Apostila Sustentabilidade em Gestao de Pessoas

APRESENTAÇÃO 5
EMENTAS 5
AULA 1 – GESTÃO SUSTENTÁVEL DE PESSOAS 5
AULA 2 – TEMPOS DE EMPREENDEDORISMO ÉTICO 6
AULA 3 – AÇÃO COMUNITÁRIA E SOCIAL 6
AULA 4 – TEMPOS DE TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE 6
AULA 1: GESTÃO SUSTENTÁVEL DE PESSOAS 7
INTRODUÇÃO 7
CONTEÚDO 7
A DISCUSSÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE 7
A DISCUSSÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE 8
GESTÃO DE PESSOAS 9
FUNÇÃO DE UM GESTOR 10
SUSTENTABILIDADE E GESTÃO 11
IMAGEM EMPRESARIAL "SOCIALMENTE RESPONSÁVEL" 12
LUCRO X QUESTÕES AMBIENTAIS 13
RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA 13
PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS 16
GESTÃO SUSTENTÁVEL 16
STAKEHOLDERS E COMPROMISSOS SOCIAIS 17
COMPROMISSO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL DE UMA EMPRESA 18
BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA QUALIDADE 18
ATIVIDADE PROPOSTA 19
APRENDA MAIS 19
REFERÊNCIAS 20
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20
AULA 2: EMPREENDEDORISMO ÉTICO 27
INTRODUÇÃO 27
CONTEÚDO 28
SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 2

POR UMA NOVA ÉTICA EMPRESARIAL 28
EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL 28
QUALIDADE DE VIDA DENTRO E FORA DAS EMPRESAS 30
RESPONSABILIDADE ÉTICA COM O HUMANO 31
DILEMAS ÉTICOS 32
TRANSFORMAÇÕES DE RELACIONAMENTOS 33
ÉTICA 33
GESTÃO MAIS ESCLARECIDA 34
FATORES ORGANIZACIONAIS 35
POR UMA POLÍTICA DA DIVERSIDADE 36
CONCEITO DE GESTÃO DA DIVERSIDADE 37
AS VANTAGENS DA GESTÃO DA DIVERSIDADE 37
A DIVERSIDADE CONTRIBUINDO PARA O CRESCIMENTO DA EMPRESA 39
A DIVERSIDADE SENDO ESTIMULADA PELAS ORGANIZAÇÕES 40
A POLÍTICA DE DIVERSIDADE 40
APRENDA MAIS 41
REFERÊNCIAS 43
AULA 3: AÇÃO COMUNITÁRIA E SOCIAL 52
INTRODUÇÃO 52
CONTEÚDO 53
RELAÇÕES ESTREITAS E FRANCAS 53
FILANTROPIA X MARKETING 54
PARCERIA COM AS COMUNIDADES 54
NOVA POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 55
OBJETIVO DOS INVESTIMENTOS SOCIAIS 57
INVESTIMENTO INTELIGENTE E ATUAÇÃO VOLUNTÁRIA 58
INVESTIMENTO SOCIAL, TERCEIRO SETOR E PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA 59
TERCEIRO SETOR 61
INVESTIMENTO SOCIAL X RESPONSABILIDADE SOCIAL 62
PROJETOS SOCIAIS COM O PODER PÚBLICO 62
O FAZER VOLUNTÁRIO 64
VOLUNTARIADO 66

TRABALHO VOLUNTÁRIO 67
APRENDA MAIS 69
REFERÊNCIAS 70
AULA 4: TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE 78
INTRODUÇÃO 78
CONTEÚDO 78
FUNÇÃO DO BALANÇO SOCIAL 78
MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS E TRANSPARÊNCIA 79
NOVAS CONDIÇÕES DO MERCADO 81
CIDADANIA EMPRESARIAL 82
PARCERIAS 83
BALANÇO SOCIAL 84
DEFINIÇÃO DO BALANÇO SOCIAL 84
CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO 85
CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO 86
MODELOS DE BALANÇO SOCIAL 86
COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS DO BALANÇO SOCIAL 89
PROFISSIONAIS LIGADOS À GESTÃO CORPORATIVA 90
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 90
MODELO DE SUSTENTABILIDADE 90
APRENDA MAIS 92
REFERÊNCIAS 92
NOTAS 99
CHAVES DE RESPOSTA 102
AULA 1 102
AULA 2 105
AULA 3 108
AULA 4 110

APRESENTAÇÃO DO CONTEUDISTA 113
A responsabilidade social apresenta-se como uma temática cada vez mais

importante na prática de uma organização, impactando tanto em seus objetivos
e valores, como no próprio significado da empresa e sua sustentabilidade.
A sustentabilidade corporativa é uma inovadora abordagem de negócios, que
agrega valor às empresas, aos seus produtos e à sua marca. A competitividade
está associada à sustentabilidade estendida a toda a cadeia produtiva.
Neste estudo, discutiremos o comprometimento ético das empresas frente às
comunidades nas quais estão inseridas, bem como a responsabilidade social
para com seus funcionários e familiares.
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos:
1. Traçar as relações entre noções de sustentabilidade e responsabilidade
social;
2. Analisar a relação entre gestão empresarial, moral e ética;
3. Reconhecer ferramentas de gestão adequadas ao exercício da
responsabilidade social.
Ementas
Aula 1 – Gestão sustentável de pessoas

Nesta primeira aula, vamos discutir sobre gestão de pessoas, repensando o
conceito de sustentabilidade, diante do desgaste e da banalização que o termo
vem sofrendo atualmente. Também discutiremos o conceito de

responsabilidade social, avaliando a mudança de paradigma vivenciado hoje
pelas empresas, frente aos problemas sociais e ambientais presentes nas
comunidades onde as empresas se instalam.
Aula 2 – Tempos de empreendedorismo ético

A partir da mudança de comportamento das empresas com relação aos
problemas sociais e ambientais, observamos que as empresas começam a
investir nas relações pessoais, valorizando as habilidades de seus colaboradores
e buscando dialogar com a comunidade, transformando uma relação antes
impessoal em uma parceria. Portanto, nesta segunda aula, veremos como se
deu tal mudança, embasada na ética e no respeito ao outro, tanto em nível
social, com relação aos seus vizinhos da comunidade, como em nível
profissional, discutindo o conceito de gestão da diversidade.
Aula 3 – Ação comunitária e social

Nesta terceira aula, discutiremos as relações da empresa com a comunidade
local e a responsabilidade ética com o desenvolvimento socioeconômico do
entorno da empresa. Analisaremos, então, as ideias do que se entende como
investimento social e voluntariado empresarial como formas de ações para a
transformação social.
Aula 4 – Tempos de transparência e responsabilidade

Toda empresa responsável procura mecanismos de divulgação de suas
intenções e compromissos sociais, visando à transparência de suas atividades.
Na quarta aula, discutiremos a ideia de transformação organizacional como
forma de alinhar os objetivos e todas as áreas e pessoas a fim de se efetuarem
as mudanças necessárias para essa transformação. E o balanço social e os
relatórios de sustentabilidade como mecanismos de divulgação.

Introdução
Nesta aula, veremos por que a responsabilidade social corporativa passou a ser
considerada uma importante contribuição para o desenvolvimento dos negócios
e uma referência para estabelecer relações com os stakeholders, de forma a
adotar uma nova postura diante de questões ligadas à ética, aos colaboradores
e à sociedade.
Objetivo:
1. Compreender os conceitos de gestão de pessoas e de responsabilidade
social;
2. Repensar o conceito de sustentabilidade nas empresas;
3. Relacionar gestão e responsabilidade social na atualidade.
Conteúdo
A discussão sobre sustentabilidade

A discussão sobre sustentabilidade tem se tornado um desafio, na medida em
que se tem discutido o conceito de modo generalizado, desconsiderando as
dimensões culturais e éticas que circundam as empresas.
Tem-se vivido uma era caracterizada por constantes mudanças, decorrentes de

processos sociais de transformações, que revelam um mundo que se constata
baseado na informação, no conhecimento e na tecnologia.
Nesse cenário, os gestores devem partir de uma visão estratégica e

empreendedora que os encaminhe para uma segura tomada de decisão, a fim
de que as exigências do mercado competitivo possam ser atendidas. A
competição fez com que modelos tradicionais de gestão fossem substituídos por
modelos que agregassem valor aos produtos e serviços, e se permitisse maior
realização profissional, e até mesmo pessoal, aos colaboradores, originando
uma discussão ética sobre a responsabilidade social do empreendimento.
A discussão sobre sustentabilidade

A discussão sobre sustentabilidade tem se tornado um desafio, na medida em
que se tem discutido o conceito de modo generalizado, desconsiderando as
dimensões culturais e éticas que circundam as empresas.
Tem-se vivido uma era caracterizada por constantes mudanças, decorrentes de

processos sociais de transformações, que revelam um mundo que se constata
baseado na informação, no conhecimento e na tecnologia.
Nesse cenário, os gestores devem partir de uma visão estratégica e

empreendedora que os encaminhe para uma segura tomada de decisão, a fim
de que as exigências do mercado competitivo possam ser atendidas. A
competição fez com que modelos tradicionais de gestão fossem substituídos por
modelos que agregassem valor aos produtos e serviços, e se permitisse maior
realização profissional, e até mesmo pessoal, aos colaboradores, originando
uma discussão ética sobre a responsabilidade social do empreendimento.
Gestão de pessoas
Gestão
Sabemos que gestão significa o gerenciamento ou a administração em uma

instituição ou entidade social de pessoas, com o objetivo de crescimento por
meio do esforço humano organizado.
Pessoas
A ideia é manter a sinergia entre as pessoas envolvidas no processo, a

estrutura da empresa e os recursos existentes, de modo a viabilizar o alcance
dos objetivos comuns.
Nesse contexto, deparamo-nos com a gestão de pessoas, que é a associação de

habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas desenvolvidas com o intuito

de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano
nas organizações.
Função de um gestor
A função de um gestor é fixar as metas a alcançar, planejar, analisar e

conhecer os problemas a enfrentar, procurar soluções para os problemas,
organizar recursos financeiros e tecnológicos, motivar as pessoas e tomar
decisões.
O capital humano tem sido cada vez mais valorizado, pois as organizações,
atualmente, acreditam que devem oferecer o suporte necessário para que seus
colaboradores desenvolvam novas aptidões e aperfeiçoem as habilidades que já
possuem.
A boa gestão dos elementos de uma organização leva ao aperfeiçoamento da

eficiência e da eficácia dos serviços.
E tem, ainda, a responsabilidade de práticas de gerenciamento, avaliação e
recompensas a fim de manter um ambiente profissional positivo na instituição.

Sustentabilidade e gestão
O tema da sustentabilidade nas organizações veio à tona com a conscientização
a respeito da importância de se buscar formas de aproximação com seus
fornecedores, distribuidores, clientes, comunidade e público interno.
Conheça como foi esse processo.
Essa parceria é a fonte da excelência empresarial, uma vez que um depende do

outro e ambos se conectam ao todo, haja vista que as corporações contribuem
significativamente para o desenvolvimento da sociedade com o resultado de
seus negócios.
Outro ponto importante é lembrar que o fenômeno da globalização levou as

empresas a incorporarem a dimensão socioambiental na gestão, e as questões
ambientais invadiram os negócios, criando um novo valor a ser considerado por
clientes e acionistas.
A gestão de pessoas tem vital papel nesse processo, pois dois pontos
importantes caracterizam a competitividade de mercado nos tempos de
sustentabilidade: o impacto de seus produtos e serviços e a capacitação
profissional. Desse modo, as empresas têm enfrentado o desafio de equilibrar o
resultado de seus negócios e a melhoria social.
Para tanto, a sustentabilidade de uma empresa torna-se concreta a partir de

um acordo entre as partes, no qual indivíduo e empresa percebem-se em seus
papéis na comunidade e natureza, para em seguida planejar suas ações.
As ações são planejadas de acordo com os seguintes pontos: Compreensão

clara dos conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade; Entendimento
da importância da relação entre pessoas e organizações; Mapas de
competências necessárias para o desempenho da empresa; Estabelecimento de

objetivos e resultados por períodos; Formação de equipes; Indicadores de
avaliação; Canais de participação e compartilhamento para consultas.
Imagem empresarial "socialmente responsável"

Nesse processo, as empresas procuram associar suas marcas a projetos e
políticas de responsabilidade social que imprimam uma imagem de empresa
“socialmente responsável” e “sustentável”.
Anos 90 - A ideia de sustentabilidade, ou de desenvolvimento sustentável,

surgiu da preocupação do mundo frente às questões ambientais, as quais, em
seguida, envolveram as dimensões econômica e social.
Nesse novo panorama, a partir dos anos 90 passou-se a incluir também a

responsabilidade social entre as preocupações empresariais.
Anos 50 - O conceito de responsabilidade social originou-se na década de

1950, na esteira de discussões éticas envolvendo a relação entre empresas e
filantropia, quando a literatura formal sobre responsabilidade social corporativa
começou a ser divulgada nos Estados Unidos e na Europa.
A preocupação dos pesquisadores voltava-se para a autonomia dos negócios e

o poder destes na sociedade, sem arcar com a devida responsabilidade por
possíveis consequências negativas de suas atividades, como a degradação
ambiental ou a exploração do trabalho. Para amenizar prováveis impactos
negativos, os empresários se envolveriam em ações sociais para beneficiar a
comunidade fora do âmbito dos negócios, como forma de compensação moral.

Lucro X questões ambientais
Uma das grandes questões levantadas quando da análise dos temas sociais e
ambientais é se essas ações afetariam a competitividade das empresas, já que,
tradicionalmente, entendia-se que o envolvimento com questões sociais e
ambientais elevaria os custos e reduziria o lucro; no entanto, o olhar
empresarial passou a considerar que o adequado seria deixar de lado projetos
que maximizassem o lucro de curto prazo, para investir em negócios lucrativos
em longo prazo, obedecendo às leis e regulamentações locais.
Os empresários, hoje, optam por considerar o impacto de suas decisões sobre a

sociedade e procuram formas de melhorá-la por meio de uma atuação
orientada para a responsabilidade social e sustentabilidade dos negócios.
Responsabilidade social e sustentabilidade corporativa

Sustentabilidade corporativa deve ser entendida como uma nova maneira de
abordagem de negócios que agrega valor a produtos e marcas. Na verdade, a
competitividade está associada à sustentabilidade do negócio, que só será
plena quando estendida à cadeia produtiva de forma global. Conheça mais
sobre essa sustentabilidade:

Força econômica
A força econômica de uma instituição está ligada de forma intrínseca à

preservação do meio ambiente, o que representa uma grande transformação na
cultura do mundo corporativo. A sustentabilidade é um conceito que deve ser
entendido como sistema: empresa, governo, sociedade e indivíduo influenciam
e são influenciados reciprocamente.
Empresa sustentável
Empresa sustentável é a empresa que gera lucros para seus acionistas sem
causar impactos negativos aos stakeholders, isto é, aos elementos que são
atingidos direta ou indiretamente pelas ações que a empresa pratique: os
funcionários, os clientes, o meio ambiente ou a comunidade, seja ela macro ou
microempresa. Todo empreendimento tem um impacto local e deve ser
sustentável em seu ambiente, pois seu compromisso deve ser de não degradar
o meio ambiente e mantê-lo para o sustento das gerações futuras.
Política empresarial
Trata-se de uma grande mudança de cultura e na política empresarial, com a

implantação de conceitos que exigem tempo, paciência, inovação e trabalho
integrado, uma vez que fazem repensar valores e códigos de ética e de
conduta, revendo modelos de produção e de gestão.
Atuação na sociedade
Neste aspecto, não podemos deixar de notar que as empresas passaram a ser
avaliadas pelos consumidores por sua atuação na sociedade, o que quer dizer
que é preciso demonstrar claramente qual é o papel assumido por uma
empresa no desenvolvimento socioeconômico da comunidade onde se instala e

na construção de uma sociedade mais humanitária e igualitária, o que nos
remete ao conceito de responsabilidade social.
Consumidor influenciado
Diante da velocidade de circulação da informação e da força das mídias, não há

como negar que o consumidor é influenciado na escolha dos produtos que
consome. No lidar diário das redes sociais, optam por empresas que buscam a
preservação do meio ambiente, que não se envolvem em situações de
corrupção e que contribuem para a melhoria das condições de vida da
comunidade. E os colaboradores, que são o seu principal valor competitivo,
sentem-se motivados ao trabalhar em empresas que possuem gestão com
Compromisso de uma empresa
O compromisso de uma empresa de contribuir com o desenvolvimento, o bem-

estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e a
comunidade começa com a atenção aos que trabalham na organização, desde o
cuidado às condições de trabalho até o respeito aos valores, culturas e crenças
locais. Trata-se de uma contínua preocupação em participar como membro da
comunidade e da sociedade onde se instala.
Fidelidade à marca
O retorno desses esforços se concretiza por meio do fortalecimento e fidelidade

à marca e ao produto; pela valorização da empresa na sociedade e no
mercado; pelas possibilidades de isenções fiscais em âmbitos municipal,
estadual e federal; por patrocínios para os projetos; pelo maior empenho e
motivação dos funcionários; pela força da divulgação de mídia espontânea.

Projetos socioambientais
As causas e projetos socioambientais que são patrocinados pelas empresas

trazem um retorno expressivo em se tratando de mercado. Além de melhoria
efetiva da imagem da marca e da exposição em mídia espontânea, a empresa
passa a ser alvo de interesse de bons colaboradores. Ao divulgar seu
compromisso social, a organização torna-se mais conhecida e respeitada na
comunidade.
No entanto, as empresas não podem se envolver em qualquer tipo de ação

social. O desenvolvimento de programas e projetos de responsabilidade social e
a divulgação da atuação social de uma empresa devem considerar que tais
ações façam realmente parte de seus valores corporativos.
Ações sociais devem ser estimuladas desde que contempladas pela

responsabilidade e ética, não pelo oportunismo. Mesmo porque os
consumidores estão mais atentos a isso e logo percebem a diferença e reagem.
Gestão sustentável
A ética é a base da Responsabilidade Social e se expressa através dos princípios
e valores adotados pela empresa, que precisa ter coerência na sua forma de
atuar. Por isso, deve publicar relatórios e balanços sociais para prestar
esclarecimentos sobre o modo como aplica seus recursos, dando transparência
às suas ações.

Enfim, o conceito de Gestão Sustentável, aplicado às organizações, precisa ser
articulado com a ideia de Responsabilidade Social Organizacional, enquanto
compromisso contínuo com a ética e o desenvolvimento econômico,
promovendo melhoria da qualidade de vida de sua força de trabalho, de suas
famílias, da comunidade local e da sociedade.
A gestão sustentável atribui importância fundamental aos aspectos antes

considerados como cumprimento da legislação, ou seja, segurança e saúde
ocupacional, prevenção de acidentes ambientais, projetos de produtos
ecoeficientes.
Stakeholders e compromissos sociais
Os stakeholders legitimam as ações de uma organização, tendo um papel direto

ou indireto na gestão e nos resultados. São eles os funcionários da empresa, os
gestores, os fornecedores, os concorrentes, os clientes, o Estado e diversas
outras pessoas e entidades relacionadas ao projeto. E é a partir deles que se
pensa a responsabilidade da empresa por sua atuação.

Compromisso socialmente responsável de uma empresa
Responsabilidade social é mais do que uma responsabilidade legal ou obrigação

social ou postura ética. O compromisso socialmente responsável de uma
empresa vai além das contribuições de caridade ou da responsabilidade de
pagar bons salários. Trata-se de ação dos dirigentes de uma empresa frente a
uma determinada situação que envolva a utilização de recursos humanos,
físicos e econômicos em consonância com as expectativas do público
consumidor.
Breve evolução histórica da qualidade

Poderíamos pensar que estamos falando dos problemas sociais enfrentados
pela comunidade na qual a empresa se insere, quando na verdade a
responsabilidade social considera em conjunto todas essas questões
levantadas.
A empresa socialmente responsável planeja metas de crescimento econômico

que possibilitem a melhoria da qualidade de vida de uma forma ampla e que
contemple a todos os envolvidos, do ponto de vista econômico, legal e ético.

Portanto, responsabilidade social é a capacidade da empresa colaborar com a
sociedade, considerando seus valores, normas e expectativas para o alcance
legal e ético de seus objetivos. É um modo de se admitir que as empresas têm
obrigações morais com a sociedade que permite que exerçam suas funções
produtivas e que os benefícios materiais de sua ação empresarial podem ser
compartilhados como forma de reconhecimento. Assim, as empresas assumem
um papel mais ativo na resolução dos problemas sociais, já que são atores que
detêm recursos que lhes permitem desempenhar. Devemos lembrar sempre de
que se trata de uma ação política econômica, não de obrigação legal ou
filantropia.
Atividade proposta
Pense, pesquise, responda: o que é o desenvolvimento sustentável? Que
mudanças uma organização ou empresa deverá fazer para realizá-lo?
Chave de resposta: Desenvolvimento sustentável é realizar um

empreendimento atendendo às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de as gerações futuras atenderem às delas. Para tanto, precisará
realizar mudanças nas relações econômicas, políticas, sociais, culturais e
ecológicas. (Pode-se escolher qual melhor desenvolver na resposta).
Aprenda Mais
BRITO, Denise; DE LORENZO, Francine. Empresas dizem que sustentabilidade

vai sobreviver à crise. Revista Exame.com, 30 out. 2008. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/empresas-dizem-
sustentabilidade-vai-sobreviver-crise-396423>
<http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/empresas-dizem-
sustentabilidade-vai-sobreviver-crise-396423>. Acesso em: 24 jun. 2014.

LACOMBE, Beatriz Maria Braga; CHU, Rebeca Alves. Políticas e práticas de
gestão de pessoas: as abordagens estratégica e institucional. Revista de
administração de empresas, São Paulo, v. 48, n. 1, p. 25-35, jan/mar. 2008.
Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rae/v48n1/v48n1a03.pdf>. Acesso em: 24 jun.

2014.
VALE. Relatório de sustentabilidade 2013. Disponível em:
<http://www.vale.com/pt/aboutvale/sustainability/paginas/default.aspx>.
Acesso em: 24 jun. 2014.
Referências
OLIVEIRA, José Arimatés de. Responsabilidade em pequenas e médias
empresas. Revista de administração de empresas. Rio de Janeiro, n. 24, p.
203-210, out/dez. 1984. Disponível em:
<http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-
75901984000400024.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2014.
Exercícios de fixação
Questão 1
Entende-se sistema de gestão ambiental como:
a) Um processo de transformação de dados em informações, as quais são
utilizadas na estrutura decisória da empresa e proporcionam a
sustentação administrativa para melhorar os resultados esperados.
b) Um processo de transformação em que a necessidade de exploração dos
recursos e a orientação dos investimentos reforcem o ambiente, a fim de
manter e, se possível, ampliar seu potencial para atender às
necessidades humanas.

c) Um sistema representado por todos os componentes e as relações
necessárias à realização de um objetivo, considerando certo número de
restrições.
d) Preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores durante
o desempenho de suas tarefas.
e) Grupo de pessoas ocupadas em permutar seus recursos com base em
certas expectativas.
Questão 2
A responsabilidade social é uma atitude moral da organização com relação aos
stakeholders afetados pelas ações da empresa. Quem são eles?
a) São os funcionários da empresa e seus familiares.
b) São os acionistas e investidores.
c) São os gestores e acionistas da empresa.
d) São os fornecedores e clientes da empresa.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Questão 3
Não se questiona a importância do planejamento, enquanto função da gestão;
no entanto, se pensarmos o planejamento formal, podemos dizer que,
diante das dificuldades para criar um ambiente de mudança, como é o caso de
uma empresa passar a apoiar a responsabilidade social, a dificuldade estaria
em:
a) Definir procedimentos e processos específicos ao longo do processo.
b) Criar rigidez e inibir a flexibilidade organizacional.
c) Apresentar forte orientação interna.
d) Focalizar os aspectos emocionais em detrimento dos estratégicos.
e) Estabelecer objetivos gerais e planos genéricos.
Questão 4
Considerando-se a estrutura conceitual de indicadores vinculada ao ambiente
da gestão, é correto afirmar que a capacidade da organização em manter seu

nível de prestação de serviços de forma consistente ao longo do tempo é
demonstrada por índices de:
a) Sustentabilidade
b) Direção
c) Equidade
d) Sistemas
e) Objetividade
Questão 5
A atuação das grandes empresas, em termos de responsabilidade corporativa,
apresenta estas características, exceto:
a) Desenvolvimento de projetos sociais próprios.
b) Foco na educação, saúde, empregabilidade e empreendedorismo.
c) Desenvolvimento de ações de marketing.
d) Predomínio de relações indiretas com a comunidade.
e) Adoção do fomento ao desenvolvimento social.
Questão 6
Considerando que atualmente encontramos um mercado mais competitivo, com
clientes e comunidades que passam a valorizar cada vez mais a proteção
ambiental e respeito aos direitos humanos, as organizações passaram a realizar
investimentos em ações de responsabilidade social com a intenção de:
a) Realizar ações ambientais e comunitárias em cumprimento à legislação.
b) Priorizar ações que atendam aos anseios de seus empregados.
c) Gerar riqueza, emprego e renda, mantendo-se dentro da lei.
d) Implementar ações sociais e ambientais que as diferenciem dos
concorrentes.
e) Praticar ações altruístas como forma de internalizar custos ambientais.
Questão 7
É correto definir responsabilidade social corporativa como:

a) a otimização dos recursos disponíveis para obter melhores resultados
para a empresa.
b) A atenção que uma organização tem ao agir tanto para servir aos
interesses próprios como aos interesses da sociedade.
c) A razão de existir da empresa.
d) O conjunto das partes comuns das diversas estratégias em relação ao
assunto de que se trata.
e) A relação entre os resultados alcançados e os objetivos propostos ao
longo do tempo.
Questão 8
Assinale a opção incorreta no que se refere à gestão ambiental.
a) A gestão ambiental abarca a passagem do pensamento mecanicista para
o pensamento sistêmico.
b) A ética ecológica e a preocupação com o bem-estar das futuras gerações
motivam a gestão ambiental.
c) A gestão ambiental implica reconhecer que o crescimento econômico
ilimitado em um planeta finito só pode levar a um desastre.
d) A gestão ambiental, considerando a sua complexidade, somente pode
ser praticada por grandes empresas privadas ou intuições públicas.
e) A gestão ambiental e de responsabilidade social é o exame e a revisão
das operações de uma empresa sob o ponto de vista da ecologia
profunda ou do novo paradigma.
Questão 9
A principal diferença entre o modelo de gestão de recursos humanos e o de
gestão de pessoas é a de que:
a) O foco passa a ser a modernização tecnológica da organização, a busca
do consenso e a vantagem competitiva.
b) As pessoas passam a ser vistas como parceiros da organização, dotados
de inteligência, personalidade, conhecimentos, habilidades,
competências, aspirações e percepções singulares.

c) As mudanças tornam-se rápidas, velozes, sem contiguidade com o
passado, exigindo um processo de centralização da gestão voltado para
o controle das turbulências e da imprevisibilidade.
d) Baseia-se em valores como a racionalidade e a análise quantitativa;
autonomia e independência corporativa e na integração vertical da
estrutura organizacional.
e) A cultura organizacional recebe forte impacto do mundo exterior e passa
a privilegiar os sistemas homeostáticos, com foco na estabilização dos
padrões de inovação da organização.
Questão 10
Proporcionar competitividade à organização, ajudar no cumprimento de sua
missão, atingir sua visão de futuro, alcançar seus objetivos e administrar suas
mudanças são objetivos da gestão de pessoas PORQUE,
nas organizações, ocorrem permanentemente processos de mudança, por isso
devem ser estabelecidas estratégias para garantir a sustentabilidade e o
crescimento necessários ao cumprimento das missões.
a) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b) As duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) A primeira é falsa e a segunda verdadeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras, mas não se relacionam.
Questão 11
Segundo o texto da aula, hoje em dia, o capital humano vem cada vez sendo
mais valorizado pelas organizações. Estas acreditam que devem oferecer o
suporte necessário para que seus colaboradores possam crescer
profissionalmente de que forma?
a) De forma que desenvolvam novas aptidões e aperfeiçoem as habilidades
que já possuem.
b) De forma que desenvolvam as metas estabelecidas pelos gestores ou
pelos acionistas.

c) De forma que desenvolvam novas metas e aperfeiçoem as já existentes
buscando, eficiência e produtividade.
d) De forma que sejam mais eficientes e produtivos.
e) De forma a atingir sua maturidade intelectual.
Questão 12
Nas organizações, o tema da sustentabilidade apareceu com a conscientização
a respeito da importância de se buscar formas de se aproximar, além dos seus
fornecedores, com quais outros atores?
a) Os acionistas e o público em geral.
b) O mercado interno e externo.
c) Os sócios majoritários e o governo.
d) Os distribuidores, os clientes, a comunidade e o público interno.
e) A comunidade internacional e as organizações de mesma finalidade em
produtos ou serviços.
Questão 13
O fenômeno da globalização levou as empresas a incorporar uma nova
dimensão em sua gestão. Qual é?
a) A dimensão ecológica.
b) A dimensão socioambiental.
c) A dimensão ecológica e ambiental.
d) A dimensão humanista.
e) A dimensão sociohumanista.
Questão 14
A sustentabilidade de uma empresa se torna concreta a partir do momento em
que há um acordo entre as partes. Segundo o texto, indivíduo e empresa estão
inseridos na comunidade e na natureza, para depois planejar suas ações, tendo
em vista diversos pontos, exceto:
a) Compreensão clara dos conceitos de responsabilidade social e
sustentabilidade.

b) Entendimento da importância da relação entre pessoas e o meio
ambiente.
c) Mapas de competências necessárias para o desempenho da empresa.
d) Estabelecimento de objetivos e resultados por períodos.
e) Formação de equipes e indicadores de avaliação.
Questão 15
Todo empreendimento promove um impacto local e deve ser sustentável em
seu ambiente. Qual deve ser seu compromisso?
a) Deve ser de não degradar o meio ambiente e mantê-lo para o sustento
das gerações futuras.
b) Deve ser de não desagradar aos seus clientes e mantê-los para seu
sustento.
c) Deve ser de não desagradar aos seus clientes e fornecedores com a
finalidade de mantê-los para seu sustento.
d) Deve ser de não desagradar aos seus fornecedores e mantê-los para seu
sustento.
e) Deve ser de não degradar ao mercado e mantê-lo para o sustento das
organizações.

Introdução
A partir da mudança de comportamento das empresas com relação aos
problemas sociais e ambientais, observamos que as mesmas começam a
investir nas relações pessoais, valorizando as habilidades de seus colaboradores
e buscando dialogar com a comunidade, de modo a transformar em parceria
uma relação antes impessoal.
Portanto, nesta segunda aula, veremos como se deu tal mudança, embasada
na ética e no respeito ao outro, tanto em nível social (com relação aos seus
vizinhos da comunidade) como em nível profissional (o conceito de gestão da
diversidade).
Objetivo:
1. Discutir o novo conceito de ética empresarial;
2. Analisar a mudança de paradigma de comportamento profissional das
empresas;
3. Conhecer o conceito de gestão da diversidade.

Conteúdo
Por uma nova ética empresarial
O comportamento do homem tem por base os valores nos quais acredita.

Culturalmente, pressupõe-se que o comportamento humano seja dirigido para o
bem comum. Da mesma forma, uma empresa é construída com base nos
valores de seus empresários. No entanto, não há como dissociar os valores de
um indivíduo em sua vida social de sua atuação como empresário.
O que entendemos tradicionalmente como ética empresarial está associado à
forma como empresários e colaboradores administram suas transações
comerciais e alcançam os resultados financeiros. Atualmente, a ética
empresarial adquiriu importância equivalente à importância atribuída à
excelência dos produtos e serviços ou ao sucesso financeiro.
Empresa socialmente responsável

A prática de fraudes e outros tipos de conduta irregular não são apenas
originados do comportamento inadequado dos colaboradores diretos de uma
companhia. Toda empresa dependente de relacionamentos com terceiros para
impulsionar seu crescimento, que também podem causar danos à imagem e à

reputação de uma empresa, o que a obriga a estender aos colaboradores
externos os mesmos padrões de exigência dos colaboradores internos.
Conheça um pouco mais sobre as empresas socialmente responsáveis.
Transparência
A transparência e a ética na prática dos atos de produção e na prestação de

serviços são exigências que visam à construção da reputação e da imagem das
empresas com base em valores éticos e dentro dos parâmetros de honestidade,
decência e respeito que a sociedade espera. Trata-se de promover o
desenvolvimento econômico a partir de uma perspectiva social e
ambientalmente sustentável que preserve os padrões morais de convivência.
Compromisso
O que a sociedade do terceiro milênio espera de empresas socialmente

responsáveis é um compromisso ético que vá além de se dedicar a gerar
riquezas. A sociedade espera que uma empresa reconheça o desempenho de
seus colaboradores e os remunere de forma justa, levando em conta as
opiniões e os interesses da comunidade e contribuindo para o desenvolvimento
da sociedade. Espera, ainda, incentivo para a participação democrática dos
colaboradores na gestão, em busca de solução para as questões sociais.
Valorização
As empresas socialmente responsáveis que valorizam o ser humano atraem a

preferência dos seus clientes, já que os consumidores julgam como positiva
essa preocupação em tornar a sociedade mais equilibrada, mais justa e
igualitária.
A referida valorização é uma verdadeira vantagem competitiva no
desenvolvimento dos negócios, portanto.

Postura comprometida
O que todos esperam das empresas é uma postura comprometida com o

desenvolvimento sustentável e com o consumo consciente, e que se envolvam
com a redução da pobreza e da desigualdade, com o aumento da expectativa
de vida da população e com movimentos de educação ambiental e de
preservação cultural.
Princípios éticos
A relação do homem com a natureza e o seu semelhante está mudando na

mesma proporção em que cresce o respeito à vida, e as empresas que não
atuarem sob a fundamentação desses princípios éticos poderão ser excluídas da
preferência dos consumidores, pois a ideia de somente gerar lucros vem sendo
questionada enquanto postura socialmente responsável.
Qualidade de vida dentro e fora das empresas

Também não devem adotar uma posição de caráter essencialmente filantrópico
para com a comunidade. Seu compromisso deve ser com a qualidade de vida
dentro e fora das empresas, mantendo um bom relacionamento com seus
funcionários, clientes e fornecedores, em um contexto de ética corporativa.
Além disso, empresas devem compartilhar seu progresso com a comunidade,
por meio da promoção de projetos sociais que visem ao desenvolvimento da
região onde se vê instalada.
Os critérios de avaliação do sucesso corporativo passaram a incorporar a

preocupação com a valorização do ser humano e da sua cultura, baseando-se
no resgate de princípios éticos e morais.
Responsabilidade ética com o humano

Muitas empresas têm seus códigos de ética e suas regras de comportamento
interno descumpridos, por serem constituídos de forma pouco realista e
impostos sem que haja debates em sua elaboração. Na verdade, oferecer aos
funcionários a oportunidade de expressão e de participação nas decisões é um
ponto fundamental para a melhoria do trabalho e da racionalização de custos; é
um modo de reconhecer o conhecimento trazido pelo funcionário, que reflete
em sua produtividade e contribui para sua qualidade de vida.
Todo cidadão tem direito de participar das decisões que afetam sua vida,
principalmente quando relativas às atividades laborais. Veja como a empresa
deverá fazer:
Incentivar o desenvolvimento intelectual
Uma empresa deve incentivar o desenvolvimento intelectual de seus

colaboradores, pois a educação transforma o cidadão, colabora com seu
desenvolvimento profissional e pessoal e amplia sua visão de mundo. A
exclusão social, o racismo, o desemprego, a deficiência física, a velhice e

demais circunstâncias excludentes impedem a conquista de melhores condições
de vida e precisam ser mitigadas por programas de inclusão.
Inserção social
A inclusão é um processo de inserção social das camadas menos favorecidas da

população no desenvolvimento econômico e social do país. Em países em
desenvolvimento, é importante dotar a população de melhores condições de
vida e trabalho, garantir autonomia aos indivíduos.
Programas sociais
O envolvimento das empresas com programas sociais demonstra a atenção com

funcionários e comunidade: a responsabilidade social destinada àqueles com
quem trabalha e conviva. A mudança de comportamento empresarial está na
formação de uma consciência social política e cidadã que contribui para o
respeito e a colaboração/participação em ações sociais.
Dilemas éticos
Um dos dilemas éticos que envolvem as relações entre comunidade e
responsabilidade social corporativa diz respeito à motivação que leva as
empresas na direção da responsabilidade social. A responsabilidade social
corporativa diz respeito à atitude da empresa perante a sociedade, ao meio
ambiente e aos stakeholders, regulando a relação entre empresa e público.
Houve a necessidade de um discurso ético que refletisse as responsabilidades

social e ambiental que a sociedade almejava. Podemos destacar o papel
estratégico das OSCs (Organizações da Sociedade Civil) e ONGs (Organizações
Não-governamentais) como atores no processo de construção do que veio a ser
a responsabilidade social corporativa a partir de meados dos anos 80, com a
discussão em torno da atuação social das empresas e da construção de uma

nova ética empresarial, e com incentivos a investimentos em áreas sociais antes
atendidas somente pelo Estado.
Transformações de relacionamentos
Por conta dessas mudanças, não só foram transformadas as relações com
funcionários e fornecedores como também foram repensadas as atuações junto
ao meio ambiente e às comunidades mais próximas. Veja:
1ª mudança
Para dar maior visibilidade a tais mudanças, começaram a ser utilizados

relatórios regulares, que evoluíram para o conhecido Balanço Social, um
instrumento para reflexão a respeito da atuação das empresas no campo social.
2ª mudança
Atualmente, a circulação de informação é tão acelerada que somos atropelados

por dados que temos dificuldade em escolher, decidir entre o que é ou não
importante.
3ª mudança
Vivemos um momento de banalização da cultura, da educação e da consciência

moral. Portanto, questões sobre uma retidão moral e ética são importantes
para a gestão administrativa de uma empresa - principalmente, o que diz
respeito a movimentos de liderança.
Ética
Não há como definir exatamente ética, uma vez que se trata de uma questão
individual de se posicionar no mundo. A origem da palavra vem do grego ethos,
que significa modo de ser ou caráter. Culturalmente, a noção de ética é

permeada pelos princípios de honestidade, lealdade, bondade e respeito,
criando um padrão sobre o que seja certo ou errado, bom ou mau. Conheça
mais sobre o assunto:
Ética empresarial
A ética empresarial foge dessa forma de entendimento, o que leva à crença de

que toda empresa deve proporcionar aos funcionários e interessados a
oportunidade de trabalhar em uma atmosfera de confiança e respeito mútuo,
com condições favoráveis à promoção da inovação e à aceitação de riscos.
Ética do sucesso
A ética do sucesso a qualquer custo, fruto do capitalismo desenfreado, vem

deixando como consequência o comprometimento do meio ambiente pelo
desmatamento incontrolado, pelas queimadas, pela pesca predatória, pela
poluição ou pelos agrotóxicos que ameaçam a sobrevivência humana no Brasil.
Mudança de comportamento ético
A mudança de comportamento ético se impõe pelo reconhecimento de que o

ser humano é capaz de se responsabilizar pelos seus atos e transformar a
realidade.
Gestão mais esclarecida

A ruptura com o modelo desenfreado de desenvolvimento levou as empresas a
adotarem um pensamento mais comprometido com a proteção ao ambiente e
preocupado com o futuro do planeta. Seria preciso aprender a reconhecer
informações realmente úteis e promover uma gestão mais esclarecida.
Ético

A nova ética empresarial engloba princípios e padrões morais que orientam o
seu comportamento no mundo dos negócios.
Antiético
É a partir da postura dos grupos de stakeholders que determinado

comportamento será mantido ou considerado antiético, influenciando a conduta
da empresa.
O comportamento considerado ético seria, então, aquele que busca equilibrar

os interesses econômicos da empresa com os interesses dos stakeholders e a
cultura do lugar onde se instala.
Fatores organizacionais
Existem fatores organizacionais que envolvem políticas e procedimentos como

exigência para o cumprimento de tarefas e papéis numa empresa. Nos tempos
de hoje, nossa estrutura familiar e nosso comportamento social reflete um
dilema profissional: o colaborador se vê obrigado a estudar quando não quer ou
se vê envolvido em disputas competitivas para obter o sustento de sua família.

Assim, ele se vê como parte de um universo que o emprega e é responsável
por sua sobrevivência.
Atenção
O importante é olhar para a ética como agente modificador
desse quadro. Empresas que promovem a diversidade da força
de trabalho, respeitando as habilidades e talentos individuais,
que atuam na prevenção e segurança do trabalho, que lutam
contra o assédio sexual e combatem a discriminação e avaliam
ações nocivas ao meio ambiente transformam o ambiente
laboral em ambiente de compreensão e respeito.
Por uma política da diversidade

Começando pelo conceito de diversidade, temos que lembrar uma série de
aspectos: sexo, idade, grau de instrução, grupo étnico, religião, origem, raça,
língua. A diversidade trata da convivência de pessoas com identidades
diferentes num mesmo sistema social, o que inclui estilo de vida, preferência
sexual, origem geográfica, tempo de serviço em uma organização.
Atenção
A heterogeneidade de culturas e crenças, modos de pensar e
agir, vícios, a criatividade para solucionar problemas, enfim, a
diversidade também se faz presente nas empresas. As diferenças
entre os colaboradores de uma empresa comportam um
universo mais amplo do que a diferença de sexo, idade, raça,
religião, etnia, orientação sexual e classe social.

Conceito de gestão da diversidade
O conceito de gestão da diversidade nasceu nos Estados Unidos. Conheça
agora um pouco do seu histórico a seguir.
1960
Surgiu, no final da década de 60, como resposta à discriminação racial em

empresas e instituições de ensino. Por regulamento federal, as empresas que
tinham contratos com o governo ou que recebiam recursos e benefícios
deveriam avaliar seu corpo de funcionários e procurar balancear sua
composição em face da diversidade existente no mercado de trabalho:
mulheres, hispânicos, asiáticos e índios.
1980
Até a década de 80, a diversidade possuía cunho legalista; a partir dos anos 90,
começou a ser considerada parte da estratégia dos negócios, divulgada como
um valor da empresa que possibilita a realização de seus objetivos.
1991
Os deficientes físicos foram incluídos no mercado de trabalho, por regulamento

federal, apenas em 1991.
As vantagens da gestão da diversidade

Portanto, a gestão da diversidade significa planejar e executar sistemas e
práticas organizacionais de forma a maximizar as vantagens potenciais da
diversidade e minimizar suas desvantagens. Veja o que deve ser feito no
mundo empresarial para se ter essa gestão:

É necessário que as pessoas tenham consciência dessa diversidade, incentive-
se o respeito às diferenças e sejam favorecidas relações de trabalho mais
flexíveis e inovadoras, de modo a criar um clima de unidade.
Para tanto, é preciso reajustar a cultura organizacional: utilizar o capital

humano da melhor forma possível.
A criatividade e a inovação são processos organizacionais contínuos. Inovar é

aplicar soluções criativas para os problemas detectados.
Estimulando a diversidade, a empresa cria uma atmosfera de respeito mútuo e

reconhecimento das particularidades dos componentes do grupo, incentivando
processos de criatividade e cooperação.
A convivência do grupo favorece a troca de conhecimento entre as diferentes

pessoas, contribuindo com novas possibilidades de inovação propiciadas pela
heterogeneidade de ideias.
A diversidade de pontos de vista é um recurso estratégico para a geração de

um pensamento criativo e inovador.

A diversidade contribuindo para o crescimento da empresa
Para a empresa, é possível atrair e reter talentos no mercado de trabalho, o

que aumenta seu potencial produtivo, facilita a resolução de problemas e cria
um grupo cuja diversidade contribui para o crescimento da empresa.
O investimento em diversidade exige tempo; se já existir a política que

considera que as pessoas são o recurso mais valioso da empresa, o processo
avança mais rapidamente. Caso contrário, é preciso criar um ambiente cuja
liderança sustente os valores de liberdade, igualdade e justiça.
Atenção
Nesse processo, é preciso também contar com o envolvimento
de gestores de todos os níveis; todos os funcionários devem
estar devidamente conscientes da diversidade, sua importância e
o papel de cada um. Portanto, é necessário investir e capacitar
os colaboradores com o objetivo de motivar as pessoas para a
valorização da diversidade, além de executar constantes
processos de avaliação.

A diversidade sendo estimulada pelas organizações
A diversidade tem sido estimulada pelas organizações, uma vez que a
heterogeneidade de culturas tem uma maior capacidade de interpretar
questões sob ângulos diferentes e apresentar referenciais diferenciados na
busca de ideias criativas. A diversidade entre as pessoas é um insumo que traz
resultados surpreendentes de criatividade e inovação.
As principais dificuldades no implemento da gestão da diversidade estão

relacionadas a problemas de coesão da equipe, o que pode ser solucionado
com o investimento em treinamento e com a transparência das informações.
A liberdade de pensamento e o envolvimento dos líderes são pontos

importantes para amenizar possíveis conflitos. Programas bem-sucedidos de
diversidade têm o potencial de desenvolver tecnologia humana capaz de
engajar maneiras diferentes de pensar e agir. Esse processo resulta na criação
de um novo contexto empresarial e não deve ser concebido como uma iniciativa
isolada; ele precisa estar refletido em cada aspecto do negócio e nas relações
com empregados, fornecedores, revendedores, clientes e, principalmente, com
a comunidade. A integração dos funcionários com o público externo é fator
decisivo para o sucesso do negócio, pois, ao assegurar um melhor
aproveitamento dos empregados e propiciar um ambiente de liberdade criativa,
a empresa passa a contar com um melhor desempenho de seus colaboradores
e com a confiança da sociedade.
A política de diversidade
Cabe ainda lembrar que a política de diversidade situa-se no âmbito do que
chamamos de responsabilidade social, uma forma de gestão comprometida com
a ética, a transparência, a preservação ambiental e a redução das
desigualdades sociais.

Nesse âmbito, a empresa deve então desenvolver: gestão participativa,
programas de participação nos resultados e bonificação, compromisso com o
desenvolvimento profissional e empregabilidade, cuidados com a saúde,
segurança e boas condições de trabalho e preparação para aposentadoria -
começando essa política pela dimensão interna.
Atividade proposta
Leia o texto “Fábula de Higino”, e produza uma reflexão escrita a partir do
conteúdo desta lição.
O que uma fábula tem de importante na cultura ocidental é que sua narrativa
sempre quer passar um ensinamento de forma indireta, de modo a fazer o
leitor aprender sem “sentir” que está recebendo uma lição. No texto lido, o
autor mostra como o material tende a desaparecer (o corpo volta à terra), o
espiritual (de outra ordem) volta ao céu e o que fica e fertiliza a vida é o
Cuidado (os relacionamentos com as pessoas, a solidariedade). O autor ensina
que o importante é cuidar do outro; se cada um de nós nos preocuparmos com
o outro, todos serão assistidos e cuidados, não havendo quem tenha
necessidades. Isso se aplica à transformação pela qual passa a humanidade no
terceiro milênio, transformação pela qual também atravessam as empresas.
Aprenda Mais
No Brasil, a situação sociopolítica e econômica entrou em processo de mudança

a partir do final dos anos 70, durante o período da abertura política consolidada
nos anos 80 (período de redemocratização). Nesse período, os sindicatos
fortaleceram-se e diversas empresas alcançaram sua consolidação. A sociedade
foi surpreendida por oportunidades de participação, organização e atuação
efetiva nas decisões, como nas “diretas já” e no movimento constituinte.
Ocorreram também movimentos relativos às questões étnicas e raciais, às
conquistas feministas e aos embates dos ambientalistas. A sociedade passou

por um processo de transformação que acabou por pressionar, externa e
internamente, empresários e empresas a mudarem seus papéis na sociedade.
Aprenda como fazer no dia a dia em sua empresa! Para incrementar e gerir a
diversidade em uma empresa, não é suficiente aumentar a representação de
cada um dos grupos; é necessário pensar nos elementos que estabeleçam a
coesão do grupo. Por exemplo, para gerir a diversidade, o nível de qualificações
exigido não deve ser diminuído, mas analisado de forma a definir as exigências
para cada tipo de função, estabelecendo limites próprios.
Conheça alguns artigos disponibilizados sobre o assunto pelo Instituto Ethos

<http://www.uniethos.org.br>:
ALLI, Sérgio. Como as empresas podem (e devem) valorizar a

diversidade. São Paulo: Instituto Ethos, 2000. Disponível em:
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/como-as-empresas-podem-e-devem-
valorizar-a-diversidade-setembro2000/#.U6HWnJRdXNg>. Acesso em: 18 jun.
2014.
CARNEIRO, Sueli. Expectativas de ação das empresas para superar a

discriminação racial. São Paulo: Instituto Ethos, 2002. Disponível em:
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/reflexao-no8-expectativas-de-acao-das-
empresas-para-superar-a-discriminacao-racial/#.U6HXFZRdXNg>. Acesso em:
18 jun. 2014.
GIL, Marta (Coord.). O que as empresas podem fazer pela inclusão das
pessoas com deficiência. São Paulo: Instituto Ethos, 2002. Disponível em:
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/o-que-as-empresas-podem-fazer-pela-
inclusao-das-pessoas-com-deficiencia-maio2002/#.U6HWHJRdXNg>. Acesso
em: 18 jun. 2014.

GONÇALVES, Benjamim S (Coord.). Diversidade e equidade: metodologia
para censo nas empresas. São Paulo: Instituto Ethos, 2008. Disponível em:
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/diversidade-e-equidade-metodologia-para-
censo-nas-empresas-junho-2008/#.U6HUppRdXNg>. Acesso em: 18 jun. 2014.
SILVA, Roberto da. O que as empresas podem fazer pela reabilitação do

preso. São Paulo: Instituto Ethos, 2001. Disponível em:
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/o-que-as-empresas-podem-fazer-pela-
reabilitacao-do-preso-novembro2001/#.U6HXl5RdXNg>. Acesso em: 18 jun.
2014.
Artigo relacionado:
SOLOMON, Robert. A ética empresarial. Disponível em:
<http://criticanarede.com/fil_eticaempresarial.html>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Referências
ALVES, Mario A.; GALEÃO-SILVA, Luis Guilherme. A crítica da gestão da
diversidade nas organizações. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rae/v44n3/v44n3a03.pdf>. Acesso em: 18 jun.
2014.
CLEGG, S.R. et al., Handbook de estudos organizacionais. São Paulo:
Atlas, 1999.
OLIVEIRA, Ualison R.; RODRIGUEZ, Martius V. R. y. Gestão da diversidade:
além de responsabilidade social, uma estratégia competitiva. ABEPRO/ENEGEP,
2004. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0707_0034.pdf>.
Acesso em: 18 jun. 2014.
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social
corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 7ª ed.
São Paulo: Atlas, 2011.

Questão 1
A partir do que foi comentado nesta aula, podemos concluir que uma das
chances de sobrevivência de uma empresa é:
a) Descumprir legislação trabalhista.
b) Poluir ambiente e troca de favores.
c) Busca de espaço social e aperfeiçoamento ético.
d) Enganar o consumidor e tráfico de influências.
e) Sonegar impostos.
Questão 2
A disciplina da “ética empresarial” é uma prática recente. Sobre sua definição é
correto afirmar:
a) É o comportamento da empresa quando ela age em conformidade com
os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela
coletividade.
b) É uma aplicação duvidosa de alguns princípios éticos muito gerais
("dever" ou "utilidade", por exemplo) em situações e crises bastante
específicas e muitas vezes únicas.
c) É uma revisão rotineira de teorias éticas e algumas considerações gerais,
muitas vezes duvidosas, sobre o caráter justo do capitalismo.
d) É sempre demasiado preocupada com a questão do lucro nas atividades
empresariais e na vida cotidiana.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Questão 3
Algumas pessoas representam as desigualdades existentes em seus grupos
específicos de convivência social. Comunidade é um desses grupos; e foi
conceituada como forma de diferenciar outro termo já existente, sociedade.
Nessa perspectiva, é correto afirmar que a comunidade:

a) É composta por pessoas que estão unidas por laços consanguíneos e
baseados em relações espontâneas.
b) É um conjunto de pessoas que podem satisfazer todos os seus objetivos
no grupo.
c) É constituída de grupos baseados na vontade livre das pessoas que os
compõem.
d) É a representação de uma realidade vivida pelos brasileiros, que
possuem as condições sociais e econômicas para nela se organizarem e
construírem novas formas de relação social.
e) Pode ser definida como heterogênea, pois as atividades e o estado de
espírito são muito semelhantes para todas as pessoas.
Questão 4
Há milênios, o ser humano percebeu que agia melhor em comunidade do que
sozinho ou em seu pequeno grupo familiar. Constatou que era um ser social e
adotou um estilo de vida comunitário. Sobre o conceito de COMUNIDADE,
julgue se as alternativas são verdadeiras ou falsas e assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta:
I. Comunidade é um grupo a que se pertence por aceitação de valores afetivos,
emotivos ou tradicionais.
II. Os membros de uma comunidade compartilham interesse ou preocupação
mútuos sobre um objetivo comum.
III. A organização de uma comunidade tem caráter racional e com contatos
sociais secundários e impessoais.
IV. A comunidade necessita de instituições e leis para reger a vida dos
indivíduos e suas relações mútuas.
V. Foi o fator sobrevivência que levou o ser humano a optar pela vida
comunitária.
a) V, V, F, F, F
b) V, V, V, F, F
c) F, V, V, F, V
d) F, F, F, V, V

e) F, F, V, V, V
Questão 5
Ética e moral são dois conceitos distintos. Com base nas respectivas definições,
identifique a que conceito pertencem as afirmações, com (E) quando se referir
a ética ou (M) se relacionada à moral. Em seguida, assinale a sequência
correta:
I. Reflexão sobre os fundamentos da moral.
II. Conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida comum justa e
harmoniosa.
III. Reflexão sobre a natureza do bem e do mal.
IV. Conjunto de princípios, valores e normas de comportamento que tendem a
regular as relações entre os indivíduos.
a) M, E, E, M
b) E, M, M, E
c) E, M, E, M
d) M, M, E, E
e) M, E, E, E
Questão 6
“Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem
que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras
sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas
recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.”
(M. Gandhi)
Considerando-se citação acima, podemos dizer que o autor:
a) Afirma que a globalização aumentou, de modo sem precedente, os
contatos e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito
às diferenças socioculturais.
b) Critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os
conflitos comuns neste novo século.

c) Indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades
de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa.
d) Defende a reunificação da sociedade pela igualdade dos grupos sociais.
e) Nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização
mundial e a superação/eliminação de fronteiras culturais.
Questão 7
Assinale a opção em que NÃO se apresenta uma forma pela qual a ética nos
negócios pode ajudar a tomada de decisão nas organizações:
a) Planejar o processo de reflexão ética de modo que as pessoas possam
usá-lo para suas próprias sugestões.
b) Ligar noções éticas, tais como direitos e justiça, à administração de
sistemas de poder para que as pessoas possam administrar esses
sistemas de forma apropriada.
c) Mostrar como analisar e avaliar os diferentes componentes do processo
de tomada de decisão para que as pessoas tenham tantos recursos
disponíveis quanto possível.
d) Oferecer um manual para que os indivíduos possam notificar a
administração sempre que observarem um trabalhador violando
quaisquer dos aspectos previstos no "código de ética" organizacional.
e) Incentivar o debate democrático nas decisões relativas a comportamento
interno e externo.
Questão 8
Considerando que a legitimação de uma empresa pela sociedade passa pela
relação ética da organização com seus stakeholders e que um deles é o público
interno, é correto afirmar que:
a) A ética vem de berço, sendo assim, é de pouca valia a empresa tentar
explicitar seus valores, já que os funcionários são provenientes de
diferentes regiões e culturas, o que faz com que tenham julgamentos
diferenciados face aos fatos da vida.

b) Se a empresa deseja ver implementado um Código de Ética, deve contar
com o comprometimento das lideranças para que esclareçam junto às
suas equipes que os procedimentos ali presentes devem fazer parte das
atividades a serem desenvolvidas na organização.
c) É suficiente imprimir o Código de Ética e distribuí-lo aos funcionários
para que tenham conhecimento das normas que a empresa determina
como diretrizes de procedimento interno.
d) Uma vez imposto um código de conduta pelos gestores, o funcionário
respeitará o Código de Ética da organização onde trabalha.
e) A cobrança feita pela empresa para que o funcionário cumpra as normas
estabelecidas pelo Código de Ética passa pela atuação exclusiva da área
de Recursos Humanos, que deve orientar o quadro de pessoal.
Questão 9
A alternativa que NÃO corresponde aos objetivos da gestão da diversidade é:
a) Criar clima de encorajamento e desenvolvimento coletivo.
b) Evitar conflitos e discriminações entre colaboradores em momentos
decisórios.
c) Gerar igualdade de oportunidades na empresa.
d) Inovar pela criatividade.
e) Agrupar pessoas que pensam da mesma forma para evitar atritos.
Questão 10
A respeito da gestão de ética nas organizações, assinale a alternativa correta:
a) É uma questão pessoal que atende ao ponto de vista de cada um; assim
sendo, a organização deve tratar o assunto com subjetividade.
b) A gestão ética baseia-se em regras legais de comportamento que
pretendem ser imparciais.
c) É aplicada principalmente nos níveis gerenciais de uma organização, já
que deve ser acompanhada taticamente.
d) A gestão ética é composta por um conjunto de valores e regras que
definem a conduta dos indivíduos nas decisões corporativas.

e) É um conjunto de regras que dizem como se comportar em todas as
situações.
Questão 11
Na prática dos atos de produção e na prestação de serviços, a transparência e a
ética são exigências que procuram atingir à construção da reputação e da
imagem das empresas, com base em valores éticos e dentro dos parâmetros de
decência, respeito e honestidade que a sociedade espera; sendo assim, deve-se
promover o desenvolvimento econômico a partir de qual perspectiva e
preservando quais padrões?
a) A partir de uma perspectiva social ambientalmente sustentável que
preserva os padrões morais de convivência.
b) A partir de uma perspectiva de mercado ambientalmente aceitável que
preserva os padrões econômicos.
c) A partir de uma perspectiva econômica e ecológica que preserva o meio
ambiente.
d) A partir de uma perspectiva de mercado economicamente sustentável
que preserva os padrões ambientais.
e) A partir de uma perspectiva moral e ambiental que preserva os padrões
econômicos e socioambientais.
Questão 12
Hoje em dia, as empresas socialmente responsáveis e que se preocupam em
valorizar o ser humano são mais bem consideradas. A preferência dos seus
clientes é atraída por elas, tornando-se essa uma vantagem competitiva para o
desenvolvimento dos negócios. Qual preocupação os consumidores estão
valorizando?
a) A de tornar o meio ambiente mais equilibrado.
b) A de ter uma relação mais competitiva entre as empresas.
c) A de tornar a sociedade mais equilibrada, mais justa e igualitária.
d) A de ter uma relação mais igualitária entre a empresa e o cliente.
e) A de ter uma relação mais igualitária entre o meio ambiente e o cliente.

Questão 13
A relação entre o homem, o seu semelhante e a natureza está mudando na
mesma proporção em que o respeito à vida é valorizado. Por que as empresas
que não atuarem sob a fundamentação desses princípios éticos poderão ser
excluídas da preferência dos consumidores?
a) A ideia de somente gerar lucros vem sendo questionada quanto a ser
uma postura socialmente responsável.
b) Porque as empresas devem adotar uma posição de caráter
essencialmente filantrópico para com a comunidade.
c) A ideia de somente gerar lucros vem sendo questionada quanto a ser
uma postura ambientalmente responsável.
d) Porque as empresas devem adotar uma posição de caráter
essencialmente ambiental para com a comunidade.
e) Porque todos esperam dos clientes uma postura comprometida com o
desenvolvimento ambiental.
Questão 14
A exclusão social, o racismo, o desemprego, a deficiência física, a velhice e as
demais circunstâncias de caráter excludente impedem a conquista de melhores
condições de vida, encontrando apoio de quais programas?
a) Programas ambientais.
b) Programas de capacitação ambiental
c) Programa de financiamento ao consumidor
d) Programas de inclusão
e) Programas de financiamento universitário
Questão 15
A colaboração das empresas com os programas sociais está demonstrando a
atenção que elas despendem aos seus funcionários, bem como sua
responsabilidade social para com aqueles com quem convivem e trabalham. Em

relação às empresas, a mudança de comportamento está exatamente ligada a
qual tipo de formação e no que vai contribuir?
a) Na formação de uma consciência socioeconômica sustentável,
contribuindo para que ela respeite o meio ambiente.
b) Na formação de uma consciência social política e cidadã, contribuindo
para que ela respeite, colabore e participe de ações sociais.
c) Na formação de uma consciência ambientalmente sustentável,
contribuindo para que ela respeite o meio ambiente.
d) Na formação de uma política socioeconômica, contribuindo para o
desenvolvimento empresarial.
e) Na formação de uma política socioeconômica, contribuindo para o
desenvolvimento ambiental.

Introdução
A comunidade que habita onde uma empresa opta por se instalar é um público
bem importante para qualquer organização. É ela quem influencia as decisões
da empresa e quem sofre as consequências destas escolhas.
Portanto, nesta terceira aula, discutiremos as relações da empresa com a
comunidade local e sua responsabilidade ética com o desenvolvimento
socioeconômico do entorno.
Analisaremos, então, as ideias do que se entende como investimento social e
voluntariado empresarial como formas de ações para a transformação social
rumo à sustentabilidade.
Objetivo:
1. Compreender por que as empresas abraçam movimentos de transformação
social;
2. Conhecer as ideias de investimento social e voluntariado empresarial;
3. Entender as relações entre transformação e responsabilidade social.

Conteúdo
Relações estreitas e francas
A empresa que deseja ser sustentável deve assumir um compromisso

permanente, pautado pela ética, retidão, respeito ao próximo e pelas boas
práticas. Nesse contexto, a comunidade é um público importante, pois ela tanto
influencia as decisões de uma empresa quanto sofre as consequências dessas
decisões.
A partir disso, surge a necessidade de se manter um diálogo constante entre
ambas, para que a comunidade conheça a missão da empresa ao mesmo
tempo em que a empresa compreenda quais são as necessidades da localidade.
A base desse diálogo deve ser a expressão de interesses e necessidades dos
dois lados. É a expressão da mudança na cultura organizacional das empresas
em relação aos lugares onde venham a se instalar.

Filantropia X Marketing
Hoje, toda empresa deve ter em vista que pode atuar junto à comunidade do
entorno com ações sociais como forma de dividir com os vizinhos o crescimento
nos negócios, enquanto responsabilidade ética e social. No entanto, não
podemos confundir ação social com filantropia ou marketing.
Não é realizar projetos de maquiagem ou querer aparecer bem na mídia. Ação

social é realizar parcerias com os líderes comunitários para troca de
informações e elaboração de planos de ação para o desenvolvimento
sociocultural da comunidade. A partir do diálogo com a própria comunidade, a
empresa observará os meios, a estrutura e os recursos que podem utilizar e
como serão realizadas as ações. O reconhecimento do bairro, suas opiniões
para aperfeiçoamento dos projetos e a participação efetiva dos moradores na
execução dessas ações demonstrarão a solidez do convívio da empresa com a
comunidade, e é através destes projetos que se conquista uma confiança
mútua.
Parceria com as comunidades

A busca de parceria com as comunidades começou a partir do questionamento
a respeito da responsabilidade das empresas na erradicação dos problemas
socioambientais advindos da sua atividade produtiva. Apesar do avanço
tecnológico e econômico, as empresas permaneceram omissas com relação aos
impactos no ambiente e nas mudanças sociais provocadas por suas atividades.
01
Nos anos 90, o discurso empresarial voltou-se para a responsabilidade social,

um movimento divulgado por meio de uma linguagem nova no mundo dos
negócios e que transformou a preocupação com o tema ambiental em uma
estratégia empresarial.

02
Ao mesmo tempo em que prioriza a preservação e uso inteligente dos recursos

naturais, a empresa demonstra interesse social, iniciando uma reflexão sobre a
prática da sustentabilidade que se estende para a sociedade.
03
O conceito de sustentabilidade lida com a integração das dimensões econômica,

ambiental e social nas decisões empresariais. Surge então a importância do
compromisso das organizações empresariais com a sociedade, inclusive no que
diz respeito ao desafio de trabalhar em colaboração.
04
No entanto, a falta de confiança da própria comunidade, a carência de

informações divulgadas pelas empresas e várias experiências frustradas pela
descontinuidade testemunham que ainda são fortes os obstáculos ao trabalho
em rede e às alianças estratégicas com os líderes comunitários.
05
São anos sofridos com a imposição da instalação de indústrias, sem que

houvesse diálogo ou que a opinião da comunidade fosse levada em conta, o
que gerou desconfiança e pouca fé na possibilidade de benfeitorias.
Nova política de sustentabilidade empresarial

A nova política de sustentabilidade empresarial representou um passo
importante para ampliar e aperfeiçoar o relacionamento das empresas com as
comunidades, mas tem se mostrado ineficaz para provocar mudanças
profundas nos processos de gestão. Conheça um pouco mais sobre elas:

Novo pensamento
O que se pretende com este novo pensamento é fazer valer uma cultura de
sustentabilidade que abrace o conjunto de todas as pessoas que estão em sua
esfera de influência.
Transformação cultural
Como toda transformação cultural, esta também exige tempo e persistência,

além de uma revisão de valores e a ousadia de criar padrões inovadores de
comportamento interno e de acordo com o contexto das suas comunidades.
Manter o relacionamento
A importância de manter este relacionamento constantemente repensado está

no fato de que a comunidade em que a empresa está inserida fornece-lhe a
infraestrutura e o capital social, representados por seus empregados e
parceiros, viabilizando seus negócios. Assim, o investimento em ações e
projetos que tragam benefícios para a comunidade torna-se justo.
Interação
Devem fazer parte dessa política o respeito aos costumes e culturas locais e o
empenho na educação e na disseminação de valores sociais, construindo uma
imagem de agente neste processo de melhorias.
Benefício à comunidade
Ao mesmo tempo em que beneficiam a comunidade, essas ações divulgam o

nome da empresa de uma forma positiva, agregando valor à sua imagem e
atraindo a simpatia de seus clientes e da mídia.

Utilização de projetos sociais
Outra questão importante é a utilização de projetos sociais que desenvolvam

oficinas de aprendizado que beneficie pessoas carentes, sem condições
financeiras de realizar treinamentos formais, complementando as ações do
Estado.
Atuação social
A atuação social de uma empresa pode ser potencializada, ainda, pela adoção
de estratégias que valorizem a qualidade dos projetos sociais já realizados, com
a reelaboração de experiências bem-sucedidas e de redes de atendimento,
fortalecendo as políticas públicas da área social.
Aporte dos recursos
O aporte de recursos pode ser direcionado para o desenvolvimento de projetos

que mobilizem os moradores e consiga envolver seus funcionários e parceiros
como voluntários na execução e apoio a programas sociais. E, uma vez que se
trata de um planejamento estratégico, que faz parte da agenda das empresas,
existe a garantia da continuidade dos recursos, não comprometendo os
resultados.
Objetivo dos investimentos sociais

Os investimentos sociais têm como objetivo transformar as comunidades
atendidas pelas companhias. Há uma grande variedade de programas que
podem ser implantados, com melhorias que vão desde o reforço escolar até a
profissionalização de jovens.
Dependendo da ação, desde que sejam sem fins lucrativos, a empresa tem
ainda a possibilidade de se beneficiar do abatimento do imposto de renda.

Tendo em vista que não se muda a realidade de uma região ou de uma
comunidade de um dia para o outro, é preciso que haja uma conscientização de
que este tipo de atuação só apresenta resultados em longo prazo.
De qualquer modo, vale lembrar que um dos aspectos positivos desse tipo de
investimento é que a ação reverte-se em benefício para a própria empresa,
pois, se há um ambiente melhor desenvolvido nos indicadores sociais, este
ambiente se torna o mais propício para o desenvolvimento de um negócio. Não
há como negar que estratégias de ação social com boas relações junto a suas
comunidades apresentam soluções viáveis para os problemas sociais,
fortalecendo a economia local e construindo uma imagem de respeito que
refletirá positivamente em suas propostas e metas empresariais.
Investimento inteligente e atuação voluntária
A relação empresa-comunidade engloba várias formas de parcerias e

envolvimentos entre o setor privado e associações que tenham por objetivo
promover o desenvolvimento de programas comunitários, visando a
responsabilidade ambiental e melhorias na qualidade de vida.

As empresas podem ser socialmente responsáveis, desenvolvendo projetos
relacionados com questões sociais, como educação, meio-ambiente, saúde,
cultura, direitos humanos e combate à pobreza.
Investimento social, terceiro setor e participação voluntária

Para iniciar esta aula, conheça um pouco sobre o histórico do Sistema Brasileiro
de Certificação.
Investimento social
Conceito de investimento social
Podemos conceituar investimento social como o uso voluntário e planejado

de recursos em projetos de interesse público, e, como em qualquer
empreendimento, os investidores financiam projetos de cunho social com o
intuito de aferir os resultados alcançados.
Preocupação do investimento social
Há uma real preocupação em se gerar um retorno positivo para a sociedade.

Por isso, é realizado um constante monitoramento das atividades por meio de
equipe multiprofissional, composta por especialistas de diversas áreas.
Terceiro setor
Dificuldade do terceiro setor
Diante da dificuldade do setor público em atender as demandas sociais, houve

o crescimento e profissionalização do chamado terceiro setor, área da
economia relacionada à prestação de serviços. É bom lembrar que o setor
primário está relacionado à exploração de recursos da natureza, enquanto o

secundário se volta para a transformação das matérias-primas produzidas pelo
setor primário em produtos industrializados.
Composição do terceiro setor
O terceiro setor é composto por associações e fundações que geram bens

e serviços públicos, com atividades sem fins lucrativos. Pode ser entendido
como uma junção do setor público com o setor privado para atender essas
necessidades, cuja função é promover a solidariedade social.
Participação voluntária
Função da participação voluntária
As associações são formadas por grupos que se reúnem para atingir um

determinado objetivo, sem visar lucro, geridas através do estabelecido por um
estatuto. Têm a função de atender as áreas assistencial e social. As fundações
são entidades de direito privado com fins filantrópicos e personalidade jurídica.
Organizações que compõem a participação voluntária
As organizações que fazem parte desse setor são criadas pela participação
voluntária, realizando práticas de caridade, filantropia, proteção à natureza e
trabalhos sociais, como atendimento médico, campanhas educacionais e
eventos culturais.
Exemplos de iniciativas no Brasil
Fundações
• Fundação SOS Mata Atlântica

• Fundação Abrinq

Associações
• Amda
• Associação Pré-UFMG
Institutos
• Instituto Ethos
• Instituto Akatu
Terceiro setor
No entanto, não podemos encarar o terceiro setor como substituto do Estado.
O terceiro setor é, sim, uma forma de complementar e auxiliar a resolução de
problemas sociais. Conheça um pouco mais sobre esse sistema:
Num país como o Brasil, de forte tradição assistencialista, o terceiro setor teve
seu impulso na década de 90, depois da ditadura militar, período em que, pela
primeira vez, os três setores da economia se encontraram dentro de um mesmo
sistema, preocupados com o crescimento das políticas sociais.
Todas as entidades assistenciais possuem valores comuns, como a preocupação

com a inclusão, com o bem comum, com o respeito às diferenças e a
organização da sociedade civil, com total empenho no cumprimento dos
deveres e da exigência dos direitos. Incluímos também as ações sociais
desenvolvidas por empresas e fundações, comunidades ou indivíduos nessa
área.
Os elementos que as diferenciam das ações assistencialistas são:

• Planejamento, monitoramento e avaliação dos projetos;
• Estratégias sustentáveis de impacto e transformação social;
• O envolvimento da comunidade.

Investimento social X responsabilidade social
O conceito de investimento social tem relações com a ideia de responsabilidade
social, ainda que corresponda a práticas diferentes, pois não está diretamente
ligado ao processo de gestão de uma empresa. Porém, ambos os conceitos
traduzem ações que têm o poder de causar transformações na sociedade. A
diferença principal com relação às práticas está no público-alvo:
Responsabilidade social
A responsabilidade social empresarial volta-se mais para aqueles que interagem

com a empresa: funcionários, acionistas, clientes.
Investimento social
O investimento social se volta para a sociedade, mais exatamente a

comunidade onde a empresa está instalada.
Marketing social
Marketing social é uma ferramenta utilizada para alcançar melhores resultados

para os investimentos sociais, por meio da divulgação estratégica dessas
atividades.
Projetos sociais com o poder público

Entre os empreendimentos possíveis, podem ser desenvolvidos projetos
articulados com o poder público local ou que somem esforços com políticas
públicas:

• Ações que tenham como público-alvo as populações localizadas em
comunidades do entorno;
• Ações que beneficiem segmentos da população não associados a áreas de
influência;
• Ações no ambiente corporativo, como os empregados e seus dependentes ou
familiares, empregados de fornecedores de insumos, materiais e serviços ou
clientes.
Iniciativas já existentes podem receber apoio:
• Obras de instalação, expansão, reforma e outras benfeitorias;

• Aquisição de máquinas e equipamentos;
• Serviços técnicos e tecnologia da informação;
• Desenvolvimento e difusão de tecnologias sociais;
• Aquisição de imóveis ou outros itens destinados a projetos da comunidade.

O fazer voluntário
Dentre as ações de responsabilidade social, encontra-se o voluntariado

corporativo, programa que visa estimular e incentivar os colaboradores de uma
empresa a fazerem parte de suas ações de investimento social.
Nesses últimos anos, o trabalho voluntário recebeu um incentivo que aumentou

o número de participantes voluntários.
As pessoas interessadas em envolver-se em projetos sociais onde trabalham

encontram o apoio dos gestores no sentido de otimizar períodos e horários de
trabalho, correspondendo às expectativas dos interessados e mantendo sua

motivação. No entanto, ainda há certa falta de clareza quanto às razões e
expectativas que levam uma pessoa a tornar-se voluntária.
Por se tratar de uma ação de incentivo à participação em atividades destinadas

a causas da comunidade local, além do tempo, exige-se disposição de
habilidades, talentos, ideias e trabalhos físicos, que demandam um determinado
nível de preparo e de compromisso com a estratégia.
Por outro lado, projetos de voluntariado podem se transformar em processos de

mudança organizacional, incluindo aumento da produtividade e competitividade
interna.
Cabe lembrar que a motivação do voluntário está associada à solidariedade, ou

seja, “a capacidade de agir em benefício dos outros”, no sentido de agir contra
a existência de injustiças e desigualdades, transformando a realidade local. Na
ação social, detectamos um potencial transformador que promove o
crescimento interior do próprio indivíduo e semeia causas de interesse social e
comunitário.
Atenção
Empregados envolvidos em projetos comunitários desenvolvem
capacidade de tomar decisões e de trabalhar a criatividade e a
inventividade em equipe, interagindo com diferentes públicos e
alcançando metas apenas com os recursos disponíveis. Muitas
vezes, desenvolvem conhecimentos, técnicas e habilidades que
poderão ser utilizados em seu trabalho regular. O que se
observa, na maioria dos casos, é que essa forma de interação
pode promover um maior engajamento do colaborador dentro da
empresa, uma vez que o empregado que atua voluntariamente
está representando e levando os valores corporativos de sua
empresa para junto da comunidade, levando-o a repensar tais

valores, além de auxiliar a melhorar tanto a imagem institucional
da empresa como sua relação com a comunidade.
Voluntariado
O voluntariado é um instrumento inovador de gestão de recursos humanos,
visto que, ao divulgar seu programa de voluntariado, o faz dentro da própria
empresa ou na comunidade.
Dessa forma, o voluntariado acaba seguindo mais a linha de política de

recursos humanos do que de marketing, como instrumento de desenvolvimento
de habilidades interpessoais, liderança e trabalho em equipe, sendo que, este
último, aumenta a motivação e cria um clima organizacional positivo.
Solidariedade, cidadania, autotransformação, transformação social e desejo de

ser útil representam fatores determinantes na decisão de se tornar um
voluntário. Os voluntários, ao se engajarem no programa, devem estar em
busca de um ideal ou de uma missão com um valor de responsabilidade ante a
comunidade para que seja de fato uma ação voluntária.

Trabalho voluntário
Para os voluntários, o trabalho prestado pode ser uma forma de renovação

pessoal, a partir da ação voltada para o mundo. Para as empresas, o
voluntariado pode determinar o aumento da identidade dos colaboradores com
a empresa, fortalecendo a cultura corporativa e estabelecendo uma imagem
positiva à corporação.
Atividade proposta
Para melhor compreender a dinâmica do planejamento de um projeto de ação
social, pesquise informações sobre o passo a passo de como organizar um
projeto. Em seguida, imagine-se colaborador de uma empresa de produtos
infantis (roupas, por exemplo) e tente criar o seu projeto, partindo da proposta
de criar algo de cunho educativo para jovens entre 12 e 17 anos, que envolva
algum tipo de atividade cultural (dança, música ou leitura), de modo a afastá-
los dos grupos de risco (trabalho infantil, recrutamento pelo tráfico ou
exploração sexual). Depois, compartilhe suas ideias com seus colegas.

Chave de resposta: Já foi sugerido o envolvimento de empresas cujos
produtos estejam voltados para o público infantil: brinquedos, calçados, roupas,
material escolar. Também foi dada a sugestão de oferecer oficinas culturais
com proposta educacional, como aulas de dança, atividades de leitura e
redação, aulas de teoria musical e instrumentos, ou teatro. O importante é
conhecer os passos de planejamento.
Os projetos sociais nascem para dar respostas aos problemas, alterando a
realidade da comunidade em foco. Antes de iniciar o projeto, faça
um planejamento estratégico, definindo as demandas que o projeto irá atender,
quais os atores envolvidos (executores e beneficiados), os recursos necessários,
a sua viabilidade (social e econômica) e os objetivos que se deseja alcançar.
Sua estrutura deve conter:
• Apresentação: dados e histórico da entidade, descrição dos projetos já
realizados e/ou em andamento, lista de parceiros e apoiadores;
• Contextualização: análise da situação socioeconômica da comunidade-alvo;
• Justificativa: o porquê de o projeto existir e a importância deste para a
comunidade focada;
• Objetivos: geral e específicos, ligados à justificativa e aos resultados
desejados;
• Descrição do público-alvo: caracterização e quantificação de quem será
atendido pelo projeto, direta e indiretamente;
• Quadro de metas: relacionadas aos objetivos específicos, são as ações e os
resultados que definirão o impacto do projeto. Deve ser acompanhado dos
indicadores quantitativos e qualitativos;
• Metodologia: como o projeto será executado, quais modelos ou tecnologias
sociais serão utilizados e como será monitorado e avaliado;
• Equipe executora: profissionais responsáveis pela execução e
acompanhamento do projeto. Também será definido como essa equipe irá
trabalhar;
• Parceiros: quem apoiará o projeto ou apoia a instituição;
• Cronograma de execução: ações dispostas em prazos;
• Orçamento: de acordo com o financiador;

• Anexos: relatórios, cartas de apoio, currículo dos profissionais e o que a
organização achar necessário para reforçar o projeto.
(Fonte: <http://evelyneleandro.wordpress.com/2008/01/31/como-montar-um-
projeto-social/>)
Aprenda Mais
Conheça alguns exemplos:
Grupo Votorantin:
<http://www.institutovotorantim.org.br/pt-
br/projetosapoiados/Paginas/ListagemProjetosApoiados.aspx>
Projetos sociais Bosch:
<http://www.bosch.com.br/br/boschnobrasil/acao_social_projetos.htm>
Responsabilidade social Einstein:
<http://www.einstein.br/responsabilidade-social/Paginas/einstein-apresenta-os-
resultados-das-acoes-sociais.aspx>
PETROBRAS por dentro da comunidade:
<http://www.comperj.com.br/ProgramaValorizacaoCulturaLocal.aspx>
Portal TSO:
<http://www.terceirosetoronline.com.br/>
Rede de informação para o terceiro setor:
<http://www.rits.org.br/" http://www.rits.org.br/>
FISHER, Rosa Maria; et al. Telemig Celular e a garantia dos direitos das
crianças e adolescentes. Disponível em:

<http://cb.hbsp.harvard.edu/cb/web/product_detail.seam?R=SKP004-PDF-
POR&conversationId=3052641>
Referências
MACKE, Janaina; et al. Programas Sociais Corporativos e Capital Social:
Proposta de Qualificação. Curitiba: RAC, set-out 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v14n5/v14n5a05.pdf>
SALAMON, Lester. A emergência no terceiro setor – uma revolução
associativa global. Revista de Administração. São Paulo, jan-mar 1998.
Disponível em:
<http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=158>
Questão 1
Analise as questões a seguir.
I. O terceiro setor ocupa o papel que é do Estado nas políticas sociais.
II. Não se pode negar a importância das ações desenvolvidas pelas
organizações do terceiro setor no enfrentamento das questões sociais.
III. O terceiro setor se configurou nos últimos 20 anos dentro de um contexto
de políticas sociais focalizadas e seletivas.
Está correto o que se afirma em:
a) I e III
b) II e III
c) III
d) I e II
e) I, II e III
Questão 2
O terceiro setor distingue-se do primeiro, que é o setor público, e do segundo,
representado pelas atividades lucrativas. O terceiro setor:

a) É uma esfera pública unida à iniciativa privada.
b) Tem o mérito de romper a divisão entre público e privado.
c) É uma esfera pública estatal e de iniciativas privadas.
d) É um espaço de pensar e agir sobre a realidade social.
e) Tem caráter autônomo que não se submete à lógica do mercado.
Questão 3
A respeito de responsabilidade social, podemos dizer que:
I. As empresas implementam programas de voluntariados, com intuito de
passar para este colaborador o desenvolvimento do balanço social das
empresas.
II. A empresa avalia e planeja suas ações de responsabilidade social com o
objetivo de alcançar sua excelência, bem como sustentabilidade de seus
negócios.
III. É possível identificar, com os indicadores, como se apresentam suas ações
de responsabilidade social e, quando necessário, realizar adaptações.
A alternativa que indica a correta análise das afirmativas é:
a) V, V, F
b) V, F, V
c) F, F, F
d) V, V, V
e) F, V, V
Questão 4
O conceito de responsabilidade social parte do compromisso da empresa com a
adoção de valores que estimulam o contínuo aperfeiçoamento de processos
para a melhoria da qualidade de vida. Então:
a) Adotam a educação ambiental como estratégia de comunicação e
marketing.
b) Estimulam os funcionários à prática de voluntariado, com a finalidade de
aumentar os ganhos de capital.

c) Praticam ações voltadas ao seu público interno em atendimento à
legislação.
d) Efetuam ações voltadas para os agentes, com os quais interagem em
uma perspectiva de longo prazo.
e) Divulgam as ações de responsabilidade social que praticam em modelo
de relatório aprovado pela diretoria.
Questão 5
A ação de empresas em termos de responsabilidade corporativa apresenta as
seguintes características, à exceção de uma. Assinale-a:
a) Predomínio de relações indiretas com a comunidade.
b) Desenvolvimento de projetos sociais próprios.
c) Foco na educação, saúde, empregabilidade e empreendedorismo.
d) Adoção do paradigma do fomento ao desenvolvimento social.
e) Desenvolvimento de ações de marketing social.
Questão 6
Observe as afirmações abaixo:
I. Gestão participativa é o incentivo ao afastamento dos funcionários na
solução de problemas organizacionais.
II. As organizações que ignoram a responsabilidade social são agentes de uma
nova cultura empresarial e de mudança social.
III. O incentivo à prática do voluntariado nas ações sociais corporativas
fortalecem os laços dos colaboradores com os valores da empresa.
a) Estão corretas, I e II
b) Estão corretas, I e III
c) Estão corretas, II e III
d) Estão corretas, I, II e III
e) Está correta apenas III
Questão 7

Considerando o mercado mais competitivo, clientes e comunidades que
valorizam a proteção ambiental e o respeito aos direitos humanos, afirma-se
que as empresas adotam ações de responsabilidade social com vistas a:
a) Praticar ações altruístas como forma de internalizar custos ambientais.
b) Implementar ações sociais e ambientais que as diferenciem dos
concorrentes.
c) Priorizar ações que atendam aos anseios de seus empregados.
d) Divulgar suas ações ambientais e comunitárias em cumprimento à
legislação.
e) Gerar riqueza, emprego e renda, mantendo-se dentro da lei.
Questão 8
Em conversa de corredor, o Colaborador A afirma que o uso do meio ambiente
na produção de bens e serviços gerou degradação ambiental em grande escala.
O Colaborador B rebateu a ideia, dizendo que o aumento da escala de produção
e de consumo têm sido um importante fator que estimula a exploração dos
recursos naturais e eleva a quantidade de resíduos, contribuindo para o estado
atual de degradação ambiental. O Colaborador C acrescentou que, antes da
Revolução Industrial, a sociedade já considerava a degradação do ambiente
como um sério risco para as gerações futuras. Tem razão em sua afirmação:
a) Apenas A
b) Apenas B
c) A e B
d) B e C
e) A, B e C
Questão 9
Voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e
solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento de maneira espontânea e não
remunerada, para causas de interesses social e comunitário. As empresas que
incentivam seus funcionários a participarem de ações sociais corporativas
podem obter resultados como:

a) Desvalorização da imagem institucional e da marca na sociedade.
b) Menor lealdade do consumidor local.
c) Maior capacidade de recrutar e manter talentos.
d) Dificuldade em divulgar produtos e serviços.
e) Rejeição aos produtos já presentes no mercado.
Questão 10
Uma ação social externa da empresa, que tem como beneficiária principal a
comunidade em suas diversas formas, denomina-se:
a) Benfeitoria
b) Exemplo
c) Compromisso social
d) Filantropia
e) Voluntariado
Questão 11
Uma empresa que queira ser considerada sustentável deve assumir um
compromisso de caráter permanente que deve estar pautado pela ética,
retidão, respeito ao outro e pelas boas práticas. Sabendo-se disso e sendo a
comunidade um público importante, no que ela influencia e o que pode sofrer?
a) A comunidade influencia nas decisões de uma empresa e sofre as
consequências dessas decisões.
b) A comunidade influencia nas decisões da sociedade e sofre com a
concorrência.
c) A comunidade influencia nas decisões ambientais e sofre com a falta de
trabalho.
d) A comunidade influencia nas decisões ambientais e sofre com a falta de
concorrência.
e) A comunidade influencia as decisões governamentais e sofre as
consequências dessas decisões.
Questão 12

Não se pode confundir ação social com filantropia ou marketing. Os projetos de
maquiagem ou aparecer bem na mídia não são mais aceitáveis. Ação social é
realizar parcerias com que representantes para elaborar quais planos?
a) Com os representantes das ONGs, para realizar parcerias econômicas e
sociais.
b) Com os líderes comunitários, para troca de informações e para a
elaboração de planos de ação para o desenvolvimento sociocultural da
comunidade.
c) Com os membros do governo, para troca de informações e para a
elaboração de planos de ação para as empresas.
d) Com os representantes das secretarias de assistência social dos
municípios, para realizar parcerias socioambientais.
e) Com os líderes dos partidos políticos, para troca de informações e para a
elaboração de planos de ação que visem ao desenvolvimento econômico
da comunidade.
Questão 13
A nova política de sustentabilidade empresarial representou um passo muito
importante no sentido de ampliar e aperfeiçoar o relacionamento das empresas
com as comunidades. Porém, tem se mostrado ineficaz para provocar que tipo
de mudanças? E o que se pretende com esse novo pensamento?
a) Mudanças profundas nas relações com o consumidor e se pretende fazer
valer uma cultura ambiental que abrace o conjunto de todas as relações
entre empresa e cliente que estão em sua esfera de influência.
b) Mudanças profundas nas relações com o fornecedor e se pretende fazer
entre empresa e fornecedor que estão em sua esfera de influência.
c) Mudanças profundas nas relações com o meio ambiente e se pretende
fazer valer uma cultura ambiental que abrace o conjunto de todas as
relações entre empresa e meio ambiente que estão em sua esfera de
influência.

d) Mudanças profundas nas relações com o fornecedor e se pretende fazer
entre empresa e meio ambiente que estão em sua esfera de influência.
e) Mudanças profundas nos processos de gestão e se pretende fazer valer
uma cultura de sustentabilidade que abrace o conjunto de todas as
pessoas que estão em sua esfera de influência.
Questão 14
A atuação social de uma empresa pode ser potencializada também pela adoção
de estratégias valorizadoras da qualidade dos projetos sociais que já foram
realizados. Pensando assim, o aporte de recursos pode ser direcionado para o
desenvolvimento de que tipo de projeto?
a) Projetos que mobilizem os gestores e consigam envolver também seus
fornecedores e parceiros comerciais como voluntários na execução e
apoio a programas sociais.
b) Projetos que mobilizem os moradores e consigam envolver também seus
parentes e parceiros como funcionários na execução e apoio a
programas sociais.
c) Projetos que mobilizem os moradores e consigam envolver também seus
funcionários e parceiros como voluntários na execução e apoio a
programas sociais.
d) Projetos que mobilizem os gestores e consigam envolver também seus
clientes e parceiros comerciais como funcionários na execução e apoio a
programas sociais.
e) Projetos que mobilizem os governos e consigam envolver também seus
moradores como voluntários na execução e apoio a programas
ambientais.
Questão 15
O discurso empresarial voltou-se para a responsabilidade social, um movimento
que foi divulgado por meio de uma linguagem nova no mundo dos negócios,
transformando a preocupação com o tema ambiental em uma estratégia

empresarial, por volta dos anos 90. Qual era a prioridade das empresas em
termos ambientais?
a) Colocar a preservação e o uso inteligente dos recursos naturais como
prioridade.
b) Divulgar a ação ambiental para a comunidade.
c) Divulgar as ações socioambientais para a comunidade.
d) Divulgar as ações socioambientais para seus clientes e fornecedores.
e) Colocar como prioridade a ação socioeconômica em relação aos seus
clientes.

Introdução
Toda empresa responsável procura mecanismos de divulgação de suas
intenções e seus compromissos sociais, visando a transparência de suas
atividades.
Nesta quarta aula, discutiremos a ideia de transformação organizacional como
forma de alinhar os objetivos e todas as áreas e pessoas a fim de se efetuarem
as mudanças necessárias para essa transformação, e como divulgá-las para a
sociedade.
Objetivo:
1. Avaliar o novo modelo organizacional das empresas;
2. Compreender a importância da transparência e da divulgação dos dados e as
realizações das empresas para esse novo modelo organizacional;
3. Apresentar os modelos de balanço social utilizados entre nós.
Conteúdo
Função do balanço social

A função do balanço social é tornar pública a responsabilidade social da
empresa, demonstrando com transparência o que a empresa está fazendo na
área social.
Assim, além dos balanços patrimoniais, é necessário um modelo único - simples

e objetivo. Toda empresa tem o direito, antes do dever, de dar publicidade às
suas ações, mas a propaganda só será honesta e verdadeira na medida em que
utilizar parâmetros iguais e permitir comparações.

Mudanças organizacionais e transparência
Uma mudança organizacional só é possível quando se altera também a maneira

de as pessoas pensarem, sendo incentivados novos valores, ou rearticulados os

antigos, para instituir um novo sistema de crenças. É preciso redirecionar o
comportamento dos envolvidos no processo.
Esse fenômeno foi observado por ocasião da crise mundial dos anos 70, ligada
à instabilidade monetária e à crise energética, que apontou para a emergência
de uma reorientação da economia. Com a forte circulação de moeda
incrementada pelo governo americano de Nixon, surgiu o fenômeno da inflação,
e o aumento de preço do petróleo pelos produtores mudou o cenário industrial
em função da retração da capacidade de compra da população. O modelo
taylorista-fordista, baseado no lucro e no excesso de produção, esgotou-se e as
diferenças entre classes sociais se tornaram mais aparentes.
Atenção
O caminho apontava para a “internacionalização” da produção, o
que exigiu padrões de produtividade e de qualidade diferentes,
principalmente pelo impacto das novas tecnologias
implementadas nos processos produtivos. Os novos padrões só
seriam alcançados uma vez que fossem feitas mudanças no
modelo das organizações, a partir de uma revisão nas relações
de trabalho, na gestão do fluxo de materiais e de informação e
no próprio desenho das empresas, agora mais enxuto e ágil.
Precisavam pensar na concorrência, nas políticas de produto,
com foco na especialização ou na diversificação e, ainda mais
importante, precisavam estabelecer formas de cooperação com
fornecedores e integração entre os fabricantes, além da
necessidade de investir em tecnologia. A nova tendência ia em
direção à construção de uma gestão focada na democratização
das relações, priorizando o trabalho em equipe e a
multifuncionalidade, com equipes formadas por profissionais
mais capacitados e visivelmente comprometidos com as metas a
serem alcançadas e na construção de novos valores,

transformando a cultura organizacional.
Novas condições do mercado

As empresas passam a se preocupar com as novas condições do mercado, em
atenção às perspectivas de seu desenvolvimento frente à situação econômica
do país e do mundo. E, ao mesmo tempo:
o consumidor se torna mais exigente, questiona a qualidade dos produtos e

serviços;
os ambientalistas cobram estudos de impacto ao ambiente relativos às

atividades produtivas e a responsabilização dos envolvidos em ações de
degradação ambiental;
a sociedade questiona a postura ética das grandes corporações em relação à

comunidade onde as empresas se instalam.

Cidadania empresarial
Nesse cenário conturbado de mudanças, surge a temática da responsabilidade

social, considerada a base da “cidadania empresarial”, daí a decisão de investir
estrategicamente no campo social. Uma empresa socialmente responsável é
aquela que valoriza o relacionamento com seus stakeholders, associados direta
ou indiretamente aos negócios da empresa, de modo a incorporar seus
interesses no planejamento de suas atividades.
Em função dessa mudança de filosofia, as empresas investem no Terceiro

Setor, e o que antes era visto como filantropia passa a ter conotação
estratégica. As empresas começam a priorizar ações e projetos sociais que
realmente contribuam para a transformação social (sem fins lucrativos, mas
com preocupação nos resultados). Para tanto, têm estimulado o trabalho
voluntário e programas comunitários e investido recursos em projetos sociais.
Com o crescente interesse com a atuação socialmente responsável, torna-se
maior o desejo de divulgar à sociedade o quanto a empresa realiza
concretamente.

os ambientalistas cobram estudos de impacto ao ambiente relativos às
atividades produtivas e a responsabilização dos envolvidos em ações de
degradação ambiental;
a sociedade questiona a postura ética das grandes corporações em relação à

comunidade onde as empresas se instalam.
Parcerias
A transparência e a divulgação de dados por parte das empresas são de
interesse social.
1º lugar
• Devemos lembrar que o direito à informação é um direito de todos, e toda
informação pode esclarecer o comportamento de um empreendimento diante
da comunidade em que se encontra inserido, bem como sua atividade contribui
para o desenvolvimento dessa mesma comunidade, desde que não seja
sigiloso.
2º lugar
• Temos que a atuação das empresas pode ser um elemento de transformação
para a sociedade, tornando-a participante do seu processo de desenvolvimento
e incentivando também a transformação social. Trata-se de um
comprometimento da empresa com a comunidade que a recebe, indo além da
relação produtor-consumidor.
3º lugar
• Finalmente, observa-se que a divulgação do balanço social é uma abertura
para a busca da inovação e da criatividade, uma vez que se estabelece um
diálogo entre a empresa e a sociedade.

Balanço social
O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa;
reúne um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais
dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à
comunidade. Conheça sobre ele:
É um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da

responsabilidade social corporativa. Nesse documento, a empresa mostra o que
faz por seus profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade.
Sua função é tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo

maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.
O balanço social é um instrumento de avaliação incluído na lista dos

documentos necessários para melhor avaliar os riscos e a projeção futura de
uma empresa, documentos esses considerados por analistas, investidores e
órgãos de financiamento, como BNDES, BID e IFC.
No Brasil, na década de 1970, esse tema foi abordado por entidades católicas,
para depois, nos anos 80, surgirem os primeiros balanços publicados. Contudo,
foi nos anos 90 que passaram a ser divulgados anualmente.
Em 1997, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, promoveu campanha junto

às empresas pela divulgação do balanço social, o que se tornou recomendação
do Conselho Federal de Contabilidade, por meio da NBC T15/2004,
estabelecidos, assim, os procedimentos a serem declarados nas Informações de
Natureza Social e Ambiental.
Definição do balanço social

Para Danziger (DANZIGER apud TINOCO; KRAMER, 2001, p. 30),

"o balanço social é um documento importante, espelho da situação na empresa
que testemunha o clima que a rege, cuja intenção é divulgar as informações
que refletem os impactos das ações da empresa na sociedade e no meio
ambiente. É um instrumento gerencial que supre uma exigência social e uma
necessidade de gestão. Os dados apresentados são bem diferentes dos
demonstrados em uma escrituração contábil, voltando-se para uma política
social da empresa."
No Brasil, na década de 1970, esse tema foi abordado por entidades católicas,
para depois, nos anos 80, surgirem os primeiros balanços publicados. Contudo,
foi nos anos 90 que passaram a ser divulgados anualmente.

Critérios de elaboração
A elaboração do balanço social deve priorizar a realidade econômica, ambiental
e social de uma entidade. Para sua completa elaboração, Tinoco e Kramer
(2001, p. 37-39) afirmam que as informações devem ser organizadas de modo
a fornecer igualmente dados aos:
Acionistas
Comunidade
Colaboradores
Para que isso seja possível, deve-se utilizar o máximo de indicadores

disponíveis.

Critérios de elaboração
Assim, três departamentos participam da sua organização:
O departamento pessoal
Admissão e desligamento, movimentação, planejamento, controle,
comportamento, treinamento, formação.
A contabilidade
Relatórios contábeis: balanço patrimonial, resultados de exercício, lucros ou
prejuízos acumulados, origem e aplicação de recursos.
Sistema de informações contábeis

Informações destinadas às atividades e decisões.
Modelos de balanço social

Existem três modelos de balanço social mais utilizados entre nós: IBASE, GRI e
ETHOS, apesar de ainda haver entidades que preferem criar formatos próprios.
Modelos de balanço social
IBASE
O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas foi fundado em

1981, sem intuito político ou religioso, e sem fins lucrativos, com o objetivo de
buscar uma padronização.

Apoio da CVM
Por meio da parceria entre técnicos, pesquisadores e representantes de
instituições públicas e privadas, e com apoio da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), foi criado um modelo preocupado em divulgar folhas de pagamento,
encargos sociais e participação nos lucros, controle ambiental e investimentos
sociais, como educação, cultura e saúde.
Estrutura padrão
Esse modelo é bem objetivo, adotando uma estrutura padrão:
Grupo 1 – dados gerais da empresa;
Grupos 2-5 – indicadores;
Grupos 6-7 – demais informações.
GRI
Global Reporting Initiative (GRI): a Iniciativa Global para a Apresentação

de Relatórios surgiu em 1997, pela ação conjunta da Coalition for
Environmentally Responsible Economics (CERES) e do Programa Ambiental das
Nações Unidas (United Nations Environmental Programme – UNEP).
Participação das áreas

Por ser uma organização independente, a GRI conta com a participação das
áreas de contabilidade, investimento, ambiente e direitos humanos de várias
partes do mundo.
Objetivo
O seu objetivo também é adotar um modelo que venha a ser um padrão
internacional, tendo o Instituto ETHOS como um de seus
divulgadores/apoiadores.

Categorias de indicadores
O GRI é dividido em seis categorias de indicadores:
1. Desempenho econômico (valor econômico gerado e distribuído);
2. Meio ambiente (matéria-prima e reciclagem, consumo de energia,
biodiversidade, área protegida ou adjacente, emissões, efluentes e resíduos,
impactos ao ambiente, multas e registros legais);
3. Práticas trabalhistas e desempenho decente (total de trabalhadores, tipos de
emprego, contratos de trabalho, relações com os trabalhadores, acordos de
negociação, saúde e segurança no trabalho, treinamento e educação);
4. Direitos humanos (discriminação, trabalho infantil, trabalho forçado, práticas
de segurança, direitos indígenas e ações inclusivas);
5. Sociais (impacto das operações nas comunidades, corrupção, políticas
públicas, concorrência, lobbies, truste, monopólio e conformidade com a lei);
6. Responsabilidade pelo produto (saúde e segurança do cliente, ciclo de vida
de produtos e serviços, informação sobre produtos e serviços, comunicações de
marketing, adesão às leis e normas, reclamações, compliance, multas e
satisfação do cliente).
ETHOS
Instituto ETHOS – o relatório do Instituto incorpora a planilha proposta pelo

IBASE, tendo mais detalhadas as decisões e os resultados obtidos, e maior
consistência em relação aos balanços financeiros.
Estrutura
• Parte 1 – Apresentação (missão e visão; mensagem do presidente; perfil do
empreendimento e setor da economia);
• Parte 2 – Empresa (histórico; princípios e valores; estrutura e
funcionamento);
• Parte 3 – Atividade empresarial (partes interessadas e indicadores de
desempenho econômico);

• Parte 4 – Anexos (demonstrativos; projetos sociais, notas gerais; indicadores
de desempenho social, público interno, meio ambiente; fornecedores;
consumidores e clientes; comunidade; governo e sociedade).
Avaliação da responsabilidade social e ambiental

Avaliar a responsabilidade social e ambiental das empresas é uma forma de
valorizar a vida, assim como organizações que são membros da sociedade
precisam ter atenção nas suas relações com o meio ambiente e com as pessoas
a sua volta, direta ou indiretamente relacionadas às suas atividades.
Comparação entre os modelos do balanço social

Os modelos apresentados deixam claro que não há mais como uma empresa se
isentar de suas responsabilidades. E os itens avaliados espelham a realidade
dos negócios que realizam.
IBASE
O modelo IBASE é bastante objetivo: sugere uma estrutura padrão e organiza

dados gerais da empresa, indicadores e demais informações. Todos os dados
são apresentados em único relatório - uma planilha que facilita a consulta e a
visualização dos dados pelos interessados.
GRI
A elaboração do GRI está crescendo em todo o mundo, tendo em vista sua

proposta de um modelo como padrão internacional dividido em seis categorias
(finalidade de uniformização).
ETHOS
O Instituto ETHOS organiza-se por indicadores de desempenho econômico e

social.

Profissionais ligados à gestão corporativa
Os profissionais ligados à gestão corporativa e interessados na área precisam
estar atentos às novas formas de compreender o que é produção de produtos e
serviços e como acontecem as relações entre empresas e seus stakeholders.
Não basta apenas buscar um novo mercado, produzir e comercializar; não se

trata mais de qualidade de produto. A empresa que desejar se colocar no
mercado e perseguir a sustentabilidade, enquanto compromisso permanente,
deverá agir pautada pela ética em seus negócios e pelo respeito aos
colaboradores e consumidores.
Desenvolvimento sustentável
A ideia de desenvolvimento sustentável deve estar integrada ao conceito de
Não poderá haver crescimento econômico sem progresso social ou cuidado

ambiental.
Responsabilidade social
Da mesma forma, o crescimento econômico não se sustenta sem uma

equivalência social e ambiental, sem programas sociais e ambientais que
promovam o equilíbrio econômico da empresa.
Modelo de sustentabilidade
O modelo de sustentabilidade é uma forma de fazer negócios que tem como
pressuposto o compromisso da empresa com a sociedade. É um modelo de
negócios de longo prazo, no qual os princípios, a ética e a transparência
precedem a implementação de processos, produtos e serviços.

As empresas e as comunidades devem zelar pelo consumo consciente de bens
e serviços que atendam as suas necessidades básicas e que possibilitem melhor
qualidade de vida, ao mesmo tempo em que minimizem a utilização de recursos
naturais e a emissão de poluentes. As empresas se tornam empresas-cidadãs:
geram consumidores responsáveis e diminuem as diferenças sociais.
As empresas socialmente responsáveis são mais valorizadas e reconhecidas,

obtendo a preferência dos seus clientes. As ações sociais estão se
transformando em uma poderosa vantagem competitiva no desenvolvimento
dos negócios das organizações, pois o que o novo consumidor espera das
empresas é uma postura comprometida com o desenvolvimento sustentável.
Atividade proposta
Mensagem do Betinho
"Realizar o Balanço Social significa uma grande contribuição para consolidação
de uma sociedade verdadeiramente democrática."
"A ideia do Balanço Social é demonstrar quantitativamente e qualitativamente o
papel desempenhado pelas empresas no plano social, tanto internamente
quanto na sua atuação na comunidade. Os itens dessa verificação são vários:
educação, saúde, atenção à mulher, atuação na preservação do meio ambiente,
melhoria na qualidade de vida e de trabalho de seus empregados, apoio a
projetos comunitários visando a erradicação da pobreza, geração de renda e de
novos postos de trabalho. O campo é vasto e várias empresas já estão trilhando
esse caminho.”
Disponível em:
<http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=32> Acesso
em 18 de jun. 2014.
Chave de resposta: Em termos de história, é muito importante que se lembre

sempre da atuação do sociólogo Herbert de Souza à frente do movimento de

incentivo à transparência das atividades empresariais, uma forma de prestar
contas à sociedade.
Aprenda Mais
• Leia o artigo “Cias ainda não divulgam informações sócio-ambientais”:
DURÃO, Mariana. Cias ainda não divulgam informações sócio-ambientais.

Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/noticia/economia/cias-ainda-nao-divulgam-
informacoes-socio-ambientais> Acesso em: 25 jun. 2014.
• Visite os seguintes sites:
ATITUDES SUSTENTÁVEIS. Site que apresenta conteúdo de ecologia.

Disponível em:
<http://www.atitudessustentaveis.com.br>. Acesso em: 25 jun. 2014.
• PLANETA SUSTENTÁVEL. Site que apresenta conteúdo de ecologia e saúde.

Disponível em:
<http://planetasustentavel.abril.com.br/>. Acesso em: 25 jun. 2014.
Referências
BALANÇO SOCIAL.Modelo IBASE. Disponível em:
<http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=162&sid
=12>. Acesso em: 25 jun. 2014.
CUSTÓDIO, Ana Lúcia de Melo; MOYA, Renato. Guia para elaboração de
balanço social e relatório de sustentabilidade 2007. São Paulo: Instituto
ETHOS, 2007. Disponível em:
<http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/GuiaBalanco2007_PORTUG
UES.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2014.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE. Modelo GRI. Disponível em:

<https://www.globalreporting.org/languages/Portuguesebrazil/Pages/Elabora%
C3%A7%C3%A3o-de-relat%C3%B3rios-de-sustentabilidade.aspx>. Acesso em:
25 jun. 2014.
TINOCO, J. E. P.; KRAEMER, M. E. P. Contabilidade e gestão ambiental.
São Paulo: Atlas, 2004.
Questão 1
Por ocasião da crise mundial dos anos 70, observaram-se novos padrões de
produção que só poderiam ser alcançados uma vez que fossem feitas
mudanças nas organizações. Que tipo de relações foram repensadas?
a) Relações de trabalho.
b) Custos de produção.
c) Custos dos fornecedores.
d) Relações com os fornecedores.
e) Relações com os clientes.
Questão 2
O conceito de “cidadania empresarial” está ligado à qual ideia?
a) Do comportamento moral firmado na missão da empresa, expresso por
seus princípios e valores e por sua participação nas decisões e ações
relativas ao enfrentamento dos problemas sociais.
b) Do desenvolvimento sustentável e ambiental expressos por seus
princípios e valores, e por sua participação nas decisões e ações relativas
ao enfrentamento dos problemas ambientais.
c) Do desenvolvimento econômico e ambiental expressos por seus
princípios e valores, e por sua participação nas decisões e ações relativas
ao enfrentamento dos problemas econômicos.
d) Do comportamento ético firmado na missão da empresa e expressos por
seus princípios e valores, e por sua participação nas decisões e ações

e) Do comportamento moral firmado na missão da empresa e expressos por
seus princípios e valores, e por sua participação nas decisões e ações
relativas ao enfrentamento dos problemas ambientais.
Questão 3
O balanço social, demonstrativo publicado todo ano pela empresa que reúne
um conjunto de informações a respeito de projetos e benefícios para
empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e comunidade,
também é um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício do
quê?
a) Da responsabilidade social corporativa.
b) Da responsabilidade ambiental e comunitária.
c) Da responsabilidade ambiental e ecológica.
d) Da responsabilidade com investidores.
e) Da responsabilidade com clientes.
Questão 4
O modelo de sustentabilidade é uma forma de fazer negócios que tem qual
pressuposto?
a) O compromisso da empresa com o meio ambiente.
b) O compromisso da empresa com a sociedade.
c) O compromisso da empresa com seus fornecedores.
d) O compromisso da empresa com seus acionistas.
e) O compromisso da empresa com o governo.
Questão 5
O relatório de sustentabilidade, ou balanço social, é um instrumento que visa
criar maior diálogo da organização com a sociedade sobre quais desafios?
a) Os desafios de suas estratégias socioambientais e da coerência ética de
suas operações.
b) Os desafios de suas estratégias econômicas e sociais e a coerência moral
de suas operações.

c) Os desafios de suas estratégias operacionais e a coerência ética de suas
operações sustentáveis.
d) Os desafios de suas estratégias operacionais e a coerência ética de suas
operações econômicas e sociais.
e) Os desafios de suas estratégias econômicas e sociais e a coerência ética
de suas operações sustentáveis.
Questão 6
Complete a sentença: o terceiro setor é o setor econômico relativo
__________, assim como o segundo setor está relacionado
________________.
a) Às empresas – às ONGs.
b) Às comunidades – aos produtores rurais.
c) Às ONGs – ao governo.
d) Às ONGs – às empresas.
e) Às comunidades – ao governo.
Questão 7
Para a correta e completa organização dos dados a serem divulgados no
balanço social, são acionados três departamentos da empresa:
a) Departamento pessoal, departamento de vendas e depósito.
b) Departamento pessoal, departamento de contabilidade e sistema de
informações contábeis.
c) Departamento de vendas, departamento de comunicações e
departamento contábil.
d) Sistema de informações contábeis, sistema de informações e mídia,
departamento de vendas.
e) Sistema de comunicações e mídia, departamento pessoal e setor de
vendas.
Questão 8
Quais são os modelos de balanço social mais conhecidos?

a) IBASE, GRI e ETHOS.
b) GRI, IBSE e ONG.
c) ONG, GRI e ETHOS.
d) CVM, ONG e IBASE.
e) CERES, UNEP e ETHOS.
Questão 9
Indicadores econômicos são:
a) Medidas de desempenho dos produtos mais procurados.
b) Medidas utilizadas para marcar a concorrência de produtos.
c) Fatores que influenciam a demanda de produtos no mercado.
d) Medidas de desempenho utilizadas para medir o desenvolvimento de
uma economia.
e) Medidas de oferta para novos mercados.
Questão 10
Classifique a que setor econômico pertence cada uma das seguintes atividades
se (I) primário, (II) secundário ou (III) terciário:
( ) Supermercado;
( ) Extrativismo;
( ) Torração e moagem de café;
( ) Agropecuária.
A correta ordem dos parênteses é:
a) I, II, I, III.
b) III, III, II, I.
c) II, I, III, I.
d) II, III, II, I.
e) III, I, II, I.
Questão 11
Constitui um indicador econômico:
a) PIB – Produto Interno Bruto.

b) IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
c) INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
d) IGP – Índice Geral de Preços.
e) Todos os indicadores apresentados.
Questão 12
A produção de cimento e os serviços de limpeza constituem setores:
a) Primário e secundário.
b) Secundário e terciário.
c) Primário e terciário.
d) Ambos são secundários.
e) Ambos são terciários.
Questão 13
São informações que constam no balanço social, exceto:
a) Número de empregados e folha de pagamento.
b) Valores gastos com tributos e outros encargos sociais.
c) Grau de satisfação dos gestores.
d) Despesas com alimentação do quadro funcional.
e) Treinamento e qualificação profissional.
Questão 14
Pode-se definir transformação organizacional como:
a) Mudanças realizadas na disposição das diferentes seções no espaço físico
da empresa.
b) Qualquer transformação de natureza estrutural, estratégica, cultural,
tecnológica, humana, ou de outro componente, capaz de gerar impacto
em partes ou no conjunto da organização.
c) Algumas atividades que mudam a rotina da empresa.
d) Contratação de profissionais de RH que implantem novo plano de
carreira.
e) Mudanças no organograma da empresa.

Questão 15
Podem ser entendidos como agentes geradores de mudança, exceto:
a) Inovação tecnológica.
b) Forças do mercado e competição.
c) Mudanças legais e regulamentação.
d) Crescimento geográfico da comunidade do entorno.
e) Política mundial.

Marketing social: É a gestão da introdução das ações, pautada por preceitos
éticos e nos direitos humanos, constituindo uma base de crescimento
econômico da comunidade e de diminuição das diferenças sociais e
econômicas na sociedade, promovendo transformação.
Stakeholder: É um termo inglês, criado pelo filósofo Robert Edward Freeman,

utilizado nas áreas de comunicação, administração e tecnologia da informação,
cujo objetivo é designar as pessoas e os grupos mais importantes para um
planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes
interessadas. Ao analisar quem são os interessados no empreendimento, ou
melhor, os beneficiários, o gestor consegue ter uma visão mais ampla do
projeto e observar de que maneira eles podem contribuir.
Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente): Fundada em 1978

(ainda durante o regime militar) por estudantes da UFMG, tem como principal
objetivo a preservação das florestas, ainda que, durante toda a sua história,
sua influência tenha sido associada ao movimento ambientalista no estado de
Minas Gerais, sendo a uma das ONGs mais atuantes do Brasil.
Associação Pré-UFMG: A associação foi criada por estudantes da UFMG que

queriam mudar a injusta realidade dos jovens de baixa renda, que não
ingressam em universidades públicas porque não podem arcar com os custos
elevados de um cursinho pré-vestibular.
Balanço social: O relatório de sustentabilidade, como o chamam alguns, ou

balanço social, é um instrumento que visa à criação de maior diálogo da
organização com a sociedade (sobre os desafios de suas estratégias
socioambientais e a coerência ética de suas operações): políticas de boa
governança corporativa, valores, visão de futuro e avaliação de desempenho.
Por isso, traz dados quantitativos e qualitativos que podem orientar o

planejamento futuro, indicando mudanças operacionais.
Cidadania empresarial: O conceito de “cidadania empresarial” está ligado à

ideia do comportamento ético firmado na missão da empresa e expressos por
seus princípios e valores, bem como por sua participação nas decisões e ações
Ética: Segundo Boff (2003, p. 195), o ethos indicaria o conjunto de princípios

que regem o comportamento humano realmente consciente, livre e
responsável, influenciando a construção de seu habitat pessoal e social. Já a
moral pode ser diferente para diferentes grupos sociais, em função das
culturas e da história que as constrói, mas toda moral remete ao ethos
fundamental, que é um só para todos.
Filantropia: A filantropia empresarial surgiu como campo de atuação que

buscava auxiliar no desenvolvimento de transformações sociais e econômicas
efetivas para o desenvolvimento das comunidades. As empresas investem,
então, em políticas sociais e ações de participação social ou comunitária ou de
desenvolvimento social.
Fundação Abrinq: Criada em 1990 (ano da Promulgação do Estatuto da

Criança e do Adolescente), a Abrinq nasce de uma proposta de empresas
fabricantes de brinquedos, sensibilizadas pela situação preocupante da infância
no Brasil.
Fundação SOS Mata Atlântica: Criada em 1986 para defender os últimos

remanescentes da Mata Atlântica, gerando conhecimento e oferecendo
capacitação de pessoas, a fundação é uma organização não governamental
privada, presidida atualmente por Roberto Luiz Leme Klabin. (Veja:
Desmatamento da Mata Atlântica).
Gestão de Pessoas: Ocupa-se da participação, capacitação, envolvimento e

desenvolvimento de funcionários de uma empresa, e tem como função
humanizar as empresas, ou seja, certificar-se de que as ações sigam os
padrões éticos e as noções de cuidado abraçadas pela empresa. Portanto, o
setor de gestão de pessoas tem responsabilidade na formação dos
profissionais de modo a incentivar sua participação no processo e a colaborar
tanto para o crescimento da instituição como para o crescimento profissional
do colaborador.
Instituto Akatu: Criado no dia 15 de março de 2001 (Dia Mundial do

Consumidor), o Akatu, que em tupi significa “semente boa” ou “mundo
melhor”, tem como objetivo promover a responsabilidade social para educar e
mobilizar a sociedade para o consumo consciente, através do que, ela acredita,
somos protagonistas na construção da sustentabilidade do nosso planeta.
(Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/ongs-organizacoes-nao-
governamentais)
Instituto Ethos: Criado em 1998, o Instituto Ethos de Responsabilidade

Social tem como missão “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir
seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na
construção de uma sociedade sustentável e justa”.
Investimento social: É a doação voluntária de uma empresa de recursos

financeiros, técnicos e humanos em ações e projetos de interesse público em
uma comunidade, fruto da consciência da responsabilidade e responsabilidade
para com a comunidade com a qual convive cotidianamente. Trata-se de uma
atuação assumida livremente pela empresa, que não devem ser utilizada como
ferramenta de comercialização, promoção social ou patrocínio. Também não
pode ser encarada como política de recursos humanos direcionada para o
desenvolvimento de força de trabalho para a empresa. A ideia é promover a
alocação de recursos privados em benefício da sociedade e contar com a
participação da comunidade a ser contemplada com os projetos.

Responsabilidade social: A responsabilidade social de uma empresa exerce
impacto direto nos objetivos, na missão e até no sentido de existir de uma
determinada comunidade. O conceito de desenvolvimento sustentável está,
então, integrado ao conceito de responsabilidade social: não pode haver
crescimento econômico em longo prazo sem progresso social e sem cuidado
ambiental, visto que são aspectos interrelacionados.
Valores: Os valores e a missão das empresas são hoje considerados requisitos

essenciais para demonstrar a integridade de propósitos de seus executivos e a
transparência na administração de uma empresa. Vivenciamos uma mudança
de cultura empresarial: a preocupação em criar uma imagem de seriedade e
competência que afaste a desconfiança da sociedade na condução dos
negócios. Assim sendo, os valores e a missão de uma empresa compõem os
princípios éticos pelos quais a empresa se pauta e norteiam as suas metas e a
postura de seus colaboradores.
Aula 1
Questão 1 - B
Justificativa: A Gestão ambiental está focada no comportamento da empresa
com relação ao uso de recursos naturais, de forma a não causar desperdício,
comprometendo as gerações vindouras, nem causar impacto com a dispersão
de resíduos originados nas atividades da empresa.
Questão 2 - E
Justificativa: Stakeholders são todas as pessoas ligadas direta ou indiretamente
à empresa, desde seus proprietários, acionistas, funcionários, até a comunidade
onde se vê instalada.

Questão 3 - B
Justificativa: A empresa que se pretende sustentável precisa passar por uma
mudança organizacional que permita fugir dos antigos padrões organizacionais,
que apresentavam preferencial pela estabilidade e longevidade dos padrões.
Atualmente, as empresas precisam estar atentas à velocidade com que as
demandas mudam, os clientes mudam, as necessidades mudam, aprendendo a
seguir as tendências que melhor respondam às necessidades dos clientes.
Questão 4 - A
Justificativa: Os indicadores de sustentabilidade são apresentados a partir do
conjunto do crescimento da economia, da melhoria da qualidade do ambiente e
da sociedade; portanto, a gestão deve ter em vista esse índice, para alinhá-lo
às suas metas.
Questão 5 - D
Justificativa: As relações com a comunidade devem ser diretas, pois tais
relações são cotidianas.
Questão 6 - D
Justificativa: Ações sociais corporativas não podem visar lucro ou ser mero
cumprimento da lei; trata-se de uma forma de incentivar o desenvolvimento
social alinhado ao desenvolvimento da empresa, como uma forma de dividir
com a sociedade o seu progresso. Ao mesmo tempo, criam uma imagem
positiva da empresa junto à mídia, o que ajuda ainda mais seu relacionamento
com a comunidade local e seus negócios.
Questão 7 - B
Justificativa: Responsabilidade social corporativa é uma responsabilidade ética
com seus próprios negócios, pois atenta para questões importantes, como
otimização de materiais, cuidado com impactos ambientais, otimização de

pessoal, ao mesmo tempo que se volta para a comunidade que a acolhe, ação
que se expande para toda a sociedade.
Questão 8 - D
Justificativa: A prática de uma gestão ambientalmente responsável nada tem a
ver com o porte da empresa, mas com a visão de negócios da empresa.
Questão 9 - B
Justificativa: A gestão de pessoas foge do modelo de recursos humanos por
não estar focada em recrutamento e seleção ou em capacitação e leis
trabalhistas; sua preocupação é diferente no sentido de reconhecer o talento e
a habilidade de um colaborador já na empresa para melhor aproveitá-lo. Seu
olhar não é técnico, mas holístico, isto é, para a totalidade do indivíduo.
Questão 10 - E
Justificativa: Não há relação de causa entre a segunda e a primeira afirmação,
ou seja, a segunda não justifica a primeira afirmação, apesar de as duas
afirmações estarem corretas.
Questão 11 - A
Justificativa: O termo capital humano tem relação com a habilidade e o talento
que o profissional demonstra na prestação de serviço; é considerado como um
capital da empresa, sendo de seu interesse que o colaborador desenvolva ao
máximo sua capacidade de participação.
Questão 12 - D
Justificativa: O espectro de relações se ampliou, a partir de noção de
sustentabilidade, para além dos muros da empresa, fazendo-a se abrir para a
comunidade local e se aproximar mais dos clientes e dos distribuidores, criando
laços mais fortes de parceria com seus colaboradores.
Questão 13 - B

Justificativa: A globalização levou o mundo a pensar na importância da
preservação do ambiente para todos, no presente, e para as futuras gerações.
É uma preocupação com o futuro da sociedade.
Questão 14 - B
Justificativa: Não se trata da preocupação da relação pessoa e ambiente, mas
da compreensão de como a empresa exerce suas atividades de forma
harmônica com as pessoas com quem mantém contato e com a preservação do
meio ambiente.
Questão 15 - A
Justificativa: Trata-se do conceito de sustentabilidade: utilizar os recursos de
modo a não provocar danos no presente e preservá-lo para as gerações
futuras.
Aula 2
Questão 1 - C
Justificativa: Apenas como reforço, a responsabilidade social e a ética formam
juntas o caminho do sucesso, neste começo de século, quebrando com o
pensamento de levar vantagem, seja descumprindo a lei ou por troca de
favores.
Questão 2 - A
Justificativa: A ética é composta pelos valores e juízos da coletividade, não
correspondendo a uma ideia duvidosa ou preocupada com o lucro.
Questão 3 - B
Justificativa: A família é constituída de laços consanguíneos e relações
espontâneas; a comunidade constitui um grupo; enquanto a sociedade é o
conjunto de várias comunidades/grupos.
Questão 4 - B

Justificativa: Historicamente falando, observa-se que uma comunidade vive de
laços afetivos, o que a faz ser diferente de uma sociedade, não havendo
necessidade de regras ou leis para zelar por tais laços; assim como viver em
grupo é um agir natural do homem em função de sua natureza social, não
como necessidade de sobrevivência, como se isso fosse afastá-lo dos perigos.
Questão 5 - C
Justificativa: É sempre bom lembrar que a diferença fundamental entre moral e
ética é que a moral é para todos, indistintamente, como regras pré-
estabelecidas, já a ética é de caráter pessoal, difere de pessoa para pessoa
segundo seus valores e juízos.
Questão 6 - C
Justificativa: Gandhi defendia a diversidade cultural e a igualdade de direitos
entre os homens.
Questão 7 - D
Justificativa: Uma vez que se incentiva a gestão participativa e democrática,
não há como haver um manual e um patrulhamento do comportamento dos
colegas.
Questão 8 - B
Justificativa: Não cabe à empresa exigir um comportamento, mas discutir com
as lideranças e esperar que os líderes levem aos seus grupos debates sobre
quais seriam as linhas de conduta interna – ou externa – dos funcionários que
os auxiliariam na conquista de suas metas.
Questão 9 - E
Justificativa: A gestão de diversidade prima pela busca da diferença para
provocar a criatividade e a inovação a partir de diferentes pontos de vista.
Questão 10 - D

Justificativa: A ética na gestão empresarial pode ser entendida como um
conjunto de regras morais de conduta que o indivíduo deve observar em sua
atividade, a fim de valorizar a profissão e bem servir aos que dela dependem.
Questão 11 - A
Justificativa: Deve-se seguir a premissa básica da sustentabilidade, que é
respeitar o meio ambiente e o outro.
Questão 12 - C
Justificativa: Na medida em que as empresas começam a participar de ações
sociais, as pessoas começam a acreditar que é possível construir uma
sociedade em que os mais abastados podem ajudar os mais necessitados,
saindo da mera filantropia e sendo criadas chances de participação para todos.
Questão 13 - A
Justificativa: O modo das pessoas pensarem atualmente está mais voltado à
solidariedade e ao compartilhamento de “tudo”, desde saberes a sentimentos,
por isso o lucro em si é alvo de críticas negativas, encarado como um ato
egoísta.
Questão 14 - D
Justificativa: Seguindo a linha de pensamento social atual, incentiva-se que
sejam realizadas ações sociais de inclusão para oferecer reais oportunidades de
igualdade a todos.
Questão 15 - B
Justificativa: Essa mudança de comportamento precisa se constituir enquanto
mudança política, pois precisa se estabelecer como uma nova forma do ser
humano se comportar em sociedade: uma visão de direitos e deveres com
solidariedade e respeito ao outro - movimento esse de cidadania e de
humanidade.

Aula 3
Questão 1 - B
Justificativa: O terceiro setor pretende oferecer serviços, visto que há falhas e
ineficiência em alguns setores do poder público, respondendo à demanda da
população, o que não significa ocupar o lugar do poder público.
Questão 2 - D
Justificativa: O próprio nome já o distingue do setor público. É um outro setor,
que não é público nem privado, mas de instituições e organizações que primam
pela preocupação social e solidariedade com o outro, oferecendo serviços onde
os órgãos públicos são deficientes, ao mesmo tempo que requerem que o
responsável passe a oferecê-lo.
Questão 3 - E
Justificativa: A implementação do programa de voluntários tem o objetivo de
incentivar o colaborador a participar da transformação social que a empresa
busca possibilitar, o que não quer dizer que use essa participação como forma
de desvirtuar os papéis desempenhados pelos diversos atores que participam
do programa.
Questão 4 - D
Justificativa: A responsabilidade social deve ser sempre um planejamento de
longo prazo, tendo em vista que busca a transformação social com seus
stakeholders primários e secundários, o que significa uma relação próxima e
constante.
Questão 5 - A
Justificativa: Não há como manter relacionamento indireto com a comunidade.
É uma relação cotidiana e direta.
Questão 6 - E

Justificativa: Gestão participativa é incentivar a participação dos funcionários
nas decisões, e optar por participar da transformação que a cultura corporativa
vem vivenciando é promover a mudança da própria empresa, em direção a uma
sociedade sustentável.
Questão 7 - B
Justificativa: As empresas não adotam ações sociais apenas por uma questão
legal, pois os resultados esperados vão além do simples cumprimento de uma
legislação. Os custos ambientais não são internalizados pela empresa, ao
contrário, toda empresa pensa em reduzi-lo. O respeito às condições
adequadas de trabalho fazem parte de ações de responsabilidade social, mas
em função de uma visão de prioridade.
Questão 8 - B
Justificativa: O uso do meio ambiente na produção não gera degradação
ambiental em grande escala, haja vista os povos da antiguidade que produziam
para sua subsistência sem degradação. Antes da Revolução Industrial, a
preocupação e os debates ambientais praticamente inexistiam.
Questão 9 - C
Justificativa: Ao contrário, a imagem da empresa fica consolidada junto aos
consumidores e cria lealdade com a marca e seus produtos, pois cria uma aura
positiva junto à sociedade.
Questão 10 - D
Justificativa: A filantropia diferencia-se da ação social corporativa por ser
externa à empresa, pois faz parte da responsabilidade social de uma empresa
apresentar projetos de desenvolvimento social para a comunidade onde se
instala.
Questão 11 - A

Justificativa: A empresa sofre influência da comunidade no que diz respeito à
política de ação social, o que é preciso para transformar o entorno da empresa,
melhorando as condições de todos. No entanto, a comunidade vivencia as
transformações proporcionadas pelas ações sociais executadas pela empresa.
Questão 12 - B
Justificativa: Não pode ser executada qualquer ação social, mas algo que seja
de fato necessário. Portanto, os líderes comunitários são os melhores
conselheiros na elaboração de planos de ação.
Questão 13 - E
Justificativa: Para implantar a sustentabilidade, é preciso haver uma mudança
do pensamento gestor, para que se possa acompanhar os novos tempos,
envolvendo todos que estiverem envolvidos direta ou indiretamente no
processo.
Questão 14 - C
Justificativa: Preferencialmente, os projetos devem estar voltados para a
comunidade entorno, buscando a transformação social ao redor da empresa,
antes de se voltar para outras comunidades ou para a sociedade.
Questão 15 - A
Justificativa: O movimento de sustentabilidade começou com a preocupação da
escassez futura de recursos naturais.
Aula 4
Questão 1 - A
Justificativa: Os funcionários passaram a ser compreendidos como
colaboradores, peças importantes do sistema que precisavam ser valorizados e
reconhecidos em suas habilidades profissionais.
Questão 2 - D

Justificativa: Cidadania em si é o gozo dos direitos civis; a cidadania
empresarial segue a mesma diretriz no campo empresarial, ou seja, gozar de
direitos e cumprir seus deveres.
Questão 3 - A
Justificativa: O balanço é uma forma de tornar público o que a empresa realiza
em termos de responsabilidade social.
Questão 4 - B
Justificativa: A preocupação com o futuro da sociedade humana é que
promoveu o movimento pela sustentabilidade.
Questão 5 - A
Justificativa: O objetivo da divulgação do balanço social é tornar público o que
uma empresa realiza em prol do meio ambiente e demonstrar que suas ações
são coerentes com sua missão e seus valores.
Questão 6 - C
Justificativa: Os três setores da atividade econômica: extração de matérias-
primas (setor primário), indústria (setor secundário), e serviços (setor terciário).
Questão 7 - B
Justificativa: Segundo o texto, três departamentos participam da sua
organização: o departamento pessoal (admissão e desligamento,
movimentação, planejamento, controle, comportamento, treinamento,
formação), a contabilidade (relatórios contábeis: balanço patrimonial,
resultados de exercício, lucros ou prejuízos acumulados, origem e aplicação de
recursos) e o sistema de informações contábeis (informações destinadas às
atividades e decisões).
Questão 8 - A

Justificativa: Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), GRI (Global
Reporting Initiative) e Instituto ETHOS.
Questão 9 - D
Justificativa: Indicadores econômicos procuram avaliar a capacidade da
empresa em gerar valor.
Questão 10 - E
Justificativa: Setor primário é atividade ligada à matéria-prima; setor secundário
é relativo à indústria e o terciário a serviços e comércio.
Questão 11 - E
Justificativa: Todos os índices são sinalizadores de variações econômicas.
Questão 12 - B
Justificativa: O cimento é um produto industrializado e os serviços domésticos
ou de limpeza pública são do setor de comercialização de serviços.
Questão 13 - C
Justificativa: Não se trata de divulgar aspectos subjetivos, mas objetivos da
empresa.
Questão 14 - B
Justificativa: A transformação acontece na medida em que a empresa resolve
mudar um valor, um padrão ou um componente qualquer que acabe por
promover um impacto na produção da empresa.
Questão 15 - D
Justificativa: Apesar de a comunidade influenciar decisões da empresa, não se
trata de limite geográfico, mas de questões socioeconômicas.

André Luiz Ribeiro Valladão é Engenheiro Mecânico pela Universidade Santa
Úrsula e Mestre em Saúde Pública. É Especialista em Engenharia Sanitária pela
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Possui especialização em Gestão Ambiental
Empresarial pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na
área de Arquitetura e Urbanismo, Ciências da Saúde e da Terra, Engenharia e
Saneamento Ambiental e em cursos de métodos de análise, avaliação e
auditoria ambiental e planejamento ambiental, ambos pelo Instituto ecológico
Acqualung. Atualmente é professor da Universidade Estácio de Sá (UNESA),
onde foi coordenador do curso de Engenharia Ambiental (2011) e ocupou o
cargo de Coordenador Pedagógico Nacional de Engenharia Mecânica na
Diretoria de Ensino (2012-2013).
Currículo lattes:
<http://lattes.cnpq.br/2943287309022272>

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APRESENTAÇÃO 5

AULA 1: GESTÃO SUSTENTÁVEL DE PESSOAS 7

AULA 2: EMPREENDEDORISMO ÉTICO 27

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 2

AULA 3: AÇÃO COMUNITÁRIA E SOCIAL 52

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 3

AULA 4: TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE 78

CHAVES DE RESPOSTA 102

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 4

A responsabilidade social apresenta-se como uma temática cada vez mais

Aula 1 – Gestão sustentável de pessoas

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 5

Aula 2 – Tempos de empreendedorismo ético

Aula 3 – Ação comunitária e social

Aula 4 – Tempos de transparência e responsabilidade

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 6

A discussão sobre sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 7

Tem-se vivido uma era caracterizada por constantes mudanças, decorrentes de

Nesse cenário, os gestores devem partir de uma visão estratégica e

A discussão sobre sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 8

Tem-se vivido uma era caracterizada por constantes mudanças, decorrentes de

Nesse cenário, os gestores devem partir de uma visão estratégica e

Sabemos que gestão significa o gerenciamento ou a administração em uma

A ideia é manter a sinergia entre as pessoas envolvidas no processo, a

Nesse contexto, deparamo-nos com a gestão de pessoas, que é a associação de

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 9

A função de um gestor é fixar as metas a alcançar, planejar, analisar e

A boa gestão dos elementos de uma organização leva ao aperfeiçoamento da

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 10

Conheça como foi esse processo.

Essa parceria é a fonte da excelência empresarial, uma vez que um depende do

Outro ponto importante é lembrar que o fenômeno da globalização levou as

Para tanto, a sustentabilidade de uma empresa torna-se concreta a partir de

As ações são planejadas de acordo com os seguintes pontos: Compreensão

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 11

Imagem empresarial "socialmente responsável"

Anos 90 - A ideia de sustentabilidade, ou de desenvolvimento sustentável,

Nesse novo panorama, a partir dos anos 90 passou-se a incluir também a

Anos 50 - O conceito de responsabilidade social originou-se na década de

A preocupação dos pesquisadores voltava-se para a autonomia dos negócios e

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 12

Os empresários, hoje, optam por considerar o impacto de suas decisões sobre a

Responsabilidade social e sustentabilidade corporativa

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 13

A força econômica de uma instituição está ligada de forma intrínseca à

Trata-se de uma grande mudança de cultura e na política empresarial, com a

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 14

Diante da velocidade de circulação da informação e da força das mídias, não há

Compromisso de uma empresa

O compromisso de uma empresa de contribuir com o desenvolvimento, o bem-

O retorno desses esforços se concretiza por meio do fortalecimento e fidelidade

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 15

As causas e projetos socioambientais que são patrocinados pelas empresas

No entanto, as empresas não podem se envolver em qualquer tipo de ação

Ações sociais devem ser estimuladas desde que contempladas pela

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 16

A gestão sustentável atribui importância fundamental aos aspectos antes

Stakeholders e compromissos sociais

Os stakeholders legitimam as ações de uma organização, tendo um papel direto

SUSTENTABILIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS 17