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1o bimestre – Aula 01
Ensino Fundamental: Anos Finais
● A Guerra do Paraguai; ● Retomar os impactos sociais
● Os impactos políticos e sociais e geopolíticos da Guerra do
da Guerra do Paraguai no Paraguai;
Segundo Reinado. ● Identificar os impactos da Guerra
do Paraguai nas
HABILIDADE: estruturas políticas e sociais
● EF08HI15 - Identificar e do Segundo Reinado brasileiro.
analisar o equilíbrio das forças
e os sujeitos envolvidos nas
disputas políticas durante o
Primeiro e o Segundo Reinado.
Partindo dos seus conhecimentos prévios e considerando o questionamento a
seguir, levante a mão se quiser responder às questões:
a) Observe a representação da bacia do Prata.
Você sabe quais são os rios que compõem essa
bacia? Por quais países esses rios passam?
b) No século XIX, qual era a importância da bacia
do Prata para os países da América do Sul?
Todas as mãos
A Guerra do Paraguai
Na segunda metade do século XIX, o Brasil buscava se fortalecer
economicamente. O país já possuía um vasto território, mas boa parte dele
não era explorado ou povoado. A exploração de recursos naturais e o
comércio em regiões próximas aos rios, situados na fronteira com outros
países, geravam tensões com países vizinhos. A Guerra do Paraguai foi um
desses conflitos, envolvendo o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. Ela
teve início em 1864 e durou até 1870.
Motivações
A Guerra do Paraguai teve como principal motivo uma disputa
territorial e comercial entre o Paraguai e os países vizinhos. O
Paraguai tinha um discurso expansionista e, em termos de
desenvolvimento econômico e estratégico, buscava uma saída
para o mar, através do Uruguai. O presidente paraguaio
Francisco Solano López, que buscava expandir seu poder e
influência na região, acabou interferindo nos assuntos
internos do Uruguai, que buscou uma aliança com o Brasil e
com a Argentina. Durante o conflito, essas nações se uniram
para enfrentar o Paraguai.
A região da bacia do Prata, onde se encontravam as fronteiras da Argentina,
do Brasil, do Uruguai e do Paraguai, foi o palco dessas
rivalidades econômicas e políticas. As nações vizinhas buscavam expandir
seus interesses comerciais e territoriais disputando o controle das
rotas fluviais e dos recursos naturais da região. Durante a guerra, as
forças aliadas, formadas principalmente por tropas brasileiras, avançaram
pelo território paraguaio por meio desses rios, conquistando várias cidades e
enfrentando uma grande resistência das tropas inimigas.
Mas por que o Paraguai?
Como já colocado, a Guerra do Paraguai foi desencadeada por tensões nas
fronteiras existentes na bacia do Prata. O presidente paraguaio, Francisco
Solano López, interferiu nos assuntos internos do Uruguai, buscando uma
saída para o Oceano Atlântico. Essa ação ameaçou os interesses do Brasil, da
Argentina e do Uruguai, cujas fronteiras na região margeavam o Oceano.
López também desafiou a aliança política e econômica dessas nações ao
tentar estabelecer controle sob o Uruguai. Em resposta a essa ameaça, o
Brasil, a Argentina e o Uruguai se uniram e formaram a Tríplice Aliança.
Uma guerra de conquista
Embora a propaganda dos países aliados alegasse que a
guerra tinha como objetivo libertar o povo paraguaio e
levar a civilização e o progresso ao país, o conflito
resultou em uma derrota massiva para o Paraguai, que
perdeu dois terços de sua população e 40% de seu
território, que foram anexados pelo Brasil e pela
Argentina. A guerra foi, essencialmente, uma guerra de
conquista e extermínio de uma nacionalidade oprimida, e
o conflito foi marcado por sua brutalidade e pelo uso de
novas tecnologias.
Partindo do que você compreendeu em relação às explicações e
considerando o questionamento abaixo, vire e converse com seu colega:
LEMOV, D. Aula Nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental. São Paulo, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. São
Paulo, 2023.
PORTZ, S.; MASCARENHAS, M.; GREGORY, V. O Rio Paraná e a dinâmica da fronteira nos Séculos XIX e XX.
Pleiade, 14(30): 36-47, Jan.-Jun., 2020.
SCHWARCZ, L.; STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
Referências