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vida”.
tratado da Política, é o efeito natural do tempo nos homens. Não é, contudo, produto de indivíduos, mas
governos, podendo, no máximo, ser atenuado por sim de povos ou grupos que vivem dispersos e, de
governantes virtuosos. Foi essa atmosfera conceitual alguma forma, decidem unir-se em uma mesma área,
dentro da qual Maquiavel pensou, escreveu e atuou seja em razão de sua segurança ou de qualquer outro
politicamente, como analista, poeta, historiador e motivo [...] No momento da constituição do Estado,
mecanismos que tornem possível o convívio coletivo A cidade, que no texto de Maquiavel pode ser tomada
harmônico. A Ciência Política elaborada por como sinônimo de “Estado”, é resultado de uma
Maquiavel afirma a laicização da vida social. escolha racional, feita por grupos humanos, que antes
centralizado que seja capaz de defender os interesses manter a “saúde cívica da República”, ainda que para
de todos. A partir desse momento fundacional, o isso o governante precise fazer aquilo que seria
desafio da comunidade política passa a ser a defesa considerado inadequado para o homem comum, como
capacidade de prover o bem comum contra os Aristóteles, tenha sorte (fortu) e a capacidade de ser
assédios internos das facções e os ataques dos amado pela comunidade (virtu). Um governante
É essa a discussão que Maquiavel desenvolve em O manter a República saudável e capaz de exercer
Príncipe, sem dúvida um dos livros mais famosos da “soberania sobre territórios e corações”.
conservação da República.
fácil, uma vez que não pede ele senão não ser
obrigam-se mais ao seu benfeitor, torna-se o povo Se é fundamental ser “amigo do povo”, o governante
desde logo mais seu amigo do que se tivesse sido por precisa dosar os bons e os maus atos. Os bons atos
ele levado ao principado. são executados em ritmo lento para “perpetuar a
O governante, diz Maquiavel, deve ser julgado por memória seja curta”.
avaliar o caráter dos homens comuns. Temos aqui a Então, ao governante é permitido ser mau?
diferença entre os governantes e os homens comuns, Para Maquiavel, sim, desde que isso seja necessário
entre a vida política e a vida privada, estabelecida por para garantir a integridade da República. Não se trata
na reflexão. De
alcancem o que desejam ao mesmo tempo. E no Em comum entre eles está a ideia de que a saída da
caminho para seu fim (que é principalmente sua situação pré-social se deu por um acordo, por um
própria conservação, e às vezes apenas seu deleite), contrato estabelecido pela maioria e movido pelos
esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. imperativos da razão. Diz Hobbes que os primeiros
Disso segue-se que, quando um invasor nada mais humanos perceberam que o estado de natureza, se
tem a recear do que o poder de um único outro perpetuado, significaria a extinção da espécie.
homem, se alguém planta, semeia, constrói ou possui Pactuaram, então, que melhor seria abrir mão das
um lugar conveniente, é provavelmente para esperar liberdades primitivas para submeterem-se a um poder
que outros venham preparados com forças externo, acima de todos, e que fosse capaz de garantir
conjugadas, para desapossá-los e privá-los, não a vida e a propriedade, tornando a própria existência
no mesmo perigo em relação aos outros. O fim último, causa final e desígnio dos homens (que
(HOBBES, 1983)
No princípio, quando viviam entregues ao livre-
o primeiro ser humano “demarcou no chão um inútil, o pacto social contém tacitamente esta
pedaço de terra para dizer que era seu, encontrando obrigação, a única a poder dar forças às outras: quem
outros inocentes o suficiente para acreditar nele”. se recusar a obedecer à vontade geral, a isto será
Começava aqui a guerra geral rousseauniana, porque, constrangido pelo corpo em conjunto, o que apenas
não havendo nenhum poder externo capaz de regular significa que será forçado a ser livre. Assim é esta
“reino da força”, que, no limite, não era proveitoso de toda dependência pessoal; condição que promove
para ninguém, “pois nada garante que o mais forte o artifício e o jogo da máquina política e que é a
hoje se manterá forte amanhã, e a obrigação de se única a tornar legítimas as obrigações civis, as quais,
manter forte para sempre é fardo tão pesado que sem isso, seriam absurdas, tirânicas e sujeitas aos
(ROUSSEAU, 1999).
(ROUSSEAU, 1999)
Thomas Hobbes
ESTADO E LIBERDADE
sociedade.
John Locke (1632-1704)
A noção de “governo consentido” é fundamental para
propriedade. Segundo Locke, portanto, a existência das sociedades antigas. O autor argumenta que, na
dos governos, e no limite do próprio Antiguidade, a liberdade republicana era viável, pois
Estado, justifica-se pelas necessidades da sociedade garantia aos cidadãos participarem diretamente do
do próprio Estado.
Esse tipo de liberdade somente seria possível em
Se o homem no estado de natureza é livre como se pequenos territórios, ocupados por populações pouco
disse, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e numerosas. Como na modernidade a situação é
suas próprias posses, igual ao mais eminente dos bastante diferente, uma vez que as nações modernas
homens e a ninguém submetido, por que haveria ele costumam ser mais extensas e populosas do que as
de se desfazer dessa liberdade? Por que haveria de repúblicas antigas, fez-se necessária a reconceituação
renunciar a esse império e submeter-se ao domínio e das ideias de liberdade e de participação política.
evidente é a de que, embora tivesse tal direito no A liberdade moderna consiste no direito, para cada
estado de natureza, o exercício do mesmo é muito um, de influir sobre a administração do governo, seja
incerto e está constantemente exposto à violação por pela nomeação de todos ou de certos funcionários,
parte dos outros [...]. Tais circunstâncias o fazem seja por representações, petições, reivindicações, às
querer abdicar dessa condição, a qual, conquanto quais a autoridade é mais ou menos obrigada a levar
livre, é repleta de temores e perigos constantes. E não em consideração. Comparai agora a esta a liberdade
é sem razão que ele procura e almeja unir-se em dos antigos. Esta última consistia em exercer coletiva,
sociedade com outros que já se encontram reunidos mas diretamente, várias partes da soberania inteira,
ou projetam unir-se, para a mútua conservação de em deliberar na praça pública sobre a guerra e a paz,
suas vidas, liberdades e bens, aos quais atribuo o em concluir com os estrangeiros tratados de aliança,
principal para os homens unirem-se em sociedades examinar as contas, os atos, a gestão dos magistrados;
los.
(LOCKE, 1990)
(CONSTANT, 2019)
entender as especificidades da liberdade moderna Aqui o autor está formulando aquela que é uma das
quando comparada com a antiga, com o objetivo de principais características do liberalismo político: a
defesa de uma democracia fundada em instituições Percebe-se claramente como a preocupação com a
interesses da população, que participaria do pensamento político moderno desde o século XVI,
governo de forma indireta. Assim, seria possível junto com outras questões, como a segurança
Outra filosofia política moderna que se preocupou em A teoria política marxista, desenvolvida por Marx e
teorizar limites institucionais ao poder do Estado foi Engels no século XIX, trouxe para a discussão a
necessária e a honra seria perigosa. O imenso poder No vocabulário marxista, portanto, o Estado não é o
do príncipe passa inteiramente àqueles que ele confia resultado de uma racionalidade humana intrínseca
e se torna perigoso instrumento de opressão contra a nem tampouco uma evolução em relação à situação
liberdade de todos. Manter o poder do príncipe das liberdades primitivas. O Estado é resultado de
restrito a leis pactuadas coletivamente é a única forma uma realidade material e objetiva, na qual as classes
pela abolição da divisão de classes e do próprio garantir a estabilidade interna e externa da República,
Estado, dando lugar a uma sociedade comunista em e, dessa maneira, atenuar os efeitos da corrupção,
que as pessoas viveriam solidariamente, consumindo sendo o republicanismo de Aristóteles sua principal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
organizar uma estrutura de dominação, cujo objetivo Começar a contar a história da origem dos Estados
A premissa do contratualismo afirma que os homens entender a dinâmica da prosperidade material vivida
estão naturalmente vocacionados à liberdade, sendo o pela Europa no século XI. O crescimento produtivo
Estado o artifício criado pela tirania divina com o aumentou a quantidade de alimentos disponíveis para
objetivo de impedir a plena realização da natureza o comércio, fazendo com que seus preços dos víveres
humanos são naturalmente gregários, logo o Estado é e, consequentemente, no crescimento das cidades e na
feudal.
Manu
Temos aqui um impasse que, na racionalidade Se o menor deve obediência e impostos (em forma de
econômica moderna, capitalista, não seria dos mais serviços e produtos) ao seu senhor, o aristocrata
também tem suas obrigações, como proteger seus as outras e, dessa maneira, reunisse condições
Ou seja, se a nobreza não pode cortar gastos porque chama de Revolução Militar, que marcou o
precisa manter seu estilo de vida ostentatório, e os nascimento dos exércitos modernos, formados não
servos não aceitam impostos que consideram mais por servos que pagavam o “tributo de sangue”,
abusivos, o que fazer? Essa situação é o ponto de mas sim por soldados profissionais, remunerados e
partida para a famosa “crise do feudalismo”. A crise subordinados ao Estado centralizado, personificado
do feudalismo, portanto, foi o resultado da disfunção na pessoa do rei, o “primeiro entre iguais, o primus
do próprio sistema, pois suas causas foram inter pares”, como se costumava dizer na época.
salvar a ordem feudal, o novo arranjo político deixou Portugal foi o primeiro caso de modernidade política
aquele que era um dos seus valores fundamentais: na Europa, no pleno sentido do termo, com sistema
Para entender como se deu a construção da Esse condado, juntamente com os outros senhores do
modernidade em Portugal, é importante, segundo norte, manifestou o desejo de ampliar seus domínios
Luiz Felipe Tomaz, estudar o processo de (autoridade e riqueza) por meio da expansão militar e
recristianização da Península Ibérica, pois, somente da guerra com os muçulmanos. Nesse momento, as
mais tarde — a partir do século XI —, o território foi cidades do Porto e de Viana eram extremamente
incorporado à cristandade. Desde a Idade Média, importantes para o contato comercial com Flandres,
argumenta Tomaz, Portugal contava com uma atual Bélgica e centro comercial da época. A aliança
estrutura política e militar relativamente centralizada. com essas cidades, que eram chefiadas por uma
Quem comandou a reconquista cristã (avanço da oligarquia mercantil, permitiu à coalizão cristã a
cristandade sobre os mouristas) foi a monarquia. aquisição de recursos para a formação de exércitos.
ascendência sobre elas. A partir do século XII, essas característica das sociedades monárquicas.
Bourbon como dinastia real. No século XIV, pressionados pela crise estrutural que
Surge, assim, a monarquia feudal em Portugal, muçulmana, alguns reinos ibéricos decidiram unir-se
liderada por um grande senhor de terras, que se com o objetivo de centralizar esforços para a
A expansão marítima e comercial portuguesa, Entre esses reinos, os maiores eram o de Castela e o
portanto, foi potencializada por uma monarquia com de Aragão, que se uniram por meio do casamento de
ESPANHA
Locali
zação de Castela
FRANCESES X INGLESES
Perry Anderson mostra como, durante a escassez de
Navarra, absorvida.
subjugadas.
e o Habsburgo, continental, voltado ao centro da Temos aqui, também segundo Perry Anderson, o
Europa. Surgiu assim, comandado a partir de Madri, evento que fundou o exército moderno, ao centralizar
dedos”.
Já na Inglaterra...
SEGUNDO MOVIMENTO
da nobreza.
TERCEIRO MOVIMENTO
comércio de lã.
Assim, a monarquia feudal menos centralizada da antes de ser o território e seu aparato de poder
Europa Ocidental fortaleceu sua autoridade central institucional, é uma “comunidade imaginada”, nas
continente.
consentimento.
Resumindo
abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual As guerras camponesas (a anarquia feudal) levaram
ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas ao estabelecimento de uma aliança entre as frações da
relação ao passado. Aliás, sempre que possível, tenta- esforços de repressão ao campesinato. Nasceu, assim,
centralizado.
campesinato e a aristocracia, que juntos derrotaram a 2. Portugal foi o primeiro caso de modernidade
administrativa descentralizada. Nasceu, assim, o seguir aquela que melhor explica por quê.
ao estabelecimento de uma aliança entre as famílias Portugal foi o primeiro caso de modernidade política
uma delas para centralizar os esforços de repressão ao comerciais no campo desde o século XI, o que
na Europa porque precisou formar um exército políticas que aconteceu na Europa e nas Américas
nacional e centralizado pra lutar contra a França no nesse período. Foram experiências tão
conflito que ficou conhecido como Guerra dos Cem transformadoras que chegaram a modificar o
Portugal foi o primeiro caso de modernidade política alemã Hannah Arendt (1998), que identificou aquela
na Europa porque já contava com situação de relativa que teria sido a principal transformação político-
centralização militar e administrativa desde a Idade semântica trazida pela modernidade: a mudança no
Portugal foi o primeiro caso de modernidade política movimento circular dos corpos celestes, agora passa a
na Europa porque a expansão marítima comercial ser um sinônimo de ruptura social e política drástica,
forneceu recursos para a burguesia portuguesa, que se que transforma para melhor as sociedades, que
articulou politicamente e fundou o primeiro Estado acelera a marcha da história rumo ao futuro, como,
Saiba mais
a aristocracia; Stone argumenta que o processo de Entretanto, essa burguesia ascendente estava sub-
modernização da própria nobreza rural, a gentry. inglesa. Podemos dizer que essa situação de sub-
Você sabia
A Revolução Inglesa (1640-1688) foi um processo Regicídios são normais nas monarquias, pois é
plural, cheio de idas e vindas e atravessado por comum que o trono seja objeto de desejo e alvo de
diversas guerras civis. Desde o século XVI, a conspirações, quase sempre envolvendo grupos
burguesia inglesa (famílias ricas, mas sem signos aristocráticos próximos ao monarca.
aristocráticos de distinção) era um grupo influente No caso da morte de Carlos I, o regicídio não foi
devido ao processo de cercamento dos campos, que conspiratório, mas sim realizado em execução
pública, em nome da “autoridade do povo”. O povo, Comentário
então, empoderou-se a ponto de condenar o rei à A formação dos Estados Unidos nunca contou com
morte, o mesmo monarca que até então era visto uma organização única, tendo cada uma das colônias
como o portador de um direito divino. estruturas singulares. Sua unidade nunca feriu esse
Agora, a verdadeira soberania não pertencia ao rei, insurgentes pediram a proteção do rei contra a
mas sim à lei, entendida como a manifestação da espoliação feita pelo parlamento britânico. Por isso,
É a máxima que diz que “o rei reina, mas não deve ser inserida no contexto mais amplo das
Em todo esse período, o trono esteve em conflito com se processando desde o século XVII.
na América.
Brasão de O primeiro
Tendo saído da guerra com as contas desequilibradas, Em 1774, as lideranças coloniais organizaram o I
governava o Império desde a Revolução Gloriosa manifesto pedindo proteção e apresentando suas
(1688), apertou o rigor em suas relações mercantis reclamações ao rei George III.
com as colônias.
Caricatura
Diante da recusa do parlamento inglês em atender às
britânica representando as leis como uma violação de
reivindicações das colônias, os representantes
Boston
coloniais reuniram-se novamente em 1776,
Entre 1764 e 1774, o parlamento criou dura
quando Thomas Jefferson (1743-1826) redigiu a
legislação que pressionou os interesses econômicos
Declaração de Independência dos EUA. Começou,
coloniais.
então, um ciclo de conflitos que se arrastaria até
venceram.
era a monarquia centralizada. Era o parlamento. girondino, marcado pelo objetivo de transformar a
a parte mais imediatamente visível – estava no Foi um momento de compromisso entre a burguesia e
Sem dúvida alguma, as revoltas sociais que revolução pacífica que não almejava questionar a
desestabilizaram o mundo francês durante as décadas propriedade privada e a ampliação de direitos sociais.
estudos especializados, a Revolução Francesa precisa A partir de 1792 até 1795, começaria o momento de
ser pensada como um processo complexo, cheio de maior radicalidade do conflito, quando a própria
idas e vindas e não restrito apenas ao território estrutura da sociedade francesa foi posta em questão
europeu francês, visto que se manifestou também em pelo projeto jacobino, comandado pela aliança entre
terras coloniais, como na ilha caribenha de Santo operariados urbanos e a pequena burguesia liderada
Domingo, palco da mais radical e violenta revolução por Maximilien François Marie Isidore de
social dos primeiros anos da modernidade. Robespierre (1758-1794). Esses grupos situavam-se
Nos diversos momentos dos conflitos, em alguns de demandavam mais do que apenas o fim da monarquia
forma mais aguda, em outros de maneira mais pálida, absolutista e o fim da feudalidade. Desejavam
a “tirania” do Estado monárquico foi questionada questionar a estrutura fundiária, a divisão de terras, a
pela sociedade. O historiador francês Albert Soboul miséria dos trabalhadores urbanos.
momentos, cada qual apresentando níveis diferentes Mas, politicamente, quem eram os jacobinos?
de radicalismo disruptivo e projetos distintos para a Politicamente, os jacobinos eram republicanos e não
francesa, dando início àquilo que já na época ficou Em Santo Domingo, a reação colocou a emancipação
conhecido como “terror”, quando o tribunal política na agenda dos revolucionários, agora
incluindo o rei Luís XVI e o próprio Robespierre. importante liderança militar negra. Os conflitos foram
pelo trabalho escravo da maioria negra. independência da República do Haiti, que se tornou o
O termo “revolucionário” provocou a formação de Se, entre os séculos XIV e XVI, a Europa construiu o
um amplo arco de forças, que passou a ter o objetivo Estado Moderno, com sua estrutura política,
de derrotar a agenda social e republicana dos administrativa e militar centralizada e com seu
jacobinos. Nobreza, clero, potências internacionais e espírito aristocrático, os séculos XVIII e XIX
alta burguesia juntaram-se para atacar a Revolução questionaram tanto a centralização como a dimensão
Jacobina e retroceder o processo ao estágio do
feudal dos Estados Nacionais, dando origem a uma Diferentemente das revoluções inglesas do século
série de disputas ideológicas que marcariam a história XVII, que questionaram a autoridade do parlamento,
década de 1760.
Diferentemente das revoluções inglesas do século A Revolução Francesa não ficou restrita apenas ao
XVII, que questionaram o poder político da Igreja, a território europeu, chegando também à América, e a
Revolução Americana questionou o poder político da partir disso surgiu o segundo país independente das
burguesia, considerada responsável pelo Américas: a República do Haiti, fundada em janeiro
endurecimento das relações coloniais a partir da de 1804.
década de 1760. A Revolução Francesa ficou restrita ao território
Diferentemente das revoluções inglesas do século europeu francês, chegando às Américas apenas no
XVII, que questionaram a autoridade do rei, a plano das ideias políticas, levando o continente a
Revolução Americana questionou o poder do restaurar as relações coloniais, abolidas desde a
parlamento, considerado responsável pelo independência dos EUA, na década de 1770.
endurecimento das relações coloniais a partir da A Revolução Francesa não ficou restrita apenas ao
década de 1760. território europeu, chegando também à América, e a
partir disso surgiu o segundo país independente das
CONSIDERAÇÕES FINAIS