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A utilização da acupuntura em medicina veterinária

CURSO
DE
MOPP
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transportation for loads are divided into five: rail, pipeline, road, air and water transport;
should consider how best to use modal; giving due importance to the transport of cargo,
for this to occur economically and safely, especially when transporting products that
expose risks. Products that generate greater risks are called dangerous goods. They are
classified by their manufacturers in classes and subclasses, that according to risk; have a
UN number and are charged according to what is prayed for in existing laws. Among the
main legislative requirements for loading dangerous cargoes are visual markings that are
exposed around the truck plates and the required documents, both necessary for the
transportation of these products can be accomplished. There was this work aims to
present the legislation and regulation of the transport of dangerous goods as a form of
awareness, this study is justified since no hazardous substance can be busy without being
exactly as described in the law. We used the methodology for conducting the research
literature it is possible and clarified doubts regarding this type of loading.

Keywords: Transportation. Products. Dangerous. Requirements.

INTRODUÇÃO

Presente desde o início da civilização, a logística é essencial para uma boa gestão
empresarial. Começou a ganhar destaque após os anos 50, quando tornou-se uma área
inovadora, mas foi nos 70 que tinha-se como logística um campo bem definido e gerando
os primeiros resultados satisfatórios. No Brasil, a logística chegou após os anos 80, onde
era definida como um processo que objetivava atender as necessidades do cliente e
ganhou espaço após 1990. Atualmente o setor de logística atende por vários nomes e tem
como propósito entregar o produto correto, nas condições exatas em que se foi
determinado, com os menores gastos possíveis; é divido em diversas atividades e busca
sempre atender as vontades do mercado consumidor.
Sendo uma das principais áreas logísticas e uma das atividades de maior custo
empresarial, o transporte é dito como tudo aquilo que gera movimentação, indiferente
daquilo que está sendo movimentado. Os meios de transporte para cargas dividem-se em
cinco: ferroviário, dutoviário, rodoviário, aeroviário e aquaviário; deve-se analisar qual o
melhor modal a ser usado de acordo com o que será transportado e por onde está carga
será levada, dando-se a devida importância a acomodação de cargas, para que isto
ocorra de forma econômica e segura, principalmente ao transportar produtos que
exponham riscos.
Os produtos que expõem risco à saúde, ao meio ambiente ou a segurança pública
são chamados de produtos perigosos. Eles são classificados por seus fabricantes em
classes e subclasses, isto de acordo com o perigo que representam; possuem uma
numeração ONU e precisam respeitar o Decreto Nº 96.044/88 (2014), a Resolução ANTT
420/04 (2014) e a Resolução ANTT 701/04 (2014) para que possam ser carregados.
Entre as principais exigências legislativas do modal rodoviário para o carregamento
de cargas perigosas estão as marcações visuais, que são placas expostas ao redor do
caminhão indicando o que está sendo transportado e qual o risco de tal carga e os
documentos obrigatórios, que vão de nota fiscal a ficha de emergência, onde explica-se o
que fazer em caso de incidentes.
Justifica-se esse trabalho, uma vez que sabe-se que nenhum produto perigoso
pode ser transportado sem que este esteja devidamente embalado, marcado, rotulado,
sinalizado (conforme a declaração emitida pelo expedidor), constante na documentação
de transporte e, além disso, em desacordo com as condições de transportes exigidas na
regulamentação especifica. Logo, objetivou-se apresentar os aspectos fundamentais da
regulamentação e da legislação de transporte rodoviário de cargas perigosas, como forma
de conscientização, visto que a necessidade de circulação deste tipo de carga tem
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potencial de causar acidentes, e a consciência desta regulamentação pode minimizar os


riscos representados pelos produtos que estão sendo movimentados. Segundo Gil (2010),
este trabalho foi feito por meio de uma pesquisa bibliográfica, que consiste em reunir
materiais já publicados, como artigos, revistas, livros, entre outros, garantindo uma
cobertura mais ampla de conhecimentos; escolheu-se esta forma de pesquisa por agregar
informações, visto que este é um tema pouco abordado e de difícil acesso. Por meio
desta pesquisa pode-se esclarecer à respeito do tema, de forma sucinta e objetiva, ou
seja, mostrou-se a definição de produtos perigosos e as principais exigências para seu
transporte via rodovias.
Organizou-se este trabalho de tal forma que ficasse clara a história da logística,
bem como o que ela representa atualmente; o quão significativo é o setor de transportes
dentro de uma empresa e o quanto é relevante um carregamento de cargas eficiente;
definiu-se o que são os produtos perigosos, quais suas classes e subclasses, e mostrou-
se quais são as principais exigências para o carregamento das mesmas no modal
rodoviário, os documentos obrigatórios e as leis vigentes nesse contexto. Para isto reuniu-
se informações de diversos livros, artigos e sites especializados no assunto, ou seja,
buscou-se por fontes peritas no assunto, abordando este tópico de forma eficaz.
Estruturou-se este trabalho na seguinte ordem: um capítulo sobre logística, dividido na
sua evolução, seu desenvolvimento nacional e sua importância atual; na sequência falou-
se sobre transporte, subdividindo este capitulo em tópicos sobre os diferentes modais
utilizados (ferroviário, dutoviário, rodoviário, aeroviário e aquaviário) e sobre a
acomodação de cargas; continuou-se falando sobre produtos perigosos, suas definições e
conceitos, o reconhecimento logístico-legislativo nacional e as diferentes classes e
subclasses; fez-se um item sobre as exigências para o transporte de cargas perigosas,
apresentando as marcações visuais e os documentos e por último, mostrou-se a
conclusão.

1 LOGÍSTICA

1.1 EVOLUÇÃO

É notável, por meio de grandes construções da era antiga, como as pirâmides no


Egito, que nos primórdios da civilização a logística já estava presente. Contudo, na
antiguidade essas atividades eram pouco organizadas, não possuíam sincronismo, eram
desintegradas e sem um bom desenvolvimento metodológico (HARA, 2011).
Na II Guerra Mundial é quando torna-se perceptível o desenvolvimento da logística, pois
com o pós-guerra as indústrias aproveitaram para complementar o lapso existente nas
demandas do mercado consumidor (NOVAES, 2007). Hara (2011) esclarece que, alguns
anos antes quando o termo ‘logística’ era abordado ele era diretamente ligado a
transporte, tornando-se então um termo vago, dado que se comprovou logística como
uma das principais atividades industriais.
Ballou (2010) alegou que a logística era um campo dormente e sem uma filosofia
dominante, isso antes dos anos 1950; já que as principais atividades logísticas eram
responsabilidade de distintas áreas empresariais, resultando em vários conflitos de
objetivos. Entre os anos 1950 e 1970 houve grande avanço logístico, a área era favorável
a novas ideias administrativas e o marketing estava presente orientando muitas
empresas, porém captou-se maior atenção das indústrias no momento de compra e
venda, ocasionando que a distribuição física tivesse menor grau de importância do que
deveria. Na época muitos tratavam a atividade de distribuição como uma área
subestimada, entretanto era a mais promissora.
Deve-se ressaltar que no período de 1950 a 1970 tudo favorecia o crescimento
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logístico. Essa época é marcada com amplas mudanças populacionais, devido ao grande
número de migrações para os centros urbanos e também a variedade de produtos que
passaram a ser comercializados; com o fim da guerra instalou-se um clima econômico
conveniente, onde os produtores foram atrás de melhorar suas manufaturas e por fim,
também bastante benigno, os avanços tecnológicos no campo dos computadores
(BALLOU, 2010).
Após os anos 70, os princípios básicos sobre logística já estavam claros e as
empresas obtinham os primeiros resultados de sua implantação, ainda que esta
caminhasse lentamente. Nos anos 1990 a logística atingiu seu auge, tornando-se, como
descreveu Hara (2011, p. 14) “uma das áreas mais férteis e prósperas dos negócios e
fonte de oportunidades de desenvolvimento de carreiras” (BALLOU, 2010; HARA 2011).

1.2 DESENVOLVIMENTO NACIONAL

No Brasil, a logística surgiu logo após o auge da Tecnologia da Informação, fato


que ocorreu no início dos anos 80. Foi definida como um processo que visava prover as
necessidades do cliente, por meio de planejamento, execução e gerenciamento eficientes
para os custos, fluxos, armazenagens de matéria prima e estoques; desde o ponto inicial
da produção ao consumidor final (NOVAES, 2007).
Durante os anos 1990, a logística brasileira mudou drasticamente, inovando suas
práticas manufatureiras, sua eficiência, sua qualidade e sua disponibilidade, favorecendo
o início do surgimento da logística moderna; isso ocorreu devido ao grande
desenvolvimento nos setores automobilístico e varejista, que mudaram suas políticas de
suprimento e uniram-se com outras empresas de mesmo seguimento que a sua. Esses
foram os passos iniciais da modernização logística brasileira. (FLEURY, 2009).
No entanto, hoje em dia, nas empresas deste país a logística caminha de forma
acanhada, tendo em si muitas limitações: a estrutura organizacional utilizada no país não
é propícia para os processos logísticos, as grandes taxas de inflação dificultam
aperfeiçoamento nos negócios, os programas informáticos, muitas vezes não se
conectam dentro de uma mesma empresa e também a dificuldade para a concretização
de acordos fiéis entre empresas da mesma cadeia de suprimentos (CAVANHA FILHO,
2001; NOVAES, 2007).

1.3 IMPORTÂNCIA ATUAL

O campo logístico, atualmente é reconhecido por diferentes nomes, como:


transporte, distribuição, suprimento, distribuição de materiais e vários outros, mas de uma
forma geral, Ballou (2010) diz que logística pode ser explicada pelo conceito do “mix de
marketing” (produto, tempo, lugar e condições), uma vez que logística está diretamente
relacionada com marketing e ambos possuem o objetivo de suprir as necessidades e
exigências do cliente. Logo, pode-se definir logística como:

“A gestão de materiais e mercadorias em repouso e em movimento,


sendo sua missão dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar
certo, no tempo certo e nas condições desejadas, com a maior
contribuição possível de valores à empresa (HARA, 2011, p. 39).”

A logística é dividida em três atividades primárias, sendo elas manutenção de


estoque, processamento de pedidos e transporte,pois são elas que geram maiores gastos
no custo total logístico e também por serem de suma importância para melhor
sistematização e realização deste trabalho. A manutenção de estoques deve-se ao fato
de não ser possível produzir e entregar imediatamente o produto, logo tem-se a
necessidade de guardar a produção até o momento certo de enviá-la ao consumidor, os
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estoques precisam ficar próximos tanto da manufatura quanto do cliente, para menores
gastos com locomoção. Já a atividade de processamento de pedido determina o tempo
gasto para se entregar bens e serviços ao consumidor. A última tarefa primária,
transportes, será melhor explicada adiante. Além dessas atividades principais existem as
atividades de apoio, que são: armazenagem, que visa administrar o espaço necessário
para se manter o estoque; manuseio de materiais, se refere a movimentação de matérias
dentro do estoque; embalagem de proteção, que evita expor o produto à riscos; obtenção,
que trata-se de suprir as necessidades de insumos do sistema logístico; programação do
produto, que diz respeito à informações do tipo onde e quanto produzir e por último,
manutenção de informação, que gera notícias sobre os custos e os desempenhos
empresariais (BALLOU, 2010).
Hara (2011) esclarece que a logística atual, tem as necessidades do mercado alvo
como prioridade e que usa a cadeia de suprimentos como um processo retroativo
propondo maior eficiência na administração mercadológica. Vale ressaltar que a logística
carece de sistemas de informação integrados, dado que esses são fundamentais para o
gerenciamento de um sistema logístico.
Segundo Hara (2011) e Ballou (2010), nos dias de hoje as atividades logísticas
salientam operações manufatureiras ou militares, criando novas oportunidades,
adaptando os princípios e conceitos logísticos e contribuindo tanto no auxílio para a
principal atividade de uma determinada empresa como sendo a principal operação da
mesma. As empresas, por sua vez, na tentativa de ganhar espaço no mercado ou apenas
manter-se neste adaptam suas estruturas logísticas para resistirem à pressão global, que
gera uma concorrência de negócios jamais vista, isso devido aos novos e bem
preparados mercados, as grandes tecnologias de ponta e também o Just-in-time. Em
decorrência a esta pressão mercantil, as empresas que tinham uma única área de
atuação ampliam seus horizontes, disseminando suas produções até outros estados e
outros países, o desfecho disso é um mercado internacional em constante crescimento,
exigindo profissionais que se envolvam com a administração e a distribuição de
suprimentos.

2 TRANSPORTE
Sistema de transporte é tudo que compõe a capacidade de movimentação na
economia, independente dos movimentados serem cargas, pessoas ou meios intangíveis;
essa é uma das principais atividades logística de uma empresa e também a que gera
maiores gastos, podendo absorver dois terços do custo logístico e até 10% do produto
nacional bruto. Uma empresa que possui um bom arranjo de transporte permite maior
competição à longa distância, uma vez que os baixos custos deste facilitam a
concorrência com produtos de áreas longínquas; gera maior economia de escala, já que
existe facilidade em levar a produção para onde o cliente a queira e também ocasiona
preços diminutos, em consequência desta, como já dito, ser uma das atividades mais
caras no campo logístico (BALLOU, 2010).
Ballou (2010) fala que a maioria das cargas são transportadas por cinco tipos de
modais, sendo eles: ferroviário, dutoviário, rodoviário, aeroviário e aquaviário. Por volta de
1980 o principal modal utilizado era o ferroviário, porém ano após ano os trens perdem o
favoritismo, em razão do grande crescimento dos transportes dutoviário e rodoviário. O
modal aquaviário, que até 1960 perdia espaço, voltou a crescer. E o aéreo, que via-se
como grande promessa para o futuro, atualmente representa pouco em teor geral. Porém,
segundo Novaes (2007), no Brasil, os modais são um tanto precários; as ferrovias são
pouco exploradas, bem como o transporte marítimo. Ocasionando que o transporte
rodoviário seja o mais usado em território nacional.
A utilização dos modais pode ocorrer via terceirização, multimodalismo ou por um
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único modal, e ao decidir qual dessas é a melhor alternativa deve-se estudar qual das
opções traz consigo maior qualidade por menor preço. Logo, precisa-se levar em conta a
quantidade de perdas e/ou danos que os modais escolhidos podem vir a gerar, o tempo
necessário para que a carga seja entregue e a variação deste tempo, a facilidade de
manuseio do produto em relação a este modal e também o quão favorável é a rota a ser
feita por cada tipo de transporte, pois estes são fatores que influenciam nos custos (que
são todas as taxas pagas pela empresa, como frete, serviços adicionais, taxa de
recolhimento de carga e até mesmo itens como: combustível e manutenção, no caso de
transporte próprio), bem como na satisfação do cliente. Sendo assim, torna-se importante
saber diferenciar as vantagens e desvantagens de cada um dos modais. (BALLOU, 2010;
DIAS, 2009).

2.1 TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Propicio para carregamentos longos de materiais com pouco valor, é um transporte


lento, que gasta maior parte do seu tempo realizando a tarefa de carregamento e
descarregamento, leva grande quantidade de carga, possuindo vagões com capacidade
de até 92 t. Os produtos químicos, siderúrgicos e plástico são exemplos de cargas
transportadas por trens. O serviço ferroviário divide-se em regular, que disponibiliza seu
serviço para qualquer cliente, e privado, que possui o serviço de forma particular,
utilizando-o com exclusividade. O transporte pode ser realizado por meio de carga cheia
ou parcial, variando de acordo com esta escolha o valor do frete. As ferrovias possuem
inúmeros serviços especiais, bem como inúmeros serviços que necessitam de
equipamentos especiais (BALLOU, 2010).

2.2 TRANSPORTE DUTOVIÁRIO

O transporte dutoviário apesar de ser um transporte lento é o único que trabalha


diariamente em período integral, o que resulta numa velocidade real melhor que a de
outros modais. Em contra partida é um transporte bastante restrito de serviços e
capacidades, pois é focado em insumos no estado líquido ou gaseificado, como por
exemplo, petróleo. Mas também é o mais confiável, uma vez que possui poucos hiatos e
os casos de danos e perdas de matéria são baixos (BALLOU, 2010).

2.3 TRANSPORTE RODOVIÁRIO

O transporte rodoviário é favorável para viagens curtas, permitindo entregas


diretas, ou seja, é desnecessário o carregamento ou descarregamento antes da chegada
ao destino final; é um serviço constante e com fácil disponibilidade, tendo também uma
velocidade boa. Entretanto, não possui grande capacidade de cargas, nem variedade
desta em um mesmo carregamento, geralmente foca suas cargas em instrumentos, como
metais, bebidas, móveis e vários outros itens (BALLOU, 2010).

2.4 TRANSPORTE AEROVIÁRIO

Apesar de ser um transporte caro e com muitas adversidades, como problemas


mecânicos e condições meteorológicas, é rápido e apto para carregamentos à longa
distância, além de ser um serviço confiável com fácil disponibilidade; também se destaca
com poucos danos e pequena perca de material; devido a esses fatores tem crescido
cada vez mais no mercado. Os aviões costumam levar produtos de alto valor, como
eletrônicos, confecções finas, flores, produtos ópticos e outras cargas que compensem
seu alto frete. O transporte aéreo divide-se em sete tipos de operação, sendo elas: linhas-
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tronco domésticas regulares, linhas exclusivamente cargueiras, linhas locais, linhas


suplementares, táxi aéreo, linhas de alimentação regional e linhas internacionais
(BALLOU, 2010).

2.5 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

É um modal limitado a usuários que o margeiam ou que estejam dispostos a utilizar


mais de um transporte por carregamento, sem contar que é mais lento que o ferroviário. A
disponibilidade e o quão confiável podem vir a ser este serviço depende das condições
climáticas. O transporte é feito por meio de porta-barcaças, radares, eco-batímetros e
controles de navegação automática, muitas vezes usa-se contêiners, para facilitar o
carregamento e a descarga. Não gera grandes custos, nem grandes perdas e volta-se
principalmente para materiais de menor valor, tipo os granéis. Carvão, minério, cascalho,
areia e ferro são exemplos de cargas hidroviárias (BALLOU, 2010).

Deve-se enfatizar que o modal a ser usado depende principalmente da carga que
será transportada; portanto analisa-se as variações que esta carga pode vir a sofrer, os
riscos que ela proporciona durante o transporte, seu volume, sua localização, o valor e
outros detalhes. Em casos como o Brasil, em que o modal rodoviário ganha maior
destaque deve-se atentar-se aos artifícios empregados para o melhor carregamento de
produtos neste modal (BALLOU, 2010; DIAS, 2009).

2.6 TRANSPORTE DE CARGAS NO MODAL RODOVIÁRIO

O transporte de cargas, ou acomodação de cargas, tem como finalidade deslocar


determinado bem dentro das circunstâncias esperadas e de forma íntegra, ou seja,
garantir que o produto seja entregue em perfeitas condições. Os aspectos envolvidos na
acomodação correta de cargas dependem de diversos princípios, regras e leis que
favorecem a um melhor procedimento de carregamento e transporte (NOVAES, 2007;
VALENTE, 2008).
Valente (2008), diz que preocupar-se com a acomodação de cargas é de extrema
importância para que se mantenha o produto em bom estado de conservação e que a
distribuição precisa da carga no veículo é essencial para um transporte seguro e
econômico. A falta de atenção na acomodação e distribuição das cargas gera diversos
transtornos, como, por exemplo, má estabilidade, pouca aderência dos pneus, desgaste
precoce de diversos componentes do veículo, sobrecarga nos eixos e maior consumo de
combustível.
Ao carregar certa matéria deve-se estudar e/ou calcular diversos fatores que
influenciam para que a atividade de transporte funcione de maneira eficiente e segura,
como o ‘centro de gravidade do veículo’, que permite que os esforços sejam igualmente
compartilhados nos eixos e ao ‘comportamento dos veículos’ de acordo com a distribuição
de cargas, já que a forma como a carga é dividida influenciará na direção (VALENTE,
2008).
Em relação ao ‘centro de gravidade do veículo’, Valente (2008) diz que é
interessante a análise dos pontos a seguir:
a) Centro de gravidade para o conjunto de carga e carroceria;
b) Determinação da posição adequada no veículo em que deve incidir o centro de
gravidade do conjunto carga e carroceria: para que se explore ao máximo o peso
em cada um dos eixos;
c) Estudo do comprimento da carroceria: para determinar um maior aproveitamento
de capacidade de carga;
d) Cálculo da redução da carga útil;
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e) Implicações da posição da carga na carroceria do veículo e análise dos limites de


cargas impostos pelos fabricantes e pela legislação: uma vez que é necessário
atender as regras de limites e de posição que são impostas;
Já quanto ao ‘comportamento dos veículos’ Valente (2008) diz que observa-se o
seguinte:
a) Posicionamento correto da carga: já que, excesso de carga no eixo dianteiro torna
a direção pesada e excesso de carga no eixo traseiro representa que a direção
está leve;
b) Efeito direcional da posição do centro de gravidade do veículo: pois este interfere
na estabilidade do veículo, principalmente no momento de fazer curvas;
c) Influência da distribuição de carga no facho luminoso dos faróis: estes só iluminam
corretamente se a carga estiver uniformemente distribuída;
d) Posicionamento do centro de gravidade de carga em relação à largura da
carroceria: quando houver maior peso em um dos lados, este será mais forçado,
gastando rapidamente suspensões e pneus;
e) Altura do centro de gravidade da carga: permite eu o veículo sofra uma inclinação
maior que a necessária nas curvas.
Como anteriormente dito, dar ao carregamento de cargas sua devida importância
favorece para que esta atividade seja realizada com menores custos e maior
segurança, mantendo a integridade do produto e do meio transportador. Deve-se levar
em conta que ao transportar materiais que possam expor risco a terceiros segurança é
algo essencial, necessitando que os produtos considerados perigosos recebam uma
atenção ainda maior.

3 PRODUTOS PERIGOSOS

3.1 DEFINIÇÃO E CONCEITOS

De acordo com a ABNT NBR 7500 (2014), qualquer substância que exponha riscos
à saúde, ao meio ambiente ou a segurança pública é considerada como perigosa, seja ela
gerada pela natureza ou por meio de quaisquer reações.
Segundo a Resolução ANTT 420/04 (2014), é dever do fabricante e/ou expedidor
analisar as características físico-químicas de uma substância e classificá-la como
perigosa. Para que tal classificação seja feita, o fabricante leva em conta os tipos e o
quão grave são os riscos que esta pode vir a gerar, encaixando-a em sua respectiva
classe e subclasse. Também de acordo com seus riscos, as substâncias perigosas ficam
designadas a números da ONU e nomes, que são próprios para seu embarque e
transporte; é chamado número ONU o código numérico, constituído de quatro dígitos,
pelo qual determinada matéria será conhecida mundialmente.
Para garantir segurança durante a movimentação dos produtos perigosos existem
diversas leis que visam minimizar os riscos causados por essas substâncias; essas leis,
se comprometem com a fiscalização, com as multas geradas em caso de infração, com os
regulamentos de movimentação referente a cada modal, especificam os cuidados que
devem ser tomados para com o meio ambiente durante este tipo de transporte, reprimem
o tráfico ilícito destes materiais, bem como garantem os procedimentos de segurança que
devem ser aplicados para tais movimentações durante embarque, desembarque e
transporte. O CONTRAN1, DENATRAN2 e o INMETRO3 são alguns dos órgãos
reguladores responsáveis pelo cumprimento das leis referente às cargas de produtos
perigosos (DER, 2014).

1
Conselho Nacional de Trânsito
2
Departamento Nacional de Trânsito
3
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
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3.2 RECONHECIMENTO LOGÍSTICO-LEGISLATIVO NACIONAL

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a tomar conhecimento da importância


do transporte de cargas perigosas e criar uma regulamentação para o mesmo, porém até
1983, a “Lei da Faixa Branca” era a única referência legal existente em nosso território
(DER, 2014).
De acordo com o DER (2014), foi em 6 de outubro de 1983 que surgiu o Decreto-
Lei Nº 2.063, que foi regulamento pelo Decreto Nº 88.821, emitido depois que uma carga
de “pó da China” (pentaclorofenato de sódio) ocasionou um acidente com seis vítimas.
Contudo, algum tempo depois tal decreto necessitou de revisão, uma vez que as
exigências nele presentes eram impraticáveis. Foi então que o Ministério do Transporte,
em 1986, contratou um grupo que visava revisar o Decreto Nº 88.821. Logo, em 18 de
maio de 1988, surgiu o Decreto Nº 96.044, que além de encontrar-se em vigor até os dias
atuais, cancelou o antigo.
Em 20 de maio 1997, surgiram as primeiras Instruções Complementares ao
Decreto Nº 96.044/88, quando o Ministério dos Transportes anunciou a Portaria MT Nº
204. Já em 12 de fevereiro de 2004, surgiu a Resolução Nº 420, promovida pela Agência
Nacional dos Transportes Terrestres, que complementava o Decreto Nº 96.044/88 e
anulava a Portaria MT Nº 204. Atualmente encontram-se vigentes no Brasil, o Decreto Nº
96.044/88, a Resolução ANTT Nº 420/04 e o complemento desta, a Resolução ANTT Nº
701/04 (DER, 2014).

3.3 CLASSES E SUBCLASSES

3.3.1 Classe 1 - Explosivos

Classifica-se como ‘Classe 1’ qualquer substância explosiva, artigo explosivo ou


qualquer elemento com efeito explosivo ou pirotécnico, com exceção daqueles que sejam
demasiados perigosos para transporte ou para tal classe. Denota-se substância explosiva
aquela que em estado sólido ou líquido reage quimicamente gerando danos ao seu redor;
e elemento pirotécnico é aquele que individualmente ou misturado a outras matérias
produz efeito de calor, luz, gás, som e/ou fumaça por meios de reações químicas
(RESOLUÇÃO ANTT 420/04, 2014).
Segundo a Resolução ANTT 420/04 (2014), as substâncias agrupadas na classe
dos explosivos dividem-se de acordo com:
a) Subclasse 1.1: a possibilidade de explosão em massa;
b) Subclasse 1.2: o risco de projeção, sem possibilidade de explosão em massa;
c) Subclasse 1.3: a ameaça de fogo, pequena explosão e/ou projeção;
d) Subclasse 1.4: o risco pouco significativo, pois dependem de problemas na
ignição ou na embalagem;
e) Subclasse 1.5: a insensibilidade, uma vez que existe a ameaça de explosão em
massa, reduzida nas circunstâncias normais de transporte;
f) Subclasse 1.6: à extrema insensibilidade, sem perigo de explosão em massa.

3.3.2 Classe 2 - Gases

A Resolução ANTT 420/04 (2014) explica como gás toda substância que aos 20°C
encontra-se em estado gasoso ou que aos 50ºC possui pressão maior que 300kPa,
independente desta ser um gás liquefeito, comprimido, liquefeito refrigerado, uma mistura
de gases ou um gás em solução. As subclasses dos gases são separadas em:
a) Subclasse 2.1: gases que são inflamáveis;
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b) Subclasse 2.2: não são inflamáveis, nem tóxicos, mas possuem uma pressão
de no mínimo 280kPa aos 20ºC;
c) Subclasse 2.3: gases tóxicos.

3.3.3 Classe 3 – Líquidos Inflamáveis

Estão inclusas na ‘Classe 3’ substâncias que sejam inflamáveis no estado líquido,


em misturas líquidas ou nos líquidos que contenham sólidos. Também estão inclusas
matérias que devido a sua insensibilidade necessitem de dissolução em algum meio para
anular suas propriedades explosivas (RESOLUÇÃO ANTT 420/04, 2014).

3.3.4 Classe 4 – Sólidos Inflamáveis, Substâncias Sujeitas a Combustão


Espontânea; Substâncias que, em Contato com Água, Emitem Gases Inflamáveis

Os produtos desta classe são separados em três subclasses:


a) Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos
sólidos insensibilizados: elementos que no estado sólido podem contribuir ou gerar
fogo, substâncias termicamente instáveis com grande capacidade exotérmica e
elementos que precisam dissolver-se em outro meio para inibição da sua
capacidade explosiva;
b) Subclasse 4.2 - Sólidos sujeitos a combustão espontânea: substâncias que em
contato com o ar entram em combustão em menos de cinco minutos (pirofóricas)
ou que também em contato com o ar podem se auto aquecer explodindo;
c) Subclasse 4.3 – Substâncias que em contato com a água geram gases inflamáveis
(RESOLUÇÃO ANTT 420/04, 2014).

3.3.5 Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos

São decretados como oxidantes substâncias que embora não sejam combustíveis,
podem causar ou favorecer a combustão de outros produtos; já os peróxidos orgânicos
são termicamente instáveis, possuem risco de decomposição exotérmica (gerando
explosão), podem ser sensíveis ao atrito e a choques, podem reagir de forma
ameaçadora com outras matérias e até mesmo causar danos aos olhos. A ‘Classe 5’ é
dividida em duas subclasses, sendo a primeira para as substâncias oxidantes sólidas e
líquidas e a segunda para os peróxidos orgânicos (RESOLUÇÃO ANTT 420/04, 2014).

3.3.6 Classe 6 – Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes

A ‘Classe 6’ separa-se em duas subclasses, a de substâncias tóxicas e a de


substâncias infectantes. São chamadas de tóxicas, as matérias que podem ocasionar
morte, lesões sérias ou problemas a saúde, caso sejam ingeridas, inaladas ou terem
contato com a pele. Os elementos infectantes possuem microorganismos que são
capazes de gerar doenças infecciosas em humanos e animais (RESOLUÇÃO ANTT
420/04, 2014).

3.3.7 Classe 7 – Materiais Radioativos

Materiais radioativos são aqueles cuja atividade especifica exceda 70kBq/kg. Para
fim de transporte, os produtos da ‘Classe 7’ são separados de acordo com a embalagem
na qual serão movimentados, tais embalagens são separadas em quatro tipos, embalados
exceptivos, embalados industriais, embalados Tipo A e embalados Tipo B (ABNT NBR
7500, 2008).
13

3.3.8 Classe 8 – Substâncias Corrosivas

Segundo a Resolução ANTT 420/04 (2014), são consideras corrosivos os


elementos que, por ação química, geram risco de grandes estragos na carga, no veículo e
em tecidos vivos. São separadas em muito perigosas, risco de grau médio e risco
pequeno de acordo com a embalagem na qual serão transportadas.

3.3.9 Classe 9 – Substâncias e Artigos Corrosivos Diversos

Classifica-se como ’Classe 9’ qualquer produto perigoso que não se encaixe em


nenhum outro grupo, como por exemplo: substâncias líquidas com temperatura iguais ou
maiores que 100ºC; microrganismo ou organismos que sejam geneticamente modificados,
mas não pertençam as infecciosos ou algum tipo de resíduo que não se encaixe em
nenhuma outra classe e possa causar danos ao meio ambiente (RESOLUÇÃO ANTT
420/04, 2014).

4 PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS PARA O TRASPORTE DE CARGAS


PERIGOSAS NO MODAL RODOVIÁRIO
Conforme propõe a Resolução ANTT 420/04 (2014), no momento do transporte
toda carga perigosa necessita de identificação, contendo o nome próprio para embarque e
logo após das iniciais “UN” ou “ONU” o número ONU correspondente aquele transportado;
tais marcações devem estar legíveis e expostas de forma contrastante do restante da
mercadoria. Essas também necessitam de rótulos, para reconhecimento rápido do que
está sendo transportado, os rótulos ficam em locais visíveis, de tal forma que indiferente
da situação a qual sejam expostos estes não fiquem rasurados ou tampados.

4.1 MARCAÇÕES VISUAIS

Todo veículo que transporta produtos perigosos, obrigatoriamente terá um painel


de segurança retangular, com tamanho fixo de 30cmx40cm, uma borda preta de 1cm,
fundo de cor laranja e duas linhas com diferentes numerações, cuja fonte também será
preta e com tamanho superior a 6,5cm. Na primeira linha haverá os dígitos que
correspondem ao risco gerado por tal substância em conformidade com sua classe, esses
dígitos trazem consigo as seguintes regras:
 Quando um único número for suficiente para esclarecer o risco gerado por tal
matéria este será acompanhado do algarismo zero, por exemplo, “30 – líquido
inflamável ou líquido que se aquece sozinho”;
 Quando a letra X anteceder a combinação numérica indica que o produto reage
perigosamente com água, como em “X323 – líquido inflamável que reage
perigosamente com água emitindo gases inflamáveis”;
 Quando ocorre a repetição de um algarismo sugere que a intensidade de tal risco é
ainda maior, tendo como “55 – substância fortemente oxidante”.
. A segunda linha representa o número ONU correspondente àquela carga (CRQ IV,
2014; CETESB, 2014; NOVA OPERSAN, 2014).
Segundo a ABNT, o rótulo de risco possui a forma de um losango, geralmente
simétrico, com arestas de do mínimo 10cm e borda mínima de 0,05cm; suas cores de
fundo variam de acordo com o que representam, podendo ser laranjadas, vermelhas,
verdes, brancas, azuis ou amarelas, bem como listradas ou bicolores. O rótulo de risco:

“Informa a classe e a subclasse a que o produto pertence, e indica o risco


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principal e o risco subsidiário. Traz símbolos, textos (opcionais, exceto para


os radioativos), um número e pode ter cores diversas no fundo. Indica se o
produto é explosivo, inflamável, corrosivo, oxidante ou radioativo (CRQ IV,
2014).”

Segue os exemplos de como devem ser os painéis e os rótulos de risco, tal qual,
suas devidas localizações.

Figura 4.1.1 – Rotulagem das diversas classes de produtos no modal rodoviário.


Fonte: PREFEITURA DE MARICÁ, 2014.
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Figura 4.1.2 – Localização correta das rotulagens e dos painéis no modal rodoviário.
Fonte: CRQ IV, 2014.

4.2 DOCUMENTAÇÃO

Segundo o DNER (2000), durante o transporte rodoviário é necessário que o


motorista tenha consigo o certificado de registro de licenciamento do veículo, documento
fiscal do produto transportado, ficha de emergência e envelope para transporte no idioma
do país de origem, de trânsito e de destino da carga, certificado de capacitação para
transportes perigosos do veículo e dos equipamentos, sendo esses expedidos pelo
INMETRO ou pelo Certificado Internacional para veículos estrangeiros, CNH com
treinamento específico para carregamento de cargas perigosas e licença especial para
que este seja movimentado.
Conforme anuncia a Resolução ANTT 420/04 (2014) e o DNER (2000), serve como
documento fiscal legal qualquer declaração ou manifesto de carga, nota fiscal,
conhecimento de transporte ou outro documento com expedidor que traga consigo: o
nome apropriado para embarque do respectivo produto, a classe e a subclasse, se
necessário,à letra correspondente ao grupo compatível, se existente, o risco subsidiário, o
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número ONU imediatamente após as letras “UN” ou “ONU” e a quantidade total do


produto movimentado. Na ficha de emergência deverá conter identificação do expedidor
ou fabricante do produto, identificação do produto ou dos produtos ali transportados e as
medidas necessárias em caso de incidentes.
Para movimentação de cargas perigosas via rodovias, também é preciso que o
motorista possua treinamento especifico, o chamado curso MOPP, este curso necessita
de atualização a cada cinco anos. Após ter cursado o MOPP, o motorista terá os dados
referidos ao curso adicionados em sua CNH. O curso é realizado de acordo com as
especificações da Resolução 168/04 do Contran e respeita as Normas e Procedimentos
para condutores de veículos motorizados ou elétricos, os exames estabelecidos para o
mesmo, à expedição dos documentos atualizados, bem como a teoria que será aplicada
no curso e suas especializações (Via Brasil, 2014).
A STD (2014), especialista em consultorias para transporte de produtos perigosos,
melhor explica os documentos necessários para o modal rodoviário, bem como a função
de cada qual da seguinte forma:
 Documento Fiscal: mostra o número ONU, nome do produto, classe de risco,
classe da embalagem, quantidade e declaração de responsabilidade do expedidor.
 Ficha de Emergência: refere-se a informações sobre a classificação do produto, os
riscos por este apresentado, procedimentos a serem seguidos no caso de
emergência, primeiros-socorros e informações ao socorrista.
 Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos imediatos a serem
tomados pelo motorista em caso de imprevistos, telefones úteis e identificação da
transportadora responsável, se necessário, o redespacho e expedidor. É
obrigatório um Envelope para Transporte por embarcador de matéria no veículo.
 Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos: documento
concedido pelo INMETRO ou por empresas credenciadas, que comprova que o
veículo e/ou o equipamento é apto a transportar cargas a granel. No caso de
cargas fracionadas, este torna-se desnecessário.
 Certificado de Conclusão do Curso de Movimentação de Produtos Perigosos –
MOPP: este somente é exigido se a CNH do motorista não apresentar o campo
com a informação “Transportador de Produtos Perigosos”.
 Declaração de Expedição que não Contenha Embalagens Vazias e não Limpas
que Apresente Valor de Quantidade Limitada Igual a Zero: somente determinado
em situações que estiverem sendo transportadas embalagens vazias e sejam
impostas as isenções preditas para o transporte de produtos perigosos limitados.
 Declaração de Incompatibilidade, nos Casos em que a Ficha de Emergência não é
Exigida: obrigatório quando a ficha de emergência puder ser dispensada. Como no
caso do transporte de produtos limitados.
 Guia de Tráfego: necessário no transporte de cargas controladas pelo Exército.
 Declaração do Expedidor de Material Radioativo e Ficha de Monitoração da Carga
e do Veículo Rodoviário: exigido no carregamento de produtos radioativos.

A obrigatoriedade de outros documentos varia de acordo com o tipo de produto a ser


transportado, o local por onde essa carga circula e, caso seja controlada, o órgão que a
fiscaliza.

CONCLUSÃO
Por meio deste trabalho objetivou-se apresentar os principais aspectos da legislação e
da regulamentação do transporte rodoviário de cargas perigosas, como forma de
conscientização, uma vez que estas possuem potencial a causar acidentes e a
consciência desta regulamentação pode vir a minimizar estes riscos; para isto
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apresentou-se as definições de produtos perigosos, as classificações existentes para os


mesmos, as principais exigências para o transporte rodoviário deste tipo de carga, bem
como os documentos primordiais necessários no momento do transporte. Logo, mostrou-
se a forma burocrática indispensável para o carregamento deste tipo de matéria.
Com tal pesquisa foi possível relembrar a história da logística, ressaltar a importância
do setor de transportes, bem como, conhecer as diferentes classes de produtos
perigosos, as leis vigentes referentes aos mesmos, a documentação relevante necessária
para carregá-los e os significados das placas para reconhecimento destes.
Para maior conhecimento na área de transporte de produtos perigosos, torna-se
interessante dar continuidade a esta pesquisa, buscando informações sobre as leis e
normas referente aos outros modais, os impactos ambientais deste tipo de substância, os
modais mais seguros para carregamento destes e quais as melhorias que podem ser
inseridas para maior segurança no momento de carregá-los.

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