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Gustavo Barros Moreira

Murilo de Souza Callegari

Nazismo & Facismo

Maringá
2023
Gustavo Barros Moreira
Murilo de Souza Callegari

Nazismo & Facismo

Trabalho apresentado no Nono Ano b


do Ensino
Fundamental, do
Colégio de
Aplicação Pedagógica da UEM, na
disciplina de História, para obtenção de
nota trimestral.
Prof. Sergio Alvarez

Maringá

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2023

Sumário:

•Introdução:..................................................................................................................4

•Nazismo:.....................................................................................................................5

•Facismo:.....................................................................................................................7

•Conclusão:................................................................................................................11

•Bibliografia…………………………………………………………………………………12

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Introdução

Por meio deste trabalho vamos apresentar fatos históricos e conhecer mais
sobre os temas Nazismo e Facismo. Seus contextos históricos e o impacto que
gerou e gera no mundo, sendo esses os temas que estão sendo apresentados em
sala de aula.

Nazismo

O Nazismo foi um movimento político e social marcado por ideais


nacionalistas e extremistas que surgiu na Alemanha logo após a Primeira Guerra

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Mundial e alcançou grande visibilidade no país, assumindo o poder em 1933,
quando Adolf Hitler tornou-se chanceler da Alemanha. Foi classificado pelos
historiadores como um movimento da extrema-direita. Também conhecido como
Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o nazismo foi o grande
responsável pelo extermínio de seis milhões de judeus durante o Holocausto. Além
dos judeus, outras minorias, como ciganos, homossexuais e negros, foram
perseguidas e aprisionadas em campos de concentração.
As origens do nazismo estão primeiramente relacionadas com ideais
extremistas que eram difundidos na sociedade alemã na virada do século XIX para
o XX, como o nacionalismo extremado, exaltação da guerra como forma legítima de
promover o desenvolvimento da nação, antissemitismo (aversão aos judeus),
preconceito racial contra outras minorias, como os eslavos, etc.
A difusão desses ideais estava ligada ao darwinismo social (uma leitura
incorreta da teoria da evolução das espécies de Charles Darwin), que defendia a
ideia de que existiam povos biologicamente superiores. Vale dizer que o nazismo
também foi um fenômeno político que surgiu na Alemanha por causa das grandes
mudanças que aconteceram após a derrota germânica na Primeira Guerra Mundial.
Nas questões econômicas, a Alemanha sofreu duramente com o impacto da guerra,
sobretudo por causa da pesada indenização que foi cobrada por britânicos,
franceses e belgas.
Essa indenização foi uma parte do Tratado de Versalhes, que impôs outras
sanções duríssimas à Alemanha, como a proibição de ter uma força militar superior
a 100 mil homens e a perda de uma série de territórios (dentro do próprio território
alemão e até colônias na África). As imposições do Tratado de Versalhes foram
vistas como uma grande humilhação e arrastaram a Alemanha para uma crise
econômica sem precedentes em sua história, o que abriu caminho para que partidos
de extrema-direita ganhassem espaço na sociedade.
Esse período, no entanto, foi extremamente conturbado por causa das
consequências da Primeira Guerra Mundial. A economia alemã entrou em colapso.
A moeda do país sofreu desvalorização fortíssima (Hobsbawm fala que a moeda
alemã em 1923 havia sido reduzida ao valor de um milionésimo de milhão do que
valia em 1913), e o desemprego alcançou 44% nos anos da Grande Depressão.
Além disso, parte da sociedade sentiu-se traída com uma derrota que era
considerada impossível por grande parte da população. Isso gerou um grande

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ressentimento na sociedade alemã, o qual se aliou a uma forte nostalgia militarista
que se espalhou pela Alemanha e propagou violência no país. Nesse contexto de
violência, radicalização da política e da sociedade, crise econômica, temor do
comunismo soviético e ressentimento pela derrota, o nazismo encontrou espaço
para surgir e crescer dentro dos quadros políticos da Alemanha.
Ao longo da década de 1920, o nazismo foi ganhando força nos quadros
políticos da Alemanha. Os membros do Partido Nazista organizavam-se como
tropas militares extremamente disciplinadas e devidamente uniformizadas. Essas
tropas tinham como ideia central a obediência cega e absoluta ao chefe do partido.
Ao longo da década de 1920, realizaram passeatas como demonstração de força e
atacavam adversários políticos.
Em 1923, os nazistas organizaram uma tentativa de golpe na Baviera (estado
do sul da Alemanha). Essa tentativa de golpe, no entanto, foi fracassada, e muitos
dos agitadores foram presos, inclusive Adolf Hitler. Durante o período em que
esteve preso, Hitler escreveu o livro nomeado de Minha Luta (Mein Kampf), que
organizou os preceitos básicos da ideologia nazista: antissemitismo, antiliberalismo,
antibolchevismo, racismo, exaltação da guerra, nacionalismo extremado etc.
E após perder a eleição presidencial de 1932 Hitler se tornou chanceler e
depois foi nomeado presidente, nos anos seguintes, além de ter eliminado seus
adversários, seja na direita não radical, seja na esquerda, Hitler conseguiu
recuperar a economia da Alemanha, iniciou o processo de militarização do país,
desafiou os termos do Tratado de Versalhes, formou uma massa de seguidores
fanáticos e iniciou o processo de expansão territorial do país. As ações de Hitler
levaram a Alemanha para uma nova guerra.
Uma das maiores consequências e que, em geral, é atribuída aos nazistas foi
o início da Segunda Guerra Mundial. Esse conflito, que se estendeu durante seis
anos (1939-1945), iniciou-se por causa da política expansionista alemã sobre
nações vizinhas. O estopim para o início do conflito foi a invasão da Polônia,
realizada pelos alemães a partir de 1º de setembro de 1939. A Segunda Guerra foi
responsável por aproximadamente 70 milhões de mortos.
Outra consequência foi a grande perseguição sobre os judeus nas décadas
de 1930 e 1940. Após Hitler ocupar o poder da Alemanha em 1933, os nazistas
iniciaram um processo de perseguição aos judeus, sobretudo a partir de 1935,
quando foram aprovadas as Leis de Nuremberg (leis que amparavam,

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juridicamente, essa perseguição). Uma das consequências dessa perseguição aos
judeus foi a construção de campos de concentração.
A perseguição aos judeus e a outras minorias promovida pelo nazismo ficou
conhecida como Holocausto. Atualmente, sabe-se que 6 milhões de judeus foram
mortos em consequência disso. Esse total correspondia a 2/3 dos judeus da Europa,
pois, antes da guerra, a população judia no continente europeu era de 9 milhões de
pessoas.
Ainda que algumas ideias nazistas foram incorporadas nas ditaduras sul
americanas no início do séc. XX e movimentos paralelos que também surgiam,
como o culto ao líder da pátria, o nacionalismo, as saudações, reuniões e controle
da mídia e publicidade. No Brasil tivemos exemplos no governo de Getúlio Vargas
com o mesmo tendo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, que controlava
o que as mídias da época falariam sobre ele. Além do movimento Integralista que há
diversas semelhanças ao nazismo.

Facismo
O fascismo italiano foi um período em que a Itália foi governada por um
partido político conservador, radical e de extrema-direita, de 1922 e 1943, embora
tenha se sustentado no poder, de alguma forma, até 1945. O fascismo surgiu, em
1919, como uma organização paramilitar, transformando-se em partido em 1921.
Liderado por Benito Mussolini, o fascismo se aproveitou do cenário de
incerteza em que vivia a Itália no pós-Primeira Guerra Mundial e início da Grande
Depressão. Usava da violência para alcançar os seus objetivos e cresceu
consideravelmente violentando os socialistas na Europa. Benito Mussolini foi
executado no final da Segunda Guerra Mundial.
O termo fascismo pode ser usado em diferentes contextos, sendo mais
relacionado ao governo liderado por Benito Mussolini (chamado de Duce pelos
fascistas), que governou a Itália até 1943. Outro sentido que pode ser empregado
ao termo é o de uma ideologia política extremista e conservadora, classificada como
extrema-direita no espectro político. Esse segundo sentido é empregado porque o
fascismo original — o italiano — foi um movimento político conservador com
posições extremistas, marcado por um nacionalismo extremado, por um governo

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autoritário, pela obediência cega, pelo desprezo à democracia e por ver na violência
um instrumento legítimo para alcançar os seus objetivos.
O fascismo via nessas práticas o único meio possível de alcançar o “destino
fatal de Roma”, que seria o de um país glorioso e dominador de muitas terras.
Inclusive, por conta disso, realizava um resgate do passado histórico romano, com o
objetivo de transmitir a ideia da “força” do povo italiano.
Até o símbolo do fascismo foi retirado da história romana, pois usou-se, para
tanto, o feixe. Os feixes unidos eram um símbolo que transmitia a ideia de força por
meio da união, e até o nome do partido se originou dessa associação. A palavra
fascismo vem de fascio, do italiano, cujo sentido se refere a tais feixes.
O surgimento do fascismo na Itália teve relação direta com a situação desse
país após a Primeira Guerra Mundial e o fortalecimento do socialismo nele após o
sucesso da Revolução Russa de 1917.
Primeiramente, é importante pontuar que o fundador e líder do fascismo foi
Benito Mussolini, um italiano que tinha posições socialistas em sua juventude, mas
que abandonou suas convicções, tornando-se um conservador e nacionalista radical
ao longo da Primeira Guerra Mundial bem como um convicto crítico do socialismo.
Foi ele quem fundou o Fasci Italiani di Combattimento, um grupo paramilitar
conservador e nacionalista que se tornou o Partido Nacional Fascista em 1921. O
surgimento e o crescimento do fascismo se explicam pelo contexto de crise social,
econômica e política em que se encontrava a Itália no final da década de 1910 e
começo da década de 1920.
Economicamente a Itália sentia os impactos da Primeira Guerra Mundial, em
especial, os milhares de soldados que voltaram da guerra e não encontraram
empregos para que pudessem sobreviver, especialmente porque a indústria italiana
entrou em crise depois do conflito. Além disso, havia uma disparidade social
flagrante entre o norte, região mais rica da Itália, e o sul, mais empobrecida.
Além disso, ao final da guerra, a Itália não teve as suas exigências territoriais
e imperialistas atendidas. Isso foi uma grande frustração para a sociedade italiana,
pois seu país havia lutado pelo lado dos vencedores e havia pago um alto preço em
vidas humanas pela vitória da Tríplice Entente.
A junção desses dois efeitos — crise econômica e sentimento de frustração
ao final da guerra — foi um prato cheio para que grupos com visões nacionalistas e

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conservadoras ganhassem espaço na sociedade. Os que se uniram, em geral,
foram aqueles maciçamente formados por veteranos do conflito.
Havia também uma crise de representatividade política, uma vez que o
sistema político parlamentar italiano passou a ser insuficiente para representar e
defender os interesses da população. Todo esse contexto ainda teve um importante
elemento: o fortalecimento do socialismo na Itália.
O crescimento do socialismo na Europa foi resultado da Revolução Russa de
1917, que transformou a Rússia na primeira nação socialista da história. Com isso,
os partidos socialistas ganharam força nesse continente, e não foi diferente no
contexto italiano. Sindicatos, movimentos de trabalhadores — como as greves — e
células socialistas se espalharam por diferentes partes da Itália, demonstrando a
possibilidade de os socialistas alcançarem o poder pela via eleitoral, tamanha sua
popularidade.
Um sinal claro do crescimento do socialismo na Itália foi a quantidade de
cadeiras que os socialistas conquistaram no Parlamento. Em 1913, antes da guerra,
os socialistas tinham 79 cadeiras; já em 1919, depois da guerra, o total era de 156
cadeiras. Enquanto isso, os liberais — grupo político hegemônico na Itália —
perdiam representatividade.
Esse contexto de falta de empregos no país, crise econômica,
desapontamento com a guerra e crescimento dos socialistas explicou a emergência
do fascismo. A ansiedade e o medo que tomaram conta de uma parcela da
sociedade italiana foram explorados por Mussolini e convertidos em apoio aos seus
ideais extremistas.
Um dos grupos que mais deram apoio aos fascistas nesse começo da
década de 1920 foi o dos liberais, porque eles identificaram que os fascistas eram
os únicos capazes de deter o avanço dos socialistas pela Itália. A ação dos fascistas
contra os socialistas dava-se por meio da violência de grupos paramilitares fascistas
— os squadristi. A violência fascista direcionada contra os socialistas foi um dos
principais meios pelos quais os fascistas chegaram ao poder e conquistaram tanto
apoio.
A popularização do fascismo permitiu que essa ideologia conquistasse o
poder em 1922. Com a subida de Mussolini ao poder, o fascismo tomou conta da
Itália e implantou uma ditadura totalitária, controlando o país de maneira
extremamente autoritária. Com isso, foram abolidos os partidos políticos, as

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eleições também, e a liberdade de imprensa e de expressão deixou de existir, além
de uma intensa perseguição aos opositores.
O colapso da Itália na Segunda Guerra Mundial levou à demissão de
Mussolini da posição de primeiro-ministro pelo rei Vítor Emanuel III, em julho de
1943. Mussolini foi preso, mas resgatado pelos alemães e reinstaurado como
governante da Itália em setembro de 1943, no entanto, como uma república satélite
da Alemanha Nazista.
Em abril de 1945, Mussolini foi capturado, enquanto fugia da Itália, por
guerrilheiros italianos que lutaram pela derrubada do fascismo. O líder fascista foi
executado por um pelotão de fuzilamento em 28 de abril de 1945, e seu corpo foi
levado para exposição em praça pública na cidade de Milão
O facismo não ficou só na Itália, ele foi se espalhando pelo mundo e suas
ideias foram adotadas por diversos governos da época, além de hoje em dia se
referir a manifestações da extrema-direita. O fascismo defende ser necessária a
mobilização da sociedade sob um estado totalitário, vemos isso acontecer em
governos na nossa sociedade atual, onde o que se tornou o passado sombrio da
Itália está enraizado em diversos governos espalhados pelo globo.

Conclusão

10
Assim apresentamos fatos históricos e conhecemos mais sobre os temas
Nazismo e Facismo. Seus contextos históricos e o impacto que gerou e gera no
mundo, ficaram esclarecidos e próximos do nosso conhecimento, cumprindo mais
essa etapa de avaliação escolar.
O Nazismo e o Facismo foram não só movimentos políticos e idealistas que
surgiram em contextos de crise social e econômica na Alemanha e Itália, eles
compreendem um conjunto de ações e características únicas, mesmo com
antecedentes e acontecendo em regiões diferentes, ambos chegaram ao poder pela
ação da população.

Bibliografia

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania: 9º ano ensino


fundamental : anos finais. São Paulo: FTD, 2018.

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Acesso em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo. Acessado dia 29 de setembro

Acesso em : https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-dip-estado-novo.htm.
Acessado dia 30 de setembro

Acesso em : https://brasilescola.uol.com.br/historiag/nazismo.htm. Acessado dia 30


de setembro

Acesso em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo. Acessado dia 3 de outubro

Acesso em : https://brasilescola.uol.com.br/historiag/fascismo.htm. Acessado dia 3


de outubro

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