meio de cursos oferecidos pelas seguradoras ou do material dos pro-
dutos, como folhetos, propostas e condições gerais.
Seguradora
Produto
Público-Alvo
Taxa de Carregamento
Fundos Disponíveis
Taxa de Administração
Tábua Atuarial
Comissionamento
Coberturas Opcionais
Comissionamento das
Coberturas Opcionais
Esse quadro facilitará a tarefa do corretor na hora de escolher com qual pro-
duto deverá trabalhar. Ele poderá chegar à conclusão de que o melhor comis-
sionamento é pago por um produto que não atende ao público-alvo que irá
priorizar e, com base nisso, poderá decidir se mudará de público ou se irá
optar por trabalhar com outro produto ou mesmo com outra seguradora.
—— Parceiros
Na hora de escolher com qual seguradora irá trabalhar, o corretor deve
considerar, além dos produtos por ela oferecidos, os seguintes predi-
cados: a estrutura, fundamento decisivo para a qualidade dos servi-
ços prestados; a imagem da marca e suas ações de marketing; e as
ferramentas que são disponibilizadas tanto para a gestão do negó-
cio quanto para a venda do produto. Existem seguradoras que ofe-
recem alguns benefícios extras aos corretores, mas nem sempre dis-
ponibilizam os melhores produtos. Encontrar o equilíbrio, então, será
fundamental para estabelecer a melhor estratégia de comercialização.
É claro que você deve estar preparado para esses movimentos e as con-
sequências que eles podem gerar, mas sempre avalie a fonte da informa-
ção recebida, pois um simples boato pode fazer você perder uma grande
oportunidade.
Isso pode acontecer de duas formas: quando uma empresa resolve esti-
pular seguros para seus funcionários, muitas vezes utilizando uma associa-
ção de funcionários, um grêmio de funcionários ou até a própria empresa,
negociando condições especiais, sobretudo de descontos nos prêmios
com as seguradoras e com o corretor de seguros que a atende. Nessa
condição, muitas vezes, os benefícios e vantagens são também estendidos
aos parentes dos funcionários, por exemplo, condições especiais para con-
tratação de seguros de automóveis, residenciais, de viagem e vários outros.
Como regra geral, os produtos vendidos por meio de venda direta são aque-
les em que não há obrigatoriedade por parte da legislação de inclusão de
uma cobertura básica, junto com as coberturas adicionais oferecidas. Exis-
tem algumas exceções, como o seguro educacional e o seguro turístico.
Outro seguro que pode ser mais explorado no Canal Affinity é o seguro
educacional. Ele também precisa oferecer cobertura básica: morte ou
acidente pessoal.
—— Público-alvo
Com que tipo de classe econômica você tem mais facilidade de rela-
cionamento? Em que área geográfica você pretende atuar? Você quer
ganhar pelo volume (quantidade de clientes) ou ter um tíquete médio
alto (valor médio de prêmio/contribuição por cliente)? Estas são pergun-
tas que o corretor deve fazer no momento da definição do p úblico-alvo
com o qual pretende trabalhar.
FIXANDO CONCEITOS 3
(a) Alguém que cede seu balcão de negócios para que uma corretora
de seguros possa comercializar produtos de seguros destinados a
grupo de empresas.
(b) Alguém que cede seu balcão de negócios para que uma corretora
de seguros possa comercializar produtos de seguros destinados a
pessoas físicas.
(c) Uma empresa que resolve estipular seguros para seus executivos,
em que o faturamento é feito diretamente na área de compras da
empresa.
(d) Produto proibido de ser comercializado por associações de funcio-
nários, um grêmio de funcionários.
(e) Benefícios que só podem ser estendidos aos funcionários das
empresas contratantes.
(a) V, F, V, V.
(b) V, V, V, V.
(c) F, V, V, V.
(d) F, F, F, F.
(e) V, F, F, F.
TÓPICOS
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
VOCÊ CONHECE O VERDADEIRO
SIGNIFICADO DE
MARKETING?
■■ Conceituar marketing ■■ Conhecer os atributos
indispensáveis para o AS DIFERENÇAS ENTRE O
■■ Identificar as finalidades
profissional de venndas MARKETING DE SERVIÇOS E
do marketing
O MARKETING DE PRODUTOS
■■ Distinguir marketing de
serviços de marketing de COMO O MARKETING PODE
produtos AJUDAR
O CORRETOR DE SEGUROS?
ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS AO
PROFISSIONAL DE VENDAS
A RECLAMAÇÃO COMO
FERRAMENTA
DE ALINHAMENTO
ESTRATÉGICO
FIXANDO CONCEITOS 4
Da mesma forma que é uma ciência que pode ser estudada e mensurada, o
marketing também é uma arte que, muitas vezes, por meio do s ubjetivismo
■■ A conquista de clientes;
■■ A manutenção de clientes; e
■■ A continuidade das vendas para esses clientes, ou seja, a expiração
da carteira por meio da venda de novos produtos, cross-selling, ou a
melhoria dos produtos já adquiridos pelo cliente, up-selling.
A empresa que adota os conceitos de marketing e se estrutura em função
dele, portanto, reconhece que seu êxito depende da sua capacidade de:
AS DIFERENÇAS ENTRE O
MARKETING DE SERVIÇOS E
O MARKETING DE PRODUTOS
Ainda que as filosofias e as técnicas de marketing sejam absolutamente as
mesmas em qualquer setor, a prática do marketing de serviços apresenta
algumas peculiaridades que geram estratégias específicas.
CARACTERÍSTICAS DIFICULDADES
1 Intangibilidade
dos serviços
Em serviços, vendemos
promessas
3 Produção
artesanal
Oscilação da qualidade
e dificuldade de controle
Estratégia de tangibilidade
Essa estratégia visa criar aspectos tangíveis para os serviços. É
muito importante dedicar-se à programação visual, à papelaria, ao
layout do local onde se presta o serviço, à forma de vestir-se, à
qualidade do material de apoio à venda. Esses detalhes, dentre
outros, devem refletir o posicionamento que se pretende oferecer
aos serviços, sempre com a reiteração de que a promessa expres-
sa nesses aspectos tangíveis deve ser absolutamente compatível
com a qualidade do serviço que se almeja prestar;
Estratégia de relacionamento
Essa estratégia diz respeito ao elemento humano, cuja expecta-
tiva estrita encontra-se no marketing de serviços. A pessoa que
Estratégia de industrialização
Essa estratégia procura superar a dificuldade criada pela oscilação
de qualidade e pela complexidade inerente ao controle. À medida
que se consegue estabelecer protocolos na prestação de determi-
nado serviço, porém, percebe-se, proporcionalmente, o aumento
considerável nos quesitos qualidade e controle. Quanto mais se
consegue eliminar o aspecto artesanal na prestação de serviço,
investi-se na melhoria e, em consequência, alcança-se a simplifica-
ção no controle do padrão de qualidade.
A prestação de serviços é validada, nesse caso, pela qualidade com que é pres-
tada. É essa qualidade que diferencia determinado serviço e gera confiança,
que é a chave do sucesso do corretor de seguros. Quando adquirimos algo
MARKETING PESSOAL:
COMO FAZÊ-LO
CORRETAMENTE?
1. Sua imagem é seu cartão de visitas
A força da imagem é de grande relevância para complementar o
processo de ressignificação que o plano de desenvolvimento de
carreira propõe. Sinais externos comunicam de forma significativa,
e a construção da aparência tornou- se fator determinante para
alcançar a legitimação social. A imagem pessoal consiste, portan-
to, na integração dos seguintes elementos:
2. Liderança
Essa capacidade está entre as mais admiradas; afinal, a liderança
está cada vez mais atrelada a inspirar pessoas. E quem é capaz de
cativar e influenciar pessoas constitui-se em referência para elas.
3. Seja proativo
Mostre que você é uma pessoa que está à frente das situações nega-
tivas que podem vir a ocorrer. Tente ser proativo e pensar, na maior
parte do tempo, em soluções e formas de melhorar os processos.
4. Seja visto
Participe de eventos relacionados à sua área de atuação, interaja
com pessoas com os mesmos interesses que você, publique suas
conquistas e promova a sua visibilidade.
5. Tenha um objetivo
Assim como toda boa estratégia de marketing, de nada adianta
você trabalhar o seu marketing pessoal se, antes, não estabele-
cer um objetivo claro sobre aonde almeja chegar.
ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS AO
PROFISSIONAL DE VENDAS
Ao tratarmos de marketing pessoal, também devemos levar em considera-
ção as características comportamentais do profissional, pois essas particu-
laridades podem fazer muito bem ou muito mal à sua imagem com os seus
clientes. Na sua opinião, quais são as características que devem fazer parte
do perfil de um profissional de vendas de sucesso?
!
Desafio
Dê a sua opinião sobre o perfil do profissional
de vendas de sucesso
Persuasão
Persuadir é convencer o outro com a utilização da tática de jogar com os
impulsos que levam à compra, despertando no cliente a consciência de
suas necessidades sem, no entanto, forçá-lo a comprar.
Objetividade
Em uma relação comercial, devemos ser objetivos para não dar margem a
distorções ou falsas interpretações de nossas intenções. A meta prioritária
é traçar um perfil honesto de nossa atividade e criar nosso código de ética.
Automotivação
Os profissionais de vendas não podem contar apenas com motivações
externas para realizar suas tarefas. Precisam de motivações próprias (inter-
nas) que garantirão sua persistência e energia para conduzir seus negócios.
Sensibilidade
O mais importante no segmento de vendas é saber acompanhar o raciocí-
nio do cliente: utilize, pois, a sensibilidade para perceber e compreender
as necessidades dele, agindo como conselheiro, e perceberá a diferença.
Entusiasmo
É a chave do sucesso. O entusiasmo gera segurança e evita maus hábitos,
como desânimo, descumprimento de horários e negligências.
É com entusiasmo que você atinge seus objetivos. Quanto mais conta-
Dicas giante você for, mais naturalmente seu cliente sentir-se-à identificado com
■■ Organize seu cronograma; você. Procure aliar seu entusiasmo à necessidade de compra.
■■ Parta para o trabalho; Você terá mais chances se agir com entusiasmo. Esse estado de ânimo tra-
■■ Dê início às entrevistas; e duz o volume de sua força de vontade e a energia que você utiliza para a
■■ Desenvolva os predicados concretização das suas ideias. Com entusiasmo, acredite, haverá realizações.
de um profissional eficiente.
Iniciativa
Não é aconselhável que se permaneça no escritório por mais tempo do
que o necessário. Não desenvolva o hábito de perder tempo.
Lembre-se Autoconfiança
Todo profissional de vendas deve se valer e utilizar mecanismos que o
Você tem que confiar em si, tornem autoconfiante.
no seu trabalho e nas suas
metas. Ninguém convence Situações difíceis não são criadas pelo cliente impertinente, mas, sim, pelo
outra pessoa demonstrando medo que o profissional tem de enfrentá-las. Nessas horas autoconfiança
insegurança. Acredite em você impõe-se como diferencial para alcançar vitórias.
mesmo, no poder que você
tem para controlar sua própria
vida; acredite na sua força.
Atenção
Acredite no amanhã e no que Honestidade e Verdade
ele trará. Tudo dará certo se
A utilização de todos esses atributos não garante uma boa
você confiar e acreditar na
venda se ela não for baseada na honestidade e na transpa-
máxima de que não há limites
rência. O cliente deve entender exatamente quais são os
quando se quer fazer.
direitos dele, a fim de que, num eventual momento de perda
(sinistro), ele não se depare com dissabores adicionais.
Memória
Importante
É outra qualidade de grande valia. No caso de um cliente habitual, deve-
Lembre-se sempre do nome mos lembrar detalhes de visitas anteriores, como produtos adquiridos,
de seu cliente. serviços prestados, preços, comportamento do cliente. Mas não confie
apenas na sua memória. Mantenha registro atualizado com os dados dos
clientes para facilitar as próximas visitas.
Dicas Organização
A organização no trabalho é a base da eficiência e de aproveitamento
Cadastre seus clientes, do tempo disponível. Ao agir dessa maneira, você poderá obter lucros
faça anotações, mantenha adicionais.
seus arquivos em dia e,
principalmente, estabeleça Persistência
diariamente um cronograma A persistência é um fator essencial no processo de transformação de
de trabalho. “desejo” em “moeda”. É um estado de espírito que deve ser associado a
planos definidos, conhecimentos, autoconfiança e força de vontade.
Saber Ouvir
Aquele que sabe ouvir aprende a falar com mais desenvoltura, além de
desenvolver habilidade para obter informações que serão fundamentais
para entender as necessidades do cliente e consagrar venda vantajosa
para ambas as partes.
Lembre-se Pontualidade
A pontualidade é uma das principais qualidade a revelar que uma pessoa
O profissional pontual nunca é ciosa no cumprimento de compromissos. Quem é pontual conquista res-
perde boas oportunidades peito e admiração.
de negócios.
Paciência
Todo profissional de vendas, bem-sucedido, possui esta característica que
está intimamente ligada a saber ouvir. É por intermédio da paciência que,
muitas vezes, o profissional consegue dominar situações desagradáveis.
Nem todas as negociações são resolvidas no primeiro contato. Algumas
podem durar semanas, meses e até mesmo anos. A paciência, por isso, em
situações adversas, é uma virtude.
Senso de Oportunidade
É a qualidade que permite ao profissional falar ou agir na hora certa. Sem-
pre que um profissional tiver que tomar a iniciativa em suas atividades,
deve verificar se o momento é realmente oportuno.
Conhecimentos Gerais
Todo profissional de excelência, além de dominar com profundidade os
segredos da sua profissão, deve ter conhecimentos sobre assuntos gerais.
Eles podem ser adquiridos pela leitura de bons livros e ainda em conver-
sas com pessoas de notório saber. Ler jornais, diariamente, então, ajuda a
manter-se informado sobre o que ocorre ao seu redor e no mundo, além
de propiciar fluência discursiva em ocasiões de diálogo, como anteparo
seguro e agradável do conhecimento.
Capacidade de Argumentação
Argumentar bem é algo que depende do conhecimento que o profissional
de vendas tem em relação ao(à)(s):
■■ cliente;
■■ produto ou serviço oferecido;
■■ sua empresa;
■■ técnicas de vendas;
■■ seu mercado;
■■ concorrência; e
■■ sua capacidade e a si mesmo.
Coragem
Em vendas, trata-se de um atributo que deve acompanhar o profissional
em todas as ocasiões. Timidez ou receio não são indicados para momen-
tos em que se tem de enfrentar interlocutores rápidos, agressivos ou pers-
picazes e astutos.
Facilidade de Expressão
O profissional de excelência está sempre aprimorando sua capacidade de
Lembre-se expressão. Ele, afinal, deverá desempenhar papel preponderante: argu-
mentar favoravelmente a respeito de seus produtos/serviços.
Expressar-se fluentemente
é essencial. Cultive e Os profissionais de vendas precisam estudar e conhecer a utilização ade-
desenvolva a facilidade quada de gestos, inflexão de voz, postura para que possam valorizar a
de expressão, por meio apresentação dos seus serviços ou produtos.
de leitura, treinamento e Percepção
da prática em palestras,
discursos e apresentações. Percepção é o nível de maior ou menor sensibilidade que algumas pes-
soas desenvolvem ao observar determinados detalhes de uma situação
ou de uma pessoa. Para um profissional de vendas, desenvolver o nível
de percepção é fundamental para que possa estar habilitado a perceber
aspectos como estilo do cliente, apresentação do escritório ou da residên-
cia, e ainda quem decide a negociação, principais problemas surgidos no
decorrer da entrevista, necessidades imediatas do cliente, melhor forma
de empreender o fechamento com sucesso, dentre outros exemplos.
Postura
A postura constitui-se em somatório de ações que geram confiança e cre-
dibilidade no cliente. É a forma absolutamente positiva como o corretor
apresenta-se ao cliente: roupa adequada, maneira persuasiva como apre-
senta o produto, forma de olhar o cliente nos olhos, atitude a demonstrar
confiança, segurança, conhecimento e credibilidade. Não se esqueça de
que um profissional de vendas não é analisado apenas pelo que fala, mas
também por todas as suas ações.
O grande guru do marketing, Tom Peters, afirma que se deve buscar uma
diferenciação, um nicho para seu produto. A qualquer preço!
Exemplo
O corretor de seguros atua na pré-venda, na venda, na assistência ao cliente durante toda a
vigência do contrato e, principalmente, quando ocorre um sinistro. Além disso, ele está em
permanente contato com as seguradoras para inteirar-se sobre novas coberturas e novos
produtos, inclusive das seguradoras concorrentes com as quais não trabalha. O corretor
precisa, também, conhecer individualmente seus clientes, suas motivações e necessidades,
e, ainda, informá-los acerca dos benefícios de cada tipo de modalidade de seguro. Ele pre-
cisa negociar e vender, ser capaz de vencer a concorrência, as resistências dos clientes e
suas próprias deficiências, além de aprimorar continuamente as próprias técnicas e conhe-
cimentos. Ele, em alguns casos, ainda é o gestor de sua corretora, o que o transforma em
responsável pela administração da empresa.
Exemplo
■■ Clientes que priorizam seguradoras de primeira linha;
■■ Clientes que querem somente preço;
■■ Clientes preocupados com atendimento rápido;
■■ Clientes classe “A” e “B”; e
■■ Jovens casais ou casais com filhos em idade escolar.
Após ter identificado para quem o seu seguro é destinado e o que essas
Lembre-se pessoas valorizam, é hora de agir:
Os clientes sempre preferem ■■ Faça perguntas para descobrir se aquele cliente realmente se
trabalhar com quem fala a sua encontra no nicho de seu seguro; e
língua, ou seja, com quem está
■■ Ouça o que o cliente espera do seguro. Envolva o cliente ativa-
concentrado em resolver seus
problemas e necessidades, e mente na venda.
não com quem simplesmente O objetivo final é ser visto pelo seu cliente não apenas como um represen-
quer vender seguros a eles.
tante de uma seguradora, mas como consultor e especialista.
Envolver-se em sua atividade
pode garantir destaque diante Os clientes comprarão não porque entendem aquilo que você oferece,
dos concorrentes e melhorar a mas, fundamentalmente, porque acreditam em você e que você os com-
atuação profissional em relação preende.
ao cliente na disputa pelo
negócio.
Pense bem! Essa pode ser
uma possibilidade de sucesso
para o corretor de seguros.
Pergunte-se diariamente: “O que faz com que meu cliente compre pro-
dutos ou serviços de mim?” ou “Será que meus produtos ou serviços
não podem ser entregues por outro vendedor?”. Você será capaz de
entender que aquilo que o diferencia dos demais vendedores é a capa-
cidade de entender os sinais que os clientes lhe oferecem. Até mesmo
numa reclamação.
FIXANDO CONCEITOS 4
(a) 2, 1, 3 (d) 2, 3, 1
(b) 1, 2, 3 (e) 1, 3, 2
(c) 3, 2, 1
(a) E-mail.
(b) Telefone.
(c) Carta.
(d) Visita pessoal.
(e) Depende do objetivo da comunicação e do perfil do cliente a ser
abordado.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Conhecer técnicas de ■■ Entender como os meios
administração de tempo eletrônicos podem ser ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
utilizados como apoio a
vendas COMO AS REDES SOCIAIS PODEM
MUDAR A PERCEPÇÃO DAS
PESSOAS SOBRE VOCÊ?
A VENDA DE SEGUROS
COMO PROFISSÃO
FIXANDO CONCEITOS 5
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Para conseguir “liberdade para vender”, precisamos de tempo e, para
tanto, é necessário organizar nossas tarefas.
—— Internet
Para que possamos investir na Internet como apoio a vendas, deve-
mos analisar e refletir sobre cinco fatores: cliente-canal-produto-co-
nhecimento- organização.
As pessoas estão cada vez mais conectadas e, por saberem que as informa-
ções estão disponíveis na rede, dispõem-se a procurá-las. Utilizar a internet
não só para divulgar sua corretora, sua marca e os produtos que comercializa
pode ser uma excelente estratégia. Gerar conteúdo para facilitar a vida das
pessoas na hora de contratar um seguro irá atrair um público que reconhecerá
você como referência no assunto. Não desperdice essa oportunidade.
—— A Utilização do E-mail
Atualmente, há inúmeras ferramentas eletrônicas de vendas, de gerencia-
mento de relacionamentos e também para estabelecer contato com novos
e antigos clientes. A popularização da Internet barateou – e muito – essa
comunicação, contudo, o e-mail segue sendo o meio mais adequado para
documentar as tratativas e comunicar-se de forma profissional com os seus
clientes, por isso, vamos falar um pouco dele.
E-mail
O correio eletrônico é uma excelente maneira de entrar em contato com
seus clientes não só para a troca de arquivos em formato digital, como tam-
bém para divulgar novos produtos e oportunidades. É necessário, contudo,
que você tenha muito cuidado ao usá-lo:
Não estamos dizendo que você deve deixar de ser você mesmo e passar
a ser apenas uma representação do seu “eu profissional” nas redes, mas,
caso você queira investir no marketing pessoal de verdade, utilize seus
canais como resumos daquilo que você quer transmitir.
Dessa forma, seu conteúdo precisa ser construído de acordo com estraté-
gias e pensado de acordo com o público que você pretende atingir. Para
isso, planejamento e avaliação constantes são fundamentais.
A VENDA DE SEGUROS
COMO PROFISSÃO
Apresentaremos, a seguir algumas razões para você ser um profissional de
venda de seguros, ou seja, um corretor de seguros:
A profissão
A corretagem de seguros é, atualmente, atividade profissional com
grandes opções de desenvolvimento;
Os ganhos
Há possibilidade de ganhos superiores em comparação a outros
trabalhos. Em seguros, como em qualquer outra atividade de ven-
das, o corretor recebe comissão pelas vendas que realiza. Essas
comissões permitem ganhos diretamente proporcionais ao volu-
me de vendas;
A carteira de clientes
O seguro, por ser um contrato anual, deve ter sua renovação
paga a cada ano, e, desse pagamento, o corretor recebe uma
comissão, mesmo que não tenha efetuado nova venda, mas por
manter o contrato formalizado. Essa carteira permite estabilizar
os ganhos e aumentá-los progressivamente, já que a cada ano
somarão os lucros das renovações com os ganhos dos seguros
novos vendidos;
Negócio próprio
O corretor pode construir seu próprio negócio baseado em sua
atividade. Não requer, para isso, investimento de grande capital,
estrutura e tampouco estoque de produtos. Seu próprio trabalho
proporcionará a renda respectiva, e sua carteira de clientes possi-
bilitará construir patrimônio próprio;
Função social
A função do seguro é cada vez mais bem entendida e aceita pela
sociedade. Seu princípio de solidariedade e distribuição de riscos
prospecta imagem muito positiva. O corretor é admirado por seu
trabalho de contribuir com o bem-estar social. Isso produz satisfação
pessoal relevante e orgulho da profissão;
O trato humano
O trato com o cliente, a necessidade de contato humano e o gosto
pela relação com pessoas são outras motivações importantes para
desenvolver-se nessa profissão. Sempre com a vantagem de poder
eleger os compradores e vender seguros aos mesmos clientes, o cor-
retor consegue estabelecer relação de confiança que se fará fiel à
oferta, ao conselho e à segurança que oferece o vendedor;
A liberdade
Outros aspectos motivadores e relevantes para escolher essa pro-
fissão traduzem-se no desejo de liberdade, de não ser fiscalizado
constantemente e de ser dono de seus próprios atos. A liberdade
aqui se amplia pela possibilidade de planejar e organizar o traba-
lho como desejar e adicionalmente dedicar tempo e esforço àquilo
que se almejar. A isso se supõe um exercício de responsabilidade
e maturidade, porque ninguém vai obrigá-lo a nada. Somente o
próprio corretor, sua consciência profissional, o desejo de atingir a
perfeição e de prestar os melhores serviços, com a qualidade que
seus clientes merecem e com os quais ele se comprometeu, serão
fundamentos para desenvolver a atividade de maneira adequada.
FIXANDO CONCEITOS 5
(a) 50% do seu tempo na venda dos seus produtos e 50% na adminis-
tração do seu negócio.
(b) 30% do seu tempo dedicado na área comercial e 70% na área administrativa.
(c) 100% do seu tempo nas vendas; afinal, esta é a essência dessa profissão.
(d) 70% do seu tempo dedicado à área comercial e 30% à área administrativa.
(e) 5% do seu tempo nas vendas, já que precisa da maior parte do tem-
po para controlar as demais atividades.
(a) V, F, V (d) V, V, F
(b) F, F, V (e) F, V, V
(c) V, V, V
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Analisar as mudanças ■■ Examinar práticas de
ocorridas nas relações conquista, de avaliação de MUDANÇA NAS
comerciais satisfação e de fidelização RELAÇÕES COMERCIAIS
de clientes
■■ Conhecer a venda APLICANDO O MÉTODO
consultiva como ■■ Conhecer práticas CONSULTIVO PARA
comportamento aplicável que contribuam VENDER SEGUROS
em venda para estabelecer
relacionamento e a AS TRÊS FASES DA VENDA
■■ Analisar os níveis de
fidelização de clientes
expectativas dos clientes A PREPARAÇÃO DA VENDA
e sua relação com a
apresentação do produto O DESENVOLVIMENTO DA VENDA
– O “ATO DA VENDA”
■■ Explorar as estratégias
de apresentação dos PÓS-VENDA
produtos e de superação
de objeções FIXANDO CONCEITOS 6
MUDANÇA NAS
RELAÇÕES COMERCIAIS
Estamos passando por mudança significativa no conceito de vendas, ainda
mais quando falamos de vendas no mercado de seguros. O corretor, duran-
te muito tempo, foi visto como um simples vendedor de seguros. Hoje, cada
vez mais, é visto como um consultor; um consultor de proteção da vida e do
patrimônio dos seus clientes.
Esse processo de mudança nas relações comerciais é denominado, con-
ceitualmente, como o fim da Era da Transação. Na transação, o que tem
importância é o hoje, o agora, o lucro instantâneo, e, dessa forma, o
“O paradigma mudou. Vivemos, hoje, na Era da Relação, período definido por um mercado
Produtos vêm e vão. altamente competitivo, em que, para cada necessidade do cliente,
existem centenas de opções. É indispensável, portanto, o cultivo, por
A unidade de valor, hoje, é o
parte do corretor, do relacionamento com cada um de seus clientes. E
relacionamento com o cliente.”
esse bom relacionamento começa no momento da venda.
Bob Wayland
OBJETIVO Vender de qualquer maneira, mesmo Pode perder uma venda, mas
que o cliente não retorne nunca mais não perde o cliente
Retirado do livro Correndo pro abraço – como vender mais fazendo com que o cliente
compre sempre, de Sergio Almeida e Raúl Candeloro, Editora Casa da Qualidade.
POSTURA DO VENDEDOR
TRANSACIONAL
EU GANHO, VOCÊ PERDE
Descoberta Vantagens e
Tratamento Fechamento
Planejamento dos problemas benefícios
de objeções da venda
do cliente da sua solução
Vendedor versus Comprador VENDA
POSTURA DO VENDEDOR
RELACIONAMENTO
EU GANHO, VOCÊ GANHA
Descoberta Vantagens e
Planejamento dos problemas benefícios da
Tratamento Fechamento SOLUÇÃO
de objeções da venda
do cliente sua solução A DESEJOS E
NECESSIDADES
Vendedor + Comprador
versus Problemas
APLICANDO O MÉTODO
CONSULTIVO PARA
VENDER SEGUROS
Quando você está falando com seu cliente, você se posiciona como
alguém que tem algo a aconselhar, concentra-se somente em oferecer o
seguro e seus serviços ou fala apenas de preço?
Um monólogo único para todos os clientes. Manter um diálogo – evitando o cliente passivo,
indiferente, ausente. Despertar nele o interesse e o
desejo.
A projeção. O desejo de convencer e de impor o Demonstrar empatia – interessar-se pelo cliente, por
próprio ponto de vista, sejam quais forem as neces- suas motivações e seus bloqueios, antes de tentar
sidades ou expectativas do cliente. convencê-lo.
Vencer o cliente. Impor-se com força, sem consi- Criar um clima de confiança – ser competente. Ser
deração por suas preocupações. visto como um especialista. Transmitir segurança. Ter
comportamentos e expressões adequados.
Importante
Um consultor, deve apresentar produtos e soluções personalizados que atendam a
necessidade do cliente.
■■ Preparação da venda;
■■ Desenvolvimento da venda – o “ato da venda”; e
■■ Pós-venda.
A PREPARAÇÃO DA VENDA
Devemos entender a venda como um processo. Uma fase interage com as
outras. Assim, a preparação da venda influencia o seu desenvolvimento, que, por
sua vez, é favorecido pelo pós-venda, que prepara outra venda, e assim por diante.
Assim sendo, após ter definido seu público-alvo, faz-se necessária a busca
desses clientes. O cliente é o elemento de referência de nossa atuação e
deve ser considerado como fator-chave para alcançarmos, com sucesso,
os objetivos do nosso trabalho.
A prospecção é o ato de localizar pessoas (físicas e/ou jurídicas) para lhes ofe-
recer nossos produtos/serviços. É muito difícil uma quantidade suficiente de
clientes vir comprar espontaneamente; então, é preciso ir até esses clientes.
Prospectar é preciso!
—— Fontes de Prospecção
Pessoas que você conheça ou com
as quais mantenha contato social
Você pode se dirigir a pessoas que já conhece ou com as quais man-
tém algum tipo de contato. Sem dúvida, essa costuma ser a primeira
fonte de prospecção. O ciclo onde você é bem conhecido pelas rela-
ções familiares ou de amizade pode ser a primeira fonte de possíveis
clientes ou centro de influência para encontrar outros clientes. Tam-
bém é importante participar de atividades sociais e comunitárias que
significam prestígio e podem proporcionar novas relações e contatos.
Para ajudar você a lidar melhor com essa fonte de prospecção, destaca-
mos algumas recomendações:
Note que tudo isso é dito antes que o cliente diga algo. Você não pergun-
ta como ele está nem fica rodeando para entrar no assunto. Quando o
cliente percebe que você não está tentando lhe vender nada, geralmente,
ele relaxa. Além disso, essa abordagem dura apenas alguns segundos.
Depois, é só agendar e visitá-lo.
Indicações ou Referências
Sem dúvida, entre as opções que existem para prospectar, essa é a de
melhor custo-benefício. Conseguir indicações demanda menos esforço
financeiro e menos tempo. Se não criarmos, contudo, o hábito de pedirmos
indicações aos nossos clientes, elas não aparecerão.
Sabe por que muitas vezes não temos indicações? Por três motivos:
■■ Não pedimos;
■■ Não sabemos como pedir; e
■■ É desconfortável pedir.
Como contornar essa situação e criar um modo de resolver isso, fazendo
com que pedir indicações vire um hábito?
Existe, até hoje, muita gente que não gosta de passar indicações, já que
a imagem do vendedor ainda é um pouco desgastada. Algumas pessoas
têm medo do que pode acontecer ao indicar um amigo. Será que ele rece-
berá milhares de telefonemas? Será que ele não vai gostar e depois virá
tirar satisfações? O que eu vou ganhar indicando alguém? O que acontece,
então, é que a maioria opta pelo silêncio.
É fundamental, para mudar isso, que você mude sua maneira de realizar
negócios. Sempre que estiver num contexto de venda, aproveite para
pedir referências e indicações. Faça isso sempre!
Carteira de clientes
Abordar seus próprios clientes de forma correta pode proporcionar oportu-
nidades e fechamento de negócios.
Telemarketing
A prospecção feita por telefone objetiva agendar entrevistas pessoais.
Você pode ligar para o cliente, a fim de colher algumas informações e ten-
tar marcar uma entrevista. Esse método o ajuda a planejar melhor seus
dias e demonstra ao cliente potencial certo profissionalismo. Lembre-se de
que o telefone deve ser seu aliado, e não o instrumento, para você realizar
suas vendas. Com exceção do Ramo de Automóveis, em que vender ou
renovar os seguros por telefone já virou uma prática e até existem empre-
sas que só trabalham com operadores de telemarketing para efetuar as
vendas, na maioria dos outros ramos a venda terá maior possibilidade de
sucesso quando feita pessoalmente.
Panfletagem
Esse método de prospecção é muito usado na venda de planos de Saú-
de. Uma pessoa fica num local de bastante movimento, entregando folhe-
tos para os que passam. Geralmente, os folhetos têm um custo baixo por
não demandarem produções muito elaboradas. A desvantagem é que o
processo de segmentação do público-alvo é muito pequeno ou quase
nenhum e, além disso, sujam as ruas.
E-mail Marketing
Quando bem feito, pode ser uma excelente ferramenta. O corretor deve
tomar todo cuidado para não criar um spam, ou seja, e-mails de propa-
ganda indesejada, que irão encher as caixas de mensagens do cliente.
O primeiro passo para um e-mail marketing de qualidade é criar uma
ferramenta capaz de oferecer aos seus clientes informações que possam
ser úteis para eles e, ao mesmo tempo, divulgar a sua empresa. Um exem-
plo pode ser um informativo quinzenal sobre novidades relevantes do mer-
cado de seguros, que deve ser feito de forma profissional. O segundo
passo é descobrir quais dos seus clientes desejam receber tais informa-
tivos. Uma estratégia é selecionar um número de clientes para os quais
você acredita que as informações sejam relevantes e inserir, na sua men-
sagem, a observação: “Caso não queira mais receber este informe, por
favor envie um e-mail para: ...”; dessa forma, você irá garantir que apenas
os clientes interessados passarão a receber o seu material. E apenas para
lembrar: EVITE SPAM!
O DESENVOLVIMENTO DA VENDA
– O “ATO DA VENDA”
Após a preparação da venda, precisamos pensar no seu desenvolvimen-
to. O momento mágico da nossa função é a concretização da venda. A
venda é o combustível que mantém seu negócio vivo. Quem compra satis-
faz uma necessidade vinculada à segurança, proteção, e isso significa a
melhoria da vida desse cliente.
Neste momento, o que você deve fazer é encantar seu cliente, pois, devido
a toda a competição no mercado, seu trabalho precisa ser diferenciado e
atrativo. Durante a venda, esse processo começa com o próprio valor adi-
cional que você mesmo oferece ao seguro que está vendendo.
■■ Pré-abordagem;
■■ Abordagem;
■■ Levantamento de necessidades;
■■ Apresentação do seguro;
■■ Contorno de objeções; e
■■ Fechamento.
Nem todas as vendas seguem essa ordem. Cada venda e cada cliente
são únicos, e seu dever é perceber essas particularidades e saber como
lidar com elas. Lembre-se de que o sucesso na venda não depende de
uma ou outra etapa, e o bom vendedor não é o que tem habilidade só em
alguma etapa em detrimento de outra, mas, sim, no conjunto de todas elas.
Uma boa pré-abordagem leva a uma abordagem melhor; o levantamento
de necessidades bem-feito permite uma apresentação adequada, e estar
mais bem preparado para contornar as objeções (sustentação) facilita o
fechamento.
—— Pré-abordagem
Se, no final de semana, você resolve passar o dia na praia, naturalmente,
pensará em alguns procedimentos habituais, como: – “Estou levando o
protetor solar? E o boné e a toalha? O carro tem gasolina? Qual estrada ou
caminho vou pegar?”
Como está sua aparência? Sua roupa? Suas unhas, sua maquiagem ou
sua barba estão bem-feitas? Seus cabelos estão cortados? Sua autoestima
está elevada para esse contato? Seu material de apoio está em ordem?
Tem à mão, para assim que precisar usar, cartas testemunhais, ranking de
seguradoras, portfólio da corretora, que provam o que você diz? Está car-
regando um bloco para fazer anotações? Você está pronto para agir como
um corretor consultor do cliente? Está tecnicamente preparado?
—— Abordagem
Importante A abordagem é uma das fases mais importantes da venda. É o momento
que permite a aproximação com o cliente.
Subsídios para uma
aproximação pessoal: Os primeiros momentos de qualquer apresentação são decisivos para o
■■ Ler jornais, revistas atuais e sucesso da entrevista.
manchetes diárias;
Para você abrir eficazmente uma venda, procure quebrar a resistência natural
■■ Assistir a diversos canais de TV, dos clientes em relação aos vendedores e desenvolva um relacionamento
assistindo, também, a um pouco pessoal, e não comercial. Procure um assunto que ligue você ao cliente; esti-
de cada programa, entrevistas, mule-o a falar. O propósito desse momento é fazer o cliente expressar-se.
filmes, atrações; e
■■
Faça, na abertura, colocações criativas, diferentes e inteligentes, que esti-
Identifique o polo de
mulem a conversa. Aborde assuntos que não sejam relacionados direta-
encontro: o que há por perto?
mente ao produto e evite fazer perguntas que possam ser respondidas
Restaurantes, jornaleiros,
com uma simples palavra como sim ou não.
bancos, outros tipos de
estabelecimento? Conduza a conversa na direção do real motivo de sua presença. Para isso, os
próximos passos da sua abordagem devem ser: definir o objetivo da visita,
declarar a importância desse objetivo e verificar a aceitação do cliente.
Atenção
Jamais toque em assuntos polêmicos, como futebol, política e religião, ou em assuntos
que você não domine.
Definir o objetivo
Para estabelecer o objetivo, basta dizer ao cliente o que você pre-
tende realizar durante a visita. Isso oferece um rumo claro à con-
versa, permitindo que sua atenção fique centralizada no cliente e a
dele em você. Para isso, você pode dizer:
—— Levantamento de Necessidades
Os especialistas dizem que essa é a etapa mais importante da venda. Se
não for a mais importante, é, pelo menos, etapa indispensável.
Cliente: – Comprador(a).
Cliente: – Comprador.
Vendedor: – R$ 720,00.
Cliente: – À vista?
Essa é uma regra obrigatória. Se você não souber responder a essa per-
gunta, não venderá da maneira mais apropriada.
Como você pode vender alguma coisa sem saber do que o cliente precisa?
Será que é fácil vender Seguro de Vida para uma pessoa de 22 anos, sol-
teira, sem filhos e com pais ricos? O corretor mal preparado encontra uma
pessoa com esse perfil e, sem fazer nenhuma pergunta, começa a falar
do seu produto, inclusive mostrando muito conhecimento, mas, depois de
algum tempo, ele escuta: “Obrigado, não tenho interesse!”.
Se ele tivesse perguntado como é essa pessoa e quais eram suas necessi-
dades de proteção, ele teria, no máximo, falado de invalidez.
Observação
O corretor de seguros, hoje, tem uma grande vantagem a seu favor que é a “obrigato-
riedade” de fazer perguntas ao seu cliente para estabelecer seu perfil. Aproveite esse
momento e conheça um pouco mais o que seu futuro segurado realmente pretende.
Veja alguns exemplos:
Não faça apenas as perguntas que são “obrigatórias”
No caso de um seguro novo em sua carteira, além das perguntas que você fará, acres-
cente algo como:
— a senhora tem alguma experiência com seguro ou é a primeira vez que o contratará?
— o senhor costuma fazer manutenção no veículo com que periodicidade?
Com perguntas desse tipo, você acaba sabendo se a pessoa já conhece ou precisa de
informações mais detalhadas de coberturas e serviços, se é cuidadosa com seu carro e
sente a necessidade de qualidade em serviços adicionais ao seguro ou se ela só está
realmente preocupada com a garantia de indenização num eventual roubo, ficando o
preço como único fator de interesse.
Aproveite para conhecer melhor o cliente e, assim, criar possibilidade de vendas futuras
Se você está perguntando:
— qual é o CEP de pernoite do veículo?
— o veículo fica em garagem na residência?
Por que você não acrescenta:
— o senhor reside em casa ou apartamento?
Acrescentando essa e outras perguntas, você pode, também, oferecer um seguro de re-
sidência, principalmente quando o cliente morar em casa, pois os cuidados são maiores.
Fazer perguntas significa que você se importa com a outra pessoa.
Incorpore questões simples e que surjam naturalmente no decorrer da conversa. Parecem
inocentes e sem relação com a venda, mas, por meio delas, você pode descobrir muito so-
bre as necessidades de seus clientes. Demonstre interesse. O restante fica mais fácil.
Não importa qual seguro você vende; fazer perguntas mostra sua compe-
tência e domínio do assunto. Nós, corretores de seguros, precisamos saber
detalhes da vida dos nossos clientes para sugerirmos melhores coberturas
e realmente exercermos o papel que nos foi designado: consultor de pro-
teção à vida e ao patrimônio dos segurados!
Abertas
Estimulam o cliente a expor o que pensa livremente, sem amarras,
abrindo as possibilidades de resposta. Normalmente, as perguntas
são iniciadas por: Como... Por que... O que... Que... Qual... Conte-me...
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Fechadas
Nota Conduzem a resposta do cliente na direção escolhida pelo vendedor.
Limitam a resposta do cliente a expressões curtas e objetivas como:
Uma das utilizações mais sim ou não, uma escolha entre as alternativas que você ofereceu em
importantes das sondagens sua pergunta ou um fato isolado que pode ser quantificado.
fechadas é a de confirmar que
o cliente tem, de fato, uma Exemplo:
necessidade, embora ele não
“Você já realizou alguma alteração no Seguro de Vida ofe-
a tenha expressado.
recido aos funcionários?”
“Você está interessado em modernizar o plano que possui
ou cancelá-lo e buscar outra alternativa?”
“Quantos funcionários sua empresa possui?”
Exemplo:
—— Apresentação do Seguro
Você demonstrará para o cliente, nessa etapa, que o seu produto é capaz
de satisfazer às necessidades dele, acrescentar valor, resolver problemas,
trazer benefícios e proporcionar vantagens para ele.
Lembre-se Um dos erros mais graves que se comete é limitar a apresentação às carac-
terísticas do produto. As pessoas compram benefícios e vantagens. Assim,
As pessoas compram os bene- é necessário transformar as características do produto em benefícios e
fícios, e não as características vantagens para o cliente.
do seguro. Fale sobre o que o
seguro pode oferecer ao cliente Portanto, venda benefícios, e não características – sua apresentação fica
mais convincente e persuasiva.
Vendendo Características
“…O senhor terá direito à assistência funeral…”
Vendendo Benefícios
“…Com a assistência funeral, num momento de abalo emocional
muito forte, a família tem a tranquilidade de não precisar se preo-
cupar com as formalidades necessárias, que são desagradáveis
e dispendiosas…”
Lembre-se
Característica Benefício
O que o produto é? O que o produto faz pelo cliente?
Repita
Repita as palavras que o cliente quer ouvir, pois elas correspon-
dem às suas expectativas. Valorize-as, sobretudo quando elas se
apoiam nas motivações dele. Enquadre-as entre silêncios; pronun-
cie-as com entonação mais marcada, com calma; reforce-as com
um gesto, uma atitude, um olhar.
Tranquilize
Empregue palavras que tranquilizam e reforçam os aspectos de
Lembre-se “segurança”: certeza, total garantia, inteira confiança.
Também tenha cuidado para não utilizar a linguagem do “segurês”. Isso acon-
tece quando, durante a demonstração do seguro, usamos termos técnicos
que nossos clientes não são obrigados a entender ou desconhecem.
– Parece que...
—— Contorno de Objeções
Logo após apresentarmos o seguro, inicia-se a etapa na qual o cliente
começa a fazer objeções para não comprar. “Contornar objeções” significa
manter a sua posição ou defender a ideia de que o seguro apresentado
é a melhor solução para seu cliente. É nessa fase que aplicamos técnicas
para sustentar nossos argumentos, transformando o não em sim. Aqueles
que atuam na área de vendas sabem que as objeções sempre vão existir.
Não saber lidar com as objeções de maneira positiva é o que poderá ser
motivo de perda da venda.
Em vez de ter receio, saiba que as objeções dos clientes são excelentes
oportunidades para concretizarmos muitos negócios.
Agora que você já sabe que quaisquer objeções que o cliente faça estão
enquadradas num desses cinco grupos, ao montar seu banco de dados,
ficará mais fácil contornar qualquer objeção.
Exemplo
Já tenho seguro. Não tenho Que tal então saber o que nossa corretora pode
necessidade oferecer a mais do que nossos concorrentes?
de trocar
Recebi outra proposta Não gostei O preço da outra proposta é da mesma seguradora?
que estava com preço do preço
mais barato. Os valores das coberturas são os mesmos? Co-
nhece os serviços e o atendimento que eles lhe
oferecem? Quais são?
Agora não estou poden- Não quero O senhor sabe quais mudanças esse seguro faria
do comprar. Quem sabe decidir agora na sua vida se o senhor comprasse hoje?
no mês que vem.
Deixe mostrar…
Para obter êxito, utilize alguns desses sistemas e técnicas para lidar
com objeções:
Ou:
“Vou consultar minha esposa…”
“Ela não confia e sabe que o senhor sempre procura fazer bons
negócios? Fechando agora o senhor pode…”
Ou:
“Preciso falar com meu sócio…”
“No que se refere ao senhor, podemos considerar que o negócio
está fechado?”
—— Fechamento
Toda e qualquer negociação deve terminar com uma conclusão.
É muito importante, portanto, que, uma vez que você tenha apresentado
profissionalmente o seguro, você obtenha o compromisso formal do clien-
te por meio da assinatura dele na proposta. Esse, além de seu dever, é
um direito que você tem, pois é a forma de receber por um trabalho que
realizou. Na verdade, o cliente espera isso de você! A prova disso é que
poucas vendas são concluídas com o cliente dizendo: “Onde eu assino?”.
O fechamento é a etapa que concretiza tudo o que foi feito durante a
entrevista, e, sem aplicá-lo, a compra pode ser adiada e de nada adianta-
ram seus esforços.
Agora, pergunto: por que isso aconteceu? É lógico que o cliente, por ser
quem paga, é também quem decide. Mas, analisando do ponto de vista
comercial, será que o corretor não falhou? Por exemplo: será que, quando
ele percebeu o momento positivo a seu favor e mesmo assim recebeu uma
objeção, ele não poderia ter tentado o fechamento do negócio? Vamos
voltar ao ponto:
O importante é que você saia das suas entrevistas de vendas certo de que
tentou de todo jeito persuadir seu cliente a comprar o seguro (levando
em conta que você saiba claramente que isso é o melhor para ele). O fato
de não tentar argumentar positivamente contra qualquer objeção é o que
diferencia um bom vendedor de outro qualquer.
Habilidades no Fechamento
Para fazer um bom fechamento, você precisa:
De força interna
Em vendas, é muito importante ter segurança e maturidade para
enfrentar as rejeições naturais da profissão. Como qualquer outro
vendedor, o corretor de seguros também tem seus dias de maior
ânimo e outros com algum desânimo. É natural. Uma dica para lidar
com as situações nas quais você se encontre desanimado é rea-
linhar seus pensamentos e procurar sempre pensar positivo. Pro-
cure ir a campo seguro de que vai vender, acreditando em você e
em seus produtos.
Fechar a venda
Devemos sempre tentar o fechamento. Faz parte da nossa profis-
são de corretor de seguros, e o cliente já espera por isso. A entre-
vista de venda desenvolve-se bem, o cliente demonstra interesse,
mas o corretor inexperiente ou pouco preparado hesita em pedir a
assinatura na proposta. Conclusão: o seguro não é feito e paira no
ar a dúvida: será que ele comprará?
Técnicas de Fechamento
Existem várias técnicas de fechamento. A seguir, alguns exemplos:
Exemplo
“…Não tenha dúvida de que este é o que há de melhor em termos de seguro para o
seu automóvel. Além de, se precisar, ter um atendimento ágil, poderá fazer um check-
-up grátis no veículo, incluindo revisão de bateria, luzes, freios e amortecedores. Isso
traz economia e segurança para o senhor e sua família. Marcarei a vistoria em seu
domicílio para amanhã, no horário comercial…”
Fechamento condicionado
Essa técnica é muito eficiente para se criar um compromisso de
compra com o cliente. Quando ele pedir alguma condição espe-
cial, você sujeita o atendimento dessa exigência à assinatura da
proposta. Ele pode pedir um desconto maior, um prazo mais longo,
algum serviço adicional. É importante salientar que, sempre que
você fizer alguma concessão, não deve deixar a impressão de que
foi uma conquista fácil para ele. Deixe claro que a concessão foi
muito difícil de ser conseguida. As pessoas não valorizam conces-
sões obtidas facilmente e só dão valor àquilo por que lutam…
Exemplo
“Se eu conseguir um desconto, digamos, de 5%, teremos o seguro?” “Se eu conseguir
que o pagamento da primeira parcela seja dia 15, posso dar entrada no seguro hoje?”
Fechamento direto
Após ter apresentado a solução das necessidades, solicite a con-
cordância de compra do cliente, fazendo perguntas direcionadas
para a confirmação e o fechamento da negociação.
Exemplo
“Posso marcar a vistoria para quarta-feira?”
“A senhora prefere pagar à vista ou parcelado?”
“O primeiro vencimento é no ato, mas, se preferir, posso programá-lo para o dia 20.”
Além dessas, existem diversas outras técnicas que podem ser aplicadas. A
melhor será aquela que você conseguir empregar de maneira espontânea
e com a qual se identificar. Ou seja, crie o hábito de sempre buscar o fecha-
mento da venda e faça-o de acordo com a sua realidade.
PÓS-VENDA
Após ter concluído a venda com sucesso, passamos para a última fase
do processo de venda: o pós-venda. Conforme mencionamos na unidade
“Marketing de Seguros”, o corretor de seguros deve criar, por meio de um
relacionamento intenso com seus clientes, a administração de relaciona-
mento. Essa estratégia visa fidelizar os clientes. Manter os clientes na car-
teira tem um menor custo relativo e oferece solidez ao negócio do corretor
de seguros. Lembre-se de que a carteira de clientes é o seu maior patri-
mônio e que os velhos clientes são as melhores fontes de novos negócios.
Manter a clientela bem atendida e fiel, portanto, pode significar o começo
de novas vendas, acarretando que as fases de preparação e o ato da ven-
da comecem novamente. Cria-se um ciclo de venda vivo e constante.
—— Cuidados Importantes
■■ Coloque-se à disposição do cliente – forneça informações
sobre todos os seus meios de contato: e-mail, telefone fixo, celular.
Assim, na ocorrência de um sinistro, o cliente poderá realmente
perceber o valor do seu trabalho.
■■ Mantenha um arquivo com informações atualizadas sobre
seus clientes – caso o cliente entre em contato, é necessário que
você tenha informações de fácil acesso e atualizadas sobre ele.
Guarde as informações de cada interação.
■■ Esteja atento a oportunidades – se você estiver sempre com
Lembre-se seus clientes em mente, poderá identificar circunstâncias ou novos
serviços que eles podem querer adquirir.
Não se esqueça de avisar ■■ Mantenha controle dos contatos que você estabelece com
caso qualquer uma dessas
clientes antigos – isso tem dois objetivos: evitar que eles se
informações mude. Quantos
esqueçam de você e saber quantas vezes vocês já conversaram,
já não devem ter perdido
impedindo que você os procure demais ou de menos.
negócios ou clientes antigos
■■ Lembre-se dos clientes em datas especiais – é muito agradável
por esse descuido?
ser lembrado. Mande um cartão de Natal ou de outra data come-
morativa que seja especial para seus clientes. Seja cortês, e seus
clientes sempre terão boas lembranças de você.
—— Criando um Relacionamento
Esse é o passo final de uma boa venda: criar um relacionamento com seu
cliente. Se houver um relacionamento honesto e sincero, em que você
desempenha o papel de um excelente consultor, todos o indicarão para
seus parentes e amigos.
Muito mais do que criar uma carteira de clientes, você estabelecerá rela-
ções com uma comunidade, na qual as pessoas confiam a segurança de
seus lares, de suas finanças e de sua vida a você. Não abra mão dessa
oportunidade!
FIXANDO CONCEITOS 6
(a) Comissionamento.
(b) Planejamento.
(c) Fechamento da venda.
(d) Tratamento das objeções.
(e) Demonstração das características do seu produto.
ESTUDOS DE CASO
Caso 1
Um corretor se formou no curso de habilitação da Funenseg e recebeu
sua certificação pela SUSEP. Nos primeiros meses de trabalho, sem saber
muito bem o que fazer, resolveu comprar uma listagem de nomes e deixar
alguns panfletos em estabelecimentos comerciais, falando sobre seguros,
porém o resultado não foi nada satisfatório. Houve muito tempo gasto em
ligações e poucas visitas agendadas. Para tentar reverter o quadro, ele
procura você e pede uma ajuda para se estruturar melhor. O que você faria
para ajudá-lo?
Caso 2
Você recebeu e aceitou uma proposta de sociedade em uma corretora que
está há mais de 20 anos no mercado. De uns tempos para cá, a corretora
tem enfrentado uma crise. Sua carteira de clientes está diminuindo, e a difi-
culdade de fazer novas vendas está cada vez maior. Você precisa mudar
esse cenário o mais rápido possível, pois funcionários deverão ser desliga-
dos e a corretora correrá, inclusive, o risco de fechar as portas. Desenvolva
uma estratégia para diminuir a perda de clientes e aumentar o volume de
vendas, recuperando, assim, a rentabilidade do negócio.
Caso 3
Quando você se formou e começou suas atividades como corretor de
seguros, preferiu atuar como pessoa física para ver como se sairia nessa
nova atividade. Já se passaram dois anos, e a sua carteira atingiu um pata-
mar elevado, proporcionando a você um padrão financeiro considerável,
porém você está no seu limite. Seus clientes tomam praticamente todo o
seu tempo, e a sua família já está reclamando quanto a isso. Você também
está sentindo falta de mais tempo livre, e até os seus clientes antigos estão
reclamando, pois você já não lhes dá a mesma atenção. Alguma coisa tem
que mudar e está na hora de você estruturar e planejar essa mudança.
Como você faria isso?
GABARITO
Fixando conceitos
7–A
UNIDADE 5 UNIDADE 6
1–D 1–E
2–E 2–B
3–E 3–A
4–D 4–B
5–D
Estudos de Caso
Caso 1
O problema desse corretor é a falta de uma estratégia correta. Para aju-
dá-lo, o melhor a fazer é estruturar uma lista de perguntas para que você
possa identificar quais são os desejos dele e qual o seu perfil profissional.
Após responder a todas as perguntas, teremos um retrato desse corretor,
e, com base nisso, sua estratégia poderá ser definida.
Para que uma estratégia seja definida, é necessário que ela esteja de acordo
com as características e objetivos de quem irá implementá-la, ou seja, não
existe uma receita de bolo que funcione para todo e qualquer tipo de negócio.
Caso 2
A primeira coisa que deve ser feita é identificar o motivo de os clientes esta-
rem indo embora, ou seja, o que está gerando o baixo índice de renovações
e de fidelização. Feito isso, você poderá desenhar uma estratégia de relacio-
namento com seus clientes para aumentar a fidelização da carteira. Se está
difícil atrair novos clientes, talvez a melhor opção seja adotar estratégias de
cross-selling e up-selling, ou seja, vender dentro da sua carteira de clientes.
São estratégias complementares que podem salvar a corretora.
Caso 3
Está na hora de pensar se você está pronto para virar pessoa jurídica ou
não. Abrir uma empresa tornará você mais do que um corretor; agora,
você será um empresário e, para isso, deverá estar preparado. A primeira
coisa que você deverá fazer é analisar os procedimentos burocráticos e
os custos para constituir uma empresa. Tendo decidido que esse será o
melhor caminho, está na hora de você desenhar a estratégia comercial do
seu negócio e, para isso, você poderá contar com o conteúdo visto neste
manual, ou seja, você poderá determinar público-alvo, parceiros comer-
ciais, produtos, estratégia de marketing e estrutura de vendas. No início,
dará mais trabalho do que se você continuasse como pessoa física, porém,
no futuro, você vai colher os frutos. Caso você queira continuar como pes-
soa física, a melhor opção é fazer uma análise de carteira e concentrar-se
nos clientes que geram retorno maior, deixando aqueles que geram baixo
retorno, ou até mesmo prejuízo, para os concorrentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de et al. Fundamentos de Ética Empre-
sarial e Econômica. São Paulo: Atlas, 2001.
Apostilas de Treinamento
Artigos
Revista Venda Mais. Curitiba: Quantum, dez. 2003 até abr. 2004.
Sites
www.tudosobreseguros.org.br