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Parte 2 – Unidade 7 – 23/09/2015 Séc

O fim de Bretton Woods XIX


Liberali
Gowan – A Roleta Global smo
Clássic 1945 1950-
o 2ªGM 60 1974
As fragilidade de Bretton Woods -> as instituições
internacionais (FMI, BM e GATT); a impossibilidade
de manutenção do padrão dólar-ouro; a Séc 1948 1971
estabilidade do sistema. XX Bretton Cb
Woods flexível
Crise
de 29
A década de 70 – os déficits comerciais americanos. Padrão
Ouro

A crise do petróleo e a constituição do regime


“dólar-wall-street”.
Crise de 29: transações feitas com a moeda ouro,
As crises financeiras -> cambiais (regime de cb moeda lastrada no ouro. Não havia emissão
flexível). descontrolada de moedas. – Não há inflação,
poucas crises, Estado intervém pouco, modelo
A supremacia do financiamento público (Estados) e macroeconômico clássico (crise no mercado de
pricados atavés das instituições fincanceiras de trabalho, queda de salários, aumento da produção,
Londres e NY. aumento do emprego).

Notícia da semana: nova queda das ações chinesas. Séc XX:


-> incentivo a compra de ações, mas a produção 1945 - Os governos deixam de respeitar o padrão
das empresas não acompanhou a valorização das ouro para fazer frente/ financiar o esforço de
ações, então agora os retornos dos mesmos são guerra. + em função do conflito, elevação das
menores – a pessoas que investiram perdem renda - barreiras tarifárias (não importar, produzir
> começa a haver evasão de investimentos da bolsa domesticamente, o que for possível, e não queimar
chinesa e, por consequência, queda de ações. reservas internacionais com IM) – fechamento de
(atividade industrial fraca) barreiras tarifárias generalizadas. Momento de
turbulência.
Aumento do dólar: Brasil possui divisas, então
porque isso ocorre? 1948 – Encontros desde antes entre alguns países
Expectativa de saída de investimentos, haja vista o (EUA e Inglaterra) debatendo sobre essas barreiras
rebaixamento do Brasil pela Standars and Poors. tarifárias e as emissões descontroladas de moeda –
inflações elevadíssimas. Em algum momento teria-
O BC não está intervindo – ofertando mais dólares se que ordenar isso. Para reorganizar seria
para conter a valorização do dólar. necessário um esforço coletivo – uma negociação.

Regime de SWAPS cambiais. O processo de negociação fecha em 48 com BW. ->


estabilidade financeira baseada no padrão dólar-
Desvalorização cambial: aumento das X e redução ouro. As moedas seriam lastreadas no dólar-ouro (o
das IM, entrada de Ks – aumento enorme das crescimento das economias estavam lastreadas na
reservas nacionais. quantidade de ouro – para solucionar essa questão,
os EUA deveriam IM mais -> aumentar as reservas
Crise atual brasileira: não possui o componente de dólar nas economias, via ajuste das balanças
externo. comerciais).

País com alta capacidade produtiva. Isso só seria possível com o regime de cb fixo.
Alterar a tx de cb -> não se está ancorado no dólar.
Explicação marxista: realinhamento do sistema. + negociação de barreiras tarifárias.

Explicação liberal: excesso de intervenção Déficits comerciais gigantescos na Europa – como


governamental (aumento do salário mínimo, reverter esse quadro com o regime de cb fixo?
excesso de gastos). Análises midiáticas imbecis são Necessita-se de financiamento aos europeus (baixas
liberais (hegemonia social do PT and shit). reservas).
A tendência era que os europeus continuassem a econômico, haja vista a responsabilidade de
desvalorizar suas moedas e elevar tarifas – para lastrear o dólar com o ouro.
aumentar as reservas internacionais.
TQM : M V =P .Q
BW -> fixou-se os cb; iniciaram-se as negociações P.Q -> PIB
para redução das barreiras tarifárias. Como resolver Para elevar-se o PIB necessita-se de mais moeda, se
a questão das baixas reservas internacionais os EUA está perdendo moeda, sua possibilidade de
europerias? crescimento cai -> contração de liquidez, recessão e
deflação. Mas o BC não tá fazendo essa política de
Suprir déficits: contração, o que ocorre é a saída de moeda.
1. Pequenas desvalorizações (CP).
2. Câmbio fixo – manutenção do padrão dólar- Resposta dos EUA para a perda de dólar:
ouro. EUA estava liberando moeda para o Japão e a
3. Aumento das reservas europeias através da Europa.
balança comercial – aumento das
exportações europeias para os EUA, entrada 1971: Fim do padrão dólar-ouro
de dólar. (LP) Presidente: Nixon (republicano) – não limitar o
4. FMI – criado para ser o estabilizador do crescimento dos EUA a um regime monetário.
sistema – papel de emprestados de última
instância. Quando os níveis de reservas Realizou uma “pequena desvalorização do dólar”
europeus estivesem abaixo do crítico, e os em relação a outras moedas, com o compromisso
europeus presisassem fazer desvalorizações, de retornar ao cb fixo. Isso não acabou com BW,
haveria o emprestador de última instância. pois o acordo previa essas desvalorizações cambiais.
Oferecia moeda forte, para que os países
mantivessem o padrão dólar-ouro. Porém, os EUA não cumpriu o compromisso.

Problema do FMI: a maior parte dos rescursos é Passivo externo dos EUA (quantidade de dólar no
dólar – EUA nunca permitiu que a maior cota fosse mundo). – supostamente seria o correspondente a
de outras moedas. Os outros países depositam lá quantidade de ouro possuída pelos EUA.
dólar também.
EUA está emitindo dólar há muito tempo.
Projeto de reconstrução da Europa via Banco
Mundial – poucos recursos. Strange e outros atores – crise de hegemonia nesse
período; o hegemona se eximiu de suas
EUA criaram o Plano Marshall – injetou recursos na responsabilidades e optou por seguir seus
Europa. interesses políticos.

Esperava-se que essa arquitetura funcionasse. Consequência da emissão de dólar sem lastro:
 Passou-se para um regime de cb flexível – o
Como essa arquitetura deixou de funcionar? (durou mercado de cb precisa refletir of e demanda.
de 1948-1971, surpreendente o quando durou, dada
sua fragilidade). Vitória de Keynes em BW: controle de capitais –
dada a enorme vulnerabilidade da Europa na época.
1950: grande crescimento econômico.
Nixon – descontrole de capitais. – EUA começa uma
1960: déficits comerciais, surpreendemente, dos política efetiva de descontrole de capitais.
EUA com o resto do mundo. “Era Liberal” – sem controle, regime de cb flexível,
desmontar toda estrutura de regime de capitais.
Europa se reconstrói rapidamente, modernizada.
Começam a obter superávits comerciais. Pressão norte americana para que os governos do
mundo inteiro deixassem de regular a entrada e
Japão emerge como uma máquina produtiva e que saída de Ks.
consome pouco.
Problemas nas transações correntes podem ser
Consequência dos déficits comerciais americanos: solucionados pelas contas capitais (capitais sendo
 EUA vai diminuindo enormemente a investidos em você). O descontrole incentiva
possibilidade de haver crescimento investimento.
OPEP não sustentaria ou/e os EUA tomaria uma
Na década de 70 o capital de curto prazo não é tão posição.
de CP assim. Sua mobilidade é menor, menos
rápida. Como é possível que um cartel de países sem
nenhuma expressão internacional conseguisse
Reservas internacionais baseadas em comércio são impactar dessa maneira o ambiente?
suas. As de capitais podem sair.
 Enriquecimento dos produtores.
Fim de BW – fim da paridade dólar-ouro,  Viabilização da produção em campos com
consequentemente é o início do regime de cb custos mais altos, dado o aumento do valor
flexível e inicia uma campanha americana pelo do petróleo.
descontrole de capitais (redução de imposições ao  Desenvolvimento de energias alternativas
capital financeiro – podendo essa ser uma forma (próalcool no Brasil).
importante dos governos a solucionar seus déficits
na balança comercial – argumento estadunidense). A OPEP conseguiu manter o preço elevado.

O mundo atual foi fundado na déc 70. Ordem mais A crise do petróleo alterou o tabuleiro internacional.
liberal, mas não como o liberalismo clássico – não é Além de aliados estratégicos começa-se a aliar
tão comercial, é centrado no mercado financeiro. questões diretamente ligadas ao petróleo.

Capítulo particular na história da economia mundial: Teorias para a não intervenção estadunidense:
desregulamentalção de capitais no mercado 1. A organização dos preços do petróleo foi
financeiro americano feito por Nixon. Queda pós induzida pelos EUA (estava mal
queda de regras de regulamentação capital. E economicamente e queria impactar a Europa
paralelamente pressionava os europeus para que era altamente dependente do petróleo).
fazerem o mesmo. 2. EUA não fez nada pelo desgaste com a
Guerra da Coréia, Vietnã, etc...
Grandes beneficiários dessa política: 3. Governo Nixon consegue convencer que
 Londres – euromercado: transitar pelos toda essa receita obtida pelo comércio de
bancos londrinos todas as moedas. Os petróleo fosse convertida no mercado
bancos privados londrinos emprestavam financeiro (lucro com juros a baixo riscos –
dinheiro pro mundo inteiro. dinheiro inserido em bancos privados
Antes, os BCs articulados entre si que asseguravam internacionais, americanos, ingleses, etc).
a estabilidade. Agora, com essa oponência, os
bancos privados não precisam mais dos BC para Reciclagem de Petro-dólares
assegurar a estabilidade. Aumento do preço dos petróleos:
 Necessidade de financiamento
Bancos privados – resolvendo a questão de  Aumento das receitas
financiamento dos países subdesenvolvidos. Grande Inserção das receitas em bancos privados.
capacidade de investimento, juros baixos. Empréstimo dos bancos privados para financiar as
compras.
Mercado financeiro pronto para resolver problemas
de financiamento e investimento. Compra de Aumento de
petróleo receitas
Como o mercado financeiro cresce?
1974: Choque do Petróleo
Aumento dos gastos de importação. Déficits->
agora os países precisam de financiamento para
comprar petróleo. Inserção
Obtenção de
dessas em
financiamento
bancos
Aumento ordenado dos preços dos petróleos.
EUA não fez nada – não interveio de maneira
alguma.
EPI 1 – Aula 24/09/2015
Porque financiamento não ajuste? Pegou-se Parte II – Unidade 7: fim de Bretton Woods
financiamento, pois não acreditava-se que a posição
da OPEP se manteria por mais de uma semana. A
A evolução da flexibilização monetária é financeira.
BW não acordou em abertura do mercado de
O regime é de cb flexícel e a supremacia do dólar. capitais.

A desregulamentação do mercado financeiro e as FMI –estabilizador do sistema, emprestador de


condições de financiamento internacional. última instância – emprestaria moeda para os países
para que eles não fizessem corrida cambial, não
As negociações de comério e o papel das demais alterassem o cb, mantivess-se a estabilidade do
instituições de BW (BM e FMI). sistema.

Os ajustes dos balanços de pagamentos. O FMI não possui recursos para financiar os
governos e os EUA agiram com o Plano Marshall.
O sentido do “regime dólar-Wall Street”.
Pq os EUA preferiam usar o Plano Marshall para
irrigar a Europa de dólares/ divisas?
Nova ordem internacional – negociar para alcançar  Com o Plano Marshall construia-se aliados –
a estabilidade do sistema – estabilidade do campo FMI não constuia-se aliados e o dinheiro
(do internacional). poderia ser pego por inimigos.
 Negociação bilateral.
Para tal, é necessária a estabilidade:
 Taxas de cb; Paralelamente, na conta de capitais as negociações
 Preços (internos) – sem inflação; com relação a flexibilizações tarifárias: assim como
o Plano Marshall, EUA abria seu mercado para a
Como isso foi conseguido em BW? Padrão dólar- entrada de empresas arbitrariamente, para angariar
ouro. aliados e lucrar com sua vulnerabilidade econômica.
 Dólar ancorado no ouro e as outras moedas Sistema geral de preferências dos EUA.
ancoradas no dólar.
Assim, não se tem guerra cambial e estabilidade Objetivo de BW: manter a estabilidade do sistema.
doméstica. Porque para manter essa tx de cb a Seu objetivo NÃO era criar FMI e BM – criar
emissão de moedas precisa ser controlada. – insuituição nunca é um meio em si mesmo, ela é o
estabilidade externa e interna. meio para alcançar algo.

Pequenas desvalorizações que precisavam ser Anos 50/60: Grande crescimento econômico:
avisadas previamente ao BM.  Plano Marshall na Europa
 Paz
FMI monitorando as taxas cambiais.  Retorno dos fluxos de comércio
 Ex colônias se tornam Estados soberanos
Cambio fixo, mas ajustável – nas condições above.  Expansão do sistema ONU – consolidação
do sistema das Nações Unidas
Turbulências – países abondonaram o padrão ouro:
guerras, emissão descontrolada de moedas. Em BW Períodos de grande crescimento econômico, apesar
procura-se estabilizar a situação. dos acirramentos políticos da GF.

Impedimentos para entrada e saída de capitais: Recuperação econômica da Europa foi mais rápida
 Prazo de carência de saída; que o esperado. – sai economicamente fortalecida.
 Imposto de renda e IOF; +
 Investimento em setores selecionados; Japão surge no cenário econômico internacional
 Regras que facilitam ou dificultam a entrada como uma grande potência.
de capitais.
EUA passa a ter grandes déficits comerciais.
Pela entrada de capitais os países europeus
conseguiriam lidam com a redução de reservas EUA possui déficits comerciais por décadas. – como
provocada pela definição de um cb fixo. Balança sustentar isso?
comercial deficitária solucionada pela entrada Déficits em transações correntes e superávits na
entrada de capitais superavitária. Para incentivar a conta capital e em serviços (lucros e dividendos
entrada de Ks, redução dos impedimentos para a remetidos aos EUA, empresas repatriam quantidade
entrada e saída de Ks. (defesa estadunidense). enorme de lucros e divididendos). Emitir títulos,
venda de títulos – superávit na conta de capitais.
Após 1974 – não há regras formais ou informais
Quais são as consequências de um país que é o para serem seguidas, para manterem a estabilidade
emissor de custo internacional? do sistema.
 Emite moeda;
 Contração econômica nos EUA – contração Agora prevalecem os mecanismos de mercado.
econômica mundial;
 Não explode economicamente ao fazer isso Londres e Nova Iorque (Wall Street) dividindo a
porque os outros países absorvem sua condição de serem centros financeiros.
emissão de moeda.
 Privilégio – pode emitir moeda sem gerar Wall Street – criação de ativos financeiros.
inflação doméstica (financia seus déficts
comerciais). Mundo governado pelo dólar e os interesses
americanos. Londres também possui um papel
Padrão dólar-ouro: engessamento do Estado. fundamental.

Consegue manter o sistema de expansão monetária Não há garantias mínimas de estabilidade do


sem aumentar a quantidade de ouro, porque quem sistema.
está absorvendo a emissão de dólar é o mercado
mundial. A qualquer hora pode-se ter guerras cambiais,
perdas de capitais de curto prazo (recorrer ao FMI -
Cambio flexível –taxa de cb: preço da moeda pegar empréstimos demais, um momento o FMI
externa. Of e demanda. nega (negou emprésticos a América Latina) ->
bancos privados - não há compromisso de governo,
Assim, resolver déficits na balança comercial ou agora são mecanismos de mercado).
aumentar reservas -> desvalorizar cb.
Ambiente internacional atual – a crise é apenas uma
O FMI só existe em regime de cambio fixo. – questão de quando e onde. Mercado da
questão de prova. instabilidade.

Processo unilateral de desregulamentação do Até 2008 – crises na periferia/ regionais e eram


mercado financeiro estadunidense. atribuídas à inabilidade dos governos: excesso de
 Mundo de crédito farto e barato. – 1974: gastos, não cumpriam os compromissos
qual é o efeito do choque do petróleo para macroeconômicos.
as finanças internacionais?
2008-2009: crise sistêmica – afeta um grande
Petrodólares reciclados no sistema financeiro número de países, inclusive os países centrais.
privado americano e inglês. Bancos americanos e
inglês se internacionalizam. Assistir inside job.- mostra como ao longo das
décadas, esses produtos financeiros em um
Mecanismo de financiamento da balança de mercado sem regulamentação (EUA começa a partir
pagamentos – crédito externo farto e barato de da década de 70 a desregulamentar seu mercado,
dólar proveniente dos petrodólares. Entram nos bancos).
países em créditos e financiamentos e saem no
pagamento de juros (pouca coisa, os juros eram Mercado financeiro: sensível, gera desestruturação
muito baratos). crise econômica sem solução. Corrida aos bancos –
falta de dinheiro nos bancos.
Mecanismos de mercado para financiar, não
necessita-se mais de BW. Parte 2 – Unidade 8 – Neoliberalismo
Heleiner – Explaining the Globalization
Nova ordem (desordem) internacional. Gowan
chama isso de regime.
Aula 30/09/2015 – Não deixar de ler esse
BW – nova ordem econômica -> padrão dólar-ouro texto: porque hoje temos mercado de
gerava/ concertava de maneira formal (documento) capitais desregulamentado.
o internaiconal.
O autor busca explicar porque há tanta liberalização
no mercado financeiro de BW buscava exatamente
controlar os fluxos de capital.
Há uma defasagem temporal entre as pessoas que
Historicamente houve grandes fluxos de capital, colocam o dinheiro no banco e precisam no banco –
como um período de 30 a 70 anos que houve assim o banco vai criando produtos financeiros.
controle. Dinheiro parado é prejuízo, dinheiro circulando
aumenta seu valor.
A justificativa para aumento do fluxo: tecnologia e
dificuldade de controle. Taxa de juros – quanto mias gente ofertando, menor
a taxa de juros, porque a oferta de moeda é maior.
Papéis desempenhado pelos estados:
1. Deu muita liberade aos atores de mercado; Expansão ultramarina inglesa + seu grande fluxo de
2. Foi importante para conter crises; comércio, como comprador e vendedor +
3. Poderia ter, de fato, controlado o capital. construções de ferrovias/ investimento britânicas =
fizeram da city Londrina o maior centro financeiro
Fatos históricos: do mundo.
1. Mercado de eurodólars na Inglaterra;
2. Falha na cooperação entre Estados nos anos Sempre houve o mercado financeiro que funcionava
70; sempre e tinha seu centro financeiro em Londres.
3. Fim de BW;
4. Onda de liberalização nos anos 80, a O que mudou nessa história?
propensão de liberalização de cada país.
O argumento desse autor, é que esse mercado, que
sempre foi livre, nos anos 30 aos anos 70 ele era
Fato mais importante da década de 70: 1971 – controlado (mercado controlado).
Fim de BW:
 Fim do padrão dóllar-ouro (da indexação do No comércio internacional a tendência é não
dólar no ouro; fim do lastro; fim do cooperar, porque se você não cooperar, você ganha.
compromisso americano de fazer a Se todos regulam capital e eu não, eu ganho.
conversão de cada dólar em ouro)
 Câmbio flexível – câmbio agora é preço de Década de 30: os governos começam a criar
divisa! Aumento divisas, reduz o preço, vice- mecanismos de controle do capital, porque eles
versa. começam a ter um peso importante nos superávits
 Com o fim do câmbio fixo, acaba-se o da conta capital, influenciando/ suprindo o déficit
sentido das instituições de BW: “inutilidade da balança comercial. Conta capital passa a ser vital
do FMI” (só precisa-se desvalorizar o para manter o equilíbrio fo balanço de pegamos.
câmbio).
30 – 48: aumento do controle de capitais
Dinâmica do Mercado Financeiro (ações, títutlos de
dívidas públicas, as finanças incorporam tudo, todos 48 – 70: análise/ renegociação do controle de
esses tipos de ativos financeiros estão dentro do capitais, controle do capital resultado do acordo de
mercado financeiro, e o mercado de capitais é um BW. O acordo de BW que já vinha acontecendo por
deles). parte de vários países é formando em BW.

Até o séc XIX: como o mercado financeiro Tudo o que as teorias do neoinstitucionalismo
funcionava? estudam é segurança e questões econômicas.
Ao invés de transacionar com ouro, as transações
eram realizadas por títulos de crédito. Por que houve esse controle do mercado entre 30-
70?
Título de crédito – retirado no banco (cobra juros, o Esse capital (fluxos financeiros) gera nas
indivíduo paga uma %x para retirar esse valor antes economias...
– taxa de redesconto) o valor que só seria recebido
daqui há 30 dias. A partir dos anos 70, progressivamente, os países
vão liberalizando os fluxos de capital, com o
O mercado financeiro tem a função fundamental de argumento de que seria a melhor opção possível.
fazer a intermediação financeira. Para fazer isso, o Porque se existe déficit em TC, e níveis de reservas
banco cobra e recebe juros – cobra uma taxa para muito baixo, o mais razoável é alterar a taxa de
fazer essa intermediação. juros interna e atrair capitais de curto prazo.
Então esses problemas básicos, podem ser Sensibilização: esses capitais tem grande poder de
solucionados pela entrada desses capitais. influência na vida de todos nós.

Estava-se criando a capacidade de financiamento Problema do mercado financeiro: quando esses


econômico. Existe o mercado inteiro disposto a atores que não conhecem nossa realidade/nunca
fornecer recursos – déficit? Recorrer ao mercado estiveram aqui, houvem a possibilidade de algo dar
financeiro, e haverá uma quantidade imensa de errado, retiram todo o capital do Brasil.
recursos para financiar.
O mais esperto é o que sai primeiro – perde menos.
É exatamente porque esse capital se torna, cada vez
mais, menos regulamentado, havendo um fluxo Se esse mercado pode ser tão devastador quando
constate de lieberalização do comércio, gera uma crise e gera tanta vulnerabilidade nos
intensificando as trocas de mercadorias e de capital. governos – qual a importância da potência
E junto com isso, há a doutrina neoliberalista. hegemônia ao ver esse mercado, e não
regulamentá-lo?
Ou seja, retorno ao período neoliberal:
supostamente, livre fluxo de capitais, mercadoria, O centro financeiro era Londres – transição
estabilidade econômica. hegemônica.

Chama-se esse período de neoliberam porque A Inglaterra não tinha mais os recursos para manter
procura-se recuperar o livre fluxo de capitais e a posição de hegemona. O grande esforço da
mercadorias. Inglaterra era de manter Londres como certo
financeiro. Pós Guerra -> Inglaterra passa a deixar
O que possibilitou esses enormes fluxos financeiros? que pessoas/ governo/ empresas aplicassse/
Se não há regulamentação, a cada negociação entre atendessem essa demanda de crédito fora da
dois agentes, amplia-se essas transações em ativos Europa. Mantendo seu mercado financeiro
financeiros. altamente desregulamentado para manter essa
 Avanço tecnológico – essenciais para condição de Londres como centro financeiro.
ampliação dos fluxos;
Por que os governos não regulamentam esses Rivalidade entre Londres e Nova Iorque (Wall
capitais? Esses capitais geram uma enorme Street): Há um grupo econômico, alta finança, grupo
instabilidade no balanço comercial desse país. Esse político/ de interesses importante que pressiona o
capital financeiro gera a possibilidade de um país governo para ter maior expressão financeira, para
ser estável ou não. que esse centro não fique em Londres, mais
empoderado que nunca e reivindicavam um
O mundo, segundo alguns atores, a hegemonia protagonismo para NY. Competição muito grande
americana não é territorial/ comercial. ter Londres e NY – os mesmo grupos, com mesmos
interesses, cada um operando em seu país (NY, e
Mercado financeiro com capacidade de assegurar a Londres) atuando no mercado financeiro.
estabilidade econômica dos países a partir de
variáveis macroeconômicas – ofertando divisas/ Grupos que efetivamente controlam o sistema
financiamento. bancário, mercado de investimendo de curto prazo,
e isso mantém a aliança entre americanos e
Mercado financeiro: transacional, ingleses. Defendendo a desregulamentação desse
desregulamentado, com grande capacidade de mercado financeiro.
influenciar o governo.
Mercado financeiro age de maneira descoordenada,
Alma do mercado financeiro: multiplicar crédito vulnerabilizando as contas dos países.
onde ele não tem.
Pós BW cada país vai caindo a regulamentação de
Segundo os liberais, agora há a possibilidade de capitais: EUA, Inglaterra, Japão...
financiamento de empresas, pessoas, governos.
Por que manter a regulamentação dos capitais se os
30 – 70: controle de capitais. O período anterior é demais não fazem o mesmo? Eu irei perder capitais.
de ausência de regulamentação e o posterior de
desregulamentação. Pergunta do séc XXI: Existe hoje a possibilidade de
ter controle desse capital?
consumo, investimento, tributação (investimento
Transnacionalizado, importante para ajuste das público).
contas, poderoso para investimento de governos/
empresas/ pessoas, etc. Mercado financeiro (fluco de capital global) –
resolviam um problema estrutural dos governos ->
Unidade 8 – Flexibilização Monetária e financiamento (aumento de gastos do governo/
Fincanceira – Crise na América Latina investimentos).

EPI 1 – Aula 01/10/2015 Petro-dólares -> bancos privados -> passam a


oferecer crédito para financiamento.
Causas da Crise:
Externas: elevação da taxa de juros nos EUA; choque Argumento liberal para fluidez de capital: gerar
do petróleo; ajustamentos das economidas dos condições de financiamento para agentes (famílias,
países desenvolvidos; ausência de mecanismos empresas, estados deficitários).
internacionais para ajuste das contas externas.
Bastava abrir o mercado de capitais/
Internas: elevado grau de endividamento público e desregulamená-lo e deixar os capitais entrarem.
privado externo; alocação dos recursos tomados no
exterior. Foi isso que a AL fez. Grande oferta de capital e a
AL absorveu essa oferta. Taxa de juros de
Administração da crise: a fragilidade dos devedores, empréstimo à menos de 1%. Sistema de crédito
o pool de bancos e o papel do FMI. farto e barato.

Consenso de Washington: 9 medidas Países que precisavam crescer e sob regimes


1. Déficit fiscal (conceito de déficit primário); militares -> por que não pegar emprestado? Ou
2. Prioridade nos gastos públicos; seja, pegarem grandes empréstimos.
3. Reforma fiscal: “alargamento” da base
tributária; Brasil – consolidação desses investimentos
4. Taxa de juros postitiva -> atrair capital; financiados por esse crédito, segundo PND (Plano
5. Taxa de câmbio -> determinada pelo Nacional de Desenvolvimento) no governo Geisel:
mercado; Itaipu, sistema siderúrgico, parque de celulose.
6. Política comercial -> fim do protecionismo; Maior crescimento mundial, investimento pesado
7. IDE -> incentivo e tecnologia; estatal. Muito atores consideram que esse foi o
8. Privatizações -> aumento da eficiência e momento real em que Brasil passou a ser um país
diminuição do déficit; industrializado.
9. Desregulamentação das atividades
econômicas (bancos, mercado de trabalho, Argentina, México, mesmos acontecimentos.
infraestrutura).
Atuação dos governos federais e estaduais
Âncora de precificação da moeda (câmbio): PIB. O buscando financiamentos externos.
PIB (P.Q) aumenta, aumenta a velocidade de
circulação da moeda/ quantidade de moeda. – Europa: países sentiram o aumento do preço do
teoria quantitativa da moeda. petróleo. Inflação proveniente do choque de
petróleo.
1979 – 1985: Crise da América Lantina – showcase
desse novo padrão mundial, primeira grande crise Trade-off: crescimento com endividamento ou
do fim de BW/ do padrão dóllar-ouro. ajuste recessivo.

Impacta um grande número de países: a AL quase Diante do choque do petróleo ou os países


toda e os países africanos. financiavam a conta-petróleo (déficits crescentes em
TC), levando ao aumento da inflação ou realizavam
Produto da forma de inserção da AL no sistema o ajuste-recessivo.
mundo.
Grande parte dos países europeus e os EUA
Muitos dos países da AL viviam sob regimes entraram nesse cenário de ajuste recessivo:
militares. Sempre tiverem problema de colocaram o pé no freio, após longo de crescimento.
financiamento. Renda baixa – não há renda pra
Não era esperado que o choque do petróleo fosse  Refluxo de capitais para os EUA e a Europa,
durar tanto tempo. Quando se percebe que a redução do crédito internacional;
situação não alteraria, os países começaram a  Quantidade menor de reservas
realizar o ajuste recessivo. internacionais;
Países subdesenvolvidos:  Crescimento da dívida.
Brasil – crescia 10% ao ano por 8 anos – choque do
petróleo> alternativas: ajuste recessivo ou compra O estrago está pronto.
crescimento econômico
Déficit em TC -> déficit na balança comercial e na
Ao invés de fazer ajuste recessivo, toma-se esse balança de serviços (elevação dos serviços da dívida
crédito internacional barato e investe-se na sua – juros e dividendos, aumento absurdo). Passa-se a
economia. Investir em setores da atividade mandar pra fora em juros mais do que se recebia
econômica que são exportáveis, para que seja em crédito. Tomava emprestado para pagar a dívida
vendido e possibilitado o pagamento da dívida. e isso era feito diariamente.

AL: crescimento com endividamento externo. Brasil chegou a pagar dívida externa com ouro
monetário.
Grande evolução da dívida externa.
Pior momento, nenhum banco empresta mais:
Razoável a tomada de crédito – os países recorrer ao FMI.
subdesenvolvidos precisavam crescer.
1979 – Tatcher já havia feito as reformas na
Serviço da dívida: amortização + juros da dívida. Inglaterra, dando fim ao welfare state britânico.

Até aquele momento e hoje ainda, os países Reagan – deu fim a greve de pilotos, demitindo
contratam dívida a juros do dia, taxa do dia, taxa todo mundo.
pós fixada. Se a taxa estiver muito baixa, você
ganha, caso contrário, o credor ganhar. Não se endividaram? Agora tem que pagar!

Taxa flutuante – risco: a taxa pode variar e sua Solução dos problemas:
dívida aumentar. Se os bancos não querem mais emprestar dinheiro,
e as exportações caíram, como pagar?
Esse é o risco de comprar crescimento econômico.
Países passam a ser pressionados por governos e
Pega-se o empréstimo acreditando que irá crescer. banqueiros para resolver o problema do pagamento
da dívida e serem direcionados a um único caminho
Além do crescimento, quando se pega empréstimo -> tomar empréstimo do FMI.
com bancos estrangeiros, ainda é necessário que se
possua moeda estrangeira para se garantir o FMI – não exercia seu papel desde sua criação, e
pagamento da dívida à taxas de câmbio razoáveis. com o fim do padrão dólar-ouro torna-se menos útil
ainda. Porém, de repente, os países da AL estão
Aumento da taxa de juros americana: desacelerar a fortemente endividados, com os bancos not willing
economia, reduzir a inflação, gerada pelo preço da para renegociar a dívida nem oferecer mais crédito,
gasolina (choque do petróleo – choque na matriz alternativas: dar calote, pegar empréstimos de
energética, efeito multiplicador em todos os setores outras fontes ( juros maiores e prazos menores para
da economia). – ajuste de recessão econômica. pagar).

Paul Wolker – ajustar às condições adversas da Se os bancos não querem emprestar dinheiro, como
economia americana. resolver?
 Calote – não se consegue mais pegar
Taxa de juros americana chega à 14%, em termos empréstimos.
reais, taxa de juros 5/6%. A Europa segue nas
mesmas condições. FMI – não possuía recursos para dar conta, se quer,
da dívida externa brasileira.
Efeitos para AL:
 Contração das exportações; compra-se Moratória mexicana – os bancos passam a estimar
menos agora; quando de crédito está na AL.
Privatizações: onerando menos o Estado, governo
2/3 do crédito mundial estava na AL. FHC, a venda das estatais deu uma boa arrecadação
ao estado.
Efeito multiplicador nos bancos -> se um não
pagou, como emprestar dinheiro para os outros? – Onda de governos neoliberais na AL implantando
quebra do sistema financeiro mundial. essas medidas.

Necessita-se de um instituição multilateral que Acionista do mercado financeiro apresenta as


acompanhasse essas questões. Quem? FMI! medidas do Consenso de Washington ao FMI e
concorda-se de continuar emprestando, desde que
FMI – os bancos privados precisariam colaborar a os países da AL adotem essas medidas.
partir da abertura de novas linhas de crédito, caso
contrário os países não conseguiriam pagar. Deu certo – entrou-se dólares e começou-se a
pagar os serviços da dívida.
Os bancos privados voltam as mesas de negociação
– negociam individualmente com cada devedor. Índia (1991), países da África – todos com
problemas de endividamento.
Pool de bancos – o devedor e vários negociadores
da parte dos bancos juntos. Crédito farto e barato traz/ acarreta um grande grau
de vulnerabilidade.
Nunca houve pool de devedores, foi sempre
imposto a esses países a condição de renegociação Cada país que caía na dívida, era aplicado as
da dívida. mesmas medidas do Consenso de Washington.

Nunca se deixa os devedores sentarem juntos – não Dimensão da supremacia do mercado financeiro:
possuem poder de barganha. gera crédito farto e barato e, por outro lado,
possibildiade de endividamento público e privado.
Consequência – FMI impõe conjunto de medidas
para sanear as dívidas desses países.
Estado
soberano
As medidas foram muito duras.

Tudo era direcionado para aumentar e quantidade Instituição


de dólares: exportar mais (desvalorização cambiar multilateral
enorme), importar menos, elevar tx de juros para (FMI)
atrair capital/ IDE; privatização – para isso, quanto
maior a recessão doméstica (setores de exportação
continuam atuando, produzindo, vendendo muito – Bancos privados
cb desvalorizado), melhor, reduzir o consumo
doméstico, redução dos gastos públicos -> para
aumentar o que fosse destinado a pagamento da Nesse momento histórico, a AL – em momento
dívida. algum a crise da AL é vista como um problema no
mercado financeiro mundial. Tudo isso foi vendido
FMI – definição do conceito de défict primário como uma questão doméstica (estado pesado,
(despesas – receitas, o que sobrar-> pagamento da insuficiente); contrataram a dívida de uma maneira,
dívida). e essas taxas foram mudadas.

Direcionamento do gasto público para o que fosse Vê-se como irresponsabilidade da gestão pública
aumentar a capacidade de exportação. doméstica, enxerga-se de maneira individualizada o
problema.
Maior arrecadação de tributos.
Liberalismo - Há todo um discurso ideológico de
Capitais de curto prazo. que os mecanismos de mercado geram eficiência
econômica e se der errado, é porque a aplicação
Depois da desvalorização – tx de cb flexível. não foi feita corretamente. “Faça seu dever de casa”
– conotação de subjugação e influência ideológica.
O mercado que criou o problema, mas diz-se que vantagens absolutas); Ricardo sofistica essa análise
não é um problema do mercado, mas sim do país. de Smith com as vantagens comparativas.

Agora, vê-se crises com características muito Ricardo – clássico; relações matemáticas, torna-se
similares – crises asiáticas (1990), Rússia. E isso difícil negá-lo. Provou que havia ganho
sempre foi vendido como problemas de ineficiência generalizado para todos com o comércio.
do mercado.
Smith e Ricardo – pais do liberalismo. Montam o
Essas crises são sistemáticas – é só uma questão de sistema do liberalismo inglês.
quando e onde.
Restrições ao comércio: cotas – determinação da
Foi-se explicado assim, até a crise de 2008 – EUA. quantidade/ volume de mercadorias enviadas a
determinado país. Com a cota, entra uma parte do
Parte 3 – Unidade 9 – O’Brien e William e produto importado, reduz o preço domesticamente,
Campos e Vodall mas não expulsa-se os produtores domésticos.

Aula de EPI 1 – 14/10/2015 Subsídio – o governo não mexe nos impostos de


importação nem estabelece cotas, mas oferece
EPI no Comércio: restrições “políticas” ao comércio auxílio aos produtores para que eles continuem no
livre -> tarifas, cotas, subsídios e controle de mercado e se tornem mais competitivos.
câmbio, regulações administrativas e restrições
voluntárias (política comercial). Política comercial – imposta pelo Estado em um
relação de mercado.
Teorias de EPI e livre comércio:
Liberais: teoria das vantagens comparativas – jogo Barreiras fito-sanitárias, técnicas...
de soma positiva, devido a:
1. Ganhos de curto prazo – ganhos de Dada a política comercial, o objetivo dos países é
especilização – alocação eficiente dos intensificar o fluxo de comércio.
recursos.
 Preço de equilíbrio – menos no exterior e A alma liberal é a alma do livre comércio – os
maior domesticamente; liberais possuem os maiores argumentos com
 Maior demanda mundial pelo fator de relação as políticas comerciais.
produção abundante domesticamente ->
aumento do preço do fator; Os liberais estão quebrando a lógica do
 Possibilidade de aumento de importações mercantilismo. Sempre o comércio será um jogo de
para países em desenvolvimento -> soma zero.
produção de comodities -> preço varia com
a conjuntura; baixa elasticidade de renda da Os liberais tentam explicar como o comércio pode
demanda. ser um jogo de soma positiva.
2. Ganhos de longo prazo – aprendizado.
Ganhos de curto prazo – apontados por Ricardo.
Entender como as 3 versões teóricas entendem os
fluxos comerciais entre os Estados (vantagens e Se dois países estão comprando e vendendo é
desvantages). Posteriormente, compreender os porque há diferença de preços. Quando abra-se o
arranjos internacionais para o comércio (OMC). mercado, os preços equalizam-se – preço mundial.

Só para fundos comerciais que criou-se regras Efeitos da liberalização:


cooperativamente entre membros. 1. Cai o preço do internacional, aumenta-se o
preço doméstiço, alcançando o preço de
Para investimento diretos e fluxos financeiros – não equilíbrio, que vigora no país A e no país B,
se criou qualquer arranjo para estabelecer regras e no mundo. Efeitos desse preço de equilíbrio:
compromissos entre os países. aumento do preço do pincel
domésticamente leva ganhos aos produtores
Mais importante contribuições teórica acerca do de pincéis e dos trabalhadores desse setor,
comércio internacional – Ricardo: vantagens enquanto o país em que o preço cai,possui
comparativas (Smith dá o chute inicial, fala de perdas nesse setor de pincéis. Ganham os
produtores do produto abundante.
Nacionalistas econômicos: restrições ao comércio
Modelo Ricardiano é essencialmente de CP. podem ser dotadas para reduzir a vulnerabilidade
externa.
Ganhos de longo prazo – tentativa de ver se o
comércio internacional no longo prazo. Os liberais Críticos/ marxistas: troca desigual, deteriorização
não estão preocupados com esses ganhos/custos de dos termos de troca; desigualdade salarial,
LP, porque os ganhos estáticos de CP já seriam despredação ambiental.
suficientes para abrir-se para o comércio
internacional. Tendências: aumento do volume (principalmente
entre países ricos/ aumento da institucionalização,
Liberais e não liberais defendem restrições tarifárias aumento dos acordos comerciais).
a setores da indústria nascente (argumento da
industria nascente). Ex.: relógios suiços e Regime de comércio GATT/OMC.
tailandeses.
Nem com alto grau de eficiência a literatura
Problema desse argumento – como você vai saber recomenda que os governos fechem suas
que essa indústria tornara-se eficiente e com preço economias.
mais depois (ganhos de escala)? E enquanto isso
realizasse essa restrição a uma parcela do mercado. Políticas de comércio – intervenção/ ação do
Reconstrução do Japão pós-guerra foi com base comércio no governo. A política mais eficiente
nesse argumento. depende do objetivo dos governos.

Liberalização sempre favorece os consumidores, Deve ou não o governo intervir? É desse assunto
porque se trouxesse o importado para cá é porque que trata a EPI (relação entre Estados e mercado na
ele é mais barato que a indústria nacional – economia internacional).
amplicando o poder de compra e o bem estar do
consumidor. Como os estados agem e influenciam esses fluxos
de comércios?
Os trabalhadores e os produtores do setor que
compete com os improtados perdem. O que as três abordagens de EPI dizem acerca do
comécio internacional?
Chineses melhoraram o padrão de vida da
humanidade – exportam produtos mais baratos. A discussão mais importante dos fluxos de comércio
é o liberal – o livro fluxo de comércio.
Parte III – Unidade 9 – Comércio
Aula 21/10/2015 Escola liberal – nasce da fala do Smith e do Ricardo
– tema de análise -> comércio internacional.

Ganhos estáticos: Ricardo – vantagens comparativas -> teoria com


 Teóricos: alocação eficiente de recursos -> lógica matemática inquebrantável. Postulado
vantagens comaprativas. econômico.
 Pesquisas: aumento da abertura ->
crescimento, sentido de causalidade, Vantagens comparativas – alma do liberalismo.
medidas de abertura.
Estamos na era neoliberal – retomamos os
Ganhos dinâmicos: postulados dos ganhos do comércio defendidos
 Teóricos: tecnologia -> resíduo de Solow pelos liberais.
fluxo de comércio pode gerar inovação e
incentivos P&D (pesquisa e Mobilização enorme de recursos para realizar-se
desenvolvimento)? uma defesa do comércio, que se espera ganhos da
 Longo prazo: pesqusias: não há consenso liberalização do comércio mundial (OMC, Consenso
acerca dos fatores que ligariam o comércio de Washington).
com o crescimento econômicos no longo
prazo. A liberalização gera ganhos econômicos. A
liberalização do comércio – alma do liberalismo.
Tantas instituições pregando livre comércio: livre Indicativo de comércio internacional importante –
comércio é realmente bom? qual a composição da pauta importadora.

Comércio leva ganhos estáticos – once for all: abri o Importa-se a tecnologia pronta (máquinas),
preço elevou, após isso nada mais acontece, os melhorando seu processo produtivo. Pode-se ter até
ganhos já foram auferidos. déficits comerciais, mas se a pauta de importações
trazer avanço tecnológico, pelo menos tem-se
Supostamente o produtor que ganha com o avanço produtivo.
aumento do preço do produto ao entrar no
mercado internacional é o que produz o produto de Além do indicador de abertura, outra discussão
fator abundante. imporante é a de sentido de causalidade: o que
determina o que? Cresceu-se mais porque se
Perde – os setores que são ineficientes perdem com exportou mais ou o crescimento levou a exportar
a abertura. mais?

Longo prazo: não acontece nada. Não há nenhuma


Consumidor: ganha com a queda de preço dos medida de ganhos na economia. Crescimento
produtos importados, perd com o aumento dos econômico de LP é determinado pela dotação de K
preços dos bens domésticos que agora são e trabalhos dos países. (deslocamento da fronteira
exportados. de possibilidades de fatores de produção).

Um grupo ganha e outro perde de consumidores – Solow: Variações de K e Trabalho levavam a


depende da cesta de consumo do bem. crescimento econômico maior que a
proporcionalidade. Então havia outra variável (e).
Aspectos teóricos: quem ganha e quem perde. e-> resíduo de Solow, qualquer coisa além de K e
Trabalho que gera crescimento de LP. Ex.:
Pesquisas empíricas: após fazerem a abertura os tecnologia, educação. Como os países podem
países ganharam o perderam? crescer no LP de forma continuada.

Qual critério utilizar para verificar a abertura? Comércio internacional para gerar crescimento de
Tarifas, barreiras, subsídios, etc? Como medir a LP deve trazer tecnologia. Qual a possibilidade do
liberalização comercial? comércio trazer tecnologia?

Índice de abertura é difícil de definir – justifica-se É possível estabelecer alguma relação do comércio
que se a pesquisa não tem o resultado esperado internacional com P&D (deslocar a fronteira de
isso ocorre pela definição incorreta do índice. possibilidades de produção sem aumentar os
fatores) ? Como o comércio pode incentivar? Trazer
Como gerar o crescimento econômico com o máquinas com tecnologia aumento a capacidade/
comércio internacional? Como o comércio eficiencia produtiva, pode-se considerar como
internacional gera crescimento econômico? X > IM ganho de comércio.

Crescimento econômico só gera crescimento Marxistas: Tendência do preço dos produtos


econômico se X > M. agrícolas caírem. – alguns pesquisadores
comprovaram, outros provaram que aumentava.
Só ganha se a balança comercial for superavitária,
se não for está-se perdendo crescimento econômico A tecnologia da produção industrial é muito mais
com a abertura econômica. rápida.

E se não houver crescimento, deve-se acabar com o Dependendo do perído de tempo tem-se
comércio internacional? O comércio pode não trazer conclusões diferentes.
crescimento econômico, mas pode trazer eficiência
produtiva. As importações, principalmente para Salário desigual – os trabalhadores do norte acabam
países periféricos, devem ser com tecnologia, explorando os do sul.
imbutida nas importações. Produtos importados
que geram avanço tecnológico. Aula 22/10/2015 – Parte 3 – Unidade 9 –
Comércio
Origens do regime de comércio -> Bretton Woods - compreender qual o dilema de ação coletiva
> OIC -> Organização Internacional do Comércio. presentes.

Princípio do regime – GATT Dilema de ação coletiva – dilema do prisioneiro. Ex.:


1. Nação mais favorecida; Você espera o outro baixar as tarifas, e não baixa as
2. Tratamento nacional; suas, como acordado.
3. Transparência.
Jogos de coordenação – o objetivo/ estratégia dos
 Negociações – 1948 a 1986 dois é cooperar.
 Rodada Uruguai do GATT (1986-1994) ->
institucionalização -> criação da OMC Não cooperar é a estratégia dominante no
comércio– então faz-se regras e mecanismos de
Estrutura da OMC monitoramente para que eles cooperem.

Meio ambiente, educação – os países querem


Conferência ministerial
cooperar, por isso não há um orgão, mas sim
reunião para traçar metas e prazos.
Orgão de solução Orgão de revisão da
Diretor geral
controvérsias política comercial
Regime – mudar e moldar a estrutura dos Estados,
porque a estratégia dominante no comércio é não
Comitês
cooperar. O regime precisa ter então regras,
monitoriamento e mecanismos de punição aos
GATS (serviços) GATT bens dissidentes.

Formas de monitoramente são acordados.


TRIPS TRIM

Pode-se institucionalizar ao máximo ao regime: cria-


Outros se um acordo, todos assinam, uma instituição para
fiscalizar o acordo; uma organização para monitorar
para fiscalizar e punir.

O único regime que tem esses três pilares (regras,


Regime (definição de Krasner): conjunto de regras e monitoriamento e sanção) é o de comércio.
procedimentos de tomadas de decisão que
conformam o comportamento dos atores em uma Essa estrutura/ esses pilares do regime é
determinada agenda. representada na estrutura da OMC.

Regime é o produto final da cooperação entre Qual a primeira resposta/ tendência dos Estados em
Estados – ao fazer um regime, acordam como se uma crise econômica (queda do Y)? Procura
comportaram nessa agenda. Definem regras e aumentar as exportações, não trazer desemprego
trazem as mesmas para a esfera doméstica, na doméstico -> Elevar a tarifa de IM.
forma de ratificação pelo Congresso, por fim como
lei. Câmbio – não analisamos em termos teóricos
câmbio, porque, teoricamente, deste 70 o câmbio é
As dificuldades e o processo de formação desses flexível + política espúria (guerra cambial), com a
reigmes de comércio. inflação como consequência interna.

Para fazer um regime, definindo regras, precisa-se Câmbio não é uma política de longo prazo.
saber a razão/ o porquê para se fazer essas regras.
Por que um regim no internacional é tão Guerras de todos contra todos – período antes de
importante? Por que um regime é tão importante? BW (tarifas de comércio altas).
Por que o Estados precisam criar essas regras para
todos? Criação do OMC estava prevista nos acordos de BW.
 Para se ter previsibilidade;
Fez-se uma carta dessa organização – seriam as
Todas as agendas que analisaremos na área das RI, regras para a liberalização coletiva e a organização
nós como cientistas políticas, devemos monitoraria o processo de redução tarifária.
Negociações: desde o início só foi negociado
Porém, isso não ocorreu, fracassou-se a criação de produtos industrializados.
uma organização do comércio internacional.
Cada um quer exportar o que faz melhor e criar
Então, os países pegaram parte da carta para barreiras para o que não se tem vantagens
aplicar, as regras de liberalização do comércio: comparativas.
Princípios constitutivos:
1. Princípio da nação mais favorecida – deve Assim, EUA nunca deixou a pauta agrícola entrar na
estar presente em qualquer negociação OMC.
envolvendo vários atores/ um grupo. O que
se oferecer de melhor para uma nação, Todos os países possuem uma política agrícola. A
deve-se oferecer para todos. Estrutura política agrícola da UE é fortíssima.
qualquer acordo internacional.
Se todos os países possuem política agrícola, como
Não significa que todos terão a mesma tarifa, os países conseguiriam negociar essa questão na
significa o quanto cada país está propenso a reduzir OMC?
para cada bem.
A evolução das negociações foi toda em questões
A redução feita vale para todos os que comerciais.
comercializam aquele bem.
1986- começa-se as rodadas do Uruguai. O mundo
OMC – 156 países negociando. Como é possível que agora é outro, começou-se o neoliberalismo.
156 países negociem ao mesmo tempo? Países Começa nesse ano, ratifica-se o que foi acordado e
maiores tem um corpo diplomático específico para abre-se outra rodada/ agenda de negociação para o
o comércio, uma representação em Genebra. que se foi acordado, daqui a 2 anos.

Formação de grupos para se negociar. Importante para a negociação de produtos


industriais e aí de fato foi-se criado um regime.
A questão regional – ex.: MERCOSUL, união Agora, tem-se regras de comportamente,
aduaneira, tarifa zero entre eles. Por que a OMC mecanismos de monitoramente (orgão de revisão),
permite isso? Já que não consigo colocar zero para criou-se um mecanismo de enforcement, orgão de
todos, permite-se acordos regionais com tarifas solução de controvérsias.
mais baixas (ferindo o princípio da nação mais
favorecida). Quando criaram o regime internacional de
compercio, tudo que já havia sido negociado
Spaghetti – tem-se uma redução tarifária continuou valendo. Assim, todos os países que
generalizada, um conjunto com múltiplos entraram a partir da rodada do Uruguai tiverem que
subgrupos, faria com que o final de x anos, assumir tudo que já havia sido negociação.
ocorresse uma redução generalizada das tarifas.
Portanto, quando mais tarde se entra, maior a
2. Acordos sanitários, fito-sanitários, técnicos. quantidade de medidas para se adequar.
– dar segurança para o exportador.
A unidade soberana, Estado, decide o que entra e o GATT – negociações de bens industriais, virou um
que não entra. Unidades aduaneiras. comitê dentro da OMC, prepara, viabiliza os acordos
entre os países. Fazem a coordenação das
A MESMA TARIFA e requerimentos específios negociações.
adotados no produto nacional, serão requeridos do
estrangeiro. Rodada do Uruguai também apresentou uma
novidade – negociação de bens, mas também de
3. Princípio da Transparência – deve-se serviços- GATS.
informar quais são as políticas aduaneiras
para os outros. As informações adotadas Negociaram quatro, dos doze tipos de serviços.
pelas aduanas.  Vinda de pessoas para prestação de serviços
No site da org. de revisão da pol. Comercial está os  Empresas
documentos de cada país.
A cada rodada negociação acerca do intercâmbio de
serviços.
foi a mais importante de todas elas, em termos de
Maior surpresa da rodada -> TRIPS: apropriação interdependência entre os Estados. Autores liberais
intelectual. Patentes, direitos autorais relativos as da EPI acreditavam até que o comércio poderia
artes, marca, localização geográfica (champagne conduzir a paz. Comércio é o mais importante, mas
apenas os produzidos na região de champagne, hoje foi ultrapassado em valores pelas finanças.
presunto de parma, queijo minas, queijo roquefort).
Assunto da aula de hoje: Investimento Direto
TRIM – acordo de investimentos, supostamento Estrangeiro.
fluxos de empresas multinacionais. Andou-se pouco
nos últimos anos. Keohane e Nye – Interdependência complexa –
falam de novos atores no internacional. Consideram
O otimismo desse período da rodada do Uruguai que as empresas multinacionais poderão em alguma
acabou, tendo desde então poucas evoluções (1999 era ultrapassar o estado-nação. Não terá o mesmo
– Seattle), Doha (poucos avanços, apenas grau de soberania, porque muitas das variáveis
negociação de indústria). econômicas está na mão de empresas
multinacionais.
Brasil afirmando que o TRIM era negativo para
países subdesenvolvidos. Texto traz definições e dados.

Quebra de patência para saúde pública (ameaça a Na nossa aula iremos nos concentrar nesse texto do
saúde pública) – Serra, AIDS. Gilpin. É um mercantilista, realista. É a única
discussão feita sobre a economia política de
Parte III – Unidade 10 – IDE empresas multinacionais.
A EPI do Investimento Direto Estrangeiro Empresas multinacioanais podem ser analisadas sob
vários aspectos.

Liberais: ciclo do produto de Vernon: Razões para as empresas se internacionalizarem –


 1ª fase: introdutória -> desenvolvimento de não é o foco do estudo das RI. – assunto da ADM.
tecnologia (vantagem amerciana);
 2ª fase: maturação -> expansão doméstica; Como a ação das empresas estatais afeta as
 3ª fase: padronização -> IDE para garantir relações entre estados no S.I. – assunto das RI.
lucros (mão de obra barata e difusão de
tecnologia). Vamos alguns andares acima do porquê
internacionalizar.
A EMN e o estado são independentes e essa pode
representar a superação do estado-nação. Para pensar na relação das empresas com os
estados, o fenômeno do IDE é atual.
Marxista: EMN -> última expressão da exploração
capitalista e imperialismo. Séc. XX – Boom de internacionalização de empresas,
já ocorria antes, mas cresce nos anos 70.
Hynor -> EMN reproduz no mundo a estrutura
gerencial -> explora trabalho na periferia -> o Cresce nos anos 70 por dois motivos:
processo de acumulação de capital só é garantido 1. Atividade da empresa multinacional é algo
com a expansão da EMN. altamente arriscado – tem-se um ator privado e um
estado soberano. Esse ator privado não vem,
Mercantilistas: as EMN são o “veículo” da expansão necessariamente, de outro estado. É altamente
do estado-nação. Atualmente as EMNs substituíram arriscado por causa dessa assimetria. O estado é
às colônias -> extraem matéria-prima e são soberano e pode definir uma série de coisas. Uma
mercados para produtos finais. empresa x decide ir para um estado y, as condições
legais ambientais/ tributárias eram z. A empresa
Para outra vertente, o estado-nação é a forma de multinacional vêm para ficar décadas, é um
contrapor as EMNs. investimento de LP, é muito diferentemente dos
As EMNs do hegemona garantem o financiamento outros dois fluxos (comércio – once for all, e as
dos gastos militares e o crescimento econômico. finanças – mais líquidas ainda, investe de manhã a
tarde pode-se ir embora). O IDE não, ele fica
Argumento liberal é com relação ao livre fluxo das décadas. O país possuía determinado perfil de
atividades econômicas. Historicamente, o comércio legislação, de repente o estado-nação apssa uma
legislação no congresso, altamente desfavorável
para a empresa multinacional. É arriscado porque Quanto a multinacional gera de emprego e renda?
envolve um nível de recursos elevado, que dura Depende -> se abre uma nova empresa; entra em
década, em um ambiente altamente cercado de algum setor por ações (paga impostos).
incerteza. A empresa multinacional é altamente
vulnerável. Seu cenário de ponto de partida pode-se Quais são as vantagens da multinacional? Depende
alterar, exatamente porque ela está tratando com de quando ela investe, o que ela gera, e o quanto
um estado-soberano. É exatamente porque esse ela remete para o país de origem.
grau de incerteza diminui no pós guerra que
aumenta a saída de empresas, principalmente Multinacional vem na forma de compra de ações –
americanas. EUA possuíam condições de competir, e investe, não paga impostos a mais, não gera mais
contavam com o exercício de hegemonia americana. empregos. Comprou ações de algum brasileiro. Ex.:
Arcelor Mittal – compra de ações pelos indianos
Maior ameaça que a empresa multinacional tem – a (take over – compra as ações pulverizadas do
de nacionalização. E ela não pode fazer nada sobre mercado).
isso, exatamente por causa dessa assimetria de
poder entre o público e o privado. O que acontece? O estado-nação precisa dar
garantias para essas empresas.
Quando os atores querem tratar que é possível  Legislação ambiental
configurar uma ação estado-estado nesse assunto –  Infraestrutura
cita-se a influência/ apoio americano ao golpe de  Redução de impostos
Pinochet.  Financiamento

Por causa da alta vulnerabilidade e a assimetria, as O estado-nação quer:


empresas precisam de um ambiente favorável:  Gerar emprego e renda -> conseguir votos.
instituições sólidas. As negociações entre estado e a multinacional é
que são a parte mais difícil – acontecem agora, mas
Na década de 70 foi um período de expansão com impactos no LP (40-50 anos).
porque o braço americano estava ali. – Empresas
americanas vindo para a AL. COMO AS TRÊS VERTENTES TEÓRICAS DE EPI
ANALISAR O IDE?
Por que uma empresa pode/ gostaria de se arriscar
em uma empreitada de fazer uma nova planta (uma Liberais: a mais importante vertente teórica para
fábrica nova) que demanda investimentos de LP em analisar IDE. A despeito de todos os problemas
um cenário que pode alterar sua legislação e fazê-la ambientais que podem ter, como defendem?
perder tudo isso?
 Teoria do Vernon – a decisão de sair tem a A mais clássica teoria justificanto investimento
ver com a possibilidade de lucros no médio estrangeiro é a do Vernon: a multinacional é uma
e longo prazo. maravilha, é um interesse dos governos que
 A empresa tem seu lucro reduzido no país mandam e recebem.
de origem, quer obter ganhos de escala e
escala da consumo. Havia o debate de que as multinacionais que saiam
 Ou seja, produzir em outro país para levavam emprego para outro país.
aumentar a quantidade produzida e obter
um mercado consumidor maior. Vernon – o sistema capitalista funciona assim: sua
 Quando as empresas amercicanas bem pro teoria é relacionada ao ciclo do produto:
Brasil - Quer se reproduzir a estrutura 1. Desenvolvimento de tecnologia para novos
produtiva aqui, com matéria prima e mão de produtos;
obra mais barata e atender todo o 2. Coloca esse produto no mercado doméstico
MERCOSUL. -> avalia e consome o produto até um certo
tanto. Para que a empresa continue
produzindo e pagando o investimento inicial
IDE: pode ser a construção de uma empresa nova; a feito a tecnologia;
compra de ações de uma empresa nacional. 3. Para continuar diluindo Custo fixo, produz-
se em outro país. O grosso do invesitmento
Traz para o país possibilidade de investimento e foi feito no país inicial. A multinacional vai
gera emprego e renda. para ond tem mdo barata, baixas exigências
ambientais. Amplia-se o lucro, não tem o Falta uma reflexão de de fato, hoje, essas grandes
custo de investimento (tecnologia) e tem-se empresas multinacionais, que possuem uma
mdo barata, ao ir para a periferia. Agora é capacidade econômica que a maior parte dos
só usufruir do que já foi feito: produzir mais estados nação não possuem. Mexem com a
barato, talvez até com queda de qualidade. economia local do país (renda, emprego, estrutura,
Uma vez que você já ganhou o que esperava fornecedores, prefeituras) – impactos gigantescos.
domesticamente.
Parte III – Unidade 10 – IDE
Toda a discussão pesada de multinacional ocorreu EPI I – Aula 29/10/2015
nos anos 70.

É muito difícil padronizar uma teoria para todas os Elementos de análise.


setores das multinacionais – cada um tem uma Expansão recente: comunicações,
lógica. desregulamentações e mudanças nos sistemas
produtivos (“sofisticação tecnológica, produtos
A teoria de Vernon é bem bacana para explicar. customizados e rede de fornecedores”).

A tecnologia continua sendo desenvolvida no Comércio intra-indústria -> justifica o IDE.


centro.
Justificativas:
Marxistas: empresas multinacionais só tem o 1. Acesso a tecnologia e capital;
interesse de explorar mão de obra barata. Porque da 2. Perda de autoomia nacional;
gerência pra cima, eles trazem de fora. Quando 3. Deslocamento da empresa nacional.
contrata faz, na maior parte das vezes, com salários
mais baixos. Processo de negociação política (EMN e estado do
país hospedeiro) -> barganha política por
As multinacionais assegura os lucros do centro. concessões.

No estágio de desenvolvimento capitalista EMN e país de origem: perda de empregos,


avançado, o que permite os lucros, é ir para outros desindustrialização.
países. Porque dentro do próprio país as
cadacidades de lucro são menores. EMN e país hospedeiro: tamanho frente à
concorrência e exigência de desempenho/ conteúdo
A análise da multinacional é sempre feita entre a nacional.
relação entre países desenvolvidos (de onde saem) e
periféricos (para onde vão). Relação de exploração. Regionalização da produção e consumo -> acordos
regionais. Ex.: MERCOSUL.
Para falar de assimetria/ capacidade de
argumentação – entre países desenvolvimentos e Regulamentação do IDE -> as dificuldads de
subdesenvolvidos. negociação multilateral.

Mercantilistas: se o mercantilista sobrepõe o O “regime” (possível?) internacional do IDE ->


interesse do estado nação,há duas vertentes: tratamento nacional e não discriminação (conforme
 Favorável: assegura os interesses do estado acordo do GATT).
nação no outro país; leva cultura do estado
(indústria de entretenimento americano); Observar: o volume do IDE que cresce bastante
cria padrões de consumo/ comportamento apartir da década de 70 e a diversidade de áreas.
semelhantes ao do hegemona. Então a
multinacional é expressão dos interesses do As formulações teóricas acerca do IDE eram muito
estado nação em outro país. pautadas na indústria de bens de consumo, duráveis
 Multinacional é o outro, um agente, e cabe e não duráveis, ou seja, da indústria em geral.
ao estado nação defender seus interesses/
se contrapor. Cabe ao estado nação peitar a A lógica daquele momento, déc de 70, e se dar os
multinacional. Na barganha entre estado e debater a partir disso, é que a EMN ia pro país
multinacional, o estado tem a obrigação de hospedeiro para reduzir seus custos – mdo e
maximizar o interesse público. materia prima barata.
Marxistas insistem que isso eram EMN explorando Possibilidade de regulação: CAD – orgãos de defesa
os trabalhadores dos países periféricos. O que do consumidor que aprovam ou não essas fusões.
assegurava ao processo de acumulação de K era a
exploração da periferia – permitia pagar salários Liberais: deixe as multinacionais serem livres – não
mais altos nos países centrais. crie barreiras para sua entrada/ fusão. Montar
agencias de regulação e deixar as empresas
Hoje isso mudou muito, há um grande volume de crescerem -> o produto será mais barato, aumenta
invesitmentos na área de serviços. Ex.: a possibilidade de investimento nos países
telecomunicações, educação. hospedeiros (subdesenvolvidos – poupança baixa,
capacidade de I baixa) + tecnologia (não
Com essa grande fragmentação de setores que necessariamente vem junto).
essas empresas atuam ficam muito difícil
estabelecer os impactos dessas empresas nos países A EMN não necessariamente traz investimento –
hospedeiros. comprando empresas/ ações; não expandiu a
capacidade de I.
As multinacionais hoje já não possuem a motivação
da mdo barata – mdo barata significa mdo não O que resta de positivo? Pagamento de impostos –
qualificada/ um obstáculo. o grande argumento para as EMN. Maior
arrecadação do estado.
Quais seriam os determinantes fundamentais? Quais
seriam as carac de um país para ser um potencial Regulação: se pensarmos EMN no sentido norte-sul
destino pra as EMN? (estudos clássicos da dec de 70-80 tratam dessa
 Energia – fontes energéticas abundantes e relação). O processo de barganha é extremamente
mais baratas; desigual.
 Incentivo fiscal pode ser importante,mas
sozinho não consegue atrair IDE; O grosso do IDE é: norte-norte. Briga de iguais.
 Mercado consumidor
Pesado do IDE hoje é na prestação de serviços – não
EMN hoje quer mercado consumidor,principalmente há economias de escala. Há única motivação da
no seguimento de serviços. EMN é atender o mercado consumidor, aí a renda
do mercado, o tamanho e acordos regionais fazem a
Pressão que essas empresas multinacionais maior diferença.
costumam fazer para que haja a intensificação dos
acordos regionais de comércio – o mercado
consumidor além de ser grande, pode ser Regime: normas (crenças – comercio livre, mas
expandido. regulado), regras (formais – pode ou não) e
procedimentos (conformar políticas domésticas
Acordos regionais de comércio – reduzir as barreiras para executar) na tomada de decisão que
tarifárias – atender Brasil, Argentina, Paraguai, etc. conformam comportamento dos estados na tomada
Sair passeando muito a fora, conseguir o trâmite de decisão no SI.
mais livres dos componentes do produto.
Princípios constitutivos do regime internacional de
Importante entender essa nova forma de comércio (aqueles 3).
internacionalização de empresas – fusões. 1. Nação mais favorecida;
2. Tratamento nacional;
Qual o interesse de uma multinacional ao se fundir 3.
com outra empresa?
 Agências reguladoras A possibilidade de criar um regime internacional de
 Atingir mais seguimentos do mercado comércio – todos precisam acordar com relação as
(diferentes classe) + ganhos de escala; Ex.: normas (que se quer um comércio livre, mas
AMBEV, FIAT. regulado).
 Aumenta a possibilidade de cartéis,
monopólios/ oligopólios; Qual a possibilidade de termos um regime
 Tornar-se uma economia de escopo e de internaiconal de comércio de IDE? Por que a
escala. existência de um regime desses? E a quem
beneficiaria?
Conteúdo nacional – o que a EMN tem que utilizar
de recursos domésticos. Fatos históricos que comprovam esse argumento:

A formação de um regime internacional de IDE foi  Razões para manter a liberalização dos
tentado no âmbito do GATT- esse acorod foi fluxos;
colocado na mesa de negociações e pressionado  Incentivo devido a desregulamentação
pelos americanos várias vezes. competitiva;
 Dificuldade de manter a regulação -> free
Base do acrodo de investimentos – tentar definir os riders;
princípios constitutivos:  Apoio dos EUA e UK;
 Tratamento nacional – os estados não  Defensores da liberalização – grupos
poderiam discriminar as EMN com relação domésticos.
as domésticas; importante, pois dá garantias
a EMN, relação deixa de ser assimétrica. Hoje o que agrega maior quantidade de recursos
 A não descriminação – qualquer setor financeiros são as relações financeiras – cresceram
multinacional vai para o país, até em setores de forma exponencial, inacreditável, na déc de 80.
estratégicos (realistas – vulnerabilizam o
estado-nação). Quantidade de recursos + capacidade de gerar
estabilidade ou crises econômicas -> dão sua
Então, dificilmente teremos um regime internacional importância no internacional.
de investimento.
Difícil contemplar a diversidade de setores. O que aconteceu para que tivéssemos essa enorme
quantidade de recursos?
Enquanto o acordo de agricultura estiver travado,
dificilmente irá se negociar outras coisas. A maior parte dos economistas afirma que com a
globalização, globalizou-se tudo, inclusive capitais,
Parte III – Unidade 11 – Relações em função da tecnologia (tecnologia da informação
Financeiras gerou a possibilidade do indivíduo aplicar capital
com alta mobilidade ao longo do dia). Então, esses
EPI 1 – Aula 04/11/2015 economistas consideram que a mobilidade é
resultado da liberalização e sobretudo, a tecnologia,
Reagan -> inflação aumenta e dólar desvalorizado - que viabilizou e propiciou que essas transações
> para reduzir inflação, Paul Volcker eleva taxa de acontecessem tão rápido.
juros, reduz impostos; aumenta gastos de defesa.
Procuraremos explicar isso a partir de EPI.
Como manter o dólar forte com os déficits gêmeos
– externo e fiscal, teria que fazer desvalorizações A intenficação dos fluxos financeiros é resultado da
cambiais e cortar gastos -> não seria necessário se liberalização do controle de Ks domesticamente –
houvesse financiamente externo. então esses fluxos de capitais passam a fluir
enormemente?
A evolução do dólar Wall-Street -> fim do controle
de capitais -> Inglaterra, Holanda e Alemanha, leste Por que liberalizar o controle de Ks?
europeu e Japão.
BW – controlar Ks -> como é possível compatibilizar
Novos ativos financeiros para agilizar o fluxo de câmbio fixo com uma conta de capital que varia
capitais. enormemente? Geraria uma instabilidade
incompatível com o regime de cb fixo. Era
O papel do FMI e BM como avalistas dos devedores. fundamental o controle de Ks para a manutência do
cb fixo.
Para Helleiner -> como é possível haver tanta
liberalização se BW tinha o objetivo de controlar os 1978 – cb flutuante – desregulamentação vai
fluxos de capital. acontecendo domesticamente nos EUA e se
difundindo mundo a fora. Então o último tripé de
Para autora os estados tinham papel importante: BW cai. Começa nos anos 70 e culmina no mercado
1. Garantir a liberdade dos atores de mercado; atual, altamente desregulamentado.
2. Contrapor às grandes crises;
3. Não implementar controles efetivos. O que é desregulamentar os fluxos financeiros?
 BC cria as regas do mercado financeiro. emitir títulos de dívida pública – o mundo inteiro
Então ele vira pros bancos comerciais e diz: compra. Porque a forma de resgatar aqueles títulos
compulsório a 40%, o banco não pode é em dólar, e os EUA emite dólar.
emprestar dinheiros nas condições x e y. Se
vier investidor externo ele pode aplicar na A emissão de dólar causa inflação doméstica? Não,
BOVESPA, mas deve ficar 30 dias (existe porque o mundo absorve.
período de carência) – isso já vai dando
controle ao BC. Controle de Ks: a cada um EUA não tem problema de financiamente – isso é o
real que vier em ações de bolsa, um real privilégio exorbitante. Possui a moeda de curso
deve ser aplicado em outro lugar. Ou seja, internacional, amplamente aceita, não questionável
significa cria regras de comportamento. e com condições de ser financiado pelo mundo
Aplicar o dinehiro no mercado financeiro inteiro.
significa comprar um produto financeiro no
mercado financeiro. Para financiar essa economia americana precisa-se
 Ações é um produto. A desregulamentação de um mercado financeiro que alimente essa
significa multiplicar esses produtos. estrutura.

Década de 70 – desde o pós guerra vê-se que nos Diante dos déficits gêmeos – ao invés de fazer
anos 40-50 EUA era o grande exportador mundial - grandes ajustes, os EUA intensifica um processo que
> por isso foi possível fazer o acordo dólar-ouro, já vinha acontecendo: de segmentação do mercado
porque os EUA exportava muito e possuía grandes financeiro -> bancos comerciais controlados pelo
reservas. Superávits comerciais (entrava mais dólar governo,não pode ser objeto de ação dos
que saía) – possibilitava que ele mantivesse taxas de investidores porque ali é a saúde do mercado
crescimento economico sem quebrar o padrão dólar financeiro, o meu dinheiro está lá; e um outro
ouro. mercado, agora crescendo significativamente,
operando com uma enorme gama de novos
Nos anos 60 e diante, EUA começa a possui déficits produtos financeiros, sendo liberalizado. Oferta
comerciais sucessivos e crescentes (Europa e Japão). diferentes produtos financeiros aos investidores.
Esse mercado é por conta e risco de quem quer
1ª Característica fundamental dos EUA – déficits operar nele, nisso o estado não se envolve.
comerciais.
Lógica do mercado financeiro: risco e retorno.
Para além disso, uma outra característica é Quanto maior o risco, maior o retorno.
fundamental na economia americana: o governo O argumento dos liberais: agentes racionais
gasta muito mais do que ele possui efetivamente de tomando riscos esperando um retorno.
receita.
Alavancagem do mercado financeiro; no mercado
EUA possui déficits gêmeos – déficit externo e fiscal. financeiro crédito não fica parado. Multiplicação do
crédito.
+ crise do petróleo = EUA possuía inflação alta –
medidas: elevação da tx de juros, redução de Essa estrutura desregulamentada atendia os
impostos e aumento dos gastos com defesa. interesses americanos, mas para funcionar, precisava
ir para além do mercado americano – ter crédito
Elevação da tx de juros -> isso quebrou a AL farto e barato, competitivo para os americanos.
(possuía muitos petrodólares), quando o governo
americano eleva a tx de juros, os investidores do Por isso a pressão para desregulamentação – para
mundo inteiro investe nos EUA. Risco de não pagar possibilitar o financiamento do mercado americano.
americano é zero, assim quando os EUA aumenta o
juros é mais retorno com risco zero, então o mundo A população nem se dá conta disso.
todo flui para os EUA. Toda vez que os EUA aumenta
a taxa de juros eles passam a ter um fluxo enorme Esse mercado começa a ter dimensões globais e,
de investimento externo. novamente, tem-se o clássico dilema do prisioneiro.
Porque se um desregulamenta, todos precisam
Elevação da taxa de juros – crise na AL, percebeu-se desregulamentar para atrair Ks.
a vantagem do dólar, utilizar-se dessa vantagem
para interesse interno: pra que desvalorizar o dólar?
Fazer reajuste fiscal? Se os EUA precisa somente
Para máquina capitalista funcionar precisa-se de minimiza uma parte das perdas do mercado
financiamento. Se você tem financiamento você financeiro. Governo injeta dinheiro.
consome, investe e gasta.
Por isso quando o LB’s quebrou galera ficou
Se desregulamenta-se, pode-se financiar chocada -> primeiro sinal de que o governo não
infinitamente, gastar/ investir infinitamente, com interviria.
recursos vindo do mundo inteiro. Cria-se uma oferta
de crédito mundo a fora, que para os liberais Intevêm com o argumento de que se quebrar um,
resolveria todos os problemas da humanidade – quebra todos.
resolveria os problemas de financiamento pelo
mundo. – essa era a fala do governo Reagan, e Terceira ação dos estados é não implementar
impôs essa condição ao mundo inteiro. controle sobre esse mercado. O mercado financeiro
cresce, gera crises, cada vez mais
Ou coopera-se e se desregulamenta também, ou desregulamentados porque isso é interesse dos
não coopera, não desregulamente, e só ele perde. estados.

Qual o problema? Tudo parece funcionar bem – O capitalismo passa a produzir os grandes
tem-se crédito e pessoas procurando créditos. bilionários com os dois pés no mercado financiero,
Turbulências da década de 90 que culminaram nas um endividamente absurdo dos eua e a expansão
crises de 2007 e 2008 mostraram a fragilidade desse do dólar.
modelo.
Não se tem mecanismos para regulamentação,
O mercado financeiro está diariamente propenso a apesar das crises de 2007/8 e do fato de que eles
tomar mais risco. continuaram a acontecer.

Não se avalia o que perdeu ou o que ganhou, vai-se Só vamos assistir a próximos episódios de crise
alavancando esse dinheiro. Perde-se o fim da meada financeira porque os estados não possuem nenhum
do investimento. interesse de regulamentar.

Mercado financeiro é muito ávido por granhos, Apesar de o estado dizer que faz-se por conta e
porque os ganhos são imediatos, e descola-se assim risco e que se quebrar quebrou, não é isso que
das questões materiais. ocorre, porque o estado intervem em momentos de
crise.
O mais importante é compreender como isso é um
produto do capitalismo americano. Parte III – Unidade 12 – Crise Atual
EPI I – Aula 05/11/2015
Inglaterra – ganhos da hegemonia era territoriais,
colonias.
EUA – ganhos financeiros – financia a dívida Há o fortalecimento do dólar na crise?
americada, vai de acordo com os interesses
americanos. Toda vez que tem uma crise no resto do O formato dos ativos financeiros, o papel das
sistema as pessoas vão para o único lugar de fato corretores e a desinformação acerca das carteiras,
seguro – o mercado de títulos norte americanos. A das agências de classificação de risco.
cada crise que ocorre, amplica-se a capacidade de
financiamente norte-americana. A estrutura do mercado de títulos -> título
“empactoados” vendidas a instituições/ investidores
Além de pressionar os países pela liberalização, os (com risco avaladiado pelas próprios agentes).
govenros do mundo todo não podem dizer que
esse mercado é produto da globalização/ A grande alavancagem dos bancos comerciais.
tecnologia. Esse mercado é produto do interesse
das ações dos estados, não está para além das A justificativa para a não regulação dos mercados
ações dos estados, ele é produto da ação dos (Greenpan, Summers e Rubin).
estados - foram eles que liberalizaram
domesticamente, e toda vez que você tem crises A concorrência entre as insituições financeiras
economicas que geram grandes perdas para esses americanas e européias.
agentes o estado para uma parte da dívida, ele
Maior exposição ao risco.
Os BCs do mundo todo comprando dólares. Os BCs deveriam fiscalizar, identificar os problemas,
aspessoas esperam isso.
“O privilégio exorbitante” -> o dólar como moeda
internacional. Mercados financeiros – dinheiro demais sendo
investido em qualquer lugar, as pessoas investindo,
Bresser-Pereira: do capitalismo “empreendedor” – comprando risco em coisas que não existem.
produto para o capitalismo “financeiro-rentista”. Bolha.com

O neoliberalismo como idelogia do “capitalismo Por que não havia uma mudança de posição do
ficanceiro-rentista” e as coalizões políticas que o FED? Críticas eram vistas como discursos marxistas.
apoiam.
Summer + equipe de Harvard – davam o suporte
A crescente instabilidade das relações econômicas e científico para a ausência de riscos.
a “impossibilidada” de uma nova ordem econômica
internacional. Presidentes se apoiam no FED para provar que não
tem risco no mercado financeiro e que ele é positivo
O que ficou claro na crise: a natureza de financeiras – oferece crédito/ investimento pro mundo todo.
e seguradoras, como eram complicadas e investiam Não haveria mais crise cambial (falta de reservas).
em ações que nem davam para rastrear mais.
Alam Greenspan – vai lançar o livro dele, sobre sua
A crise mostou que a separação dos mercados administração do FED.
financeiros não existiam mais. Os bancos comerciais
estavam colocados suas ações financeiras no Acontecida a crise, Greenspan teve pelo menos a
mercado financeiro para alavancar a sua capacidade humildade de admitir um erro na dimensão do
de continuar investindo. mercado.

Antes era separado, e as pessoas criam que era Outro tipo de capitalismo – outra dinâmica no
separado, e só justifica-se a desregulamentação do internacional.
mercado financeiro porque era separado. Se você
não quer risco, coloca seu dinheiro nos bancos. Esse mercado atual é altamente propicio a crise.
Esse mercado gera um efeito em cascata – crises
globais.
A justificativa para não ser regulamentado era a
escolha que os agentes racionais podem fazer com Crises rápidas, com efeito global – mostrou como as
relação a alocação dos seus recursos. instituições do planeta inteiro estão concectadas.

Como anuncia-se um pacote de ações, não se sabe Como conviver com isso? O que esperar isso.
o que esta incluso lá. O real risco. Primeiro temos que pensar que vivemos em um tipo
diferente de capitalismo. Muda-se a lógica dos
Fundos de pensão – resgate de longo prazo. Você grupos sociais, mudança no padrão capitalista.
paga parcela e o dinheiro é investido em uma
corretora. Aplica-se sem informar (desinformação – O capitalismo que vinha dos séc XVIII e XIX que
surpresa das pessoas que faziam parte dessa baseava-se nas atividade produtiva. O processo de
jogatina sem saber isso). extração de capital estava na exploração da mais-
valia.
Agência de avaliação de risco – raposa protegendo
o galinheiro. Recebe dos bancos/ corretoras para A produção industrial não tem mais tanta
avaliar. Apesar da crise, não perderam legitimidade. importância no PIB dos países. Compra-se do outro
Continuam postando-se como a fonte de país.
informação mais legítima.
Alma do capitalismo hoje é a inovação tecnológica,
Isso acontece na lógica liberal – os fluxos que pode ou não virar produtos.
financeiros devem ser liberalizados/
desregulamentados. Uma legislação mais rigorosa Não é mais a extração da mais valia no processo de
com relação a parte dos bancos que é mais liberal produção, mas sim na renda obtida no mercado
(Obama). financeiro. Capitalismo rentista.
É possível viver num capitalismo rentista porque
essas sendas são fictícias. Não se vê esse dinheiro,
essa rentabilidade, a expressão monetária dessas
atividades econômica. Uma outra forma de relação,
um capitalismo que se dá com transição de rendas.

Capitalismo altamente rentista, muda-se a lógica da


produçao baseada no trabalho, para um capitalismo
que é da esperteza/ conhecimento do indivíduo e
de sua capacidade de alavancar riqueza financeira.

As crises hoje são financeiras, mas podem impactar


a vida real – crises 2007/2008 deixou isso claro.

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