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1.

Aborde a evolução sistema monetário internacional (1945) – Não-sistema (1971 – presente)


A evolução do sistema monetário internacional após a Segunda Guerra Mundial até o período atual pode ser
dividida em várias fases. Inicialmente, houve a criação de um sistema baseado em acordos de Bretton Woods
em 1944, mas este sistema eventualmente entrou em colapso em 1971, levando a um período conhecido
como o "Não-sistema". Aqui estão os principais eventos e características dessa evolução:
1. Acordos de Bretton Woods: Em 1944, os representantes de 44 países reuniram-se em Bretton Woods, EUA,
para estabelecer as bases do sistema financeiro internacional do pós-guerra. Isso resultou na criação do
Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco
Mundial).
Padrão Ouro-Dólar: O sistema operava com um padrão ouro-dólar, onde o dólar dos EUA era ancorado ao
ouro, e outras moedas eram fixadas em relação ao dólar. O dólar tornou-se a principal moeda de reserva
internacional.
2. Colapso de Bretton Woods (1971):
Fim da Conversibilidade Dólar-Ouro: Em 1971, o presidente dos EUA, Richard Nixon, anunciou a suspensão
da convertibilidade do dólar em ouro, efetivamente encerrando o padrão ouro-dólar. Isso marcou o fim do
sistema de Bretton Woods.
Flutuação das Taxas de Câmbio: Com o fim da paridade fixa, as taxas de câmbio começaram a flutuar
livremente, permitindo que as moedas fossem determinadas pelo mercado.
3. Não-sistema (1971 - Presente):
Flutuação Cambial: Após o colapso de Bretton Woods, o sistema internacional evoluiu para um ambiente de
flutuação cambial, onde as taxas de câmbio são determinadas pelos mercados de câmbio.
Moedas de Reserva Diversificadas: Sem um padrão monetário fixo, várias moedas, incluindo o dólar, o euro,
o iene japonês e outras, desempenham papéis importantes como moedas de reserva internacionais.
Globalização Financeira: O Não-sistema está associado à crescente globalização financeira, com mercados de
câmbio, comércio internacional e investimentos tornando-se mais interligados e interdependentes.
Desafios e Volatilidade: O Não-sistema trouxe benefícios, como maior flexibilidade, mas também apresentou
desafios, incluindo volatilidade nas taxas de câmbio, crises financeiras globais e desequilíbrios econômicos.
Durante esse período, houve discussões contínuas sobre reformas no sistema monetário internacional, mas
até o momento da minha última atualização em janeiro de 2022, nenhum novo sistema global foi
formalmente estabelecido. O ambiente atual é caracterizado por uma falta de um sistema monetário
internacional claramente definido, daí a referência ao período como o "Não-sistema".

2. Como avalia a ação do FMI na realidade das relações financeiras internacionais atuais?
A avaliação da ação do Fundo Monetário Internacional (FMI) na realidade das relações financeiras
internacionais atuais é um tópico que pode gerar diferentes perspectivas. Aqui estão algumas considerações
que podem ajudar a entender como o FMI é percebido em relação às dinâmicas financeiras internacionais:
Principais Funções e Ações do FMI:
Estabilidade Financeira: O FMI busca promover a estabilidade financeira global, fornecendo assistência
financeira a países que enfrentam crises econômicas e dificuldades no balanço de pagamentos. Isso pode
envolver a concessão de empréstimos condicionados a reformas econômicas.
Assistência Técnica e Monitoramento: Além do fornecimento de recursos financeiros, o FMI oferece
assistência técnica e monitoramento econômico aos seus membros. Isso inclui a realização de avaliações
regulares das economias dos países membros.
Reformas e Condições: A assistência financeira do FMI geralmente está condicionada à implementação de
reformas econômicas, estruturais e políticas nos países mutuários. Essas condições visam corrigir
desequilíbrios macroeconômicos e melhorar a sustentabilidade fiscal.

Críticas ao FMI:
Condições Difíceis: O FMI frequentemente é criticado por impor condições rigorosas aos países que buscam
assistência, o que pode incluir medidas de austeridade que afetam negativamente os padrões de vida e o
bem-estar social.
Impacto Social: Algumas críticas sugerem que as políticas recomendadas pelo FMI podem ter impactos
sociais adversos, como aumento do desemprego e desigualdades, especialmente quando os programas de
ajuste são implementados de forma rápida e sem considerar adequadamente o contexto local.
Influência Desigual: A influência do FMI muitas vezes é percebida como desigual, com algumas nações mais
poderosas tendo mais voz e poder de decisão nas políticas do FMI em comparação com países em
desenvolvimento.
Contribuições Positivas:
Estabilização em Crises: O FMI tem desempenhado um papel importante na estabilização de economias
durante crises financeiras, fornecendo recursos e expertise técnica.
Prevenção de Crises: Ao realizar análises regulares da saúde econômica dos países membros, o FMI pode
ajudar a identificar vulnerabilidades e prevenir crises antes que se tornem mais severas.
Desenvolvimento de Capacidades: A assistência técnica do FMI pode contribuir para o desenvolvimento de
capacidades institucionais nos países membros, fortalecendo suas políticas econômicas e fiscais.
A avaliação geral da ação do FMI nas relações financeiras internacionais depende, em grande parte, da
perspectiva de quem a está analisando. Enquanto alguns veem o FMI como uma instituição vital para a
estabilidade econômica global, outros a criticam por suas abordagens e impactos percebidos. O FMI continua
a enfrentar desafios em equilibrar suas funções de promoção da estabilidade e o bem-estar social em meio a
dinâmicas econômicas complexas e variáveis entre os países membros.

3. O Acordo de Bretton Woods é um bom exemplo de um compromisso diplomático. Cria um Banco, que age
como um Fundo, e um Fundo que age como um Bano. Concorda com esta afirmação? Justifique.
A afirmação de que o Acordo de Bretton Woods cria um Banco que age como um Fundo, e um Fundo que
age como um Banco, é uma simplificação que destaca a dualidade das instituições criadas durante essa
conferência, mas também pode gerar alguma confusão na descrição específica de suas funções.
O Acordo de Bretton Woods, estabelecido em 1944, resultou na criação de duas instituições financeiras
internacionais: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD), que mais tarde se tornou parte do Banco Mundial. Vamos analisar as funções de
cada uma delas para entender melhor a afirmação:

Fundo Monetário Internacional (FMI):


Função Principal: O FMI foi projetado para fornecer estabilidade financeira global. Ele oferece assistência
financeira temporária aos países membros que enfrentam problemas em suas balanças de pagamentos,
ajudando a estabilizar suas moedas e economias.
Instrumento Principal: O FMI fornece empréstimos condicionados a países que concordam em implementar
políticas econômicas e estruturais destinadas a corrigir desequilíbrios.
Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) - Parte do Banco Mundial:
Função Principal: O BIRD, parte do Banco Mundial, tem um enfoque mais amplo no financiamento do
desenvolvimento econômico e na redução da pobreza.
Instrumentos Principais: O BIRD fornece empréstimos e assistência técnica para projetos de infraestrutura,
saúde, educação e desenvolvimento social. Diferentemente do FMI, o BIRD tem um horizonte de tempo mais
longo para seus empréstimos.
Portanto, a afirmação pode ser um pouco confusa se interpretada literalmente. O FMI não age exatamente
como um banco tradicional, pois seu principal objetivo é fornecer estabilidade financeira em tempos de
crise. Por outro lado, o BIRD, parte do Banco Mundial, atua de maneira mais semelhante a um banco de
desenvolvimento, fornecendo financiamento para projetos que visam melhorar as condições
socioeconômicas a longo prazo.
Em resumo, enquanto ambos foram criados durante o Acordo de Bretton Woods e têm funções
complementares na promoção da estabilidade financeira e desenvolvimento econômico, eles diferem em
seus objetivos e na forma como atendem às necessidades dos países membros.

4. A forma como está concebida a estrutura de pagamentos internacionais assegura um conjunto de


objetivos. Quais?
A estrutura de pagamentos internacionais é concebida para atender a vários objetivos fundamentais na
condução das transações financeiras entre países. Estes objetivos incluem:
Facilitar o Comércio Internacional:
Redução de Barreiras: A estrutura de pagamentos internacionais visa reduzir as barreiras para o comércio
internacional.
Promover a Estabilidade Econômica e Financeira:
Prevenção de Crises Cambiais: Ao fornecer um mecanismo para a troca de moedas e a liquidação de
transações, a estrutura de pagamentos internacionais ajuda a prevenir crises cambiais e contribui para a
estabilidade financeira global.
Fornecer Liquidez aos Países Membros:
Recursos de Reservas Internacionais: Muitos países mantêm reservas em moedas estrangeiras como parte de
sua estratégia para garantir estabilidade e atender a compromissos internacionais.
Estabelecer uma Ordem Monetária Internacional:
Regras e Normas: A estrutura de pagamentos internacionais estabelece regras e normas que regem as
transações financeiras entre países, criando uma ordem monetária internacional que facilita a previsibilidade
e a confiança.
Facilitar Investimentos e Fluxos Financeiros:
Transferências de Capital: A estrutura de pagamentos internacionais permite a transferência de capital entre
países, facilitando investimentos estrangeiros diretos, empréstimos e outros fluxos financeiros.
Reduzir Riscos nas Transações Internacionais: ajudando a reduzir os riscos associados às flutuações cambiais.
Promover a Cooperação Econômica:
Colaboração Internacional: Ao fornecer um meio para a realização de transações financeiras, a estrutura de
pagamentos internacionais promove a cooperação econômica entre países, incentivando acordos comerciais
e tratados bilaterais.
Esses objetivos refletem a importância de uma estrutura de pagamentos internacionais eficiente e
transparente para apoiar as relações econômicas globais e garantir a estabilidade financeira entre as nações.

5. Aborde a complexidades dos mercados financeiros, e como a existência de uma multiplicidade de


instrumentos potencia a emergência de riscos sobre a economia real.
Aqui estão algumas das complexidades dos mercados financeiros e como a diversidade de instrumentos
pode contribuir para a emergência de riscos:
Complexidade e Opacidade:
Diversidade de Produtos Financeiros: Os mercados financeiros oferecem uma ampla gama de instrumentos,
incluindo ações, titularizações, obrigações, fundos de investimentos, opções e outros. A variedade e a
complexidade desses instrumentos podem dificultar a compreensão completa de seus riscos, especialmente
para investidores individuais e até mesmo para alguns profissionais.
Interconectividade:
Relações Complexas: Os mercados financeiros estão interconectados globalmente. Mudanças em uma parte
do sistema podem afetar outras partes, criando redes complexas de relações. Isso pode levar a efeitos de
contágio, onde problemas em um setor ou mercado se propagam para outros.
Alavancagem Financeira:
Uso de Alavancagem: A alavancagem, ou a prática de usar dívida para amplificar retornos, é comum nos
mercados financeiros. Embora possa aumentar os lucros em tempos favoráveis, também intensifica as perdas
em períodos de volatilidade, contribuindo para riscos sistêmicos.
Riscos de Mercado e Liquidez:
Volatilidade e Falta de Liquidez: A diversidade de instrumentos pode levar à volatilidade nos preços de
mercado. Em tempos de estresse, alguns ativos podem enfrentar falta de liquidez, tornando difícil para os
investidores comprar ou vender ativos a preços justos.
Inovações Financeiras:
Produtos Financeiros Complexos: A constante inovação nos mercados financeiros pode levar à criação de
produtos financeiros complexos e pouco compreendidos. Esses produtos, como derivativos estruturados,
podem apresentar riscos ocultos que se manifestam quando as condições de mercado mudam.
Em resumo, a multiplicidade de instrumentos nos mercados financeiros, quando combinada com
complexidades inerentes e comportamentos irracionais, pode contribuir para a emergência de riscos que
afetam a estabilidade financeira e, por conseguinte, a economia real. A regulação e supervisão eficazes são
essenciais para mitigar esses riscos e promover a estabilidade nos mercados financeiros.

6. Como pode uma empresa proceder à cobertura de riscos de pagamento nas transações internacionais? E
de investimento?
Empresas que se envolvem em transações internacionais estão expostas a vários riscos, como risco cambial,
risco de taxa de juros, risco político e outros. A cobertura desses riscos é crucial para proteger a empresa
contramovimentos adversos nos mercados financeiros. Aqui estão algumas estratégias comuns:
O crédito documentário e a garantia bancária são instrumentos financeiros utilizados em transações
internacionais para mitigar riscos e garantir o cumprimento das obrigações contratuais entre as partes
envolvidas. Vamos caracterizar cada um deles:
Crédito Documentário:
O crédito documentário é uma ferramenta financeira em que um banco, a pedido do comprador
(importador), emite uma carta de crédito para garantir o pagamento ao vendedor (exportador), desde que
este cumpra determinadas condições documentais.
Funcionamento:
O comprador e o vendedor concordam com os termos da transação, e o comprador solicita ao seu banco
emitir uma carta de crédito. O banco do comprador se compromete a efetuar o pagamento ao banco do
vendedor assim que receber documentos específicos que comprovem a entrega dos bens ou serviços
conforme o acordo.
Tipos de Cartas de Crédito:
Irrevogável: Não pode ser alterada ou cancelada sem o consentimento de ambas as partes.
Revogável: Pode ser alterada ou cancelada pelo comprador sem o consentimento do vendedor.
Benefícios:
Segurança para Ambas as Partes: O vendedor tem a garantia de pagamento ao cumprir as condições
documentais, enquanto o comprador tem a garantia de que o pagamento só será efetuado mediante a
apresentação dos documentos corretos.
Garantia Bancária para Pagamentos em Transações Internacionais:
A garantia bancária é um compromisso formal de um banco emitente de pagar uma quantia específica ao
beneficiário (normalmente o vendedor) caso o devedor (normalmente o comprador) não cumpra suas
obrigações de pagamento ou outras obrigações contratuais.
Funcionamento:
O comprador (devedor) solicita uma garantia bancária ao seu banco, que emite o documento formal. Se o
comprador não cumprir suas obrigações, o beneficiário (vendedor) pode acionar a garantia para receber o
pagamento do banco.
Tipos de Garantias Bancárias:
Garantia de Pagamento: Garante que o devedor cumprirá suas obrigações contratuais.
Garantia de Pagamento Antecipado: Garante a devolução do pagamento adiantado caso o devedor não
cumpra as condições contratuais.
Benefícios:
O beneficiário tem a garantia de receber o pagamento, mesmo se o devedor não cumprir suas obrigações.
Facilita as Transações: O uso de garantias bancárias pode facilitar a aceitação de transações comerciais,
especialmente em contratos internacionais onde há confiança limitada entre as partes.
Seguros contra Riscos Políticos:
A MIGA, ou Agência Multilateral de Garantia de Investimentos, é uma instituição vinculada ao Grupo Banco
Mundial e desempenha um papel crucial no fornecimento de seguros contra riscos políticos para investidores
estrangeiros.
Seguros contra Riscos Políticos:
Os seguros contra riscos políticos são instrumentos financeiros que oferecem proteção a investidores,
empresas e instituições financeiras contra perdas financeiras resultantes de eventos políticos adversos. Esses
eventos podem incluir:
Expropriação: Confisco ou nacionalização de ativos por parte do governo.
Inconvertibilidade de Moeda: Restrições que impedem a conversão de moeda local em moeda estrangeira.
Conflitos Armados: Guerras ou conflitos civis que afetam as operações das empresas.
Riscos Políticos e Instabilidade: Mudanças abruptas nas condições políticas que impactam negativamente os
investimentos.

7. Qual a relevância da luta contra o branqueamento de capitais? Quem tem intervenção neste âmbito, e de
que forma se concretiza esta luta?
A luta contra o branqueamento de capitais é de extrema relevância no cenário global devido aos impactos
negativos que esse fenômeno pode ter em várias áreas, incluindo a estabilidade econômica
O branqueamento de capitais refere-se ao processo de disfarçar a origem ilegal ou criminosa de fundos para
que eles possam ser introduzidos na economia legal sem suspeitas.
Preservação da Integridade do Sistema Financeiro: recursos obtidos ilegalmente que circulem por instituições
financeiras legítimas pode minar a confiança no sistema
Combate ao Financiamento do Terrorismo: A luta contra o branqueamento de capitais é uma parte crucial
dos esforços globais para prevenir atividades terroristas.
Proteção contra Atividades Criminosas: buscam desestimular atividades criminosas, como corrupção, tráfico
de drogas, crime organizado e fraude financeira.
Manutenção da Reputação e Credibilidade: A presença de práticas eficientes de combate ao branqueamento
de capitais ajuda os países e os bancos a manterem uma reputação sólida no cenário internacional.
Bancos e Instituições Financeiras: desempenham um papel fundamental na prevenção do branqueamento de
capitais, implementando práticas de diligência devida e relatórios de transações suspeitas
Organizações como GAFI desempenham um papel crucial ao estabelecer padrões internacionais e promover
a cooperação entre países. “40 Recomendações", são um conjunto abrangente de normas e medidas que os
países são encorajados a implementar para fortalecer seus sistemas de combate à lavagem de dinheiro e ao
financiamento do terrorismo.

8. Qual a relevância do chamado Comité de Basileia?


O Comitê de Basileia é uma instituição internacional de supervisão bancária que desempenha um papel
crucial na promoção da estabilidade financeira global e no fortalecimento da regulação bancária. O Comitê
foi criado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).
é uma organização internacional que desenvolve padrões e diretrizes para a supervisão bancária com o
objetivo principal fortalecer a regulação, promover a estabilidade financeira e prevenir crises bancárias.
A supervisão é geralmente dividida em duas categorias principais: supervisão prudencial e supervisão
comportamental.
a supervisão prudencial e garantem que os bancos mantenham níveis adequados de capital e adotem
práticas de gestão de riscos robustas. Os Acordos de Basileia (Basileia I, II e III)
Isso inclui a avaliação e monitoramento dos níveis de capital, a gestão de riscos, a qualidade dos ativos e a
adequação dos processos internos dos bancos. Estabelecem requisitos de capital mínimo que os bancos
devem manter para cobrir riscos, como crédito, mercado e operacional (Rácio simples (Capital, Crédito),
Rácio de Solvabilidade (Fundos Próprios, Ativos Ponderados) Inclusão Riscos de
Mercado (Ricos Soberanos), Basileia II (Probabilidade de Perda, VAR) Basileia III (Reforço Supervisão Reforço
Transparência, Buffer Capital).
A supervisão comportamental concentra-se no comportamento ético e nas práticas de negócios justas das
instituições financeiras em relação aos clientes e partes interessadas.
Regulamentações específicas e códigos de conduta são desenvolvidos para orientar a supervisão
comportamental. As penalidades por má conduta podem incluir multas e outras medidas corretivas.
Essas abordagens combinadas visam garantir a segurança, estabilidade e integridade dos sistemas
financeiros.
11. Procure identificar, em termos históricos, o que determinou a internacionalização da atividade bancária (de
bancos nacionais a bancos globais).

A internacionalização da atividade bancária, que levou muitos bancos a se tornarem globais, é um fenômeno
complexo que foi impulsionado por uma série de fatores históricos e mudanças nas condições econômicas e
regulatórias. Algumas das principais razões para a internacionalização dos bancos incluem:

1. Globalização Econômica:

Final do Século XIX e Início do Século XX: O processo de globalização econômica ganhou impulso durante o final do
século XIX e início do século XX. O comércio internacional aumentou, as empresas expandiram suas operações para
mercados estrangeiros e as necessidades de serviços bancários transfronteiriços cresceram.

2. Expansão do Comércio Internacional: Pós-Segunda Guerra Mundial: Após a Segunda Guerra Mundial, o comércio
internacional começou a se expandir significativamente. O aumento do comércio exigia serviços financeiros para
facilitar transações internacionais, impulsionando a internacionalização dos bancos.

3. Desenvolvimento do Eurodólar: Década de 1960: O surgimento do mercado de eurodólares (depósitos em dólares


americanos realizados fora dos Estados Unidos) criou uma oportunidade para os bancos expandirem suas operações
globalmente, especialmente em Londres, onde o mercado eurodólar foi significativo.

4. Inovações Financeiras: Décadas de 1970 e 1980: O desenvolvimento de instrumentos financeiros inovadores, como
swaps de moeda e opções, facilitou a gestão de riscos cambiais e incentivou os bancos a expandirem suas atividades
para diferentes mercados financeiros ao redor do mundo.

5. Avanços Tecnológicos: Décadas de 1980 e 1990: Os avanços tecnológicos na comunicação e na informação


reduziram as barreiras à entrada em mercados estrangeiros. Os bancos começaram a utilizar tecnologias para realizar
transações financeiras em tempo real em diferentes partes do mundo.

6. Liberalização Financeira: Décadas de 1980 e 1990: Muitos países adotaram políticas de liberalização financeira,
eliminando restrições à entrada de bancos estrangeiros e promovendo a concorrência global. Isso permitiu que os
bancos estabelecessem presença em locais estrangeiros com mais facilidade.

7. Consolidação Bancária: Décadas de 1990 e 2000: Houve uma onda de consolidação bancária em muitos países,
resultando na formação de conglomerados bancários globais por meio de fusões e aquisições. Isso permitiu que os
bancos ampliassem sua presença internacional e oferecessem uma gama mais diversificada de serviços financeiros.

8. Regulamentação Financeira Global: Pós-Crise Financeira de 2008: Após a crise financeira de 2008, houve um
aumento na regulação financeira global, com a implementação de medidas para fortalecer a resiliência do setor
bancário. Isso influenciou a estrutura e as operações dos bancos globais.

9. Integração Econômica Regional: Décadas mais recentes: O crescimento da integração econômica regional, como a
União Europeia, facilitou a expansão de bancos europeus para diferentes países dentro da região.

13. Quais os eventos de risco na origem da crise do subprime?

A crise do subprime, que eclodiu em 2007-2008, foi desencadeada por uma combinação de fatores e eventos de risco
no setor imobiliário dos Estados Unidos. Aqui estão alguns dos principais eventos de risco que contribuíram para a
crise:

1. Expansão do Mercado de Hipotecas Subprime: Houve uma expansão significativa do mercado de hipotecas
subprime, que eram empréstimos concedidos a mutuários com histórico de crédito menos favorável. Isso resultou
em uma concessão excessiva de empréstimos arriscados.

2. Securitização de Hipotecas: As instituições financeiras começaram a securitizar hipotecas subprime,


transformando-as em títulos financeiros complexos chamados de "mortgage-backed securities" (MBS). Esses
produtos financeiros eram frequentemente opacos e difíceis de avaliar em termos de risco.
3. Crescimento dos Derivativos Financeiros: A criação e o crescimento dos derivados financeiros, como os credit
default swaps (CDS), permitiram que os investidores apostassem contra a qualidade das hipotecas e dos títulos
lastreados nelas.

4. Práticas de Empréstimos c taxa variável: empréstimos de taxa varável que tinham taxas de juros iniciais baixas, mas
que podiam aumentar significativamente ao longo do tempo.

5. Bolha Imobiliária e Queda dos Preços dos Imóveis: uma bolha imobiliária se formou, levando a um aumento
acentuado nos preços dos imóveis. Quando a bolha estourou, os preços dos imóveis caíram drasticamente, levando a
um aumento nas execuções hipotecárias.

6. Falhas nos Modelos de Risco e Avaliação de Crédito: os modelos de risco utilizados por agências de classificação de
crédito e instituições financeiras falharam em avaliar adequadamente o risco associado aos produtos financeiros.

7. Insuficiência de Reservas de Capital: Algumas instituições financeiras não mantiveram reservas de capital
adequadas para cobrir as perdas decorrentes da desvalorização dos ativos lastreados em hipotecas.

9. Impacto em Instituições Financeiras Globais: O contágio da crise afetou instituições financeiras globais, levando a
falências, resgates de emergência e uma crise de confiança nos mercados financeiros internacionais.

A combinação desses fatores resultou em um colapso no mercado, desencadeando uma crise financeira. A crise do
subprime é frequentemente considerada um marco importante na história financeira recente, levando a reformas
regulatórias e mudanças nas práticas do setor financeiro.

14. Qual a forma mais correta de classificar as Bitcoins? Uma moeda virtual, ou um ativo virtual?

Não há um consenso global claro sobre a categorização das bitcoins, mas duas classificações comuns são:

Moeda Virtual: Elas são utilizadas como meio de troca e podem ser usadas para comprar bens e serviços em alguns
locais que aceitam cripto moedas como pagamento. O fato de as bitcoins operarem em uma rede descentralizada,
sem um emissor centralizado como um banco central, é um dos argumentos para considerá-las moedas virtuais. No
entanto, algumas limitações, como a volatilidade dos preços e a falta de aceitação generalizada, podem impedir que
as bitcoins se encaixem completamente na definição tradicional de moeda.

Ativo Virtual ou Ativo Criptográfico: outra perspetiva comum é considerar as bitcoins como ativos virtuais. Nesse
contexto, as pessoas veem as bitcoins mais como uma forma de investimento do que como uma moeda de troca. É
vista como uma reserva de valor, semelhante a ouro, e como uma oportunidade de investimento devido à sua
natureza deflacionária e à expectativa de valorização ao longo do tempo. Em muitas jurisdições, as bitcoins são
tratadas como ativos e estão sujeitas a regulamentações financeiras aplicáveis a ativos financeiros.

A natureza híbrida das bitcoins, que podem funcionar como meio de troca, reserva de valor e ativo de investimento,
torna desafiador categorizá-las de maneira única.

15. Olhando para as crises financeiras das últimas décadas: São todas iguais?

As crises financeiras das últimas décadas compartilham algumas características comuns, mas também apresentam
diferenças significativas em termos de causas, contextos econômicos, ativos envolvidos e respostas políticas.

1. Crise Financeira de 2007-2008 (Crise do Subprime): Causada principalmente pelo colapso do mercado imobiliário
dos EUA, com a desvalorização de ativos baseados em hipotecas subprime e a disseminação de produtos financeiros
complexos relacionados. Teve repercussões significativas em todo o mundo, afetando instituições financeiras globais,
levando a resgates, falências e uma recessão global.

2. Crise Financeira Asiática de 1997: Foi desencadeada por uma combinação de desequilíbrios macroeconômicos,
especulação excessiva, falta de regulamentação e práticas cambiais questionáveis.

Inicialmente, concentrada em países asiáticos, com desvalorizações cambiais, falências bancárias e recessões em
várias nações.
3. Crise Financeira da América Latina na Década de 1980: Caracterizada por uma crise da dívida soberana, decorrente
de empréstimos excessivos, altas taxas de juros e políticas econômicas inadequadas. Afetou principalmente países
latino-americanos, resultando em moratórias da dívida e programas de ajuste estrutural.

Semelhanças Gerais:

Origem no Setor Financeiro: Muitas crises têm sua origem no setor financeiro, seja devido a bolhas de ativos, práticas
arriscadas de empréstimos ou falhas em produtos financeiros complexos.

Impacto Global: Muitas crises têm repercussões globais, afetando mercados financeiros e economias em todo o
mundo.

Intervenção Governamental: Respostas governamentais frequentemente envolvem intervenções para estabilizar o


sistema financeiro, resgatar instituições em dificuldades e implementar medidas de estímulo econômico.

Diferenças Significativas:

Causas Específicas: Cada crise tem causas específicas relacionadas a eventos econômicos, políticas e financeiras
particulares no momento de sua eclosão.

Ativos Envolvidos: Os ativos financeiros envolvidos em cada crise podem variar, desde hipotecas subprime na crise de
2008 até dívida soberana na crise da América Latina.

Contexto Econômico: O contexto econômico subjacente, incluindo taxas de juros, políticas monetárias e condições
macroeconômicas, pode diferir entre as crises.

Embora existam semelhanças, cada crise financeira é única em sua natureza, com diferentes conjuntos de fatores
desencadeantes e implicações. O estudo dessas crises contribui para o entendimento dos riscos sistêmicos, da
regulação financeira e das estratégias para evitar crises semelhantes no futuro.

17. Aborde a evolução e importância da atividade bancária internacional, no período desde o final da segunda
guerra mundial ao presente, identificando aspetos positivos e negativos da sua ação para as relações económicas e
financeiras internacionais.

Importância e Aspetos Positivos:

Facilitação do Comércio e Investimento: A atividade bancária internacional facilita o comércio global e o


investimento, fornecendo serviços financeiros necessários para transações internacionais.

Acesso a Capital: Empresas e governos podem acessar capital internacional para financiar projetos e atividades,
promovendo o desenvolvimento econômico.

Diversificação de Riscos: A diversificação de ativos e riscos por meio da atividade bancária internacional pode ser
benéfica para a estabilidade financeira.

Aspetos Negativos e Desafios:

Riscos Sistêmicos: A interconexão global pode amplificar riscos sistêmicos, como demonstrado pela crise de 2008.

Evasão Fiscal e Lavagem de Dinheiro: A atividade bancária internacional pode ser explorada para evasão fiscal e
lavagem de dinheiro, exigindo esforços regulatórios para combater essas práticas.

Desigualdade Global: Algumas críticas argumentam que a atividade bancária internacional contribui para a
desigualdade global, beneficiando grandes instituições financeiras em detrimento de economias mais vulneráveis.

Volatilidade Financeira: A rápida movimentação de capitais internacionais pode contribuir para a volatilidade dos
mercados financeiros.
19. Historicamente, nunca houve tanta regulação bancária, e nunca o sistema financeiro global esteve tão frágil.
Concorda?

Após a crise financeira de 2008, houve um aumento significativo na regulação bancária. As reformas regulatórias,
como os acordos de Basileia III foram implementadas para fortalecer a resiliência do sistema financeiro e reduzir o
risco sistêmico.

Embora tenha havido esforços para fortalecer a regulação, o sistema financeiro global continua a enfrentar desafios.
A inovação tecnológica, a complexidade financeira, a interconexão global e os eventos imprevisíveis são fatores que
podem criar novos desafios para a estabilidade financeira.

Eventos contemporâneos, como pandemias (por exemplo, a pandemia de COVID-19), podem expor vulnerabilidades
no sistema financeiro global.

Há debates sobre a eficácia de certas regulamentações e se elas conseguem acompanhar a evolução do setor
financeiro, especialmente diante das inovações tecnológicas, como as fintechs e as criptomoedas.

Algumas opiniões sustentam que a quantidade de regulação aumentou consideravelmente nas últimas décadas,
resultando em maior conformidade, transparência e capacidade de resposta a riscos sistêmicos.

Outras perspectivas argumentam que a crescente complexidade do sistema financeiro, a interconexão global e as
inovações financeiras introduziram novos desafios, potencialmente contribuindo para uma fragilidade sistêmica.

A avaliação sobre a regulação bancária e a fragilidade do sistema financeiro global é multifacetada. Embora as
regulamentações tenham sido fortalecidas após a crise de 2008, surgem novos desafios e questões relacionadas à
adaptabilidade das regulamentações existentes.

20. É impossível eliminar todos os riscos que podem afetar o sistema financeiro internacional, o melhor que
conseguimos é procurar mitiga-los na probabilidade da sua ocorrência ou impacto sobre a economia real.
Concorda?
A eliminação completa de todos os riscos no sistema financeiro internacional é uma tarefa impossível devido à
complexidade, dinâmica e interconexão dos mercados financeiros globais. No entanto, o objetivo é mitigar esses
riscos, gerenciá-los de maneira eficaz e reduzir seu potencial impacto sobre a economia real.

Dificuldades:

Natureza Inerente aos Mercados Financeiros: Os mercados financeiros envolvem incerteza e volatilidade. Riscos,
como flutuações cambiais, variações nos preços dos ativos e choques econômicos, são intrínsecos ao ambiente
financeiro.

Interconexão Global: A interconexão global dos mercados financeiros significa que eventos em uma parte do mundo
podem ter ramificações em outras regiões. Essa complexidade torna difícil prever e eliminar todos os riscos.

Inovações Financeiras e Novas Ameaças: O desenvolvimento constante de novos instrumentos financeiros e


tecnologias pode introduzir novas formas de risco que podem não ser totalmente compreendidas ou identificadas de
antemão.

Mitigação de Riscos:

Regulamentação e Supervisão: Implementação de regulamentações sólidas e sistemas de supervisão eficazes para


monitorar e controlar as atividades dos participantes do mercado.

Políticas Macro prudenciais: Adoção de políticas macro prudenciais que visam fortalecer a resiliência do sistema
financeiro como um todo, em vez de focar apenas nas instituições financeiras individuais.

Cooperação Internacional: Fomento da cooperação internacional entre reguladores e autoridades financeiras para
abordar questões transfronteiriças e promover a consistência regulatória.

Inovação Responsável: Promoção de inovação responsável, garantindo que as novas práticas e instrumentos
financeiros sejam compreendidos e regulamentados adequadamente.
Em última análise, a busca pela mitigação de riscos é crucial para sustentar a estabilidade financeira e proteger a
economia real contra impactos adversos decorrentes de eventos imprevistos nos mercados financeiros globais.

21. O atual sistema financeiro internacional é mais resistente a crises que no passado. Concorda?

A avaliação da resistência do atual sistema financeiro internacional em comparação com o passado é complexa e
pode depender do período específico considerado, dos critérios de avaliação e das perspectivas adotadas. Aqui estão
alguns pontos a considerar:

Após a crise financeira de 2008, foram implementadas importantes reformas regulatórias, como o Acordo de Basileia
III, com o objetivo de fortalecer os padrões de capital e liquidez dos bancos.

Maior Conscientização sobre Riscos Sistêmicos: Há uma maior conscientização sobre riscos sistêmicos e uma ênfase
na necessidade de políticas macroprudenciais para fortalecer a estabilidade financeira.

Respostas Políticas Rápidas: As respostas políticas a crises recentes, como a pandemia de COVID-19, envolveram
medidas rápidas e substanciais, incluindo injeções de liquidez e estímulos fiscais, ajudando a estabilizar os mercados
financeiros.

22. Analise e avalie o papel do BIS para a prevenção de eclosão de crises financeiras.

Fundado em 1930, o BIS é uma instituição internacional sediada em Basileia, Suíça, que serve como banco central
dos bancos centrais. Aqui estão algumas análises e avaliações do papel do BIS na prevenção de crises financeiras:

Funções e Atividades Relevantes:

Facilitação da Cooperação entre Bancos Centrais: O BIS atua como um fórum para a cooperação entre bancos
centrais e autoridades monetárias de diferentes países. Essa colaboração facilita a troca de informações, análises e
melhores práticas para fortalecer a estabilidade financeira global.

Desenvolvimento de Padrões e Recomendações: O BIS trabalha no desenvolvimento de padrões e recomendações


para as práticas financeiras, incluindo os Acordos de Basileia, que estabelecem padrões para a adequação de capital
bancário e ajudam a prevenir crises bancárias.

Pesquisas e Análises Econômicas: A instituição realiza pesquisas e análises econômicas para entender as tendências
do mercado financeiro global, identificar riscos emergentes e fornecer informações valiosas aos bancos centrais e
autoridades financeiras.

Monitoramento dos Mercados Financeiros: O BIS monitora de perto os mercados financeiros internacionais,
identificando potenciais vulnerabilidades e riscos sistêmicos que podem levar a crises financeiras.

Promoção da Estabilidade Monetária e Financeira: O BIS trabalha para promover a estabilidade monetária e
financeira, incentivando políticas macro prudenciais e colaborando na gestão de riscos financeiros.

Os Acordos de Basileia, desenvolvidos pelo BIS, estabelecem padrões globalmente aceites para a regulação bancária,
ajudando a evitar práticas arriscadas e melhorar a resiliência do sistema bancário.

O BIS não possui poderes regulatórios diretos e depende da adesão voluntária de seus membros às suas
recomendações. Isso pode limitar sua capacidade de implementar e fazer cumprir medidas preventivas.

O papel do BIS na prevenção de crises financeiras é significativo, especialmente na promoção da cooperação


internacional e no desenvolvimento de padrões regulatórios.

PARTE A

a. A que nos referimos (detalhe as componentes) quando falamos de rácio de solvabilidade? Acordos de
Basileia I, II e III

O rácio de solvabilidade é uma métrica financeira que avalia a capacidade de uma instituição financeira, como
um banco, em cumprir suas obrigações e absorver perdas. Um dos principais pressupostos é a necessidade de
proteger os depositantes contra a perda de seus fundos em caso de insolvência bancária.
O pressuposto fundamental é Níveis adequados de capital nos bancos ajudam a evitar crises bancárias que
poderiam se espalhar para o sistema financeiro em geral. O rácio de solvabilidade assume que diferentes ativos
bancários têm diferentes níveis de risco. Portanto, o capital deve ser adequado ao risco associado aos ativos, e
essa adequação deve ser avaliada ponderando os ativos pelo risco

O rácio de solvabilidade é projetado para prevenir situações em que a má gestão, fraude ou tomada excessiva de
riscos por parte dos bancos podem levar à insolvência.

A ideia é prevenir riscos sistémicos, nos quais o colapso de um banco pode desencadear uma reação em cadeia
de falências e pânico financeiro.

b. Porque é que se revela importante uma análise de objectivos e beneficios de administradores e


colaboradores no sector bancário?

análise de objetivos e benefícios de administradores e colaboradores no setor bancário é crucial pois criar um
ambiente que promova a eficiência, a transparência, a ética e a sustentabilidade financeira e isso impacta
diretamente a eficiência operacional e a saúde financeira das instituições bancárias.

Garante que os objetivos dos administradores estejam alinhados com os interesses de longo prazo da instituição
e de seus acionistas, evitando conflitos de interesses que possam prejudicar a instituição.

Promove a transparência na definição de objetivos e benefícios, para desempenho eficiente e ético, evitando
práticas prejudiciais como a busca excessiva por resultados de curto prazo.

Identifica e gerência potenciais conflitos de interesses que possam surgir entre administradores, colaboradores e
a instituição, minimizando riscos

Assegura que as práticas de remuneração e benefícios estejam em conformidade com normas éticas e
regulamentações e garante que os objetivos e benefícios sejam estruturados de maneira a tornar a instituição
atrativa para investidores.

c. Qual a relevância da existência de políticas de prevenção de conflitos de interesses?


Essas políticas são elaboradas para evitar situações em que os interesses pessoais de indivíduos dentro da
organização possam entrar em conflito com os interesses da instituição ou dos clientes, garantindo que as
decisões e ações sejam orientadas pelos melhores interesses da instituição, clientes e demais partes
interessadas. Estabelecem padrões éticos e de transparência, contribuindo para a reputação positiva da
instituição. Evitam situações em que os interesses dos clientes possam ser prejudicados por decisões
influenciadas por interesses pessoais dos colaboradores,

e. O Grupo de Ação Financeira para a Prevenção do Branqueamento de Capitais, sua ação (sumária)?
O Grupo de Ação Financeira (GAFI) é uma organização internacional que atua na prevenção do branqueamento de
capitais e do financiamento do terrorismo. desenvolve padrões internacionais e recomendações que visam aprimorar
a eficácia dos regimes de combate ao branqueamento de capitais, realiza avaliações periódicas dos países para
verificar a conformidade com suas recomendações e padrões, mantém uma lista de jurisdições que são consideradas
não cooperativas na luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, Facilita a cooperação
internacional entre autoridades, agências e instituições envolvidas no combate ao crime financeiro, promovendo o
intercâmbio de informações, O GAFI realiza revisões regulares de suas 40 recomendações para garantir que estejam
atualizadas, o GAFI também desempenha um papel educativo, promovendo a conscientização sobre os riscos
associados ao branqueamento de capitais, Colabora com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial,
para garantir uma abordagem abrangente na prevenção de atividades ilícitas.

g. Quais as 3 Autoridades Europeias que têm intervenção na atividade financeira da UE?

A EBA é responsável por estabelecer padrões regulatórios e técnicos para garantir a consistência e a eficácia da
regulação bancária em toda a União Europeia. Ela desempenha um papel fundamental na promoção da convergência
regulatória e na supervisão das instituições financeiras para garantir a estabilidade e integridade do setor bancário na
UE.
A ESMA é encarregada de melhorar a proteção dos investidores e a integridade dos mercados financeiros na União
Europeia. Ela desenvolve padrões regulatórios e fornece orientações sobre questões relacionadas a valores
mobiliários, instrumentos financeiros e mercados, promovendo a supervisão eficaz e a transparência nos mercados
financeiros europeus.

A EIOPA é responsável pela regulação e supervisão do setor de seguros e pensões complementares de reforma na
União Europeia. Seu objetivo é garantir a estabilidade e a eficiência dos mercados de seguros e pensões, bem como
proteger os interesses dos segurados e beneficiários.

Essas três autoridades desempenham papéis cruciais na promoção da convergência regulatória, na supervisão eficaz
dos setores financeiros específicos que regulamentam dentro da União Europeia.

h. Defina os conceitos Moeda Virtual e Ativo Virtual.

Moeda virtual é uma forma de representação digital de valor que não é emitida ou garantida por um banco central.
Essas moedas existem apenas eletronicamente. Exemplos conhecidos de moedas virtuais incluem o Bitcoin. As
moedas virtuais podem ser usadas como meio de troca e reserva de valor, embora sua aceitação e regulamentação
variem em diferentes jurisdições.

Ativo virtual refere-se a um ativo que existe digitalmente. Esses ativos podem ter diversas formas e funcionalidades.
Alguns ativos virtuais podem representar a propriedade ou participação em um ativo físico ou projeto ou ativos
digitais exclusivos. Os ativos virtuais podem ser comprados, vendidos e negociados em plataformas online
especializadas. O termo "ativo virtual" é amplo e pode abranger uma variedade de ativos digitais, desde
criptomoedas até representações digitais de bens e direitos.

1) Que operações fazemos nos mercados de capitais?


Os mercados de capitais são espaços onde investidores compram e vendem instrumentos financeiros e podem
incluir:

Compra e Venda de Ações: Investidores compram ações de empresas listadas em bolsas de valores, buscando
ganhar com a valorização dessas ações ao longo do tempo. A venda de ações também é uma operação comum para
realizar lucros ou minimizar perdas.
Negociação de obrigações e titularizações: Os investidores podem comprar e vender para receber juros ou lucrar
com a valorização dos mesmos.
Derivados: Operações com derivados, como contratos futuros, opções e swaps, são comuns nos mercados de
capitais. Esses instrumentos permitem aos investidores especular sobre os movimentos de preços, proteger-se
contra riscos e realizar estratégias mais complexas.
Investimento em Fundos de Investimento: Investidores podem participar indiretamente nos mercados de capitais
por meio de fundos de investimento. Esses fundos aplicam recursos em uma variedade de ativos financeiros,
permitindo uma diversificação eficiente.
Negociação de Moedas Estrangeiras (Forex): Investidores e instituições financeiras participam do mercado de
câmbio (forex) para negociar moedas estrangeiras. Essas operações são importantes para o comércio internacional
e a gestão de riscos cambiais.
Compra de Ativos Digitais: Com o surgimento de ativos digitais, como criptomoedas
Empréstimos e Financiamentos: Empresas podem levantar capital emitindo títulos de dívida no mercado de
capitais. Investidores compram esses títulos, proporcionando financiamento à empresa. A empresa, por sua vez,
concorda em pagar juros e devolver o principal no vencimento.

3) Qual o papel da OCDE / Grupo de Ação Financeira, na Luta contra o Branqueamento de Capitais e
Financiamento do Terrorismo?
O GAFI é uma organização internacional independente que atua especificamente na formulação e promoção de
políticas para combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. Suas principais contribuições
incluem: s "40 Recomendações" que estabelecem padrões internacionais para combater o branqueamento de
capitais e o financiamento do terrorismo. Essas recomendações fornecem um quadro abrangente para a
implementação de políticas e práticas eficazes. identifica e publica listas de jurisdições consideradas de alto risco em
termos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Essas listas incentivam a cooperação internacional e
promovem padrões elevados em todo o mundo.

1) Que operações fazemos nos mercados cambiais?

Compra e Venda de Moedas: Os participantes do mercado podem comprar uma moeda e vender outra
simultaneamente, especulando sobre as variações nas taxas de câmbio.

Contratos Futuros: permitem que os participantes comprem ou vendam uma quantia específica de moeda a uma
taxa de câmbio acordada para uma data futura

Opções: As opções dão aos investidores o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender uma moeda a uma
taxa de câmbio predeterminada em uma data futura

Swaps: envolvem a troca temporária de moedas entre duas partes. Essa troca é revertida em uma data futura
acordada.

Negociação de Moedas Digitais: Como Bitcoin, algumas plataformas permitem a negociação dessas moedas no
mercado cambial

2) Como pode uma empresa procurar minimizar riscos não-tradicionais a que um investimento direto internacional
está potencialmente sujeito? Riscos não-tradicionais podem incluir fatores como instabilidade política, mudanças
regulatórias inesperadas, eventos climáticos extremos, e outros elementos imprevisíveis. A Agência Multilateral de
Garantia de Investimentos (MIGA), parte do Grupo Banco Mundial, oferece garantias contra riscos não-comerciais,
ajudando as empresas a proteger seus investimentos em mercados estrangeiros.

Essas garantias podem cobrir riscos políticos, como expropriação, inconvertibilidade de moeda, conflitos armados e
outras perturbações políticas.

2) Quais os objetivos, e componentes, da Luta contra o Branqueamento de Capitais e Financiamento do


Terrorismo?
Impedir a conversão de recursos obtidos por meio de atividades criminosas em ativos legítimos, tornando difícil
para os criminosos usar o produto de suas atividades ilícitas.
Impedir que recursos financeiros sejam direcionados para organizações terroristas, dificultando a realização de
atividades terroristas.
Facilitar a identificação de atividades suspeitas, bem como a investigação e a persecução de indivíduos
envolvidos em branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Criação de organizações internacionais, como o Grupo de Ação Financeira (GAFI), que estabelece padrões e
recomendações globais. As 40 recomendações do GAFI e a lista de jurisdição.

4) De que se trata quando falamos em Supervisão Prudencial das Instituições de Crédito? Requisitos de Capital:

Requisitos de Capital que as instituições de crédito devem manter para cobrir potenciais perdas e garantir sua solidez
financeira.

Avaliação de Riscos abrangentes para identificar e gerenciar eficazmente os riscos inerentes às atividades bancárias.

Governança e Controles Internos: Garantir que as instituições tenham estruturas de governança sólidas e controles
internos eficazes para garantir o cumprimento de normas e regulamentos.

Relatórios e Divulgação: Exigir relatórios regulares e divulgação transparente para que as partes interessadas,
incluindo reguladores, investidores e o público em geral, possam avaliar a saúde financeira das instituições de
crédito.

Acompanhamento Contínuo e Auditorias: Realizar monitoramento contínuo e auditorias regulares para garantir a
conformidade contínua e identificar quaisquer problemas potenciais precocemente.
A supervisão prudencial é conduzida por autoridades reguladoras, como bancos centrais e agências de supervisão
financeira, e é uma parte fundamental do arcabouço regulatório para manter a estabilidade e a confiança no sistema
financeiro.

5) O que esteve na origem da crise de pagamentos da américa latina de 1982?


Durante a década de 1970, muitos países latino-americanos, incentivados por taxas de juros baixas e pela
disponibilidade de crédito internacional, contraíram empréstimos em moeda estrangeira. Esse endividamento
excessivo levou a um aumento significativo da dívida externa desses países.

No início da década de 1980, as taxas de juros internacionais começaram a subir. Isso teve um impacto significativo
nos países latino-americanos, já que muitos dos empréstimos contraídos estavam vinculados a taxas de juros
variáveis, aumentando o custo do serviço da dívida.

A desaceleração econômica global nos primeiros anos da década de 1980 reduziu a demanda por exportações dos
países latino-americanos. A queda nos preços das commodities, que eram importantes para muitas dessas
economias, agravou ainda mais os desafios econômicos.

O aumento nos preços do petróleo na década de 1970 beneficiou os países exportadores de petróleo, mas
prejudicou os importadores líquidos, incluindo muitos países latino-americanos. Os custos crescentes de importação
de petróleo contribuíram para os desequilíbrios nas contas externas.

Alguns países latino-americanos implementaram políticas econômicas insustentáveis, incluindo déficits fiscais e
expansão excessiva do crédito. Isso contribuiu para desequilíbrios macroeconômicos que se tornaram insustentáveis
no longo prazo.

A valorização do dólar americano também teve um impacto negativo, pois muitos países latino-americanos tinham
dívidas denominadas em dólares. A valorização do dólar aumentou o custo real dessas dívidas.

A política externa dos Estados Unidos, incluindo o aumento das taxas de juros e mudanças nas políticas econômicas,
também desempenhou um papel na crise. A elevação das taxas de juros nos EUA contribuiu para o aumento do
serviço da dívida para os países endividados.

A combinação desses fatores resultou em uma crise de pagamentos na América Latina, levando muitos países a
declararem moratória em seus pagamentos da dívida externa e a buscarem reestruturações. A crise teve amplos
impactos econômicos e sociais na região, moldando as políticas econômicas e financeiras por muitos anos.

3) Como podemos procurar mitigar os riscos associados ao comercio internacional?

Contratar seguro de crédito pode proteger contra o não pagamento de contas devido a riscos comerciais, como
insolvência do comprador, falência ou atraso no pagamento. Isso ajuda a garantir que as empresas recebam
pagamento mesmo se o comprador enfrentar dificuldades financeiras.

O uso de crédito documentário e garantias bancárias é uma prática comum no comércio internacional. Uma carta de
crédito, emitida por um banco, atua como garantia de pagamento. Ela especifica os termos e condições que o
exportador deve cumprir para receber o pagamento.

Avaliar o risco associado ao país de destino é crucial. Considerar fatores como estabilidade política, condições
econômicas, regulamentações comerciais e riscos cambiais ajuda a tomar decisões informadas. (MIGA)

4) Faz sentido tratar o tema das sanções internacionais sobre países, organizações e pessoas (ONU, UE, etc…)
segundo os princípios aplicáveis à PBCFT??
Ambos os temas estão interligados e têm como objetivo comum promover a integridade do sistema financeiro
global, prevenindo atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Identificação e Monitoramento: KYT know your transactions, Tanto as sanções internacionais quanto as práticas de
PBC e CFT requerem a identificação e o monitoramento de entidades e transações suspeitas. Ambos os contextos
buscam evitar o uso do sistema financeiro para atividades ilícitas.
Due Diligence do Cliente: KYC know your costumer. A devida diligência do cliente é uma prática fundamental na PBC
e CFT, onde as instituições financeiras devem conhecer seus clientes para mitigar riscos. Da mesma forma, as sanções
internacionais muitas vezes envolvem a aplicação de restrições a determinadas pessoas, organizações ou países,
exigindo uma avaliação cuidadosa desses sujeitos.

5) O passado mostrou-nos que uma cultura de risco não adequada pode levar a situações de dificuldades para o
sistema financeiro. Identifique dois casos em que a deficiente avaliação de risco gerou problemas globais.
Dois casos notáveis em que uma deficiente avaliação de risco gerou problemas globais são a Crise Financeira de
2008 e a Crise da Dívida Soberana Europeia
Crise Financeira de 2008: A crise financeira global de 2008 foi desencadeada por uma série de fatores, incluindo a
concessão excessiva de empréstimos hipotecários subprime nos Estados Unidos, a embalagem desses
empréstimos em produtos financeiros complexos e a falta de transparência em relação ao risco real associado a
esses produtos.
Muitas instituições financeiras subestimaram os riscos associados aos produtos derivativos lastreados em
hipotecas subprime. A crença equivocada de que esses ativos eram seguros e a negligência na avaliação dos riscos
subjacentes levaram a perdas significativas quando o mercado imobiliário dos EUA entrou em colapso.
A crise teve repercussões em todo o mundo, levando a falências e resgates de grandes instituições financeiras,
uma recessão global, e efeitos duradouros nas políticas econômicas e regulatórias.

Crise da Dívida Soberana Europeia (2010-2012):

A crise da dívida soberana na zona do euro foi desencadeada por problemas relacionados à dívida de vários
países, especialmente na periferia da zona do euro. A falta de convergência econômica e a entrada na União
Monetária sem uma união fiscal robusta contribuíram para os problemas.
A avaliação de risco inadequada esteve presente tanto nos mercados financeiros, que subestimaram os riscos
associados à dívida soberana de alguns países, quanto nas instituições financeiras, que mantiveram exposições
excessivas a esses títulos sem uma compreensão apropriada dos riscos envolvidos.
A crise da dívida soberana europeia teve implicações significativas na estabilidade financeira global. Houve
preocupações sobre a integridade da zona do euro, resgates financeiros, austeridade fiscal e impactos econômicos
em toda a União Europeia.
Ambas as crises ressaltam a importância da gestão de riscos eficaz, transparência nos mercados financeiros e
avaliação precisa dos riscos associados a produtos financeiros complexos. Elas também influenciaram mudanças
substanciais nas políticas regulatórias e de supervisão financeira em níveis nacionais e internacionais.

5) Identifique as duas áreas de supervisão do BCE (Instituições Sistémicas).

O Banco Central Europeu (BCE) exerce supervisão sobre as instituições financeiras da zona do euro para garantir a
estabilidade do sistema financeiro. As duas áreas de supervisão do BCE referem-se a:

Supervisão Prudencial: Esta área envolve a supervisão direta das instituições financeiras significativas na zona do
euro, incluindo bancos. O BCE, juntamente com as autoridades nacionais competentes, avalia e monitora a saúde
financeira dessas instituições, garantindo que cumpram os requisitos prudenciais e que estejam em conformidade
com as regulamentações financeiras aplicáveis. A supervisão prudencial visa garantir a solidez financeira das
instituições, proteger os depositantes e contribuir para a estabilidade do sistema financeiro.

Supervisão Comportamental: A supervisão comportamental concentra-se nos aspetos comportamentais e nas


práticas de governança das instituições financeiras. Isso inclui a avaliação de como as instituições gerenciam seus
riscos, a eficácia de seus controles internos, a transparência em suas operações e a conformidade com as normas
éticas e regulatórias. A supervisão comportamental tem como objetivo garantir que as instituições financeiras
adotem práticas sólidas de gestão e governança, promovendo a confiança do público e a integridade do sistema
financeiro.

1) De que forma é que o mercado de obrigações pode ser mais interessante que recurso ao crédito bancário?
2) Identifique três elementos que demonstram a realidade da globalização financeira. A globalização financeira
é um fenômeno complexo que se manifesta por meio de vários elementos e interconexões nos mercados
financeiros em escala global. Aqui estão três elementos que demonstram a realidade da globalização financeira:

Fluxo Internacional de Capitais: A movimentação significativa de capitais através das fronteiras nacionais é um
indicador claro da globalização financeira. Investidores, instituições financeiras e corporações realizam
transações financeiras em mercados estrangeiros, envolvendo a compra e venda de ativos, como ações, títulos,
moedas e derivativos. O fácil acesso aos mercados financeiros globais permite a alocação eficiente de recursos e
a diversificação de portfólios em nível internacional.

Integração dos Mercados Financeiros: A crescente interligação e integração dos mercados financeiros em todo o
mundo são evidências da globalização financeira. A implementação de tecnologias de comunicação avançadas,
como sistemas de negociação eletrônica, facilita a rápida execução de transações em diferentes fusos horários. A
sincronização dos mercados financeiros globais significa que eventos em uma parte do mundo podem ter
impactos imediatos em outros lugares, refletindo uma maior interconexão.

Padronização e Harmonização de Normas: A busca por padrões e regulamentações comuns em escala global é
outro elemento que caracteriza a globalização financeira. Organizações internacionais, como o Comitê de Basileia
para Supervisão Bancária, buscam estabelecer normas comuns para a gestão de riscos, a adequação de capital e
outros aspectos relacionados às instituições financeiras. Essa harmonização facilita a cooperação entre países e
promove a estabilidade financeira global.

Esses elementos indicam que as fronteiras financeiras estão se tornando cada vez mais permeáveis, permitindo a
livre circulação de capital, informações e riscos em uma escala global.

3) Qual o contributo da OCDE para a PBCFT? A organização atua como um facilitador para garantir que os países
membros implementem práticas eficazes de PBCFT, O envolvimento da OCDE na PBCFT destaca a importância da
cooperação internacional e do compartilhamento de conhecimentos para lidar com ameaças financeiras
transnacionais.

A OCDE contribui para o desenvolvimento de padrões internacionais e diretrizes relacionadas à PBCFT. Isso inclui a
promoção de melhores práticas em áreas como a devida diligência do cliente, relatórios de transações suspeitas,
cooperação internacional e investigações.

realiza avaliações periódicas dos regimes de PBCFT em seus países membros e, em alguns casos, em países não
membros. Essas avaliações ajudam a identificar áreas de melhoria e a promover a conformidade com os padrões
internacionais estabelecidos pelo Grupo de Ação Financeira (GAFI),

A OCDE fornece treinamento e capacitação para autoridades nacionais em seus países membros, ajudando a
fortalecer as capacidades relacionadas à PBCFT.

A OCDE facilita a cooperação internacional entre seus países membros, promove o intercâmbio de informações, boas
práticas e experiências para fortalecer a eficácia dos esforços coletivos.

4) Identifique motivos que levaram a regulação bancária a determinar regras apertadas para atribuição de bónus e
incentivos a gestores, e o tipo de soluções / limitações impostas.

A regulação bancária impôs regras mais rigorosas para a atribuição de bónus e incentivos a gestores como resposta a
uma série de problemas e desafios identificados após a crise financeira de 2008.

Antes da crise financeira, muitos gestores bancários eram incentivados por esquemas de bónus que recompensavam
o aumento de lucros a curto prazo, sem considerar adequadamente os riscos associados. Isso levou a práticas de
concessão de empréstimos arriscadas e à tomada de decisões de investimento de alto risco,

Sistemas de incentivos que se concentravam principalmente em ganhos de curto prazo incentivavam uma
mentalidade de "pegar o dinheiro e correr", sem considerar as implicações a longo prazo das decisões tomadas pelos
gestores. Isso contribuiu para uma falta de responsabilidade em relação à saúde financeira sustentável das
instituições.

Em muitos casos, os bónus eram atribuídos independentemente do desempenho real a longo prazo das instituições.

A atribuição de bónus elevados a gestores de instituições financeiras resgatadas com fundos públicos durante a crise
financeira foi percebida como injusta pela opinião pública.

Regulamentações foram introduzidas para garantir que os bónus estejam vinculados ao desempenho a longo prazo
da instituição, desencorajando práticas de busca de lucro imediato sem considerar os riscos a longo prazo

Introdução de limites para os rácios de remuneração, como o rácio entre a remuneração mais elevada e a média dos
funcionários, buscando evitar discrepâncias excessivas

Implementação de esquemas de retenção que adiam o pagamento de bónus ao longo do tempo,

1) Como define, e pode ser mitigado, o Risco Cambial?

O risco cambial ocorre quando uma mudança nas taxas de câmbio afeta o valor de uma transação, investimento ou
ativo denominado em uma moeda estrangeira. As flutuações nas taxas de câmbio podem resultar em ganhos ou
perdas para os participantes do mercado, dependendo das direções dessas mudanças.

Contratos a termo, opções e futuros são ferramentas comuns. Eles permitem que as partes bloqueiem uma taxa de
câmbio específica para uma data futura, reduzindo assim a exposição ao risco.

Diversificar as moedas em que uma empresa ou investidor mantém ativos ou transações.

2) Quais os principais riscos do chamado Investimento de Carteira (internacional)?

O investimento de carteira internacional refere-se à alocação de recursos em ativos financeiros em diferentes


mercados e países com o objetivo de diversificar uma carteira de investimentos.

Risco de Mercado: Refere-se à possibilidade de perdas devido a flutuações nos mercados financeiros internacionais.
Variações nas taxas de câmbio, mudanças nas condições econômicas globais, eventos geopolíticos e volatilidade nos
preços dos ativos.

Risco Cambial (Risco de Taxa de Câmbio): Resulta das variações nas taxas de câmbio entre as moedas estrangeiras e a
moeda doméstica do investidor. Flutuações nas taxas de câmbio podem impactar negativamente o valor dos ativos
denominados em moedas estrangeiras quando convertidos para a moeda local.

Risco Político: Refere-se à possibilidade de perdas devido a mudanças nas condições políticas de um país estrangeiro.
Instabilidade política, mudanças de governo, decisões de políticas econômicas e eventos geopolíticos podem afetar
negativamente os investimentos.

Risco de Liquidez: Relaciona-se à capacidade de comprar ou vender ativos rapidamente sem impactar
significativamente os preços de mercado. Ativos menos líquidos podem apresentar desafios na execução de
transações, especialmente em momentos de estresse nos mercados.

Os investidores que consideram a diversificação internacional devem estar cientes desses riscos e realizar uma
análise cuidadosa antes de tomar decisões de investimento. Estratégias de gestão de riscos, como a diversificação
eficaz podem ajudar a mitigar esses riscos.

3) No âmbito da Luta contra o Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, explique do que


falamos quando nos referimos a um Dever de Colaboração?

O "Dever de Colaboração" no contexto da Luta contra o Branqueamento de Capitais (BC) e Financiamento do


Terrorismo (FT) refere-se à obrigação de diversas entidades, principalmente instituições financeiras e outras
entidades sujeitas a regulamentação e supervisão, cooperarem ativamente com autoridades e organismos de
supervisão para prevenir, detectar e combater atividades relacionadas a BC/FT.
Instituições financeiras têm a obrigação de reportar transações suspeitas de BC/FT às autoridades competentes. O
dever de colaboração envolve a pronta comunicação de informações relevantes para investigações

Autoridades e instituições financeiras devem trocar informações de maneira eficiente para facilitar investigações. Isso
pode envolver o compartilhamento de dados sobre clientes, transações e padrões suspeitos.

As entidades sujeitas as regulamentações têm a responsabilidade de treinar seus funcionários para reconhecerem
sinais de atividades suspeitas. A colaboração inclui a partilha de melhores práticas e informações sobre tendências
emergentes em BC/FT.

Em um contexto global, o dever de colaboração se estende à cooperação entre diferentes jurisdições. Isso pode
envolver a troca de informações entre agências de aplicação da lei, supervisores financeiros e outras entidades
relevantes em diferentes países.

4) A necessidade de existência nos Bancos de uma Política de Prevenção de Conflitos de Interesses, ou de Políticas
de Remuneração dos Órgãos Sociais, são dois exemplos de regulação comportamental. Que preocupações levaram
à necessidade de existirem este tipo de Políticas?

Integridade e Ética, Gestão de Riscos, Proteção dos Interesses dos Clientes, Transparência e Accountability,
Estabilidade Financeira, Conformidade Regulatória

5) Qual foi a reação das supervisões da atividade bancária à crise do subprime?

A crise do subprime, que atingiu o setor imobiliário dos Estados Unidos em 2007 e teve ramificações globais,
desencadeou uma série de reações por parte das autoridades de supervisão da atividade bancária. As respostas
variaram em diferentes jurisdições, mas, de maneira geral, as supervisões adotaram medidas para lidar com os
desafios decorrentes da crise.

Injeção de Liquidez e Medidas de Emergência: Muitas autoridades monetárias, como o Federal Reserve nos Estados
Unidos e o Banco Central Europeu, responderam à crise injetando liquidez no sistema financeiro.

Cortes nas Taxas de Juros: Várias autoridades monetárias reduziram as taxas de juros para estimular a economia,
facilitar o acesso ao crédito e aliviar o impacto negativo da crise nos mercados financeiros e na atividade econômica.

Resgates e Nacionalizações: Em alguns casos, houve resgates de instituições financeiras em dificuldades.

Fortalecimento da Regulação e Supervisão: Em resposta, muitas jurisdições reforçaram as regras de governança,


capital e liquidez. Basileia III

Avaliação de Riscos Sistêmicos: As autoridades de supervisão começaram avaliando riscos sistêmicos e considerando
a interconectividade entre instituições financeiras. Isso levou ao desenvolvimento de ferramentas para monitorar e
mitigar riscos sistêmicos.

Ênfase na Transparência e Divulgação: Houve um aumento na ênfase da transparência e divulgação por parte das
instituições financeiras.

Reformas no Mercado de Derivados: A crise revelou desafios nos mercados de derivados, especialmente nos
produtos vinculados a hipotecas subprime. Reformas para aumentar a transparência e a gestão de riscos.

Cooperação Internacional: dada a natureza global da crise, houve um esforço significativo de cooperação
internacional entre autoridades de supervisão, bancos centrais e organismos financeiros internacionais para abordar
questões transfronteiriças e fortalecer a resiliência do sistema financeiro global.

Essas respostas refletiram a necessidade de restaurar a confiança no sistema financeiro, melhorar a estabilidade e
prevenir crises semelhantes no futuro. As mudanças regulatórias e as reformas foram implementadas para abordar
as falhas identificadas durante a crise do subprime e fortalecer a arquitetura financeira global.

Quais sao as fontes de financiamentos das empresas e dos países?


Fontes de Financiamento para Empresas:

Empréstimos Bancários: As empresas frequentemente obtêm financiamento através de empréstimos concedidos por
instituições financeiras, como bancos. Esses empréstimos podem ser usados para capital de giro, expansão ou
investimentos específicos.

Empréstimos de Instituições Financeiras Não Bancárias: Além dos bancos, empresas podem buscar empréstimos de
outras instituições financeiras, como companhias de seguros, fundos de investimento e empresas de financiamento.

Titularização: Empresas podem emitir títulos no mercado de capitais para obter financiamento. Investidores
compram esses títulos, proporcionando à empresa os fundos necessários.

Ações: Empresas podem levantar capital ao vender ações no mercado de ações por meio de uma Oferta Pública
Inicial (IPO). Os investidores compram ações da empresa, tornando-se acionistas.

Fontes de Financiamento para Países:

Dívida Soberana: Países emitem títulos do governo para levantar fundos no mercado de dívida. Investidores,
incluindo outros governos, instituições financeiras e investidores individuais, compram esses títulos.

Empréstimos de Organizações Internacionais: Países podem obter empréstimos de organizações internacionais,


como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outros bancos regionais de desenvolvimento.

Empréstimos Bilaterais: Países podem receber empréstimos diretamente de outros países. Esses acordos bilaterais de
empréstimos podem ser estabelecidos para diversos fins, como desenvolvimento econômico ou ajuda humanitária.

Impostos e Receitas Governamentais: O governo obtém receitas por meio da cobrança de impostos. Essas receitas
são essenciais para financiar as despesas governamentais, como infraestrutura, serviços públicos e programas
sociais.

Banco Central (Emissão de Moeda): Em certas circunstâncias, os países podem recorrer à emissão de moeda para
financiar despesas, embora essa prática possa ter implicações inflacionárias.

Empréstimos Bancários:

Essas são algumas das principais fontes de financiamento para empresas e países. A escolha das fontes de
financiamento dependerá das necessidades específicas de cada entidade e das condições do mercado financeiro.

Obrigações:

As obrigações são títulos de dívida emitidos por empresas, governos ou outras entidades para levantar capital. Quem
compra uma obrigação está, essencialmente, emprestando dinheiro à entidade emissora em troca de pagamentos
periódicos de juros e a devolução do principal no vencimento.

O detentor de uma obrigação recebe pagamentos regulares de juros durante a vigência do título, e o valor nominal
do empréstimo é reembolsado no final do prazo.

Titularizações:

A titularização refere-se ao processo de transformar ativos financeiros, como empréstimos, hipotecas ou recebíveis,
em títulos negociáveis. Esses títulos são então emitidos e vendidos a investidores no mercado financeiro.

A titularização envolve a agregação de ativos financeiros similares em um pool. Os títulos emitidos representam uma
participação nesse pool de ativos subjacentes.

Caracterize a globalização financeira e os seus instrumentos:


A globalização financeira refere-se à integração dos mercados financeiros em escala global, facilitando o fluxo de
capital, investimentos e serviços financeiros entre países. Esse fenômeno transformou significativamente a natureza
dos mercados financeiros, promovendo uma maior interconexão e interdependência entre as economias mundiais.

Características da Globalização Financeira:

Fluxo Internacional de Capital: A globalização financeira é marcada pelo aumento significativo no fluxo de capital
entre países. Investidores institucionais, como fundos de pensão e gestores de ativos, buscam oportunidades de
investimento em diferentes regiões.

Integração dos Mercados Financeiros: Os mercados financeiros tornaram-se mais integrados, com a facilitação do
comércio de ativos financeiros, como ações, títulos e derivados, em âmbito global. As transações agora podem
ocorrer instantaneamente em diferentes fusos horários.

Desregulamentação Financeira: Muitos países adotaram políticas de desregulamentação financeira para atrair
investimentos estrangeiros e promover a eficiência dos mercados. Isso inclui a remoção de restrições à entrada de
capital estrangeiro e a flexibilização das regras de mercado.

Desenvolvimento Tecnológico: impulsionada pelo avanço da tecnologia, especialmente pela ascensão da internet e
das plataformas eletrônicas de negociação. Isso facilitou a comunicação instantânea e a execução rápida de
transações financeiras em escala global.

Investimento Direto Estrangeiro (IDE): Empresas buscam oportunidades de investimento direto em outros países,
visando explorar mercados emergentes, adquirir recursos ou estabelecer cadeias de produção globais. O IDE é um
componente essencial da globalização financeira.

Derivados Financeiros: Os instrumentos derivativos, como futuros e opções, tornaram-se parte integrante dos
mercados financeiros globais. Eles oferecem ferramentas para gerenciamento de riscos e especulação,

Instrumentos da Globalização Financeira:

Câmbio Estrangeiro (Forex): O mercado de câmbio é um dos principais instrumentos da globalização financeira, onde
as moedas são negociadas. As transações de câmbio possibilitam a conversão de uma moeda para outra e são
fundamentais para o comércio internacional e os investimentos globais.

Títulos Globais: Empresas e governos emitem títulos globais para captar recursos de investidores em diferentes
partes do mundo. Esses títulos podem incluir emissões de títulos soberanos, corporativos e municipais.

Ações Internacionais: As bolsas de valores globais permitem que investidores comprem e vendam ações de empresas
listadas em diferentes países. Isso oferece acesso a uma ampla gama de oportunidades de investimento.

Investimentos Estrangeiros Diretos (IED): Empresas expandem suas operações internacionalmente por meio de
investimentos diretos, adquirindo participações em empresas estrangeiras ou estabelecendo subsidiárias no exterior.

Mercado de Derivados Globais: O mercado de derivativos, incluindo contratos futuros, opções e swaps, permite que
os investidores gerenciem riscos e especulem sobre movimentos de preços em diferentes ativos financeiros,
commodities e taxas de juros.

Instituições Financeiras Globais: Bancos e instituições financeiras operam em escala global, facilitando o
financiamento internacional, a gestão de ativos e outros serviços financeiros. Bancos de Investimentos, Bancos
Comerciais, Instituições Multilaterais: Banco Mundial: Fornece financiamento e assistência técnica para projetos de
desenvolvimento em países em desenvolvimento e Fundo Monetário Internacional (FMI): Oferece assistência
financeira e cooperação internacional em questões monetárias e cambiais.

A globalização financeira trouxe benefícios, como maior eficiência nos mercados e acesso a uma variedade de
oportunidades de investimento, mas também apresentou desafios, incluindo a propagação rápida de crises
financeiras e a necessidade de coordenação regulatória internacional. A compreensão desses instrumentos e
características é crucial para entender a dinâmica dos mercados financeiros globais.

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