Você está na página 1de 3

Alunos:

Júlia Thuany Rodrigues Torres – 1821120121


Lara Montini Werneck 1821120130
Kimberly Cyntia de Carvalho Teixeira- 1821120031
Fernanda Moraes Lopes - 1911120110

Resumo referente ao artigo:


A violência contra mulheres em tempos de pandemia pela COVID-19:
panorama, motivações e formas de enfrentamento.
Questão da pesquisa:
A pesquisa é quantitativa, tem como viés de problema principal a constatação do
aumento da violência contra a mulher no período da pandemia. O isolamento social e o
aumento do feminicídio. A forma como o direito a segurança das mulheres não está em
vigor na pandemia dificultando e agravando condições de violência.

Buscando o modelo proposto pela OMS para sintetizar as principais dimensões


individuais, relacionais, comunitárias e sociais que atuam de forma para a cooperação
na ocorrência das violências 37, percebe-se que na crise sanitária, econômica e social
trazida pela pandemia COVID-19 aumentou o índice de violência contra a mulher. A
diminuição de atividades sociais como contato social com as igrejas, creches, trabalho,
escolas, serviços de proteção social prejudicou na procura pela ajuda, pela proteção. O
agravamento da violência inúmeras vezes acontece pelo o aumento do nível de estresse
do agressor, com a incerteza do que vai ser o futuro, a proibição do convívio social, a
diminuição da renda especialmente nas classes menos favorecidas, na qual sobrevivem
do trabalho informal , o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou outras substâncias
psicoativas.
Segundo os dados mostrados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos teve um aumento de cerca de 17% no número de ligações com
denúncias de violência contra a mulher durante o mês de março, período na qual iniciou
a recomendação do distanciamento e isolamento social no país. Com os fatores de
proteção como a delegacia, proteção social estarem sem como atender essas vítimas em
meio a quarentena, favorecem a permanência e o agravamento da violência doméstica.
Quanto maior for o tempo que a mulher estiver submetida a essa situação com
seu agressor, menor será coragem da mesma para denunciar essa violência,
principalmente as mulheres de classe mais desfavorecidas, que precisam do que o
companheiro têm a oferecer e favorecer, pela vergonha de seus familiares e amigos ou
que pensam que merecem se sujeitar a isso. Muitas para evitar o contato direto com seu
agressor, se mantêm focadas nos afazeres de casa e cuidado com seus filhos, acabam se
sujeitando a chantagens psicológicas e até ter relações sexuais com o seu, o que em
alguns casos pode ser considerado uma situação de estupro, já que não tem o
consentimento da vítima. A ONU Mulheres também elaborou um documento sobre os
impactos e implicações da pandemia no contexto de emergência do aumento de
violência contra a mulher por causa da dificuldade de rompimento das relações
abusivas.
Aproveitando as experiências existentes e reforçando o que vem sendo realizado
pelas instituições governamentais e não governamentais em nosso país, adaptando estas
iniciativas à situação específica que estamos vivendo no cenário da COVID-19. Nessa
visão podemos entender ser fundamental os seguintes pontos:
- Garantir o atendimento 24 horas do Ligue 180, disque 100 (violação aos
direitos humanos) e 190 (Polícia Civil), e a manutenção do trabalho dos Conselhos
Tutelares por plantão presencial ou via telefone, WhatsApp, aplicativos para celulares e
por meio digital para as denúncias de violação de direitos;
- Garantir a agilidade do julgamento das denúncias de violência contra a mulher,
que podem ser solicitadas pela vítima ao delegado(a) de polícia ou por meio do
Ministério Público, visando à instalação de medidas protetivas de urgência, quando
necessárias;
- Reforçar as campanhas publicitárias que tenham como foco central a
importância de que todos “metam a colher em briga de marido e mulher”. Da mesma
forma, são necessárias as campanhas de alerta sobre os diferentes tipos de maus-tratos
contra crianças e adolescentes. Vizinhos, parentes e amigos podem fazer toda a
diferença em uma situação como essa;
- Incentivar as iniciativas de apoio às mulheres, crianças e adolescentes em
situação de violência, baseando-se no acolhimento e aconselhamento psicológico,
socioassistencial, jurídico e de saúde;
- Dentro do possível, é importante que mulheres em situação de violência
busquem fazer o distanciamento social acompanhadas de outros familiares que não
apenas o marido agressor e os filhos;
- Em situações extremas, é importante manter o telefone celular protegido, bem
como telefones de familiares e amigos com quem as mulheres possam contar em
emergência, além de um plano de fuga seguro para a mulher e seus filhos.
De acordo com as informações citadas no decorrer do artigo, as mulheres
continuam sofrendo agressões físicas de seus companheiros, e no momento atual o
índice só está tendendo a aumentar, o pedido de ajuda das vítimas podem estar sendo
cada vez mais silenciados, por conta do medo ou até mesmo por conta de ter que
conviver com o agressor por questões financeiras.

Você também pode gostar