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11ª EDIÇÃO

RIO DE JANEIRO
2023

REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA


DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO

ASSESSORIA TÉCNICA
CLÁUDIO BIZERRA DE OLIVEIRA – 2023/2022/2021
FREDERICO MARTINS PERES – 2023/2022/2021
JOSÉ EDUARDO TEIXEIRA ARIAS – 2023/2022/2021

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO
PICTORAMA DESIGN

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,


sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros – ENS

E73t Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.


Teoria geral do seguro / Supervisão e Coordenação metodológica da
Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de José Eduardo Teixeira Arias, Frederico Martins Peres,
Cláudio Bizerra de Oliveira. – 11.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2023.
4,51 Mb ; PDF

1. Seguro – Teoria. I. Arias, José Eduardo Teixeira. II. Peres, Frederico Martins. III. Oliveira, Cláudio
Bizerra de. IV. Título.

0022-2662 CDU 368.01(072)

TEORIA GERAL DO SEGURO


A
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito
­educacional, que contribuem para um mercado de seguros,
previdência complementar, capitalização e resseguro cada
vez mais qualificado.

Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para


profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem
sólida trajetória acadêmica.

A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para


o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a
competitividade é cada vez maior.

Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO


SUMÁRIO
INTERATIVO

1. O SEGURO – CONCEITO 8
INTRODUÇÃO 9

IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE SEGUROS 10

O SEGURO NO TEMPO 10

NECESSIDADE DE GERENCIAR OS RISCOS 12

DEFINIÇÕES DE SEGURO 13

OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO 14

FIXANDO CONCEITOS 1 15

2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SEGURO 18


CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 19
Previdência 19
Incerteza 19
Mutualismo 19
ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO 20
Risco 20
Segurado 24
Seguradora 25
Prêmio 25
Indenização 26
DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO 27
Quanto à Responsabilidade pela sua Operação 28
Quanto à Natureza 28
Quanto à Classificação dos Seguros Privados 28
FIXANDO CONCEITOS 2 30

TEORIA GERAL DO SEGURO


3. A OPERAÇÃO DE SEGUROS 33
A OPERAÇÃO DE SEGUROS 34

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO 34

SUBSCRIÇÃO DE RISCO 35

PRECIFICAÇÃO DO SEGURO 35

COMERCIALIZAÇÃO DO SEGURO 38

INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 39
Proposta 39
Apólice 42
Outros Instrumentos Contratuais 45
COBRANÇA DE PRÊMIO 46

PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO 46

SINISTRO E INDENIZAÇÃO 47

DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 47
Condições Contratuais 48
Garantias ou Coberturas 49
Limites Seguráveis 49
RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS 51
Riscos Cobertos 51
Riscos Não Cobertos ou Excluídos 51
FIXANDO CONCEITOS 3 54

4. MECANISMOS DE PULVERIZAÇÃO DO RISCO 57


A PULVERIZAÇÃO DO RISCO 58
Limite de Retenção 59
Transferência de Risco 59
COSSEGURO 59
RESSEGURO 61
Funções do Resseguro 62
RETROCESSÃO 62

FIXANDO CONCEITOS 4 64

TEORIA GERAL DO SEGURO


5. A ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 66
ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 67
Importância da Regulação do Mercado de Seguros 68
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) 68
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 70
Superintendência de Seguros Privados (Susep) 71
Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) 72
Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) – Previdência Privada 72
Sistema Nacional de Capitalização (SNC) 72
Empresas de Resseguro 73
Corretores de Seguros 73
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE 74
Ministério da Saúde 74
Conselho de Saúde Suplementar (Consu) 74
Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) 75
Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) 75
Operadoras 75
SEGUROS NO BRASIL 75

FIXANDO CONCEITOS 5 77

6. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS


PRINCIPAIS RAMOS DE SEGUROS 80
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS 81

SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) 81

RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS 82


Seguros de Riscos Nomeados 82
Seguro de Riscos Operacionais 82
LUCROS CESSANTES 83

RISCOS DIVERSOS 83

SEGUROS DE TRANSPORTES 84

TEORIA GERAL DO SEGURO


SEGUROS DE AERONÁUTICOS 84

SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) 84

SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 85

SEGUROS DE CRÉDITO 85

SEGURO DE GARANTIA 85

SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA 86

SEGURO RURAL 86

SEGUROS DE PESSOAS 87

HABITACIONAL 87

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA 87

RISCOS ESPECIAIS 88
Seguro Riscos de Petróleo 88
Seguros Nucleares 88
Riscos Decorrentes da Operação Nuclear 88
FIXANDO CONCEITOS 6 89

ANEXOS 90
Anexo 1– Modelo de Proposta de Seguro de Pessoas – Vida Individual 90
Anexo 2 – Modelo de Proposta de Seguro de Danos 97
Anexo 3 – Modelo de Apólice de Seguro de Danos 101
Anexo 4 – Modelo de Apólice de Seguro de Automóvel 106
Anexo 5 – Modelo de apólice de responsabilidade civil profissional 112
Anexo 6 – Codificação dos Ramos de Seguros 116

GABARITO 122

GLOSSÁRIO 123

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 129

TEORIA GERAL DO SEGURO


O SEGURO
01
– CONCEITO
UNIDADE 1

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer o seguro por ■ Compreender a finalidade
meio da sua história, de uma operação de ⊲ INTRODUÇÃO
entendendo o papel do seguros, considerando
corretor de seguros na seus conceitos básicos e ⊲ IMPORTÂNCIA DO
sociedade atual. seu objetivo. CORRETOR DE SEGUROS

⊲ O SEGURO NO TEMPO

⊲ NECESSIDADE DE
GERENCIAR OS RISCOS

⊲ DEFINIÇÕES DE SEGURO

⊲ OBJETIVO E FINALIDADE
DO SEGURO

⊲ FIXANDO CONCEITOS 1

TEORIA GERAL DO SEGURO 8


UNIDADE 1

INTRODUÇÃO
A história nos mostra que o ser humano, ao longo da vida, por meio de sua
intelectualidade e seus esforços, tornou-se uma magnífica fonte de gera-
ção de receitas, que podem ser convertidas em patrimônio físico, renda ou
até mesmo a implementação de novos negócios.

Os negócios empresariais, semelhante ao ser humano, seguem o mesmo


Saiba mais conceito de “vida”, ou seja, existe um início (nascimento do negócio) e, ao
longo da sua existência, há um esforço empregado pelos seus gestores e
VIDA é o nome que damos colaboradores para que ele seja perenizado. Esses negócios, por sua vez,
“ao espaço de tempo entre são compostos de patrimônio e vão gerar receitas, considerando os inves-
o nascimento e a morte do timentos realizados (capital inicial, tecnologia, instalações, máquinas, equi-
indivíduo”. Nesse período, o pamentos etc.).
ser humano, através da sua
intelectualidade e seus esforços, Portanto, podemos afirmar que o “SEGURO” surge da necessidade
tornou-se uma magnífica fonte de proteger a fonte geradora das receitas (ser humano), a própria
de geração de receitas. receita e tudo o quanto ela pode gerar (patrimônio).

Olhando para um cenário mais amplo, hoje em dia o Seguro vai muito além,
ele pode proteger contratos, responsabilidades, riscos ambientais, planta-
ções, animais, cargas e, mais recentemente, os riscos voltados as informa-
ções (Cyber Risks).

O material de Teoria Geral do Seguro proporcionará a você, futuro Corretor


Saiba mais de Seguros, entender a amplitude da indústria do seguro e servirá como
base para o desenvolvimento da sua carreira profissional, através de con-
VIDA – Período de tempo ceitos fundamentais abordados de forma a simples e objetiva.
compreendido entre o
Durante o curso, você conhecerá o surgimento do seguro, sua regulação, os
nascimento e a morte de um
termos técnicos utilizados somente no mercado segurador, elementos essen-
ser vivo.
ciais do seguro, como se faz um seguro, enfim, assuntos que envolvem todas
Michaelis. as etapas do seguro, além de conhecer inúmeros ramos de seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 9


UNIDADE 1

IMPORTÂNCIA DO
CORRETOR DE SEGUROS
Diante de um mercado em plena evolução, com avanço da tecnologia, aumen-
to dos players e flexibilização de produtos, o “Corretor de Seguros” necessita
a cada dia se especializar, conhecer a fundo as Condições Contratuais dos
Produtos, estar atendo às mudanças e entender sua real responsabilidade no
mercado. O Corretor de Seguros representa um papel que vai muito além da
proteção de pessoas e bens – ele é um Agente do bem-estar social.

Ao longo do curso, também será destacada a importância do Corretor de


Dica Seguros no mercado de hoje, que se consolida a cada dia como um mer-
cado de “Consultoria”, saindo de cena o profissional “Vendedor de Segu-
Hoje, o Corretor de Seguros ros” e entrando o profissional “Consultor de Seguros”, o qual tem como
já está sendo chamado de missão ajudar e apoiar seus clientes no processo de “Gerenciamento dos
Consultor Financeiro. Existem Riscos”, buscando as melhores soluções em proteção.
profissionais que, além do
seguro, já estão gerando
oportunidades de investimentos
para seus clientes.
O SEGURO NO TEMPO
A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao futuro
e a possibilidade de perdas acompanham o ser humano em sua evolução.
Por consequência dessa necessidade, desde a Pré-História, o ser humano
procurava se organizar em grupos para ter mais força e garantir o susten-
to e a segurança da comunidade.

Se, no passado, o ser humano corria o risco de ser atacado por uma fera
ou morrer de frio ou de fome, hoje, enfrenta riscos ambientais que afetam
sua saúde, pelo seu estilo de vida, por doenças novas (ex.: Covid-19 –
SARS-CoV-2), pelos excessos de alimentação, entre outros.

A evolução das atividades comerciais também trouxe a necessidade de


proteção contra os prejuízos financeiros. E foi dessa forma, justamente
buscando garantir as finanças e diminuir a insegurança nas atividades
cotidianas, que o seguro ganhou força, a partir da necessidade de contro-
lar ou, considerando um conceito mais atual, gerenciar riscos.

TEORIA GERAL DO SEGURO 10


UNIDADE 1

O conhecimento dos fatos históricos que marcaram o desenvolvimento da


atividade securitária ao longo dos séculos possibilita, até hoje, o desenvolvi-
mento de técnicas capazes de reconhecer os riscos em suas várias formas.

Nossa história recente registrou fatos cuja probabilidade foi constatada


após a sua ocorrência, e não ao contrário, como deveria ser, para que os
indivíduos se prevenissem. Por isso, conhecer um pouco da história do
seguro nos mostra o caminho que o mercado segurador trilhou até chegar
aos dias de hoje.

Se pudéssemos encontrar palavras para definir o surgimento da atividade


de seguros, certamente essas palavras seriam “solidariedade” e “mutua-
lismo”, princípios aplicados inclusive no contrato de seguros.

Saiba mais
Outras Curiosidades
Cerca de 2.500 anos antes de Cristo, os cameleiros da Babilônia, preocupados com
as constantes perdas nas caravanas, instituíram uma forma mutualística de amparar o
companheiro prejudicado, mediante um acordo por meio do qual as perdas ocorridas
durante a expedição seriam rateadas entre todos.
Os navegadores fenícios e hebreus também rateavam os prejuízos ocorridos durante
as suas viagens, principalmente nos mares Egeu e Mediterrâneo.
No século 12 d.C., surgiu uma modalidade de seguro chamada Contrato de Dinheiro a
Risco Marítimo, segundo a qual um financiador emprestava ao navegador o dinheiro
no valor da embarcação. Se a embarcação se perdesse, o navegador não devolvia o
dinheiro emprestado, mas, se a embarcação chegasse intacta ao seu destino, o dinhei-
ro emprestado era devolvido ao financiador, acrescido de juros.
No mesmo século 12, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos de Dinheiro
a Risco Marítimo e, consequentemente, surgiu uma forma similar de seguro denomina-
da Feliz Destino, pela qual um banqueiro comprava a embarcação, com a previsão de
recompra pelo vendedor. Se a embarcação chegasse sem sofrer qualquer sinistro, a
Cláusula de Recompra era acionada, e o banqueiro revendia a embarcação ao proprie-
tário original por um valor maior. Se a embarcação ou a carga se perdesse, o dinheiro
adiantado pelo banqueiro corresponderia à indenização pelo sinistro.
Em 1347, surgiu em Gênova, na Itália, o primeiro contrato de Seguro Marítimo, com a
emissão de apólice de seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 11


UNIDADE 1

NECESSIDADE DE
GERENCIAR OS RISCOS
Atualmente, não há como se pensar em Seguro sem entender que ele
deriva da necessidade de Gerenciar Riscos. Para tanto, precisamos primei-
ramente entender o que é “Risco”. Segundo a Normativa ABNT NBR ISO
31000, temos uma definição normatizada de risco:

“Risco é o efeito da incerteza nos objetivos.”

Os indivíduos e as organizações estão sujeitos a Riscos (incertezas), no


Dica curso dos objetivos traçados, portanto, o “Gerenciamento de Riscos” entra
como uma importante ferramenta de planejamento, visando à mitigação
1. Nem todos os riscos são desses riscos.
passíveis de serem tratados
por seguros. Mesmo assim,
há necessidade de medidas IDENTIFICAR
de gerenciamento e controle,
o que pode se tornar uma
oportunidade a mais para o REVISAR AVALIAR
corretor, ofertando trabalho de
consultor de riscos.
2. No mercado de seguros, RISCOS
os riscos acidentais têm maior
MONITORAR PLANEJAR
relevância por serem riscos
que, mesmo sendo previstos
muitas vezes, não podem
ser evitados, sejam eles IMPLEMENTAR
relacionados a Patrimônio,
Responsabilidades ou Pessoas
e Receita Líquida.
No processo de gerenciamento de riscos, o papel mais importante, seja
Você terá a oportunidade de do indivíduo ou de uma organização, é a “previsibilidade”. Existem riscos
conhecer mais conceitos do que precisam e podem ser controlados, como o risco de uma organização
Gerenciamento de Riscos em perder um colaborador considerado uma pessoa-chave para os negócios.
matéria específica. São usadas técnicas para evitar que essa pessoa deixe a organização, tais
como: salário, benefícios, incentivos/participações. Entretanto, o risco de
Morte (natural ou acidental) dessa mesma pessoa não pode ser controlado
pela organização e pode levá-la a prejuízos, não só nos negócios mas tam-
bém com indenizações à família.

Nesse ponto, o SEGURO se apresenta como alternativa para suportar


esses riscos, que são transferidos para a seguradora através das apóli-
ces, por exemplo: a morte ou invalidez do indivíduo, incêndio, roubo que
podem atingir o patrimônio, responsabilidades, entre outros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 12


UNIDADE 1

A transferência de risco visa evitar os prejuízos que podem levar ao dese-


quilíbrio econômico de um indivíduo, uma família ou uma empresa.

DEFINIÇÕES DE SEGURO
Seguro é um mecanismo de transferência de risco de uma pessoa ou
empresa para uma seguradora que assumirá esse risco. Ao transferir o
risco, uma pessoa ou empresa pagará determinado valor à seguradora.
Caso esse risco aconteça, a seguradora reembolsará as perdas sofridas.

FIGURA 1: TRANSFERÊNCIA DE RISCO

CONTRATO

TRANSFERÊNCIA
DO
RISCO
SEGURADO SEGURADORA SEGURADO

SINISTRO

O segurado Caso ocorra o risco


paga o Prêmio relacionado, a seguradora
paga a indenização

Entre as diversas definições de seguro, destacamos as seguintes:

“Contrato em virtude do qual um dos contratantes (segu-


rador) assume a obrigação de pagar ao outro (segurado),
ou a quem este designar, uma indenização, um capital ou
uma renda, no caso em que advenha o risco indicado e
temido, obrigando-se o segurado, por sua vez, a lhe pagar
o prêmio que se tenha estabelecido.”
(Houaiss)

TEORIA GERAL DO SEGURO 13


UNIDADE 1

"Operação pela qual, mediante o pagamento de uma peque-


na remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para
outrem, no caso da efetivação de um evento determinado,
uma prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um
conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo
com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.”
(Hermard)

OBJETIVO E FINALIDADE
DO SEGURO
Diante dessas definições, podemos dizer que o objetivo do seguro é
garantir a reposição de um bem ou minimizar a perda de uma pessoa ou
uma empresa por meio do pagamento da quantia estipulada no contrato.

A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico

Importante perturbado, sendo vedada, por lei, a possibilidade de se revestir do aspecto


de jogo ou de dar lucro ao segurado.

Quando um indivíduo morre, O seguro foi criado em função da necessidade de proteção contra o peri-
pode ser que sua família fique go, da incerteza do futuro e da imprevisibilidade dos acontecimentos.
econômica e financeiramente Progressivamente, foi aperfeiçoado, constituindo-se, atualmente, em um
desamparada, o que vem a mecanismo de atuação também no campo macroeconômico, uma vez que
ser um problema de ordem promove a acumulação de recursos por meio da formação das reservas
social. O mesmo acontece inerentes à atividade, além de contribuir para formar poupança interna e
em caso de invalidez, com para gerar investimentos no país.
a perda da capacidade
A finalidade do seguro está, portanto, vinculada à proteção dos indivíduos,
laborativa do responsável
da família e da própria sociedade, podendo, assim, ser dita de natureza
pelo sustento da família.
particular, mas que atinge, consequentemente, objetivo de ordem social ao
preservar condições de sustento individual ou familiar.

Isto é básico
O seguro não pode ser um jogo nem dar lucro ao segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 14


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 1

Marque a alternativa correta


1. A história nos mostra que o ser humano, ao longo da vida, por meio de
sua intelectualidade e seus esforços, tornou-se uma magnífica fonte de
geração de receitas, que podem ser convertidas em patrimônio físico, ren-
da ou até mesmo a implementação de novos negócios. Nesse contexto, a
partir da necessidade de proteger a fonte geradora das receitas (ser huma-
no), a própria receita e tudo o quanto ela pode gerar (patrimônio), surge:

a) A ENS.
b) O prêmio.
c) O risco.
d) O Seguro.
e) A ABNT.

2. Diante de um mercado em plena evolução, com avanço da tecnologia,


aumento dos players e flexibilização de produtos, existe uma necessidade
contínua de especialização dos profissionais que atuam como intermedia-
dores de seguros. Nesse sentido, eles precisam conhecer a fundo as Con-
dições Contratuais dos Produtos, estar atento às mudanças e entender sua
real responsabilidade no mercado.

Eles representam um papel que vai muito além da proteção de pessoas


e bens, eles são verdadeiros “Agentes do bem-estar social”. Nesse caso,
estamos falando de:

a) Seguradoras.
b) Susep.
c) Segurados.
d) Seguros.
e) Corretores de Seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 15


FIXANDO CONCEITOS

3. Na Pré-História, o homem se organizava em grupos de modo a garan-


tir o sustento e a segurança da comunidade. Nesse contexto, cada mem-
bro do grupo participava com alguma contribuição para apoiar uns aos
outros com interesse mútuo. A partir disso, foram surgindo novas formas
de garantir segurança ao longo do tempo.

Indique duas palavras que podem definir o surgimento da atividade de


seguros que são conceitos utilizados nos contratos atuais:

a) Patrimônio e saúde.
b) Previdência e perigo.
c) Solidariedade e mutualismo.
d) Fome e incerteza.
e) Incerteza e previsão.

4. As pessoas ou empresas estão sujeitas a diversos tipos de eventos


imprevisíveis, ou seja, a diversos tipos de riscos, como um incêndio ou
acidente de automóvel. O seguro pode ajudar as pessoas ou empresas a
diminuírem as preocupações futuras que poderão acarretar prejuízos.

Portanto, podemos afirmar que o seguro é definido como:

a) Um mecanismo de transferência de risco.


b) Um mecanismo de transferência do bem.
c) Um mecanismo de restabelecimento do equilíbrio do risco.
d) Um mecanismo de enriquecimento do segurado através de uma
indenização prevista em contrato.
e) Um mecanismo que visa ao lucro por meio da transferência do bem
para seguradora.

TEORIA GERAL DO SEGURO 16


FIXANDO CONCEITOS

5. O Sr. João da Silva tem uma indústria metalúrgica, que apresenta pro-
cessos de produção perigosos. Em seu processo de gerenciamento de
riscos, apesar de tomar todas as precauções com relação à segurança,
ele está preocupado com perdas financeiras causadas por indenizações
às famílias, concernentes à morte ou invalidez de funcionários a partir de
acidentes no exercício de suas funções.

Como o Sr. João pode buscar proteção para tais perdas?

a) Não há possibilidades, pois o risco de morte ou invalidez é intrínseco


à sua atividade.
b) Ele pode treinar melhor os funcionários para que não aconteçam
mortes.
c) Não há possibilidade de transferir esses tipos de riscos.
d) Ele deve transferir os riscos que não consegue controlar para uma
seguradora por meio de uma apólice de seguros.
e) Não existem seguros para esses tipos de riscos.

6. O objetivo do seguro é garantir a reposição de um bem ou minimizar a


perda de uma pessoa ou uma empresa por meio do pagamento da quantia
estipulada no contrato. Portanto, podemos afirmar que a finalidade espe-
cífica do seguro é:

(a) Restabelecer o equilíbrio econômico perturbado.


(b) Restabelecer o desequilíbrio econômico.
(c) Restabelecer a lucratividade do segurado.
(d) Restabelecer a operação do segurado.
(e) Devolver o bem ao segurado.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 17


PRINCÍPIOS
BÁSICOS
do SEGURO
02 UNIDADE 2

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Reconhecer os princípios ■ Conhecer as divisões
básicos do seguro e classificações dos
por meio de suas seguros, considerando ⊲ CARACTERÍSTICAS
características e de a sua natureza, a DO SEGURO
seus elementos básicos, responsabilidade pela sua
aplicando-os em situações operação e a classificação ⊲ ELEMENTOS BÁSICOS E
ESSENCIAIS DO SEGURO
reais de comercialização. dos seguros privados.
⊲ DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO
DO SEGURO

⊲ FIXANDO CONCEITOS 2

TEORIA GERAL DO SEGURO 18


UNIDADE 2

CARACTERÍSTICAS DO SEGURO
As características básicas do seguro são: Previdência, Incerteza e Mutualismo.

— Previdência
O seguro oferece proteção às pessoas com relação às perdas e aos
danos que venham a sofrer no futuro, atingindo a elas próprias ou às suas
propriedades ou bens. Dessa forma, verificamos que uma pessoa que se
preocupa em resguardar a si ou aos seus bens contra os prováveis riscos
a que estão expostos em seu dia a dia, adotando medidas de prevenção
e/ou contratando seguro, está sendo previdente.

— Incerteza
Na contratação do seguro, sempre há o elemento de incerteza: seja
­quanto à ocorrência (se vai acontecer) ou quanto à época (quando vai
acontecer). Nos Seguros de Vida, a incerteza refere-se somente à época.

— Mutualismo
Na atividade de seguros, entende-se por Mutualismo a reunião de um
grupo de pessoas com interesses seguráveis comuns, que concorrem
para a formação de uma massa econômica, com a finalidade de suprir,
em determinado momento, necessidades eventuais de algumas daque-
las pessoas do grupo ou de parte do grupo. Assim, o impacto financeiro
de um evento, que poderia ser fatal ou catastrófico para um indivíduo ou
empresa, é distribuído entre os integrantes de um grupo maior por custo
relativamente baixo.

TEORIA GERAL DO SEGURO 19


UNIDADE 2

Exemplos se apresentam de diversas formas em nosso cotidiano, como


quando um grupo de estudantes se cotiza para realizar uma festa de
­formatura ao término de seu curso ou quando os condôminos incluem em
suas cotas condominiais mensais um valor destinado à formação de um
fundo de reserva para fazer face às despesas eventuais não orçadas de
seu condomínio.

No caso de Mutualismo, as seguradoras reúnem todos os prêmios que rece-


bem em um fundo usado para pagar as perdas que ocorrem com frequência.

ELEMENTOS BÁSICOS
E ESSENCIAIS DO SEGURO
São cinco os elementos básicos e essenciais para que exista um seguro:
Risco, Segurado, Seguradora, Prêmio e Indenização.

Serão abordados também, além dos elementos básicos e essenciais do


seguro, outros conceitos como: estipulante, beneficiário e corretor de
seguros.

— Risco
Nas operações de seguro, risco é a possibilidade de ocorrência de um
evento aleatório que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo
de responsabilidades. Ele é assumido pela seguradora, que se obriga a
indenizar a importância segurada na ocorrência do risco coberto, mediante
o pagamento do prêmio do seguro realizado.

Risco é ainda o evento incerto ou de data incerta que independe da von-


tade das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. Risco é a
expectativa de sinistro. Sem risco, não faz sentido contratar um seguro.

Como já vimos, segundo a ABNT NBR ISO 31.000:2009, risco é o efeito da


incerteza em relação aos objetivos (das pessoas ou das empresas).

Sob o ponto de vista legal, o risco constitui o objeto do seguro, pois o


­segurado transfere à seguradora, por meio do seguro, o risco, e não o bem.

Não se faz seguro de vida, mas sim do evento morte. Não se faz seguro de
automóveis, mas sim dos riscos que podem causar danos ao veículo (por
colisão) ou a sua perda (por roubo).

TEORIA GERAL DO SEGURO 20


UNIDADE 2

Nas operações de seguro, as condições indispensáveis que definem o


­risco como segurável são:

Ser possível
Para que haja a possibilidade de seguro, deve haver uma probabi-
lidade de ocorrência. Segurar risco impossível de acontecer seria
o mesmo que admitir um contrato sem objeto.

Exemplo: para contratar um Seguro de Automóveis, é n­ ecessário


que a pessoa tenha algum interesse segurável (no caso desse
seguro, um veículo). Se a pessoa não tem um veículo próprio ou
sob sua responsabilidade, não existe bem a ser segurado. Logo,
também não há risco segurável.

Ser futuro
Considera a possibilidade de um risco futuro. Eventos já ocorridos
(sinistros) até o momento da realização do contrato não podem ser
admitidos como riscos e, portanto, não são seguráveis.

Exemplo: não se pode contratar um Seguro de Vida para garantir


a morte de alguém já falecido. Da mesma forma, não se pode
­contratar o Seguro de Automóveis para garantir o roubo ou furto
se o veículo já estiver desaparecido por roubo ou furto.

Ser incerto
A natureza incerta ou aleatória do risco não pode ser dissociada
do contrato do seguro. Logo, só se pode fazer seguro para garantir
riscos incertos, que podem ou não ocorrer, ou, no caso de risco
certo, que tenha data incerta para a ocorrência.

Exemplo: uma pessoa que se atira de um avião em pleno ar, de


grande altitude, sem paraquedas sabe as consequências que seu
ato pode acarretar.

Independer da vontade das partes contratantes


O risco deve ocorrer de forma acidental e não intencional.

Exemplo: se uma pessoa contrata o seguro de um imóvel para


garantir riscos de incêndio, queda de raio e explosão, e tem a
intenção de incendiá-lo, está descaracterizando a incerteza ­quanto
à ocorrência dos danos pelo fogo.

TEORIA GERAL DO SEGURO 21


UNIDADE 2

Resultar de sua ocorrência um prejuízo


É necessário que o contratante tenha algum interesse segurável
para que ele ou seu(s) beneficiário(s) venha(m) a receber indeni-
zação, ou seja, a ocorrência do risco deve comportar uma perda
ou prejuízo financeiro.

Exemplo: a ocorrência de um vendaval que atinja um imóvel e o


danifique gera prejuízo financeiro.

Ser mensurável
Se o risco não puder ser medido, a seguradora não poderá esta-
belecer um custo adequado para a sua aceitação.

Exemplo: o risco de acidentes na construção civil.

Com essas condições atendidas, poderíamos incluir mais duas:

Deve ser de interesse do segurador


O segurador deve querer subscrever o risco, ou seja, este deve
estar entre os demais riscos que o segurador tem como aceitáveis
em sua política de atuação.

Deve ser economicamente viável


Seu preço deve, ao mesmo tempo, ter capacidade de gerar con-
tribuição para a manutenção do mútuo e apreço comercial e ser
viável para os segurados.

Divisão e Classificação dos Riscos


Nas operações de seguros, existe a seguinte classificação de riscos:

Quanto à Natureza
Risco puro
Risco generalizado, que afeta a sociedade como um todo, para o
qual só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esse
tipo de risco é objeto de análise feita por técnicos de seguro, ou
seja, é segurável.

Exemplo: A possibilidade de morte dos indivíduos é um risco puro.


Se ocorrer a morte de alguém, haverá perda e, se não ocorrer, não
haverá perda.

Risco especulativo
Risco que envolve três possibilidades: perder, não perder ou ganhar.
Esse tipo de risco não é segurável no mercado de s­ eguros, uma vez
que envolve a possibilidade de ganho, v­ edado por lei nas opera­
ções dessa natureza. Deve ser tratado com ­técnicas comerciais.

TEORIA GERAL DO SEGURO 22


UNIDADE 2

Exemplo: Uma sapataria adquire determinada quantidade de


sapatos com a intenção de ­vendê-los por preço maior. Caso isso
aconteça, haverá ganho. Se a mercadoria for vendida pelo mesmo
preço, não haverá perda nem ganho. Entretanto, se o preço de
venda for inferior ao da compra, haverá perda.

Importante
Embora as expressões “riscos puros” e “riscos particulares” geralmente sejam utilizadas com
o mesmo significado, nos riscos particulares, os riscos se limitam a situações particularizadas,
enquanto, nos riscos puros, os riscos são generalizados. Observamos que em a ­ mbos só
existem duas possibilidades: perder ou não perder. Portanto, são riscos seguráveis.
Exemplos: o risco de explosão de uma indústria é um risco puro, enquanto o risco de explo-
são da indústria “X” é um risco particular.
A possibilidade de choque entre automóveis é um risco puro, enquanto o choque entre os
veículos de dois indivíduos identificados é um risco particular.

Quanto à Origem
Riscos fundamentais
Riscos impessoais que resultam de mutações sociais e econômi-
cas, afetando a coletividade. O tratamento desses riscos compete
ao Estado.

Exemplo: perdas decorrentes de guerra ou inflação.

Riscos particulares
Aqueles que afetam somente os indivíduos ou empresas em parti-
cular, e não a sociedade, e para os quais também só existem duas
possibilidades: perder ou não perder. Esses são riscos seguráveis,
a serem tratados por seguradores particulares.

Exemplo: morte ou invalidez de um cidadão.

TEORIA GERAL DO SEGURO 23


UNIDADE 2

FIGURA 4: ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO

DIVISÃO DOS CLASSIFICAÇÃO


ELEMENTOS
RISCOS DOS RISCOS

Ser Possível

Risco Puro
Ser Futuro
Quanto à Natureza
Ser Incerto
Especulativo
Independer da
RISCO Vontade das
Partes

Risco Fundamentais
Resultar em um
Prejuízo
Quanto à Origem
SEGURADO
Ser Mensurável Risco Particulares

SEGURADORA Ser de interesse


do Segurador
PRÊMIO
Ser Economica-
mente Viável
INDENIZAÇÃO

— Segurado
É a pessoa física ou jurídica em nome da qual o seguro é contratado. É
quem tem interesse economicamente no bem exposto ao risco e que trans-
fere para a seguradora, mediante o pagamento de certa quantia (­prêmio),
o risco de um determinado evento atingir o bem de seu interesse ou gerar
uma responsabilidade.

Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem existir


adicionalmente as figuras do estipulante e do beneficiário, assim qualificados:

■ Estipulante – é a pessoa física (natural) ou jurídica que contrata


apólice coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de
representação dos segurados perante a sociedade seguradora
nos termos da regulamentação em vigor – art. 801 do Código Civil
Brasileiro;
■ Beneficiário – é a pessoa física (natural) ou jurídica designada pelo
segurado para receber as indenizações devidas pelo segurador
ou, ainda, as pessoas legalmente reconhecidas como habilitadas
para este fim.

TEORIA GERAL DO SEGURO 24


UNIDADE 2

— Seguradora
É a pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos contratados
e responde junto ao segurado pelas obrigações assumidas. É responsável
por emitir a apólice — em caso de ocorrência de sinistro — e pagar indeni-
zação ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s).

As principais obrigações da seguradora são: gerenciar corretamente os


riscos que lhe são confiados e pagar o prejuízo resultante de risco coberto
assumido na ocorrência de sinistro, ou seja, indenizar o beneficiário de
acordo com as condições estabelecidas no contrato.

Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem


­existir adicionalmente as figuras do estipulante, do beneficiário e do tomador.

— Prêmio
É a prestação paga pelo segurado para a contratação do seguro, efetivada
com a emissão da apólice por parte da empresa seguradora. É o mesmo
que custo ou preço do seguro.

O prêmio deve ser especificado no contrato de seguro, de forma a g


­ arantir
que o segurador assuma a responsabilidade de um determinado risco.
Com o pagamento do prêmio, o segurado adquire o direito à indenização
previamente combinada e devidamente estabelecida, desde que o sinistro
corresponda ao risco coberto pelo contrato de seguro.

O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de seguro. A falta de


pagamento, nas condições legais e contratualmente estabelecidas, implica
a dispensa da obrigação de indenizar por parte da seguradora, na forma do
art. 763 do Código Civil e conforme regras a seguir (quadro "importante").

O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo
estipulante, podendo ainda ser fracionado ou dividido em parcelas (com
ou sem juros, por decisão do segurador).

TEORIA GERAL DO SEGURO 25


UNIDADE 2

Importante
A falta de pagamento do prêmio à vista ou da 1ª parcela, em seguros parcelados, nas
condições estabelecidas, implica o cancelamento automático do contrato, independen-
temente de qualquer interpelação judicial ou extrajudicial.
A falta de pagamento de demais parcelas que não a primeira, em seguros parcelados,
pode implicar no cancelamento do seguro, dependendo da relação entre o prêmio pago
e a vigência já transcorrida pelo seguro. Decorrida a vigência a que o segurado tem direi-
to pelo prêmio pago, o contrato será cancelado pela inadimplência das demais parcelas.

Saiba mais
O prêmio pago pelo segurado se refere a todo o período de vigência do seguro.
Entretanto, as ­seguradoras denominam prêmio ganho à parcela de prêmio relativa ao
período de tempo do risco já passado.
Exemplo: se a seguradora emitiu uma apólice anual e decorreram 210 dias do prazo do
seguro sem a ocorrência de sinistro no período, o prêmio correspondente a 210/365 do
prêmio anual é denominado prêmio ganho..

— Indenização
É a contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do
risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a sofrer prejuízos
de natureza econômica, tendo direito à indenização acordada.

A indenização é considerada um dos elementos do seguro por ser a con-


traprestação da seguradora ao segurado, caso ocorra um sinistro coberto.

Dessa forma, se, por um lado, o segurado tem por obrigação pagar um
prêmio à seguradora quando contrata um seguro, por outro, a seguradora
tem por obrigação efetuar o pagamento de uma indenização ao segurado
quando ocorre um risco coberto pelo contrato de seguro (sinistro).

TEORIA GERAL DO SEGURO 26


UNIDADE 2

Exemplo
Suponha que uma empresa X tenha negociado com a Seguradora Imaginária um
seguro de vida em grupo, para todos os seus funcionários, com cobertura de morte
(qualquer causa) e invalidez permanente, ao custo mensal de R$ 12.000,00. Suponha
também que, durante a vigência do seguro, houve o óbito de um funcionário, cabendo
à esposa e aos filhos uma indenização de R$ 100.000,00.
Identificamos, nesse exemplo, os seguintes elementos:
■ Estipulante: empresa X.
■ Seguradora: Imaginária.
■ Segurados: todos os funcionários da empresa X.
■ Riscos cobertos: morte (qualquer causa) e invalidez permanente.
■ Prêmio Mensal: R$ 12.000,00.
■ Indenização: R$ 100.000,00.
■ Beneficiários: esposa e filhos do funcionário falecido.

Não esqueça:

Seguro é um contrato entre duas partes — o segurador (pessoa jurídica)


e um segurado (uma empresa ou pessoa física) —, no qual está prevista
a possibilidade de um determinado acontecimento, o risco, pelo qual se
paga uma quantia, o prêmio, para que, quando ocorra esse acontecimento
(sinistro), haja a reparação dos danos, que é a indenização ao segurado
ou a terceiros (os beneficiários).

DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO
DO SEGURO
Os seguros são classificados de acordo com vários pontos de vista, entre
eles: quanto à responsabilidade pela sua operação, quanto à sua
natureza e quanto aos ramos de seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 27


UNIDADE 2

— Quanto à Responsabilidade
pela sua Operação
São divididos em Seguros Sociais e Seguros Privados:

Seguros Sociais
São aqueles operados pelo Estado por meio da Previdência Social.
Incluem assistência médica, aposentadoria, pensão, acidentes de
trabalho e outros benefícios, como os concedidos no âmbito do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Seguros Privados
São os operados por empresas privadas de seguro. Podem ou não
ser obrigatórios e podem apresentar ainda características sociais,
como é o caso do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais C­ ausados
por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

— Quanto à Natureza
Saiba mais Seguros de Danos
Destinam-se à reparação, à compensação de um dano sofrido. É a
Sobre Seguros de Danos – reparação de perdas materiais em consequência de risco coberto e
art. 778 a 788 do Código Civil prejuízos aos bens de propriedade do segurado. São consideradas
Brasileiro. coberturas nos Seguros de Danos: incêndio, roubo, furto, por exemplo.

Seguros de Pessoas
Garantem pessoas contra os riscos a que estão expostas: sua
existência, sua integridade física e sua saúde. No Seguro de Pes-
soas, não há o conceito de reparação de danos. São consideradas
coberturas dos Seguros de Pessoas: morte, invalidez, por exemplo.

— Quanto à Classificação
dos Seguros Privados
O Código Civil Brasileiro instituiu uma nova divisão dos seguros em
­Seguros de Danos e Seguros de Pessoas. A legislação atual classifica os
seguros da seguinte forma:

Ramos Elementares
São aqueles seguros que visam garantir perdas e danos ou
responsabi­lidades provenientes de riscos de fogo, transporte, aciden-
tes pessoais e outros eventos que possam ocorrer e afetar pessoas,
coisas e bens, responsabilidades, obrigações, garantias e direitos.

TEORIA GERAL DO SEGURO 28


UNIDADE 2

Pessoas (Vida)
São os seguros que, com base na duração da vida humana, visam
garantir a segurados ou a terceiros o pagamento, dentro de determi-
nado prazo e condições, de quantia certa, renda ou outro benefício.

Como exemplos de Seguros de Pessoas, temos: Seguro de


Vida, Seguro Funeral, Seguro de Acidentes Pessoais, Seguro
­Educacional, Seguro Viagem, Seguro Prestamista, Seguro de Diária
por Internação Hospitalar, Seguro-Desemprego (perda de renda),
Seguro de Diária de Incapacidade Temporária, Seguro de Perda de
Certificado de Habilitação de Voo.

As sociedades seguradoras autorizadas a operar Seguros de


Pessoas podem também operar Seguro de Acidentes Pessoais
e Seguro Habitacional, na forma regulamentada pelo Conselho
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de
Seguros Privados (Susep).

No que se refere à classificação dos Seguros Privados, esta foi


inicialmente determinada pelo Decreto n° 61.589/1967, que mais
recentemente foi modificado pela MP n° 2.177-44/2001. Com a cria-
ção da ANS pela Lei nº 9.961, as atribuições que eram do CNSP e
da Susep passaram para o Conselho de Saúde Suplementar (CON-
SU) e para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tendo
como resultado dessa mudança a retirada do ramo Saúde da regu-
lamentação da Susep.

Atenção
Saúde Suplementar / Plano de Saúde / Seguro Saúde
A saúde suplementar é o ramo da atividade que envolve a operação de planos e seguros
privados de assistência médica à saúde, regulada e fiscalizada pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS).
Plano de saúde é um serviço que fornece atendimento de assistência médica à saúde, por
meio de exames, consultas e procedimentos, de modo contínuo, mediante ao pagamento
de um valor mensal pelo cliente e podem ser operados tanto por empresas seguradoras
quanto por operadoras.
Apesar da confusão que boa parte da população faz ao se referir aos planos de saúde como
seguro saúde, existem diferenças bem específicas entre eles. No seguro saúde, o consumi-
dor não fica limitado à rede credenciada de profissionais, clínicas, hospitais e laboratórios,
podendo escolher os locais e profissionais de sua preferência, sendo o custo de utilização
reembolsado posteriormente de acordo com o plano escolhido.

TEORIA GERAL DO SEGURO 29


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 2

Marque a alternativa correta


1. Durante a Pandemia de Covid-19, muitas pessoas no mundo perderam
seus empregos, tiveram mudanças significativas em seus padrões de vida
e precisaram recorrer ao atendimento público de saúde. Quando ocorrem
mutações sociais e econômicas que afetam toda a coletividade, diz-se que
surgem riscos cujo tratamento compete ao Estado.

Nesse caso, tais riscos são chamados de:

a) Riscos fundamentais.
b) Riscos particulares.
c) Riscos estaduais.
d) Riscos originais.
e) Riscos especulativos.

2. Um empresário que atua no setor de tecnologia (venda de notebooks),


comprou uma grande remessa de equipamentos. Ele estima vendê-los
num curto espaço de tempo e com um preço que lhe garantirá uma boa
lucratividade. Entretanto, ele tem medo de que seu plano não flua como
esperado e demore muito para vender, gerando risco de perda financeira.
Apesar de ser um risco, não há como se garanti-lo por meio dos seguros.

Esse tipo de risco é definido como:

a) Risco Puro.
b) Risco Particular.
c) Risco Especulativo.
d) Risco Decorrido.
e) Risco Fundamental.

TEORIA GERAL DO SEGURO 30


FIXANDO CONCEITOS

3. Uma indústria metalúrgica teve, recentemente, uma morte de funcioná-


rio, e ela não tinha contratado nenhuma proteção para essa eventualidade.
A partir desse evento, chamou seu corretor e contratou uma apólice de
seguros de Vida Coletivo através de uma seguradora. O corretor fez con-
trato pelo CNPJ da empresa.

Como a empresa figurará na apólice?

a) Segurado.
b) Beneficiário.
c) Responsável financeiro.
d) Estipulante.
e) A empresa não figurará na apólice.

4. Manoel contratou seguro para sua residência, pois teme por riscos que
possam lhe causar prejuízos, tais como incêndio e roubo. A Susep classifi-
ca os seguros sob vários pontos de vista, seja pela sua operação, pela sua
natureza ou, no segmento privado, de acordo com destinação dos ramos.

Portanto, podemos afirmar que, de acordo com a sua natureza, o seguro


residencial é um seguro de:

a) Pessoas.
b) Danos.
c) Social.
d) Benefícios.
e) Especulação.

5. Ao longo dos estudos já entendemos que os seguros têm a sua defi-


nição, seus objetivos e finalidade, além dessas definições o seguro tem
algumas características que são intrínsecas a ele, são elas:

a) Apólice, indenização e prêmio.


b) Incerteza, mutualismo e previdência.
c) Indenização, teoria das probabilidades e sinistro.
d) Solene, boa-fé e fundamental.
e) Risco puro, fundamental e especial.

TEORIA GERAL DO SEGURO 31


FIXANDO CONCEITOS

6. Para que o risco seja segurável, são indispensáveis alguns parâmetros.


Desse modo, podemos destacar que o risco:

a) Deve apenas depender da vontade das partes.


b) Deverá causar prejuízo de ordem financeira e ser imensurável.
c) Deve ser possível, futuro e incerto.
d) Deve ser mensurável e incerto em alguns casos.
e) Deve ser impossível, futuro e incerto.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 32


A OPERAÇÃO
de SEGUROS
03 UNIDADE 3

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Entender o processo de
operação do seguro e
suas partes integrantes, ⊲ A OPERAÇÃO DE SEGUROS
desde o desenvolvimento ⊲ DESENVOLVIMENTO DO
do produto e seus PRODUTO
elementos integrantes,
sua comercialização até ⊲ SUBSCRIÇÃO DE RISCO
a regulação de sinistros,
identificando os riscos ⊲ PRECIFICAÇÃO DO SEGURO
cobertos e excluídos.
⊲ COMERCIALIZAÇÃO DO
SEGURO

⊲ INSTRUMENTOS CONTRATUAIS

⊲ COBRANÇA DE PRÊMIO

⊲ PRAZO DE VIGÊNCIA
DO SEGURO

⊲ SINISTRO E INDENIZAÇÃO

⊲ DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS

⊲ RISCOS COBERTOS E NÃO


COBERTOS OU EXCLUÍDOS

⊲ FIXANDO CONCEITOS 3

TEORIA GERAL DO SEGURO 33


UNIDADE 3

A OPERAÇÃO DE SEGUROS
Vimos, em sua definição, que seguro é uma transferência de risco de uma
pessoa ou empresa para uma companhia de seguros. Veremos, agora,
como ocorre essa transferência, ou seja, como se contrata um seguro.

A contratação de um seguro envolve a conjugação de diversas partes inte-


grantes desse processo e que serão alvo dos estudos dessa unidade:

■ Desenvolvimento do Produto;
■ Subscrição do Risco;
■ Precificação do Seguro;
■ Comercialização do Seguro;
■ Instrumentos Contratuais;
■ Cobrança de Prêmio;
■ Prazo de Vigência;
■ Sinistros e Indenizações;
■ Disposições Contratuais;
■ Riscos Cobertos e Não Cobertos ou Excluídos.

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
A concepção de determinado produto de seguros se dá com base na
demanda de mercado percebida e para o público alvo definido (clientes
potenciais). Nesse momento, são definidos pontos fundamentais, como:
os bens e riscos cobertos e excluídos; as coberturas a oferecer para o
­segmento focado; as políticas de precificação (tarifas) e subscrição; suas
condições contratuais; a nota técnica atuarial. Antes de sua ­comerciali­zação,
a seguradora precisa registrar produto na Susep.

TEORIA GERAL DO SEGURO 34


UNIDADE 3

O desenvolvimento de um produto pressupõe ainda a definição e desenvol­


Saiba mais vimento de processos (rotinas operacionais) e ferramentas sistêmicas que
representarão os alicerces de toda sua operação.
As ferramentas de
cálculo e contratação de
seguros massificados As seguradoras acompanham constantemente o desempenho de seus
disponibilizadas pelas produtos, verificando se suas rotinas estão fluindo de forma satisfatória e
seguradoras aos
corretores contemplam, se seus resultados atingidos estão dentro dos objetivos planejados. Como
em seus parâmetros, as consequência, os produtos de seguros são constantemente a ­jus­tados
políticas de precificação pelas seguradoras para que sejam mantidos em consonância com os obje-
(tarifas) e subscrição dos
respectivos produtos. tivos de performance para eles traçados.
Ao utilizar tais ferramentas,
o corretor acessa tais
parâmetros de forma
eletrônica, o que permite
uma maior rapidez e
praticidade na oferta de SUBSCRIÇÃO DE RISCO
seguros aos clientes.
Para as seguradoras, tal
processo representa um Subscrição é o processo pelo qual uma seguradora determina se deve ou
ganho de escala quanto
à captação de seguros não aceitar uma proposta de seguro e, se optar por aceitar, define quais
massificados de forma termos e condições serão aplicados além do nível de prêmio a cobrar.
otimizada e a custos viáveis
de contratação. Esse processo é executado por um profissional chamado de subscritor de
riscos, que, a partir dos elementos da proposta, avalia e mensura os riscos,
decidindo se irá aceitá-los ou recusá-los.

São atividades desse processo:

■ Decidir quais riscos são aceitáveis;


■ Determinar qual o prêmio será cobrado;
■ Decidir quais os termos e as condições do contrato de seguro;
■ Monitorar cada uma dessas decisões.

PRECIFICAÇÃO DO SEGURO

Como são calculados os produtos de seguros?


Na comercialização de qualquer produto ou serviço, o preço é um dos
fatores decisivos para o consumidor fechar uma compra. Em seguros, não
é diferente. Quanto mais coberturas e serviços uma seguradora oferece,
mais a qualidade dos serviços reflete no custo do seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 35


UNIDADE 3

É importante, para o corretor de seguros, entender como funciona a preci-


ficação do seguro, porque esse conhecimento o ajudará a esclarecer seus
clientes na decisão ou no fechamento de uma venda, fazendo com que este
adquira um seguro adequado às suas necessidades por um preço justo.

Parâmetros gerais utilizados


para calcular o prêmio
Prazo do seguro (período de vigência do seguro): quanto maior o prazo de
vigência do seguro, maior será seu custo.

Importância segurada/LMI ou Capital Segurado: quanto maior a verba


segurada de uma cobertura, maior será seu custo na apólice.

Exposição ao risco: consequência direta da probabilidade de ocorrência


de sinistro (valor matemático do risco) e da severidade de prejuízos, caso
esse sinistro venha a ocorrer (custo médio dos sinistros). Exemplo: quanto
maior o índice de roubo de um veículo, maior será o custo da cobertura
contra roubo e furto na apólice.

Elementos que compõem o prêmio


O prêmio que será efetivamente cobrado do segurado pela seguradora é
composto por elementos que são particulares de cada ramo, por exemplo:
no Vida, a tábua de mortalidade; nos seguros de Ramos Elementares, o
prêmio estatístico (princípio do mutualismo).

Alguns elementos são comuns a todos os seguros, pois eles definem


aspectos importantes da composição do prêmio.

São eles:

a) Prêmio de risco: é o prêmio mínimo necessário para suportar a sinis-


tralidade de uma carteira ou grupo de segurados.
b) Despesas:
» Administrativas: responsabilidade do segurador, destinadas
à administração do seu negócio (pessoal, aluguel, comunica-
ções, investimentos em sistemas);
» Comerciais: gastos decorrentes do processo comercial de dis-
tribuição e venda do seguro (comissão do corretor, material de
propaganda, custos com veiculação de propaganda na mídia);
c) Remuneração do capital: remuneração esperada pelos sócios
investidores = Lucratividade da Seguradora;
d) Encargos e impostos: juros de parcelamentos e impostos (Ex.:
IOF – Imposto sobre operações financeiras).

TEORIA GERAL DO SEGURO 36


UNIDADE 3

O prêmio de cada seguro deve ser estabelecido em um nível adequado,


de forma a permitir que o total de prêmios pagos por um grupo de segura-
dos similares pague as perdas e despesas desse grupo, além de garantir
financeiramente toda a cadeia produtiva (seguradores, corretores, repre-
sentantes, empresas de serviços e acionistas etc.).

O que as seguradoras fazem com os prêmios que arrecadam?


Por determinação legal, as seguradoras não podem dispor livremente dos prêmios recebidos.
As características dos negócios das seguradoras exigem que elas tenham condições
de honrar com os compromissos assumidos, ou seja, elas são obrigadas a constituir
­provisões para isso. Essas provisões são denominadas RESERVAS TÉCNICAS.
Os prêmios arrecadados com o seguro são utilizados para diversos fins pelas seguradoras.
Por exemplo:
■ Constituem uma reserva para pagamento dos sinistros.
■ Pagam as despesas envolvidas em vender e disponibilizar a proteção do seguro.
■ Investem o dinheiro que não será necessário de imediato. As receitas desses
­investimentos ajudam a limitar o custo do seguro para os segurados.

Classificação do Prêmio
O prêmio pode ser classificado como:

Contributário
Quando pago total ou parcialmente pelo segurado.

Exemplo: seguro contratado por uma empresa para seus empre-


gados, sendo parte do prêmio paga pelos funcionários e parte
pela empresa; ou seguro contratado por uma empresa para seus
empregados, com 100% do prêmio pago pelo segurado.

Não contributário
Quando o segurado não tem responsabilidade ou o ônus do
pagamento.

Exemplo: seguro contratado por uma empresa para seus empre-


gados, com 100% do prêmio pago pela empresa.

TEORIA GERAL DO SEGURO 37


UNIDADE 3

COMERCIALIZAÇÃO DO SEGURO
Como formas de comercialização de seguros, temos:

Venda direta
A venda direta de seguros, sem a intermediação de corretores,
é permitida por lei. O seguro pode ser contratado diretamente
pelo proponente, porém, por meio de representantes devida-
mente autorizados pelas sociedades seguradoras.

O representante do seguro é a pessoa jurídica que assume a obri-


gação de promover, em caráter não eventual e sem vínculos de
dependência, a realização de contratos de seguro à conta e em
nome da seguradora e de acordo com os poderes delimitados no
contrato firmado com ela (Resolução CNSP n° 431/2021).

A figura do representante não se confunde com a do c­ orretor


de seguros nem com a do estipulante. É também vedado ao
represen­tante o exercício da atividade de corretagem de seguros
ou a
­ tuação como estipulante.

Venda intermediada pelo corretor de seguros


É a forma mais comum de contratação de seguros. O mercado
de seguros é um mercado muito técnico e exige especialização/­
formação técnica de quem irá atender ao segurado devido à
­complexidade dos contratos de seguros.

O corretor de seguros é um profissional habilitado, especializado,


autorizado a comercializar os produtos das seguradoras.

Por meio de um corretor oficial, uma pessoa encaminha uma pro-


posta para uma seguradora, que avalia o risco e decide se aceitará
ou não. Caso aceite, emitirá uma apólice.

O papel principal do corretor de seguros é identificar as necessi-


dades do cliente, ajudando-o a analisar e a avaliar os riscos aos
quais está exposto, e a buscar planos de seguros mais adequados,
visando reduzir possíveis perdas financeiras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 38


UNIDADE 3

Para ajudar um futuro cliente a identificar as necessidades de cobertura, o


primeiro passo é a compreensão de exposição aos riscos a que ele está
sujeito. Não é uma tarefa simples — especialmente quando se trata de
uma indústria que tem atuação em vários estados, por exemplo. Por isso, a
­intermediação de um profissional com especialização técnica é fundamental.

INSTRUMENTOS CONTRATUAIS
Para se contratar um seguro, alguns instrumentos contratuais são essenciais:
a proposta e a apólice.

— Proposta
A proposta de seguro é um formulário específico de cada produto de
Importante ­seguro, que advém da cotação prévia realizada, e que pode contemplar
as respostas de um questionário detalhado a ser preenchido pelo propo­
Cabe destacar que somente nente que se candidata à contratação de um seguro.
aquele que possua legitimidade
Da proposta, devem constar dados do proponente, dados do bem a ser
e capacidade jurídica para
segurado, forma de exposição ao risco relativo à pessoa ou ao bem a ser
preencher e assinar a proposta
segurado, formas de contratação e outras informações que influenciarão
poderá fazê-lo, ou seja, o
o custo do seguro.
proponente, o estipulante
ou o corretor de seguros O corretor de seguros deve orientar o proponente no preenchimento da
habilitados (estes dois últimos proposta. É importante frisar que a análise e a aceitação do risco, feitas
em certas situações específicas pela seguradora, tomam por base os dados da proposta. Por isso, são de
autorizadas por lei). fundamental importância os dados ali contidos, considerando os princípios
da boa-fé e a veracidade das declarações que caracterizam o contrato. A
boa-fé é uma característica do contrato do seguro.

Saiba mais
Com o avanço da tecnologia, a contratação de seguros por “meios remotos” vem cres-
cendo entre as seguradoras. A Circular Susep 408/2021, que regulamenta esse tipo de
contratação, estabelece:
Art. 4º É permitido o uso de meios remotos para emissão, envio e disponibilização, con-
forme o caso, de documentos relativos à contratação do produto, tais como propostas,
documentos contratuais, documentos de cobrança, notificações, extratos, condições
contratuais, regulamentos, materiais informativos e comunicados.
Art. 5º As propostas de seguro e de previdência complementar aberta poderão ser
preenchidas e formalizadas por meio remoto seguro aceito pelas partes como válido, ne-
cessariamente de forma autenticada e passível de comprovação da autoria e integridade.

TEORIA GERAL DO SEGURO 39


UNIDADE 3

Por meio da análise dos elementos da proposta, a seguradora mensura o


risco e avalia se poderá assumi-lo ou não. Sua finalidade é, portanto, satis-
fazer uma necessidade técnica.

A proposta servirá de base para a emissão da apólice de seguro, caso o


risco seja aceito pela seguradora. Ela é indispensável, conforme determi-
nado no art. 759 do Código Civil Brasileiro, e seus critérios de aceitação
encontram-se regulamentados por legislações da Susep.

O artigo cita a proposta, como segue: “A emissão da apólice deverá ser


Atenção precedida da proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais
do interesse a ser garantido e do risco”.
Confira modelos de proposta
nos anexos 1 e 2. A proposta é dispensada em caso de seguro contratado por meio de bilhete.

Regras de Aceitação da Proposta


Sobre a Aceitação do Seguro, a Circular Susep 642/2021, estipula:

Art. 3º A celebração, a alteração ou a renovação não auto-


Atenção mática do contrato de seguro somente poderão ser feitas
mediante proposta preenchida e assinada pelo proponen-
Caso a aceitação da proposta te, seu representante legal ou corretor de seguros, exceto
dependa de contratação ou quando a contratação se der por meio de bilhete.
alteração da cobertura de
resseguro facultativo, os prazos
mencionados serão suspensos § 1º A proposta deverá conter os elementos essenciais ao
até que o ressegurador se exame e aceitação do risco.
manifeste formalmente.

§ 2º Caberá à sociedade seguradora fornecer ao propo-


nente, seu representante legal ou corretor de seguros, o
protocolo que identifique a proposta por ela recepcionada,
com indicação da data e hora de seu recebimento.

Art. 4º A proposta e as condições contratuais deverão


prever, de forma clara, objetiva e em destaque, o prazo
máximo para aceitação ou recusa da proposta, bem como
as eventuais hipóteses de suspensão do referido prazo,
devendo a sociedade seguradora se manifestar expressa-
mente sobre o resultado da análise.

§ 1º A emissão e o envio da apólice ou certificado individual


dentro do prazo de que trata caput substitui a manifesta-
ção expressa de aceitação da proposta pela sociedade
seguradora.

TEORIA GERAL DO SEGURO 40


UNIDADE 3

§ 2º A proposta e as condições contratuais poderão prever


que a ausência de manifestação da sociedade segurado-
ra no prazo previsto no caput caracterizará a aceitação
tácita da proposta.

§ 3º Caso as condições contratuais não estipulem a acei-


tação tácita ao término do prazo estabelecido no caput, a
ausência de manifestação expressa sobre o resultado da
análise sujeitará a sociedade seguradora às penalidades
administrativas cabíveis, bem como caracterizará a recusa
da proposta.

§ 4º Em qualquer hipótese, a sociedade seguradora deverá


comunicar formalmente ao proponente, ao seu represen-
tante legal ou corretor de seguros, a decisão de não aceita-
ção da proposta, com a devida justificativa da recusa.

Art. 5º A data de aceitação da proposta será aquela que


ocorrer primeiro entre:

I – a data da manifestação expressa pela sociedade segu-


radora;

II – a data de emissão da apólice ou certificado individual


com consequente envio e/ou disponibilização do docu-
mento contratual; ou

III – a data de término do prazo previsto no caput do art.


4º, quando caracterizada a aceitação tácita da proposta
prevista no § 2º do mesmo artigo.

Art. 6º Caso o prazo de que trata o caput do art. 4º seja


maior do que quinze dias, se aceita a proposta, a socieda-
de seguradora não poderá efetivar cobrança de qualquer
valor a título de prêmio, antes da confirmação de manuten-
ção de interesse e autorização expressa pelo proponente.

Art. 7º A cobrança total ou parcial de prêmio antes da acei-


tação da proposta somente é admitida em caso de ofere-
cimento de cobertura provisória ao proponente, para sinis-
tros ocorridos no período de análise da proposta, e desde
que expressamente prevista nas condições contratuais e
solicitada pelo proponente na proposta.

TEORIA GERAL DO SEGURO 41


UNIDADE 3

§ 1º No caso de aceitação da proposta, a seguradora


poderá considerar o período de cobertura provisória como
de efetiva vigência, desde que haja tal previsão nos docu-
mentos contratuais.

§ 2º No caso de recusa do risco, a cobertura provisória


poderá ser encerrada imediatamente, devendo o critério
de encerramento da mesma estar, de forma clara e em
destaque, indicado na proposta e nas condições contra-
tuais do seguro.

§ 3º No caso previsto no §2º deste artigo, deverá ser res-


tituído ao proponente, no prazo máximo de dez dias cor-
ridos a contar da data de formalização da recusa da pro-
posta, pelo menos, a diferença entre o valor pago pelo
proponente e o valor correspondente ao período em que
tiver prevalecido a cobertura.

Art. 8º A proposta deverá indicar a data de início de vigên-


cia do seguro ou o critério para sua determinação, poden-
do coincidir com a data de aceitação da proposta.

— Apólice
A apólice é o contrato do seguro assinado
entre o segurado e a seguradora.
O contrato de seguro tem as seguintes características fundamentais:

■ Nominado: os contratos previstos em lei são classificados como


nominados, e o contrato de seguro está previsto nos arts. 757 a
802 do Código Civil Brasileiro.
■ Adesão: o contrato de seguro é contrato de adesão, pois a
­seguradora, na maioria dos casos, redige unilateralmente as c­ láusulas
e as submete à aprovação do órgão regulador competente, restando
ao proponente aderir ao seu conteúdo sem possibilidade de propor
mudanças no clausulado. A exceção ocorre nos seguros de grandes
riscos, nos quais as partes, em razão da complexidade do risco e do
envolvimento econômico do interesse segurável, discutem e ajustam
conjunta e previamente as cláusulas contratuais.
Atenção ■ Bilateral: o contrato de seguro é assim definido, pois segurado e
Confira exemplos de apólices segurador detêm obrigações recíprocas.
nos Anexos 3, 4 e 5. ■ Oneroso: o contrato de seguro será sempre oneroso, ocorrendo ou
não o sinistro, pois o segurado paga um prêmio, havendo a ocorrência
de um risco coberto, e o segurador sempre pagará uma indenização.

TEORIA GERAL DO SEGURO 42


UNIDADE 3

■ Aleatório: o contrato de seguro é também aleatório, porque se encon-


tra fundamentado na possibilidade de ocorrência ou não do risco.
■ Formal ou solene: os contratos de seguro são assim compreendi-
dos porque exigem formato previsto em lei.
■ Da máxima boa-fé: o contrato de seguro é assim caracterizado
porque obriga as partes a atuarem com a máxima honestidade na
interpretação de seus termos e na determinação do significado
dos compromissos assumidos.
É fundamental que o segurado faça declarações verdadeiras e ­completas,
não omitindo nada sobre as circunstâncias que envolvem o risco, objeto
do seguro, sob pena de perder o direito ao recebimento da indenização
(art. 766 do Código Civil). É justamente com base nas informações e nas
declarações do segurado que a seguradora mensura o risco proposto e
faz sua taxação, fixando o respectivo prêmio. A seguradora pode, inclu-
sive, rejeitar a proposta do seguro, a partir da análise de informações e
declarações do segurado.

Se, posteriormente, na vigência do contrato de seguro, for descober-


ta ­alteração no risco por omissão do segurado na contratação, isso pode
­acarretar a perda de direito indenizatório, uma vez que a seguradora foi indu-
zida ao erro, podendo ter recusado o risco ou ter agravado a taxa do prêmio.

Definição de apólice
A Apólice é o documento que formaliza o contrato de seguro, estabele-
cendo os direitos e as obrigações da seguradora e do segurado. A Apóli-
ce de seguro caracteriza a aceitação dos itens discriminados na Proposta
e o compromisso formal da seguradora em atender todas as obrigações
advindas das cláusulas contidas na Proposta.

É o documento emitido pela seguradora que se traduz no contrato de


seguro propriamente dito e que contém as cláusulas e Condições Gerais,
Especiais e/ou Particulares do contrato.

O art. 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um acor-


do em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a
­garantir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem,
contra riscos predeterminados.

O art. 758 do Código Civil Brasileiro cita a apólice: “O contrato de seguro


prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete de seguro, e, na falta
deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio”.

A emissão da apólice, do certificado ou do endosso será feita em até 15


(quinze) dias, contados a partir da data da aceitação da proposta.

Tipos de apólices
No que se refere às apólices, além das tradicionais, utilizadas pelos
diversos ramos de seguro, existem outros tipos que servem para

TEORIA GERAL DO SEGURO 43


UNIDADE 3

atender a situações específicas. Entre esses tipos específicos de


apólice, destacamos as seguintes:

■ Apólice de averbação ou aberta: adotada principalmente nos


Ramos de Seguros de Transportes, sendo também denominada
“apólice de averbações”. Destina-se à inclusão por averbações de
verbas e bens a segurar. É recomendada para segurados que efe-
tuam embarques com frequência.
■ Apólice ajustável: típica de seguro de armazéns ou depósitos, em
que o valor em risco é variável no decorrer da vigência do seguro.
Nesse tipo de apólice, geralmente, o segurado paga um prêmio de
depósito, que é ajustado periodicamente em função do valor real
do estoque segurado.
■ Apólice avulsa: destinada a cobrir riscos eventuais e transitórios,
é muito comum no Ramo Transportes e visa à cobertura de um
­único embarque. A contratação dessa apólice é recomendada
para empresas que não efetuam embarques com frequência.

Alterações na apólice – endosso


Durante a vigência de um contrato de seguro, é comum a necessi­
dade da emissão de um documento denominado endosso ou
­aditivo para o processamento de alterações, de complementações
e até mesmo do cancelamento do contrato.

Os endossos podem ser de três tipos diferentes, em função da


movimentação ou não de prêmio, a saber:

■ Endosso de cobrança: usado para cobrar eventuais d ­ iferenças


de prêmio, em função dos riscos que resultem no agravamento
de taxa, ou quando o segurado desejar aumentar a importância
segurada, ampliar as coberturas anteriormente contratadas ou
substituir por outro bem cujo custo do seguro é mais elevado.
Exemplo: um segurado substitui seu veículo por um modelo
idêntico, mas um ano mais novo do que o anterior. Nesse caso,
o valor da respectiva importância segurada será aumentado
e, provavelmente, também o prêmio do seguro, gerando a
cobrança de prêmio adicional.

■ Endosso de restituição: usado para proceder a eventuais


devoluções de prêmio resultantes de alterações de taxas, por
modificações nos riscos do contrato ou extinção de garantias.
Exemplo: um segurado que deseja cancelar seu seguro anual,
após terem decorrido dois meses do início do contrato.

■ Endosso sem movimento: utilizado quando a modificação efe-


tuada não resulta em qualquer alteração de prêmio ou taxa.
Exemplo: endosso de alteração ou retificação do nome
do segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 44


UNIDADE 3

— Outros Instrumentos Contratuais


Para complementar o contrato de seguro, podem ainda ser adotados
outros instrumentos contratuais, como a averbação, o bilhete de seguro e
o certificado de seguro.

■ Averbação: documento emitido pelo segurado para informar à


seguradora sobre bens e verbas a garantir, genericamente previs-
tos nas apólices abertas. É utilizada apenas em determinados tipos
de seguros.
Exemplo: em Seguros de Transportes, por meio de apólice de
averbação ou aberta, na qual o segurado comunica à seguradora
a realização de seus embarques.

■ Bilhete de seguro: documento jurídico, emitido pela seguradora,


que dispensa a obrigatoriedade da proposta e substitui a apólice.
É utilizado para agilizar a contratação de determinada modalidade
de seguro.
Exemplo: DPVAT – Bilhete de Seguro para Danos Pessoais
­Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres.
Atenção
■ Certificado de seguro: documento emitido pela seguradora e
Confira um modelo de enviado aos segurados, contendo a certificação da contratação
Certificado de Seguro no do seguro.
Anexo 5. Exemplo: nos Seguros de Vida, são emitidos certificados individuais.

FIGURA 5: RESUMO DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE SEGURO

SÍNTESE DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO E EMISSÃO

O cliente,
nte, por meio
nt
de corretor,
retor, formaliza A seguradora analisa
interesse
sse pela O corretorr encaminha a
a proposta, considerando
tação do
contratação proposta à seguradora
riscos e regulamentação
seguroo

Seguradora emite
mite apólice
A seguradoraa decide
ou certificado para o aceite
se aceita ou recusa a
ou carta-recusaa em caso de
proposta
roposta
negação da proposta

TEORIA GERAL DO SEGURO 45


UNIDADE 3

COBRANÇA DE PRÊMIO
A cobrança de prêmio dos seguros é efetuada, obrigatoriamente, por meio
da rede bancária.

É permitido, também, que o pagamento e a cobrança de prêmio de seguro


sejam efetivados por meio de cartão de crédito, desde que haja a concor-
dância expressa do segurado e sejam respeitadas as formalidades legais,
como a indicação no extrato de cobrança do nome do segurado, do valor
do prêmio e do número do documento de seguro a que se refere, entre
outros. Também é permitido o débito em conta-corrente.

É da competência das seguradoras indicar ao segurado os bancos e as


respectivas agências, além de enviar os documentos para pagamento do
prêmio, até a data limite prevista na nota de seguro.

O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo
estipulante, podendo, ainda, ser fracionado ou dividido em parcelas (com
ou sem juros, por decisão do segurador).

PRAZO DE VIGÊNCIA
DO SEGURO
De acordo com a Circular Susep 642/2021, a vigência do seguro é o inter-
Atenção valo contínuo de tempo durante o qual está em vigor o contrato de segu-
ro, podendo ser fixada em anos, meses, dias, horas, minutos, jornada, via-
As datas e os horários de gem ou trecho, ou outros critérios, conforme estabelecido no plano de
início e término da vigência seguro. O mais comum é o período anual.
do seguro deverão estar
indicados nos documentos Os seguros poderão ser estruturados com qualquer período de vigência
contratuais. e/ou com período intermitente de cobertura dentro de seu período de
vigência.
Na falta de indicação
expressa de horário nas As condições contratuais, as propostas e os documentos contratuais
condições contratuais, o deverão especificar, de forma clara, as regras relacionadas ao período
horário de início e término de intermitente de cobertura dentro do período de vigência do seguro,
vigência do seguro será às quando aplicável.
vinte e quatro horas das datas
para tal fim neles indicadas.

TEORIA GERAL DO SEGURO 46


UNIDADE 3

SINISTRO E INDENIZAÇÃO
O sinistro é a manifestação concreta do risco previsto no contrato de segu-
ro e ocasiona prejuízo ou responsabilidade. Ele somente tem amparo téc-
nico quando previsto no contrato do seguro.

O processo de sinistro se baseia no levantamento e na coleta de um


­conjunto de documentos necessários para que se possa regular e liquidar
o sinistro. É o meio pelo qual examinam se a cobertura, os procedimentos,
o cálculo da indenização e a documentação.

É nesse momento que se percebe a importância do corretor de seguros,


uma vez que o segurado precisa lidar com uma situação adversa (roubo,
furto, colisão, incêndio, entre outros) e, em muitos casos, não tem ideia
de como proceder. O corretor, por sua experiência e seu conhecimento
técnico, deve ser capaz de auxiliá-lo durante o processo de sinistro.

A indenização é a contraprestação da seguradora, diante do pagamento


do prêmio pelo segurado.

O processo de indenização é o pagamento que a seguradora faz ao


segurado ou aos seus beneficiários, decorrente de um sinistro, obser-
vando as condições estabelecidas no contrato de seguro.

DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS
Veremos, agora, o conteúdo das apólices. Como existem vários tipos
de seguros, as apólices também podem variar. Porém, qualquer tipo de
apólice deverá conter, entre outros, os seguintes elementos:

■ Condições Contratuais do seguro;


■ Nomes, endereços e obrigações (do segurado e do segurador);
■ Objeto do seguro (bens ou pessoas);
■ Riscos Cobertos e Não Cobertos;
■ Coberturas/garantias;
■ Prazo do seguro;
■ Prêmio;
■ Área geográfica;
■ Limites Seguráveis.

TEORIA GERAL DO SEGURO 47


UNIDADE 3

Veremos alguns desses elementos.

O artigo 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um


a­cordo em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio,
a garantir o interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem,
contra riscos predeterminados.

A operação de seguro se efetiva, portanto, por meio do contrato de ­seguro,


representado pela exibição da apólice ou do bilhete de seguro e, na falta
deles, por documento que comprove o pagamento do prêmio.

O contrato é norteado por cláusulas expressas por meio de Condições


Contratuais.

— Condições Contratuais
As apólices (contratos de seguro) contêm um conjunto de cláusulas, cha-
madas de Condições Contratuais, que estabelecem as obrigações e os
direitos do segurado e do segurador.

Com a edição da Circular nº 621 de 17/02/2021, a Susep tornou opcional a


estruturação de planos de seguros com inclusão de condições especiais e
condições particulares. O termo Condições Gerais também deixou de exis-
tir na estruturação dos seguros de danos, dando lugar à expressão Condi-
ções Contratuais, definida como o conjunto de disposições que regem a
contratação de um mesmo plano de seguro.

Porém, ainda é praticado pelo mercado apresentar as condições do seguro


no seguinte formato:

Condições gerais
É o conjunto das cláusulas comuns a todas as coberturas de um
plano de seguro, que estabelecem as obrigações e os direitos
das partes contratantes.

Exemplo: todos os seguros do Ramo Vida terão as Condições


Gerais do Ramo Vida.

As Condições Gerais devem apresentar a definição dos termos


técnicos utilizados no contrato de seguro.

Condições especiais
Constituem o conjunto das disposições específicas relativas a
cada modalidade e/ou cobertura de um ramo de seguro, que
eventualmente alteram as Condições Gerais. São disposições
inseridas na apólice que ampliam ou restringem parte das dispo-
sições constantes das condições gerais.

Exemplo: no ramo Riscos Diversos, é sempre necessária a e


­ xistência
de condições especiais para definir as modalidades de cobertura.

TEORIA GERAL DO SEGURO 48


UNIDADE 3

Condições particulares
Constituem o conjunto de cláusulas que alteram as condições gerais
ou especiais de um plano ou ramo de seguro, modificando ou can-
celando disposições já existentes ou, ainda, introduzindo novas dis-
posições e, eventualmente, ampliando ou restringindo a cobertura.

Exemplo: as condições particulares definem beneficiários da


indenização que não são os segurados, muito comuns nos
seguros residenciais e empresariais de prédios realizados pelos
locadores em favor dos locatários.

— Garantias ou Coberturas
Garantia ou cobertura é a natureza da obrigação pecuniária assumida
pelo segurador, que, dependendo do ramo do seguro, pode ser a de
pagar uma soma segurada, renda, indenização, diferença de rendimento,
reparação ou um reembolso, tendo em vista a consequência do aconteci-
mento: morte, invalidez, incapacidade, doença, perda, prejuízo, insolvên-
cia de clientes, avaria ou dano.

As seguradoras podem ofertar produtos que as diferenciam no mercado para


atender às necessidades específicas de diferentes segurados. Por isso, exis-
tem diferentes tipos de apólices, com diferentes tipos de garantias.

Em uma apólice, poderá haver várias garantias e um valor estabelecido


para cada uma delas. No momento da contratação, o segurado deve esta-
belecer um limite máximo de garantia ou importância segurada para cada
cobertura contratada.

— Limites Seguráveis
Nos Seguros de Pessoas (VIDA)
Especialmente nos Seguros de Pessoas (Vida), a importância segurada
recebe o nome de capital segurado, que é o pagamento a ser efetuado
ao assistido ou beneficiário sob a forma de pagamento único ou de renda
(Resolução CNSP n° 348/2017).

Nos seguros de Danos (Ramos Elementares):


Limite Máximo de Garantia (LMG)
Representa o limite máximo de responsabilidade da socieda-
de seguradora, de indicação opcional pela seguradora, aplicado
quando uma reclamação, ou série de reclamações decorrentes
do mesmo fato gerador, e garantida por mais de uma das cober-
turas contratadas. Na hipótese de a soma das indenizações,
decorrentes do mesmo fato gerador, atingir o LMG, a apólice será
cancelada.
TEORIA GERAL DO SEGURO 49
UNIDADE 3

Limite Máximo de Indenização (LMI)


O Limite Máximo de Indenização é o valor fixado para cada uma
das coberturas contratadas pelo segurado, que representa o
valor máximo a ser pago pela seguradora, em decorrência de um
sinistro ou série de sinistros garantidos por aquela cobertura, res-
peitado o limite máximo de garantia da apólice. Os limites máximos
de indenização fixados são específicos de cada cobertura, não
sendo admissível a transferência de valores de uma cobertura
para outra.

Atenção
Dependendo do ramo de seguro e observadas as disposições do Código Civil Brasileiro,
encontramos outras expressões, como: importância segurada, soma segurada e limite
máximo de responsabilidade. De qualquer forma, estamos falando da verba que se desti-
na à cobertura.
O conceito de LMG (Limite Máximo de Garantia) pode variar de acordo com o produ-
to e a seguradora, mas sempre fará referência à verba contratada ou ao conjunto de
verbas contratadas.

No caso de contratação de várias coberturas em uma mesma apólice, é


comum o contrato estabelecer, para cada uma delas, um distinto limite
máximo de responsabilidade por parte da seguradora. Cada um deles é
denominado Limite Máximo de Indenização de cada cobertura contra-
tada. Ressalte-se que esses limites são independentes, não se somando
nem se comunicando.

Exemplo: as coberturas de roubo de bens, danos elétricos e responsa-


bilidade civil, nos Seguros Compreensivos, podem trazer limites distintos
que não se somam.

Nos Seguros de Danos, a verba a ser segurada (LMI – Limite Máximo


de Indenização) é atribuída pelo segurado, mas não deve ser superior ao
valor do bem (artigo 781 CC).

No Seguro de Pessoas, como não se pode estimar o valor em risco, não


há limite para determinação do capital segurado. Por isso, para evitar uma
exposição demasiada ao risco, as seguradoras estabelecem um limite
máximo de aceitação de capital segurado por vida.

TEORIA GERAL DO SEGURO 50


UNIDADE 3

RISCOS COBERTOS E NÃO


COBERTOS OU EXCLUÍDOS

— Riscos Cobertos
São os riscos que a seguradora cobrirá em caso de sinistro, observadas as
cláusulas e condições contratadas.

Exemplos
■ No Seguro de Vida, a morte do segurado por causa natural estaria coberta, levan-
do a seguradora a proceder ao pagamento do capital segurado ao(s) beneficiário(s),
­respeitadas as cláusulas do contrato de seguro firmado.
■ Na cobertura de Incêndio, no Ramo Seguro Compreensivo Residencial, estariam
­cobertos também os danos causados pela queda de raio na área do edifício segurado,
­gerando o pagamento de indenização ao segurado.

— Riscos Não Cobertos ou Excluídos


São riscos não cobertos pelo contrato de seguro, podendo ser excluídos
por força da lei ou por força do contrato.

■ Por força da lei


De acordo com o art. 762 do Código Civil, são riscos excluídos
aqueles decorrentes de atos ilícitos dolosos ou de culpa grave
equiparável ao dolo praticados pelo segurado, beneficiário ou
pelo representante legal, de um ou de outro.

Nos casos de seguros contratados por pessoas jurídicas, a exclu-


são aplica-se a atos ilícitos, dolosos ou culpa grave praticados
pelos sócios controladores, seus dirigentes e administradores
legais, beneficiários e seus respectivos representantes legais.

Exemplo: Seguro de Transporte de carga roubada.

■ Por força do contrato


São riscos excluídos em função do ramo de seguro e para os
quais a seguradora não tem interesse em conceder a cobertura
securitária na eventualidade de sua ocorrência.

TEORIA GERAL DO SEGURO 51


UNIDADE 3

Exemplo: no Seguro de Automóvel (Casco), estão excluídos os


danos causados ao veículo segurado cuja causa tenha sido tumulto.

Existem ainda dois tipos de riscos não cobertos:

■ Riscos fundamentais ou catastróficos: que devem ser tratados


pelo Estado, pois podem dar margem a perdas desmensuradas,
tanto de vidas quanto de bens materiais.
Exemplo: risco de explosão nuclear que poderá ocasionar mortes
e perdas de caráter catastrófico.

■ Riscos que constituem carteiras específicas: cada risco possui


um ramo de seguro específico, portanto, riscos diferentes podem
e devem ser objetos de apólices distintas.
Exemplo: no Seguro de Vida, não estará coberto o roubo de um
veículo. Para ter o risco de roubo do veículo coberto, o segurado
deverá contratar um seguro do Ramo Automóvel (Casco).

TEORIA GERAL DO SEGURO 52


UNIDADE 3

PASSO A PASSO
PREENCHIMENTO
1 DO SEGURO
+ DA PROPOSTA
O proponente, intermediado pelo
corretor de seguros, preenche a
proposta: um questionário com
condições do contrato.

ENCAMINHAMENTO
DA PROPOSTA 2 3
3.1
ANÁLISE DO RISCO
A seguradora analisa o risco.
O corretor encaminha a proposta
a uma seguradora. 3.2 Se o risco é aceito, a
seguradora emite a Apólice
contendo: nome e domicílio do
segurado, objeto ou pessoa
segurada, natureza dos riscos
garantidos, prazo de vigência,
valor segurado, prêmio etc.

EFETIVAÇÃO DO RISCO
Ocorre uma situação que
5 4 SEGURADO PAGA O
PRÊMIO
caracteriza o sinistro. O segurado realiza o
pagamento do prêmio.

6 COMUNICAÇÃO DE SINISTRO
O segurado comunica a ocorrência do
sinistro à seguradora.

7 REGULAÇÃO DO SINISTRO
A seguradora aciona seus peritos para apurar e
quantificar a extensão dos prejuízos.

8 PAGAMENTO
DA INDENIZAÇÃO
A seguradora paga a
indenização ao segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 53

+
FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 3

Marque a alternativa correta


1. Uma indústria de calçados procurou a corretora de seguros XPTO Ltda
para contratar um Seguro de Vida coletivo para proteger seus funcionários.
Devido ao alto custo, a empresa fez um acordo com os funcionários para
que eles pagassem 50% do valor do seguro.

Quando o prêmio do seguro é pago pelo segurado, total ou parcialmente,


é classificado como:

a) Prêmio dividido.
b) Prêmio não contributário.
c) Prêmio contributário.
d) Prêmio participativo.
e) Prêmio coletivo.

2. A seguradora Live Seguros quer atuar no segmento de Seguros Empre-


sariais e está trabalhando nas etapas do desenvolvimento do seu produto.
Entre as etapas, a seguradora precisa definir quais atividades serão aceitas
pelo seu produto.

Tal etapa é definida como:

a) Subscrição de risco.
b) Emissão da apólice.
c) Processo de regulação de sinistro.
d) Elaboração da proposta.
e) Pagamento de prêmio.

3. Márcio contratou uma apólice de Seguro Residencial, durante o período


mais chuvoso do ano. Entre as coberturas, contratou básica de Incêndio
e acessória de Vendaval. Posteriormente, seu imóvel foi atingido por uma
queda de raio, que danificou consideravelmente seu telhado.

Considerando o seguro contratado, podemos afirmar que a queda de raio é um:

a) Risco excluído.
b) Risco não contratado.
c) Risco desnecessário.
d) Risco coberto.
e) Risco sem amparo.

TEORIA GERAL DO SEGURO 54


FIXANDO CONCEITOS

4. Mário está contratando um Seguro de Vida e questiona o corretor, pois


entende que deveria ter a oportunidade de negociar quais coberturas e
condições seriam interessantes na sua apólice, ou seja, ele gostaria de
alterar cláusulas das condições contratuais. Alberto, seu corretor de segu-
ros, muito experiente, explica que a unilateralidade das cláusulas do con-
trato é uma característica dos produtos de seguro no mercado, com algu-
mas exceções a grandes riscos.

Com essa explicação, Alberto está ratificando que os contratos de seguros são:

a) Contratos não previstos em leis.


b) Contratos unilaterais.
c) Contratos desonerados.
d) Contratos de má-fé.
e) Contratos de Adesão.

5. A empresa Vale do Sol Logística está com um problema para segurar seu
depósito, pois ele tem uma grande imprevisibilidade quanto ao estoque –
em alguns momentos e dependendo dos contratos, o depósito está cheio, e
em outros momentos, abaixo da média. Ele conversou com Carlos, corretor
de seguros, que lhe disse que existe uma alternativa viável para segurar seu
depósito.

Nesse caso, sabemos que Carlos está falando do seguinte tipo de seguro:

a) Seguro de Automóvel.
b) Seguro de Acidentes Pessoais.
c) Seguro Ajustável.
d) Seguro Averbação.
e) Seguro Avulso.

6. Nos Seguros de Danos, ele é o valor fixado para cada uma das coberturas
contratadas pelo segurado, que representa o valor máximo a ser pago pela
seguradora, em decorrência de um sinistro ou série de sinistros garantidos
por aquela cobertura, respeitado o limite máximo de garantia da apólice:

a) Limite Máximo de Indenização.


b) Limite Máximo de Garantia.
c) Dano máximo provável.
d) Indenização.
e) Capital Segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 55


FIXANDO CONCEITOS

7. Quanto à classificação dos Seguros Privados, podemos citar como


exemplos de Seguros de “Ramos Elementares”:

a) Penhor Rural / Saúde / Vida.


b) Prestamista / Vida / Saúde.
c) Automóvel / Compreensivo Empresarial / Resp. Civil Geral.
d) Saúde / Crédito / DPEM.
e) Prestamista / DPVAT / DPEM.

8. Nos Seguros de Danos, ele representa o limite máximo de responsabi-


lidade da sociedade seguradora, de indicação opcional pela seguradora,
aplicado quando uma reclamação, ou série de reclamações decorrentes
do mesmo fato gerador, e garantida por mais de uma das coberturas con-
tratadas:

(a) Limite Máximo de Indenização.


(b) Limite Máximo de Garantia.
(c) Importância Segurada.
(d) Indenização.
(e) Capital Segurado.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 56


MECANISMOS
04
de PULVERIZAÇÃO do RISCO
UNIDADE 4

TÓPICOS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DESTA UNIDADE

■ Compreender os mecanismos e as
operações de pulverização (repartição) de ⊲ A PULVERIZAÇÃO
risco, identificando, para fins de aceitação DO RISCO
dos seguros, a melhor técnica a ser
⊲ COSSEGURO
empregada no processo de aceitação.
⊲ RESSEGURO

⊲ RETROCESSÃO

⊲ FIXANDO CONCEITOS 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 57


UNIDADE 4

A PULVERIZAÇÃO
DO RISCO
A técnica das operações de seguros baseia-se em vários princípios, entre
os quais se destaca o princípio da distribuição das responsabilidades decor-
rentes dos negócios segurados. Esse princípio também é conhecido como
princípio de pulverização das responsabilidades ou pulverização dos riscos.

A pulverização dos riscos é a repartição do risco pertencente a uma ­apólice


ou carteira de seguros entre o maior número possível de participantes,
com o objetivo de aumentar a capacidade técnica do tomador do risco.

Assim, é possível estruturar a aceitação de um seguro de grande porte


com condições e custos adaptados às suas características.

E como funciona?

Todas as seguradoras têm uma capacidade máxima de retenção de riscos


que não deve ser ultrapassada, denominada Limite de Retenção.

Importante
O Limite de Retenção de cada ramo de seguro não deve ser confundido com os
­valores de aceitação ou com a importância segurada do risco. Ou seja, a segurado-
ra pode aceitar seguros com valores superiores ao seu Limite de R
­ etenção, porém,
nestes casos, ela necessariamente deverá recorrer aos processos para pulverização
do risco, especificamente o cosseguro e/ou resseguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 58


UNIDADE 4

— Limite de Retenção
Com bases em critérios atuariais, as seguradoras calculam os valores que
cada ramo de seguro possui como a sua capacidade máxima de retenção
em cada risco isolado, os quais não podem ser ultrapassados.

Essa capacidade máxima é chamada de Limite de Retenção (LR), e seus


valores são determinados com base no valor do Patrimônio Líquido
­Ajustado (PLA) da Seguradora.

Antes de darmos mais detalhes sobre os Limites de Retenção, precisamos


conhecer os seguintes conceitos:

Risco Isolado: pode ser definido como o objeto ou conjunto de objetos


de seguro (bens segurados) cuja probabilidade de serem atingidos por um
mesmo evento gerador de perdas seja relevante.

Patrimônio Líquido Ajustado (PLA): Patrimônio líquido contábil da


­Seguradora ajustado por adições e exclusões realizadas para apurar
mais qualitativamente os recursos disponíveis que possibilitem resguar-
dar sua solvência.

Os Limites de Retenção de cada ramo são calculados com base em ­critérios


atuariais muito específicos e, ao final dos cálculos aplicados, representam
um percentual do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) da Seguradora.

— Transferência de Risco
Os riscos assumidos por uma seguradora ou resseguradora, quando superarem
os respectivos limites técnicos, deverão ser transferidos pelas cedentes a outras
congêneres por meio de operações de cosseguro, resseguro ou retrocessão.

Por cedente, entende-se a sociedade seguradora que contrata a operação de


resseguro ou o ressegurador que contrata a operação de retrocessão.

COSSEGURO
É uma operação de seguro em que duas ou mais sociedades seguradoras,
com a anuência (o consentimento) do segurado, distribuem entre si, percen-
tualmente, os riscos de determinada apólice, sem solidariedade entre elas.

TEORIA GERAL DO SEGURO 59


UNIDADE 4

FIGURA 6: COSSEGURO

APÓLICE

SEGURADORA 1 SEGURADORA 2

O cosseguro poderá ocorrer pela emissão de apólice única com a


participação de todas as seguradoras. A seguradora encarregada da
­
­emissão denomina-se líder, e as demais são apenas cosseguradoras.

Saiba mais
O art. 761 do Código Civil Brasileiro, ao citar o cosseguro, consagra a prática adotada
pelo mercado ao prescrever que a seguradora líder administrará o contrato e repre-
sentará as demais seguradoras para todos os seus efeitos: “Art. 761: Quando o risco for
assumido em cosseguro, a apólice indicará o segurador que administrará o contrato e
representará os demais, para todos os seus efeitos”.

Exemplo
Em cosseguro, três seguradores assumiram uma responsabilidade de
R$ 10.000.000,00, da seguinte forma:
■ segurador 1 – 20% (líder)

■ segurador 2 – 30%

■ segurador 3 – 50%

Considerando as responsabilidades assumidas por cada seguradora, aplicando:


■ Taxa do seguro de 1%;
■ Eventual prejuízo ocasionado por sinistro de R$ 1.500.000,00.
Teremos a seguinte distribuição::

RESPONSABILIDADE PRÊMIO
(1% DE
R$ 10.000.000,00 INDENIZAÇÃO (R$)
SEGURADOR % VALOR (R$) = R$ 100.000,00)

1 20 2.000.000,00 20.000,00 300.000,00

2 30 3.000.000,00 30.000,00 450.000,00

3 50 5.000.000,00 50.000,00 750.000,00

TEORIA GERAL DO SEGURO 60


UNIDADE 4

RESSEGURO
É uma operação de transferência de riscos/responsabilidade de um
cedente para um ressegurador.

É a operação pela qual o segurador (cedente), com o objetivo de ade-


quar a responsabilidade assumida na aceitação de um risco, transfere
parte dele e do prêmio recebido para um ressegurador.

Resseguro, portanto, é seguro da seguradora para cobrir os riscos que ela


assumiu perante os segurados e que não pode ou não deseja garantir ­sozinha.

FIGURA 7: RESSEGURO

SEGURADORA RESSEGURADORA

A diferença básica do resseguro para o cosseguro é que as partes contra-


tantes do resseguro são o segurador e o ressegurador, sem conhecimento
ou qualquer interferência do segurado.

O ressegurador pode efetuar um repasse de parte das r­ esponsabilidades rece-


bidas, procedendo, assim, a uma cessão que recebe o nome de retrocessão.

Exemplo
Uma importância segurada (responsabilidade) de R$ 5.000.000,00 foi dividida da se-
guinte forma em resseguro:
Segurador = R$ 1.000.000,00 ⊲ 20%
Ressegurador = R$ 4.000.000,00 ⊲ 80%
Se houver pagamento de uma indenização de R$ 500.000,00, será dividido assim:
Segurador = R$ 100.000,00
Ressegurador = R$ 400.000,00
Se o prêmio do seguro foi de R$ 50.000,00, teremos:
Segurador = R$ 10.000,00
Ressegurador = R$ 40.000,00

TEORIA GERAL DO SEGURO 61


UNIDADE 4

— Funções do Resseguro
O resseguro é a ferramenta mais importante para a proteção da carteira de
riscos aceitos de uma seguradora.

O resseguro assume várias funções, entre as quais destacamos:

■ Aumentar a capacidade de aceitação de riscos da seguradora, uma


vez que a parte que superar o seu limite de retenção será transferida
ao ressegurador (função mercadológica).
■ Estabilizar os resultados e proteger a seguradora contra catástrofes
e prejuízos financeiros elevados.
■ Possibilitar a especialização da seguradora em um segmento de mer-
cado, ficando a cargo do ressegurador atuar de forma diversificada.
■ Fornecer uma proteção de resultados, em função da oscilação
entre períodos bons e ruins (função gerencial).
■ Permitir à seguradora a concentração geográfica de seus esforços
de negócios.
■ Melhorar a compreensão de novos mercados, uma vez que o
­ressegurador, que tem uma visão ampla de mercado, troca expe-
riências com os seguradores e auxilia na criação de inovações
­técnicas a partir de banco de dados e experiências do ­ressegurador
(função educacional).

RETROCESSÃO
É uma operação de transferência de riscos de resseguro de ­resseguradores
para outros resseguradores ou para sociedades seguradoras locais.

Dessa forma, para limitar e equilibrar o seu risco, o ressegurador cede par-
te da cobertura de resseguro por ele assumida a um retrocessionário, que
poderá ser um segurador ou um ressegurador.

Os contratos de retrocessão podem utilizar todas as formas de resseguro


existentes.

A retrocessão funciona de forma semelhante aos resseguros, em que as


retrocessionárias assumem riscos excedentes dos retrocedentes e pagam
uma comissão de retrocessão sobre o prêmio recebido. Em suma, retroces-
são é um resseguro de segundo grau, que absorve apenas determinados ris-
cos, que, após saturar a capacidade do ressegurador, vão para retrocessão.

TEORIA GERAL DO SEGURO 62


UNIDADE 4

FIGURA 8: RETROCESSÃO

RESSEGURADORA

RESSEGURADORA

SOCIEDADES
SEGURADORAS LOCAIS

A abertura do mercado de resseguro no Brasil foi realizada por meio da


Lei Complementar nº 126, de 15/07/2007, e de um conjunto de resolu-
ções subsequentes, os quais regulam todas as operações de resseguro
e retrocessão no mercado brasileiro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 63


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 4

Marque a alternativa correta


1. A seguradora XYZ precisou distribuir as responsabilidades decorrentes
de seus negócios segurados com outras empresas. Nesse caso, as segu-
radoras participam desse tipo de negociação seguindo regras específicas.

Sobre a participação das seguradoras em uma operação de pulverização


de riscos, é correto afirmar que:

a) Os limites de retenção de cada ramo representam o mesmo valor


do patrimônio da seguradora.
b) No cosseguro, a distribuição de riscos é realizada sem a anuência
do segurado.
c) Por cedente, entende-se a sociedade seguradora que contrata a
operação de retrocessão.
d) As seguradoras podem aceitar seguros com valores superiores ao
seu limite de retenção, mas deverão recorrer ao cosseguro e/ou
resseguro.
e) As seguradoras locais jamais poderão participar de operações de
retrocessão, nem como cedentes nem como retrocessionárias.

2. A KWZ foi a seguradora escolhida por uma indústria de autopeças para


segurar sua apólice de seguros. Devido aos altos valores da importância
segurada, a KWZ recorreu à pulverização de riscos.

Sobre os princípios envolvidos em operações de pulverização de riscos,


podemos afirmar que:

a) O cosseguro é uma operação de transferência de riscos entre segu-


radoras.
b) A retrocessão é uma operação de transferência de riscos de uma
seguradora para outra seguradora.
c) O resseguro é uma operação de transferência de riscos de uma
resseguradora para uma seguradora.
d) O cosseguro é uma operação de transferência de riscos de uma
seguradora para uma resseguradora.
d) No resseguro, as partes contratantes devem ser apenas resseguradores.
e) Na retrocessão, as partes contratantes devem ser cosseguradores.

TEORIA GERAL DO SEGURO 64


FIXANDO CONCEITOS

3. A Lei Complementar 126, de 15/01/2007, estabelece que: “A operação


de seguro que duas ou mais seguradoras, com anuência do segurado, dis-
tribuem, entre si, percentualmente, os riscos de determinada apólice, sem
solidariedade entre elas”. Podemos afirmar que tal definição refere-se à(ao):

a) Resseguro.
b) Cosseguro.
c) Retrocessão.
d) Seguradora Líder.
e) Pulverização.

4. É a operação pela qual o segurador, denominado cedente, com o fim de


diminuir sua responsabilidade na aceitação de um risco considerado exces-
sivo ou perigoso, cede a um ressegurador uma parte da responsabilidade
e do prêmio recebido”. É correto afirmar que tal definição refere-se à(ao):

(a) Resseguro.
(b) Cosseguro.
(c) Retrocessão.
(d) Seguradora Líder.
(e) Pulverização.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 65


A ESTRUTURA
05
do MERCADO SEGURADOR
UNIDADE 5

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■ Conhecer a estrutura ■ Conhecer a estrutura
do mercado segurador, do Sistema Nacional
entendendo a importância de Seguros Privados e ⊲ ESTRUTURA DO
MERCADO SEGURADOR
de sua regulação. do Sistema Nacional de
Saúde, reconhecendo seus ⊲ SISTEMA NACIONAL
respectivos integrantes e DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
atribuições.
⊲ SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

⊲ SEGUROS NO BRASIL

⊲ FIXANDO CONCEITOS 5

TEORIA GERAL DO SEGURO 66


UNIDADE 5

ESTRUTURA DO
MERCADO SEGURADOR
O mercado de seguros é regulado em todo o processo produtivo do
­seguro. Desde a criação de um produto (serviço), o seu registro junto ao
órgão regulador, sua comercialização, a atuação de quem desenvolve e de
quem comercializa e o relacionamento com o cliente desde a compra até a
utilização dos serviços.

O processo produtivo do seguro abrange clientes, seguradoras, fornece-


dores e corretores de seguros. Todos os elos dessa cadeia de ­suprimentos
são regulados por órgãos estabelecidos pelo Governo, consolidando o
SNSP (Sistema Nacional de Seguros Privados).

FIGURA 2: CADEIA DE SUPRIMENTOS

RISCO SEGUROS SEGURADORAS E CORRETORES SEGURADO


RESSEGURADORAS

MINISTÉRIO
Automóveis
DA FAZENDA
Vida
CNSP – CONSELHO
NACIONAL DE Incêndio
SEGUROS PRIVADOS
Danos
SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA
NACIONAL DE SEGUROS Responsabilidades
PRIVADOS

ÓRGÃOS REGULADORES MATÉRIA-PRIMA PRODUTOS FABRICANTES DISTRIBUIDOR CONSUMIDOR

TEORIA GERAL DO SEGURO 67


UNIDADE 5

— Importância da Regulação
do Mercado de Seguros
Por que o seguro é regulado?
A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do
­mercado em todos os elos da cadeia. Resguarda o setor de seguros dos
riscos sistêmicos, diminuindo a probabilidade de "quebra" de empresas
de empresas de seguros e resseguros. Um dos objetivos é preservar a
solvência das empresas, garantindo que elas cumpram os compromissos
financeiros assumidos.

O monitoramento do mercado, especificamente quanto aos consumido-


res, tem por objetivo evitar propagandas enganosas, impedindo fraudes e
comportamentos antiéticos no mercado.

Se um processo é bem regulado, traz impactos positivos. Da mesma forma,


um mau regulamento também gera impactos negativos em toda a cadeia.

Vimos os benefícios que o seguro proporciona para a sociedade. Esses


benefícios somente são possíveis pela regulação eficaz do mercado.

SISTEMA NACIONAL
DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
Embora seguros, previdência complementar e capitalização sejam ativi­
dades exercidas por empresas privadas, tais atividades são n
­ ormatizadas,
reguladas e fiscalizadas pelo Governo. A atividade seguradora é regula-
da não apenas no Brasil, mas nos demais mercados desenvolvidos em
outros países.

A necessidade de regulação surgiu em razão do crescimento desse mer-


cado no mundo. Cada país tem sua regulação própria. No Brasil, foi criado
o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).

TEORIA GERAL DO SEGURO 68


UNIDADE 5

FIGURA 3: ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP)

MINISTÉRIO
DA FAZENDA

CNSP
CONSELHO NACIONAL
DE SEGUROS PRIVADOS

SUSEP
SUPERINTENDÊNCIA
DE SEGUROS PRIVADOS

Empresas de
Seguro, Empresas Corretores
Previdência Privada de Resseguro de Seguros
e Capitalização

Os órgãos do SNSP estão subordinados ao Ministério da Fazenda, que


cuida, basicamente, da formulação e da execução da política econômica.
Suas áreas de competências incluem a moeda, o crédito, as instituições
financeiras, a poupança popular, os seguros privados e a Previdência
Complementar Aberta, excluindo-se a Saúde Privada e Suplementar.

O Sistema de Saúde Privada e Suplementar é da competência do M


­ inistério
da Saúde, que atua por meio do Conselho Nacional de Saúde S
­ uplementar
(CONSU) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão
que integra as empresas de Capitalização é o Sistema Nacional de
­Capitalização (SNC).

Isto é básico
CNSP: fixa as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil.
Susep: regula, supervisiona, controla, fiscaliza e incentiva as atividades de seguro no Brasil.

Sistema Nacional de Seguros Privados


O SNSP foi instituído pelo Governo Federal por meio do ­Decreto-Lei
n° 73/1966, art. 8°:

Art. 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados,


regulado pelo presente Decreto-lei e constituído:

TEORIA GERAL DO SEGURO 69


UNIDADE 5

a) do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;

b) da Superintendência de Seguros Privados – Susep;

c) dos resseguradores (Redação dada pela Lei Complementar


nº 126, de 2007);

d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados;

e) dos corretores habilitados.

A promulgação da Lei Complementar n° 126/2007 processou a abertura do


resseguro e, portanto, o IRB-Brasil Resseguros S.A. deixou de ser o único
ressegurador no mercado.

Em 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de ­Seguros


Privados, de Previdência Complementar Aberta e de ­Capitali­zação (CRSNSP)
como órgão colegiado, integrante da estrutura básica do M ­ inistério da
­Fazenda, que tem por finalidade o julgamento, em última instância adminis-
trativa, dos recursos de decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP.

A Capitalização é regulamentada pelo Decreto-Lei n° 261/1967, que criou o


“Sistema Nacional de Capitalização”, entretanto, a fiscalização e a regula-
mentação da Capitalização estão a cargo da Susep e do CNSP, da mesma
forma que ocorre com as sociedades seguradoras, uma vez que diversos
artigos do Decreto-Lei n° 73/1966, que criou o SNSP, são também aplicá-
veis à Capitalização.

— Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP)
É o órgão governamental encarregado da fixação das diretrizes e normas
da política de Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições:

Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados.
■ Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscali­
zação dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem
como a aplicação das penalidades previstas.
■ Fixar as características gerais dos contratos de Seguro, Previdência
Privada Aberta, Capitalização e Resseguro.
■ Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
■ Conhecer dos recursos de decisão da Susep e do IRB.

TEORIA GERAL DO SEGURO 70


UNIDADE 5

■ Prescrever os critérios de constituição das sociedades segura­


doras, de Capitalização, entidades de Previdência Privada Aberta
e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das
respectivas operações.
■ Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão do corretor.
O CNSP é composto por representantes dos seguintes órgãos:

■ Ministério da Fazenda;
■ Ministério da Justiça;
■ Ministério da Previdência e Assistência Social;
■ Superintendência de Seguros Privados (Susep);
■ Banco Central do Brasil;
■ Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

— Superintendência de Seguros
Privados (Susep)
São atribuições da Susep:
■ Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a ope-
ração das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades
de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo CNSP.
■ Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que
se efetua por meio das operações de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro.
■ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados.
■ Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do
SNSP e do Sistema Nacional de Capitalização.
■ Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição,
assegu­rando a sua expansão e o funcionamento das entidades
que neles operem.
■ Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram
o mercado.
■ Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas.
■ Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP, e exercer as
ativi­dades que por este forem delegadas.
■ Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
TEORIA GERAL DO SEGURO 71
UNIDADE 5

A esse órgão são encaminhadas as denúncias dos segurados contra


­seguradoras e outros órgãos do mercado de seguros.

— Sociedades Autorizadas a Operarem


em Seguros Privados (Seguradoras)
São empresas legalmente constituídas sob a forma de sociedade anônima,
que assumem e gerem os riscos de acordo com critérios técnicos e admi-
nistrativos regulamentados pela Susep.

Para se contratar um seguro, é preciso existir alguém que queira se pro-


teger de possíveis riscos que possam acarretar prejuízo financeiro, uma
empresa que queira assumir esse risco e alguém que faça intermediação
entre as partes.

Uma seguradora é uma empresa que comercializa seguros. Existem várias


empresas seguradoras no mercado que criam seus próprios produtos.
Estes, quando estão na fase de projeto, são submetidos ao órgão regu-
lador, que é a Susep. Essa submissão também se aplica a um Plano de
Previdência ou a um Título de Capitalização.

— Entidades Abertas de Previdência


Complementar (EAPC) –
Previdência Privada
De acordo com a Lei Complementar 109/2001, as Entidades Abertas de
Previdência Complementar, são constituídas unicamente sob a forma
de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de
benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda con-
tinuada ou pagamento único e acessíveis a quaisquer pessoas físicas.

As sociedades seguradoras autorizadas a operar no ramo vida também


poderão ser autorizadas a operar os planos de benefícios a que se refere
a mencionada lei complementar.

— Sistema Nacional de
Capitalização (SNC)
Atenção Nos termos do Decreto-Lei n° 261, o Sistema Nacional de Capitalização, cria-
do em 28 de fevereiro de 1967, tem a seguinte composição: CNSP, Susep,
O SNC e suas características Sociedades de Capitalização e Corretores de Capitalização.
serão abordados de forma
detalhada no material de A atividade de capitalização tem por objeto a colocação pública de títulos de
capitalização. O Título de Capitalização é uma economia programada de pra-
Capitalização.
zo definido, com um pagamento único ou em parcelas periódicas. Durante a
vigência do título, o consumidor tem o direito de participar de sorteios.

TEORIA GERAL DO SEGURO 72


UNIDADE 5

— Empresas de Resseguro
São as empresas legalmente constituídas com a finalidade de operar o
Resseguro, entendido como transferência de riscos de uma seguradora
para um ressegurador.

Entende-se como Empresas de Resseguro as resseguradoras nacionais,


as estrangeiras autorizadas a operar no País e as corretoras de resseguro.

Saiba mais
A importância do resseguro
O resseguro tem por função preliminar garantir que as seguradoras possam fazer frente
aos riscos que lhes são oferecidos, cedendo parte desses riscos de forma proporcional
ou não a resseguradores. Em caso de sinistros, os resseguradores auxiliam as segu-
radoras financeiramente a indenizarem os segurados. Além disso, fornecem expertise
técnica e muitos outros serviços às seguradoras.

— Corretores de Seguros
Pessoas físicas ou jurídicas são intermediários legalmente autorizados
a angariar e promover contratos de seguros entre as seguradoras e as
­pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.

Saiba mais
O corretor é peça fundamental do mercado e parte integrante do SNSP (Sistema N ­ acional
de Seguros Privados – instituído pela Lei 73/66), tendo a sua profissão regulamentada
pelo Decreto Lei 4594/1964.

TEORIA GERAL DO SEGURO 73


UNIDADE 5

SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE


No Brasil, o Sistema Nacional de Saúde é formado pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) e pelo Sistema de Saúde Suplementar.

A estrutura da Saúde Suplementar é formada por:

— Ministério da Saúde
Órgão de assessoramento da Presidência da República, integrante do
Poder Executivo. Tem ação direta sobre os componentes do Sistema
Nacional de Saúde (SUS e Saúde Suplementar).

— Conselho de Saúde
Suplementar (Consu)
Criado pela Lei n° 9.656/1998 e recentemente alterado pelo Decreto
n° 10.236/2020, o Consu é um órgão colegiado integrante da estrutura
regimental do Ministério da Saúde – que o preside, sendo c­ omposto
pelo Ministro da Saúde, pelo Ministro Chefe da Casa Civil da ­Presidência
da República, pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública e pelo
Ministro da Fazenda, além do Presidente da ANS, que atua como
Secretário-Executivo das reuniões

O Consu tem competência para desempenhar as seguintes atividades:

■ Estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes


gerais do setor de Saúde Suplementar.
■ Aprovar o contrato de gestão da ANS.
■ Supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS.
■ Fixar diretrizes gerais para a constituição, organização, funciona-
mento e fiscalização das empresas operadoras de produtos de
que trata a Lei n° 9.656/1998.
■ Deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consulti-
vo, de forma a subsidiar as decisões.

TEORIA GERAL DO SEGURO 74


UNIDADE 5

— Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS)
A ANS é autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde.
Sua missão é promover a defesa do interesse público na assistência
suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto
às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o
desenvolvimento das ações de saúde no País.

— Câmara de Saúde
Suplementar (CAMSS)
Câmara de caráter consultivo da estrutura da ANS, conforme a Lei
n° 9.961/2000, que tem como principal objetivo promover a discussão de
temas relevantes para o setor de saúde suplementar no Brasil, além de dar
subsídios às decisões da ANS.

— Operadoras
As operadoras que compõem a estrutura empresarial do setor de ­saúde suple-
mentar se classificam em diferentes modalidades de ­atuação no mercado:

■ Medicinas de grupo;
■ Seguradoras especializadas em saúde;
■ Cooperativas médicas;
■ Filantropias;
■ Autogestões;
■ Odontologias de grupo;
■ Cooperativas odontológicas;
■ Administradoras de benefício.

TEORIA GERAL DO SEGURO 75


UNIDADE 5

SEGUROS NO BRASIL

SÉCULO 19 – Início

1808 Chegada da Família Real Portuguesa – Criação da Boa Fé


­Seguradora.

1850 Promulgação do 1º Código Comercial Brasileiro – Regulamen-


tação do seguro Marítimo e abrindo oportunidade para outras
seguradoras

1855 Cia. Tranquilidade, a primeira Seguradora de Vida a entrar em


Atividade.

SÉCULO 20 – Grandes avanços

1901 O Decreto n° 4.270/1901 regulou as operações de seguros


no Brasil e criou as Inspetorias de Seguros, subordinadas ao
­Ministério da Fazenda.

1916 Maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de seguro


com a promulgação do Código Civil brasileiro.

1929 Surgiu a capitalização, com a criação da SulAmérica Capitalização


S.A.

1932 Fundado o primeiro Sindicato dos Corretores de Seguros e, em


1933, foi fundado o primeiro Sindicato das Seguradoras, ambos
no Rio de Janeiro.

1939 Fundado o IRB – Instituto de Resseguros do Brasil – hoje IRB-Bra-


sil Resseguros S.A.

1951 Criada a Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados


e de Capitalização (Fenaseg), entidade de representação sindical
do mercado segurador.

1966 Publicado o Decreto-Lei n° 73/66, que reformulou a política de


seguros no Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados
(SNSP).

1968 Fundada a Fenacor – Federação Nacional dos Corretores de


Seguros Privados.

1971 Fundação da Funenseg – Escola Nacional de Seguros – hoje E


­ NS
– Escola de Negócios e Seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 76


UNIDADE 5

SÉCULO 21 – Abertura do mercado

2007 Lei Complementar n° 126, que, entre outras matérias, dispôs


sobre a política de resseguros e retrocessão, promovendo a aber-
tura do mercado ressegurador brasileiro.

2008 Criação da CNseg – Confederação Nacional das Empresas de


Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização.

2012 A normatização e a regulamentação do microsseguro, cuja opera-


ção tem um mercado.

No mesmo momento, a Saúde Suplementar passa a ter vida


própria, tendo a ANS como Órgão Regulador (fundada pela lei
9.961/2000

2013 CNSP nº 294/2013, alterada pela Resolução CNSP nº 359/2017. É


o início da regulamentação de práticas mais modernas de comer-
cialização de seguros por meios remotos.

2019 Susep regulamentou a possibilidade da comercialização de segu-


ros com vigência reduzida ou período de cobertura intermitente,
por meio da Circular Susep nº 592/2019, estimulando a prática de
seguros tecnológicos, modernos e mais aderentes às necessida-
des do consumidor.

2020 Sandbox Regulatório, por meio da Circular Susep nº 598/2020


que visa atrair empresas de tecnologia em seguros (Insurtechs),
para operar no mercado de seguros como seguradoras e ofere-
cendo produtos de tecnologia diferenciada ao mercado.
Circular Susep 620/2020 – Permitiu a flexibilização dos Seguros
do Grupo Patrimonial (Compreensivos, Riscos de Engenharia,
Lucros Cessantes, Riscos Diversos).

2021 Dando continuidade ao processo de flexibilização, mais duas


importantes circulares foram emitidas: Circular Susep 621/2021,
instituindo novas regras para os seguros de danos e a Resolução
CNSP 407/2021, definindo o enquadramento de seguros na cate-
goria de "Grandes Riscos".

TEORIA GERAL DO SEGURO 77


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 5
1. O Sr. Antônio decidiu contratar uma apólice de seguros para sua residên-
cia. Após a contratação, no entanto, seu corretor de seguros se negou a
fornecer a apólice de seguros e a prestar informações sobre alguns itens
da contratação. Nesse caso, o Sr. Antônio poderá efetuar uma reclamação
formal junto ao órgão regulatório, responsável por zelar pela defesa dos
interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

Podemos afirmar que o órgão junto ao qual Sr. Antônio fará a reclamação
é o(a):

a) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).


b) Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados
(CRSNSP).
c) Ministério da Justiça.
d) Ministério da Fazenda.
e) Superintendência de Seguros Privados (Susep).

2. A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do mer-


cado em todos os elos da cadeia. No que diz respeito à regulação, no
mercado de seguros, podemos afirmar que:

a) Aumenta a probabilidade de falência de empresas de seguros.


b) Não existe relação com medidas de proteção aos consumidores.
c) É independente da análise de solvência das seguradoras.
d) Resguarda o setor de seguros dos riscos sistêmicos.
e) Incentiva a venda de seguros desnecessários.

3. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, ele é o órgão que


determina as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil.

a) CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados.


b) Susep – Superintendência de Seguros Privados.
c) Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados.
d) Ministério da Infraestrutura.
e) Ministério do Desenvolvimento Econômico.

TEORIA GERAL DO SEGURO 78


FIXANDO CONCEITOS

4. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, o responsável


por assumir e gerir os riscos que lhe são transferidos pelos segurados, de
acordo com os critérios técnicos e administrativos regulamentados, é:

a) O CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados.


b) A Susep – Superintendência de Seguros Privados.
c) A Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados.
d) O Ministério da Infraestrutura.
e) O Ministério do Desenvolvimento Econômico.

5. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, o órgão que faz


cumprir as deliberações do CNSP, zela pela defesa dos interesses dos con-
sumidores dos mercados supervisionados e pela liquidez e solvência das
sociedades que integram o mercado é:

a) O CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados.


b) A Susep – Superintendência de Seguros Privados.
c) A Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados.
d) O Ministério da Infraestrutura.
e) O Ministério do Desenvolvimento Econômico.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 79


NOÇÕES
BÁSICAS
SOBRE os
PRINCIPAIS
06
RAMOS de SEGUROS
UNIDADE 6

TÓPICOS
Após ler esta DESTA UNIDADE
unidade, você
deverá ser capaz de:
⊲ SEGUROS DE AUTOMÓVEIS ⊲ SEGUROS DE CRÉDITO
■ Conhecer as noções
básicas e os objetivos ⊲ SEGUROS COMPREENSIVOS ⊲ SEGURO DE GARANTIA
(RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS
dos principais ramos de
E EMPRESARIAIS) ⊲ SEGURO DE
seguros patrimoniais e RISCOS DE ENGENHARIA
de pessoas disponíveis ⊲ RISCOS NOMEADOS E
no mercado segurador RISCOS OPERACIONAIS ⊲ SEGURO RURAL
brasileiro.
⊲ LUCROS CESSANTES ⊲ SEGUROS DE PESSOAS

⊲ RISCOS DIVERSOS ⊲ HABITACIONAL

⊲ SEGUROS DE TRANSPORTES ⊲ PREVIDÊNCIA


COMPLEMENTAR ABERTA
⊲ SEGUROS DE AERONÁUTICOS
⊲ RISCOS ESPECIAIS
⊲ SEGURO DE
CASCOS MARÍTIMOS ⊲ FIXANDO CONCEITOS 6
(EMBARCAÇÕES)

⊲ SEGUROS DE
RESPONSABILIDADE CIVIL

TEORIA GERAL DO SEGURO 80


UNIDADE 6

SEGUROS DE AUTOMÓVEIS
OBJETIVO: indenizar o Segurado pelos prejuízos que o mesmo venha a
sofrer, em virtude de danos ocasionados ao veículo ou veículos, inclusive,
prejuízos causados a terceiros, discriminados na apólice e decorrentes de:

■ colisão;
■ abalroamentos;
■ capotagem acidental;
■ incêndio, explosão, raio e suas consequência;
■ roubo.
Assim, podem ser segurados não só particulares de PASSEIO, como
­também CAMINHÕES, ÔNIBUS e DEMAIS VEÍCULOS AUTOMOTORES.

Para complementar esse seguro, é comum a comercialização do seguro


do casco com os seguros de danos a terceiros, por meio do ramo de
seguro RCF-V — Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos e com o
seguro de APP — Acidentes Pessoais de Passageiros.

SEGUROS COMPREENSIVOS
(RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS
E EMPRESARIAIS)
A finalidade dos seguros compreensivos é garantir ao segurado, até o limi-
te das importâncias seguradas em cada uma das garantias contratadas e
de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização por

TEORIA GERAL DO SEGURO 81


UNIDADE 6

prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrentes de perdas e


danos aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em c­ onsequência
de risco coberto.

Cobertura básica dos seguros compreensivos:

■ Incêndio de qualquer natureza.


■ Queda de raio dentro da área do terreno ou edifício segurado.
■ Explosão (conforme prática do mercado, explosão de qualquer
causa ou de gás de uso doméstico dentro da área do terreno ou
edifício, desde que o gás não tenha sido gerado no local e/ou o
local segurado não faça parte de uma fábrica de gás).
■ Além da cobertura básica, os produtos de seguros compreensivos
oferecem um conjunto de coberturas adicionais a serem contra-
tadas conforme a necessidade do segurado, como por exemplo:
danos elétricos, responsabilidade civil, vendaval e roubo de bens.

RISCOS NOMEADOS
E RISCOS OPERACIONAIS

— Seguros de Riscos Nomeados


Riscos Nomeados é um seguro feito sob medida (tailor made) para um
determinado local, com base na análise dos riscos, a partir da qual serão
nomeados os riscos considerados como possíveis de serem seguráveis.
O segurado escolhe (nomeia) as coberturas que deseja segurar, com
ampla liberdade, a seguradora analisa caso a caso e submete à apre-
ciação do ressegurador, que estabelece as normas e condições para a
aceitação do risco.

— Seguro de Riscos Operacionais


O Seguro de Riscos Operacionais se caracteriza por sua cobertura do tipo
all risks, isto é, por uma cobertura que abrange todas as perdas ou danos
materiais causados aos bens segurados. Exceto os formalmente conside-
rados excluídos em suas condições.

Seguro de riscos operacionais, assim como o seguro de riscos nomeados,


exigem a avaliação individual de cada negócio e são formatados com base
nas necessidades de cada segurado em particular, ou seja, prevalece a com-
posição “sob medida”, sendo normalmente utilizados apenas para cobertu-
ras de grandes riscos, sendo muito comum em complexos industriais.

TEORIA GERAL DO SEGURO 82


UNIDADE 6

LUCROS CESSANTES
O Seguro de Lucros Cessantes é aquele que tem por finalidade garantir
Importante a situação financeira da empresa segurada após um sinistro de Danos
Materiais (prática de mercado) que tenha perturbado ou paralisado o
A Circular Susep movimento normal de seus negócios. Esse seguro tem por objeto a
nº 620/2020 permite o manutenção da operacionalidade e lucratividade da empresa, sendo as
oferecimento de seguros de perdas ocorridas identificadas por meio da análise dos relatórios finan-
Lucros Cessantes, em que ceiros elaborados pela contabilidade.
o sinistro não esteja restrito
a uma ocorrência de Danos Logo, é fundamental e obrigatório que a contabilidade esteja p
­ erfeitamente
Materiais. O mercado ainda organizada para comprovar as perdas oriundas do sinistro.
não pratica esse tipo de seguro.
As perdas cobertas por esse seguro incluem a não efetivação do lucro
líquido operacional – o lucro que o segurado deixou de obter em virtude
da paralisação causada pelo sinistro – e as despesas fixas (aquelas que
não podem deixar de ser realizadas mesmo após a ocorrência do sinistro).

RISCOS DIVERSOS
Existem várias modalidades de seguros agrupadas no Ramo de Riscos
Diversos.

Cada uma delas possui condições especiais, critérios específicos de


­taxação e determinado número de riscos cobertos.

A indenização, por parte da seguradora, é garantida em função da ocorrên-


cia de um dos riscos previstos nas respectivas apólices.

São vários os tipos de seguros enquadrados no Ramo de Riscos Diversos,


tais como:

■ equipamentos: móveis (incluído o risco de translado e viagens de


entrega); cinematográficos; fotográficos e de televisão (exclusi-
vamente em estúdio e laboratórios ou em reportagens externas);
anúncios luminosos; em exposição (podendo incluir ou excluir o
risco de transporte); estacionários (cobertura limitada no local indi-
cado na apólice); em operações sobre água; instrumentos musi-
cais e equipamentos de som; arrendados ou cedidos a terceiros;
■ valores em veículos de entrega de mercadorias ou valores
­transportados em carros-fortes;
■ obras de arte;
■ roubo.

TEORIA GERAL DO SEGURO 83


UNIDADE 6

SEGUROS DE TRANSPORTES
A carteira de transportes abrange o conjunto de seguros relativos a bens
e mercadorias transportadas. Compreende, assim, todos os seguros
que visam cobrir os riscos relacionados às viagens nacionais, internacio-
nais, realizadas por quaisquer meios de transporte regular, e também os
­Seguros de Responsabilidade Civil dos Transportadores de Carga.

Nesses ramos de seguro, existem diversas coberturas básicas, adicionais


e cláusulas específicas.

SEGUROS DE AERONÁUTICOS
Este seguro oferece cobertura para riscos do transporte aéreo.

Abrange a aeronave e a responsabilidade civil contra tercei­ros e a


­ cidentes
pessoais, de que resultem morte, invalidez ou t­ratamento médico de
passa­geiros e tripulantes. Garante também as indenizações por prejuí-
zos, reembolsos de despesas e responsabili­dades legais à aeronave.

SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS


(EMBARCAÇÕES)
Este seguro cobre perdas e danos causados a embarcações, de carga ou
lazer, que atinjam o casco, máquinas e equipamentos, estando as embar-
cações em operação, construção ou em reparos.

As coberturas podem incluir:

■ Perda total (por naufrágio ou outros motivos);


■ Assistência e Salvamento;
■ Avaria Grossa e Avaria Particular;
■ Responsabilidade Civil por Albaroação;
■ Desembolso etc.

TEORIA GERAL DO SEGURO 84


UNIDADE 6

SEGUROS DE
RESPONSABILIDADE CIVIL
O seguro de responsabilidade civil geral garante ao segurado o reembol-
so das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, relativas à
reparação por danos involuntários, corporais e/ou materiais causados a
terceiros e que decorram de riscos cobertos pela apólice.

SEGUROS DE CRÉDITO
O seguro de crédito é uma modalidade de seguro que tem por objetivo
ressarcir o segurado (credor), nas operações de crédito realizadas den-
tro do território nacional, das perdas líquidas definitivas causadas por
devedor insolvente.

Em outras palavras, o objetivo do seguro de crédito é garantir ao segurado


(credor) as perdas líquidas definitivas resultantes do não recebimento de
valores relativos às operações de crédito realizadas pelo credor aos seus
diversos clientes (devedores).

SEGURO DE GARANTIA
Seguro garantia é o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações
contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou
públicos, bem como em licitações, como definido pela legislação em vigor.

TEORIA GERAL DO SEGURO 85


UNIDADE 6

SEGURO DE
RISCOS DE ENGENHARIA
O Seguro de Riscos de Engenharia garante proteção contra perigos que
afetam todo tipo de obra civil, com:

■ Incêndio;
■ Erro de execução;
■ Sabotagens;
■ Roubo e furto qualificado;
■ Danos decorrentes de vendaval, queda de granizo;
■ Entre outros, inclusive, prejuízos causados a terceiros.
Cobre, ainda, máquinas e equipamentos em fase de instalação e
montagem, além do maquinário em operação.

SEGURO RURAL
Protege o produtor contra perdas causadas por fenômenos adversos da
natureza até o limite máximo de indenização contratado.

Além da atividade agrícola, o seguro rural abrange também:

■ a atividade pecuária;
■ o patrimônio do produtor rural;
■ seus produtos;
■ o crédito para comercializar a produção;
■ o risco de morte dos produtores.

TEORIA GERAL DO SEGURO 86


UNIDADE 6

SEGUROS DE PESSOAS

Exemplo Estes Seguros têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização
ao Segurado ou aos seus beneficiários quando ocorrer um evento coberto
Seguro de vida, Seguro funeral, especificado nas condições contratuais.
Seguro de acidentes pessoais,
Eles podem ser contratados:
Seguro educacional, Seguro
viagem, Seguro prestamista, ■ de forma individual;
Seguro de diária por internação ■ de forma coletiva. Nesse caso, os Segurados aderem a uma apóli-
hospitalar, Seguro perda de
ce contratada pelo estipulante.
renda, Seguro de diária de
incapacidade temporária, entre
outros.

HABITACIONAL
Objetivo: oferecer garantias adicionais às operações de financiamento
para aquisição ou para a construção de imóvel residencial.

Contratação: é obrigatória em financiamentos habitacionais.

Coberturas: contempla, no mínimo, coberturas que prevejam os riscos


de morte e invalidez permanente do mutuário (Segurado) e os riscos de
danos físicos no imóvel financiado. Além dessas, podem ser contratadas,
de forma facultativa, outras coberturas.

PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR ABERTA
A previdência complementar é facultativa e tem a finalidade de propor-
cionar ao indivíduo proteção adicional àquela fornecida pela previdência
social (INSS e instituições semelhantes).

TEORIA GERAL DO SEGURO 87


UNIDADE 6

A decisão de participar de um plano de previdência significa fazer uma


poupança mensal “forçada” durante o período de acumulação (data de
contratação até data escolhida para início do recebimento do benefício),
visando juntar recursos para receber de uma única vez ou sob a forma de
renda mensal.

RISCOS ESPECIAIS

— Seguro Riscos de Petróleo


Este Seguro cobre bens e responsabilidade civil relativo às atividades liga-
das às operações de prospecção, perfuração e produção de petróleo e/ou
gás no mar e na terra.

— Seguros Nucleares
São oferecidas coberturas de danos materiais e de responsabilidade civil
relacionados à energia nuclear.

— Riscos Decorrentes da
Operação Nuclear
Eles são objeto de seguro específico no Brasil e nos demais países do
mundo, inclusive com a pulverização dos referidos riscos através de
pools de empresas internacionais. No mercado mundial, existem pools de
­seguradoras especializadas em riscos nucleares que aceitam e repassam
riscos das usinas entre si.

TEORIA GERAL DO SEGURO 88


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 6

Marque a alternativa correta


1. Uma das lojas de uma grande rede de fast food sofreu um incêndio de
grandes proporções. Como consequência, a loja precisou interromper seu
movimento normal de negócios.

Podemos afirmar que o seguro que tem por objeto a manutenção da ope-
racionalidade e lucratividade da empresa, tendo as perdas ocorridas iden-
tificadas por meio da análise dos relatórios financeiros elaborados pela
contabilidade, é o:

a) Seguro de riscos de engenharia.


b) Seguro de diária de incapacidade temporária.
c) Seguro prestamista.
d) Seguro de perda de renda.
e) Seguro de lucros cessantes.

2. É o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações contraídas


pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou públicos, bem
como em licitações, como definido pela legislação em vigor:

a) Seguro de crédito.
b) Seguro prestamista.
c) Seguro de pessoas.
d) Seguro habitacional.
e) Seguro de garantia.

3. Gabriela deseja contratar um seguro para sua residência e gostaria de


saber qual é a cobertura básica desse seguro. Podemos afirmar que a
cobertura básica, nesse caso, é:

a) Incêndio, queda de raio e explosão.


b) Incêndio, danos elétricos e furto simples.
c) Danos elétricos, vendaval e furto qualificado.
d) Impacto de veículos, responsabilidade civil e desmoronamento.
e) Vazamentos, quebra de vidros e explosão.

Consulte o gabarito clicando aqui.

TEORIA GERAL DO SEGURO 89


ANEXOS

ANEXOS

— ANEXO 1– MODELO DE
PROPOSTA DE SEGURO DE
PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL
XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Produto
Vida Individual

Dados do Seguro
Proposta Versão Data da Proposta Válido até Vigência Total de Itens
De 24 hrs 04/08/2021 até 24 hrs 04/08/2022
Tipo de Prazo Tipo de Seguro Número de Protocolo (PI) Identificador
Anual Parcelado Seguro Novo Não transmitido.

Dados do Proponente
Nome CPF

Tipo de Documento Número Data de Emissão Orgão Emissor Nacionalidade


RG
Renda Mensal (R$) Correio Eletrônico

Atividade Econômica Código Operação


Empresário
Endereço Residencial
Logradouro Complemento Telefone

Cidade UF CEP Bairro

Dados do Risco
Titular
Nome CPF

Tipo de Documento Número Data de Emissão Orgão Emissor Nacionalidade


RG
Data de Nascimento Idade Sexo Estado Civil Fumante Altura (m) Peso (Kg)

Atividade / Ocupação Renda Mensal (R$)

Detalhamento da Atividade / Ocupação

Prática de Esportes
Nenhum esporte da lista acima
Pessoa Politicamente Exposta
É uma pessoa politicamente exposta conforme previsto na Circular SUSEP 445/2012? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, em qual cargo/função?

Cônjuge
Nome CPF

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 1 / 7


Matriz: (endereço) CNPJ. www.xxx.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) SUSEP: 0800 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 90


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Dados do Risco (continuação)


Cônjuge
Data de Nascimento Idade Sexo Estado Civil Fumante Altura (m) Peso (Kg)

Atividade / Ocupação Renda Mensal (R$)

Prática de Esportes

Pessoa Politicamente Exposta


É uma pessoa politicamente exposta conforme previsto na Circular SUSEP 445/2012? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, em qual cargo/função?

Coberturas
Cobertura Capital Individual Prêmio Individual
Morte com Pagamento Antecipado por IFPD-MIFPD 200.000,00 834,64
Morte Acidental 200.000,00 190,35
Invalidez Perm. Total ou Parcial por Acidente 100.000,00 59,49
Doenças Graves Master - 20 Tipos 50.000,00 266,68
Morte Cônjuge 200.000,00 271,40
Doenças Graves Master - 20 Tipos (Cônjuge) 50.000,00 84,06
Morte Acidental (Cônjuge) 200.000,00 190,35
Invalidez Perm. Total ou Parcial por Acidente (Cônjuge) 100.000,00 59,49

Coberturas - Informações Adicionais


Cobertura Capital Individual Franquia Prêmio Total
Assistência Funeral Familiar - Com Reembolso -
5000.00 - - 17,31

Demonstrativo de Prêmio Total


Prêmio Líquido R$ Prêmio de Assistência R$ Adicional de Fracionamento R$ IOF R$ Prêmio Total R$
1.966,30 0,00 0,00 7,47 1.973,77

Forma e Periodicidade de Pagamento


Tipo Pagto 1a Parcela: Boleto Avulso, Demais: Débito em Conta Dia Vencimento: 10
Periodicidade de Pagamento Prêmio 1ª Parcela Prêmio Demais Parcelas IOF R$ Prêmio Total R$
Mensal 164,49 164,48 7,47 1.973,77
Autorização de Débito
Banco Agência Digito Nome da Agência Número da Conta Digito
-
Data CPF Correntista Assinatura do Correntista
Autorizo a XXX Seguros S/A a
efetuar débito na conta corrente de
minha titularidade acima descrita.
O recebimento do crédito não caracteriza em hipótese alguma a aceitação automática do risco, a qual se dará
exclusivamente conforme disposto nas referidas Condições Gerais do Seguro dentro do prazo de 15 dias nela
previsto.

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 2 / 7


Matriz: (endereço) - CNPJ. www.xxx.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 91


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Forma e Periodicidade de Pagamento (continuação)

As parcelas somente serão consideradas quitadas após a confirmação pelo banco. A inexistência de saldo suficiente na conta
corrente ou a impossibilidade de efetuar o débito por encerramento da conta ou transferência de agência, pelo período
determinado nas Condições Gerais do Seguro, implicará no cancelamento deste seguro por parte da XXXX Seguros S/A.

Observações

Sr.(a) Corretor / Sr.(a) Segurado(a)

A veracidade das informações aqui prestadas, bem como a autorização para débito automático na conta bancária
informada, são de suma importância e de sua exclusiva responsabilidade. Caso os dados informados estejam incorretos,
haverá a possibilidade de prejuízo das coberturas do seguro. A XXXX Seguros S/A não se responsabiliza por eventual
inadimplemento do prêmio motivado pela indicação incorreta da conta bancária para débito automático. As devoluções
em conta corrente ocorrerão apenas quando o titular da conta for o próprio segurado.

Caso este seguro tenha sido contratado com pagamento em débito automático através do Banco do Brasil, por exigência
da instituição bancária, o débito deve ser autorizado pelo titular da conta junto aos canais do Banco. Essa autorização
será necessária somente para a primeira parcela do seguro. Se não houver autorização junto ao Banco, o débito não
será efetuado o que implicará em cancelamento do seguro. É importante manter os dados cadastrais atualizados para
que as comunicações de débito e demais informações não sejam interrompidas.

Ao contrário do que consta na alínea “d” do item 4.1. da cláusula 4 das Condições Gerais do Seguro, estão garantidos
pelo presente seguro os eventos exclusivamente decorrentes da Pandemia relativa ao novo Coronavírus e à doença
Covid-19.

Esta condição é exclusiva para os eventos relativos ao novo Coronavírus e à doença Covid-19, permanecendo excluídas
quaisquer outras Pandemias ou Epidemias declaradas por órgão competente.

Em caso de morte por acidente, os capitais segurados das coberturas de Morte e Morte Acidental, desde que
contratadas, se acumulam.

DECLARAÇÃO DO PROPONENTE
Declaro, para todos os fins, ter tido conhecimento prévio das Condições Gerais e Especiais do seguro, suas coberturas e
limitações (riscos excluídos e perda de direitos), com as quais concordo plena e integralmente. Declaro que todas as
informações prestadas nesta proposta são verdadeiras, completas, exatas e precisas com relação às circunstâncias por
mim conhecidas e que possam influir na avaliação do risco a ser feita pela XXXX Seguros S/A, sob pena de perder o direito
à eventual cobertura securitária (artigo 766 do Código Civil Brasileiro). Assumo o compromisso de comunicar de forma
imediata à XXXX Seguros S/A quaisquer outras que possam modificar o risco ora garantido, em conformidade com as
Condições Gerais e Especiais, concordando plenamente com eventuais ajustes de prêmio. Estou ciente e de acordo que
não haverá cobertura para eventos ou doenças preexistentes à contratação deste seguro, conforme previsto nas Condições
Gerais e Especiais. Estou ciente que a XXXX Seguros S/A poderá solicitar o envio ou a realização de exames médicos e
laboratoriais e informações adicionais, e que somente após o recebimento de todos os exames e informações requeridas, a
XXXX Seguros S/A decidirá quanto à aceitação integral ou parcial desta proposta. Estou ciente que a inexistência de saldo
suficiente em minha conta corrente ou a impossibilidade de efetuar o débito por encerramento da conta ou transferência de

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 3 / 7


Matriz: (endereço) - CNPJ. www.xxx.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 92


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

agência, pelo período determinado nas Condições Gerais do seguro implicará no cancelamento por parte da XXXX
Seguros S/A.
O Proponente declara que teve acesso prévio a todas as informações de seu interesse sobre o presente seguro, incluindo
informações relativas à intermediação, sem prejuízo do direito de poder solicitá-las na forma estabelecida pela legislação e
regulamentação em vigor.

Local e Data Assinatura do Proponente ou Representante Legal

Local e Data Assinatura do Cônjuge

Dados do Corretor
Código Nome Registro SUSEP

Filial Produtor Telefone


+55(0011)

DECLARAÇÃO DO CORRETOR

Estou ciente de minha responsabilidade pela conferência dos documentos de identificação do proponente, bem como pela
autenticidade de sua assinatura e veracidade dos dados cadastrais, sob as penas da legislação civil e penal, especialmente
da Lei nº. 4594/64, Capítulo V. Declaro que entreguei ao Proponente as Condições Gerais e Especiais deste seguro, o qual
está ciente de seu conteúdo, que a Declaração Pessoal de Saúde e Atividade e a indicação de beneficiários foram
preenchidas de próprio punho pelo proponente titular, ou seu responsável, se menor, e que, segundo meu conhecimento,
todas as informações, repostas e declarações desta proposta refletem a verdade, não contendo incorreções ou omissões.
O(s) intermediário(s) da presente Proposta declara(m) sua conformidade com os princípios e regras de conduta
estabelecidas na Resolução CNSP 382/20, bem como que disponibilizam ao cliente as informações mínimas previstas no
art. 4º, antes da contratação do produto de seguro.

Local e Data Assinatura do Corretor

Notas Importantes
Processo SUSEP: 15414.004129/2006-04
Código do ramo: 1381; 1391

O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.
O proponente poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio de
seu numero de registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.

As condições contratuais/regulamento deste produto protocoladas pela sociedade/entidade junto à SUSEP poderão ser
consultadas no endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da
apólice/proposta.

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 4 / 7


Matriz: ( endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 93


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Notas Importantes (continuação)

Este seguro é por prazo determinado tendo a sociedade seguradora a faculdade de não renovar a apólice na
data de vencimento, sem devolução dos prêmios pagos nos termos da apólice.

Declaração Pessoal de Saúde e Atividade


Esta declaração deve ser integralmente preenchida, utilizando as expressões "SIM" ou "NÃO", ou ainda "S" para SIM ou "N"
para NÃO, completando também todos os dados e informações necessárias à análise e aceitação da proposta, ainda que
não expressamente solicitadas, mas de conhecimento do proponente. As respostas e informações serão incluídas em
bancos de dados que poderão ser consultados para fins de análise de riscos e de liquidação de processos de indenização,
inclusive de Cosseguro e Resseguro podendo ainda a XXXX Seguros S/A estender as consultas a bancos de dados de
entidades de perfil de crédito e proceder ao registro destas consultas junto a tais entidades. Se o proponente for menor de
18 (dezoito) anos, esta declaração deverá ser respondida e assinada pelo responsável legal.

Questões Titular Cônjuge


1 - Encontra-se em plena atividade de trabalho? Se responder não, esclarecer porque não
está trabalhando. Se responder não por estar aposentado, informe o motivo e a data da
aposentadoria no campo informações adicionais.
2 - Sofre atualmente ou sofreu nos últimos 5 (cinco) anos de alguma moléstia que o tenha
obrigado a consultar médico, hospitalizar-se, submeter-se a exames laboratoriais
(tomografia, ressonância magnética, biópsias ou qualquer outro exame de diagnóstico),
intervenções cirúrgicas e tratamento médico como por exemplo, diabetes, câncer,
hipertensão, AIDS, doenças neurológicas ou psiquiátricas, digestivas, renais, hepáticas,
circulatórias, pulmonares, cardíacas ou a se afastar de suas atividades normais? Informe
o(s) motivo(s), datas, exames, testes laboratoriais, resultados e os dados do médico que
fez/faz o tratamento. Caso positivo para qualquer indicação acima Informe o(s) motivo(s),
datas, exames, testes laboratoriais, resultados e os dados do médico que fez/faz o
tratamento.
3 - Está sob observação, controle ou tratamento médico? Faz uso de medicação contínua?
Especifique o(s) tipo(s) de tratamento(s), médico(s),medicamento(s) e dose(s) diária(s).
4 - Foi submetido a tratamento em regime hospitalar ou intervenção cirúrgica ou ainda em
clínica médica ou de reabilitação nos últimos 10 anos? Em caso afirmativo informar qual(is)
o(s) diagnóstico(s) e período(s) de internação.
5 - É ou foi portador de alguma doença ou lesão produzida pelo trabalho (doença
profissional)? Possui deficiência de órgãos, Membros ou sentidos? Em caso afirmativo,
esclareça.
6 - É piloto em competições automobilísticas ou motociclísticas? Pratica esportes Radicais
ou possui Hobby de alto risco? Esclareça e especifique qualquer item afirmativo.
7 - É condutor habilitado de motocicleta ou ciclo motor? Em caso afirmativo, informar
freqüência, periodicidade e finalidade (ida e volta ao trabalho/escola ou no exercício do
trabalho/ocupação). Caso a finalidade seja a trabalho, detalhar qual é o trabalho executado
e o local de circulação.

Dados de Beneficiários
Titular
Nome CPF Data Nasc. Parentesco % Particip.
Cônjuge 100,00

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 5 / 7


Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 94


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Dados de Beneficiários (continuação)


Titular
Nome CPF Data Nasc. Parentesco % Particip.

Cônjuge
Beneficiário(s) não indicado(s)

Na falta de indicação de pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for feita, o Capital
Segurado será pago metade ao Cônjuge não separado judicialmente e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a
ordem de vocação hereditária, conforme art. 792 do Código Civil Brasileiro.
O segurado poderá a qualquer tempo, substituir o(s) beneficiário(s), desde que o faça mediante informação por escrito,
entregue à XXXX Seguros S/A, para a qual valerá sempre a última comunicação efetivamente recebida e assinada pelo
segurado.

Informações Adicionais - Declaração Pessoal de Saúde, Atividade e Beneficiários


Item Titular Cônjuge Descrição

Atenção: A contar da data de recebimento desta proposta pela XXXX Seguros S/A, devidamente acompanhada de
toda a documentação eventualmente necessária a análise do risco, a XXXX Seguros S/A terá 15 ( quinze) dias para
avaliar se aceita ou não esta proposta, obedecidas as suas exclusivas regras de aceitação, que são aplicáveis
indistintamente em todas as propostas. Para aceitação deste seguro a XXXX Seguros S/A poderá solicitar outros
documentos necessários a análise do risco. Caso a proposta não seja aceita pela XXXX Seguros S/A, e tenha
havido algum adiantamento do prêmio, este será devolvido corrigido pela variação do IPC-FIPE, pro rata die. Nos
casos em que a aceitação da proposta dependa de contratação ou alteração da cobertura de resseguro, os prazos
previstos acima serão suspensos até que o ressegurador se manifeste formalmente.

Declaro que todas as informações prestadas nesta proposta, foram fornecidas por mim ou a partir de minhas
indicações,sendo verdadeiras, completas, exatas e precisas com relação às circunstâncias por mim conhecidas e que
possam influir naavaliação do risco a ser feita pela XXXX Seguros S/A, sob pena de perder o direito à eventual cobertura
securitária(artigo 766 do Código Civil Brasileiro). Assumo o compromisso de comunicar de forma imediata à XXXX Seguros
S/A quaisquer alterações nas informações ora prestadas ou ainda quaisquer outras que possam modificar o risco ora
garantido,em conformidade com as Condições Gerais e Especiais, concordando plenamente com eventuais ajustes de
prêmio. Autorizo a XXXX Seguros S/A a obter de qualquer médico, hospital, clínica, consultórios, ambulatórios ou
seguradoras,documentos e informações referentes e sobre minha condição de saúde mental e física, anterior e atual,
dispensando-os de qualquer impedimento ligado ao sigilo profissional.

Local e Data Assinatura do Proponente Titular ou


Resp. Legal (proponente menor)

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 6 / 7


Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 95


ANEXOS

XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação

Local e Data Assinatura do Cônjuge

Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 7 / 7


Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br
Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800
Deficientes Auditivos 0800 Ouvidoria: 0800
SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 96


ANEXOS

— ANEXO 2 – MODELO DE
PROPOSTA DE SEGURO DE DANOS
PROPOSTA DE SEGURO DATA DE CÁLCULO: ORIGEM N. PROPOSTA COMPANHIA
22/10/2019 11 - 17024733
VIGÊNCIA DAS 24H DO DIA TIPO DE SEGURO:
22/10/2019 NOVO
ATÉ AS 24H DO DIA IMPRESSÃO:
22/10/2020 22/10/2019 - 14:40:23
C.N.P.J. SUSEP N.:

RAMO: 118 MODALIDADE: 0 - PRINT WEB EMPRESA


DADOS GERAIS

PROPONENTE TIPO DE PESSOA CNPJ


JURÍDICA
ATIVIDADE ECONÔMICA TIPO DE EMPRESA

E-MAIL DO SEGURADO ENVIAR CÓPIA DA APÓLICE PARA O E-MAIL DO CORRETOR ? ENVIAR APÓLICE FÍSICA PARA

TELEFONE RESIDENCIAL TELEFONE CELULAR TELEFONE COMERCIAL

PATRIMÔNIO LÍQUIDO RECEITA OPERACIONAL BRUTA ANUAL CONTROLADORES


Não desejo informar Não desejo informar Não desejo informar os Administradores, Controladores e Procuradores
QUESTIONÁRIO GERAL

QUESTÕES RESPOSTAS

POSSUI RISCOS MAIORES DE R$ 5.000.000,00 ? NÃO


ENDEREÇO EMPRESARIAL

CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO

NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO

ENDEREÇO DE COBRANÇA

CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO


SP
NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO

INFORMAÇÕES CADASTRAIS DO CORRETOR

SUSEP NOME DA CORRETORA TELEFONE % PART.


() 100,00
E-MAIL

TELEFONE PARA FUTUROS CONTATOS DE INSPEÇÃO

TELEFONE RAMAL CONTATO

LOCAL DE RISCO 1

LOCAL DE RISCO NÚMERO BAIRRO

CEP COMPLEMENTO CIDADE ESTADO

ATIVIDADE ECONÔMICA

QUESTIONÁRIO

Importante: Declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão na perda de indenização e cancelamento da apólice, conforme itens 23 e 25
das Condições Gerais.
QUESTÕES RESPOSTAS

EXPERIÊNCIA DO RISCO SEM BÔNUS


O LOCAL DE RISCO POSSUI ISOPAINEL EM SUA CONSTRUÇÃO ? NÃO
POSSUI SEGUROS VIGENTES PARA O MESMO LOCAL DE RISCO ? NÃO
O IMÓVEL POSSUI UM PROGRAMA CONTÍNUO DE REUSO, REAPROVEITAMENTO OU USO
NÃO
EFICIENTE DE ÁGUA ?
CONTRATAR VALOR DE NOVO (SEM DEPRECIAÇÃO) ? SIM

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TEORIA GERAL DO SEGURO 97


ANEXOS

DESCONTOS

DESCONTO RESPOSTA

DESCONTO POR AGRUPAMENTO DE COBERTURAS (%) 10


L.M.I. DISCRIMINADO
L.M.I. DISCRIMINADO
NÃO DESEJO L.M.I DISCRIMINADA
COBERTURAS

COBERTURA L.M.I. PRÊMIO P.O.S.

INCENDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA DE AERONAVE 250.000,00 209,83 POS não contratada.
DANOS ELETRICOS 20.000,00 80,81 10% das indenizações com o mínimo de R$900,00
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS 70.000,00 100,13 Não há.
SUBTRAÇÃO DE BENS 10.000,00 113,91 POS não contratada.
PERDA DE ALUGUEL 15.000,00 26,94 Não há.
DESPESAS FIXAS 50.000,00 26,94 5 dias de paralisação do estabelecimento
RESPONSABILIDADE CIVIL 10.000,00 38,62 10% das Indenizações com mínimo de R$ 500,00.
RC EMPREGADOR 10.000,00 20,39 10% das Indenizações com mínimo de R$ 500,00.
VAZAMENTO TANQUES TUBULACOES 10.000,00 101,77 15% das indenizações com mínimo de R$1.000,00.
COBERTURA DE DESPESAS FIXAS DECORRENTES DE:

Incêndio (X) Danos Elétricos ( ) Vendaval ( ) Tumultos ( )


CLÁUSULA DE SERVIÇOS

PLANO PRATA - REDE REFERENCIADA - EMP

SERVIÇOS DE SINISTRO
LIMPEZA GUARDA DA RESIDENCIA
COBERTURA PROVISÓRIA DE TELHADOS COBERTURA PROVISORIA PORTAS JANELAS DIVISAS E
VITRINES
SERVIÇOS EMERGENCIAIS
SUBSTITUIÇÃO DE TELHAS E CUMEEIRAS ELETRICISTA
REPAROS DE TELEFONIA DESENTUPIMENTO
REPAROS AR CONDICIONADO REPAROS EM BEBEDOURO
VIGIA ENCANADOR
CHAVEIRO COMUM REPAROS EM PORTA DE AÇO ONDULADA
CLÁUSULAS PARTICULARES

ADMISSÃO VIA FONE /CHAT/E-MAIL


A PRESENTE PROPOSTA FOI EMITIDA CONFORME SOLICITAÇÃO TELEFÔNICA, CHAT OU E-MAIL FEITA EM NOME DO SEGURADO
PELO CORRETOR DE SEGUROS. OS VALORES DAS COBERTURAS, PARTICIPAÇÕES OBRIGATÓRIAS DO SEGURADO, PRÊMIOS E
DEMAIS CONDIÇÕES, FORAM ESTABELECIDAS CUJA DATA ESTÁ REGISTRADA NO CAMPO PRÓPRIO. OS DADOS E INFORMAÇÕES
FORNECIDOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE E DO CORRETOR, OS QUAIS DEVEM OBRIGATORIAMENTE
COINCIDIR COM A REGULAR DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA. É FACULTADO AO SEGURADO, ATRAVÉS DO SEU CORRETOR DE
SEGUROS, O DIREITO DE ARREPENDIMENTO EM 07 (SETE) DIAS DA DATA DE EMISSÃO DA APÓLICE CONFORME PREVISTO NO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, O QUE DEVERÁ SER FEITO MEDIANTE ENTREGA DE CARTA DEVIDAMENTE PROTOCOLADA
EM QUALQUER ESCRITÓRIO DA SEGURADORA. PARA EMISSÕES COM FORMA DE PAGAMENTO DÉBITO EM CONTA CORRENTE OU
CARTÃO DE CRÉDITO: AS INFORMAÇÕES E DADOS FORNECIDOS (BANCO, AGÊNCIA, CONTA CORRENTE, DADOS DO CARTÃO DE
CRÉDITO), SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO CORRETOR DE SEGUROS, O QUAL DECLAROU TER OBTIDO ANUÊNCIA DO
SEGURADO PARA FORNECÊ-LAS.

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TEORIA GERAL DO SEGURO 98


ANEXOS

CLÁUSULA PARTICULAR DE RATEIO


CÁLCULO DE RATEIO
ESTOU CIENTE E DE ACORDO QUE SOMENTE NOS CASOS EM QUE O VALOR EM RISCO DECLARADO (VRD) FOR INFERIOR A
80% (OITENTA POR CENTO) DO VALOR EM RISCO APURADO (VRA) NO MOMENTO DO SINISTRO, O SEGURADO PARTICIPARÁ
PROPORCIONALMENTE DOS PREJUÍZOS CORRESPONDENTES A ESTA DIFERENÇA, CONFORME DETERMINA AS CONDIÇÕES GERAIS
DO XXX SEGURO EMPRESA
PARA LOCAIS COM VALOR CONTRATADO PARA A COBERTURA DE INCÊNDIO (LMI) INFERIOR A R$2.000.000,00 (DOIS MILHÕES DE
REIAS) NÃO SERÁ SOLICITADO O VRD, NESTES CASOS O CÁLCULO DO RATEIO SERÁ FEITO UTILIZANDO O LMI CONTRATADO.
QUANDO NA OCASIÃO DO SINISTRO O VALOR EM RISCO APURADO (VRA) FOR INFERIOR A R$2.000.000,00 (DOIS MILHÕES DE
REIAS) A CONTRATAÇÃO SERÁ A PRIMEIRO RISCO ABSOLUTO.
IA - CONSTRUÇÕES ISOPAINEL INCÊNDIO
FICA ENTENDIDO E ACORDADO QUE CONFORME DESCRITO NO ITEM EMPRESAS ABRANGIDAS PELO SEGURO DAS CONDIÇÕES
GERAIS. CASO SEJA CONSTATADO QUE NO LOCAL DE RISCO POSSUA CONSTRUÇÃO EM ISOPAINEL OU "PAINEL SANDUÍCHE"
CONSTITUÍDO POR CHAPAS METÁLICAS UNIDAS POR UM MATERIAL ISOLANTE, SERÁ COBRADO PRÊMIO ADICIONAL E
PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA, CONSIDERANDO O LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO CONTRATADO PARA A COBERTURA DE
INCÊNDIO, EXPLOSÃO E FUMAÇA, CONFORME SEGUE: 10% DAS INDENIZAÇÕES COM MÍNIMO DE R$ 25.000,00.
RATIFICAM-SE OS DEMAIS DIZERES DAS CONDIÇÕES GERAIS QUE NÃO TENHAM SIDO ALTERADAS PELA
PRESENTE CLÁUSULA.
DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO DO ITEM

PRÊMIO LÍQUIDO COBERTURAS PRÊMIO LÍQUIDO CLÁUSULAS PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL CUSTO DE APÓLICE PRÊMIO TOTAL
719,34 301,66 1.021,00 0,00 1.096,35
DESCONTOS

DESCONTO PERCENTUAL

DESCONTO DE NEGOCIAÇÃO 10.50


CLÁUSULAS PARTICULARES

ADMISSÃO VIA FONE /CHAT/E-MAIL

A PRESENTE PROPOSTA FOI EMITIDA CONFORME SOLICITACcedil;Atilde;O TELEFOcirc;NICA, CHAT OU E-MAIL FEITA EM NOME DO
SEGURADO PELO CORRETOR DE SEGUROS. OS VALORES DAS COBERTURAS, PARTICIPACcedil;Otilde;ES OBRIGATOacute;RIAS DO
SEGURADO, PREcirc;MIOS E DEMAIS CONDICcedil;Otilde;ES, FORAM ESTABELECIDAS CUJA DATA ESTAacute; REGISTRADA NO CAMPO
PROacute;PRIO. OS DADOS E INFORMACcedil;Otilde;ES FORNECIDOS SAtilde;O DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE E
DO CORRETOR, OS QUAIS DEVEM OBRIGATORIAMENTE COINCIDIR COM A REGULAR DOCUMENTACcedil;Atilde;O APRESENTADA.
Eacute; FACULTADO AO SEGURADO, ATRAVEacute;S DO SEU CORRETOR DE SEGUROS, O DIREITO DE ARREPENDIMENTO EM 07
(SETE) DIAS DA DATA DE EMISSAtilde;O DA APOacute;LICE CONFORME PREVISTO NO COacute;DIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,
O QUE DEVERAacute; SER FEITO MEDIANTE ENTREGA DE CARTA DEVIDAMENTE PROTOCOLADA EM QUALQUER ESCRITOacute;RIO
DA SEGURADORA. PARA EMISSOtilde;ES COM FORMA DE PAGAMENTO DEacute;BITO EM CONTA CORRENTE OU CARTAtilde;O DE
CREacute;DITO: AS INFORMACcedil;Otilde;ES E DADOS FORNECIDOS (BANCO, AGEcirc;NCIA, CONTA CORRENTE, DADOS DO
CARTAtilde;O DE CREacute;DITO), SAtilde;O DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO CORRETOR DE SEGUROS, O QUAL DECLAROU TER
OBTIDO ANUEcirc;NCIA DO SEGURADO PARA FORNECEcirc;-LAS.
DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO GERAL

PRÊMIO LÍQUIDO COBERTURAS PRÊMIO LÍQUIDO CLÁUSULAS PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL CUSTO DE APÓLICE I.O.F. PRÊMIO TOTAL
719,34 301,66 1.021,00 0,00 75,35 1.096,35
INFORMAÇÃO DE COBRANÇA.

FORMA DE PAGAMENTO
41 - 4 x BOLETO BANCARIO
VALOR DAS PARCELAS

1º PARCELA DEMAIS PARCELAS(R$) JUROS I.O.F. ENCARGOS


274,08 274,09 0,00 75,35 0,00

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TEORIA GERAL DO SEGURO 99


ANEXOS

AVISOS

Além das garantias de Incêndio, Raio (danos físicos), Explosão e Fumaça, a cobertura básica também ampara despesas decorrentes de
medidas tomadas para redução dos prejuízos e desentulho, em caso de sinistro coberto.
Atividades inspecionáveis ( conforme Manual ) estão sujeitas a inspeção para Análise de Aceitação.
A Participação Obrigatória do Segurado (POS) será deduzida da indenização de cada sinistro, em moeda corrente de acordo com o valor
estabelecido na especificação deste documento.
OBSERVAÇÕES

A aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo
ou recomendação a sua comercialização. O segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site
www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
Este orçamento terá validade por 15 (quinze) dias corridos a contar da data de sua realização perdendo sua validade na data de início da
vigência do risco constante no orçamento.
As condições contratuais/regulamento deste produto protocolizadas pela sociedade/entidade junto à Susep poderão ser consultadas no
endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta.

DECLARAÇÕES DO PROPONENTE

Declaro que as informações foram prestadas com exatidão, boa fé e verdade e assumo integral responsabilidade, inclusive poles não
escritas de próprio punho. Tomei conhecimento prévio das Condições Gerais da Apólice correspondente a esta proposta. Estou ciente e de
acordo que a Seguradora tem o prazo de 15 dias contados do protocolo da Proposta de Seguro com o respectivo pagamento do prêmio
ou da 1ª parcela do prêmio, para se manifestar sobre a concretização ou não do seguro. No case de não aceitação da Proposta de
Seguro o eventual pagamento de prêmio efetuado será devolvido devidamente corrigido polo IPCA/IBGE proporcional aos dias decorridos.
Havendo indenização, autorizo que o valor seja creditado em minha conta bancária a ser indicada no momento oportuno.
Declaro estar ciente e expressamente autorizo a inclusão de todos os dados e informações relacionadas ao presente seguro, assim como
de todos os eventuais sinistros e ocorrências referentes ao mesmo, em banco de dados, aos quais a seguradora poderá repórter pare
análise de riscos atuais e futuros e na liquidação de processos de sinistros.
Conforme estabelece o artigo 10, II, "e" da Circular Susep 445/2012, o proponente pessoa jurídica deve informar a seguradora os nomes
dos controladores até o nível de pessoa física, dos principais administradores e procuradores. Na qualidade de representante legal da
pessoa jurídica proponente, garanto a veracidade e completude dos dados fornecidos nos termos do artigo 766 do Código Civil.

LOCAL E DATA ASSINATURA DO PROPONENTE ASSINATURA DO CORRETOR

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TEORIA GERAL DO SEGURO 100


ANEXOS

— ANEXO 3 – MODELO DE
APÓLICE DE SEGURO DE DANOS

DADOS DA APÓLICE
Apólice: *NOVA* Número da proposta:
Número da apólice: Ramo: 114
Vigência: A partir das 24h do dia 02/12/2021 até as 24h do dia 02/12/2022.
Processo SUSEP.
Código C.I.:

DADOS DO SEGURADO
Nome:
CPF:
Endereço:
Bairro:
Cidade: Sao Paulo Estado: SP CEP:
Telefone: Não informado
Celular:
E-mail:

DADOS DO CORRETOR
Nome:
SUSEP:
Telefone:
E-mail:
Participação (%): 50
DEMAIS CORRETORES (CO-CORRETAGEM)
Nome:
SUSEP:
E-mail: Telefone:
Participação (%): 50

LOCAL SEGURADO
Endereço:
Bairro:

TEORIA GERAL DO SEGURO 101


ANEXOS

LOCAL SEGURADO
Cidade:
Estado: CEP:
Tipo de residência: Casas de alvenaria

COBERTURAS CONTRATADAS
NOME DA COBERTURA L.M.I.1 (R$) PREÇO (R$)
INCÊNDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA DE AERONAVE R$ R$
DANOS ELÉTRICOS R$ R$
PERDA OU PAGAMENTO DO ALUGUEL R$ R$
PREÇO LÍQUIDO DAS COBERTURAS R$
1. Limite máximo de indenização.

PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO

INCÊNDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA Não há


DE AERONAVE
DANOS ELÉTRICOS 10% das indenizações com mínimo de R$500,00.
PERDA OU PAGAMENTO DO ALUGUEL Não há

SERVIÇOS CONTRATADOS
PLANO ESSENCIAL GRATUITO
EM CASO DE SINISTRO - 2 UTILIZAÇÕES POR SERVIÇO
Caçamba Cobertura provisória de telhados
Cuidador de crianças e idosos Guarda da residencia
Hospedagem Hospedagem de animais domésticos
Limpeza Transferência de móveis

TEORIA GERAL DO SEGURO 102


ANEXOS

SERVIÇOS CONTRATADOS
PLANO ESSENCIAL GRATUITO
EMERGENCIAIS - ATÉ 3 UTILIZAÇÕES NA VIGÊNCIA
Chaveiro comum Eletricista
Encanador Lav. de roupas lava e seca
Rep. máq. de lavar roupa Rep. de congelador freezer
Rep. de fogão, cook top e forno, a gás Rep. de forno microondas
Rep. de máq. de lavar louça Rep. de máq. de secar roupa
Reparos de telefonia Rep. em depurador e exaustor de ar
Rep. em geladeira modelo side by side Rep. em geladeira e frigobar
Reversão de gás para fogão Vidraceiro

PREÇO LÍQUIDO DO PLANO DE SERVIÇOS R$ 0,00

QUESTIONÁRIO
Importante: declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão a perda de indenização e o cancelamento
da apólice.
LMI Discriminada L.M.I. SEPARADA PARA EDIFÍCIO E CONTEÚDO
A residencia encontra-se localizada em condomínio horizontal? Sim
Houve sinistro no local nos últimos 12 meses? Não
Edifício R$
Conteúdo R$
Contratar Valor de Novo (Sem Depreciação)? Não

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO DISCRIMIDADO
Valor do imóvel: R$
Valor do conteúdo: R$

CLÁUSULAS PARTICULARES
Valor de novo
Foi optado pelo segurado a contratação do seguro com aplicação da depreciação nas coberturas. Em caso
de sinistro será aplicada a regra de depreciação conforme previsto no item 20 apuração dos prejuízos das

TEORIA GERAL DO SEGURO 103


ANEXOS

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
CLÁUSULAS PARTICULARES
condições gerais. Foi optado pelo segurado a contratação do seguro comaplicação da depreciação nas
coberturas. Em caso de sinistro será aplicada a regra de depreciação conforme previsto no item apuração
dos prejuízos das condições gerais. Ratificam-se os dizeres das condições gerais deste seguro que não
tenham sido alterados pela presente cláusula. Ratificam-se os dizeres das condições gerais do presente
seguro que não tenham sido alterados pela presente cláusula.
Proteção de dados pessoais
1. A (Seguradora)(aqui compreendida por todas as empresas pertencentes ao seu grupo econômico), tem
o compromisso de respeitar e garantir a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos titulares e por
isso, declara que o tratamento de dados pessoais se dá para o desempenho de suas atividades legais,
observando a legislação aplicável sobre segurança da informação, privacidade e proteção de dados e
demais normas setoriais ou gerais sobre o tema. 2. A coleta de dados pessoais pode ocorrer de diversas
formas, como por exemplo: na cotação e/ou contratação de seus diversos produtos e serviços, utilizações
do site e aplicativos, bem como nas interações com os diversos canais de comunicação, mas sempre
respeitando os princípios finalidade, adequação, necessidade, transparência, livre acesso, segurança,
prevenção e não discriminação e obrigações legais. 3. A Seguradora implementará as medidas técnicas e
organizacionais apropriadas para proteger os dados pessoais, levando em conta técnicas avançadas
disponíveis, o contexto e as finalidades do tratamento. As medidas de segurança atenderão as (i)
exigências das leis de proteção de dados; e (ii) medidas de segurança correspondentes com as boas
práticas de mercado. 4. Os dados pessoais serão, em regra, armazenados pelo tempo que perdurará a
relação entre as partes. Entretanto, há situações em que esses dados deverão ser armazenados além do
período de relacionamento e essas situações advêm de exigências legais e/ou regulatórias, ou quando for
necessário para exercer direitos em processos judiciais ou administrativos. 5. A Seguradora possui uma política
de privacidade, a qual encontra-se disponível no seguinte endereço www. com. br

VALORES DO SEGURO
DESCRIÇÃO VALOR (R$)
Preço líquido das coberturas R$
IOF R$
PREÇO TOTAL DO SEGURO R$

TEORIA GERAL DO SEGURO 104


ANEXOS

DADOS DO PAGAMENTO
FORMA DE PAGAMENTO BOLETO BANCARIO
PARCELAMENTO DO SEGURO
Parcela Valor (R$) Vencimento
01 R$ 224,69 12/12/2021

INFORMAÇÕES E CLÁUSULAS GERAIS


Admissão via fone /chat/e-mail
A presente proposta foi emitida conforme transmissão eletrônica realizada pelo corretor de seguros em nome do segurado. os valores das coberturas,
participações obrigatórias do segurado, prêmios e demais condições, foram estabelecidas na data registrada nesta apólice. Os dados e informações
fornecidos são de inteira responsabilidade do proponente e do corretor, os quais devem obrigatoriamente coincidir com a regular documentação
apresentada. é facultado ao segurado, através do seu corretor de seguros, o direito de arrependimento em 07 (sete) dias da data de emissão da
apólice conforme previsto no código de defesa do consumidor, caso não tenha sido utilizado nenhum serviço da apólice. Os dados fornecidos (banco,
agência, conta corrente, dados do cartão de crédito) para as emissões com forma de pagamento débito em conta corrente ou cartão de crédito, são de
inteira responsabilidade do corretor de seguros, oqual declarou ter obtido anuência do segurado para fornecê-las.
Para validade do presente contrato, a seguradora, representada por seu diretor - presidente, assina esta apólice

Local e Data. Assinaturas


Seguradora

TEORIA GERAL DO SEGURO 105


ANEXOS

— ANEXO 4 – MODELO DE APÓLICE


DE SEGURO DE AUTOMÓVEL
Logo
Proposta Individual
C.N.P.J: Seguro Auto
Sucursal: SÃO PAULO
de Renovação
Número Código:
NR Registro: 19/11/2021 15.48.37
(Tarifa:Novembro/2021)

Na Renovação Seguradora não é obrigatória vistoria prévia. Evite perder tempo realizando
vistoriadesnecessária.
Cálculo válido até 14/12/2021 desde de que não seja excluído.

Dados do Cliente: Nascimento:


Pessoa: Física CPF: Celular:
Profissão: Renda Mensal: End. Cobrança: Env. Digital
R.G.: Emissor: Emissão:
Nacionalidade: Brasileira Reside no Brasil?

End. Cliente: Nr.: Compl: Bairro:


Cidade: CEP: DDD: (0011) Tel:

Email:
Pessoa exposta politicamente : Não.
Banco: Agência: Conta: CPF: Agrupamento: 00000

Vigência Apólice às 24h de: 23/11/2021 até às 24h de: 23/11/2022 Renova Cia:
Qt. Parc: 01 À Vista: Sim Data Recibo: 00/00/0000 Valor: R$ 0,00
Cobrança: Débito em Conta
Corretor(es):
Perc.Div: 100,00% Tel: 0011- Ramal: (0000)
Fax: - Ramal ( ) Susepinha: SUSEP: Insp.reg:

SAC : 0800 Ouvidoria: 0800 SAC /Ouvidoria Deficientes Auditivos: 0800


Assistência e/ou sinistro: Capitais e Grandes Centros 4004 Outras Regiões 0800

Dados do Veículo Item: 1 Data de saída: Número da nota fiscal: Cobertura provisória:
Número agendamento para instalação dispositivo: 0 Dispositivo já instalado: Não
Cód.FIPE:00014039-2 Modelo: FIT LX-MT 1.4 8V Fabricante: HONDA
Ano/Model: 2005 / 2005 0KM: Não - 76670 Veículo Alienado: Não
Capacidade: 05 Portas: 5 Kit Gás: Não
Perc de desconto de IPI/ICMS: S/Isenção Vistoria Especial: Não Chassi remarcado: Não
Câmbio Automático: Não Franquia: 50% Básica - 3
Placa: Chassi: Renavam:
Combustível: Blindado: Não
Compreensiva /
Cobert/Categ: Bônus: Classe 01 Beneficiário:
Classe
CEP de Pernoite:
Localização:
Acessórios/Equipamentos: Número da Vistoria: 000000000 Data da Vistoria:

Dentre as formas de contratação oferecidas pela Seguradora, foi selecionada a modalidade abaixo, nos termos das Condições Contratuais do
Seguro de Automóvel, conforme Processo SUSEP n. 15414.001055/2004-84
(X) VMR-Valor de Mercado Referenciado (Cláusula 52),com fator de ajuste de 100,00% em relação à tabela FIPE.

Franquias: Dedutível(is) a cada sinistro indenizável, em caso de perda parcial:


Automóvel (casco): R$ 2.537,00 / Equipamentos: Não contratado /Acessórios: Não contratado
Franquia de Vidro Para Brisa e traseiro: R$ 170,00
Franquia de Vidro Lateral: R$ 90,00
Franquia de Retrovisor R$ 170,00
Franquia de Farol e Lanterna convencional: R$ 210,00
Franquia de Farol de xenônio / Farol de Led (Item de série): R$ 890,00
Franquia de lanterna de LED(Item de série): R$ 290,00

TEORIA GERAL DO SEGURO 106


ANEXOS

Proposta Individual de
Seguro Auto
Sucursal:
Renovação
C.N.P.J:
Número Código: 19/11/2021 15.48.37
NR Registro:
(Tarifa:Novembro/2021)

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO "(CLÁUSULA 57A)" Principal condutor com idade superior a 24 anos - Versão 24
O principal condutor utiliza o veículo dois ou mais dias da semana, para prestação de serviços e/ou Não
visitar clientes e/ou fornecedores?

O principal condutor possui garagem ou estacionamento fechado exclusivo para o veículo:


Na residência? Sim, com portão automático ou Porteiro.
No trabalho? Não trabalha ou não utiliza o veículo como meio de
transporte ao trabalho.
No colégio/faculdade/pós-graduação? Não estuda ou o veículo não é utilizado como meio de
transporte ao colégio/faculdade/pós-graduação.
Possui dispositivo Antifurto/Anti-roubo instalado? Comum
Residem com o principal condutor, pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos? Sim e utiliza o veículo até 15% do tempo da semana, e seja
do sexo masculino.

Nome do Principal condutor: (O principal condutor é a pessoa que utiliza o veículo pelo menos 85% do tempo da semana, caso não exista um principal condutor
informar o condutor mais jovem.)

Principal Condutor Sexo CPF Nascimento E. Civil Moradia


2-Casado(a) 3-Apartamento/Flat
Garantias Contratadas Cláusulas nrs L.M.I Prêmio R$

11-Automóvel (Casco) 1 Valor Referenciado FIPE 1.011,72


14-RCFV DM 118 100.000,00 394,35
15-RCFV DC 119 200.000,00 76,74
190-APP Morte Acidental 10.000,00 13,75
191-APP Invalidez Permanente 10.000,00 13,75
38-Vidros,retr.,faróis e lant. 38N Rede Referenciada 76,57
33-Carro Extra 58I 07 Dias - Referenciada 33,91
35-Danos Morais e estéticos 135 10.000,00 16,73
37-Assistência ao Veículo 37H Gratuita 0,00

Cálculo de Prêmio Total R$


Prêmio Automóvel+Demais: 1.011,72 Parcelamento: 1 parcela de R$ 1.758,37
Prêmio RCF(DM + DC): 487,82 Serviços assistência 0,00
Prêmio APP: 27,50
Prêmio Gar.Opc.: 110,48
Prêmio Líquido: 1.637,52
Adic.Frac. ( 0,00%): 0,00
IOF: 120,85
Custo de Apólice: 0,00
(Qualquer divergência no parcelamento com relação a vigência a proposta
Prêmio Total: 1.758,37
será devolvida)

AVISOS:
Para proposta com forma de pagamento Debito em Conta, o respectivo banco somente validara o debito cujo CPF/CNPJ informado seja do proprio
correntista.
A utilizacao do carro extra esta sujeita as regras da locadora no ato da solicitacao. Para maiores informacoes consultar as Condicoes Gerais do Produto.
Veículos com 11 anos ou mais de uso tem direito ao parcelamento do prêmio total em até 10 vezes fixas nas opções de pagamento em débito em conta..Em
caso de pagamento a vista no débito em conta, cartão de crédito ou ficha de compensação é concedido o desconto de 5%.
O recebimento da apolice sera por meio digital.
Cliente Correntista Itau Uniclass tem desconto de 7% no premio liquido do seguro. Desconto concedido no calculo.
Na Renovacao XXXX nao e obrigatoria vistoria previa. Evite perder tempo realizando vistoria desnecessaria.
"Declaro, como Corretor responsável por esta intermediação, que, na forma da legislação vigente, dei cumprimento integral às disposições contidas na
Resolução CNSP n° 382/2020, inclusive quanto à prévia disponibilização ao proponente das informações previstas no art. 4°, § 1°, da referida Resolução."

TEORIA GERAL DO SEGURO 107


ANEXOS

Proposta Individual de
Seguro Auto
Sucursal:
Renovação
C.N.P.J:
Número Código: 19/11/2021 15.48.37
NR Registro:
(Tarifa:Novembro/2021)

As peças avariadas que necessitem de substituição serão substituídas por outras de reposição genuínas ou originais não genuínas, da mesma
especificação do fabricante, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

Nos reparos dos veículos segurados, quando realizados em oficinas referenciadas, serão empregadas peças automotivas genuínas nos seguintes itens: (a)
sistemas de freios e seus subcomponentes; (b) caixa de direção e eixos; (c) as peças de suspensão; (d) o sistema de airbags; (e) os cintos de segurança; e
(f) lataria de porta, paralama, capô, tampa traseira, lateral, painel dianteiro e traseiro.

Com relação às demais peças empregadas no reparo dos veículos, em itens que não sejam os especificados acima, poderão ser empregadas, além das
peças genuínas, peças automotivas originais não genuínas.

Peças genuínas: são aquelas vendidas pelo fabricante à montadora de veículos e distribuídos para os concessionários ou para distribuidoras de peças que
a representam e que, em geral, trazem o logotipo, símbolo ou marca da montadora.

Peças originais não genuínas: são aquelas vendidas pelo fabricante à rede de varejo independente, que não ostentam o logo, marca ou símbolo da
montadora em suas estruturas e que mantenham todas as suas especificações técnicas e funcionalidades originais.

PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

1. XXXX SEGUROS tem o compromisso de respeitar e garantir a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos titulares e por isso, declara que o
tratamento de dados pessoais se dá para o desempenho de suas atividades legais, observando a legislação aplicável sobre segurança da informação,
privacidade e proteção de dados e demais normas setoriais ou gerais sobre o tema.

2. A coleta de dados pessoais pode ocorrer de diversas formas, como por exemplo: na cotação e/ou contratação de seus diversos produtos e serviços,
utilizações do site e aplicativos, bem como nas interações com os diversos canais de comunicação, mas sempre respeitando os princípios finalidade,
adequação, necessidade, transparência, livre acesso, segurança, prevenção e não discriminação e obrigações legais.

3. XXXX SEGUROS implementará as medidas técnicas e organizacionais apropriadas para proteger os dados pessoais, levando em conta técnicas
avançadas disponíveis, o contexto e as finalidades do tratamento. As medidas de segurança atenderão as (i) exigências das leis de proteção de dados; e (ii)
medidas de segurança correspondentes com as boas práticas de mercado.

4. Os dados pessoais serão, em regra, armazenados pelo tempo que perdurará a relação entre as partes. Entretanto, há situações em que esses dados
deverão ser armazenados além do período de relacionamento e essas situações advêm de exigências legais e/ou regulatórias, ou quando for necessário
para exercer direitos em processos judiciais ou administrativos.

5. XXXX SEGUROS possui uma Política de Privacidade, a qual encontra-se disponível no seguinte endereço
https://www.XXXXseguros.com.br/institucional/politica-de-privacidade/

TEORIA GERAL DO SEGURO 108


ANEXOS

Proposta Individual de
Seguro Auto
Sucursal:
Renovação
C.N.P.J:
Número Código: 19/11/2021 15.48.37
NR Registro:
(Tarifa:Novembro/2021)

Cláusulas Ratificadas na Proposta

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO - CLÁUSULA 57A:

Os dados do Questionário de Avaliação de Risco, devem ser preenchidos com as informações de utilização do veículo durante a vigência do seguro.

Quando na ocorrência de sinistro com o veículo segurado, for apurado que as informações prestadas pelo cliente, seu representante legal ou pelo Corretor de
Seguros no Questionário de Avaliação de Risco, não correspondem às declarações verdadeiras e completas, ou omitem circunstâncias que possam influir na
aceitação da proposta, ou no cálculo do prêmio o cliente PERDERÁ O DIREITO À INDENIZAÇÃO, conforme disposto na Cláusula 12 - Alínea "a" - Perda de
Direitos.

IMPORTANTE

Fica entendido e acordado que, o presente seguro somente será emitido nas condições desta proposta. Caso sejam constatadas no laudo de vistoria a existência de
avarias no veículo, até o limite aceito pela XXXX, as mesmas serão registradas no Relatório de Vistoria Prévia do Risco, como também a apólice será emitida
comCláusula 59 - Cláusula Especial de Avarias Preexistentes, das Condições Gerais do XXXX Seguro Auto.

A aceitação do seguro estará sujeita a análise do risco.

A XXXX Seguros tem 15 (quinze) dias para considerar aceito os termos e condições da presente proposta.
No caso de recusa da presente proposta pela XXXX Seguros e o cliente ou proponente tenha efetuado qualquer pagamento, reconhecido e comprovado, o
mesmo será restituído ao cliente ou proponente.

O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização.

O Segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome
completo, CNPJ ou CPF.

"Não serão aceitos como PARTE INTEGRANTE DO VALOR DO VEÍCULO: acessórios (rádios, toca -fitas, CD, etc) e/ou equipamentos e/ou carrocerias,
devendo os mesmos serem indicados nos campos específicos para cobertura."

"Se a tabela FIPE, divulgada no site www.fipe.org.br for extinta ou deixar de ser publicada a indenização integral terá como base o valor que constar na tabela
Molicar."

Não serão aceitos neste seguro os veículos utilizados como Transporte de Passageiros por Aplicativo.
Quando da ocorrência do sinistro, for constatado que o veículo é utilizado como Transporte de Passageiros por Aplicativo e na proposta
for informado o tipo de uso como particular, ou ainda, a utilização do mesmo tenha sido alterada durante a vigência do seguro para
Transporte de Passageiros por Aplicativo sem que a seguradora tivesse sido previamente comunicada, o segurado perderá o direito a
indenização conforme disposto na Cláusula 13 - alínea "a" - Perda de Direitos.

"Em caso de sinistro, segurado e terceiro terão direito à livre escolha de oficina para reparo de seu veículo, sem que isso implique por si
só na negativa da indenização ou reparação."

Em atendimento à regulamentação vigente, informamos que incidem as alíquotas PIS 0,65% e COFINS 4% sobre a formação de preço.

As condições contratuais/regulamento deste produto protocolizadas pela sociedade/entidade junto à Susep poderão ser consultadas no endereço
eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta.

TEORIA GERAL DO SEGURO 109


ANEXOS

Proposta Individual de
Seguro Auto
Sucursal:
Renovação
C.N.P.J:
Número Código: 19/11/2021 15.48.37
NR Registro:
(Tarifa:Novembro/2021)

Declaro que : Declaro que :


1. Recebi as orientações sobre esta proposta, bem como o acesso às 1. Tomei ciência das Condições Contratuais e dei conhecimento das
condições gerais do seguro e suas cláusulas por meio da página da XXXX mesmas ao meu Cliente / Proponente.
Seguros na internet (www.XXXXseguros.com.br), e tomei ciência desse 2. Prestei as devidas orientações sobre a proposta e as Condições
material e não tenho dúvidas sobre as referidas cláusulas. Estou ciente que Contratuais ao meu Cliente/Proponente, que leu e não tem dúvidas.
posso solicitar a qualquer momento as Condições Gerais impressas ao meu 3.Esta proposta foi preenchida por mim, representante legal do meu
Corretorde Seguros. Cliente/Proponente, com os dados fornecidos e aceitos pelo mesmo.
2. Esta proposta foi preenchida com dados informados por mim, inclusive o
Questionário de Avaliação de Risco.
3. Estou ciente que a seguradora poderá utilizar meus dados cadastrais e que
restrições financeiras, tais como ações, cheques sem fundos, protestos,
pendências financeiras e similares, sejam em nome do proponente, ou em
nome do proprietário legal do veículo, ou em nome do condutor indicado
nesta proposta, poderão implicar na recusa imediata do risco.
4. Solicito expressamente que o respectivo endosso e o carne de pagamento,
sejam encaminhados diretamente ao corretor indicado nesta proposta, que
enviará aos meus cuidados.
5. Estou ciente e expressamente autorizo a inclusão de todos os dados e
informações relacionadas ao presente seguro, assim como de todos os
eventuais sinistros e ocorrências referentes ao mesmo, em banco de dados,
aos quais a seguradora poderá recorrer para análise de riscos atuais e futuros
e na liquidação de processos de sinistros.
6. Conforme estabelece o artigo 7, II, 'e' da Circular Susep 445 de 02 de julho
de 2012, o proponente pessoa jurídica deve informar à seguradora os nomes
dos controladores até o nível de pessoa física, dos principais administradores
e procuradores. Essas informações devem ser prestadas em formulário
anexo. Na qualidade de representante legal da pessoa jurídica proponente,
garanto a veracidade e completude dos dados fornecidos, nos termos do
artigo 766 do Código Civil.

PROPONENTE CORRETOR(ES)

LOCAL E DATA

TEORIA GERAL DO SEGURO 110


ANEXOS

SEGURO AUTO AUTORIZAÇÃO PARA DÉBITO EM


C.N.P.J:
Versão 21.11 (2111) CONTA CORRENTE ATUALIZADA

Pela presente, autorizo(amos), a XXXX SEGUROS, a efetuar o débito automático em minha(nossa) conta corrente abaixo mencionada, para pagamento
das parcelas subsequentes deste seguro do ramo Automóvel.

Proposta número N° da apólice (no caso de endosso) Qtd. de parcelas


01

Valor da primeira parcela Datas para débito


R$ 1.758,37 Todo dia 30

Nome do cliente CPF/CNPJ

Banco Itaú
N° do banco Nome da agência Cód. agência - débito N° conta corrente - débito CPF/CNPJ - correntista

Endereço

CEP Cidade UF Telefone para contato

Declaro também que tenho(temos) ciência de que, caso os débitos não sejam efetuados nas datas previstas, por quaisquer dos motivos abaixo marcados , os quais
poderão ocasionar o cancelamento automático da apólice de seguro em questão, e/ou perda do direito à indenização securitária, conforme art.763 do código civil.

Nos pagamentos em atraso, serão acrescidos ao valor da parcela, juros mais taxa de vistoria no valor de R$60,00 (sessenta reais).

• Encerramento da conta
• Insuficiência de saldo na conta
• Número de conta inválida
• Encerramento da agência detentora da conta
• CPF/CNPJ não ser do titular da conta
• Divergência de assinatura
• Contra-ordem do correntista
• Débito não efetuado por se tratar de conta salário ou conta poupança
• A falta de autorização prévia para débito em conta corrente, quando esta for uma exigência do Banco no qual a conta corrente é mantida.

LOCAL E DATA ASSINATURA CORRENTISTA/CLIENTE


*Este formulário deve ser enviado à sucursal, com a respectiva proposta de seguro até a data de início de vigência.

O débito referente à primeira parcela ocorrerá até o 5º (quinto) dia da data da emissão.
O débito automático das demais parcelas será feito na data escolhida pelo cliente e/ou corretor.
Caso a data do débito da 2ª parcela seja superior a 30 dias da data do débito da 1ª parcela, será acrescido ao valor taxa de 0,16% para
cada dia excedido.
Caso o n° de dias entre a data de débito da 1ª Parcela e a data escolhida para a 2ª Parcela seja superior a 20 dias, os dois débitos
poderão ocorrer no mesmo mês (consulte seu corretor).
ATENÇÃO: A presente autorização de débito é válida, para emissão de apólice bem como de seus aditamentos (endossos) subsequentes que venham a ser gerados
ao longo do Contrato de Seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 111


ANEXOS

— ANEXO 5 – MODELO DE
APÓLICE DE RESPONSABILIDADE
CIVIL PROFISSIONAL

Ao SILVA SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS

A BBBB International do Brasil Seguros S/A tem a satisfação em tê-lo como Segurado. Segue em anexo a
apólice de Seguro nº 1003715278000, emitida em conformidade com a MP nº 2.200-2/2001
que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, ICP - Brasil, a qual garante a autenticidade,
a integridade e a validade de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações
habilitadas que utilizem certificados digitais.

Isto significa que a apólice digital, que V. Sas agora recebe, tem a mesma validade jurídica da apólice
impressa, todavia com as vantagens e segurança das transações eletrônicas certificadas digitalmente.

Além da segurança do processo de certificação digital, a autenticidade deste documento poderá ser verificada
através de nosso site www.berkley.com.br.

Atenciosamente

BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414

TÍTULO: APÓLICE RC PROFISSIONAL Nº1007800371520 - ENDOSSO 0000000


Documento eletrônico digitalmente assinado por:

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001, que instituiu a infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras -
ICP - Brasil por: Signatários(as):

LEANDRO EZEQUIEL GARCIA OKITA Nº de Série do Certificado: 11DE200108660C8A Data e Hora Atual Dec 9 2021 2:47PM
ALEXANDRO BARBOSA SANXES Nº de Série do Certificado: 11DE20010865FA68 Data e Hora Atual Dec 9 2021 2:47PM

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe oferece o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória,
com força de lei:

Art 1º - Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade
jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem
como a realização de transações eletrônicas seguras.

Nº Apólice: 1007800371520 - ENDOSSO 0000000


Controle Interno: 1687380

Publicado por: Seguradora BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414

Logomarca da Seguradora

Página: 1/4

TEORIA GERAL DO SEGURO 112


ANEXOS

APÓLICE RC PROFISSIONAL
Filial Emissora Apolice Endosso Proposta Dt. Emissão
SÃO PAULO 1007800371520 0000000 23167414 09/12/2021
Grupo Ramo Processo Susep Moeda Cosseguro
RESPONSABILIDADES 78 - R. C. PROFISSIONAL 15414.900083/2013-77 REAL NÃO

DADOS DO ESTIPULANTE/SEGURADO
Nome CPF / CNPJ
SILVA COSTA E BARBOSA SOCIEDADE DE ADVOGADOS 23.937.433/0001-73
Atividade Principal Desenvolvida

Endereço Número Complemento


RUA Inácio 702 SALA 05
CEP Bairro Cidade UF
03142-001 Vila Prudente São Paulo SP
CO-SEGURADO
Nome
SILVA COSTA E BARBOSA SOCIEDADE DE ADVOGADOS

VIGÊNCIA DO SEGURO
A PARTIR DAS 24H DO DIA 15/11/2021 ATÉ ÀS 24HORAS DO DIA 15/11/2022
A BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA a seguir denominada ”SEGURADORA”, tendo em vista as declarações constantes da proposta de seguro
mencionada, que lhe foi apresentada pelo “Estipulante / Segurado” acima identificado, proposta esta que, servindo de base para a Emissão da presente Apólice, fica
fazendo parte integrante deste contrato, obriga-se a indenizar nos termos e sob as Condições Gerais, Especiais e Particulares anexas e que fazem parte integrante
da presente apólice, as reparações pecuniárias decorrentes dos riscos do seguro, tudo de acordo com as condições gerais, especiais e particulares anexa.

CONDIÇÕES DE COBERTURA DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL


GARANTIAS / MODALIDADES / IMPORTÂNCIA FRANQUIAS POR RECLAMANTE PRÊMIO
COBERTURAS CONTRATADAS SEGURADA - (R$) (PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO EM CASO DE
(EM GARANTIA
SINISTRO)
ÚNICA)

RC PROFISSIONAL R$ 400.000,00 10% dos prejuízos com o mínimo de R$ 5.000,00 para importância segurada R$ 2.976,16
de até R$ 500.000,00 acima 10% dos prejuízos com o mínimo de R$

OUTROS SEGUROS : Não há

SUSEP - Superintendência de Seguros Privados - Autarquia Federal responsável pela fiscalização, normatização e controle dos mercados de seguro, previdência
complementar aberta, capitalização, resseguro e corretagem de seguros - site www.susep.gov.br - Atendimento gratuito ao público Susep 0800-021-8484

CORRETOR
Código Corretor Registro Susep Parti.% Lider
756822 Thiga Consultoria e Corretagem de Seguros Eireli - ME 202051989 100,00 SIM
Para a validade do presente contrato, a "SEGURADORA", representada de conformidade com o seu Estatuto Social, assina esta apólice em única via original, na
cidade de São Paulo, estado de São Paulo em 09/12/2021.

Seguradora: BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414 Para falar com a Ouvidoria Berkley ligue para: 0800-797-3444
Endereço: AV PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEK, 1455 15 AND ou envie um e_mail para: ouvidoria@berkley.com.br
CNPJ: 07.021.544/0001-89
SAC: 0800-777-3123

BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414

Logomarca da Seguradora

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TEORIA GERAL DO SEGURO 113


ANEXOS

APÓLICE RC PROFISSIONAL
Filial Emissora Apolice Endosso Proposta Dt. Emissão
SÃO PAULO 1007800371520 0000000 23167414 09/12/2021
Grupo Ramo Processo Susep Moeda Cosseguro
RESPONSABILIDADES 78 - R. C. PROFISSIONAL 15414.900083/2013-77 REAL NÃO

DESCRIÇÃO DO OBJETO DO SEGURO - ANEXO

Data da cobertura retroativa:


15/11/2019

Prazo Complementar:
12 meses

Prazo Suplementar:
até 3 anos – 1 ano - cobrança de 75% do valor do prêmio / 2 anos - cobrança de 100% do valor do prêmio / 3 anos - cobrança de 125% do
valor do prêmio

Informar as Condicionantes:

- Lucros Cessantes decorrentes de um risco coberto pela apólice.

- Despesas de Defesa nas esferas administrativas, judiciais e criminais, incluindo custas judiciais e periciais.

- Despesas de Publicidade.

- Quebra não intencional de propriedade intelectual.

- Perda, Roubo ou Furto de Documentos de terceiros em posse do Segurado.

- Atos intencionais de funcionários que resultem danos a terceiros 10% do LMG.

- Quebra de sigilo profissional desde que cometido involuntariamente pelo Segurado na execução dos serviços profissionais.

Exclusão de reclamações por danos e / ou perdas causadas por qualquer tipo de transmissão e/ou contágio, real ou alegado, de doenças,
epidemias e/ou pandemias, especialmente as decorrentes do contágio do vírus Corona COVID 19. É expressamente excluído qual quer
reclamação derivada direta ou indiretamente, ou como consequência da falta de implementação de políticas ou gerenciamento na prevenção
de infecções, em relação a seus produtos, bens e serviços perante funcionários, clientes e/ou terceiros.

Não obstante as condições dispostas nesta proposta, todos os termos, condições e exclusões da apólice encontram-se devidamente elencados
nas condições gerais, particulares e especiais do seguro, parte integrante e inseparável desta proposta, com as quais o segurado
expressamente concorda. Disponíveis também no site www.berkley.com.br

Seguradora não se responsabilizará, pelas Reclamações ou circunstâncias ou Fatos Geradores que pudessem ser conhecidos pelo Segurado
antes da data de início do período de vigência do seguro nesta Cia.

Aceitação do risco e ratificação dos valores estão condicionados ao preenchimento e envio dos questionários ATUALIZADOS, DATADOS e
ASSINADOS pelo proponente.

Cobertura Nacional – Foro Brasileiro

Logomarca da Seguradora

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TEORIA GERAL DO SEGURO 114


ANEXOS

APÓLICE RC PROFISSIONAL
Filial Emissora Apolice Endosso Proposta Dt. Emissão
SÃO PAULO 1007800371520 0000000 23167414 09/12/2021
Grupo Ramo Processo Susep Moeda Cosseguro
RESPONSABILIDADES 78 - R. C. PROFISSIONAL 15414.900083/2013-77 REAL NÃO

CONDIÇÕES GERAIS

As Condições Gerais da Apólice encontram-se disponíveis em nosso site: Acesse www.berkley.com.br

Logomarca da Seguradora

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TEORIA GERAL DO SEGURO 115


ANEXOS

— ANEXO 6 – CODIFICAÇÃO
DOS RAMOS DE SEGUROS
A Circular Susep nº 536/2016, alterada pelas Circulares nº 550/2017,
554/2017, 565/2017 e 579/2018, determina os seguintes ramos de seguros:

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

Assistência –
01 Patrimonial 12
Bens em Geral

Compreensivo
01 Patrimonial 14
Residencial

Compreensivo
01 Patrimonial 16
Condomínio

Compreensivo
01 Patrimonial 18
Empresarial

01 Patrimonial 41 Lucros Cessantes

01 Patrimonial 67 Riscos de Engenharia

01 Patrimonial 71 Riscos Diversos

01 Patrimonial 73 Global de Bancos

Garantia Estendida –
01 Patrimonial 95
Bens em Geral

Riscos Nomeados
01 Patrimonial 96
e Operacionais

Responsabilidade Civil de
03 Responsabilidades 10 Administradores e
Diretores – D&O

Responsabilidade Civil
03 Responsabilidades 13
Riscos Ambientais

Compreensivo Riscos
03 Responsabilidades 27
Cibernéticos

Responsabilidade Civil
03 Responsabilidades 51
Geral

Responsabilidade Civil
03 Responsabilidades 78
Profissional

Acidentes Pessoais de
05 Automóvel 20
Passageiros – APP

05 Automóvel 24 Garantia Estendida – Auto

05 Automóvel 25 Carta Verde

TEORIA GERAL DO SEGURO 116


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

05 Automóvel 26 Seguro Auto Popular

05 Automóvel 31 Automóvel – Casco

Assistência e Outras
05 Automóvel 42
Coberturas – Auto

Responsabilidade Civil
05 Automóvel 53 Facultativa Veículos –
RCFV

05 Automóvel 88 DPVAT

06 Transportes 21 Transporte Nacional

06 Transportes 22 Transporte Internacional

Responsabilidade Civil do
Transportador Rodoviário
06 Transportes 23 de Passageiros em
Viagem Interestadual ou
Internacional

Responsabilidade Civil do
Transportador Rodoviário
06 Transportes 28 de Passageiros em
Viagem Municipal ou
Intermunicipal

Responsabilidade Civil do
Transportador Rodoviário
06 Transportes 32
de Carga em Viagem
Internacional – RCTR-VI-C

Responsabilidade Civil do
06 Transportes 38 Transportador Ferroviário
Carga – RCTF-C

Responsabilidade Civil do
Transportador Rodoviário
06 Transportes 44 em Viagem Internacional
pessoas transportadas ou
não – Carta Azul

Responsabilidade Civil
06 Transportes 52 do Transportador Aéreo
Carga – RCTA-C

Responsabilidade Civil do
06 Transportes 54 Transportador Rodoviário
Carga – RCTR-C

TEORIA GERAL DO SEGURO 117


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

Responsabilidade. Civil do
06 Transportes 55 Transportador Desvio de
Carga – RCF-DC

Responsabilidade Civil do
06 Transportes 56 Transportador Aquaviário
Carga – RCA-C

Responsabilidade Civil do
06 Transportes 58 Operador do Transporte
Multimodal – RCOTM-C

Riscos Diversos –
07 Riscos Financeiros 11
Financeiros

07 Riscos Financeiros 43 Stop Loss

07 Riscos Financeiros 46 Fiança Locatícia

07 Riscos Financeiros 48 Crédito Interno

07 Riscos Financeiros 49 Crédito à Exportação

Garantia Segurado –
07 Riscos Financeiros 75
Setor Público

Garantia Segurado –
07 Riscos Financeiros 76
Setor Privado

09 Pessoas Coletivo 29 Funeral

Perda do Certificado de
09 Pessoas Coletivo 36 Habilitação de Voo –
PCHV

09 Pessoas Coletivo 69 Viagem

Prestamista (exceto
09 Pessoas Coletivo 77
Habitacional e Rural)

09 Pessoas Coletivo 80 Educacional

09 Pessoas Coletivo 82 Acidentes Pessoais

09 Pessoas Coletivo 83 Dotal Misto

Doenças Graves ou
09 Pessoas Coletivo 84
Doença Terminal

09 Pessoas Coletivo 86 Dotal Puro

Desemprego/
09 Pessoas Coletivo 87
Perda de Renda

09 Pessoas Coletivo 90 Eventos Aleatórios

09 Pessoas Coletivo 93 Vida

TEORIA GERAL DO SEGURO 118


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

VGBL/VAGP/VRGP/VRSA/
09 Pessoas Coletivo 94
VRI

Seguro Habitacional em
10 Habitacional 61 Apólices de Mercado –
Prestamista

Seguro Habitacional em
10 Habitacional 65 Apólices de Mercado –
Demais Coberturas

Seguro Habitacional do
10 Habitacional 66 Sistema Financeiro da
Habitação

Seguro Agrícola sem


11 Rural 01
­cobertura do FESR

Seguro Agrícola com


11 Rural 02
­cobertura do FESR

Seguro Pecuário sem


11 Rural 03
­cobertura do FESR

Seguro Pecuário com


11 Rural 04
­cobertura do FESR

Seguro Aquícola sem


11 Rural 05
­cobertura do FESR

Seguro Aquícola com


11 Rural 06
­cobertura do FESR

Seguro Florestas sem


11 Rural 07
­cobertura do FESR

Seguro Florestas com


11 Rural 08
­cobertura do FESR

Seguro da Cédula do
11 Rural 09
­Produto Rural

Seguro Benfeitorias e
11 Rural 30
­Produtos Agropecuários

11 Rural 62 Penhor Rural

11 Rural 64 Seguros Animais

Seguro de Vida do
11 Rural 98
Produtor Rural

13 Pessoas Individual 29 Funeral

Perda do Certificado de
13 Pessoas Individual 36 Habilitação de Voo –
PCHV

TEORIA GERAL DO SEGURO 119


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

13 Pessoas Individual 69 Viagem

Prestamista (exceto
13 Pessoas Individual 77
Habitacional e Rural)

13 Pessoas Individual 80 Educacional

13 Pessoas Individual 81 Acidentes Pessoais

13 Pessoas Individual 83 Dotal Misto

Doenças Graves ou
13 Pessoas Individual 84
Doença Terminal

13 Pessoas Individual 86 Dotal Puro

Desemprego/
13 Pessoas Individual 87
Perda de Renda

13 Pessoas Individual 90 Eventos Aleatórios

13 Pessoas Individual 91 Vida

Seguro Compreensivo
14 Marítimos 17 para Operadores
Portuários

Responsabilidade
14 Marítimos 28 Civil Facultativa para
Embarcações – RCF

14 Marítimos 33 Marítimos (Casco)

14 Marítimos 57 DPEM

Responsabilidade
15 Aeronáuticos 28 Civil Facultativa para
Aeronaves – RCF

15 Aeronáuticos 35 Aeronáuticos (Casco)

Responsabilidade Civil
15 Aeronáuticos 37
Hangar

15 Aeronáuticos 74 Satélites

Responsabilidade
do Explorador ou
15 Aeronáuticos 97
Transportador Aéreo –
RETA

16 Microsseguros 01 Pessoas

16 Microsseguros 02 Danos

16 Microsseguros 03 Previdência

17 Petróleo 34 Riscos de Petróleo

TEORIA GERAL DO SEGURO 120


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO
GRUPO DO RAMO

18 Nucleares 72 Riscos Nucleares

Saúde – Ressegurador
19 Saúde 85
Local

Aceitações do
20 79 Aceitações do Exterior
Exterior

22 Pessoas EFPC 93 Vida

Sobrevivência de
22 Pessoas EFPC 01
Assistido

22 Pessoas EFPC 02 Fluxo Biométrico

22 Pessoas EFPC 03 Índice Biométrico

TEORIA GERAL DO SEGURO 121


GABARITO

GABARITO

Fixando conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3

1–D 1–A 1–C

2–E 2–C 2–A

3–C 3–D 3–D

4–A 4–B 4–E

5–D 5–B 5–C

6–A 6–C 6–A

7–C

8–B

UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6

1–D 1–E 1–E

2–A 2–D 2–E

3–B 3–A 3–A

4–A 4–C

5–B

TEORIA GERAL DO SEGURO 122


GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO
ACEITAÇÃO: ato pelo qual o segurador aceita o seguro que lhe foi proposto.

ACIDENTE: todo caso fortuito, especialmente aquele do qual deriva um dano.

ADESÃO: termo utilizado para definir características do contrato de segu-


ro, contrato de adesão, ato ou efeito de aderir.

ADITIVO: termo utilizado para definir instrumento do contrato de seguro,


utilizado para alterar a apólice, sem, contudo, alterar a cobertura básica
contida nela; o mesmo que endosso.

AGRAVAÇÃO: termo utilizado para definir ato do segurado em tornar o


risco mais grave do que originalmente se apresenta no momento de con-
tratação do seguro, podendo, por isso, perder o direito a este.

APÓLICE: instrumento do contrato de seguro pelo qual o segurado repas-


sa à seguradora a responsabilidade sobre os riscos estabelecidos na
apólice. A apólice contém as cláusulas e condições gerais, especiais e/ou
particulares do contrato. Constitui-se, assim, no contrato de seguro pro-
priamente dito.

AVISO DE SINISTRO: comunicação da ocorrência de um evento (sinistro)


que o segurado é obrigado a fazer à seguradora, assim que dele tenha
conhecimento. Pode-se dizer que é a comunicação oficial à seguradora
sobre a ocorrência do sinistro, sua natureza e gravidade.

BENEFICIÁRIO: pessoa física ou jurídica à qual é devida a indenização


em caso de sinistro. O beneficiário pode ser certo (determinado), quando
constituído nominalmente na apólice, ou incerto (indeterminado), quando
desconhecido na formação do contrato.

É a pessoa que recebe a indenização prevista em caso de ocorrência de


sinistro com risco coberto. O segurado pode escolher quantas e quais pes-
soas deseja como beneficiárias, bastando indicá-las no ato da contratação
do seguro, desde que o segurado preveja a figura do beneficiário.

BILATERAL: é assim também chamado o contrato de seguro em que duas


partes tomam, sobre si, obrigações recíprocas.

BOA-FÉ: convicção ou persuasão de ter agido dentro da lei ou de estar por


ela amparado. O contrato de seguro é de estrita boa-fé.

BÔNUS: termo que define o desconto a ser concedido ao segurado, na


renovação de certos e determinados seguros, por não ter reclamado inde-
nização ao segurador, durante o período de vigência do seguro; direito
intransferível; desconto progressivo; redução no prêmio.

TEORIA GERAL DO SEGURO 123


GLOSSÁRIO

CADUCIDADE: perecimento de um direito pelo seu não exercício, em deter-


minado intervalo de tempo, marcado pela lei ou pela vontade das partes.

CANCELAMENTO: baixa do seguro, no registro geral de apólice, por falta


de pagamento do prêmio, anulação do contrato ou pelo pagamento de
indenização pela perda total do bem segurado.

CAPITAL SEGURADO: termo utilizado pelo segurador para definir a impor-


tância segurada no seguro de vida e de acidentes pessoais.

CERTIFICADO DE SEGURO: nos seguros em grupo, é o documento expe-


dido pela seguradora provando a existência do seguro para cada indivíduo
componente do grupo segurado.

CLASSE DO RISCO: expressão empregada para designar a situação do


risco, quando encarada sob determinado aspecto.

CLÁUSULA: disposição particular. Parte de um todo que é o contrato.

CLÁUSULA ADICIONAL: cláusula suplementar, adicionada ao contrato,


estabelecendo condições suplementares.

COMISSÃO: modo de pagamento empregado pelas sociedades segura-


doras para remunerar o trabalho dos corretores de seguros.

COMISSÃO DE RESSEGURO: percentagem que o ressegurador paga ao


segurador pela cessão total ou parcial do seguro.

CONDIÇÕES (GERAIS, ESPECIAIS OU ADICIONAIS) DO SEGURO: cláu-


sulas que definem os riscos cobertos, riscos não cobertos e demais direi-
tos e obrigações das partes contratantes do seguro.

CORRETOR DE SEGUROS: intermediário, pessoa física ou jurídica, legal-


mente autorizada a angariar e promover contratos de seguro entre as
seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, podendo
ser brasileiro ou estrangeiro e, se pessoa física, com residência permanen-
te no País.

COSSEGURO: operação que consiste na repartição de um mesmo risco,


de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras.

DANO: todo prejuízo material ou pessoal sofrido por um segurado, pas-


sível de indenização, de acordo com as condições de cobertura de uma
apólice de seguro.

DENÚNCIA: base de processo administrativo para verificação de infrações


cometidas pelas sociedades de seguros.

DEPRECIAÇÃO: diz-se que há depreciação quando um bem, móvel ou


imóvel, sofre redução em seu valor.

TEORIA GERAL DO SEGURO 124


GLOSSÁRIO

DOLO: falta intencional para ilidir uma obrigação.

DURAÇÃO DO SEGURO: expressão usada para indicar o prazo de vigên-


cia do seguro.

ENDOSSO OU ADITIVO: documento expedido pelo segurador durante


a vigência do contrato, pelo qual aquele e o segurado acordam quanto
à alteração de dados, modificam condições ou objetos da apólice ou os
transferem a outrem.

ESTIPULANTE: pessoa física (natural) ou jurídica que contrata apólice


coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de representação dos
segurados perante a sociedade seguradora.

EVENTO: acontecimento futuro, possível, incerto, desvinculado de ilícito


das partes, que causa prejuízos econômicos para o segurado e que acon-
tece independentemente de sua vontade.

EXTINÇÃO DO CONTRATO: o contrato de seguro extingue-se, normal-


mente, na data do vencimento fixada na apólice ou quando é paga indeni-
zação pelo seu todo pelo segurador.

FRANQUIA: valor previsto na apólice, pelo qual o segurado fica responsá-


vel em cada sinistro. Pode ser dedutível ou simples.

GARANTIA: designação genérica utilizada para indicar as responsabilida-


des pelos riscos assumidos por um segurador ou ressegurador. É também
empregada como sinônimo de cobertura.

IMPORTÂNCIA SEGURADA: é o valor monetário atribuído ao patrimônio


ou às consequências econômicas do risco sob expectativa de prejuízos,
para o qual o segurado deseja a cobertura de seguro, ou seja, é o limite de
responsabilidade da seguradora, que, nos seguros de coisas, não deverá
ser superior ao valor do bem. Também designada por Capital Segurado,
Quantia Segurada e Soma Segurada.

INDENIZAÇÃO: contraprestação do segurador ao segurado que, com a


efetivação do risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a
fazer jus a um recebimento pactuado.

INTERESSE SEGURÁVEL: legítimo interesse econômico ou pecuniário que


as pessoas físicas ou jurídicas podem ter com relação a si próprias, outras
pessoas ou bens seguráveis.

JURISPRUDÊNCIA: modo uniforme pelo qual os tribunais interpretam e


aplicam determinadas leis.

LEI DOS GRANDES NÚMEROS: princípio geral das ciências de observa-


ção, segundo o qual a frequência de determinados acontecimentos, veri-
ficada em um grande número de casos análogos, tende a se estabilizar
cada vez mais à medida que aumenta o número de casos observados,
aproximando-se dos valores previstos pela Teoria das Probabilidades.

TEORIA GERAL DO SEGURO 125


GLOSSÁRIO

LIMITE TÉCNICO: valor básico da retenção, que a companhia de segu-


ros deve adotar em cada ramo ou modalidade que operar, fixado pela
ciência atuarial.

MÁ-FÉ: agir de modo contrário à lei ou ao direito, propositadamente de


má-fé, considerada e consubstanciada na legislação de quase todos os
países. Assume, nos contratos de seguros, excepcional relevância.

NOTA DE SEGURO: documento de cobrança que acompanha as apólices


e endossos remetidos ao banco cobrador.

PERDA TOTAL: dá-se a perda total do objeto segurado, quando este pere-
ce completamente ou quando se torna, de forma definitiva, impróprio ao
fim a que era destinado.

PRÊMIO: é a soma em dinheiro paga pelo segurado ao segurador para


que este assuma a responsabilidade de um determinado risco.

PRÊMIO ADICIONAL: é um prêmio suplementar pago pelo segurado, para


extensão de cobertura de riscos não prevista na apólice ou para extensão
de prazos de vigência.

PRÊMIO FRACIONADO: prêmio anual, dividido em parcelas, para efeito


de pagamento.

PRÊMIO GANHO: parcela do prêmio referente ao período de tempo de


risco decorrido.

PRESCRIÇÃO: meio pelo qual, de acordo com o transcurso do tempo,


adquirem-se direitos e se extinguem obrigações.

PROBABILIDADE: diz-se da possibilidade de realização de um determina-


do evento. A probabilidade pode ser matemática ou estatística.

PROPOSTA: formulário impresso, contendo um questionário detalhado


que deve ser preenchido pelo segurado, ou seu representante de direito,
ao candidatar-se à cobertura do seguro. A proposta é a base do contrato
de seguro, geralmente fazendo parte dele.

PULVERIZAÇÃO DO RISCO: distribuição do seguro, por um grande núme-


ro de seguradores, de modo que o risco, assim disseminado, não venha
a constituir, por maior que seja a sua importância, perigo iminente para a
estabilidade da carteira.

REINTEGRAÇÃO: restabelecimento da importância segurada após o sinistro


parcial e o pagamento de uma indenização. A reintegração visa restabelecer
o valor da importância segurada para as coberturas dos Seguros de Bens
Materiais e de Responsabilidades. É prevista em alguns ramos de seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 126


GLOSSÁRIO

RESERVA TÉCNICA: termo utilizado para definir valores matematicamente


calculados pelo segurador, com base nos prêmios recebidos dos segura-
dos, para garantia dos pagamentos eventuais dos riscos assumidos e não
expirados. Ex.: Reserva de Sinistros a Liquidar.

RISCO: evento incerto ou de data incerta, que independe da vontade das


partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa
de sinistro. Sem risco, não pode haver contrato de seguro.

SEGURADO: pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, con-


trata o seguro em seu benefício pessoal ou de terceiros. Pode também ser
definido como “a pessoa ou empresa protegida pela cobertura de uma
apólice de seguro, para os casos de perdas materiais ou eventos relacio-
nados com a vida”.

SEGURADORA: pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos


contratados e paga indenização ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s)
no caso de ocorrência de sinistro coberto. São empresas legalmente cons-
tituídas para assumir e gerir coletividades de riscos, obedecidos os crité-
rios técnicos e administrativos específicos.

SEGURO: denomina-se contrato de seguro aquele que estabelece para


uma das partes, mediante recebimento de um prêmio da outra parte, a
obrigação de pagar a esta, ou à pessoa por ela designada, determinada
importância, no caso da ocorrência de um evento futuro e incerto, ou de
data incerta, previsto no contrato.

SINISTRALIDADE: relação entre os valores indenizados, ou a indenizar, e os


prêmios pagos pelo segurado. Mede a expectativa de perda, que é impres-
cindível para estabelecer o prêmio estatístico ou o custo puro de proteção.

SINISTRO: ocorrência de acontecimento previsto no contrato de seguro e


que, legalmente, obriga a seguradora a indenizar.

SUB-ROGAÇÃO: ocorre no seguro quando, após a ocorrência do sinistro e


o pagamento da indenização pelo segurador, este substitui o segurado nos
direitos e ações que tem de demandar o terceiro responsável pelo sinistro.

TARIFA: relação das taxas correspondentes a cada classe de risco. É de


acordo com a taxa constante da tarifa que o segurador calcula o prêmio
relativo ao seguro que lhe é proposto.

TARIFAÇÃO: avaliação do risco de pessoa física ou jurídica.

TAXA: elemento necessário à fixação das tarifas de prêmios, cálculos de


juros, reservas matemáticas. A taxa é um percentual fixo que se aplica a cada
caso determinado, estabelecendo a importância necessária ao fim visado.

TERCEIRO: pessoa que, envolvida em um sinistro, não represente nenhu-


ma das duas partes do contrato de seguro (segurado e seguradora). Não

TEORIA GERAL DO SEGURO 127


GLOSSÁRIO

se incluem no conceito de terceiros parentes, cônjuge, funcionários, sócios


ou representantes do segurado, bem como objetos ou bens de sua pro-
priedade ou posse.

VIGÊNCIA: período de tempo fixado para validade do seguro (ou cobertu-


ra). É o prazo que determina o início e o fim da duração das coberturas ou
garantias contratadas.

VISTORIA DE SINISTRO: inspeção feita por profissionais habilitados, após


o sinistro, para verificar e estabelecer os danos ou prejuízos sofridos pelo
objeto segurado.

VISTORIA DO RISCO: inspeção feita por profissionais habilitados para


avaliar as condições do risco a ser segurado, com a finalidade de estabe-
lecer o valor em risco.

TEORIA GERAL DO SEGURO 128


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Hamilcar S. C. de. Teoria geral do seguro. Rio de Janeiro:
MIC/IRB, [s.d.].

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janeiro:
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ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro I. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janei-
ro: Funenseg, 2014. 116 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro I. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. 14.
ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Funenseg, 2015. 116 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro II. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 14. ed. Rio de Janei-
ro: Funenseg, 2015. 154 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. Rio
de Janeiro: Funenseg, 2016. 214 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teo-


ria geral do seguro. Assessoria técnica de Manoela Louise Assayag de
Magalhães Souza. 2. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2017. 214 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico.


Teoria geral do seguro. Assessoria técnica de de José Eduardo Tei-
xeira Arias, Frederico Martins Peres, Cláudio Bizerra de Oliveira. 10.
ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2021. 3,35 Mb.

RIBEIRO, Paulo Gomes. História do seguro: um resumo. Rio de Janei-


ro: Funenseg, 1994.

SOUZA, Antonio Lober Ferreira et al. Dicionário de seguros: vocabulá-


rio conceituado de seguros. Rio de Janeiro: IRB-Brasil Re S/A/Funenseg,
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TEIXEIRA, Antonio Carlos. Contrato de seguro, danos, risco e meio


ambiente. Rio de Janeiro: Funenseg, 2004 (T264 C).

Sites
https://www.gov.br/fazenda/pt-br

http://novosite.susep.gov.br/

https://www.irbre.com/

TEORIA GERAL DO SEGURO 129

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