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ECONOMIA

INTERNACIONAL
PROFESSORA DRA. VIVIANE MOZINE
VMOZINE@UVV.BR
 Graduada em Economia;
MINI  Mestre em planejamento e
gestão;
CURRÍCUL
O  Doutora em Ciências
Sociais com ênfase em
Relações Internacionais; e
 Professora de graduação e
mestrado da UVV.
Bibliografia recomendada

 Livro: Economia Internacional


 Autora: Maria Auxiliadora de Carvalho

 Capítulos: 1;2;4;5;6;8;9;12 e 14.


TÓPICOS

 Tópico 01: Evolução da Economia  Tópico 05: Teoria da Política Comercial


Internacional  Tópico 06: Política Comercial na prática
 Tópico 02: As instituições internacionais  Tópico 07: O Balanço de Pagamentos
criadas em Bretton Woods
 Tópico 08: Pagamentos internacionais e
 Tópico 03: Teoria Clássica do Comércio
Taxas de câmbio
Internacional

 Tópico 04: Teoria da Dotação relativa dos


fatores
EVOLUÇÃO DA
ECONOMIA
INTERNACIONAL
Apresentação
Antecedentes históricos: conhecer a
história econômica internacional.

A conferência de Bretton Woods de


1944: se propôs a organizar o sistema
financeiro internacional.

Pós-Guerra e o dólar como moeda de


referência internacional
O sistema financeiro internacional pode
ser definido como o conjunto de regras e
convenções que regulam relações
financeiras entre países. Qualquer
sistema monetário-financeiro deve, em
sua generalidade, permitir e facilitar a
realização de pagamentos.
Origens do padrão ouro: Durante a
Idade Média e longo período da Idade
Moderna os metais preciosos (prata e
ouro) eram referência monetária.
O sistema monetário lastreado no ouro começou a ruir no começo da Primeira Guerra
Mundial (1914-1918), com os países não dispondo mais de reservas suficientes
O sistema monetário lastreado no ouro
(menores descobertas de ouro) e dificuldades do transporte.

começou a ruir no começo da Primeira


Guerra Mundial (1914-1918), com os
países não dispondo mais de reservas
suficientes (menores descobertas de ouro)
e dificuldades do transporte.
Os EUA assumem posição de potência
mundial e vive enorme crescimento ao
longo dos anos 1920.
Mas, a crise de 29 e a Grande Depressão
que se seguiu nos anos 1930 levou
falências de bancos no mundo todo.
Em 1944 foi realizada a conferência de
Bretton Woods, no estado de New
Hampshire nos EUA.
Países aliados, reuniram-se para discutir
medidas econômicas e financeiras a nível
mundial.
O objetivo era criar uma ordem
econômica e um ambiente de paz. De
fato, ficou claro o internacionalismo e
reconhecimento dos EUA como potência
econômica dominante.
O debate da conferência de Bretton
Woods foi polarizado entre um americano
Harry Dexter White (White) e o Britânico
John Maynard Keynes (Keynes).
Em decorrência dessas ideias, foram
criadas duas instituições internacionais:
BIRD – Banco Internacional para a
Reconstrução e Desenvolvimento e o
FMI- Fundo Monetário Internacional.
Pós Guerra: o dólar como moeda de referência internacional
O pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945) torna o EUA potência líder. Surge a
“Guerra Fria” (1945-1991) um conflito entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Entretanto, a superioridade econômica era americana.

O pós-Segunda Guerra Mundial (1939-


1945) torna o EUA potência líder.

E o dólar americano torna-se moeda de


referência internacional
Condições econômicas básicas
permitiram ao Dólar Americano firmar-
se como Moeda Internacional:
• As Reservas de Ouro Americana
• A Situação do Parque Industrial Mundial
no pós-Guerra
• As Transferências Militares
• Os Investimentos de Internacionais de
Companhias Americanas
1 - Antecedentes Históricos à Conferência de Bretton Woods (1944)

1.1 – O Padrão Ouro


 Moedas lastreadas em ouro
 Bancos Centrais trocavam moeda por ouro
 Paridades cambiais determinadas pela quantidade de ouro representada por cada moeda
 Baixo nível de flutuações monetárias
 Déficits do balanço de pagamentos cobertos em ouro
1.2 – A Debilitação do Padrão Ouro
 A fragilização das economias européias ao final da Primeira Guerra (1914 – 1918). Parque industrial
destruído, dívidas e despesas militares elevadas
 Guerra comercial (restrição às importações e incentivos às exportações principalmente via
desvalorização cambial) acompanhada de inflação generalizada
1.3- O pós-Segunda Guerra Mundial

Os estados Unidos tornam-se potência líder


Surge a “Guerra Fria”
Implementação do Plano Marshall como reação ao
comunismo (1946 a 1951 = US$ 13 bi)
Necessidade de medidas econômicas adicionais
para restabelecer a ordem econômica mundial
2 – A Conferência de Bretton Woods (1944): Polarização do Debate (EUA x
GB)
2.1 – A Proposta de Keynes
 Criação do Bancor
 Criação de um banco central mundial com funções de acompanhar a contabilidade de cada país,
conceder empréstimos até certos limites e executar compensação de transações entre países
 Incondicionalidade da concessão de créditos pelo FMI
 Países com excedentes comerciais deveriam arcar com o ônus dos ajustes dos países deficitários
2.2 – A Proposta de White
 Auxiliar a reconstrução das economias atingidas pela guerra
 Voltar ao padrão-ouro indiretamente
 Estabilizar as paridades monetárias
 Eliminar os controles cambiais
2.3 – Condições Econômicas Básicas que Permitiram ao Dólar Americano Firmar-se
como Moeda Internacional
2.3.1 – As Reservas de Ouro Americana
2.3.2 – A Situação do Parque Industrial Mundial no pós-Guerra
2.3.3 – A Criação de Mecanismos para Geração de Liquidez Internacional:
 O Banco Mundial
 Empréstimos Bilaterais (Plano Marshall e Plano Quatro)
 As Transferências Militares
 Os Investimentos de Internacionais de Companhias Americanas
2.4 – O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)
2.4.1 – Objetivo
2.4.2 – Capital
2.5 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)

2.5.1 – Adesão ao Fundo


2.5.2 – Objetivo:
A – Dar assistência aos países com déficit no balanço de pagamento:
 Desequilíbrios conjunturais
 Desequilíbrios estruturais
B – Fornecer recursos aos países membros quando justificável
C – Estabelecer paridades monetárias rígidas
 US$ 35 = 1 onça de ouro = 28.349 gramas
 Padrão ouro indireto
 Variabilidade de (+-) 1% (exceto para o dólar americano)
 Intervenção do banco para manter cotações
 Desvalorizações cambiais somente com autorização do FMI
D – Eliminar controles cambiais
 Entrada e saída de capital livre
3 – O Fim do Sistema de Bretton Woods

3.1 – As Contradições Internas da Pax Americana


3.2 – A Administração das Contradições da pax Econômica Americana na Década de 60
 Operação Twist
 Imposto de equiparação de juros
 Fundo comum do ouro
 Aumento de capital do FMI
 Acordo da Basiléia
 Criação do DES

3.3 – A Não Disposição Cooperativa da Europa: Segundo os EUA, a Europa deve abrir seus
mercados aos produtos americanos, contribuir mais com as despesas da OTAN e atuar mais
firmemente na estabilização do dólar
3.4 – A Crise de 1971:

3.4.1 – A Perda de Confiança no Dólar


 Déficits no balanço de pagamentos dos EUA desde a década de 50
 Impactos da Guerra do Vietnã e da Guerra do Ouro
 Taxas de juros européias superiores às norte-americanas
 Expectativa de desvalorização gerando medidas protecionistas
 Perda de reservas de ouro
3.4.2 – Conseqüências:
 EUA: a) fim da conversibilidade do dólar em ouro e b) sobretaxa às importações
 Alemanha e Holanda: rompem com as regras de Bretton Woods e deixam suas moedas flutuarem
3.5. – O Acordo Smithsoniano (12/71)
Eliminação da sobretaxa americana às importações
Valorização do iene, franco suíço, xelim austríaco, marco alemão, franco belga e florím holandês
Desvalorização da lira italiana e coroa sueca, ao passo que a libra e o franco francês permanecem inalterados
A onça de ouro passa a custar US$ 38 o que representa uma desvalorização do dólar em 8,5%
Reintrodução das paridades fixas
Margem de flutuação passa de 2% (1% para cima e para baixo) para 4,5% (2,25% para cima e para baixo)
3.6 – O Acordo Europeu de Flutuação Comum (04/72): Alemanha Ocidental, Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Itália e França estabelecem que suas moedas poderiam flutuar entre si no máximo
2,25% (1,125% para cima e para baixo) (a “serpente dentro do túnel”)

3.7 – A Crise de 1973

3.7.1 – A Perda de Confiança no Dólar


 Persistência de déficits no balanço de pagamentos dos Estados Unidos
 Forte movimento de vendas de dólares
3.7.2 – Conseqüências:
 EUA: desvaloriza o dólar passando sua paridade, em relação ao ouro, de US$ 38 para US$ 42,22/onça
 Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Dinamarca decidem não cooperar com a política de
sustentação do US$ ainda que mantendo o Acordo Europeu de Flutuação Comum

3.8 – O Primeiro Choque do Petróleo (1973) e a Revalorização do Dólar


Economia Internacional
Vamos falar sobre:

1. O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD): que


ajudou a reconstruir as economias devastadas pela guerra.
2. O Banco Mundial (BM): cujo principal objetivo é o combate à pobreza.
3. O Fundo Monetário Internacional (FMI): que ajuda os países com problemas
no déficit da balança de pagamentos.

Estudaremos as instituições internacionais criadas em Bretton


Woods (1944), sua importância e funcionamento até os dias
atuais.
FMI – Fundo
Monetário
Internacional
Site:
https://www.imf.org/
en/Countries/ResRe
p/BRA
A missão do FMI é realizada de três
maneiras:
 Monitoramento do sistema monetário internacional. O FMI monitora o sistema monetário internacional e
as políticas econômicas e financeiras dos seus 189 países-membros. Neste processo, que ocorre tanto em
nível global como em nível individual de cada país, o FMI destaca os possíveis riscos para a estabilidade e
aconselha sobre políticas econômicas.
 Empréstimos aos países-membros. Uma responsabilidade central do FMI é dar empréstimos aos países-
membros que enfrentam problemas – atuais ou potenciais – de balanço de pagamentos. Esta assistência
financeira permite aos países reconstruir suas reservas internacionais, estabilizar suas moedas, continuar
pagando as importações e restaurar as condições para um forte crescimento econômico, ao mesmo tempo que
implementam políticas para corrigir problemas subjacentes. Ao contrário dos bancos de desenvolvimento, o
FMI não empresta para projetos específicos.
 Capacitação. Programa de capacitação do FMI – assistência técnica e treinamento – auxilia os países-
membros a desenhar e implementar políticas econômicas que promovam a estabilidade e o crescimento,
fortalecendo suas capacidades e habilidades institucionais. O FMI busca desenvolver sinergias entre
assistência técnica e treinamento para maximizar sua eficácia.
O FMI é uma instituição permanente cujos objetivos
podem ser assim resumidos:

 Promover a cooperação monetária internacional.


 Facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional.
 Promover a estabilidade do câmbio.
 Auxiliar o estabelecimento de um sistema multilateral de pagamentos e eliminar as
restrições cambiais que inibem o crescimento do comércio mundial.
 Colocar os recursos à disposição dos países membros de forma a possibilitar-lhes
correção de desajustes nos balanços de pagamentos sem recorrer a medidas que
comprometam a prosperidade nacional e internacional.
 Reduzir a duração e intensidade dos desequilíbrios nos balanços de pagamentos.
Vídeo FMI
https://www.youtube.com/watch?v=lLE4Cf
MV2wA
BIRD- Banco Internacional para a
reconstrução e desenvolvimento

 Concebido durante a Segunda Guerra


Mundial, em Bretton Woods, Estado de
New Hampshire (EUA), o BIRD
inicialmente ajudou a reconstruir a
Europa após a Guerra. Após a
reconstrução da Europa, o objetivo
tornou-se a combater a pobreza no
mundo através do Banco Mundial.
Banco Mundial
Site:
https://www.worldbank.org/pt/country/braz
il Formado por cinco
organizações: o Banco
Internacional de |
Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD), a
Associação Internacional de
Desenvolvimento (AID), a
Corporação Financeira
Internacional (IFC), a
Agência Multilateral de
Garantia de Investimentos
(AMGI) e o Centro
Internacional para Acerto de
Disputas de Investimentos
(CIADI);
Banco Mundial

O Banco Mundial é uma agência especializada do


Sistema das Nações Unidas (ONU) e também é o
principal organismo multilateral internacional de

financiamento do desenvolvimento
social e econômico, formado por 189 países-
membros, entre os quais Brasil.
O que você precisa saber sobre o Banco
Mundial:
 Além de financiar projetos, o Banco Mundial também oferece sua grande
experiência internacional em diversas áreas de desenvolvimento.
 É um dos pilares do desenvolvimento social e econômico mundial desde a
Segunda Guerra.
 É a única agência supranacional de financiamentos com presença e
impacto globais.
 Oferece aconselhamento econômico e técnico aos países membros;
 Busca proteger o meio ambiente.
 Dedica-se ao desenvolvimento social, inclusão, boa governança e
fortalecimento institucional como elementos essenciais para a redução da
pobreza.
Vídeo Banco Mundial:

(1) World Bank - YouTube


As teorias Clássica e
Neoclássica do
Comércio Internacional
• AS TEORIAS CLÁSSICAS:
• A TEORIA DAS VANTAGENS ABSOLUTAS DO ECONOMISTA ADAM SMITH.
• A TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS DO ECONOMISTA DAVID
RICARDO.
CAPÍTULOS 1 E 2 DO LIVRO DE ECONOMIA INTERNACIONAL
Por que as nações fazem comércio ? 36

O que torna um país rico ?

 Os autores clássicos: Adam Smith, considerado o “pai” da


economia e David Ricardo foram os primeiros a procurarem
responder essa questão.
 A respostaé: São nas trocas comerciais que os países podem obter
vantagens. O comércio internacional existe para que os países
possam obter alguma vantagem comercializando entre si.
37

Livre comércio

 AdamSmith (A Riqueza das nações, 1776), quando formulou sua teoria do


comércio internacional era um entusiasta do livre comércio.
O que é Livre comércio ?
É um modelo de mercado no qual a troca de bens e serviços entre países não é
afetada por intervenções do estado.
38

Welfare State

 Smith acreditava que a intervenção do Estado na economia tende a


alocar mal o capital e contribuía para a redução do “Welfare State” ,
ou seja, do Estado de bem-estar social. Além disso, o mercado se
auto ajustaria, como que conduzido por uma espécie de "Mão
Invisível" para a maximização do bem estar econômico.
39
Mão invisível ?

Numa economia de mercado, apesar da


inexistência de um agente regulador, uma "mão
invisível" orientaria a economia de modo que
houvesse uma auto-regulação.
40

 Sua Teoriadas Vantagens Absolutas atestava que o comércio seria


vantajoso sempre que houvesse diferenças nos custos de produção
de bens entre países.
 Smith procurou mostrar que a aplicação da divisão do trabalho na
área internacional, permitindo a especialização de produções, aliada
às trocas entre as nações, contribuía para a melhoria do bem estar
das populações.
CONCEITO TEORIA DAS VANTAGENS 41

ABSOLUTAS

Cada país deve concentrar-se naquilo que


pode produzir a custo mais baixo e trocar
parte dessa produção por artigos que custem
menos em outros países.
42

 Conforme Salvatore (1999), a Teoria das Vantagens Absolutas postula que as


nações deveriam especializar-se na produção da commodity a qual
produzissem com maior vantagem absoluta e trocar parte de sua produção pela
commodity que produzissem com menor desvantagem absoluta. A teoria das
Vantagens Absolutas não explicava totalmente as bases do comércio e,
segundo Rainelli (1998), apresentava uma grande limitação, visto que, se uma
nação não apresentasse nenhuma vantagem absoluta, não poderia participar do
comércio.
David Ricardo 43

 David Ricardo (Princípios da Economia Política e da


Tributação,1817), aperfeiçoou as ideias de Smith.
 “David Ricardo aprimorou o conceito de Adam Smith,
desenvolvendo a Teoria das Vantagens Comparativas. O
pressuposto da teoria de Ricardo estava baseado no princípio do
livre comércio, criado por Smith, e no efeito positivo que exercia
sobre a produtividade e a especialização dos países.” (BADO,
2004).
44

 Primeiro lugar – esta teoria afirma que duas nações tem


relações comerciais quando apresentam custos de produção
diferentes.
 Segundo lugar – conclui que uma nação exportará sempre
aquele produto que produzir com custos relativamente menores
do que o de outra.
 Em último – argumenta que o comércio entre duas nações é
vantajoso para ambas.
45

CONCEITO TEORIA DAS


VANTAGENS COMPARATIVAS

Se cada país produzisse aqueles bens cujos


custos relativos são menores, ambos os
países sairiam ganhando, pois comprariam
seus produtos a custos menores.
46

“Um país possui uma vantagem comparativa na


produção de um bem se o custo de oportunidade
da produção desse bem em relação aos demais é
mais baixo nesse país do que em outros”
(KRUGMAN & OBSTFELD, 2007).
Teoria clássica do comércio internacional 47
 A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David
Ricardo em 1817 com base em um exemplo de produção usando
coeficientes fixos de horas de trabalho
Quantidade de homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria
Tecido Vinho
Inglaterra 100 120
Portugal 90 80

 Com base neste exemplo Ricardo concluía que era bom tanto
para Portugal se especializar na produção de vinho como a
Inglaterra na produção de tecidos e trocarem os produtos entre si
48

Vejamos:

 https://www.youtube.com/watch?v=tHifBMcozR0
49

Teoria clássica do comércio internacional

 A teoria desenvolvida por Ricardo constitui-se em forte argumento


em favor da liberalização do comércio internacional e contra medidas
protecionistas, dado que
 Os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo
custo for comparativamente melhor (menor) em relação aos demais
países.
 É a partir de diferenças tecnológicas relativas que existem trocas
internacionais.
A teoria Neoclássica do
Comércio Internacional
• AS TEORIAS NEOCLÁSSICAS:
• TEOREMA DE HECKSCHER-OHLIN
• TEOREMA DE HECKSCHER-OHLIN-SAMUELSON
• TEOREMA DE STOLPER-SAMUELSON
51

 Teorema de Heckscher-Ohlin : cada país se especializa e exporta o bem em


cuja produção emprega intensivamente seu fator abundante (Capital ou Mão
de obra).
 Teorema de Heckscher-Ohlin-Samuelson ou da equalização dos preços dos
fatores : o comércio equaliza os preços dos fatores de produção.
 Teorema de Stolper-Samuelson : o comércio beneficia o fator e produção
abundante de cada país, em detrimento do fator escasso.
52

 Enquanto a Teoria Clássica enfatizava a diferença entre a


produtividade relativa da mão-de-obra entre os países para explicar
as vantagens comparativas, ou seja, o país que tivesse uma indústria
com produtividade relativa maior da mão-de-obra exportaria o
produto desta indústria, o modelo neoclássico coloca no centro a
explicação para a existência do comércio internacional a diferença
relativa de dotação de fatores de produção (capital e trabalho) entre
os países.
Hipóteses centrais deste modelo : 53

 Concorrência perfeita em todos os mercados;


 Existência de dois fatores de produção, capital e trabalho;
 Os países tem dotação relativas diferentes de capital e trabalho; e
 O conhecimento tecnológico está disponível livremente no mundo e, finalmente,
existem produtos que usam intensivamente capital, e outros que usam
intensivamente mão-de-obra.
 Países que tem abundância relativa de capital tenderiam a exportar produtos
que usam intensivamente capital, enquanto os países com abundância relativa
de mão de obra exportariam os produtos “mão de obra intensivos”.
54

 Ospaíses ricos tenderiam a exportar produtos capital intensivos (máquinas e


equipamentos) ao passo que os países mais pobres exportariam produtos mão-
de-obra intensivos (tecido, vestuário, alimentos).
 Segundo essa teoria, um país como o Brasil, por exemplo, com abundância
relativa de mão-de-obra barata e grandes extensões de terra, mas com escassez
relativa de capital técnico, deveria dedicar-se à produção e à exportação de
produtos agrícolas.
55

Os países ricos como os EUA tendem a exportar


produtos de capital intensivos (Quimicos e
Equipamentos) ao passo que os países mais pobres
como a Coréia do Sul exportariam produtos mão-de-
obra intensivos (Roupas e Sapatos).
56

Críticas a Teoria:

A evolução do comércio internacional não seguiu esses


modelos nos últimos 50 anos. Um comércio intra-
industrial, ou seja, explicar porque um país poderia
exportar um tipo de tecido ou de automóvel e importar
outras variedades de tecidos e automóveis. Ou seja,
produtos diferenciados.
Políticas comerciais e
Protecionismo
PROFA. DRA. VIVIANE MOZINE
VAMOS APRENDER SOBRE:
• OS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA DO COMÉRCIO
INTERNACIONAL.
• OS INSTRUMENTOS MAIS UTILIZADOS: TARIFAS E
SUBSÍDIOS.
• OUTRAS FORMAS DE PROTEÇÃO.

CAPÍTULOS 4 E 5 DO LIVRO DE ECONOMIA INTERNACIONAL


58

Nas relações comerciais contemporâneas, o livre comércio é


mais exceção do que regra, tanto nos países menos
desenvolvidos, quanto nas economias industrializadas.
(CARVALHO, 2009).
Os instrumentos de política do Comércio 59

Internacional

Os instrumentos de política do comércio internacional podem ser


divididos em dois objetivos:
 Expansão do comércio – através do preço (subsídio à
importação/exportação) e quantidade (expansão voluntária das
importações).
 Contração do comércio – através do preço (Tarifas/Taxa de
exportação) e quantidade (cota de importação/restrição
voluntária a exportação).
60
O que é uma Política comercial?

Refere-se a medidas específicas para


incentivar ou inibir o comércio exterior.
Podem ser de ordem monetária ou fiscal,
como a imposição de controles e barreiras a
determinadas importações.
61
Classificação pode ser tarifária e não tarifária

Política Tarifária: imposição de tributos (tarifas, taxas, impostos)


sobre importações.
Objetivo: Controle das importações e defesa da produção interna.
Política não tarifária: restrições não tributárias sobre importações
e estímulo às exportações.
Objetivo: Defesa de indústrias estratégicas e promoção de
exportações.
62
Políticas Comerciais

 Tarifas sobre importações é o mais tradicional instrumento de


intervenção pública sobre o comércio.
 Os subsídios quando empregados podem ter como objetivo inibir a
importação ou estimular a exportação.

O subsídio, quando empregado como instrumento de política


comercial, consiste em pagamentos, diretos ou indiretos, feitos
pelo governo, para encorajar exportações ou desencorajar
importações (Carvalho, 2009).
63
 Dumping – O dumping consiste em vender no exterior por preço abaixo do
custo de produção. O objetivo é destruir o concorrente e ficar dono do mercado.
Dessa forma quem faz o dumping terá meios de, futuramente, impor preços e
condições.
 Dumping social - Países menos desenvolvidos vendem produtos mais baratos
devido aos baixos salários.
 Monopólio Estatal – é quando o governo centraliza a importação de
determinado produto e impede a atuação de outras empresas neste mercado. O
Estado pode delegar o direito de monopólio a uma empresa Oligopólios-
Quando um mercado está nas mãos de apenas alguns concorrentes temos o que
se chama oligopólio.
 Trusts – o Trust consiste na fusão de várias empresas de forma a tender para o
monopólio. Assim o mercado passaria a ser manipulado pelo trust. Os países
combatem o trust por meio de legislação adequada.
 Cartéis – O cartel é uma forma de eliminar a concorrência. Várias produtoras
fazem um acordo comercial para distribuir entre si cotas de produção,
determinar preços, suprimindo a livre concorrência.
Novas barreiras ao comércio internacional 64

 Barreiras técnicas
Barreiras Técnicas às Exportações são
barreiras comerciais derivadas da utilização de
normas ou regulamentos técnicos não
transparentes ou que não se baseiem em normas
internacionalmente aceitas ou, ainda,
decorrentes da adoção de procedimentos de
avaliação da conformidade não transparentes
e/ou demasiadamente dispendiosos, bem como
de inspeções excessivamente rigorosas.”
(Inmetro, 2009).
Novas barreiras ao comércio 65

internacional

 Barreiras ecológicas - Sob a alegação de agressão a natureza, surgem exigências


ecológicas que na verdade, estão camuflando barreiras que podem ser até mesmo
ecológicas.
 Barreiras Sanitárias – É quando visa a proteção da saúde de pessoas, plantas e animais.
 Barreiras desleais contra a concorrência - Os produtos nacionais precisam ser
protegidos contra a concorrência desleal. É o caso do dumping, em que a nação
exportadora vende a preços baixos, muitas vezes inferiores ao custo, com a finalidade de
destruir a produção do país importador.
 Barreiras alfandegárias - O crescimento demográfico exigindo mais empregos leva os
governos a estimularem novas indústrias na maioria das vezes sem condições de
competitividade, para mante-las é necessário criar barreiras alfandegárias.
Veja mais alguns exemplos:
Barreiras a produtos brasileiros nos EUA: 66

Produto Tratamento alfandegário

Açúcar Sistema de cotas

Algodão Subsídios para exportação

Arroz Subsídio creditício

Carnes bovina e suína Barreira sanitária

Madeiras tropicais Barreira ecológica

Aço e Ferro Tarifa


Fonte: Barbosa (2005).
O Protecionismo Seletivo (tarifas de importação nos EUA para 67
alguns produtos brasileiros) é um bom exemplo:
Tecidos e Roupas 38%

Chapas de aço 108%

Tubos de aço 120%

Frutas ATÉ 151%

Suco de laranja Imposto específico de US$


479,70 por ton.

Calçados 48%
Fonte: THORSTENSEN, 2001.
68
Esquemas protecionistas :

Proteger a indústria nacional


Proteção ao emprego

Guarde esta frase :


“Todo mundo é protecionista”
69

PENSE: o mundo real não é gerido pela


racionalidade econômica, mas pelo poder dos grupos de interesse e
seus representantes.
 Isso faz com que o protecionismo seja prática bastante disseminada,
especialmente em países desenvolvidos, que têm força suficiente
para impor suas decisões.
70
SITES RECOMENDADOS

 Banco Mundial – www.worldbank.org.


 Fundo Monetário Internacional – www.imf.org.
 Mercosul – Site oficial – www.mercosul.gov.br.
 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
www.mdic.gov.br.
 Itamaraty
 World Trade organization (OMC) – www.wto.org.
REVISTAS E PERIÓDICOS RECOMENDADOS
 Foreign Affairs http://www.foreignaffairs.com/
 Foreign Policy http://www.foreignpolicy.com/
Políticas comerciais e
Protecionismo
PROFA. DRA. VIVIANE MOZINE
VAMOS APRENDER SOBRE:

• POLÍTICA INDUSTRIAL
• POLÍTICA COMERCIAL
PROTECIONISMO 72

Características: O protecionismo compreende um conjunto de políticas econômicas destinadas a


estimular e proteger a produção interna de mercadorias e serviços contra a concorrência externa.
Pode assumir as formas de “políticas industrial” e/ou de “política comercial”:

a) Política industrial compreende as políticas nacionais internas destinadas a


estimular o crescimento da indústria e do emprego com base o uso de
mecanismos (subsídios e incentivos) destinados a promover o investimento
industrial em determinada região ou país;

b) Política comercial compreende as políticas nacionais externas destinadas


promover o aumento da competitividade das exportações nacionais, por meio
de subsídios e incentivos, e a redução da competitividade das importações, por
POLÍTICA INDUSTRIAL: Componentes 73

básicos: incentivos e subsídios


1.1 Políticas de subsídios:
1.1.1 - Objetivos: Promover ou incrementar o investimento industrial por meio de
1.1.2 - Instrumentos utilizados:
a) Redução ou dispensa de tributos (I/R, IPI, ICMS)
b) Concessão de vantagens (terrenos, galpões industriais, distritos)
c) Créditos fiscais (reembolso de impostos pagos)
1.2 Políticas de incentivos:
1.2.1 - Objetivos: Promover ou incrementar o investimento industrial por meio de
1.2 .2 – Instrumentos utilizados:
a) Empréstimos a taxas de juros de reduzidas
b) Financiamentos com prazos e taxas subsidiados
POLÍTICA COMERCIAL: Classificação: 74

política tarifária e não tarifária.

2.1 - Política tarifária: Imposição de tributos (tarifas, taxas, impostos) sobre


importações.
2.1.1 - Tipos:
a) Tarifas seletivas (alíquotas variadas)
b) Tarifas eventuais
c) Tarifa externa comum (TEC)
d) Adição de impostos internos (IPI, ICMS, etc)
2.1.2 - Objetivos: Controle das importações; defesa da produção interna
2.2 - Políticas não tarifárias: Restrições não-tributárias sobre importações e
estímulos às exportações.
2.2.1 - Tipos: cotas, normas técnicas, certificações, restrições quantitativas, etc.
75
BALANÇA DE PAGAMENTOS
1. O Balanço de Pagamento: Aspectos Gerais
2. Estrutura do BP
3. Registros no BP: um exemplo numérico
4. Ajustes do BP: exercício
Capítulo 6 do livro de Economia
Internacional.
Aspectos gerais
 Balanço de Pagamentos é o documento que registra as transações
econômicas de um país com o resto do mundo e serve de referência
para análises, comparações, planejamento e investimentos públicos e
privados.
 No Brasil, a contabilização do balanço de pagamentos começou a ser
realizada em 1947, hoje contabilizada pelo Banco Central.
 Banco Central do Brasil (BACEN):
http://www.bcb.gov.br
1.BP: Aspectos Gerais

 1.1 Conceito: É o registro estatístico – contábil de toda a


transação econômica realizada entre residente e não
residente.
 Residentes : são todas as pessoas físicas e jurídicas que
residem em um país em caráter permanente e as que, embora
não residindo permanentemente, tem nele o seu principal
centro de interesse.
1.2 Importância na análise econômica: “Informar às
autoridades governamentais a posição internacional do país,
ajuda-las a tomar decisões sobre políticas monetária, fiscal e
cambial.” (Kindleberger).
As políticas

Política Monetária é o conjunto de ferramentas que o governo tem através de


suas autoridades monetárias utilizam para equilibrar o sistema econômico, através do
controle da oferta e demanda de moeda (dinheiro) na economia.
Política Fiscal é o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e
realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a
redistribuição da renda e a alocação de recursos.
Política Cambial é o conjunto de medidas que as autoridades monetárias
têm para controlar as entradas e saídas de moeda estrangeira da economia nacional.
2. Estrutura do BP

O BP está estruturado em duas grandes contas: Conta Corrente (BTC) e


Conta Capital (CK).

BTC divide-se em: balança comercial (BC), balanço de serviços (BS) e


transferências unilaterais (TU).
CK divide-se na conta de movimentos de capitais autônomos (KA) e
capitais compensatórios (KC)
2. Estrutura: uma visão panorâmica

1. Balança em Transações Correntes (BTC)


BTC = BC (X-M) + BS + TU
2. Conta de Capitais (CK)
Saldo TOTAL do BP = BTC+CK

Pela lógica das partidas dobradas, a todo crédito corresponde um débito. Isto faz
com que o saldo de todas contas seja sempre zero.
Se BP > 0 (superávit) acumulam-se reservas.
Se BP< 0 (déficit) há perda de reservas. Se as reservas não forem suficientes, o
país precisa de Empréstimos de Regularização (FMI).
2. Estrutura esquemática do BP
1. Balança em Transações Correntes
Balança Comercial: registra as exportações e importações de mercadorias
Exportação : Básicos, Semi-faturados, Manufaturados
Importação : Petróleo, Maquinas/equipamentos
Balança de Serviços
Viagens Internacionais, Transporte ,Seguros
Balança de Transferências Unilaterais: registra pagamentos e recebimentos que não apresentam contrapartida.
Públicos ou privados
Saldo da Balança em Transações Correntes= BC(X-M)+BS+TU
2. Conta Capital: registra a entrada de capitais autônomos e compensatórios no país.
Capitais Autônomos -> Investimento Externo;Empréstimos e Financiamentos; Amortizações.
Capitais Compensatórios -> Haveres e obrigações no exterior; Empréstimos de regularização (FMI); Atrasados
Comerciais.
Saldo total do BP : BTC+CK
3. Um exemplo numérico do BP
CASO I CASO II CASO III
BC - BALANÇA COMERCIAL 30 5 -10
Exportações 150 60 50
Importações -120 -55 -60
BS - BALANÇO DE SERVIÇOS 40 -8 -20
Receitas 60 8 15
Pagamentos -20 -16 -35
TU - TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS -10 1 2
BTC - SALDO DO BP EM TC = BC + BS + TU 60 -2 -28
BALANÇO DE CAPITAIS (líquido) -60 2 28
IDE -15 -0,5 -5
Portfólio -20 -0,5 -5
Empréstimos e Financiamentos -25 -1 -10
Financiamentos de Regularização 0 0 -8
Empréstimos Governamentais 0 0 -3
FMI 0 0 -2
Variação de Reservas 0 0 -3
BP 0 0 0
A Balança Comercial pode ser melhor exemplificada na figura acima.
Responsável pela contabilização de todas as Importações (I) e Exportações (E), seus 3 possíveis
resultados são:
a) Uma balança comercial favorável (ou superavitária) onde a exportação supera o volume de
importações;
b) Uma balança comercial equilibrada, onde as exportações e importações estão em uma situação de
equilíbrio;
c) Uma balança comercial desfavorável (ou deficitária) onde as importações superam o volume de
exportações no país.
CÂMBIO
 Cada país tem sua moeda. Por isso, quando há uma troca de mercadorias no
comércio internacional, elas precisam ser pagas em dinheiro. Como então são
realizados os pagamento internacionais já que as moedas não são trocadas
diretamente ? em que proporção ?
 Pararesponder essas perguntas um mecanismo precisa ser utilizado: o
câmbio. Isso porque precisa haver um meio de conversão para que os
pagamentos sejam realizados.
Taxas de câmbio

 Serve para que exista alguma forma de conversão das moedas de um país
em moedas de outro país.
 A taxa de câmbio , portanto, é a medida pela qual a moeda de um país
qualquer pode ser convertida em moeda de outro país.
 Taxa de câmbio é o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda
estrangeira. Sua variação altera diversas variáveis econômicas, sobretudo
aquelas relacionadas ao comércio exterior.
 Os pagamentos de negócios internacionais são realizados com base nos
preços das divisas, determinados no mercado cambial.
Há dois tipos de regimes cambiais : Fixo
e flutuante.

O câmbio fixo é controlado diretamente pelo banco central.


O câmbio flutuante subdividi-se em duas espécies de flutuação :
“limpa”, controlada apenas pelo mercado, sem participação
alguma do governo, e “suja” , na qual o governo intervém caso
deseje proteger a moeda, mantendo-se a um dado nível.
Análise câmbio

Uma apreciação (ou valorização) da moeda


nacional estimula as importações e inibe as
exportações. O inverso ocorre no caso de uma
depreciação (ou desvalorização).
Taxas de câmbio real e nominal

 Taxa de câmbio nominal: Moeda doméstica /


Moeda estrangeira. Descreve, no caso do Brasil,
o preço de um dólar em reais. (anunciado nos
jornais)

 Taxa de câmbio real: A taxa de câmbio real


representa o valor relativo das duas moedas,
descontados os efeitos da inflação.
O que é inflação?

De forma simples pode ser dito que é o


aumento generalizado dos preços. Um dos
problemas da inflação é a perda do poder de
compra.
Quais as diferenças entre dólar comercial, turismo e paralelo? Para cada tipo de operação, o
dólar recebe uma classificação: comercial, turismo e paralelo.
Comercial- é relacionado ao mercado internacional e à movimentações comerciais entre empresas. Essa taxa
de conversão é definida pela oferta do mercado e procura da moeda.
Turismo- é a cotação utilizada em emissão de passagens, compra de dólar em espécie, compras no exterior e até
mesmo nos débitos em dólar no cartão de crédito. É a taxa de câmbio utilizada pelas corretoras ao negociar a
venda de moeda estrangeira para um cliente que vai viajar, por exemplo. O valor do dólar turismo é mais alto do
que o dólar comercial pois é composto pelo lucro do agente de câmbio, custos da importação do dinheiro e o
acréscimo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) empregado pelo governo.
Paralelo- é a cotação da moeda fora dos meios legais – utilizando doleiros, casas de câmbio não-autorizadas pelo
Banco Central e outros meios não regularizados.
Arbitragem de divisas

O mercado cambial, com o avanço das telecomunicações,


globalizou-se dando margem à realização da arbitragem de
divisas, operações de compra e venda de divisas com o
objetivo de obter lucro com as diferenças nas cotações das
moedas observadas nos diferentes mercados.
Paridade do Poder de Compra

 A Teoriada Paridade do Poder de Compra, diz que uma mesma


cesta de bens em países diferentes deve ter o mesmo preço quando
medidas na mesma moeda.
 Em termos muito simples, pode-se dizer que a Paridade de poder de
Compra é a Teoria que propõe que a taxa de câmbio entre duas
moedas se encontra em equilíbrio quando o poder de compra
interno das moedas é equivalente ao da taxa de câmbio.
Exemplo: A taxa de
câmbio do feijão

 Se
um quilo de feijão custa R$1,50 no Brasil, e a taxa de
câmbio é R$3 / US$1, então:
Opreço do feijão nos Estados Unidos deve ser, em equilíbrio,
US$0,50.

Conta: 1,50/3,0=0,50
A “teoria” BIG MAC
 Com base nessa idéia, uma revista inglesa, The Economist, resolveu, há tempos, levantar os
preços do sanduíche Big Mac em vários países, e comparar a “taxa de câmbio- Big Mac” de
cada país (derivada da comparação do preço do sanduíche nesse país e nos Estados Unidos)
com a taxa do dólar efetivamente observada, nesse país. Começando como uma
brincadeira, o cálculo depois tornou-se uma prática repetida pela revista, pois seus
redatores chegaram à conclusão de que uma diferença significativa entre a “taxa Big Mac”
e a taxa de mercado parecia indicar, de fato, em alguns casos pelo menos, uma situação
efetiva de desequilíbrio. Seria como se a “taxa Big Mac” fosse um indicador da taxa de
paridade de poder de compra entre cada país e os Estados Unidos, num dado momento.
A título de curiosidade, reproduzimos abaixo uma tabela
de taxas Big Mac, publicada por aquela revista.

 http://www.economist.com/content/big-mac-index
Quais são as moedas mais valorizadas do mundo?
Estamos falando da variação cambial que é afetada por uma série de elementos, como a liquidez (muito dinheiro
disponível no mercado internacional), balança comercial, economia, risco-país e até o preço das commodities.
 A moeda mais cara do mundo vale três vezes mais do que o dólar americano. A Dinar do Kuwait, conhecida
pela sigla KWD, tem uma cotação média de USD 3,25.
 A Libra Esterlina, ou, GBP, que é emitido pelo Banco da Inglaterra. O país também possui colônias que
integram a Comunidade das Nações (Commonwealth), ou seja, cada uma delas possui seu chefe de Estado mas,
simbolicamente, a Rainha Elizabeth compartilha as responsabilidades da gestão.
 O EURO, além de ser a moeda oficial da União Européia, ela também detém a segunda maior reserva cambial
do mundo, o que faz do Euro uma das moedas mais valorizadas nos últimos tempos.
 Para constar, o dólar americano possui a maior Reserva Cambial do mundo, o que torna sua moeda
“aceitável” em qualquer lugar do mundo.

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