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HISTÓRIA (ILAACH)
ARQUITETURA E URBANISMO-
HISTÓRIA DA FRONTEIRA TRINACIONAL
ALEXANDRO A. D. SIDOR
Foz do Iguaçu
2022
INTRODUÇÃO:
A partir dos conflito ocorrido após 1864, os paraguaios acabam criando um certo
ressentimento pelos fatos ocorridos durante a Guerra e também pela forma como o país foi
retratado por anos, criando assim um forte sentimento nacionalista responsavel por vários
conflitos entre o povo paraguaio e brasileiro até os dias de hoje. Vários acontecimentos que
ocorreram acabaram trazendo à tona esses ressentimentos como, por exemplo, o anúncio da
construção de uma ponte que ligaria a cidade brasileira de Foz do Iguaçu a cidade paraguaia
de Puerto Presidente Stroessner (atual Ciudad del Este), neste período os paraguaios
reivindicavam e defendiam o papel que seus governantes desempenharam na Guerra em
defesa de seus territórios e por isso viam com grande insatisfação a aproximação do atual
governo do Presidente Stroessner com o governo brasileiro sob o pretexto da amizade e do
progresso entre as duas nações.
Esse feito acabou aumentando o nível do patriotismo nos dois países de instauração da
ponte, fazendo com que a fronteira se tornasse um espaço de tensão e crescimento de
preconceitos, tais como a xenofobia. É comum ver brasileiros utilizando palavras guaranis de
forma pejorativa, na mesma medida em que os paraguaios ressignificam palavras de origem
brasileira de forma a ofender e humilhar. Ao mesmo tempo em que paraguaios taxam
brasileiros de invasores por se apropriarem de seus territórios, brasileiros se auto proclamam
superiores e espalham mentiras sobre a capacidade intelectual e trabalhista da população
paraguaia com o objetivo de manipulação do pensamento das massas em seu favor.
Os chamados “brasiguaios”, que são em sua maioria filhos de brasileiros que
migraram para o Paraguai em busca de territórios, se tornam assim um elemento fortalecedor
de nacionalismos, pois fomentam discursos políticos com narrativas e termos para diferenciar
e denominar "nós" e "outros". Também no contexto “brasiguaio”, entra em questão o
deslocamento de brasileiros para a região leste do Paraguai, que em nome da expansão
econômica, da modernização de setores capitalistas e ocupação demográfica dos chamados
"espaços livres", acaba entrando em conflito com as minorias excluídas dessa frente
expansionista, que são as comunidades campesinas e indígenas.
AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA NO ENSINO BRASILEIRO:
VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, George Regina
dos. História 2: capitalismo em marcha: liberalismo, nacionalismo, imperialismo. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2016. 273 p. Disponível em:
https://api.plurall.net/media_viewer/documents/2597280. Acesso em: 24 nov. 2022.
GOES, Andrew Cesar de; SOUZA, Éder Cristiano de. A GUERRA DO PARAGUAI EM
MANUAIS DIDÁTICOS: fontes para análise da cultura escolar e da cultura histórica.. 2018.
18 f. Monografia (Especialização) - Curso de História - Licenciatura, Universidade Federal da
Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2018. Disponível em:
https://dspace.unila.edu.br/bitstream/handle/123456789/4187/78022.pdf?sequence=1&isAllo
wed=y. Acesso em: 25 nov. 2022.