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O Mercado Financeiro
Sumário do capítulo:
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Gerenciamento Financeiro
Um derivativo é um instrumento cujo valor deriva de outro ativo real ou financeiro, como por
exemplo, ação, moeda estrangeira, ouro etc.
O mercado de capitais contempla as operações com ações, que em geral têm prazo indeterminado,
e as operações são de médio e longo prazos, especialmente as de financiamento do capital de giro e
do investimento das empresas.
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Gerenciamento Financeiro
Instituições Normativas
Conselho Monetário Nacional – CMN
Banco Central do Brasil – BACEN
Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP
Superintendência de Seguros Privados – Susep
Instituições Distribuidoras
Bolsas de Valores
Bolsa de Mercadorias e Futuros
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
Corretoras de Seguros e de Resseguro
Corretores autônomos de Seguros
Instituições Especiais
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Gerenciamento Financeiro
Grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário é escritural, ou
seja, eles não são emitidos fisicamente. Dessa forma, as negociações com esses valores são controladas
e custodiadas por dois sistemas especiais, denominados Selic e Cetip.
Por meio da Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos os dias,
criando assim, uma taxa diária conhecida por Taxa Média Selic – TMS, que é a taxa média ponderada
das operações realizadas no mercado secundário de títulos públicos federais, representativa das
operações de um dia útil.
Como os títulos públicos negociados no Selic são de grande liquidez e de baixo risco, a taxa
definida no âmbito desse sistema é aceita aparentemente como uma taxa livre de risco, servindo de
importante referencial para a formação das taxas de juros no mercado financeiro.
Os vários negócios com esses títulos são acertados diretamente entre os operadores das instituições
financeiras credenciadas que operam no mercado monetário, repassando as informações ao Selic, via
terminal, para que ocorra a transferência do dinheiro, e, posteriormente, dos títulos envolvidos nas
operações.
Por meio da Selic, o sistema transfere imediatamente o registro do título para a instituição
financeira compradora do mesmo e faz o respectivo crédito na conta da instituição financeira vendedora.
Assim, as partes envolvidas têm a certeza da validade da operação efetuada.
Esses títulos são leiloados toda semana pelo Governo e são considerados uma opção atrativa
para as instituições financeiras e, desde janeiro de 2002, para pessoas físicas. As LTN e LFT são
emitidas apenas para captações feitas no mercado interno.
Veja como funciona esse sistema: o Governo precisa de capital para honrar suas dívidas tanto
de longo, como de curto prazo. Só que não é capaz de gerar receita suficiente para honrar todos esses
compromissos. Então, vai ao mercado e faz uma oferta de títulos com taxas pós ou pré-fixadas.
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Gerenciamento Financeiro
Risco de Imagem
Os títulos públicos federais, classificados pela natureza de suas emissões e suas principais
características de negociação, são:
LTN - Letra do Tesouro Nacional é um título emitido pelo valor nominal unitário múltiplo
de R$ 1.000,00. A sua rentabilidade é pré-fixada e definida no momento da compra. Embora sua
rentabilidade contratada não varie de acordo com a SELIC, pois é pré-fixada, caso o papel seja vendido
antes do vencimento, o Tesouro fará a recompra pelo valor e pela taxa de juros que o mercado estiver
praticando. Contudo, no vencimento, os juros contratados serão garantidos. É um bom investimento a
médio e longo prazos ( 1 a 3 anos).
LFT - As Letras Financeiras do Tesouro são títulos emitidos com valores nominais unitários
múltiplos de R$ 1.000,00. O seu rendimento é ajustado diariamente pela taxa Selic. Por tratar-se
de um investimento pós-fixado, essa modalidade garante ao investidor a atualização diária de seu
investimento pelas taxas praticadas no mercado.
Se os juros caem, a taxa cai na mesma proporção e se os juros sobem, o retorno aumenta também
na mesma proporção.
O resgate é efetuado pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde a data de
emissão do título. Investimento para médio prazo.
NTN-B - Notas do Tesouro Nacional série B - papéis pós-fixados com rendimentos atrelados ao
IPCA + taxa de juros ao ano.
NTN-C - As Notas do Tesouro Nacional - série C são títulos pós-fixados emitidos com valores
nominais unitários múltiplos de R$ 1.000,00. O seu valor nominal é corrigido pelo IGP-M e juros
anuais pagos semestralmente, sobre o valor atualizado.
São emitidas com prazos longos que podem variar de 1 ano até 30 anos.
NTN-D - Notas do Tesouro Nacional série D - papéis pós-fixados com rendimentos atrelados ao
dólar, também utilizados pelo governo para atender às demandas do mercado por dólar - indexados ao
dólar + taxa de juros ao ano.
NTN-F - Notas do Tesouro Nacional série F - papéis de longo prazo - com rentabilidade
prefixada.
BBC - Bônus do Banco Central – são títulos de curto prazo, geralmente de 28, 35, 42 e 49 dias.
Seu rendimento é prefixado e são vendidos nos leilões de títulos públicos realizados pelo Banco
Central.
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Gerenciamento Financeiro
A Cetip é uma associação civil, sem fins lucrativos, criada pelas instituições
financeiras, em conjunto com o Banco Central, com a finalidade de garantir mais
segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro.
O objetivo da Cetip é dar certeza da validade do título a quem compra e certeza do recebimento
do valor a quem o vende, portanto, dando garantia das operações realizadas no mercado financeiro.
Funciona desde 1986 como um sistema bastante semelhante ao do Selic, só que abrigando títulos
privados. Algumas vezes, o sistema opera também com títulos públicos que se encontram em poder
do setor privado.
Na função de depositária, a Cetip processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem
como o pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. Na maioria das vezes, os títulos são
emitidos escrituralmente, isto é, existem apenas sob a forma de registros.
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Gerenciamento Financeiro
Marcação a mercado
É a avaliação diária dos ativos que compõe uma carteira de investimentos a preço de
mercado. Marcar a mercado significa dar preço diariamente aos ativos
A marcação a mercado é uma espécie de avaliação de uma posição financeira mediante sua
comparação pelo preço vigente no mercado em determinada data. Podemos dizer que marcar a
mercado significa atribuir preço diariamente a determinado ativo. É a forma de se atribuir o valor
presente de determinado ativo, ainda que seu vencimento esteja distante no tempo.
Até 31 de maio de 2002, o Banco Central do Brasil permitia que os ativos de renda fixa fossem
contabilizados de acordo com o preço de aquisição atualizado pela curva de rentabilidade do papel até
o seu vencimento. Se o papel fosse levado até o vencimento, a rentabilidade não seria comprometida.
A partir de 31/05/2002, por determinação do Banco Central, os títulos passaram a ser avaliados
diariamente a valor de mercado, visando manter o real valor do patrimônio do fundo.
O preço de negociação do papel é influenciado pelas condições de mercado, comportamento da
economia doméstica, desempenho fiscal, o crescimento e composição da dívida pública, incertezas
sobre a economia externa, câmbio, etc. Em função do comportamento destas variáveis, o papel pode
ser negociado com ágio ou deságio. Trata-se de um prêmio que o investidor paga (ágio) ou exige
(deságio) no ato da aquisição de um determinado título, em função da avaliação da capacidade do
emissor de pagar este título no valor e data combinados.
Para melhor entendimento e ilustração, vamos imaginar um fundo de renda fixa, composto por
Letras do Tesouro Nacional. São títulos prefixados negociados com deságio, pagando ao investidor
uma quantia inferior ao valor de face.
No caso de um papel de renda fixa, quando da sua emissão, há uma data de vencimento
estabelecida, um valor de face, normalmente de R$ 1.000,00 e a garantia de recompra na data de
vencimento. O mercado analisará as condições de remuneração do papel, observando o risco de
crédito, prazo de vencimento e taxa pré-fixada de remuneração.
Os papéis de renda fixa tem seu preço de mercado conhecido como Preço Unitário e são
calculados da seguinte forma:
Onde: FV = Valor de face do título
I = Taxa de juros negociada
Nd = período desconhecido
Nc = período conhecido
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Gerenciamento Financeiro
Uma vez comprado esse papel com deságio, à medida que a data de vencimento se aproxima, o
valor do papel valoriza-se até atingir o seu valor de face, na data de vencimento final.
Vamos imaginar um papel emitido pelo prazo de 12 meses à uma taxa prefixada de 25% ao ano
e um valor de face de R$ 1.000,00. Qual seria o valor presente deste papel?
O mercado trabalha com o conceito de dias úteis, onde um mês possui 21 dias úteis e um ano
252 dias úteis. No exemplo acima, como o prazo do papel é de um ano, estamos utilizando essa
metodologia.
Vamos imaginar agora que já passaram 152 dias úteis desde a data de aquisição desse título,
faltando, portanto, 100 dias úteis para seu vencimento e queremos saber o PU nesta data.
Considerando o título com as características acima, seu Preço Unitário é:
Portanto, o mercado aceita o título, nesta data, por R$ 915,26. E se estivesse faltando somente
um dia útil para vencimento do papel, qual seria seu PU?
Veja que à medida que o prazo de vencimento vai chegando, o PU do papel se aproxima do valor
de face, no nosso exemplo R$ 1.000,00.
Voltando ao exemplo inicial, vamos imaginar que a taxa de juros não é mais 25% ao ano e sim
40% ao ano. Qual seria o preço do papel com prazo de um ano, na data da compra?
Veja a relação entre o nível de taxa de juros e o preço do papel. Existe uma relação inversa entre
o PU do papel e o nível de taxa de juros. Quanto maior for a taxa de juros, menor será o PU do papel.
Quanto menor for a taxa de juros, maior será o preço do papel.
É muito importante o entendimento dessa relação. É exatamente por isso que quando as taxas de
juros se elevam, os preços dos papéis a mercado diminuem, ocasionando valorizações negativas nos
fundos de renda fixa dos bancos.
Vamos voltar ao exemplo onde já passaram 152 dias úteis desde a data de aquisição desse título,
faltando, portanto, 100 dias úteis para seu vencimento e queremos saber o PU nesta data. Agora vamos
utilizar a taxa de 40% ao ano.
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Gerenciamento Financeiro
Como se observa, com o aumento da taxa de juros de 25% para 40% ao ano, o preço unitário
(PU) de uma LTN ficou reduzido de R$ 800,00 para R$ 714,29. E com a redução da taxa de 25% ao
ano para 10% ao ano, o PU passou para R$ 909,09.
Já no mercado de títulos com taxas pós-fixadas, ocorre uma relação direta entre
taxa de juros e preço do papel, em função do ágio ou deságio existente.
Ocorre ágio quando o valor pago no momento de aquisição do título é superior ao seu valor de
face. O ágio ocorre sempre que a rentabilidade oferecida pelo papel é maior que o preço de mercado
no momento da negociação.
Já o deságio acontece quando o valor pago é inferior ao seu valor de face, de maneira que a
rentabilidade do título seja maior que a estabelecida originalmente.
A marcação a mercado buscou garantir para todos os cotistas dos fundos de renda fixa a
rentabilidade efetiva a que fazem jus, já que em geral cada um deles possui data de aplicação, data de
resgate e período de permanência distintos e a não marcação a mercado diária poderia, eventualmente,
transferir rentabilidade entre os cotistas.
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Gerenciamento Financeiro
O mercado monetário
Sumário do capítulo:
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Gerenciamento Financeiro
Existem quatro instrumentos, pelos quais o Banco Central realiza a política monetária: Operações
de Mercado Aberto, Depósito Compulsório, Taxa de Redesconto e por último Controle e Seleção do
Crédito.
O Banco Central muitas vezes se encontra em situações nas quais necessita por determinadas
razões expandir ou contrair a base monetária, entendida como a quantidade de moeda que circula na
economia. Muitas vezes, o governo tem o interesse de fomentar a atividade econômica interna e, para
isso, pode utilizar uma política monetária expansionista, que estimule o crescimento econômico. Da
mesma maneira, quando o interesse do governo é frear a atividade econômica, o Banco Central pode,
através de determinados instrumentos de política monetária, contrair a base monetária.
Quando o governo deseja expandir o crescimento econômico, pode realizar um deles ou todos
simultaneamente. Uma prática comum é combinar tais políticas monetárias com políticas fiscais.
Isso tem um efeito muito positivo para o crescimento econômico, já que os vendedores irão
encomendar mais de seus fornecedores, estes irão por sua vez comprar mais mercadorias das fábricas.
Os empresários irão contratar mais pessoas para realizar a produção e por sua vez encomendar mais
matéria prima. Isto contribui de forma significativa para o crescimento do nível de empregos.
A situação contrária ocorre quando o Banco Central coloca títulos à venda. Ao vender títulos,
o Banco Central recolhe dinheiro das mãos da população. As pessoas gastam menos e o nível de
atividade da economia tende a diminuir.
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Gerenciamento Financeiro
Depósito Compulsório
O depósito compulsório é uma taxa fixada pelo Banco Central, que determina que
uma parte dos depósitos à vista feita pela população nos bancos comerciais vai para o caixa
do Banco Central. O Bacen pode aumentar ou diminuir a taxa do depósito compulsório,
de acordo com seus interesses.
Quando o Banco Central diminui a taxa do compulsório, o montante que os bancos comerciais
devem enviar para o Banco Central diminui. Com isso, eles conseguem reter um montante maior para
emprestar. Ou seja, a quantidade de crédito disponível à população aumenta. Com isso, mais dinheiro
fica disponível para a população e a base monetária se expande, e a partir daí, os gastos aumentam e
a economia cresce como um todo.
Quando o Banco Central aumenta a taxa do compulsório, ocorre a situação inversa. Os bancos
comerciais vão dispor de menos recursos para emprestar. O crédito disponível para a população diminui
e a base monetária se contrai, desacelerando a economia. A elevação do compulsório também eleva a
taxa de juros dos empréstimos, em função da escassez de recursos disponíveis para empréstimos.
Normalmente a taxa de redesconto é superior à taxa de juros praticada pelo mercado, razão pela
qual os bancos só recorrem ao redesconto em última instância.
A utilização da linha de Redesconto tem um caráter punitivo, pois sinaliza uma situação de
desequilíbrio da instituição financeira tomadora e sendo assim, possui um custo mais elevado. O
Bacen monitora o acesso a esta linha de financiamento. Se determinada instituição financeira acessá-
la com determinada freqüência, poderá ser interpelada pelo Bacen.
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Gerenciamento Financeiro
Mercado Primário
Para lançar um título no mercado, ou seja, para fazer a primeira venda de um título, o Banco
Central realiza o chamado leilão primário ou leilão formal. As instituições financeiras credenciadas
junto ao Bacen enviam suas ofertas, as quais o Bacen pode aceitar ou não. O processo todo ocorre via
computadores.
As instituições financeiras credenciadas para atuar como elo de ligação entre o Bacen e as
demais instituições financeiras são conhecidas como Dealers e sua principal função é atuar como elo
de ligação entre o Bacen e as demais instituições do sistema financeiro nacional. Os grandes bancos
que atuam no mercado brasileiro são credenciados e atuam como Dealers, como por exemplo, Banco
do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander, etc.
Mercado Secundário
Como as instituições financeiras não são obrigadas a carregar o papel comprado em leilão
primário até o seu vencimento, é prática comum a venda desses títulos ao mercado. A venda desses
títulos a outras instituições cria o mercado secundário, que tem no mercado aberto o seu principal
instrumento de operacionalização desses títulos.
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Gerenciamento Financeiro
Mercado de capitais
Commercial Papers são títulos que representam alternativas de captação de curto prazo junto aos
bancos. É uma Nota Promissória de curto prazo, sem garantia real, destinada a empresas com baixo
nível de risco.
Debêntures são títulos de crédito de médio ou longo prazo, emitidos por sociedade anônima
de capital aberto ou fechado. A principal finalidade é a captação de recursos para suprimento das
necessidades de capital de giro ou projetos de investimento das empresas, normalmente a custos
inferiores aos empréstimos tradicionais. Possibilita a conversão em ações.
Eurobonds são títulos de renda fixa para venda a investidores fora do País de domicílio do
emissor, com a finalidade de captação de recursos de médio e longo prazo. Para os investidores globais,
o Eurobond apresenta como vantagem liquidez no mercado e isenção de impostos.
Depositary Recept – DR são títulos ao portador negociáveis no mercado secundário. Esse tipo
de operação ocorre quando um banco estrangeiro empresta recursos diretamente a uma empresa
brasileira. Para as empresas brasileiras, é uma forma de captação de recursos no mercado internacional,
normalmente mais baratos e com prazos mais longos.
Sumário do capítulo:
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Oferta de títulos
A subscrição particular ocorre quando a emissão é totalmente subscrita por antigos acionistas ou
direcionada a um grupo restrito. A subscrição por oferta publica é feita através de ampla divulgação
no mercado, podendo ser realizada nos mercados primário e secundário.
Underwriting
Melhores esforços (Best Efforts) – caracteriza-se pelo compromisso assumido pela instituição
em desenvolver os melhores esforços para revender o máximo de uma emissão junto a seus
clientes nas melhores condições possíveis e por um prazo determinado. Não há o compromisso
formal de viabilizar a colocação.
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Modelagem da operação;
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Agências de rating
São empresas especializadas na avaliação de risco, realizada por meio da análise das condições
de um emissor de títulos para honrar seus compromissos, tais como pagamento de juros e dividendos
no prazo esperado.
Para tanto utiliza as seguintes informações coletadas na empresa: fluxo de caixa, situação
financeira da empresa, projeções financeiras, conjuntura econômica, atividade, concorrência,
perspectivas do mercado em que a empresa emissora atua e procedimentos internos.
Essas avaliações tornam-se obrigatórias e são expressas em notas que podem ser apresentadas
por meio de caracteres alfabéticos, alfanuméricos e com adição de sinais (+ ou -).
O quadro abaixo mostra as categorias de risco atribuídas por duas empresas classificadoras de
risco
Se o rating atribuído não estiver situado dentro do grau de investimento acima mostrado, o
risco de inadimplência é mais elevado e implicará em elevação nas taxas de juros requeridas pelos
investidores. Atualmente o Brasil ainda não atingiu o Investment Grade, mas está relativamente
próximo deste nível, faltando somente um grau para sua classificação.
A determinação do preço justo de lançamento de um título pode ser considerada uma tarefa
muito difícil para os bancos de investimento responsáveis pela emissão. Por um lado, o preço deve
atender às necessidade da empresa emissora, e, por outro, às expectativas do mercado investidor.
Na emissão de ações, é necessário estabelecer o preço justo da ação a ser oferecida aos investidores.
Se o preço de lançamento for demasiadamente alto, a emissão pode fracassar. Caso ocorra o contrário,
os acionistas já existentes poderão sofrer prejuízo.
Por essa razão, é fundamental a compreensão dos principais métodos de apuração do valor das
ações da empresa. Destacamos a Análise Fundamentalista e a Análise Gráfica ou Técnica.
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Análise Fundamentalista
Refere-se ao valor da empresa baseado nas projeções dos seus rendimentos líquidos, para um
período determinado, e descontando-os à taxa mínima de atratividade para o empreendimento. Pode
ser baseada em alguns cenários – otimistas, pessimistas ou em condições de normalidade – e nas
probabilidades associadas a cada um deles.
O fluxo médio ponderado, descontado a uma taxa mínima de atratividade, indica o valor
da empresa. Leva em conta fatores econômicos e financeiros, favoráveis ou desfavoráveis ao
empreendimento, a saber:
Fluxo de caixa – série de valores no tempo, cuja montagem requer diagnóstico de todos os
setores, quanto a aspectos internos (política de pessoal, estágio de vida dos produtos, atualização
tecnológica do parque industrial, competência gerencial) e externos (relacionamento com
o mercado consumidor, acompanhamento de evoluções tecnológicas e administrativas,
relacionamento com o setor público, marca, etc).
Taxa de desconto – o retorno mínimo exigido para a aplicação dos recursos, dado o risco que
o negócio enfrenta.
Análise de Múltiplos
P/L – É um dos indicadores mais utilizados, onde “P” representa o preço da ação no mercado
e “L” o lucro por ação estimado para os próximos anos.
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O EBITDA é um número muito valorizado pelo mercado na avaliação de uma empresa. Espelha
o desempenho da empresa levando em consideração, somente os ganhos gerados por sua atividade
principal.
A análise técnica ou grafista é mais recomendada para visões de curto prazo. Centrada
no comportamento dos preços das ações. Seu princípio básico é que a cotação das
ações segue padrões e tendências que se repetem.
É a metodologia de determinação do preço justo de uma ação que se fundamenta
na projeção do comportamento dos preços observado em bolsa ao longo do tempo,
representado por gráficos. Estes traduzem o comportamento do mercado e avaliam
a participação das massas de investidores que influenciam a formação de preços.
Nesse tipo de análise não importam os motivos que levam à mudança de preços de
uma ação e sim a mudança de comportamento do investidor.
Inicialmente fundamentada na Teoria de Dow (o que aconteceu hoje poderá ocorrer amanhã)., a
análise grafista evoluiu para um conjunto de sofisticados estudos de gráficos de preços e volumes, que
medem as forças de oferta e de procura de determinada ação, indicando se o investidor deve comprar,
vender, não comprar ou não vender.
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Gerenciamento Financeiro
Mercado de derivativos
O mercado evoluiu em todo o mundo e passou a negociar com derivativos de ouro e metais
preciosos, de moedas estrangeiras, de petróleo, de madeira, de suco de laranja, de ativos ou indicadores,
de índices de ações e outros bens.
Sumário do capítulo:
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Gerenciamento Financeiro
Objeto de Negociação – são os títulos derivados de commodities, índices ou taxas que têm
como objetivo assegurar, no futuro, um ganho ou uma proteção para os ativos e são usados,
ainda, para mera especulação.
Data de vencimento – são as bolsas ou os agentes que estabelecem as datas específicas para
a liquidação dos contratos, normalmente acompanhando o ciclo de comercialização de cada
produto.
Local de entrega – o local onde o bem é entregue é um forte determinante de seu preço.
As bolsas normalmente estabelecem pontos de entrega que ficam próximos aos centros de
consumo e de produção de bens.
Preços – as cotações dos ativos oscilam o tempo todo e ao sabor do mercado, sendo que as
cotações de opções são estabelecidas e divulgadas pela Bolsa de Mercadorias & Futuros –
BM&F.
Padronização – um ativo deve oferecer condições de fácil padronização em relação aos produtos
negociados, aos prazos de vencimento, ao tamanho do contrato, às formas de liquidação e aos
mecanismos de garantia. A padronização visa dar maior liquidez aos contratos negociados em
bolsa, na medida em que facilita a entrada e saída do mercado através da reversão de posições
comprada e vendida.
Inicialmente fundamentada na Teoria de Dow (o que aconteceu hoje poderá ocorrer amanhã)., a
análise grafista evoluiu para um conjunto de sofisticados estudos de gráficos de preços e volumes, que
medem as forças de oferta e de procura de determinada ação, indicando se o investidor deve comprar,
vender, não comprar ou não vender.
Mercado a Termo
Mercado de Futuros
Mercado de Opções
Mercado de Swaps.
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Gerenciamento Financeiro
Produtos negociados
padronizar os ativos;
No Brasil, os derivativos são negociados no Mercado de Bolsa, por meio da BM&F e Bovespa,
ou no Mercado de Balcão, diretamente entre as contrapartes, utilizando-se de instituições financeiras,
sem a intermediação de corretores para apregoar as ofertas de compra e de venda. É importante saber
quais são os principais produtos negociados em cada um desses locais:
BM&F – produtos agropecuários, índice de ações (índice futuro – Ibovespa), índice Bovespa,
taxas de câmbio (US$ futuro-comercial), taxas de juros (DI futuro) e títulos da dívida
externa.
Instituições Financeiras – operações de swap, contratos a termo de moedas sem entrega física
(NDF – non deliverable forward).
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Gerenciamento Financeiro
Vamos a partir de agora analisar com maiores detalhes os quatro segmentos do mercado de
derivativos.
Mercado a Termo
Para melhor entendimento, vejamos o exemplo em que dois vizinhos, sendo um avicultor,
produtor de frangos e outro agricultor, que planta milho.
Após a colheita, o agricultor vende para o avicultor o milho, fonte principal para a alimentação
dos frangos. No entanto, cada um tem uma expectativa em relação ao preço do milho. O avicultor torce
para que o preço do milho caia e o agricultor, ao contrário, deseja que o preço suba após a safra.
Para diminuir as incertezas do futuro e tornar a negociação mais justa, resolveram fazer um
acordo: escolher um preço que fosse bom para os dois; um preço que cobrisse todos os custos de
produção e que desse margem de lucro a ambos em suas atividades. Dessa forma, não precisariam
mais se preocupar com o que aconteceria com a próxima safra.
Essa operação a termo funcionou como um hedge, estratégia de proteção de preços, eliminando
os riscos de ambas as partes. Disponibilizou ao produtor um instrumento de fixação do preço e ao
comprador a segurança de ter preço justo na compra da mercadoria.
Mercado Futuro
O mercado futuro pode ser definido como um contrato que envolve um compromisso
de compra ou venda de determinado ativo-objeto em uma data futura, com a fixação
prévia do preço do ativo negociado.
Mercado Futuro é um contrato que dá direito ao comprador ao recebimento de mercadoria ou
ativo financeiro, ou seu equivalente em valores monetários, em data futura determinada.
Nesse mercado atuam duas figuras importantes: os hedgers - aqueles que buscam proteção para
os preços no futuro - e os especuladores, que desempenham papel fundamental, pois trazem recursos
de fora do sistema, dão liquidez aos mercados e assumem riscos como forma de obter lucros.
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Gerenciamento Financeiro
Veja um exemplo:
Um granjeiro temendo alta no preço do milho, compra um contrato futuro ao preço de R$ 15,00
a saca para vencimento em 120 dias. Vamos supor que ocorra uma quebra na safra e o preço do milho
vai a R$ 17,00 a saca para 120 dias. Como esses ajustes são feitos diariamente, o granjeiro recebe R$
2,00 de crédito em sua conta corrente, pois comprou o milho a R$ 15,00. Do mesmo modo, se tivesse
ocorrido uma super-safra e o preço do milho tivesse despencado para R$ 11,00 a saca no mercado
futuro para 120 dias, o granjeiro deveria depositar R$ 4,00 na conta da contra parte (a Bolsa).
Findo o prazo, faz-se a liquidação financeira do contrato. Nesse mercado, a maior parte dos
contratos tem liquidação financeira, ou seja, não ocorre a entrega física do produto.
Os contratos negociados no mercado futuro são padronizados pelas Bolsas e permitem sua
transferência entre os investidores. A padronização é a principal característica deste contrato, o que
facilita a formação de preços e garante a liquidez, facilitando sua negociação. Aqui o ativo negociado
tem seu preço ajustado diariamente. Como garantia das operações, as bolsas exigem dos investidores
um depósito inicial chamado Margem de Garantia.
É um instrumento que concede a seu titular um direito futuro sobre algum ativo e a
seu vendedor uma obrigação em caso de solicitação pelo comprador da opção.
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Gerenciamento Financeiro
Especuladores - São todos os aplicadores que buscam resultados financeiros nas operações e
não estão interessados no ativo negociado. Seu principal objetivo é obter lucros, assumindo
riscos.
Hedgers - São aqueles que buscam eliminar riscos. Hedge significa proteção.
Titular de uma Opção - É aquele que compra a opção. É a parte comprada. Tem o direito de
comprar ou não.
Prêmio – Pagamento efetuado pelo titular de uma opção para exercer o direito de comprar ou
vender uma opção.
Nesse mercado atuam duas figuras importantes: os hedgers - aqueles que buscam proteção para
os preços no futuro - e os especuladores, que desempenham papel fundamental, pois trazem recursos
de fora do sistema, dão liquidez aos mercados e assumem riscos como forma de obter lucros.
Uma opção de compra somente deverá ser exercida quando o preço de mercado for superior ao
preço de exercício da opção. O titular de uma opção de compra sempre acredita que o preço da ação
irá subir, enquanto o lançador acredita que o preço cairá.
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Gerenciamento Financeiro
Com base na representação gráfica acima, vamos imaginar os seguintes dados, considerando
uma opção do estilo européia, para facilitar nosso entendimento:
Preço de Exercício: R$ 50,00
Prêmio : R$ 5,00
Data de Vencimento: 120 dias
Resultado da opção:
Se o preço de mercado for menor que R$ 55,00 o titular terá perdas;
Se o preço de mercado for igual a R$ 55,00 não ocorre perda nem ganho;
Se o preço for maior que R$ 55,00, então o titular passa a ter ganhos.
Veja que com o preço acima de R$ 50,00, o titular já pode exercer a opção, reduzindo seu
prejuízo, no caso analisado o prêmio de R$ 5,00. Se o preço da opção na data de exercício estivesse
em R$ 52,00, então o titular exerceria a opção e reduziria o prejuízo para R$ 3,00.
Neste caso, o titular exerce o direito de venda, porque venderá por R$ 100,00 uma ação que está
cotada no mercado a R$ 80,00, obtendo um lucro de R$ 17,00.
Supondo que esta mesma ação esteja cotada a R$ 110,00, o titular deixará de exercer a opção,
porque não é interessante vender por R$ 100,00 se no mercado pode vender por R$ 110,00. Neste caso,
perde o valor do prêmio de R$ 3,00.
O titular de uma opção de venda sempre acredita que o preço de uma ação irá cair, enquanto o
lançador espera que as cotações subam de forma a não ser exercido, ganhando o prêmio.
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Gerenciamento Financeiro
Resultado da opção:
Se o preço de mercado for menor que R$ 45,00 o titular terá ganhos;
Se o preço de mercado for igual a R$ 45,00 não ocorre perda nem ganho;
Se o preço for maior que R$ 45,00, então o titular passa a ter perdas.
Supondo que na data de exercício o preço esteja em R$ 40,00. Neste caso, o titular vai exercer
a opção de venda, pois venderá por R$ 50,00 uma ação que está valendo no mercado R$ 40,00. Seu
ganho será de R$ 5,00, já descontado o valor do prêmio.A qualquer preço abaixo de R$ 45,00 o titular
passa a ter lucro.
Swap de moeda - Indicado para empresas com necessidade de recursos em uma determinada
moeda e facilidade de captar recursos em outra.
Swap de Índices - Troca de índices de correção de ativos ou passivos, como taxa pré-fixada
por taxa pós-fixada; variação cambial por CDI, etc. A principal vantagem é ajustar as contas a
pagar com as contas a receber, eliminando o risco.
Swap de taxa de juros - Operações de proteção onde são trocadas taxas de juros fixas por taxas
variáveis e vice-versa.
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Os swaps são acordos privados entre duas empresas para a troca futura de fluxos de caixa.
Os primeiros contratos de swap foram negociados em 1981 e a partir daquela época o mercado tem
crescido com muita rapidez.
Os swaps mais comuns são os de taxas de juros e os de moedas. Num swap de taxa de juros, uma
parte concorda em pagar à outra juros prefixados sobre um principal teórico por determinado tempo.
Em troca, recebe juros a uma taxa flutuante sobre o mesmo principal teórico e pelo mesmo período
de tempo.
Já num swap de moedas, uma parte concorda em pagar juros sobre o principal numa moeda e em
troca recebe juros sobre o principal em outra moeda.
O principal não é trocado num swap de taxas de juros. Entretanto, num swap de moedas, o
principal é trocado tanto no início quanto no fim do contrato. Para a contraparte que paga juros na
moeda estrangeira, o principal na moeda estrangeira é recebido e o principal na moeda nacional é
pago no início do contrato. No final, o principal na moeda estrangeira é pago e o principal na moeda
nacional é recebido.
Em essência, um swap é uma posição comprada num título, combinada com uma posição vendida
em outro. Na prática, os bancos funcionam como intermediários nas operações, encontrando as duas
partes interessadas na operação.
Quando os bancos realizam swaps com duas partes, se expõe ao risco de crédito. Se uma das
contrapartes ficar inadimplente, o banco deverá cumprir o contrato com a outra contraparte, bancando
o prejuízo.
Hedge
De maneira geral, todos os investidores tem medo do risco que uma operação possa trazer. Não
importa o tipo ou o volume. O fato é que, mesmo que mínimo, há sempre um risco para quem investe.
Por isso, é importante que o investidor saiba que há formas de se proteger e diminuir a possibilidade
dos riscos existentes no mercado. Uma das operações mais usadas e mais eficientes para proteção de
investimento é o hedge.
Na prática, o hedge é uma forma de proteger uma aplicação contra as oscilações do mercado.
O hedge significa menos risco para a posição do investidor, seja ela qual for. O investidor que faz um
hedge admite que está se protegendo de possíveis perdas futuras.
Em geral, as operações de hedge são realizadas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Vamos imaginar uma empresa que tenha dívidas em dólar, e queira se prevenir de eventual alta da moeda
norte-americana. Compra na BM&F um contrato de dólar futuro, garantindo que, em determinada
data, poderá comprar determinada quantia de dólares a determinada cotação. Se o dólar ultrapassar a
cotação fixada, a empresa estará protegida, pois terá direito a comprar a moeda a um preço mais baixo.
Operações como essa na BM&F, no entanto, têm um custo. Por isso, só são feitas por empresas ou
bancos.
Como exemplo, vamos supor que uma família vá fazer uma viagem ao exterior e faça suas compras
com cartão de crédito. Como qualquer gasto no exterior é calculado em dólar, o valor das contas será
indexado à variação da cotação dessa moeda. Para se proteger, o investidor calcula em média quanto
gastará em sua viagem e compra o mesmo valor em dólar ou aplica o dinheiro num fundo cambial
atrelado ao dólar. Ao retornar da viagem, pode vender os dólares comprados e, com o equivalente em
reais, pagar sua dívida do cartão. Assim, ele elimina o risco da variação cambial.
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O mercado de ações
Sumário do capítulo:
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O mercado de ações
Ações são títulos de renda variável que representam a menor parcela em que se divide o capital
social de uma empresa.
Emitir ações pode ser comparado a entrada de novos sócios em uma empresa, visto que o acionista
não é um credor da empresa e sim uma espécie de proprietário, limitado à quantidade de ações que
possuir, com direito a participação nos resultados da empresa.
Mercado primário – Onde ocorre a primeira colocação pública dos títulos de uma Sociedade
Anônima (S/A). Esta operação, chamada de “Underwriting”, é conduzida por Instituições especializadas,
como Bancos de Investimento, Sociedades Corretoras e Sociedades Distribuidoras.
Mercado secundário – Aqui são negociadas as ações das Sociedades Anônimas de capital
aberto adquiridas pelo público no Mercado Primário. Em geral, essas negociações são intermediadas
por Sociedades Corretoras e são realizadas dentro das Bolsas de Valores ou Mercado de Balcão
Organizado.
Os negócios realizados nas Bolsas de Valores podem ser acordados em diferentes prazos,
caracterizando-se, então, três mercados:
Mercado de Opções – Aqui são negociados os direitos de comprar ou vender uma determinada
quantidade de ações por um preço preestabelecido.
Aumento da capacidade de captação de recursos.
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O investidor que adquire ações obtém ganhos ao receber dividendos, bonificações e direitos de
subscrição. Também pode obter ganhos pela valorização do preço das ações na Bolsa de Valores. Estes
fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras.
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos: retorno, prazo e proteção, ou seja,
ao avaliar um investimento deve-se estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade
está sempre relacionada ao risco
Existem dois grandes tipos de risco no investimento em ações: Risco da Empresa Emitente e
Risco do Mercado.
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Por outro lado, quando pretendemos comprar uma ação, é preciso fazer uma oferta de compra.
Caso essa seja a melhor oferta recebida no dia, podemos chamá-la de Melhor Oferta de Compra.
Havendo acordo entre comprador e vendedor, então isso significa que houve um negócio. O mesmo
acontece no mercado de ações.
Tomando uma Decisão de Investimento
Antes de tomar uma decisão de investimento, é preciso estar familiarizado com alguns conceitos
básicos, adiante comentados.
Cotação: As ações são cotadas na Bolsa em lotes unitários ou lotes predeterminados de ações,
sendo que cada empresa determina de qual forma a ação é cotada. A maioria das ações brasileiras é
cotada em lotes de cem ou de mil ações.
Último Preço: É o último preço no qual uma ação foi negociada. Este termo é utilizado durante
o funcionamento da Bolsa. A partir do momento em que a Bolsa encerra suas atividades diárias, a
última cotação do dia passa a ser referida como Fechamento, e é esta cotação que fica registrada e que
é utilizada para calcular a oscilação.
Oscilação: É a variação percentual do último preço em relação ao fechamento do dia anterior.
Supondo que o último preço da ação Beta seja R$ 110,00 e seu fechamento foi de R$ 100,00, ocorreu
uma oscilação de 10% no período.
A cada momento o mercado sabe qual é a melhor oferta de compra e a melhor oferta de venda
para todas as ações, desde que existam ofertas de compra e de venda.
Suponhamos agora que pretendemos comprar 1.000 ações da empresa Beta ao preço de R$
110,00. No momento, a melhor oferta de compra para as ações da Empresa Beta é de R$ 110,00 para
1.000 ações e a melhor oferta de venda é R$ 120,00 para 2.000 ações. Para comprar imediatamente as
ações desejadas, é necessário aumentar a oferta de compra para R$ 120,00, ou aguardar a entrada de
um possível vendedor que se disponha a vendar as ações por R$ 110,00. Caso isso não ocorra, a oferta
de compra não será atendida.
Surgindo um vendedor das ações por R$ 110,00, o negócio se concretiza na Bolsa de Valores. No
terceiro dia útil, ocorrerá a liquidação financeira da compra e venda das ações, deduzidas as despesas
de corretagem.
As despesas de corretagem nos negócios com ações é formado por uma parcela fixa somado com
uma parcela variável, de acordo com o volume financeiro negociado no dia.
A tabela abaixo mostra detalhadamente os custos com corretagem.
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Além da corretagem, a Bolsa de Valores também cobra taxa de emolumentos por conta dos
negócios de compra e venda de ações ao percentual de 0,035%.
No exemplo de compra e venda das ações da empresa Beta, o volume financeiro é de R$
110.000,00.
Os investidores podem comprar e vender as mesmas ações num mesmo dia. Esse tipo de
negociação é conhecido por day trade, que significa a conjugação de operações de compra e venda
dos mesmos ativos realizados no mesmo dia. Nestes casos, a incidência do imposto de renda é de 20%
e a retenção é de 1%, ficando igualmente por conta do investidor o recolhimento do imposto devido.
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Como as ações que fazem parte dessa carteira tem grande representatividade, podemos dizer que
se a maioria delas estiver subindo, o mercado, medido pelo Índice Bovespa, está em alta, e se estiver
caindo, está em baixa.
Periodicamente, são realizadas reavaliações para que o índice acompanhe as mudanças do
mercado e continue representando fielmente o seu comportamento. Na BOVESPA, as revisões são
feitas a cada quatro meses, com base nos dados de negociação dos doze meses anteriores, quando se
verifica se alguma ação ainda não pertencente está atendendo aos critérios de inclusão (e nesse caso
ela será incorporada à nova carteira), e se as ações incluídas nos índices continuam cumprindo esses
critérios.
Se uma ação não atende mais aos critérios necessários, ela será retirada da carteira, conforme
estabelecido na metodologia de cada índice. As vigências das carteiras dos índices da BOVESPA são:
janeiro a abril, maio a agosto, setembro a dezembro.
Além do Ibovespa, existem outras referências para serem observados na hora de decidir investir
ou não em determinadas ações.
Os índices servem para orientar os investidores através de uma carteira, atualizada periodicamente
e composta pelas ações que tiveram melhor desempenho nos últimos 12 meses.
Os índices setoriais são separados por área de atuação e servem para orientar o investidor, tanto
numa queda abrupta como numa alta elevada na bolsa. Através deles, é possível perceber de onde
veio o impacto que atingiu o Ibovespa, ou seja, qual foi o setor que puxou o índice para cima ou para
baixo.
IEE – Índice Setorial de Energia Elétrica - Reúne as ações das principais empresas do setor de
energia elétrica do País.
FGV-100 – Índice que mede o retorno de uma carteira teórica composta por ações de 100
empresas privadas brasileiras não financeiras, escolhidas pela Fundação Getúlio Vargas.
IBX-Índice Brasil - Mede o retorno de uma carteira teórica composta por ações de 100
empresas, selecionadas entre as mais negociadas na Bovespa, tanto em número de negócios,
quanto em volume financeiro.
IGC – Índice de Governança Corporativa – Este índice mede o desempenho de uma carteira
teórica composta por ações de empresas com bons níveis de Governança Corporativa.
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Para saber se uma empresa tem boa liquidez no mercado, é preciso observar alguns detalhes
importantes:
Conhecer a quantidade de negócios diário da empresa. Desta forma, é possível ter uma noção
de quanto foi negociado em torno dessa empresa no período. Normalmente, esta análise é feita
em um período de um mês.
Procure descobrir entre os operadores do mercado se as ações da empresa que você está
analisando estão concentrados nas mãos de poucos acionistas. Quanto mais concentradas
estiverem as ações, mais difícil será negociá-las com freqüência.
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O mercado de ações requer alguns cuidados especiais para que o sonho de ver
o dinheiro aplicado nesse mercado crescer não se transforme no pesadelo de ficar
descapitalizado no dia seguinte. Para que os investidores em ações, é preciso prestar
muita atenção em alguns cuidados básicos que devem ser tomados.
Liquidez: Procure saber se as ações que estão sendo adquiridas têm boa liquidez no mercado,
ou seja, são negociadas com freqüência. Isso vai permitir uma operação de compra ou venda
mais rápida e satisfatória.
Perfil do Investidor: Conhecer o perfil do investidor é fundamental. Isso vai guiar todas as suas
ações no mercado. Os perfis são definidos a partir do risco que cada um está disposto a correr.
Existem os conservadores, sendo aqueles que preferem um rendimento menor, mas com baixo
risco; os moderados, classificados como investidor que quer realizar um ganho pouco maior
e, para isso, assume um pouco mais de risco e por último os agressivos, classificados como
ávidos por dinheiro, assumindo todos os riscos possíveis, visando aumentar os lucros.
Perfil da empresa: Procure informações sobre o perfil da empresa. Como é o seu relacionamento
com os investidores, com o mercado e como tem sido seu desempenho dentro de sua área de
atuação.
Riscos: Tenha em mente que o mercado de ações está sempre suscetível a mudanças bruscas.
Portanto, saiba que, quanto mais arriscada for a operação, mais se pode ganhar, porém, mais
se pode perder também.
Diversifique os investimentos: Uma das regras para ganhar dinheiro com investimentos
é diversificá-los. Isso diminui o risco de perder tudo de uma única vez. A diversificação é
sempre recomendada na hora de investir.
Aplique apenas o dinheiro que estiver sobrando: Nunca aplique em ações um dinheiro que já
está programado para alguma finalidade, como por exemplo, o dinheiro poupado para compra
do apartamento. Isso porque a bolsa pode cair e sua disponibilidade de recursos será reduzida
pelos prejuízos na desvalorização das ações.
Mantenha-se informado: Fique sempre atento. Ser bem informado no mercado de ações pode
ser a diferença entre o sucesso e o fracasso total. Informação nessa área vale ouro. Consulte,
converse, questione os mais experientes no mercado. Leia revistas e jornais especializados..
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