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Sumário
Introdução
Enquanto o mundo sofria com a II Guerra Mundial, em julho de 1944, foi realizada uma
Conferência Financeira e Monetária das Nações Unidas, na cidade americana de Bretton
Woods, essa conferencia teve a participação de 44 países, sendo presidida pelo
Secretário do Tesouro Americano.
1. O Banco Mundial
Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para
os países em desenvolvimento para os programas de capital.
A missão inicial do Banco era financiar a reconstrução dos países devastados durante a
Segunda Guerra Mundial. Atualmente sua missão principal é a luta contra a pobreza,
através de financiamento e empréstimos aos países em desenvolvimento. Seus recursos
são obtidos através de remessas dos países desenvolvidos.
O BIRD e a AID defendem que para um país alcançar o desenvolvimento, deve ocorrer
a redução da intervenção do Estado e o favorecimento do protagonismo das empresas
privadas. Suas prioridades de financiamento são: equidade social e redução da pobreza,
modernização, integração e meio ambiente.
É uma organização internacional que tem como um dos objetivos é assegurar o bom
funcionamento do sistema financeiro mundial através do monitoramento das taxas de
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As decisões no FMI são tomadas pela equipe econômica de cada país (o Ministro da
Fazenda ou o Presidente do Banco Central). Os encontros desse grupo são anuais. Eles
transmitem suas decisões aos representantes de seus países no Fundo, que formam o
Conselho Executivo, formado por 24 diretores, responsáveis pela supervisão da
implementação das políticas definidas pelas reuniões. Fundo foi presidido por
representantes europeus com a exceção de uma gestão que foi presidida por uma norte-
americano.
O FMI possui 185 países associados, que juntos tem como objetivo a cooperação
monetária global, a estabilidade financeira, o auxilio ao comércio internacional, a
promoção dos altos níveis de emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além
de reduzir a pobreza.
Os países que não são atendidos são Coréia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra,
Mônaco, Tuvalu e Nauru.
O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros
e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço
de pagamentos. O FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece
assistência técnica e treinamento para os países membros.
• Através de seus documentos de estratégia para esses países, que são relatórios da
situação econômica e financeira os países que desejam apoio dessas instituições.
No caso do Banco Mundial, o “Documento de Estratégia de Assistência ao País”
- CAS e no caso do FMI, o “Documento País” - CP;
• Através da formulação de políticas, assessoramento técnico-político e
participação em espaços de definição de políticas;
• Através de empréstimos. Isso significa pensar nesses bancos não apenas como
em prestadores, mas como instituições que formulam e que obrigam a execução
das políticas definidas.
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A cada três anos BM e FMI preparam para cada país tomador de empréstimos, um
documento de políticas. O CAS e o CP são relatórios elaborados durante as negociações
e consultas de técnicos desses bancos com o Ministério da Fazenda, do Planejamento e
Banco Central. Eles são como a base para o estabelecimento de prioridades para a
aprovação de projetos para um país.
Os empréstimos cedidos pelo FMI aos países necessitados foram gerando uma
dívida externa que eles não conseguiam pagar. Em 1989, foi realizado o Consenso de
Washington, reunião entre o FMI e os bancos com o objetivo de avaliar os efeitos dos
ajustes estruturais. Como conseqüência, foi celebrado um acordo que definiu as
políticas estruturais impostas a todos os empréstimos a países da América Latina, com a
justificativa de que dessa forma poderia se promover o desenvolvimento desses países.
O que se tem constatado nos dias de hoje é que essas instituições provocaram o
efeito oposto ao que se anunciava, agravando a situação de pobreza no mundo e
contribuindo para a degradação do meio ambiente. Said (2005) cita como exemplo os
países africanos e andinos, que há mais de vinte anos tem suas políticas internas regidas
pelo Ajuste Estrutural e, mesmo assim, a situação só se agrava.
O ajuste estrutural enquanto meta de longo prazo, passou por três gerações,
conforme enumerado por Said (2005). A primeira geração focou realizar reformas
estruturais das economias menos avançadas para favorecer o desenvolvimento
econômico e era fundamentada em dois aspectos: redução da participação direta do
Estado na economia e desregulamentação do mercado interno e liberalização dos
externos.
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p.27) é uma “[...] reafirmação de que irá manter a política econômica, numa
demonstração de abertura incondicional de sua soberania aos investidores nacionais e
internacionais e aos seus credores.” Especialistas apontam que, assumindo essa posição,
o governo restringe a capacidade de investimento no país, o que pode prejudicar
programas sociais importantes.
De acordo com Carvalho (2004), a luta contra a corrupção não logrou êxito. Os
países corruptos recebem tanto quanto ou até mais assistência que outros países
tradicionalmente democráticos. Stiglitz aponta atitudes suspeitas dentro do próprio
banco:
O presidente do Banco Mundial foi acusado de promover e aumentar o
salário de sua própria namorada, o que violava as regras da instituição. Ela
fora cedida ao Departamento de Estado Americano, com um alto salário,
superior ao do Secretário, e com promessa de retornar como vice-presidente
do Banco. Ademais, ele indicou uma amiga íntima, Suzanne Folson, para o
cargo de chefe do Departamento de Integridade Institucional do Banco,
função que avalia a atuação do Banco e de seus gestores. (STIGLITZ, p. 29-
30).
4. Conclusões
junto com seus organismos; e os reformistas, que defendem uma reforma profunda nos
estatutos dessas instituições.
O que acontece, na realidade, é que os países que são auxiliados por essas
instituições de “ajuda ao desenvolvimento” não tem obtido emancipação, o que deveria
ser o verdadeiro objetivo fixado pelas políticas praticadas para uma fundação de
desenvolvimento nos países não desenvolvidos.
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5. Referências Bibliográficas
SAID, Magnólia. FMI, Banco Mundial e BID: impactos sobre a vida das populações /
Magnólia Said; Cristiana Andrade[ilustradora]. – Fortaleza, 2005.
STIGLITZ, Joseph E. Globalização: como dar certo. Trad. Pedro Maia Soares. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.