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ANO 1, N° 1,

CONEXÕES INTERNACIONAIS JUL-DEZ. 2020 POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

Entre FHC e Lula: ideologização na


política externa? As estratégias de
inserção internacional para
desenvolvimento econômico
Aline Sabino dos Santos¹

RESUMO

O presente trabalho visa estabelecer paralelos nos governos de Fernando


Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) em seus mandatos,
analisando elementos de ruptura e continuidade entre ambos enquanto
chefes de Estado, no que tange aos elementos ideológicos de discurso e
posicionamento políticos e como estes são consagrados ou mitigados nos
Planos de Politica Externa (PEB), em especial em estratégias para
desenvolvimento econômico e inserção internacional no comércio exterior.
Foram utilizados métodos combinados sendo estes a de pesquisa exploratória,
pesquisa descritiva e pesquisas bibliográficas, documentais e ex-post-facto dos
períodos que compreendem entre 1994 e 2010.

Palavras-chave: Política Externa Brasileira; Lula; FHC; Desenvolvimento


econômico; Diplomacia presidencial; ideologização.

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Analisando a história da política plomacia presidencial de suas PEBs.


brasileira, o sociólogo Fernando
Henrique Cardoso (FHC) e o
FHC E LULA: DUAS VISÕES
metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva,
ANTAGÔNICAS?
adiante apenas Lula, assumiram
estratégias em Política Externa
Com base no pressuposto ideológico,
Brasileira (PEB) que permitiram um
partidário ou de discursos e
destacamento do Brasil na inserção
abordagens, as estratégias FHCianas
internacional e no Comércio Exterior.
foram bem recebidas pelo sucesso do
Ambos compartilharam uma visão do
Plano Real (VIZENTINI, 2005), que o
Brasil como player global estabelecido,
colocou em vantagem durante o pleito
carente de refinamento das suas ações.
contra Lula, em 1994. Eleito, FHC
Estes formularam Políticas Externas
confirmou a postura de equilíbrio,
(PE) com uma visão que ora trouxesse
inclinando-se ao favorecimento da
o mundo para a dinâmica doméstica
elite bancária-financeira (TEIXEIRA;
(FHC), ora exportasse o Brasil (Lula),
PINTO, 2012). Neste sentido, os ideais
resultando em diferentes estratégias
cepalinos trabalhados por FHC,
para inserção global, porém nota-se a
enquanto sociólogo e acadêmico, que
continuidade de políticas antecessoras.
pudessem criar expectativa de um
processo de maior independência dos
Este artigo, possui como base uma
países centrais, explorando um
linha de estudos usando como
afastamento de países com postura
metodologias científicas a pesquisa
imperialista, terminam por se fundirem
explicativa e a pesquisa bibliográfica,
ao estadista neoliberal, em uma
usando como uma das bases a obra A
conduta dependente-associado². A
política externa de Lula da Silva: a
PEB de FHC postulava, enquanto
estratégia da autonomia pela
desafio pulsante, a onda globalizante e
diversificação (2011), de Gabriel
com ela a inserção internacional do
Cepaluni e Tullo Vigevani. A presente
país em meio às crises³ que
análise visa responder se há um
avassalaram Estados da rede de
pareamento ideológico nas PEBs
interdependência⁴. FHC buscou mitigar
quanto ao plano econômico e como
os danos ao “internalizar, absorver e
refletem-se nos resultados, a partir das
consolidar as mudanças liberalizantes
semelhanças e disparidades entre FHC
que a globalização trouxe [...]
e Lula no plano macroeconômico, no
superando os fracassos do [...] Collor e
relacionamento com as elites, no
as hesitações do Governo Itamar”
posicionamento do Brasil nos
(VIGEVANI, 2011).
Organismos Internacionais (OIs) e a di-

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Tal processo consistiria no berdades concedidas ao Banco


desaparelhamento do Estado e maior Central. Apesar das perspectivas
abertura de mercado a priori, em liberais na macroeconomia com
consórcio à uma estratégia de sistemas de metas de inflação,
abandono da autonomia pela distância superávits primários e câmbio
e da “política externa reativa”, como flutuante, as reticências de FHC sobre o
parte dessa absorção do cenário Banco Nacional do Desenvolvimento
internacional. Daí, o modelo de (BNDES) e à Petrobras, revelaram a
substituição de importações já não ponderação do presidente em
bastava, carecendo de revisão diante desaparelhar o Estado. Este ainda
das novas dinâmicas, positivas e preocupava-se com reveses dessa
negativas, da globalização, na dependência, que afetariam os fluxos
"internacionalização do mercado financeiros cada vez mais volúveis
interno" (FHC,1994), por meio de (LAMPREIA, 1998) e geraria mais atritos
instrumentos de adaptação frente à com a indústria nacional, devido ao
competitividade externa (MAGNOLI, protecionismo desta e, externamente,
2007), inevitável. Estes desafios e a assimetria de poder.
potencialidades, elencados por
Diante disto, na ascensão de Lula,
Lampreia (1998), como a “necessidade
um dos fundadores do Partido dos
[...] de reavaliação do [...] poder”, “maior
Trabalhadores (PT), com ideias ditas
permeabilidade das fronteiras [...]
socialistas, esperava-se a
influência do meio internacional, das
reconfiguração estatal com base no
regras, tratados, regimes multilaterais”,
marxismo, rompendo com o
ou ainda a “multiplicidade crescente
liberalismo de FHC, o que não se
de atores”, reforçam o abrandamento
confirmou completamente.
adotado pelo presidente, um contraste
Configurando-se uma continuação do
com seu sucessor.
plano de seu antecessor, sob a
perspectiva do lulismo⁵, como
Neste sentido, a tendência
estratégia que reparte-se entre as elites
internacional de liberalização e
bancária-financeira, agropecuária,
integração à ordem globalizante,
construção civil e indústria, guiando
seriam suportes à PEB de FHC,
sua PE para a prospecção destas
potencializando a exportação de
enquanto parte do interesse nacional,
commodities, abertura comercial e
com ênfase nas duas primeiras, como
maior liberdade de investimentos
parte de sua projeção estatal a nível
estrangeiros no mercado financeiro,
regional e internacional. E,
favorecendo à elite bancário-
internamente, associando-se às massa
financeira, perpetuadas por Lula nas li-

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com políticas públicas sociais (PPS) de combinação ao “pragmatismo petista”


distribuição de renda, a valorização (SINGER, 2010).
real do salário mínimo e a ampliação
O MULTILATERALISMO E A
de crédito e consumo pelas classes C,
DIPLOMACIA PRESIDENCIAL
D e E. Tem-se aí a manifestação dos
ideais partidários na consecução da Ambos abordam o multilateralismo,
PEB de Lula nas formulações de PPSs, em especial com países em
como garantia eleitoral, em especial desenvolvimento (PEDs) e a atuação
aquelas destinadas à base da pirâmide em OIs. Com o “ativismo moderado”
(SINGER, 2009), sem anular a (ALMEIDA, 2004), FHC ampliou o
manutenção axiomática das multilateralismo e as relações
influências e suporte da elite em bilaterais focado nos vazios de poder
evidência, bem como das demais em (ABRANCHES, 1988) para ampliar o raio
consórcio. de influência estatal. Ambos capazes
Com isto, o discurso revolucionário de unir complexos mecanismos e
inflamado do sindicalista passa pela procedimentos decisórios
mitigação frente os arranjos políticos evidenciando um manejo do
de sustentação do PT no poder, presidencialismo de coalizão,
evidenciados nas eleições de 2006, internamente, estabilizando a
dados os aportes⁶ à campanha para a economia e a presença brasileira no
recondução de Lula. Em vista que mundo, resgatando as “hipotecas
grande parte das perspectiva diplomáticas” (LAMPREIA, 1998).
macroeconômicas FHCianas foram
mantidas, permitindo a continuidade CONSIDERAÇÕES FINAIS
destes planos, aliados à estabilização Diante do exposto, a ideologização
trazida pelo Plano Real e pelas faz parte de um processo de
estratégias ostensivas de Lula, arrebanhamento interno, ligando-se às
amplificadoras das ações brasileiras no inclinações político-partidárias,
exterior. Isto é, há uma mudança de sustentadas por estes enquanto figuras
intensidade e de foco (VIGEVANI, importantes em seus partidos, como
2007), mas não uma revolução das parte da construção das imagens
estruturas de PE. Diante disto, o destes, das doutrinas e do homem de
Petismo dissolvia-se na continuidade Estado, dotado de um arcabouço
dos planos econômicos de FHC, específico para fundamentar-se. A PEB
abrigados na escola brasileira, por sua vez, híbrida, possui caráter
notando-se que com Lula, o plano político e técnico, necessariamente
liberal passou por um processo de eficiente, não cabendo apegos excessi-

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vos às ideologias em sua execução, na res da sociedade de forma austera,


qual percebe-se que o grande ponto terminando na carência de unidade
de oposição não está ‘no que fazer’ nacional capaz de apaziguar as
mas em ‘como fazer’. Pelo que, o plano massas e as elites, sempre em
de PE bem executado liga-se ao conflitos intensos entre si, à medida
estadista em sua forma de elencar e que seus interesses se fundem às
defender interesses nacionais, políticas nacionais. Com isto, todo
tornando-a um plano estratégico de avanço e termina isolado ao grupo
Estado, ligado intrinsecamente a figura beneficiado e qualquer bem-estar do
política que o encabeça, sempre desenvolvimento econômico, este
cercado de um pragmatismo constantemente ameaçado, deixando
necessário no que diz respeito às um vazio quanto à compreensão
amarrações políticas vitais, interna e respeito das políticas de Estado
externamente. Ambos os presidentes, iniciadas e executadas por FHC e Lula,
com ampla capacidade de articulação, que permitiram ao país não apenas
demonstraram envolvimento direto projetar-se internacionalmente, mas
não somente na elaboração da PEB, também o ingresso na onda
com a definição de objetivos e globalizante, diminuindo as estafas dos
estratégias voltadas a uma desafios de tal fenômeno, consagrando
macroeconomia de desenvolvimento, o desenvolvimento econômico
como também na execução da mesma nacional.
através das amarrações internas, sendo
capazes de integrar e influenciar o jogo Notas
político, cada qual a sua maneira. 1. Discente em Relações Internacionais
Por fim, apesar das bases econômicas na Universidade Católica de Brasília
Email - aline_sds_sabino@hotmail.com
sólidas construídas por FHC com um
plano de desenvolvimento econômico 2. Para ampliação do tema ver Teixeira e
Pinto (2012), Cervo (2006).
nacional, aliados à continuidade e
expansão de Lula, estas figuras 3. Crise do México (1994) e a da Rússia
(1998), para ampliação do tema ver
terminam fadadas às radicalizações e Almeida (2001).
confusões ideológicas de seus
4. Para ampliação do tema ver Keohane
sucessores. Como um reflexo da e Nye (2012).
inabilidade da população de absorver
5. Ver Singer (2009), em 2002 o popular
tais condições enquanto políticas não Lula ascende ao poder por um grupo
somente de governo, mas de Estado, específico, mas, a partir da ampliação
das PPS, no segundo mandato, do agora
necessárias para ligar diferentes seto-

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Notas
ALMEIDA, Paulo Roberto. A economia
populista Lula, há um efeito de internacional no século XX: um ensaio
arrebanhamento do subproletariado, em
combinação ao suporte das elites e um de síntese. Revista Brasileira de Política
distanciamento da classe média, um Internacional, ano 44 (I): p. 112-136, 2001;
fenômeno denominado lulismo por
Singer.
______. Um exercício comparativo de
6. Ver Teixeira e Pinto (2012), as doações
à campanha de Lula pelas elites são política externa: FHC e Lula em
acrescidas em aproximadamente 800% perspectiva. Brasília, 14 mar. 2004, 5 p.;
na campanha de 2006; Ver Magnoli
(2007).
______. Uma nova ‘arquitetura’
7. A fala de Lula sobre a “marolinha”
revela autoconfiança diante do cenário, diplomática? – Interpretações
vide Galhardo (2008). divergentes sobre a política externa do
8. A participação no Mercosul, na OMC e governo Lula (2003-2006). Revista
a assinatura do Tratado de Não Brasileira de Política Internacional, ano
Proliferação de Armas Nucleares (TNP)
demonstram boa vontade em seguir 49, vol. 1, p. 95-116, 2005.
arranjos internacionais. Para ampliação
do tema ver Vizentini (1999; 2005), Cervo
e Bueno (2015), Vigevani e Cepaluni Brasil de Lula mostra solidez e se
(2011). transforma no país emergente do
9. Apesar de Abranches (1988) expor momento. Época, São Paulo, 28 dez.
desafios ainda intransponíveis, notou-se
uma melhora do quadro de 2010. Disponivel em:
desigualdade social e maior integração http://epocanegocios.globo.com/Revist
da sociedade em níveis econômicos com
a ascensão da Classe C e D, e a redução a/Common/0,,EMI198472-16357,00-
da miséria através dos programas de BRASIL+DE+LULA+MOSTRA+SOLIDEZ+E
distribuição de renda, por exemplo. Para
ampliação da discussão a respeito das +SE+TRANSFORMA+NO+PAIS+EMERGE
PPSs, ver Teixeira e Pinto (2012). NTE+DO+MOMENTO.html. Acesso em:

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