Parte III – Unidade 10 – IDE Empresas multinacioanais podem ser analisadas sob
A EPI do Investimento Direto Estrangeiro
Liberais: ciclo do produto de Vernon:
 1ª fase: introdutória -> desenvolvimento de
tecnologia (vantagem amerciana);
 2ª fase: maturação -> expansão doméstica;
 3ª fase: padronização -> IDE para garantir
lucros (mão de obra barata e difusão de
tecnologia).
A EMN e o estado são independentes e essa pode
representar a superação do estado-nação.
Marxista: EMN -> última expressão da exploração
capitalista e imperialismo.
Hynor -> EMN reproduz no mundo a estrutura
gerencial -> explora trabalho na periferia -> o
processo de acumulação de capital só é garantido com
a expansão da EMN.
Mercantilistas: as EMN são o “veículo” da expansão
do estado-nação. Atualmente as EMNs substituíram às
colônias -> extraem matéria-prima e são mercados
para produtos finais.
Para outra vertente, o estado-nação é a forma de
contrapor as EMNs.
As EMNs do hegemona garantem o financiamento dos
gastos militares e o crescimento econômico.
Argumento liberal é com relação ao livre fluxo das
atividades econômicas. Historicamente, o comércio foi
a mais importante de todas elas, em termos de
interdependência entre os Estados. Autores liberais da
EPI acreditavam até que o comércio poderia conduzir a
paz. Comércio é o mais importante, mas hoje foi
ultrapassado em valores pelas finanças.
Assunto da aula de hoje: Investimento Direto
Estrangeiro.
Keohane e Nye – Interdependência complexa – falam
de novos atores no internacional. Consideram que as
empresas multinacionais poderão em alguma era
ultrapassar o estado-nação. Não terá o mesmo grau de
soberania, porque muitas das variáveis econômicas
está na mão de empresas multinacionais.
Texto traz definições e dados.
Na nossa aula iremos nos concentrar nesse texto do
Gilpin. É um mercantilista, realista. É a única discussão
feita sobre a economia política de empresas
multinacionais.
vários aspectos.
Razões para as empresas se internacionalizarem – não
é o foco do estudo das RI. – assunto da ADM.
Como a ação das empresas estatais afeta as relações
entre estados no S.I. – assunto das RI.
Vamos alguns andares acima do porquê
internacionalizar.
Para pensar na relação das empresas com os estados,
o fenômeno do IDE é atual.
Séc. XX – Boom de internacionalização de empresas, já
ocorria antes, mas cresce nos anos 70.
Cresce nos anos 70 por dois motivos:
1. Atividade da empresa multinacional é algo
altamente arriscado – tem-se um ator privado e um
estado soberano. Esse ator privado não vem,
necessariamente, de outro estado. É altamente
arriscado por causa dessa assimetria. O estado é
soberano e pode definir uma série de coisas. Uma
empresa x decide ir para um estado y, as condições
legais ambientais/ tributárias eram z. A empresa
multinacional vêm para ficar décadas, é um
investimento de LP, é muito diferentemente dos outros
dois fluxos (comércio – once for all, e as finanças –
mais líquidas ainda, investe de manhã a tarde pode-se
ir embora). O IDE não, ele fica décadas. O país possuía
determinado perfil de legislação, de repente o estado-
nação apssa uma legislação no congresso, altamente
desfavorável para a empresa multinacional. É arriscado
porque envolve um nível de recursos elevado, que
dura década, em um ambiente altamente cercado de
incerteza. A empresa multinacional é altamente
vulnerável. Seu cenário de ponto de partida pode-se
alterar, exatamente porque ela está tratando com um
estado-soberano. É exatamente porque esse grau de
incerteza diminui no pós guerra que aumenta a saída
de empresas, principalmente americanas. EUA
possuíam condições de competir, e contavam com o
exercício de hegemonia americana.
Maior ameaça que a empresa multinacional tem – a de
nacionalização. E ela não pode fazer nada sobre isso,
exatamente por causa dessa assimetria de poder entre
o público e o privado.
Quando os atores querem tratar que é possível
configurar uma ação estado-estado nesse assunto –
cita-se a influência/ apoio americano ao golpe de
Pinochet.
Por causa da alta vulnerabilidade e a assimetria, as
empresas precisam de um ambiente favorável:
instituições sólidas.
Na década de 70 foi um período de expansão porque
o braço americano estava ali. – Empresas americanas
vindo para a AL.
Por que uma empresa pode/ gostaria de se arriscar em
uma empreitada de fazer uma nova planta (uma
fábrica nova) que demanda investimentos de LP em
um cenário que pode alterar sua legislação e fazê-la
perder tudo isso?
 Teoria do Vernon – a decisão de sair tem a ver
com a possibilidade de lucros no médio e
longo prazo.
 A empresa tem seu lucro reduzido no país de
origem, quer obter ganhos de escala e escala
da consumo.
 Ou seja, produzir em outro país para aumentar
a quantidade produzida e obter um mercado
consumidor maior.
 Quando as empresas amercicanas bem pro
Brasil - Quer se reproduzir a estrutura
produtiva aqui, com matéria prima e mão de
obra mais barata e atender todo o MERCOSUL.
IDE: pode ser a construção de uma empresa nova; a
compra de ações de uma empresa nacional.
Traz para o país possibilidade de investimento e gera
emprego e renda.
Quanto a multinacional gera de emprego e renda?
Depende -> se abre uma nova empresa; entra em
algum setor por ações (paga impostos).
Quais são as vantagens da multinacional? Depende de
quando ela investe, o que ela gera, e o quanto ela
remete para o país de origem.
Multinacional vem na forma de compra de ações –
investe, não paga impostos a mais, não gera mais
empregos. Comprou ações de algum brasileiro. Ex.:
Arcelor Mittal – compra de ações pelos indianos (take
over – compra as ações pulverizadas do mercado).
O que acontece? O estado-nação precisa dar garantias
para essas empresas.
 Legislação ambiental
 Infraestrutura
 Redução de impostos
 Financiamento
O estado-nação quer:
 Gerar emprego e renda -> conseguir votos.
As negociações entre estado e a multinacional é que
são a parte mais difícil – acontecem agora, mas com
impactos no LP (40-50 anos).
COMO AS TRÊS VERTENTES TEÓRICAS DE EPI
ANALISAR O IDE?
Liberais: a mais importante vertente teórica para
analisar IDE. A despeito de todos os problemas
ambientais que podem ter, como defendem?
A mais clássica teoria justificanto investimento
estrangeiro é a do Vernon: a multinacional é uma
maravilha, é um interesse dos governos que mandam e
recebem.
Havia o debate de que as multinacionais que saiam
levavam emprego para outro país.
Vernon – o sistema capitalista funciona assim: sua
teoria é relacionada ao ciclo do produto:
1. Desenvolvimento de tecnologia para novos
produtos;
2. Coloca esse produto no mercado doméstico -
> avalia e consome o produto até um certo
tanto. Para que a empresa continue
produzindo e pagando o investimento inicial
feito a tecnologia;
3. Para continuar diluindo Custo fixo, produz-se
em outro país. O grosso do invesitmento foi
feito no país inicial. A multinacional vai para
ond tem mdo barata, baixas exigências
ambientais. Amplia-se o lucro, não tem o custo
de investimento (tecnologia) e tem-se mdo
barata, ao ir para a periferia. Agora é só
usufruir do que já foi feito: produzir mais
barato, talvez até com queda de qualidade.
Uma vez que você já ganhou o que esperava
domesticamente.
Toda a discussão pesada de multinacional ocorreu nos
anos 70.
É muito difícil padronizar uma teoria para todas os
setores das multinacionais – cada um tem uma lógica.
A teoria de Vernon é bem bacana para explicar.
A tecnologia continua sendo desenvolvida no centro.
Marxistas: empresas multinacionais só tem o interesse
de explorar mão de obra barata. Porque da gerência
pra cima, eles trazem de fora. Quando contrata faz, na
maior parte das vezes, com salários mais baixos.
As multinacionais assegura os lucros do centro.
No estágio de desenvolvimento capitalista avançado, o
que permite os lucros, é ir para outros países. Porque
dentro do próprio país as cadacidades de lucro são
menores.

A análise da multinacional é sempre feita entre a

relação entre países desenvolvidos (de onde saem) e
periféricos (para onde vão). Relação de exploração.

Para falar de assimetria/ capacidade de argumentação

– entre países desenvolvimentos e subdesenvolvidos.

Mercantilistas: se o mercantilista sobrepõe o interesse

do estado nação,há duas vertentes:
 Favorável: assegura os interesses do estado
nação no outro país; leva cultura do estado
(indústria de entretenimento americano); cria
padrões de consumo/ comportamento
semelhantes ao do hegemona. Então a
multinacional é expressão dos interesses do
estado nação em outro país.
 Multinacional é o outro, um agente, e cabe ao
estado nação defender seus interesses/ se
contrapor. Cabe ao estado nação peitar a
multinacional. Na barganha entre estado e
multinacional, o estado tem a obrigação de
maximizar o interesse público.

Falta uma reflexão de de fato, hoje, essas grandes

empresas multinacionais, que possuem uma
capacidade econômica que a maior parte dos estados
nação não possuem. Mexem com a economia local do
país (renda, emprego, estrutura, fornecedores,
prefeituras) – impactos gigantescos.