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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

1. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) é um conjunto de instituições, normas e instrumentos


que regulam e viabilizam as operações financeiras no Brasil. Ele é composto por várias entidades,
incluindo: O Sistema Monetário Nacional (SMN) refere-se ao conjunto de políticas, instituições e
instrumentos que regulam a moeda e a política monetária em um país. No Brasil, o Sistema
Monetário Nacional é amplamente coordenado pelo Banco Central do Brasil (BCB), que é a principal
autoridade responsável por suas diretrizes e implementação.

Aqui estão alguns dos principais componentes do Sistema Monetário Nacional brasileiro:

1. Moeda: O real é a moeda oficial do Brasil desde 1994, quando substituiu o cruzeiro real. O
Banco Central é responsável pela emissão e regulamentação da moeda.

2. Política Monetária: O BCB formula e executa a política monetária do país. Isso inclui decisões
sobre taxas de juros, controle da quantidade de dinheiro em circulação (base monetária),
intervenções no mercado cambial e outras medidas para controlar a inflação e manter a
estabilidade econômica.

3. Regulação e Supervisão financeira: O BCB é responsável por regular e supervisionar as


instituições financeiras, garantindo sua solidez e conformidade com as normas estabelecidas.

4. Sistema de Pagamentos: O BCB opera o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que é


responsável pela liquidação de transações financeiras entre bancos e outras instituições
financeiras no país.

5. Câmbio: O BCB também é responsável por regular o mercado cambial, estabelecendo


políticas e regras para transações de câmbio e intervenções no mercado de câmbio quando
necessário para manter a estabilidade financeira.

6. Reservas Internacionais: O Brasil mantém reservas internacionais, geralmente em moedas


estrangeiras como o dólar americano e o euro, para garantir a estabilidade do sistema
financeiro e a capacidade de lidar com choques externos.

O Sistema Monetário Nacional é fundamental para garantir a estabilidade econômica, controlar a


inflação, promover o crescimento econômico e garantir a eficiência dos mercados financeiros no
Brasil. O Banco Central desempenha um papel central na condução dessas políticas e na gestão do
sistema financeiro como um todo.

1.1 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES QUE COMPÕEM O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) NO BRASIl:

1. Banco Central do Brasil (BCB): Responsável por formular e executar a política monetária,
regular e supervisionar as instituições financeiras, e operar o sistema de pagamentos do país.

2. Bancos Comerciais: Instituições autorizadas a captar depósitos à vista, emprestar recursos e


fornecer diversos serviços financeiros para pessoas físicas e jurídicas.

3. Bancos de Investimento: Instituições especializadas em operações de investimento,


financiamento de projetos e fusões e aquisições.

4. Bancos Múltiplos: Instituições que podem realizar várias operações financeiras, como
captação de depósitos à vista, investimentos, empréstimos e financiamentos.

5. Cooperativas de Crédito: Organizações formadas por grupos de pessoas com interesses


financeiros comuns, oferecendo serviços bancários aos seus membros.

6. Bolsa de Valores: Mercado organizado onde são negociados títulos e valores mobiliários,
como ações, títulos de renda fixa e derivativos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

7. Câmbio: Mercado onde são realizadas operações de compra e venda de moedas estrangeiras
e outras operações relacionadas a transações internacionais.

8. Seguradoras e Previdência complementar: Instituições que oferecem serviços de seguros


contra diversos tipos de riscos e planos de previdência privada.

9. Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): Instituições


especializadas em conceder crédito e financiamento para pessoas físicas e jurídicas.

1.1 INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - TIPOS, FINALIDADES E ATUAÇÃO.

Vou fornecer uma visão geral das principais instituições do Sistema Financeiro Nacional (SFN), seus
tipos, finalidades e áreas de atuação:

1. Banco Central do Brasil (BCB):

 Tipo: Instituição Pública.

 Finalidade: Formulação e execução da política monetária, regulação e supervisão do


sistema financeiro, emissão de moeda, controle cambial e operações do sistema de
pagamentos.

 Atuação: Define as diretrizes para o funcionamento do sistema financeiro, controla a


inflação, mantém a estabilidade financeira e econômica, supervisiona instituições
financeiras e regula o mercado financeiro.

2. Bancos Comerciais:

 Tipo: Instituição Financeira Privada.

 Finalidade: Captar recursos através de depósitos à vista, realizar empréstimos,


financiamentos e oferecer serviços bancários diversos para pessoas físicas e jurídicas.

 Atuação: Fornecem crédito para diversos fins, gerenciam contas bancárias, oferecem
cartões de crédito, cheques, entre outros serviços financeiros.

3. Bancos de Investimento:

 Tipo: Instituição Financeira Privada.

 Finalidade: Realizar operações de investimento, financiamento de projetos,


assessoria em fusões e aquisições, subscrição de valores mobiliários, entre outras
atividades relacionadas ao mercado de capitais.

 Atuação: Prestam serviços financeiros especializados para empresas, investidores


institucionais e governos, facilitando o acesso ao mercado de capitais e ao
financiamento de projetos.

4. Bancos Múltiplos:

 Tipo: Instituição Financeira Privada.

 Finalidade: Oferecer uma ampla gama de serviços financeiros, combinando as


atividades de bancos comerciais, de investimento e/ou de crédito imobiliário.

 Atuação: Atendem às necessidades financeiras variadas de clientes, podendo


oferecer desde contas correntes até produtos de investimento e crédito imobiliário,
tudo em uma única instituição.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

5. Cooperativas de Crédito:

 Tipo: Instituição Financeira Coletiva.

 Finalidade: Fornecer serviços financeiros, incluindo captação de depósitos e


concessão de crédito, a seus associados, que são os proprietários e usuários dos
serviços da cooperativa.

 Atuação: Operam de acordo com os princípios cooperativistas, priorizando o


benefício mútuo dos membros, geralmente com foco em comunidades locais ou
setores específicos da economia.

Essas são algumas das principais instituições do SFN no Brasil, cada uma desempenhando um papel
específico na intermediação financeira, na promoção do desenvolvimento econômico e na
estabilidade do sistema financeiro do país

1.2 BANCO CENTRAL DO BRASIL E CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - FUNÇÕES E ATIVIDADES.

O Banco Central do Brasil (BCB) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) desempenham papéis
fundamentais no Sistema Monetário Nacional brasileiro. Aqui estão suas funções e atividades
principais:

1. Banco Central do Brasil (BCB):

 Funções:

 Formulação e execução da política monetária: O BCB define e implementa


políticas monetárias para controlar a inflação, estabilizar os preços e promover o
crescimento econômico.

 Emissão de moeda: É responsável pela emissão de moeda física e pelo controle


da quantidade de dinheiro em circulação no país.

 Supervisão e regulação financeira: O BCB regula e supervisiona as instituições


financeiras para garantir sua estabilidade e solidez, protegendo os interesses dos
depositantes e do sistema financeiro como um todo.

 Operações de mercado aberto: O Banco Central realiza operações de compra e


venda de títulos públicos no mercado aberto para ajustar a liquidez do sistema
bancário e controlar as taxas de juros de curto prazo.

 Controle cambial: Regula o mercado cambial e intervém quando necessário para


manter a estabilidade do câmbio e da balança de pagamentos.

 Atividades:

 Definir a taxa básica de juros (SELIC).

 Implementar medidas para controlar a inflação.

 Supervisionar as instituições financeiras.

 Emitir moeda e regular o meio circulante.

 Gerenciar as reservas internacionais do país.

 Operar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).


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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Conselho Monetário Nacional (CMN):

 Funções:

 Formular diretrizes e metas da política monetária: O CMN estabelece as diretrizes


gerais da política monetária a serem seguidas pelo Banco Central.

 Regular o crédito e o sistema financeiro: Define as políticas e normas


relacionadas ao crédito e às operações financeiras, incluindo taxas de juros,
condições de empréstimos e financiamentos.

 Controlar o meio circulante: Define as condições para a emissão de moeda e


regula o sistema financeiro para garantir a estabilidade da moeda e do sistema
financeiro.

 Atividades:

 Estabelecer metas para a inflação.

 Fixar diretrizes para a política cambial.

 Definir normas para o crédito e o sistema financeiro.

 Aprovar o orçamento do Banco Central.

 Emitir resoluções e normas regulatórias para o sistema financeiro.

O BCB e o CMN trabalham em conjunto para formular e implementar políticas monetárias e


financeiras que visam garantir a estabilidade econômica e o funcionamento adequado do sistema
financeiro brasileiro. Suas ações têm um impacto significativo na economia do país, influenciando
variáveis como inflação, taxas de juros, oferta de crédito e crescimento econômico.

1.3 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS - PAPEL E ATUAÇÃO.

As Instituições Financeiras Oficiais Federais desempenham um papel importante no Sistema


Financeiro Nacional brasileiro. Elas são entidades financeiras de propriedade do governo federal e
têm como objetivo promover o desenvolvimento econômico, social e regional do país. Aqui estão
algumas das principais instituições financeiras oficiais federais e seu papel e atuação:

1. Banco do Brasil (BB):

 Papel e Atuação: É o maior banco público do Brasil e uma das maiores instituições
financeiras do país. O Banco do Brasil atua em diversas áreas, incluindo concessão de
crédito para empresas e pessoas físicas, administração de fundos de investimento,
operações de câmbio, financiamento agrícola, financiamento habitacional, entre
outros. Além disso, o BB desempenha um papel importante no financiamento de
políticas públicas e programas do governo federal, como o Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Minha Casa Minha
Vida.

2. Caixa Econômica Federal (CEF):

 Papel e Atuação: A Caixa Econômica Federal é responsável por diversas atividades


financeiras, incluindo concessão de crédito imobiliário, financiamento habitacional,
gestão de programas sociais do governo federal, administração de loterias, operações
de seguro e previdência complementar, entre outros. A CEF desempenha um papel
crucial no financiamento de moradia para famílias de baixa renda por meio do
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programa Minha Casa Minha Vida, além de oferecer serviços bancários para milhões
de brasileiros por meio de suas agências e canais digitais.

3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES):

 Papel e Atuação: O BNDES é responsável por financiar e promover o


desenvolvimento econômico e social do Brasil. Ele fornece crédito de longo prazo
para projetos de investimento em setores estratégicos da economia, como
infraestrutura, energia, indústria, agronegócio, inovação e meio ambiente. O BNDES
também desempenha um papel importante no apoio a empresas brasileiras que
buscam expandir suas operações no mercado nacional e internacional.

4. Banco da Amazônia (BASA):

 Papel e Atuação: O Banco da Amazônia tem como missão promover o


desenvolvimento sustentável da região amazônica por meio do financiamento de
projetos que contribuam para o crescimento econômico, a geração de empregos e a
melhoria da qualidade de vida da população local. Suas principais áreas de atuação
incluem agronegócio, agroindústria, microcrédito, infraestrutura, turismo, entre
outros.

Essas instituições desempenham um papel fundamental no financiamento e na promoção do


desenvolvimento econômico e social do Brasil, atuando em diversas áreas e setores da economia
para impulsionar o crescimento e reduzir as desigualdades regionais. Suas atividades são voltadas
para o financiamento de projetos estratégicos, o apoio ao empreendedorismo, o fortalecimento do
setor produtivo e a oferta de serviços financeiros para a população em gera.

2 OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO.

As operações de crédito bancário são transações financeiras em que um banco ou instituição


financeira concede recursos financeiros a uma pessoa física ou jurídica mediante um contrato, com a
obrigação de devolver o valor principal acrescido de juros e outras despesas acordadas. Essas
operações são fundamentais para o funcionamento do sistema financeiro e para a atividade
econômica como um todo. Aqui estão os principais tipos de operações de crédito bancário:

1. Empréstimos: Os empréstimos são operações em que o banco concede uma quantia em


dinheiro ao cliente, que se compromete a devolver o valor em parcelas, acrescido de juros.
Esses empréstimos podem ser de curto, médio ou longo prazo, e os juros podem ser pré-
fixados ou pós-fixados.

2. Financiamentos: Os financiamentos são operações de crédito destinadas à aquisição de bens


ou serviços específicos, como imóveis, veículos, máquinas, equipamentos, entre outros. O
cliente recebe o valor financiado e se compromete a devolvê-lo em parcelas, acrescido de
juros e outros encargos.

3. Adiantamento de Recebíveis: Nessa operação, o banco adianta ao cliente o valor de


recebíveis futuros, como cheques pré-datados, duplicatas ou faturas de cartão de crédito. O
cliente recebe antecipadamente parte do valor desses recebíveis, descontados os juros e
outras taxas cobradas pelo banco.

4. Cheque Especial: Também conhecido como limite de crédito ou cheque especial, é uma linha
de crédito pré-aprovada disponibilizada pela instituição financeira na conta corrente do
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cliente. O cliente pode utilizar esse limite para cobrir eventuais saldos negativos em sua
conta, pagando juros sobre o valor utilizado.

5. Cartão de Crédito: O cartão de crédito permite ao cliente fazer compras e pagar contas em
estabelecimentos comerciais ou online, utilizando o crédito disponibilizado pela instituição
financeira. O cliente recebe uma fatura mensal com o total das despesas realizadas, podendo
optar por pagar o valor total ou em parcelas, sujeitas a juros.

6. Desconto de Títulos: Nessa modalidade, o banco antecipa ao cliente o valor de títulos de


crédito, como duplicatas ou notas promissórias, descontando os juros e outras taxas. O banco
assume a posse do título e se encarrega de receber o valor do devedor na data de
vencimento.

Essas são algumas das principais operações de crédito bancário disponíveis no mercado financeiro.
Cada uma delas tem suas características específicas e é adequada para diferentes necessidades e
perfis de clientes. É importante que o cliente avalie cuidadosamente as condições oferecidas pelo
banco antes de contratar uma operação de crédito, considerando os juros, prazos, garantias exigidas
e outros custos envolvidos.

2.1 CADASTRO DE PESSOAS FÍSICAS

O cadastro de pessoas físicas é um procedimento realizado pelos bancos e outras instituições


financeiras para registrar informações pessoais e financeiras dos clientes. Esses registros são
essenciais para avaliar o perfil de crédito de cada indivíduo e determinar sua capacidade de
pagamento ao solicitar empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e outras operações
financeiras. Aqui estão algumas informações típicas que podem ser incluídas no cadastro de pessoas
físicas:

1. Dados Pessoais:

 Nome completo.

 CPF (Cadastro de Pessoa Física).

 RG (Registro Geral) ou outro documento de identificação oficial.

 Data de nascimento.

 Estado civil.

 Endereço residencial e de correspondência.

 Número de telefone e e-mail de contato.

2. Dados Financeiros:

 Renda mensal ou anual.

 Profissão e emprego atual.

 Histórico de empregos anteriores.

 Patrimônio (bens, imóveis, veículos, investimentos, etc.).

 Contas bancárias e movimentação financeira.

3. Histórico de Crédito:

 Registro de empréstimos anteriores.


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 Pagamentos realizados em dia.

 Inadimplências ou restrições de crédito.

 Limite de crédito concedido anteriormente.

 Comportamento de pagamento em cartões de crédito e outras dívidas.

4. Garantias e Avalistas:

 Informações sobre garantias oferecidas para operações de crédito (por exemplo,


imóveis, veículos).

 Dados de avalistas ou fiadores, quando aplicável.

O cadastro de pessoas físicas é usado pelas instituições financeiras para avaliar o risco de crédito de
cada cliente e tomar decisões sobre a concessão de crédito, bem como para monitorar o
relacionamento contínuo com o cliente ao longo do tempo. É importante que os clientes forneçam
informações precisas e atualizadas durante o cadastro e mantenham um bom histórico de crédito
para facilitar futuras transações financeiras e garantir acesso a melhores condições de empréstimos e
financiamentos.

No contexto das operações de crédito bancário, o cadastro de pessoas físicas desempenha um papel
crucial, pois as instituições financeiras o utilizam para avaliar a capacidade de pagamento e o risco de
inadimplência dos clientes antes de conceder crédito. Aqui estão algumas das informações que
podem ser consideradas no cadastro de pessoas físicas:

1. Histórico de Pagamentos: Registros de pagamentos de contas, empréstimos, financiamentos,


cartão de crédito, entre outros, indicando se o cliente é pontual ou tem histórico de atrasos
ou inadimplência.

2. Score de Crédito: Uma pontuação calculada com base no histórico financeiro do cliente, que
reflete sua capacidade de pagamento e o risco de inadimplência. Quanto maior o score,
menor o risco percebido pelo credor.

3. Dívidas Pendentes: Informações sobre dívidas em aberto, protestos, ações judiciais,


execuções fiscais ou outras pendências financeiras que o cliente possa ter.

4. Renda e Situação financeira: Dados sobre a renda do cliente, patrimônio, emprego e outras
informações relevantes para avaliar sua capacidade de pagamento das obrigações
financeiras.

5. Consulta a Órgãos de Proteção ao Crédito: As instituições financeiras consultam órgãos de


proteção ao crédito, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Central de Risco de
Crédito (CRC), para verificar a situação financeira do cliente e identificar possíveis restrições.

O cadastro de pessoas físicas é protegido por leis de privacidade e sigilo bancário, e o acesso às
informações contidas nele é restrito a instituições autorizadas e regulamentadas. Os clientes têm o
direito de acessar e corrigir seus dados, bem como de contestar informações incorretas ou
desatualizadas. A análise dessas informações permite às instituições financeiras tomar decisões mais
fundamentadas sobre a concessão de crédito, reduzindo os riscos e promovendo a sustentabilidade
do sistema financeiro.

2.2 CADASTRO DE PESSOAS JURÍDICAS.

O cadastro de pessoas jurídicas é um registro mantido por instituições financeiras e órgãos de crédito
que contém informações sobre empresas e outras entidades jurídicas, como seu histórico financeiro,
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atividades comerciais, créditos, dívidas e outras informações relevantes para análise de crédito e
tomada de decisões financeiras. No Brasil, o cadastro mais utilizado para pessoas jurídicas é o
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), mantido pela Receita Federal.

Assim como no caso das pessoas físicas, o cadastro de pessoas jurídicas desempenha um papel
fundamental no processo de concessão de crédito e na avaliação do risco de inadimplência. Aqui
estão algumas das informações que podem ser consideradas no cadastro de pessoas jurídicas:

1. Histórico Financeiro: Registros de pagamentos, dívidas, empréstimos, financiamentos,


faturas em aberto, entre outros, que fornecem uma visão geral da saúde financeira da
empresa.

2. Score de Crédito: Uma pontuação calculada com base no histórico financeiro da empresa,
que reflete sua capacidade de pagamento e o risco de inadimplência. Quanto maior o score,
menor o risco percebido pelo credor.

3. Informações Societárias: Dados sobre os sócios, administradores e representantes legais da


empresa, incluindo nome, CPF, participação societária, entre outros.

4. Consultas a Órgãos de Proteção ao Crédito: Assim como no caso das pessoas físicas, as
instituições financeiras consultam órgãos de proteção ao crédito para verificar a situação
financeira da empresa e identificar possíveis restrições, como protestos, ações judiciais ou
outras pendências.

5. Informações Setoriais e de Mercado: Dados sobre o ramo de atividade da empresa, setor


econômico, tamanho da empresa, participação de mercado, entre outros, que podem
influenciar a análise de crédito.

Assim como no caso das pessoas físicas, o cadastro de pessoas jurídicas é protegido por leis de
privacidade e sigilo bancário, e o acesso às informações contidas nele é restrito a instituições
autorizadas e regulamentadas. As empresas têm o direito de acessar e corrigir seus dados, bem como
de contestar informações incorretas ou desatualizadas. A análise dessas informações permite às
instituições financeiras tomar decisões mais fundamentadas sobre a concessão de crédito, reduzindo
os riscos e promovendo a sustentabilidade do sistema financeiro.

2.2.1 TIPOS E CONSTITUIÇÃO DAS PESSOAS.

No contexto do cadastro de pessoas jurídicas, é importante entender os diferentes tipos de


constituição das empresas, pois isso afeta sua estrutura legal, responsabilidades, obrigações e
direitos. Aqui estão os principais tipos de constituição das pessoas jurídicas no Brasil:

1. Empresário Individual (EI):

 Constituição: É formado por uma única pessoa física que exerce atividade econômica
de forma individual, assumindo todos os direitos e obrigações da empresa em seu
próprio nome.

 Responsabilidade: O empresário individual responde ilimitadamente com seu


patrimônio pessoal pelas dívidas e obrigações da empresa.

2. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI):

 Constituição: É formada por uma única pessoa jurídica, não sendo permitida a
participação de sócios. A EIRELI permite ao empreendedor limitar sua
responsabilidade ao capital social da empresa.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Responsabilidade: A responsabilidade do titular é limitada ao valor do capital social


integralizado na constituição da empresa.

3. Sociedade Empresária Limitada (Ltda.):

 Constituição: É formada por dois ou mais sócios que contribuem com recursos para a
formação do capital social da empresa e compartilham os lucros e prejuízos. A Ltda. é
uma das formas mais comuns de constituição de empresas no Brasil.

 Responsabilidade: Os sócios têm responsabilidade limitada ao valor de suas cotas no


capital social da empresa.

4. Sociedade Anônima (S.A.):

 Constituição: É formada por dois ou mais acionistas que contribuem com recursos
para a formação do capital social da empresa, dividido em ações. A S.A. é uma
estrutura mais complexa, sujeita a regulamentações específicas e geralmente
utilizada por grandes empresas de capital aberto.

 Responsabilidade: Os acionistas têm responsabilidade limitada ao valor das ações


que possuem na empresa.

5. Cooperativa:

 Constituição: É formada por um grupo de pessoas físicas ou jurídicas que se associam


para cooperar entre si, visando à obtenção de benefícios comuns.

 Responsabilidade: Os cooperados têm responsabilidade limitada ao valor de suas


cotas-partes na cooperativa.

Esses são os principais tipos de constituição das pessoas jurídicas no Brasil. Cada um possui
características específicas que podem ser mais adequadas para diferentes tipos de atividades
empresariais, estruturas societárias e objetivos de negócio. A escolha do tipo de constituição da
empresa deve levar em consideração diversos fatores, como responsabilidade legal, forma de
tributação, facilidade de constituição, entre outros

2.2.2 COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA/ACIONÁRIA.

A composição societária/acionária refere-se à estrutura de propriedade de uma empresa, ou seja,


como as participações societárias ou acionárias estão distribuídas entre os sócios ou acionistas. Isso é
importante porque determina quem possui controle sobre a empresa e quais são seus direitos e
responsabilidades. Aqui estão alguns conceitos relacionados à composição societária/acionária:

1. Sócios ou Acionistas:

 São as pessoas físicas ou jurídicas que possuem participações na empresa. Nos casos
de sociedades limitadas (Ltda.), os sócios detêm cotas sociais, enquanto nas
sociedades anônimas (S.A.), os acionistas possuem ações.

2. Capital Social:

 É o valor total das contribuições dos sócios ou acionistas para a formação da


empresa. No caso das Ltdas., o capital social é dividido em cotas sociais, enquanto
nas S.A.s, é dividido em ações.

3. Participação Societária/Acionária:
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 Refere-se à proporção do capital social que cada sócio ou acionista detém. É expressa
em percentual do total de cotas sociais (nas Ltdas.) ou ações (nas S.A.s).

4. Controle Societário/Acionário:

 Indica quem detém a maioria das cotas sociais ou ações da empresa e,


consequentemente, tem o poder de decisão sobre as principais questões
relacionadas à gestão e direção da empresa.

5. Minoritários e Majoritários:

 Os sócios ou acionistas que detêm menos de 50% das cotas sociais ou ações são
chamados de minoritários, enquanto aqueles que possuem mais de 50% são
considerados majoritários. Os majoritários geralmente têm maior influência nas
decisões da empresa.

6. Grupos de Controle:

 Em empresas de grande porte, especialmente as S.A.s de capital aberto, é comum


que existam grupos de controle, compostos por acionistas que se unem para deter a
maioria das ações e, assim, controlar a empresa.

7. Estrutura de Governança Corporativa:

 Refere-se aos órgãos e mecanismos estabelecidos para garantir uma gestão


transparente, ética e eficaz da empresa, incluindo conselho de administração,
conselho fiscal, assembleias de acionistas, entre outros.

A composição societária/acionária é um aspecto fundamental da estrutura organizacional de uma


empresa e pode ter grandes implicações em termos de governança, tomada de decisão, distribuição
de lucros, entre outros aspectos. Uma composição equilibrada e transparente pode contribuir para a
estabilidade e o sucesso da empresa a longo prazo.

2.2.3 FORMA DE TRIBUTAÇÃO.

A forma de tributação de uma empresa é uma escolha importante que afeta diretamente sua carga
tributária e suas obrigações fiscais. No Brasil, as principais formas de tributação para pessoas jurídicas
são o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Simples Nacional. Cada uma dessas formas de tributação tem
características específicas, vantagens e desvantagens, e é importante escolher aquela que melhor se
adequa ao perfil e às necessidades da empresa. Aqui está uma visão geral de cada uma delas:

1. Lucro Real:

 No Lucro Real, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são


calculados com base no lucro contábil apurado pela empresa, levando em
consideração todas as receitas, despesas, custos e resultados financeiros.

 Esta forma de tributação é obrigatória para algumas empresas, como as com


faturamento anual superior a determinado limite, instituições financeiras e empresas
com lucros oriundos de atividades no exterior.

 Vantagens: Maior precisão na apuração do imposto, especialmente para empresas


com margens de lucro variáveis ou prejuízos acumulados.

 Desvantagens: Pode resultar em uma carga tributária mais elevada, pois o imposto é
calculado sobre o lucro contábil, independentemente da efetiva distribuição de
lucros.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Lucro Presumido:

 No Lucro Presumido, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são


calculados com base em uma margem de lucro presumida, definida pela legislação
fiscal, sobre a receita bruta auferida pela empresa.

 Esta forma de tributação é mais simplificada em comparação com o Lucro Real e é


mais adequada para empresas com margens de lucro estáveis e inferiores ao limite
de faturamento anual estabelecido pela legislação.

 Vantagens: Menos complexidade na apuração dos tributos e menor carga tributária


em comparação com o Lucro Real, especialmente para empresas com margens de
lucro mais altas.

 Desvantagens: Pode não ser vantajoso para empresas com margens de lucro muito
baixas, pois o imposto é calculado sobre uma margem presumida,
independentemente do lucro real obtido.

3. Simples Nacional:

 O Simples Nacional é um regime tributário simplificado que unifica vários impostos e


contribuições em uma única guia de pagamento, com alíquotas progressivas de
acordo com o faturamento anual da empresa.

 Este regime é destinado a micro e pequenas empresas com faturamento anual


dentro de um limite estabelecido pela legislação e que não possuam restrições legais
para adesão.

 Vantagens: Simplificação e redução da carga tributária para micro e pequenas


empresas, com alíquotas progressivas e menor burocracia.

 Desvantagens: Restrições quanto ao faturamento anual, atividades permitidas, forma


de constituição da empresa e possibilidade de tributação em faixas superiores devido
ao regime de progressividade.

A escolha da forma de tributação adequada para uma empresa deve levar em consideração diversos
fatores, como o tipo de atividade, o volume de faturamento, a margem de lucro, a possibilidade de
investimentos e a complexidade das operações. É importante consultar um contador ou especialista
em tributação para avaliar as opções disponíveis e tomar a decisão mais vantajosa para a empresa.

2.2.4 MANDATOS E PROCURAÇÕES.

Mandatos e procurações são instrumentos legais que permitem que uma pessoa ou entidade
autorize outra pessoa a agir em seu nome em determinadas situações ou para realizar determinados
atos. Aqui está uma explicação sobre cada um deles:

1. Mandato:

 Um mandato é um contrato no qual uma pessoa (mandante) confere a outra pessoa


(mandatário) o poder de agir em seu nome e em seu interesse em uma ou mais
questões específicas. O mandato pode ser conferido de forma verbal ou escrita, mas
é recomendável que seja formalizado por escrito para evitar mal-entendidos.

 O mandato pode ser amplo, conferindo poderes gerais ao mandatário para agir em
nome do mandante em diversas situações, ou específico, limitando-se a questões ou
atos específicos.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Exemplos de situações em que um mandato pode ser utilizado incluem a


representação em negócios jurídicos, assinatura de contratos, negociação de
transações comerciais, entre outros.

2. Procuração:

 Uma procuração é um documento legalmente formalizado em que uma pessoa


(outorgante) concede poderes a outra pessoa (procurador) para agir em seu nome e
em seu interesse em determinadas situações ou para realizar determinados atos
específicos.

 A procuração deve ser escrita e assinada pelo outorgante, e pode ser pública (lavrada
em cartório) ou particular (assinada pelas partes).

 Assim como o mandato, a procuração pode ser ampla, conferindo poderes gerais ao
procurador, ou específica, limitando-se a questões ou atos específicos.

 Exemplos de situações em que uma procuração pode ser utilizada incluem


representação em processos judiciais, transações imobiliárias, assuntos financeiros,
entre outros.

Tanto o mandato quanto a procuração são instrumentos legais que permitem que uma pessoa
delegue poderes a outra para agir em seu nome. É importante que esses documentos sejam redigidos
de forma clara e específica, indicando os poderes concedidos e as limitações, para evitar
interpretações equivocadas ou abusos de poder. Além disso, é fundamental que o mandante ou
outorgante confie plenamente na pessoa a quem está concedendo poderes e esteja ciente das
responsabilidades envolvidas.

2.3 FUNDAMENTOS DO CRÉDITO.

Os fundamentos do crédito são os princípios e critérios que orientam as instituições financeiras na


concessão de empréstimos e financiamentos a pessoas físicas e jurídicas. A análise de crédito é um
processo fundamental para assegurar que o crédito seja concedido de forma responsável e
sustentável, minimizando os riscos de inadimplência. Aqui estão alguns dos principais fundamentos
do crédito:

1. Capacidade de Pagamento:

 Uma das considerações mais importantes na análise de crédito é a capacidade do


tomador de pagar suas obrigações financeiras. Isso envolve avaliar a renda ou os
fluxos de caixa da pessoa física ou jurídica para determinar se ela terá condições de
arcar com o pagamento das parcelas do empréstimo ou financiamento.

2. Histórico de Crédito:

 O histórico de crédito do tomador, incluindo seu comportamento de pagamento em


empréstimos anteriores, é um indicador importante da probabilidade de ele honrar
suas obrigações no futuro. Instituições financeiras geralmente consultam órgãos de
proteção ao crédito para verificar se há registros de inadimplência ou restrições
financeiras.

3. Garantias:

 Garantias são ativos que o tomador oferece como garantia de pagamento do


empréstimo. Isso pode incluir bens imóveis, veículos, investimentos ou outros ativos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

de valor. As garantias reduzem o risco para o credor, pois oferecem uma fonte
alternativa de pagamento no caso de inadimplência.

4. Análise de Risco:

 As instituições financeiras realizam uma análise detalhada do risco de crédito


associado a cada tomador. Isso envolve avaliar fatores como estabilidade financeira,
histórico de emprego, perfil de crédito e condições econômicas gerais que possam
afetar a capacidade de pagamento do tomador.

5. Relacionamento com o Cliente:

 O relacionamento prévio com o cliente também é levado em consideração na análise


de crédito. Clientes com relacionamentos de longo prazo com o banco, histórico
positivo de pagamento e envolvimento em outros produtos financeiros têm maior
probabilidade de obter condições favoráveis de crédito.

6. Políticas e Normas regulatórias:

 As instituições financeiras devem seguir políticas internas e normas regulatórias


estabelecidas pelos órgãos reguladores para garantir que as práticas de concessão de
crédito sejam seguras, éticas e compatíveis com as melhores práticas do setor.

Esses são alguns dos fundamentos essenciais que orientam a concessão de crédito por parte das
instituições financeiras. Uma análise cuidadosa e criteriosa desses fatores permite às instituições
conceder crédito de forma responsável, protegendo-se contra os riscos de inadimplência e
contribuindo para a estabilidade do sistema financeiro como um todo.

2.3.1 CONCEITO DE CRÉDITO.

O conceito de crédito refere-se à capacidade de uma pessoa física ou jurídica obter recursos
financeiros de terceiros, como bancos, instituições financeiras ou fornecedores, mediante a promessa
de pagamento futuro. Em outras palavras, o crédito é a confiança que uma parte deposita na outra
para receber um valor ou bem atualmente, com o compromisso de devolvê-lo no futuro, geralmente
acrescido de juros ou outras taxas.

Essencialmente, o crédito envolve uma relação de confiança entre o credor (quem empresta o
dinheiro) e o devedor (quem recebe o dinheiro emprestado). O credor confia que o devedor cumprirá
sua obrigação de pagar o valor emprestado dentro do prazo estabelecido, enquanto o devedor confia
que terá condições de cumprir essa obrigação de pagamento no futuro.

O crédito é uma ferramenta financeira fundamental para a economia, pois permite que pessoas e
empresas tenham acesso a recursos financeiros para realizar investimentos, consumir bens e
serviços, expandir negócios e suavizar o consumo ao longo do tempo. Sem o crédito, muitas
transações econômicas seriam impossíveis ou muito mais difíceis de serem realizadas.

No entanto, é importante ressaltar que o crédito também envolve riscos, tanto para o credor quanto
para o devedor. O credor assume o risco de inadimplência, ou seja, de que o devedor não cumpra sua
obrigação de pagamento, enquanto o devedor assume o risco de endividamento excessivo, que pode
levar a dificuldades financeiras e até mesmo à insolvência.

Portanto, o crédito deve ser utilizado de forma responsável, levando-se em consideração a


capacidade de pagamento do devedor, as condições financeiras e as necessidades reais de
financiamento. Uma gestão prudente do crédito é essencial para garantir sua sustentabilidade e
contribuir para o desenvolvimento econômico e social
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2.3.2 ELEMENTOS DO CRÉDITO.

Os elementos do crédito referem-se aos componentes essenciais que compõem uma transação de
crédito. Eles ajudam a definir e estruturar a relação entre o credor (quem empresta) e o devedor
(quem recebe o empréstimo). Aqui estão os principais elementos do crédito:

1. Credor:

 O credor é a parte que empresta o dinheiro ou fornece os recursos financeiros ao


devedor. Pode ser uma instituição financeira, como um banco, uma cooperativa de
crédito, ou mesmo uma pessoa física ou jurídica que esteja concedendo o
empréstimo.

2. Devedor:

 O devedor é a parte que recebe o empréstimo ou os recursos financeiros do credor e


assume a obrigação de devolvê-los no futuro, geralmente acrescido de juros ou
outras taxas. O devedor pode ser uma pessoa física, uma empresa ou qualquer outra
entidade que esteja buscando financiamento.

3. Montante do Crédito:

 O montante do crédito é o valor total que está sendo emprestado ou fornecido pelo
credor ao devedor. Este montante é acordado entre as partes e pode variar de acordo
com a finalidade do empréstimo, a capacidade de pagamento do devedor e outras
condições específicas.

4. Taxa de Juros:

 A taxa de juros é o custo do dinheiro emprestado, expresso como uma porcentagem


do montante do crédito. Esta taxa pode ser fixa, permanecendo constante ao longo
do período do empréstimo, ou variável, podendo variar de acordo com índices de
mercado ou outras variáveis.

5. Prazo de Pagamento:

 O prazo de pagamento é o período de tempo durante o qual o devedor concorda em


devolver o montante do crédito ao credor, geralmente em parcelas mensais,
trimestrais ou anuais. O prazo de pagamento pode variar de curto prazo (meses) a
longo prazo (anos), dependendo da natureza do empréstimo e da finalidade do
financiamento.

6. Garantias:

 As garantias são ativos ou garantias oferecidos pelo devedor ao credor como forma
de assegurar o pagamento do crédito. Estas podem incluir bens imóveis, veículos,
investimentos, garantias pessoais, entre outros. As garantias ajudam a reduzir o risco
para o credor e podem influenciar as condições do empréstimo, como a taxa de juros.

7. Condições do Empréstimo:

 As condições do empréstimo incluem todos os termos e condições específicos


acordados entre o credor e o devedor, tais como a forma de pagamento, cronograma
de amortização, cláusulas de preços, penalidades por atraso, entre outros.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Esses são os principais elementos do crédito que compõem uma transação de empréstimo ou
financiamento. Cada um desses elementos desempenha um papel crucial na definição dos termos e
condições do crédito e na estruturação da relação entre o credor e o devedor

2.3.3 REQUISITOS DO CRÉDITO

Os requisitos do crédito referem-se aos critérios ou condições que os credores consideram ao avaliar
a solicitação de crédito de um potencial tomador. Esses requisitos são fundamentais para determinar
a elegibilidade do devedor para receber o crédito solicitado e para avaliar o risco associado à
transação. Aqui estão alguns dos principais requisitos do crédito:

1. Capacidade de Pagamento:

 Um dos requisitos mais importantes é a capacidade do devedor de pagar o


empréstimo ou financiamento. Isso envolve analisar a renda regular do devedor, suas
fontes de receita, sua estabilidade financeira e sua capacidade de honrar as
obrigações de pagamento.

2. Histórico de Crédito:

 O histórico de crédito do devedor é outro fator crucial. Os credores analisam o


comportamento de pagamento anterior do solicitante, incluindo histórico de
empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e outras obrigações financeiras. Um
bom histórico de crédito, com pagamentos pontuais e sem inadimplências, aumenta
a credibilidade do devedor.

3. Relacionamento Bancário:

 O relacionamento prévio com o credor também pode ser considerado. Se o devedor


possui uma relação de longo prazo com o banco ou instituição financeira, isso pode
ser levado em conta na análise de crédito, uma vez que o histórico de
relacionamento pode fornecer informações adicionais sobre a confiabilidade do
solicitante.

4. Garantias ou Colaterais:

 Oferecer garantias ou colaterais é muitas vezes um requisito para obter crédito,


especialmente em empréstimos de alto valor. As garantias podem incluir bens
imóveis, veículos, investimentos ou outros ativos que o devedor oferece como
garantia de pagamento do empréstimo. As garantias ajudam a reduzir o risco para o
credor e podem influenciar as condições do empréstimo, como a taxa de juros.

5. Score de Crédito:

 O score de crédito é uma pontuação numérica calculada com base no histórico de


crédito do devedor. Essa pontuação é usada pelos credores como um indicador da
probabilidade de inadimplência do solicitante. Um score de crédito mais alto
geralmente indica um menor risco de inadimplência e pode facilitar a obtenção de
crédito em condições mais favoráveis.

6. Documentação Adequada:

 Os credores geralmente exigem documentação adequada do solicitante para verificar


sua identidade, renda, histórico financeiro e outras informações relevantes. Isso pode
incluir documentos como comprovantes de renda, extratos bancários, declarações de
imposto de renda, entre outros.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Esses são alguns dos principais requisitos do crédito que os credores consideram ao avaliar uma
solicitação de empréstimo ou financiamento. É importante que os solicitantes estejam cientes desses
requisitos e estejam preparados para fornecer as informações necessárias para facilitar o processo de
análise de crédito. Além disso, manter um bom histórico financeiro e uma relação saudável com o
credor ao longo do tempo pode aumentar as chances de aprovação e acesso a condições mais
favoráveis de crédito

2.4 RISCOS DA ATIVIDADE BANCÁRIA.

A atividade bancária envolve uma série de riscos que os bancos e outras instituições financeiras
enfrentam no curso de suas operações. Gerenciar esses riscos de forma eficaz é fundamental para a
estabilidade e a saúde financeira dessas instituições, bem como para a segurança do sistema
financeiro como um todo. Aqui estão alguns dos principais riscos da atividade bancária:

1. Risco de Crédito:

 O risco de crédito é o risco de que os mutuários ou clientes de um banco não


cumpram suas obrigações de pagamento. Isso pode ocorrer devido a inadimplência,
falência ou incapacidade financeira dos devedores. Os bancos estão expostos a esse
risco ao conceder empréstimos, financiamentos e outras formas de crédito.

2. Risco de Mercado:

 O risco de mercado é o risco de perdas financeiras devido a flutuações nos preços de


ativos financeiros, taxas de juros, taxas de câmbio e outros fatores de mercado. Os
bancos estão expostos a esse risco devido à posse de carteiras de investimento,
operações de trading e exposição a mercados financeiros voláteis.

3. Risco de Liquidez:

 O risco de liquidez é o risco de que um banco não consiga atender suas obrigações de
pagamento de curto prazo devido à falta de disponibilidade de fundos suficientes.
Isso pode ocorrer se os depositantes retirarem seus fundos em grande escala ou se
houver uma escassez de financiamento no mercado interbancário.

4. Risco Operacional:

 O risco operacional é o risco de perdas financeiras resultantes de falhas em


processos, sistemas internos, pessoal, fraudes, eventos externos ou outros fatores
operacionais. Isso inclui erros humanos, falhas tecnológicas, ciberataques, questões
legais e regulatórias, entre outros.

5. Risco Legal e Regulatório:

 O risco legal e regulatório é o risco de perdas financeiras devido a mudanças na


legislação, regulamentação ou litígios legais. Os bancos estão sujeitos a uma ampla
gama de regulamentações financeiras e de conformidade, e violações dessas
regulamentações podem resultar em multas significativas e impactos financeiros
adversos.

6. Risco de Reputação:

 O risco de reputação é o risco de danos à reputação de um banco devido a má


conduta, escândalos, práticas antiéticas, má qualidade dos produtos ou serviços, ou
outras questões relacionadas à imagem pública. Uma reputação danificada pode
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

afetar negativamente a confiança dos clientes, investidores e outras partes


interessadas no banco.

7. Risco de Conformidade:

 O risco de conformidade é o risco de perdas financeiras decorrentes da não


conformidade com leis, regulamentos, padrões éticos ou práticas de negócios
aceitáveis. Os bancos devem cumprir uma série de regulamentações financeiras,
antilavagem de dinheiro, combate ao financiamento do terrorismo, entre outras, e a
não conformidade pode resultar em multas e sanções.

Gerenciar esses riscos é uma parte fundamental da gestão de riscos de uma instituição financeira.
Isso envolve a implementação de políticas, procedimentos e controles internos robustos, bem como a
adoção de estratégias de diversificação de riscos e o monitoramento constante das condições de
mercado e do ambiente regulatório. Um gerenciamento eficaz de riscos ajuda a proteger os
interesses dos depositantes, investidores e demais partes interessadas, promovendo a estabilidade e
a sustentabilidade do sistema financeiro.
2.4.1 DE CRÉDITO.
O risco de crédito é um dos principais riscos enfrentados pelas instituições financeiras e está
relacionado à possibilidade de perdas financeiras resultantes da incapacidade ou recusa de um
mutuário em cumprir suas obrigações de pagamento de empréstimos ou outras formas de crédito.
Aqui estão alguns dos aspectos chave do risco de crédito:
1. Inadimplência:
 O risco de crédito surge quando um mutuário não consegue pagar suas obrigações
financeiras conforme acordado, resultando em inadimplência. Isso pode ocorrer
devido a eventos adversos, como problemas financeiros pessoais, falência
empresarial, recessão econômica, entre outros.
2. Concessão de Crédito:
 O risco de crédito também está presente durante o processo de concessão de
crédito, quando as instituições financeiras avaliam a capacidade de pagamento e a
confiabilidade dos mutuários. Decisões de crédito inadequadas podem aumentar o
risco de inadimplência da carteira de empréstimos de um banco.
3. Diversificação da Carteira:
 Uma estratégia comum para mitigar o risco de crédito é diversificar a carteira de
empréstimos, distribuindo o risco entre diferentes tipos de mutuários, setores da
economia, regiões geográficas e produtos financeiros. Isso ajuda a reduzir a
exposição a eventos adversos que possam afetar um segmento específico.
4. Análise de Risco:
 As instituições financeiras realizam análises de risco para avaliar a probabilidade de
inadimplência dos mutuários. Isso envolve a análise da capacidade financeira,
histórico de crédito, garantias oferecidas e outras informações relevantes para
determinar a probabilidade de cumprimento das obrigações financeiras.
5. Provisões para Devedores Duvidosos (PDD):
 Os bancos geralmente constituem provisões para devedores duvidosos, reservando
uma parte de seus lucros para cobrir potenciais perdas devido a inadimplência. Essas
provisões ajudam a proteger o capital do banco e a manter a solidez financeira da
instituição.
6. Gestão da Carteira de Crédito:
 Uma gestão eficaz da carteira de crédito é essencial para minimizar o risco de crédito.
Isso inclui monitoramento regular dos empréstimos concedidos, identificação
precoce de sinais de inadimplência, renegociação de dívidas em situações adversas e
adoção de medidas corretivas quando necessário.
7. Regulação e Supervisão:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Os reguladores financeiros estabelecem diretrizes e requisitos para o gerenciamento


do risco de crédito pelas instituições financeiras, visando garantir a estabilidade do
sistema financeiro e proteger os interesses dos depositantes e investidores.
O risco de crédito é uma preocupação significativa para as instituições financeiras e requer uma
abordagem cuidadosa e proativa para mitigá-lo. Uma gestão eficaz do risco de crédito é fundamental
para garantir a solidez financeira das instituições e a segurança do sistema financeiro como um todo.

2.4.2 DE MERCADO.

O risco de mercado é a possibilidade de que as instituições financeiras enfrentem perdas financeiras


devido a flutuações nos preços de ativos financeiros, taxas de juros, taxas de câmbio e outros fatores
de mercado. Esse tipo de risco afeta principalmente as instituições que possuem posições em
mercados de capitais, realizam operações de trading, investimentos em renda variável, entre outros.
Aqui estão alguns aspectos-chave do risco de mercado:
1. Risco de Preço de Ativos:
 O risco de mercado está relacionado às mudanças nos preços de ativos financeiros,
como ações, títulos, commodities e moedas. Flutuações nos preços dos ativos podem
resultar em perdas financeiras para as instituições que mantêm esses ativos em suas
carteiras de investimento.
2. Risco de Taxa de Juros:
 As instituições financeiras estão expostas ao risco de taxa de juros devido a
mudanças nas taxas de juros de mercado. Por exemplo, se as taxas de juros
aumentarem, o valor dos ativos de renda fixa pode diminuir, causando perdas para os
detentores desses ativos, enquanto as instituições com passivos indexados a taxas de
juros podem enfrentar aumento nos custos de financiamento.
3. Risco Cambial:
 O risco cambial surge devido a mudanças nas taxas de câmbio entre moedas
estrangeiras. Instituições financeiras que realizam transações internacionais,
investimentos em mercados estrangeiros ou têm exposição a moedas estrangeiras
em suas operações estão sujeitas a esse tipo de risco.
4. Risco de Volatilidade:
 A volatilidade nos mercados financeiros pode aumentar o risco de mercado,
tornando os preços dos ativos mais instáveis e imprevisíveis. Isso pode resultar em
perdas para as instituições que têm posições em mercados voláteis, especialmente se
não conseguirem gerenciar adequadamente seus riscos.
5. Hedge e Gestão de Risco:
 Para mitigar o risco de mercado, as instituições financeiras utilizam estratégias de
hedge e gestão de risco. Isso inclui a utilização de instrumentos derivativos, como
contratos futuros, opções e swaps, para proteger posições contra movimentos
adversos de preços e taxas de juros.
6. Estresse e Testes de Sensibilidade:
 As instituições financeiras realizam testes de estresse e análises de sensibilidade para
avaliar como suas carteiras de investimento e operações seriam afetadas por
cenários extremos de mercado, como recessões econômicas, choques de volatilidade
ou mudanças abruptas nas taxas de juros.
7. Regulação e Supervisão:
 Os reguladores financeiros estabelecem diretrizes e requisitos para o gerenciamento
do risco de mercado pelas instituições financeiras, visando garantir a estabilidade do
sistema financeiro e proteger os investidores e depositantes contra perdas
excessivas.
O risco de mercado é uma preocupação significativa para as instituições financeiras e requer uma
gestão cuidadosa e proativa para garantir a estabilidade financeira e a sustentabilidade das
operações. Uma abordagem sólida de gerenciamento de riscos é fundamental para proteger os
interesses das instituições e de seus clientes
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2.4.3 OPERACIONAL.

O risco operacional é o risco de perdas financeiras resultantes de falhas em processos internos,


sistemas, pessoal, eventos externos ou outros fatores operacionais. Essas falhas podem ocorrer
devido a erros humanos, falhas de sistemas, fraudes, eventos externos imprevistos ou outras causas.
Aqui estão alguns aspectos-chave do risco operacional:

1. Erros e Falhas de Processos:

 O risco operacional inclui o risco de erros ou falhas em processos internos, como


processamento de transações, liquidação de operações, contabilidade, entre outros.
Esses erros podem resultar em perdas financeiras, penalidades regulatórias ou danos
à reputação da instituição.

2. Falhas de Sistemas e Tecnologia:

 As instituições financeiras estão sujeitas ao risco de falhas de sistemas e tecnologia,


incluindo falhas de hardware, software, redes de comunicação e segurança
cibernética. Essas falhas podem interromper as operações, causar perdas financeiras
ou expor a instituição a ameaças de segurança cibernética, como ataques de hackers.

3. Fraudes e Atividades Ilícitas:

 O risco operacional também engloba o risco de fraudes e atividades ilícitas, como


roubo de identidade, lavagem de dinheiro, corrupção, entre outros. Essas atividades
podem resultar em perdas financeiras significativas, multas regulatórias e danos à
reputação da instituição.

4. Eventos Externos e Desastres Naturais:

 Eventos externos, como desastres naturais, crises econômicas, pandemias, greves ou


interrupções de fornecimento, também representam um risco operacional para as
instituições financeiras. Esses eventos podem interromper as operações, afetar a
disponibilidade de serviços ou causar danos físicos às instalações da instituição.

5. Controles Internos e Governança:

 Uma gestão eficaz do risco operacional requer controles internos robustos e uma boa
governança corporativa. Isso inclui a implementação de políticas, procedimentos e
sistemas de controle adequados, bem como a designação de responsabilidades claras
e a prestação de contas dentro da organização.

6. Treinamento e Educação:

 A capacitação e o treinamento adequados dos funcionários são essenciais para


mitigar o risco operacional. Os funcionários devem estar cientes dos procedimentos
operacionais, políticas de segurança, práticas de prevenção de fraudes e como relatar
atividades suspeitas.

7. Seguro e Resiliência Operacional:

 As instituições financeiras também podem mitigar o risco operacional por meio de


seguros e planos de resiliência operacional. Isso inclui a obtenção de cobertura de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

seguro adequada para proteger contra perdas financeiras, bem como a


implementação de planos de continuidade de negócios para lidar com interrupções
operacionais.

O risco operacional é uma preocupação significativa para as instituições financeiras e requer uma
gestão cuidadosa e proativa para identificar, avaliar e mitigar os riscos associados às operações
internas e externas da organização. Uma abordagem sólida de gerenciamento de riscos operacionais
é fundamental para garantir a estabilidade e a segurança das instituições financeiras e para proteger
os interesses dos clientes e investidores.

2.4.4 SISTÊMICO

O risco sistêmico refere-se ao risco de que uma perturbação ou falha em uma parte do sistema
financeiro possa desencadear um efeito em cascata que afete todo o sistema financeiro, resultando
em instabilidade sistêmica. Esse tipo de risco pode ameaçar a estabilidade e o funcionamento
adequado do sistema financeiro como um todo, podendo ter impactos significativos na economia
global. Aqui estão alguns aspectos-chave do risco sistêmico:

1. Interconexões Financeiras:

 O risco sistêmico surge devido às interconexões e interdependências entre


instituições financeiras e outros participantes do sistema financeiro. Isso inclui
bancos comerciais, instituições financeiras não bancárias, mercados financeiros,
infraestruturas de pagamento, entre outros.

2. Efeito em Cascata:

 Uma perturbação em uma parte do sistema financeiro pode se propagar


rapidamente por meio de efeitos em cascata, afetando outras instituições e
mercados financeiros. Por exemplo, a falência de uma grande instituição financeira
pode levar à perda de confiança no sistema, resultando em pânico bancário e uma
crise sistêmica mais ampla.

3. Contágio Financeiro:

 O risco sistêmico também está relacionado ao contágio financeiro, onde problemas


em uma parte do sistema financeiro se espalham para outras partes do sistema
devido a ligações diretas ou indiretas entre as instituições e mercados financeiros.
Isso pode resultar em uma crise financeira generalizada.

4. Falhas de Infraestrutura:

 O risco sistêmico também pode surgir devido a falhas em infraestruturas críticas do


sistema financeiro, como sistemas de pagamento, câmaras de compensação,
sistemas de liquidação e sistemas de negociação. Falhas nessas infraestruturas
podem interromper o funcionamento normal dos mercados financeiros e afetar a
estabilidade do sistema como um todo.

5. Políticas e Regulação:

 Os reguladores financeiros implementam políticas e regulamentações destinadas a


mitigar o risco sistêmico e proteger a estabilidade do sistema financeiro. Isso inclui a
supervisão das instituições financeiras, a implementação de requisitos de capital e
liquidez, a avaliação do risco sistêmico e a resposta a crises financeiras.

6. Coordenação Internacional:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 O risco sistêmico é uma preocupação global que requer cooperação e coordenação


entre autoridades reguladoras e instituições financeiras em todo o mundo.
Organizações internacionais, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS) e o
Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), desempenham um papel importante na
coordenação de esforços para mitigar o risco sistêmico.

7. Avaliação de Estresse:

 As autoridades reguladoras e as instituições financeiras realizam avaliações de


estresse e testes de resistência para avaliar a resiliência do sistema financeiro a
choques e perturbações severas. Isso ajuda a identificar vulnerabilidades e a
fortalecer a capacidade do sistema financeiro de resistir a crises sistêmicas.

O risco sistêmico é uma preocupação crítica para os reguladores financeiros, instituições financeiras e
economistas, pois pode ter consequências profundas e duradouras para a estabilidade econômica e
financeira. Uma abordagem proativa e coordenada é essencial para mitigar o risco sistêmico e
proteger a integridade e o funcionamento adequado do sistema financeiro global.

2.4.5 DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez é o risco de que uma instituição financeira não consiga atender suas obrigações de
pagamento de curto prazo devido à falta de disponibilidade de fundos suficientes. Esse tipo de risco
surge quando uma instituição não consegue vender ativos rapidamente o suficiente para gerar caixa
ou obter financiamento no mercado quando necessário. Aqui estão alguns aspectos-chave do risco
de liquidez:

1. Falha em Atender Obrigações de Curto Prazo:

 O risco de liquidez surge quando uma instituição financeira não consegue cumprir
suas obrigações de pagamento de curto prazo, como saques de clientes, vencimentos
de dívidas ou exigências de margem de contratos derivativos.

2. Dependência de Financiamento de Curto Prazo:

 Instituições financeiras que dependem fortemente de financiamento de curto prazo,


como empréstimos interbancários ou emissão de títulos de curto prazo, estão mais
expostas ao risco de liquidez. Se essas fontes de financiamento se tornarem
indisponíveis, a instituição pode enfrentar dificuldades em atender suas obrigações
de pagamento.

3. Descompasso de Liquidez:

 O risco de liquidez também pode surgir devido a um descompasso entre os


vencimentos de ativos e passivos de uma instituição financeira. Por exemplo, se uma
instituição possui ativos de longo prazo financiados por passivos de curto prazo, ela
pode enfrentar dificuldades de liquidez se não conseguir rolar esses passivos ou
vender os ativos rapidamente quando necessário.

4. Pânico Bancário:

 O risco de liquidez pode ser exacerbado por pânicos bancários, nos quais os
depositantes retiram seus fundos em massa de uma instituição financeira devido a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

preocupações com sua solvência ou estabilidade financeira. Isso pode levar a uma
crise de liquidez e, em casos extremos, a uma crise sistêmica.

5. Buffer de Liquidez:

 Para mitigar o risco de liquidez, as instituições financeiras mantêm buffers de


liquidez, que consistem em ativos líquidos de alta qualidade, como dinheiro, títulos
do governo e títulos negociáveis de alta liquidez. Esses ativos podem ser vendidos
rapidamente para gerar caixa em caso de necessidade.

6. Linhas de Crédito de Emergência:

 Além dos buffers de liquidez, as instituições financeiras também podem estabelecer


linhas de crédito de emergência com bancos centrais ou outras instituições
financeiras para fornecer financiamento de curto prazo em caso de necessidade de
liquidez.

7. Monitoramento e Gerenciamento Contínuo:

 O risco de liquidez requer monitoramento e gerenciamento contínuo por parte das


instituições financeiras. Isso inclui a realização de análises de liquidez, testes de
estresse, modelagem de cenários e a implementação de políticas e procedimentos
para garantir que a instituição tenha acesso adequado a liquidez quando necessário.

O risco de liquidez é uma preocupação crítica para as instituições financeiras e reguladores, pois a
falta de liquidez pode levar a sérias consequências para a estabilidade do sistema financeiro e a
confiança dos investidores e depositantes. Uma gestão eficaz do risco de liquidez é fundamental para
garantir a solidez financeira das instituições e a estabilidade do sistema como um todo.

2.5 PRINCIPAIS VARIÁVEIS RELACIONADAS AO RISCO DE CRÉDITO.

Existem várias variáveis-chave que estão diretamente relacionadas ao risco de crédito em uma
transação ou em uma carteira de crédito de uma instituição financeira. Essas variáveis são utilizadas
para avaliar a probabilidade de inadimplência dos mutuários e a magnitude das perdas esperadas em
caso de default. Aqui estão algumas das principais variáveis relacionadas ao risco de crédito:

1. Score de Crédito:

 O score de crédito é uma medida numérica que avalia o histórico de crédito de um


mutuário, considerando fatores como histórico de pagamento, níveis de
endividamento, comprimento do histórico de crédito, tipos de crédito utilizados e
novas contas abertas. Um score de crédito mais baixo geralmente indica um maior
risco de inadimplência.

2. Histórico de Pagamento:

 O histórico de pagamento de um mutuário é um dos fatores mais importantes na


avaliação do risco de crédito. Os credores analisam se o mutuário cumpriu suas
obrigações de pagamento anteriores de forma pontual e completa, o que pode ser
um indicativo da probabilidade de pagamento futuro.

3. Renda e Capacidade de Pagamento:

 A renda do mutuário e sua capacidade de pagamento são consideradas ao avaliar o


risco de crédito. Os credores analisam a renda regular do mutuário em relação às
suas despesas e obrigações financeiras existentes para determinar se ele tem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

capacidade suficiente para cumprir os pagamentos do novo empréstimo ou


financiamento.

4. Relacionamento Bancário:

 O relacionamento prévio do mutuário com o credor também pode ser relevante. Um


histórico de relacionamento positivo, incluindo contas bancárias mantidas por longo
prazo, pagamentos pontuais e relacionamento de confiança, pode influenciar
positivamente a avaliação de crédito.

5. Garantias ou Colaterais:

 A disponibilidade de garantias ou colaterais oferecidos pelo mutuário também pode


afetar o risco de crédito. Garantias tangíveis, como imóveis, veículos ou
investimentos, podem reduzir o risco para o credor, fornecendo uma fonte adicional
de pagamento em caso de inadimplência.

6. Tipo e Finalidade do Crédito:

 O tipo de crédito solicitado e sua finalidade também são considerados. Por exemplo,
empréstimos para compra de imóveis tendem a ser considerados menos arriscados
do que empréstimos para fins de consumo devido à natureza do ativo subjacente e
ao potencial de valorização.

7. Condições Econômicas e do Mercado:

 As condições econômicas e do mercado podem influenciar o risco de crédito. Uma


economia fraca ou instável, taxas de juros em alta, desemprego elevado ou setores
específicos em declínio podem aumentar o risco de inadimplência dos mutuários.

8. Regulação e Ambiente Jurídico:

 O ambiente regulatório e jurídico também pode afetar o risco de crédito.


Regulamentações mais rigorosas de concessão de crédito, leis de falência, proteção
ao consumidor e ambiente legal podem influenciar a capacidade dos credores de
recuperar créditos inadimplentes.

Essas são algumas das principais variáveis que os credores consideram ao avaliar o risco de crédito de
um mutuário ou de uma carteira de crédito. Uma avaliação cuidadosa e abrangente dessas variáveis é
essencial para mitigar o risco de crédito e proteger os interesses do credor.
2.5.1 CLIENTES.

Ao avaliar o risco de crédito relacionado aos clientes, as instituições financeiras consideram uma
variedade de variáveis que podem influenciar a capacidade e a disposição dos clientes em cumprir
suas obrigações financeiras. Aqui estão algumas das principais variáveis relacionadas aos clientes que
são levadas em conta na avaliação do risco de crédito:

1. Histórico de Crédito:

 O histórico de crédito do cliente é uma das variáveis mais importantes. Isso inclui o
registro de pagamentos anteriores em empréstimos, financiamentos, cartões de
crédito e outras formas de crédito. Um histórico de crédito positivo, com pagamentos
pontuais e sem inadimplências, geralmente indica menor risco de crédito.

2. Capacidade de Pagamento:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A capacidade financeira do cliente é avaliada para determinar se ele tem recursos


suficientes para cumprir suas obrigações de pagamento. Isso inclui a análise da
renda, emprego estável, fluxo de caixa disponível após o pagamento de despesas
essenciais e outros compromissos financeiros.

3. Estabilidade Financeira:

 A estabilidade financeira do cliente é considerada, incluindo a consistência da renda,


emprego e situação financeira geral. Os credores preferem clientes com estabilidade
financeira, pois são mais propensos a manter pagamentos regulares ao longo do
tempo.

4. Histórico de Emprego e Residência:

 O tempo que um cliente tem trabalhado em um emprego e residido em um local é


levado em consideração. Clientes com histórico de emprego estável e residência de
longo prazo são geralmente considerados menos arriscados, pois demonstram
comprometimento e estabilidade.

5. Dívidas Existentes e Utilização de Crédito:

 A quantidade de dívidas existentes do cliente e sua utilização de crédito são


analisadas para determinar sua capacidade de assumir novas dívidas. Altos níveis de
endividamento ou alta utilização de crédito podem indicar maior risco de
inadimplência.

6. Garantias ou Colaterais Oferecidos:

 Se o crédito está garantido por garantias ou colaterais, como imóveis, veículos ou


investimentos, a qualidade e o valor desses ativos são considerados. Garantias sólidas
podem reduzir o risco de crédito ao fornecer uma fonte adicional de pagamento em
caso de inadimplência.

7. Objetivo do Crédito:

 O objetivo para o qual o crédito está sendo solicitado também é avaliado. Por
exemplo, empréstimos para investimentos produtivos podem ser considerados
menos arriscados do que empréstimos para fins de consumo.

8. Comportamento de Pagamento Futuro Esperado:

 Além do histórico de crédito passado, os credores também consideram o


comportamento de pagamento futuro esperado do cliente com base em sua situação
financeira atual e em projeções econômicas.

Essas variáveis relacionadas aos clientes são fundamentais para uma avaliação abrangente do risco de
crédito e ajudam as instituições financeiras a tomar decisões informadas sobre a concessão de
crédito.

2.5.2 OPERAÇÃO

Quando se trata de avaliar o risco de crédito relacionado à operação, as instituições financeiras


examinam uma variedade de variáveis que estão diretamente ligadas à natureza e ao contexto das
transações de crédito. Aqui estão algumas das principais variáveis relacionadas à operação que são
consideradas na avaliação do risco de crédito:

1. Tipo de Transação:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 O tipo específico de transação de crédito é um fator importante na avaliação do risco.


Por exemplo, empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários, empréstimos
comerciais e cartões de crédito têm características e riscos diferentes.

2. Valor do Empréstimo ou Limite de Crédito:

 O montante do empréstimo ou o limite de crédito concedido é considerado, pois


afeta diretamente o potencial de perda em caso de inadimplência.

3. Prazo de Vencimento:

 O prazo de vencimento da transação de crédito é analisado para avaliar a


probabilidade de inadimplência ao longo do tempo. Transações de curto prazo
geralmente têm menos risco do que transações de longo prazo.

4. Taxa de Juros:

 A taxa de juros aplicada à transação de crédito é avaliada, pois afeta tanto a


rentabilidade para o credor quanto a capacidade do mutuário de realizar os
pagamentos.

5. Termos e Condições do Contrato:

 Os termos e condições do contrato de crédito, incluindo cláusulas relacionadas a


pagamentos, penalidades por atraso, garantias, entre outros, são revisados para
avaliar o risco associado à transação.

6. Qualidade da Documentação e Informações Fornecidas:

 A qualidade da documentação e das informações fornecidas pelo mutuário durante o


processo de solicitação de crédito é importante para uma avaliação precisa do risco.
Informações precisas e documentação completa podem reduzir o risco de crédito.

7. Garantias ou Colaterais Oferecidos:

 Se a transação de crédito está garantida por garantias ou colaterais, a qualidade e o


valor desses ativos são considerados na avaliação do risco de crédito.

8. Condições Econômicas e do Mercado:

 As condições econômicas e do mercado relevantes para a operação também são


levadas em consideração. Mudanças nas condições econômicas ou do mercado
podem afetar a capacidade do mutuário de cumprir suas obrigações de pagamento.

Essas variáveis relacionadas à operação são fundamentais para uma avaliação completa do risco de
crédito e ajudam as instituições financeiras a tomar decisões informadas sobre a concessão de
crédito

2.6 TIPOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO (EMPRÉSTIMOS, DESCONTOS, FINANCIAMENTOS


E ADIANTAMENTOS)

As instituições financeiras oferecem uma variedade de operações de crédito para atender às


diferentes necessidades financeiras de indivíduos, empresas e outras organizações. Aqui estão alguns
dos principais tipos de operações de crédito bancário:

1. Empréstimos:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Os empréstimos são operações de crédito em que uma instituição financeira concede


uma quantia específica de dinheiro a um mutuário, que concorda em pagar o valor
principal mais juros ao longo de um período de tempo acordado. Os empréstimos
podem ser destinados a diversas finalidades, como financiamento de imóveis,
veículos, educação, consolidação de dívidas, entre outros.

2. Descontos de Títulos:

 No desconto de títulos, uma instituição financeira adquire um título de crédito, como


letras de câmbio, duplicatas ou notas promissórias, de um cliente a um valor menor
do que o seu valor nominal. O cliente recebe antecipadamente o valor do título,
descontado dos juros, e a instituição financeira é reembolsada quando o título vence.

3. Financiamentos:

 Os financiamentos são operações de crédito em que uma instituição financeira


fornece fundos para um mutuário para a aquisição de bens de consumo duráveis,
como automóveis, eletrodomésticos, móveis, equipamentos, entre outros. O
mutuário paga o valor principal mais juros ao longo do tempo, geralmente em
parcelas fixas.

4. Adiantamentos de Crédito:

 Os adiantamentos de crédito, também conhecidos como linhas de crédito ou crédito


rotativo, são arranjos em que uma instituição financeira disponibiliza uma quantia de
dinheiro para um cliente usar conforme necessário, até um limite estabelecido. O
cliente pode sacar fundos conforme necessário e pagar juros apenas sobre o valor
utilizado.

5. Financiamento de Capital de Giro:

 O financiamento de capital de giro é uma forma de crédito destinada a fornecer


recursos para as atividades operacionais diárias de uma empresa, como pagamento
de fornecedores, salários, despesas operacionais, entre outros. Esse tipo de
financiamento geralmente é de curto prazo e pode ser garantido ou não.

6. Crédito Rotativo:

 O crédito rotativo é uma linha de crédito renovável que permite que os clientes
acessem fundos repetidamente até um limite estabelecido. Os fundos podem ser
sacados e reembolsados conforme necessário, e os juros são cobrados apenas sobre
o saldo devedor utilizado.

7. Empréstimos para Investimento:

 Os empréstimos para investimento são utilizados por indivíduos ou empresas para


financiar projetos de investimento de longo prazo, como expansão de negócios,
aquisição de ativos fixos, lançamento de novos produtos, entre outros. Esses
empréstimos geralmente têm prazos mais longos e podem ser garantidos por ativos
específicos.

Esses são alguns dos principais tipos de operações de crédito bancário disponíveis no mercado. Cada
tipo de operação tem suas próprias características, termos e condições, e é importante que os
mutuários compreendam completamente as implicaturas antes de se comprometerem com uma
operação de crédito específica.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2.7 OPERAÇÕES DE CRÉDITO GERAL

Operações de crédito geral são um termo amplo que engloba uma variedade de transações de
crédito realizadas por instituições financeiras para atender às necessidades de financiamento de
indivíduos, empresas e outras organizações. Essas operações podem incluir empréstimos,
financiamentos, descontos de títulos, adiantamentos de crédito e outras modalidades de crédito.
Aqui estão algumas características e considerações importantes sobre operações de crédito geral:

1. Finalidade:

 As operações de crédito geral podem ser usadas para uma ampla gama de
finalidades, incluindo financiamento de bens de consumo duráveis, investimentos em
projetos de negócios, capital de giro para empresas, consolidação de dívidas, entre
outros.

2. Termos e Condições:

 Os termos e condições das operações de crédito geral podem variar


significativamente com base na natureza da transação, no perfil do mutuário, no
valor do empréstimo e em outros fatores. Os termos comuns incluem taxas de juros,
prazos de pagamento, garantias exigidas, entre outros.

3. Garantias:

 Muitas operações de crédito geral são garantidas por ativos específicos do mutuário,
como imóveis, veículos, equipamentos ou investimentos. As garantias ajudam a
mitigar o risco para o credor e podem resultar em taxas de juros mais favoráveis para
o mutuário.

4. Avaliação de Crédito:

 As instituições financeiras geralmente realizam uma análise detalhada do perfil de


crédito do mutuário antes de conceder uma operação de crédito geral. Isso pode
incluir avaliação do histórico de crédito, capacidade de pagamento, estabilidade
financeira, entre outros fatores.

5. Flexibilidade:

 As operações de crédito geral oferecem flexibilidade aos mutuários em termos de


uso dos fundos e estrutura de pagamento. Os mutuários podem escolher entre
diferentes opções de pagamento, prazos e condições para atender às suas
necessidades específicas.

6. Riscos:

 Tanto os mutuários quanto os credores enfrentam diversos riscos associados às


operações de crédito geral. Os mutuários correm o risco de não conseguirem cumprir
suas obrigações de pagamento, enquanto os credores correm o risco de
inadimplência, deterioração do valor das garantias, entre outros.

7. Regulação:

 As operações de crédito geral são reguladas por leis e regulamentos financeiros que
visam proteger os interesses dos mutuários, promover a estabilidade do sistema
financeiro e garantir práticas justas e transparentes de concessão de crédito.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

As operações de crédito geral desempenham um papel fundamental no funcionamento do sistema


financeiro, fornecendo financiamento para indivíduos, empresas e outros agentes econômicos. No
entanto, é importante que os mutuários compreendam completamente os termos e condições de
qualquer operação de crédito antes de se comprometerem e que ajam de forma responsável ao
gerenciar suas finanças e dívidas.

2.7.1 CRÉDITO PESSOAL E CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR.

O crédito pessoal e o crédito direto ao consumidor são duas formas comuns de operações de crédito
destinadas a atender às necessidades financeiras dos indivíduos. Embora ambos sejam utilizados para
despesas pessoais, há diferenças significativas entre eles. Vamos explorar cada um:

Crédito Pessoal:

1. Características:

 O crédito pessoal é uma forma de empréstimo concedido a indivíduos para uso


pessoal, sem uma finalidade específica definida. Pode ser usado para uma variedade
de fins, como pagamento de despesas médicas, viagens, educação, consolidação de
dívidas, entre outros.

2. Flexibilidade:

 O crédito pessoal oferece flexibilidade significativa ao mutuário, pois os fundos


podem ser usados como desejado, sem a necessidade de justificar a finalidade do
empréstimo para o credor.

3. Taxas de Juros:

 As taxas de juros do crédito pessoal podem variar dependendo do perfil de crédito


do mutuário, do prazo do empréstimo e das condições do mercado. Geralmente, as
taxas de juros para crédito pessoal são mais altas do que para outros tipos de
empréstimos garantidos.

4. Garantias:

 O crédito pessoal pode ser concedido com ou sem garantias. No entanto, é mais
comum encontrar crédito pessoal não garantido, o que significa que não é necessário
oferecer garantias específicas para obter o empréstimo.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC):

1. Características:

 O crédito direto ao consumidor (CDC) é uma forma específica de financiamento


destinada à aquisição de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos,
eletrônicos, móveis, automóveis, entre outros.

2. Finalidade Específica:

 Ao contrário do crédito pessoal, o CDC é concedido com uma finalidade específica: a


compra de um bem de consumo durável. Os fundos são geralmente disponibilizados
diretamente ao vendedor do bem.

3. Garantias:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Muitas vezes, o próprio bem adquirido serve como garantia para o empréstimo no
CDC. Isso significa que, se o mutuário não pagar as prestações do empréstimo, o
credor pode tomar posse do bem adquirido para recuperar as perdas.

4. Taxas de Juros:

 As taxas de juros para o CDC podem variar dependendo do tipo de bem adquirido, do
perfil de crédito do mutuário e das condições do mercado. Em geral, as taxas de juros
para CDC podem ser mais baixas do que as do crédito pessoal devido à garantia
oferecida pelo bem.

Em resumo, enquanto o crédito pessoal é mais flexível em termos de finalidade de uso dos fundos, o
crédito direto ao consumidor é direcionado especificamente para a compra de bens de consumo
duráveis, com o próprio bem muitas vezes servindo como garantia para o empréstimo. Cada
modalidade tem suas próprias vantagens e considerações a serem levadas em conta, dependendo
das necessidades e circunstâncias individuais do mutuário.

2.7.2 DESCONTO DE DUPLICATAS, NOTAS PROMISSÓRIAS E CHEQUES PRÉ-DATADOS.

O desconto de duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados são modalidades comuns de


operações de crédito que as empresas podem utilizar para obter financiamento de curto prazo.
Vamos entender cada uma delas:

1. Desconto de Duplicatas:

1. Definição:

 O desconto de duplicatas é uma operação na qual uma empresa vende suas


duplicatas a receber (títulos de crédito emitidos por compradores como prova de
uma transação de venda a prazo) a uma instituição financeira antes de seu
vencimento, em troca de receber um valor à vista, descontado do valor nominal das
duplicatas.

2. Funcionamento:

 A empresa vendedora entrega as duplicatas à instituição financeira, que então


adianta um valor (geralmente uma porcentagem do valor nominal das duplicatas)
para a empresa. Quando as duplicatas vencerem, a instituição financeira as
apresentará aos devedores originais para pagamento integral.

3. Vantagens:

 Oferece às empresas uma fonte rápida de financiamento de curto prazo, permitindo-


lhes antecipar o recebimento de suas vendas a prazo.

 Reduz a necessidade de esperar o vencimento das duplicatas para receber os fundos,


melhorando o fluxo de caixa.

2. Desconto de Notas Promissórias:

1. Definição:

 O desconto de notas promissórias é semelhante ao desconto de duplicatas, exceto


que as notas promissórias são títulos de crédito emitidos pelo devedor para garantir
o pagamento de uma dívida.

2. Funcionamento:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A empresa vendedora entrega as notas promissórias à instituição financeira, que


adianta um valor com desconto sobre o valor nominal das notas. No vencimento, a
instituição financeira apresenta as notas promissórias ao devedor original para
receber o pagamento integral.

3. Vantagens:

 Proporciona uma fonte rápida de financiamento para a empresa, permitindo-lhe


antecipar o recebimento de fundos devido em notas promissórias.

 Ajuda a empresa a gerenciar o fluxo de caixa e a atender às suas necessidades de


capital de giro.

3. Desconto de Cheques Pré-datados:

1. Definição:

 O desconto de cheques pré-datados é uma operação na qual uma empresa entrega


cheques pré-datados (cheques que têm uma data de vencimento futura) a uma
instituição financeira em troca de receber um valor adiantado, descontado do valor
nominal dos cheques.

2. Funcionamento:

 A empresa emite cheques pré-datados à instituição financeira, que então adianta um


valor com desconto sobre o valor nominal dos cheques. No vencimento, a instituição
financeira apresenta os cheques ao banco sacado para receber o pagamento integral.

3. Vantagens:

 Permite que a empresa obtenha financiamento imediato ao antecipar o recebimento


de cheques pré-datados.

 Ajuda a empresa a lidar com necessidades de caixa imediatas, mesmo quando os


pagamentos de clientes estão programados para o futuro.

Essas são modalidades comuns de operações de crédito que proporcionam às empresas uma forma
de obter financiamento de curto prazo ao antecipar o recebimento de seus créditos a receber. Cada
uma delas tem suas próprias características e considerações específicas, e as empresas devem avaliar
cuidadosamente suas opções antes de optar por uma delas.

2.7.3 CONTAS GARANTIDAS.

Contas garantidas são uma forma de operação de crédito que envolve o uso de garantias para
assegurar um empréstimo ou linha de crédito. Essas contas são comuns em instituições financeiras e
oferecem aos mutuários a oportunidade de obter financiamento com taxas de juros mais favoráveis
em troca da oferta de ativos como garantia. Aqui está uma explicação mais detalhada sobre as contas
garantidas:

Características das Contas Garantidas:

1. Garantias:

 As contas garantidas requerem que o mutuário forneça garantias tangíveis ou ativos


líquidos como garantia para o empréstimo ou linha de crédito. Essas garantias podem
incluir imóveis, investimentos, veículos ou depósitos bancários.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Redução do Risco para o Credor:

 Ao oferecer garantias, o mutuário está assumindo um compromisso de usar seus


ativos como segurança para o empréstimo. Isso reduz o risco para o credor, já que
eles têm uma fonte adicional de pagamento caso o mutuário não consiga cumprir
suas obrigações de pagamento.

3. Taxas de Juros Mais Baixas:

 Devido à presença de garantias, as contas garantidas muitas vezes oferecem taxas de


juros mais baixas em comparação com empréstimos não garantidos. Isso ocorre
porque o risco percebido pelo credor é menor, o que pode resultar em condições
mais favoráveis para o mutuário.

4. Flexibilidade no Uso dos Fundos:

 Os fundos obtidos por meio de uma conta garantida podem ser usados para uma
variedade de finalidades, como financiar despesas pessoais, pagar dívidas existentes,
investir em projetos de negócios, entre outros.

5. Monitoramento da Garantia:

 O valor das garantias pode ser monitorado periodicamente pelo credor para garantir
que elas continuem a fornecer segurança suficiente para o empréstimo ou linha de
crédito. Em alguns casos, o valor da garantia pode precisar ser ajustado para refletir
mudanças nas circunstâncias do mutuário ou do mercado.

6. Risco para o Mutuário:

 O principal risco para o mutuário em uma conta garantida é a possibilidade de perder


os ativos oferecidos como garantia no caso de inadimplência. Se o mutuário não
conseguir cumprir suas obrigações de pagamento, o credor pode tomar posse dos
ativos garantidos para recuperar as perdas.

7. Melhoria do Crédito:

 Para mutuários com histórico de crédito fraco, uma conta garantida pode ser uma
maneira de melhorar sua credibilidade aos olhos dos credores. Ao demonstrar
responsabilidade no uso de ativos como garantia, os mutuários podem aumentar
suas chances de obter crédito no futuro e a taxas mais vantajosas.

Em resumo, as contas garantidas oferecem uma forma de obter financiamento com taxas de juros
mais baixas, aproveitando os ativos existentes como garantia. Essas contas podem ser uma opção
atraente para mutuários que buscam taxas mais favoráveis ou para aqueles com histórico de crédito
desafiador. No entanto, é crucial entender completamente os termos e condições do empréstimo e
os riscos associados antes de comprometer ativos como garantia.
2.7.4 CAPITAL DE GIRO.

O capital de giro refere-se aos recursos financeiros necessários para manter as operações diárias de
uma empresa, como pagamento de despesas operacionais, compra de estoque, pagamento de
salários e contas a pagar. É essencial para garantir a continuidade das operações comerciais e o
crescimento sustentável da empresa. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o capital de giro:

Importância do Capital de Giro:


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

1. Fluxo de Caixa: O capital de giro é crucial para manter um fluxo de caixa saudável, garantindo
que a empresa tenha fundos disponíveis para cobrir despesas diárias e imprevistos.

2. Gestão de Estoque: Uma parte significativa do capital de giro é frequentemente destinada à


compra e manutenção de estoque. Manter um nível adequado de estoque é essencial para
atender à demanda dos clientes e evitar interrupções na cadeia de suprimentos.

3. Pagamento de Fornecedores: O capital de giro é usado para pagar fornecedores e credores,


garantindo o fornecimento contínuo de matéria-prima e serviços essenciais para o
funcionamento do negócio.

4. Pagamento de Salários e Despesas Operacionais: Os recursos de capital de giro são utilizados


para pagar salários, aluguel, contas de serviços públicos e outras despesas operacionais
essenciais para o funcionamento diário da empresa.

5. Financiamento de Ciclo de Caixa: O capital de giro ajuda a financiar o ciclo de caixa da


empresa, que envolve o tempo entre o pagamento dos fornecedores e o recebimento das
vendas dos produtos ou serviços. Um capital de giro adequado reduz a necessidade de
financiamento externo para cobrir lacunas de caixa.

Gestão Eficiente do Capital de Giro:

1. Previsão de Fluxo de Caixa: Uma previsão precisa do fluxo de caixa é essencial para uma
gestão eficiente do capital de giro. Isso permite que a empresa identifique necessidades
futuras de financiamento e tome medidas proativas para garantir fundos adequados.

2. Gestão de Estoque: Uma gestão eficiente do estoque ajuda a minimizar os custos de


armazenamento e reduzir o capital investido em estoque. Isso pode ser alcançado através de
práticas como o just-in-time (produção sob demanda) e otimização de níveis de estoque.

3. Negociação com Fornecedores e Clientes: Negociar prazos de pagamento mais favoráveis


com fornecedores e incentivar o pagamento antecipado por parte dos clientes pode ajudar a
melhorar a posição de caixa da empresa e reduzir a necessidade de capital de giro.

4. Utilização de Linhas de Crédito: As empresas podem usar linhas de crédito rotativo ou outros
instrumentos financeiros para cobrir necessidades temporárias de capital de giro durante
períodos de baixa liquidez ou picos de demanda.

5. Monitoramento e Controle: Monitorar regularmente os indicadores-chave de desempenho


relacionados ao capital de giro, como ciclo de caixa, prazos médios de pagamento e
recebimento, e proporção de estoque em relação às vendas, é essencial para identificar áreas
de melhoria e tomar medidas corretivas conforme necessário.

Em resumo, o capital de giro é uma parte vital da gestão financeira de uma empresa, garantindo sua
capacidade de operar eficientemente no dia a dia. Uma gestão eficiente do capital de giro é essencial
para garantir a estabilidade financeira e o crescimento sustentável da empresa ao longo do tempo.

2.7.5 CARTÃO DE CRÉDITO.

O cartão de crédito é um instrumento financeiro amplamente utilizado que permite aos


consumidores fazer compras e pagar por bens e serviços com base em crédito concedido pela
instituição emissora do cartão. Aqui estão alguns pontos importantes sobre os cartões de crédito:

Funcionamento do Cartão de Crédito:

1. Crédito Rotativo:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Os titulares de cartão de crédito podem fazer compras até um limite de crédito pré-
aprovado. As compras feitas com o cartão são registradas em uma fatura mensal, e os
titulares têm a opção de pagar o saldo total ou parcial da fatura até a data de
vencimento.

2. Pagamento Mínimo:

 Os titulares de cartão de crédito têm a opção de pagar apenas um valor mínimo da


fatura, que geralmente é uma pequena porcentagem do saldo devedor total. No
entanto, o saldo restante é rolado para o próximo período de faturamento, sujeito a
juros elevados.

3. Taxas de Juros:

 Os cartões de crédito geralmente cobram altas taxas de juros sobre o saldo não pago,
conhecidas como taxa de juros rotativo. Essas taxas podem variar significativamente
entre os diferentes emissores de cartão e afetam o custo total do crédito.

4. Anuidade:

 Alguns cartões de crédito cobram uma taxa anual pela utilização do cartão, conhecida
como taxa de anuidade. Nem todos os cartões possuem essa taxa, e ela varia de
acordo com o tipo de cartão e os benefícios oferecidos.

5. Recompensas e Benefícios:

 Muitos cartões de crédito oferecem programas de recompensas, como pontos,


milhas aéreas, cashback e outros benefícios para os titulares do cartão. Esses
benefícios podem ser utilizados para obter descontos em compras futuras, viagens
gratuitas, entre outros.

Vantagens do Cartão de Crédito:

1. Conveniência e Flexibilidade:

 Os cartões de crédito oferecem conveniência aos consumidores, permitindo que


façam compras em estabelecimentos físicos e online em todo o mundo. Além disso,
eles oferecem flexibilidade de pagamento, permitindo que os titulares dividam os
pagamentos ao longo do tempo.

2. Proteção ao Consumidor:

 Os cartões de crédito oferecem proteção adicional ao consumidor em comparação


com outras formas de pagamento, como débito ou dinheiro. Eles geralmente
oferecem seguro de compra, proteção contra fraude e disputa de cobranças não
autorizadas.

3. Construção de Crédito:

 O uso responsável do cartão de crédito, como pagar o saldo total da fatura dentro do
prazo de vencimento, pode ajudar os consumidores a construir e melhorar seu
histórico de crédito. Um bom histórico de crédito pode facilitar a obtenção de
empréstimos futuros com melhores condições.

Desafios do Cartão de Crédito:

1. Endividamento Excessivo:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 O acesso fácil ao crédito por meio do cartão pode levar ao endividamento excessivo
se os titulares não gerenciarem adequadamente seus gastos e pagamentos.

2. Custos Elevados:

 As altas taxas de juros e as taxas associadas aos cartões de crédito podem aumentar
significativamente o custo total do crédito, especialmente se os saldos não forem
pagos integralmente a cada mês.

3. Riscos de Segurança:

 Os cartões de crédito estão sujeitos a riscos de segurança, como roubo de identidade,


fraude e clonagem de cartões. Os titulares devem tomar precauções para proteger
suas informações pessoais e financeiras.

Em resumo, os cartões de crédito oferecem uma forma conveniente e flexível de pagamento, mas é
importante usá-los com responsabilidade e estar ciente dos custos e riscos associados. O uso
prudente do cartão de crédito pode trazer benefícios financeiros e melhorar a conveniência no dia a
dia, enquanto o uso inadequado pode levar a problemas financeiros e endividamento excessivo.

2.7.6 MICROCRÉDITO URBANO.

O microcrédito urbano refere-se a pequenos empréstimos concedidos a indivíduos de baixa renda


que residem em áreas urbanas, geralmente para financiar pequenos negócios informais ou iniciativas
empreendedoras. Esses empréstimos são destinados a ajudar os tomadores de empréstimos a iniciar
ou expandir pequenos empreendimentos comerciais, aumentar sua renda e melhorar suas condições
de vida. Aqui estão algumas características e considerações importantes sobre o microcrédito
urbano:

Características do Microcrédito Urbano:

1. Pequenos Montantes:

 O microcrédito urbano envolve a concessão de empréstimos relativamente


pequenos, geralmente variando de alguns dólares a algumas centenas de dólares.
Esses montantes são considerados pequenos em comparação com os empréstimos
tradicionais oferecidos por instituições financeiras convencionais.

2. Público-Alvo:

 O público-alvo do microcrédito urbano são geralmente empreendedores de baixa


renda que não têm acesso ao crédito tradicional devido à falta de garantias, histórico
de crédito ou outras restrições. Isso inclui indivíduos que trabalham no setor
informal, como vendedores ambulantes, artesãos, pequenos comerciantes, entre
outros.

3. Finalidade do Empréstimo:

 Os empréstimos de microcrédito urbano são frequentemente utilizados para


financiar pequenos negócios informais ou iniciativas empreendedoras, como venda
de alimentos, costura, reparos domésticos, serviços de limpeza, entre outros. Esses
empréstimos podem ser usados para comprar estoque, equipamentos, matéria-
prima ou para despesas operacionais.

4. Termos e Condições:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Os termos e condições do microcrédito urbano podem variar de acordo com o


provedor do empréstimo e as necessidades do mutuário. Geralmente, esses
empréstimos têm prazos curtos de pagamento, taxas de juros mais altas do que os
empréstimos tradicionais e poucas ou nenhuma exigência de garantia física.

5. Acompanhamento e Suporte:

 Muitos programas de microcrédito urbano incluem serviços de acompanhamento e


suporte aos tomadores de empréstimos, como treinamento em gestão de negócios,
orientação financeira, acesso a redes de apoio e assistência técnica. Isso ajuda a
aumentar as chances de sucesso dos empreendimentos financiados.

Benefícios do Microcrédito Urbano:

1. Inclusão Financeira:

 O microcrédito urbano oferece acesso ao crédito para indivíduos de baixa renda que,
de outra forma, não teriam acesso ao sistema financeiro formal. Isso contribui para a
inclusão financeira e ajuda a reduzir a exclusão social e econômica.

2. Empoderamento Econômico:

 Ao fornecer recursos para iniciar ou expandir pequenos negócios, o microcrédito


urbano ajuda a capacitar os empreendedores de baixa renda, permitindo-lhes
aumentar sua renda, criar empregos locais e melhorar suas condições de vida.

3. Desenvolvimento Comunitário:

 O fortalecimento de pequenos negócios locais através do microcrédito urbano


contribui para o desenvolvimento econômico e social das comunidades urbanas,
promovendo a geração de renda, a criação de empregos e o crescimento econômico
sustentável.

4. Redução da Pobreza:

 O microcrédito urbano é considerado uma ferramenta eficaz de combate à pobreza,


pois oferece oportunidades econômicas para os mais vulneráveis, permitindo-lhes
escapar do ciclo da pobreza por meio do empreendedorismo e da autossuficiência
financeira.

Em resumo, o microcrédito urbano desempenha um papel importante no apoio ao


empreendedorismo e no combate à pobreza em áreas urbanas, oferecendo acesso ao crédito e
oportunidades econômicas para os mais necessitados. Ao promover a inclusão financeira e o
desenvolvimento comunitário, o microcrédito urbano contribui para a construção de economias
locais mais fortes e resilientes.
2.8 OPERAÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO.

Operações de crédito especializado referem-se a empréstimos e outras formas de crédito que são
projetados para atender a necessidades específicas de financiamento de determinados setores ou
segmentos de mercado. Essas operações são oferecidas por instituições financeiras especializadas,
que têm expertise em fornecer soluções financeiras adaptadas às necessidades particulares de
diferentes setores ou grupos de clientes. Aqui estão algumas características e exemplos de operações
de crédito especializado:

Características das Operações de Crédito Especializado:


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

1. Customização:

 As operações de crédito especializado são altamente customizadas para atender às


necessidades específicas dos clientes ou setores atendidos. Isso pode incluir
estruturas de pagamento flexíveis, garantias específicas e condições adaptadas às
características do mercado-alvo.

2. Expertise Setorial:

 Instituições financeiras especializadas que oferecem crédito especializado


geralmente possuem conhecimento profundo sobre o setor ou segmento de
mercado em que atuam. Isso lhes permite entender melhor as necessidades dos
clientes e oferecer soluções financeiras mais adequadas.

3. Garantias Específicas:

 Algumas operações de crédito especializado podem exigir garantias específicas


relacionadas aos ativos ou fluxos de caixa do setor ou negócio em questão. Por
exemplo, empréstimos para o setor imobiliário podem ser garantidos por hipotecas
sobre propriedades, enquanto empréstimos para empresas de tecnologia podem ser
garantidos por patentes ou direitos de propriedade intelectual.

4. Riscos e Retornos Específicos:

 Devido à natureza especializada das operações de crédito, os riscos e retornos


associados a essas operações podem variar significativamente em comparação com
empréstimos mais genéricos. Os credores especializados geralmente estão mais
dispostos a assumir riscos específicos do setor em troca de retornos potencialmente
mais altos.

Exemplos de Operações de Crédito Especializado:

1. Crédito Imobiliário:

 Empréstimos para compra, construção ou renovação de imóveis comerciais ou


residenciais. Esses empréstimos podem ser oferecidos por bancos, cooperativas de
crédito ou instituições financeiras especializadas em hipotecas.

2. Financiamento de Equipamentos:

 Empréstimos para compra ou leasing de equipamentos específicos para indústrias


como construção, manufatura, saúde ou tecnologia. Esses empréstimos geralmente
são garantidos pelos próprios equipamentos.

3. Crédito para Veículos:

 Empréstimos para compra de veículos automotores, incluindo carros, caminhões,


ônibus e motocicletas. Esses empréstimos podem ser oferecidos por bancos,
financeiras de veículos ou instituições especializadas em financiamento automotivo.

4. Crédito para Pequenas Empresas:

 Empréstimos destinados a financiar as necessidades de capital de giro, investimento


em ativos fixos, expansão ou outros fins comerciais de pequenas empresas. Esses
empréstimos podem ser oferecidos por bancos, cooperativas de crédito, fintechs ou
instituições especializadas em empréstimos para pequenas empresas.

5. Crédito Agrícola:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Empréstimos para financiar atividades agrícolas, como compra de terras, insumos


agrícolas, equipamentos, investimentos em tecnologia agrícola ou despesas
operacionais. Esses empréstimos são geralmente oferecidos por bancos agrícolas,
cooperativas de crédito agrícola ou agências governamentais de crédito rural.

Esses são apenas alguns exemplos de operações de crédito especializado, e há muitas outras formas
de crédito adaptadas às necessidades específicas de diferentes setores e segmentos de mercado.
Essas operações desempenham um papel importante no fornecimento de financiamento
personalizado e soluções financeiras para atender às diversas necessidades dos clientes e da
economia em geral.

2.8.1 CRÉDITO RURAL.

O crédito rural é uma modalidade de financiamento destinada a atender às necessidades financeiras


dos produtores rurais, agricultores familiares e empresas rurais, com o objetivo de promover o
desenvolvimento do setor agrícola e pecuário. Essa modalidade de crédito é fundamental para
viabilizar investimentos, custeio e comercialização da produção agrícola. Aqui estão algumas
características e considerações importantes sobre o crédito rural:

Características do Crédito Rural:

1. Finalidades Diversas:

 O crédito rural pode ser utilizado para diversas finalidades, incluindo investimentos
em infraestrutura agrícola, compra de máquinas e equipamentos, aquisição de
insumos, custeio da produção, financiamento da comercialização, entre outros.

2. Programas Governamentais:

 Muitos programas de crédito rural são oferecidos por instituições financeiras


públicas, como bancos públicos e agências de desenvolvimento, em parceria com o
governo. Esses programas visam subsidiar os juros ou oferecer condições especiais de
financiamento para os produtores rurais.

3. Linhas de Crédito Específicas:

 Existem diversas linhas de crédito específicas para atender às necessidades dos


diferentes tipos de produtores rurais, como agricultores familiares, médios e grandes
produtores, cooperativas agrícolas, entre outros. Cada linha de crédito pode ter
condições e requisitos específicos.

4. Garantias:

 Geralmente, o crédito rural requer garantias, que podem incluir penhores, hipotecas,
alienação fiduciária de bens, entre outras formas de garantias reais ou pessoais. Essas
garantias são utilizadas para proteger o credor no caso de inadimplência por parte do
tomador do empréstimo.

5. Custeio e Investimento:

 O crédito rural pode ser destinado ao custeio da safra, cobrindo despesas como
compra de sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, mão de obra, entre outros.
Além disso, também pode ser utilizado para investimentos em melhorias na
propriedade, como construção de armazéns, aquisição de maquinário, irrigação,
entre outros.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

6. Taxas de Juros:

 As taxas de juros do crédito rural podem variar dependendo do programa e da


instituição financeira. Em alguns casos, o governo subsidia os juros, tornando o
crédito mais acessível aos produtores rurais. No entanto, em outras situações, as
taxas podem ser mais elevadas devido ao maior risco associado ao setor agrícola.

Importância do Crédito Rural:

1. Desenvolvimento Econômico:

 O crédito rural desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico


do país, promovendo o crescimento do setor agrícola e pecuário, que são
importantes motores da economia.

2. Segurança Alimentar:

 O acesso ao crédito rural ajuda a garantir a segurança alimentar, ao permitir que os


produtores rurais invistam em tecnologia, aumentem a produtividade e garantam o
abastecimento de alimentos para a população.

3. Redução da Pobreza Rural:

 O crédito rural também contribui para reduzir a pobreza nas áreas rurais, ao
proporcionar oportunidades de geração de renda e emprego para os agricultores
familiares e pequenos produtores.

4. Sustentabilidade Ambiental:

 O crédito rural pode ser utilizado para promover práticas agrícolas sustentáveis,
como agricultura orgânica, conservação de recursos naturais, preservação da
biodiversidade, entre outras, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Em resumo, o crédito rural desempenha um papel crucial no desenvolvimento do setor agrícola,


fornecendo recursos financeiros para investimentos, custeio e comercialização da produção. Essa
modalidade de crédito é essencial para garantir a viabilidade econômica e social das áreas rurais e
promover o desenvolvimento sustentável do país.
2.8.1.1 CONCEITO, BENEFICIÁRIOS, PRECEITOS E FUNÇÕES BÁSICAS.

Conceito do Crédito Rural:


O crédito rural refere-se à disponibilização de recursos financeiros para produtores rurais,
agricultores familiares, cooperativas agrícolas e empresas do setor agropecuário. Esses recursos são
utilizados para financiar atividades relacionadas à produção agrícola, investimentos em infraestrutura
rural, custeio da safra, comercialização de produtos agrícolas, entre outros fins específicos do meio
rural.
Beneficiários do Crédito Rural:
1. Produtores Rurais:
 Agricultores familiares, médios e grandes produtores rurais que necessitam de
recursos financeiros para investir em suas atividades agrícolas, pecuárias ou
agroindustriais.
2. Cooperativas Agrícolas:
 Organizações cooperativas que representam produtores rurais e realizam atividades
como compra, venda, armazenamento, beneficiamento e comercialização de
produtos agrícolas.
3. Empresas do Setor Agropecuário:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Empresas que atuam no meio rural, incluindo agroindústrias, empresas de


agronegócio, fornecedores de insumos agrícolas, entre outros, que necessitam de
recursos financeiros para investimentos ou capital de giro.
Preceitos do Crédito Rural:
1. Fomento ao Desenvolvimento Rural:
 O crédito rural é orientado para promover o desenvolvimento socioeconômico das
áreas rurais, contribuindo para aumentar a produção agropecuária, melhorar a
produtividade, gerar empregos e reduzir as desigualdades regionais.
2. Inclusão Financeira:
 O acesso ao crédito rural visa promover a inclusão financeira dos produtores rurais,
garantindo que tenham acesso a recursos financeiros adequados para investir em
suas atividades produtivas.
3. Sustentabilidade Ambiental:
 O crédito rural deve ser concedido de forma sustentável, promovendo práticas
agrícolas que respeitem o meio ambiente, conservem os recursos naturais e
preservem a biodiversidade.
Funções Básicas do Crédito Rural:
1. Custeio da Produção:
 Fornecer recursos financeiros para cobrir os custos relacionados ao plantio, manejo,
colheita e comercialização da safra agrícola, incluindo a compra de sementes,
fertilizantes, defensivos agrícolas, mão de obra, entre outros.
2. Investimentos em Infraestrutura e Tecnologia:
 Financiar investimentos em melhorias na infraestrutura rural, como construção de
armazéns, silos, estradas rurais, sistemas de irrigação, implementação de tecnologias
agrícolas modernas, entre outros.
3. Comercialização de Produtos Agrícolas:
 Oferecer recursos para viabilizar a comercialização da produção agrícola, incluindo o
transporte, armazenamento, beneficiamento, embalagem e distribuição dos
produtos para os mercados consumidores.
4. Apoio a Projetos Específicos:
 Apoiar projetos especiais que visam promover o desenvolvimento rural sustentável,
como programas de agroecologia, agricultura familiar, diversificação de cultivos,
manejo sustentável de recursos naturais, entre outros.
Em resumo, o crédito rural desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na sustentabilidade
do setor agrícola, fornecendo recursos financeiros para os produtores rurais e empresas do meio
rural investirem em suas atividades produtivas, melhorarem sua renda e contribuírem para a
segurança alimentar e o desenvolvimento socioeconômico do país.

2.8.1.2 FINALIDADES: OPERAÇÕES DE INVESTIMENTO, CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO.

As finalidades do crédito rural estão diretamente relacionadas às necessidades específicas dos


produtores rurais e empresas do setor agropecuário. As operações de crédito rural podem ser
classificadas em três principais categorias, de acordo com suas finalidades:
1. Operações de Investimento:
Essas operações visam financiar investimentos em melhorias na infraestrutura rural, modernização de
equipamentos e tecnologias, expansão da capacidade produtiva e outras atividades de longo prazo.
Algumas finalidades comuns das operações de investimento incluem:
 Aquisição de Maquinário e Equipamentos: Financiamento para compra de tratores,
colheitadeiras, implementos agrícolas, equipamentos de irrigação, entre outros.
 Construção e Melhoria de Instalações: Recursos para construção de galpões, silos, currais,
estufas, sistemas de irrigação, estradas rurais, entre outras infraestruturas.
 Implantação de Tecnologias Agrícolas: Financiamento para adoção de tecnologias modernas,
como sistemas de agricultura de precisão, drones, softwares de gestão agrícola, entre outros.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Diversificação de Atividades: Apoio financeiro para diversificação de cultivos, criação de


novas linhas de produção, agregação de valor aos produtos agrícolas, entre outras iniciativas.
2. Operações de Custeio:
Essas operações têm como objetivo fornecer recursos para cobrir os custos associados à produção
agrícola durante o ciclo produtivo, desde o preparo do solo até a colheita e comercialização da safra.
Algumas finalidades das operações de custeio incluem:
 Compra de Insumos Agrícolas: Financiamento para aquisição de sementes, fertilizantes,
defensivos agrícolas, agroquímicos, entre outros insumos necessários para o cultivo das
lavouras.
 Cobertura de Despesas Operacionais: Recursos para pagamento de mão de obra, aluguel de
máquinas, energia elétrica, água, transporte, entre outras despesas relacionadas à produção
agrícola.
 Manejo e Tratos Culturais: Financiamento para operações de preparo do solo, plantio, tratos
culturais, controle de pragas e doenças, irrigação, entre outras práticas agrícolas.
 Custeio da Pecuária: Recursos para alimentação, cuidados sanitários, melhoramento
genético, manejo de pastagens, entre outras atividades relacionadas à criação de animais.
3. Operações de Comercialização:
Essas operações têm o objetivo de viabilizar a comercialização da produção agrícola, desde o
armazenamento e beneficiamento até a venda e distribuição dos produtos para os mercados
consumidores. Algumas finalidades das operações de comercialização incluem:
 Armazenagem e Estocagem: Financiamento para construção, ampliação ou aluguel de
estruturas de armazenamento, como silos, armazéns, secadores, entre outros.
 Beneficiamento e Processamento: Recursos para aquisição de equipamentos e instalações
para beneficiamento, processamento e embalagem dos produtos agrícolas, agregando valor à
produção.
 Logística e Transporte: Financiamento para despesas com transporte, frete, seguro de carga,
entre outros custos associados à distribuição dos produtos para os mercados consumidores.
 Financiamento da Comercialização: Apoio financeiro para capital de giro destinado à
comercialização dos produtos agrícolas, incluindo antecipação de recebíveis, financiamento
da safra, entre outras modalidades.
Em resumo, as operações de crédito rural têm finalidades específicas relacionadas ao investimento
em melhorias na infraestrutura rural, custeio das atividades agrícolas e comercialização da produção,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário e para a segurança alimentar
do país.

2.8.1.3 PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF): BASE


LEGAL, FINALIDADES, BENEFICIÁRIOS, DESTINAÇÃO, CONDIÇÕES.

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) é um programa do governo


brasileiro destinado a promover o desenvolvimento econômico e social dos agricultores familiares,
por meio do acesso ao crédito rural, assistência técnica, extensão rural, e outras ações de apoio. Aqui
estão os principais aspectos do PRONAF:
Base Legal:
O PRONAF foi instituído pela Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, e posteriormente regulamentado
pelo Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996. Desde então, o programa vem sendo atualizado e
aprimorado por meio de normativos específicos e portarias dos órgãos responsáveis, como o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Banco Central do Brasil.
Finalidades:
O PRONAF tem como principais finalidades:
1. Promover o acesso ao crédito rural para agricultores familiares, assentados da reforma
agrária, pescadores artesanais, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Fomentar o desenvolvimento das atividades agrícolas, pecuárias, agroindustriais e


extrativistas, por meio de investimentos em infraestrutura, insumos, máquinas,
equipamentos e tecnologias.
3. Contribuir para a melhoria da renda e qualidade de vida no meio rural, por meio do
fortalecimento da agricultura familiar e da promoção da segurança alimentar e nutricional.
Beneficiários:
Os beneficiários do PRONAF são os seguintes grupos:
1. Agricultores Familiares: Produtores rurais que explorem atividades agrícolas ou extrativistas,
e cuja renda familiar seja predominantemente originada dessas atividades.
2. Assentados da Reforma Agrária: Famílias assentadas em projetos de reforma agrária, que
tenham acesso à terra por meio do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
3. Pescadores Artesanais: Pescadores que exerçam a atividade de forma artesanal e familiar.
4. Comunidades Indígenas e Quilombolas: Grupos étnicos que vivem em territórios tradicionais
e pratiquem a agricultura familiar.
Destinação dos Recursos:
Os recursos do PRONAF podem ser destinados para diversas finalidades, incluindo:
1. Custeio da produção agrícola e pecuária.
2. Investimentos em infraestrutura rural, como construção de cercas, currais, poços, estradas,
entre outros.
3. Aquisição de insumos, máquinas, equipamentos e implementos agrícolas.
4. Financiamento de projetos de agroindustrialização, beneficiamento e comercialização da
produção.
5. Desenvolvimento de projetos de preservação ambiental e manejo sustentável dos recursos
naturais.
Condições de Financiamento:
As condições de financiamento do PRONAF incluem:
1. Taxas de juros subsidiadas, com valores inferiores às praticadas no mercado.
2. Prazos de pagamento e carências adequados à realidade da atividade agrícola.
3. Limites de crédito e condições específicas de acordo com o perfil e necessidades de cada
grupo de beneficiários.
4. Garantias flexíveis, que podem incluir penhor, hipoteca, aval solidário, entre outras formas de
garantia.
Em resumo, o PRONAF é um programa essencial para o fortalecimento da agricultura familiar no
Brasil, oferecendo acesso ao crédito rural e outras formas de apoio aos agricultores familiares,
assentados da reforma agrária, pescadores artesanais, indígenas e quilombolas, contribuindo para o
desenvolvimento econômico e social do meio rural.

2.8.2 CRÉDITO INDUSTRIAL, AGROINDUSTRIAL, PARA O COMÉRCIO E PARA A PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS: CONCEITO, FINALIDADES (INVESTIMENTO FIXO E CAPITAL DE GIRO ASSOCIADO),
BENEFICIÁRIOS.

O crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços são modalidades
de financiamento que visam atender às necessidades específicas de diferentes setores da economia.
Aqui estão os conceitos, finalidades e beneficiários dessas modalidades:
1. Crédito Industrial:
Conceito:
O crédito industrial é um tipo de financiamento destinado a empresas do setor industrial para
investimentos em equipamentos, maquinários, instalações e outras necessidades relacionadas à
produção industrial.
Finalidades:
 Investimento em equipamentos e máquinas para a modernização ou ampliação da
capacidade produtiva.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Construção ou ampliação de instalações industriais.


 Desenvolvimento de novos produtos ou processos industriais.
 Implementação de tecnologias de produção mais eficientes e sustentáveis.
Beneficiários:
Empresas industriais de todos os portes, incluindo indústrias de transformação, empresas de
fabricação de produtos, empresas de logística e distribuição, entre outros.
2. Crédito Agroindustrial:
Conceito:
O crédito agroindustrial é um tipo de financiamento destinado a empresas que atuam na
industrialização de produtos agrícolas, transformando matéria-prima agrícola em produtos
processados.
Finalidades:
 Investimento em maquinários e equipamentos para processamento, beneficiamento e
armazenamento de produtos agrícolas.
 Construção ou ampliação de instalações industriais destinadas ao processamento de
produtos agrícolas.
 Desenvolvimento de novos produtos ou linhas de produção na área de agroindústria.
Beneficiários:
Empresas do setor agroindustrial, como agroindústrias de alimentos, laticínios, processamento de
grãos, fabricação de bebidas, entre outros.
3. Crédito para o Comércio:
Conceito:
O crédito para o comércio é um tipo de financiamento destinado a empresas do setor de comércio e
varejo para investimentos em estoque, ampliação de lojas, modernização de instalações, entre
outros.
Finalidades:
 Financiamento de estoque de mercadorias para revenda.
 Investimento em melhorias na estrutura física das lojas, como reformas, ampliações e
modernizações.
 Aquisição de equipamentos e tecnologias para aprimorar a gestão do comércio.
Beneficiários:
Empresas comerciais, varejistas e atacadistas de todos os portes e segmentos.
4. Crédito para a Prestação de Serviços:
Conceito:
O crédito para a prestação de serviços é um tipo de financiamento destinado a empresas que atuam
na prestação de serviços, como empresas de consultoria, tecnologia da informação, turismo, saúde,
educação, entre outros.
Finalidades:
 Investimento em tecnologia e infraestrutura para aprimorar a prestação de serviços.
 Desenvolvimento de novos serviços ou linhas de negócio.
 Expansão da capacidade de atendimento e alcance de novos mercados.
Beneficiários:
Empresas prestadoras de serviços em diversos setores, como consultorias, agências de viagens,
clínicas médicas, escolas, empresas de TI, entre outros.
Em resumo, o crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços são
modalidades de financiamento destinadas a diferentes setores da economia, com finalidades
específicas de investimento em equipamentos, instalações, estoque e modernização, e beneficiam
empresas de diversos portes e segmentos.

2.9 RECURSOS UTILIZADOS NA CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS.

O crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços são modalidades
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

de financiamento que visam atender às necessidades específicas de diferentes setores da economia.


Aqui estão os conceitos, finalidades e beneficiários dessas modalidades:
1. Crédito Industrial:
Conceito:
O crédito industrial é um tipo de financiamento destinado a empresas do setor industrial para
investimentos em equipamentos, maquinários, instalações e outras necessidades relacionadas à
produção industrial.
Finalidades:
 Investimento em equipamentos e máquinas para a modernização ou ampliação da
capacidade produtiva.
 Construção ou ampliação de instalações industriais.
 Desenvolvimento de novos produtos ou processos industriais.
 Implementação de tecnologias de produção mais eficientes e sustentáveis.
Beneficiários:
Empresas industriais de todos os portes, incluindo indústrias de transformação, empresas de
fabricação de produtos, empresas de logística e distribuição, entre outros.
2. Crédito Agroindustrial:
Conceito:
O crédito agroindustrial é um tipo de financiamento destinado a empresas que atuam na
industrialização de produtos agrícolas, transformando matéria-prima agrícola em produtos
processados.
Finalidades:
 Investimento em maquinários e equipamentos para processamento, beneficiamento e
armazenamento de produtos agrícolas.
 Construção ou ampliação de instalações industriais destinadas ao processamento de
produtos agrícolas.
 Desenvolvimento de novos produtos ou linhas de produção na área de agroindústria.
Beneficiários:
Empresas do setor agroindustrial, como agroindústrias de alimentos, laticínios, processamento de
grãos, fabricação de bebidas, entre outros.
3. Crédito para o Comércio:
Conceito:
O crédito para o comércio é um tipo de financiamento destinado a empresas do setor de comércio e
varejo para investimentos em estoque, ampliação de lojas, modernização de instalações, entre
outros.
Finalidades:
 Financiamento de estoque de mercadorias para revenda.
 Investimento em melhorias na estrutura física das lojas, como reformas, ampliações e
modernizações.
 Aquisição de equipamentos e tecnologias para aprimorar a gestão do comércio.
Beneficiários:
Empresas comerciais, varejistas e atacadistas de todos os portes e segmentos.
4. Crédito para a Prestação de Serviços:
Conceito:
O crédito para a prestação de serviços é um tipo de financiamento destinado a empresas que atuam
na prestação de serviços, como empresas de consultoria, tecnologia da informação, turismo, saúde,
educação, entre outros.
Finalidades:
 Investimento em tecnologia e infraestrutura para aprimorar a prestação de serviços.
 Desenvolvimento de novos serviços ou linhas de negócio.
 Expansão da capacidade de atendimento e alcance de novos mercados.
Beneficiários:
Empresas prestadoras de serviços em diversos setores, como consultorias, agências de viagens,
clínicas médicas, escolas, empresas de TI, entre outros.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Em resumo, o crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços são
modalidades de financiamento destinadas a diferentes setores da economia, com finalidades
específicas de investimento em equipamentos, instalações, estoque e modernização, e beneficiam
empresas de diversos portes e segmentos.
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2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos.
ChatGPT
ChatGPT
Os recursos utilizados na contratação de financiamentos podem vir de diversas fontes, dependendo
do tipo de financiamento, da instituição financeira envolvida e das condições do mercado financeiro.
Aqui estão algumas das principais fontes de recursos utilizadas na contratação de financiamentos:
1. Recursos Próprios:
 Capital Próprio: Recursos investidos pelos próprios proprietários da empresa, incluindo os
sócios ou acionistas. Esse capital pode ser usado como garantia ou complemento para obter
financiamentos adicionais.
 Lucros Retidos: Parte dos lucros gerados pela empresa que são reinvestidos para financiar
suas operações ou projetos de investimento.
2. Recursos de Terceiros:
 Empréstimos Bancários: Financiamentos obtidos junto a instituições financeiras, como
bancos comerciais, cooperativas de crédito ou instituições de fomento. Os empréstimos
bancários podem ser de curto, médio ou longo prazo, e podem ser utilizados para diversas
finalidades, como capital de giro, investimentos em equipamentos, expansão de negócios,
entre outros.
 Financiamentos Públicos: Recursos disponibilizados por programas governamentais ou
agências de fomento, que geralmente têm condições mais favoráveis, como taxas de juros
subsidiadas e prazos mais longos. Exemplos incluem o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) e programas de financiamento específicos para setores
como agricultura, indústria e exportação.
 Financiamentos Internacionais: Recursos provenientes de instituições financeiras
internacionais, como bancos multilaterais de desenvolvimento (por exemplo, Banco Mundial,
Banco Interamericano de Desenvolvimento) ou agências de desenvolvimento de países
estrangeiros. Esses financiamentos são frequentemente utilizados para projetos de grande
escala e de impacto social ou ambiental.
3. Mercado de Capitais:
 Emissão de Ações: Capital obtido por meio da emissão de ações na bolsa de valores.
Empresas de capital aberto podem captar recursos vendendo parte da propriedade da
empresa a investidores por meio de ações.
 Emissão de Debêntures: Captação de recursos por meio da emissão de debêntures, que são
títulos de dívida emitidos por empresas para investidores no mercado de capitais. Os
investidores em debêntures emprestam dinheiro à empresa em troca de pagamentos
periódicos de juros e do reembolso do capital no vencimento do título.
 Empréstimos e Títulos no Mercado Financeiro: Empresas podem obter financiamento por
meio da emissão de títulos de dívida no mercado financeiro, como certificados de depósito
bancário (CDBs), letras de crédito imobiliário (LCIs), letras de crédito do agronegócio (LCAs),
entre outros.
4. Parcerias e Investimentos Estratégicos:
 Investimento de Capital de Risco: Recursos fornecidos por investidores de capital de risco em
troca de participação acionária na empresa. Esse tipo de financiamento é comum em startups
e empresas de alto potencial de crescimento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Parcerias e Joint Ventures: Recursos obtidos por meio de parcerias estratégicas ou joint
ventures com outras empresas, que podem envolver investimentos diretos,
compartilhamento de recursos ou acesso a novos mercados.
Essas são algumas das principais fontes de recursos utilizadas pelas empresas na contratação de
financiamentos, cada uma com suas próprias características, vantagens e desvantagens, dependendo
das necessidades e da situação específica de cada empresa.

2.9.1 FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE): BASE LEGAL,


FINALIDADES, REGRAS, ADMINISTRAÇÃO.

Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE):


O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é um instrumento de política pública
criado pela Constituição Federal de 1988 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico
e social da Região Nordeste do Brasil, além do Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Aqui estão os principais aspectos do FNE:
Base Legal:
 Constituição Federal: O FNE está previsto na Constituição Federal de 1988, que determina a
destinação de recursos para financiar o desenvolvimento econômico e social das regiões
menos desenvolvidas do país, incluindo o Nordeste.
 Lei nº 7.827/1989: Esta lei dispõe sobre a organização e funcionamento do FNE,
estabelecendo as diretrizes, objetivos e instrumentos de aplicação dos recursos do fundo.
Finalidades:
O FNE tem como principais finalidades:
1. Fomentar o desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste e Norte dos estados de
Minas Gerais e Espírito Santo.
2. Promover a geração de emprego e renda.
3. Estimular investimentos em infraestrutura, indústria, comércio, agroindústria, turismo,
agricultura familiar, entre outros setores.
4. Reduzir as desigualdades regionais e sociais.
Regras e Condições:
 Taxas de Juros Subsidiadas: O FNE oferece taxas de juros abaixo das praticadas pelo
mercado, tornando o crédito mais acessível aos empreendedores da região.
 Prazos de Pagamento: Os prazos de pagamento dos financiamentos do FNE são adequados
às necessidades dos projetos financiados, podendo variar de acordo com a atividade e o tipo
de investimento.
 Garantias: O FNE exige garantias para a concessão de financiamentos, que podem incluir
garantias reais (como hipoteca, penhor, alienação fiduciária) ou garantias pessoais (como aval
de terceiros).
Administração:
 Banco do Nordeste (BNB): O Banco do Nordeste do Brasil é o agente financeiro responsável
pela administração e operacionalização do FNE. O BNB atua na concessão de crédito, seleção
de projetos, análise de viabilidade, acompanhamento e fiscalização dos financiamentos.
 Conselho Deliberativo: O FNE é gerido por um Conselho Deliberativo, composto por
representantes do governo federal, estados e municípios da região, além de entidades
empresariais e sindicais. O Conselho estabelece as diretrizes e prioridades de aplicação dos
recursos do fundo.
 Comitês Estaduais: Em cada estado da área de abrangência do FNE, são criados Comitês
Estaduais de Financiamento e Investimento (CEFI), que têm como função auxiliar na definição
das políticas e diretrizes do fundo, bem como na análise e aprovação de projetos financiados
pelo FNE.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste desempenha um papel importante no
desenvolvimento econômico e social da região, ao oferecer recursos financeiros subsidiados para
empreendedores e projetos que contribuem para a geração de emprego, renda e melhoria da
qualidade de vida dos nordestinos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2.9.2 BNDES/FINAME: BASE LEGAL, FINALIDADE, REGRAS, FORMA DE ATUAÇÃO.

BNDES/FINAME:
O BNDES/FINAME é um programa operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) que visa financiar a aquisição de máquinas, equipamentos e bens de produção nacionais por
empresas de diversos setores da economia. Aqui estão os principais aspectos do BNDES/FINAME:
Base Legal:
 Lei nº 6.404/1976: Dispõe sobre as Sociedades por Ações e estabelece as competências do BNDES.
 Resolução nº 4828/2018 do BNDES: Regula as operações do BNDES/FINAME, estabelecendo as
condições e diretrizes para o financiamento de máquinas e equipamentos.
Finalidade:
O BNDES/FINAME tem como finalidade principal financiar a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais,
novos ou usados, por empresas de todos os portes e setores da economia, contribuindo para modernização,
aumento da produtividade e competitividade das empresas brasileiras.
Regras e Condições:
 Máquinas e Equipamentos Financiáveis: São financiáveis máquinas, equipamentos, implementos,
tratores, veículos e bens de produção nacionais, novos ou usados, credenciados no FINAME.
 Taxas de Juros: As taxas de juros variam de acordo com o tipo de equipamento, prazo de
financiamento e perfil do tomador. Geralmente, as taxas são subsidiadas e mais atrativas do que as
praticadas no mercado.
 Prazos de Pagamento: Os prazos de pagamento podem ser de longo prazo, adequados à vida útil dos
equipamentos financiados, podendo chegar a até 120 meses, dependendo do tipo de bem e da
capacidade financeira do cliente.
 Garantias: O BNDES/FINAME exige garantias para a concessão de financiamentos, que podem incluir
garantias reais (como alienação fiduciária do próprio bem financiado) ou garantias pessoais (como aval
de terceiros).
Forma de Atuação:
 Credenciamento de Fornecedores: O BNDES credencia fabricantes e fornecedores de máquinas e
equipamentos que desejam oferecer financiamento por meio do FINAME. Os equipamentos devem
atender aos requisitos técnicos e às normas de qualidade estabelecidas pelo BNDES.
 Intermediação Financeira: O BNDES atua como agente financeiro intermediário entre o comprador
(empresa) e o vendedor (fabricante ou fornecedor) dos equipamentos. O financiamento é concedido
diretamente pelo BNDES ou por instituições financeiras parceiras credenciadas.
 Canais de Atendimento: O BNDES/FINAME oferece diversos canais de atendimento, incluindo
agências do BNDES, instituições financeiras credenciadas, internet e teleatendimento, para facilitar o
acesso das empresas ao financiamento.
Em resumo, o BNDES/FINAME é um importante programa de financiamento que tem contribuído para o
desenvolvimento do parque industrial brasileiro, possibilitando a modernização e aquisição de máquinas e
equipamentos por empresas de todos os portes e setores da economia.

BNDES/FINAME:
O BNDES/FINAME é um programa operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) destinado ao financiamento de máquinas e equipamentos, incluindo sua
produção, aquisição e comercialização. Aqui estão os principais aspectos do BNDES/FINAME:
Base Legal:
 Lei nº 7.827/1989: A criação e operacionalização do BNDES/FINAME estão amparadas por
essa lei, que estabelece as diretrizes gerais para o financiamento de máquinas e
equipamentos pelo BNDES.
Finalidade:
O BNDES/FINAME tem como finalidade principal promover o desenvolvimento econômico e social do
país por meio do financiamento de investimentos em bens de capital, contribuindo para a
modernização e aumento da produtividade das empresas brasileiras.
Regras e Condições:
 Taxas de Juros Competitivas: O BNDES/FINAME oferece taxas de juros mais vantajosas em
comparação com as praticadas pelo mercado, visando tornar o financiamento mais acessível
para as empresas.
 Prazos de Pagamento Longos: Os prazos de pagamento dos financiamentos pelo
BNDES/FINAME são mais longos, permitindo um maior prazo para que as empresas paguem
as parcelas do financiamento, o que reduz o impacto no fluxo de caixa.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Ampla Gama de Equipamentos Financiáveis: O BNDES/FINAME financia uma ampla gama de


máquinas e equipamentos, incluindo equipamentos agrícolas, industriais, de transporte, de
saúde, entre outros.
 Flexibilidade nas Garantias: O BNDES/FINAME oferece flexibilidade quanto às garantias
exigidas para a concessão do financiamento, podendo aceitar garantias reais (como alienação
fiduciária dos equipamentos financiados) ou garantias pessoais (como aval de terceiros).
Forma de Atuação:
O BNDES/FINAME atua por meio de repasses de recursos para instituições financeiras credenciadas,
como bancos comerciais e cooperativas de crédito, que são responsáveis pela concessão do crédito
aos clientes finais. As empresas interessadas em obter financiamento pelo BNDES/FINAME devem
procurar uma dessas instituições financeiras credenciadas, que irá realizar a análise de crédito e a
contratação do financiamento em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo BNDES.
O BNDES/FINAME também atua na definição das condições de financiamento, estabelecendo as taxas
de juros, prazos de pagamento e demais condições aplicáveis aos financiamentos concedidos por
meio do programa.
Em resumo, o BNDES/FINAME é uma importante ferramenta de financiamento de investimentos em
bens de capital no Brasil, oferecendo condições vantajosas de crédito para as empresas adquirirem
máquinas e equipamentos essenciais para suas operações.

2.9.3 FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (FAT): BASE LEGAL, FINALIDADES, REGRAS, FORMA DE
ATUAÇÃO.

Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT):


O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo vinculado ao Ministério da Economia do Brasil
e tem como objetivo principal promover o custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono
Salarial e do financiamento de programas de desenvolvimento econômico. Aqui estão os principais
aspectos do FAT:
Base Legal:
 Lei nº 7.998/1990: Esta lei instituiu o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e
criou o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) como fonte de recursos para o custeio desses
programas.
 Lei nº 10.779/2003: Estabelece diretrizes para aplicação dos recursos do FAT e regulamenta o
apoio financeiro para o desenvolvimento econômico, além de disciplinar o pagamento do
Abono Salarial.
Finalidades:
As principais finalidades do FAT são:
1. Custeio do Programa do Seguro-Desemprego: O FAT financia o pagamento do benefício do
Seguro-Desemprego, que é um auxílio temporário concedido aos trabalhadores
desempregados que atendam aos requisitos estabelecidos em lei.
2. Abono Salarial: O FAT financia o pagamento do Abono Salarial, que é um benefício anual
equivalente a um salário mínimo pago aos trabalhadores que atendam aos critérios
estabelecidos em lei.
3. Financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico: O FAT é utilizado para
financiar programas e projetos que visem ao desenvolvimento econômico e à geração de
emprego e renda no país, como programas de qualificação profissional, incentivo à micro e
pequena empresa, entre outros.
Regras e Condições:
 Receitas do Fundo: O FAT é composto por recursos provenientes das contribuições para o
Programa do Seguro-Desemprego e para o PIS/PASEP, além de outras fontes de receitas
estabelecidas em lei.
 Orçamento Anual: O orçamento do FAT é definido anualmente e contempla os recursos
destinados ao custeio do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de
programas de desenvolvimento econômico.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Gestão e Administração: A gestão do FAT é de responsabilidade do Conselho Deliberativo do


FAT (CODEFAT), que é composto por representantes do governo, dos trabalhadores e dos
empregadores. O CODEFAT define as diretrizes de aplicação dos recursos do fundo e aprova
os programas a serem financiados.
Forma de Atuação:
 Gestão dos Benefícios Sociais: O FAT financia o pagamento do Seguro-Desemprego e do
Abono Salarial por meio dos recursos disponíveis no fundo.
 Financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico: O FAT disponibiliza recursos
para financiar programas e projetos que promovam o desenvolvimento econômico e a
geração de emprego e renda no país, conforme as diretrizes estabelecidas pelo CODEFAT.
 Avaliação e Monitoramento: O CODEFAT realiza avaliações periódicas dos resultados e
impactos dos programas financiados pelo FAT, a fim de garantir a eficácia e o alcance dos
objetivos propostos.
Em resumo, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) desempenha um papel fundamental no amparo
aos trabalhadores desempregados e na promoção do desenvolvimento econômico e social do país,
por meio do custeio do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e do financiamento de programas de
desenvolvimento econômico

2.10 MICROFINANÇAS: BASE LEGAL, FINALIDADE, FORMA DE ATUAÇÃO.

Microfinanças:
As microfinanças são um conjunto de serviços financeiros destinados a indivíduos e pequenos
empreendedores que não têm acesso aos serviços bancários tradicionais. Aqui estão os principais
aspectos das microfinanças, incluindo sua base legal, finalidade e forma de atuação:
Base Legal:
 Lei Complementar nº 130/2009: Esta lei complementar dispõe sobre o Sistema Nacional de
Crédito Cooperativo e estabelece medidas para incentivar as cooperativas de crédito a
atuarem no segmento de microfinanças.
 Regulamentação do Banco Central do Brasil: O Banco Central do Brasil estabelece
regulamentações específicas para as instituições financeiras que atuam no segmento de
microfinanças, visando promover a inclusão financeira e a sustentabilidade das operações.
Finalidade:
As microfinanças têm como finalidade principal promover a inclusão financeira e o desenvolvimento
socioeconômico de comunidades de baixa renda e empreendedores de pequeno porte, por meio do
acesso a serviços financeiros básicos, como crédito, poupança, seguros e outros produtos financeiros.
Forma de Atuação:
 Crédito Produtivo Orientado: As instituições de microfinanças oferecem empréstimos de
pequeno porte a microempreendedores e pequenos empresários, muitas vezes sem a
necessidade de garantias convencionais, com o objetivo de promover o crescimento dos
negócios e gerar renda.
 Poupança e Serviços Financeiros: Além do crédito, as instituições de microfinanças também
oferecem serviços de poupança, seguros, pagamentos e transferências, permitindo que os
clientes tenham acesso a uma gama completa de serviços financeiros.
 Acompanhamento e Assistência Técnica: As instituições de microfinanças geralmente
oferecem assistência técnica e capacitação aos seus clientes, fornecendo orientação sobre
gestão financeira, planejamento empresarial e outras habilidades necessárias para o sucesso
dos negócios.
Serviços Bancários e Financeiros:
Os serviços bancários e financeiros englobam uma ampla gama de atividades e produtos oferecidos
por instituições financeiras, como bancos comerciais, cooperativas de crédito, fintechs e outras
entidades do setor. Além das microfinanças, os serviços bancários e financeiros incluem:
 Contas Correntes e Poupanças: Oferecem uma maneira segura e conveniente para guardar e
movimentar dinheiro, além de receber pagamentos, fazer transferências e investir.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Cartões de Crédito e Débito: Permitem que os clientes realizem compras e saques em


estabelecimentos comerciais e caixas eletrônicos, com a possibilidade de parcelamento e
acesso a benefícios e programas de recompensa.
 Empréstimos e Financiamentos: Disponibilizam recursos financeiros para aquisição de bens e
serviços, investimentos em projetos, capital de giro, entre outros fins, com diferentes prazos,
taxas de juros e condições de pagamento.
 Investimentos e Seguros: Oferecem opções de investimento em produtos financeiros, como
fundos de investimento, CDBs, Tesouro Direto, entre outros, além de seguros de vida,
automóveis, residenciais e empresariais para proteção contra riscos e imprevistos.
 Serviços Online e Mobile Banking: Permitem que os clientes acessem e gerenciem suas
contas bancárias e realizem transações financeiras por meio de plataformas digitais, como
internet banking e aplicativos móveis.
Em resumo, os serviços bancários e financeiros abrangem uma variedade de produtos e atividades
destinados a atender às necessidades financeiras das pessoas e empresas, promovendo a inclusão
financeira, o acesso ao crédito e o desenvolvimento econômico. As microfinanças são uma
importante vertente desse setor, focada especificamente na atuação junto a segmentos de baixa
renda e empreendedores de pequeno porte.

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2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação.
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ChatGPT
Microfinanças:
As microfinanças são um conjunto de serviços financeiros direcionados a indivíduos e pequenos
empreendedores de baixa renda, que geralmente não têm acesso aos serviços bancários tradicionais.
Aqui estão os principais aspectos das microfinanças, incluindo sua base legal, finalidade e forma de
atuação:
Base Legal:
 Lei Complementar nº 130/2009: Esta legislação dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito
Cooperativo e estabelece medidas para incentivar as cooperativas de crédito a atuarem no
segmento de microfinanças.
 Regulamentação do Banco Central do Brasil: O Banco Central do Brasil estabelece normas e
regulamentos para as instituições financeiras que operam no campo das microfinanças,
garantindo sua integridade e governança.
Finalidade:
As microfinanças têm como objetivo principal promover a inclusão financeira e o desenvolvimento
econômico sustentável das populações de baixa renda. Elas visam fornecer acesso a serviços
financeiros essenciais, como crédito, poupança, seguros e transferências de dinheiro, para que os
indivíduos e pequenos empreendedores possam iniciar ou expandir seus negócios, suavizar choques
financeiros e melhorar sua qualidade de vida.
Forma de Atuação:
 Crédito Produtivo Orientado: As instituições de microfinanças oferecem empréstimos de
pequeno valor para empreendedores de baixa renda, muitas vezes sem exigir garantias
convencionais. O crédito é concedido com base na análise do potencial de pagamento e
viabilidade do negócio, e os empréstimos são frequentemente utilizados para capital de giro,
compra de equipamentos ou investimentos em pequenos negócios.
 Poupança e Serviços Financeiros: Além do crédito, as instituições de microfinanças
incentivam a cultura de poupança entre os clientes, oferecendo contas de poupança e outros
produtos de depósito. Esses serviços permitem que os clientes economizem recursos para
emergências, futuros investimentos ou metas de longo prazo.
 Assistência Técnica e Capacitação: Muitas organizações de microfinanças oferecem também
programas de assistência técnica e capacitação para os empreendedores, fornecendo
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

treinamento em gestão financeira, desenvolvimento de negócios, habilidades técnicas e


acesso a redes de apoio e recursos.
 Uso de Tecnologia Financeira (Fintechs): Com o avanço da tecnologia, as microfinanças estão
cada vez mais se beneficiando de soluções financeiras inovadoras, como aplicativos móveis,
plataformas de pagamento digital e análise de dados, que permitem alcançar um maior
número de clientes e reduzir os custos operacionais.
Em resumo, as microfinanças desempenham um papel crucial na promoção da inclusão financeira e
no combate à pobreza, fornecendo serviços financeiros acessíveis e adaptados às necessidades das
populações de baixa renda, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico e social
sustentável.

3 SERVIÇOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS.

Os serviços bancários e financeiros compreendem uma ampla gama de produtos e atividades


oferecidos por instituições financeiras, como bancos comerciais, cooperativas de crédito, fintechs e
outras entidades do setor. Esses serviços são essenciais para facilitar as transações financeiras,
proteger o patrimônio, promover o investimento e facilitar o acesso ao crédito. Aqui estão alguns dos
principais serviços bancários e financeiros:
1. Contas Bancárias:
 Conta Corrente: Permite que os clientes depositem e retirem fundos, façam transferências,
emitam cheques e usem cartões de débito para realizar transações financeiras.
 Conta Poupança: Destinada a economizar dinheiro, geralmente oferece uma taxa de juros
mais alta do que uma conta corrente e pode ter benefícios fiscais.
2. Empréstimos e Financiamentos:
 Empréstimos Pessoais: Oferecem dinheiro emprestado aos clientes para diversas finalidades,
como despesas médicas, educação, viagens, entre outros.
 Financiamento Imobiliário: Proporciona recursos para a compra de imóveis, geralmente com
longos prazos de pagamento e taxas de juros competitivas.
 Crédito Consignado: Empréstimos com desconto em folha de pagamento, oferecendo taxas
de juros mais baixas devido à garantia de pagamento.
3. Investimentos:
 Fundos de Investimento: Permitem que os investidores apliquem dinheiro em uma carteira
diversificada de ativos gerenciados por profissionais.
 Tesouro Direto: Possibilita a compra de títulos públicos do governo federal, oferecendo uma
forma segura e acessível de investimento.
 Ações: Permitem que os investidores comprem participações em empresas listadas na bolsa
de valores, buscando retornos financeiros com base no desempenho das empresas.
4. Seguros:
 Seguro de Vida: Oferece proteção financeira para os beneficiários em caso de falecimento do
segurado.
 Seguro Residencial e de Automóveis: Proporciona cobertura contra danos e perdas
relacionados à residência e ao veículo.
 Seguro de Saúde: Garante acesso a cuidados médicos e cobertura de despesas médicas em
caso de doença ou lesão.
5. Cartões de Crédito e Débito:
 Cartões de Crédito: Permitem que os titulares façam compras e paguem por bens e serviços
posteriormente, com a opção de parcelamento.
 Cartões de Débito: Permitem que os titulares realizem compras e saques diretamente de sua
conta bancária, deduzindo o valor imediatamente.
6. Pagamentos e Transferências:
 Transferências Eletrônicas: Permitem que os clientes transfiram dinheiro entre contas
bancárias, tanto dentro do país quanto internacionalmente.
 Pagamentos Eletrônicos: Incluem serviços como pagamento de contas, boletos, faturas e
impostos através de canais eletrônicos, como internet banking e aplicativos móveis.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

7. Serviços Online e Mobile Banking:


 Internet Banking: Oferece aos clientes acesso a suas contas bancárias e serviços financeiros
por meio da internet, permitindo transações bancárias e gerenciamento de contas online.
 Mobile Banking: Aplicativos móveis que permitem que os clientes acessem e gerenciem suas
contas bancárias e realizem transações financeiras por meio de smartphones e tablets.
Esses são apenas alguns exemplos dos serviços bancários e financeiros disponíveis para os clientes,
que visam atender às suas necessidades financeiras e facilitar suas vidas cotidianas. A diversidade e
acessibilidade desses serviços são fundamentais para o funcionamento eficiente do sistema
financeiro e para promover a inclusão financeira.

3.1 CONTA CORRENTE: ABERTURA, MANUTENÇÃO, ENCERRAMENTO, PAGAMENTO, DEVOLUÇÃO


DE CHEQUES E CADASTRO DE EMITENTES DE CHEQUES SEM FUNDOS (CCF).

tópicos relacionados à conta corrente:


1. Abertura da Conta Corrente:
 Para abrir uma conta corrente, geralmente você precisa visitar uma agência bancária
ou preencher um formulário online, dependendo das opções oferecidas pelo banco.
 Você precisará fornecer documentos de identificação e comprovante de endereço,
bem como informações financeiras, como fonte de renda.
2. Manutenção da Conta Corrente:
 A manutenção da conta corrente refere-se à administração regular da conta,
incluindo monitoramento de transações, depósitos e retiradas.
 Algumas contas podem ter taxas de manutenção associadas, que geralmente são
cobradas mensal ou anualmente.
3. Encerramento da Conta Corrente:
 O encerramento da conta corrente pode ser feito mediante solicitação do titular da
conta ao banco.
 Geralmente, é necessário que a conta não tenha saldo negativo nem transações
pendentes para que seja fechada.
4. Pagamento de Cheques:
 Os cheques podem ser pagos quando o beneficiário os deposita em sua conta
bancária.
 O banco verifica a validade do cheque e, se estiver tudo em ordem, credita o valor na
conta do beneficiário.
5. Devolução de Cheques:
 Se um cheque for devolvido, significa que o banco do destinatário não pode
processá-lo por algum motivo.
 Isso pode ocorrer devido a fundos insuficientes na conta do emissor, irregularidades
na assinatura, entre outros motivos.
6. Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF):
 O CCF é um registro mantido pelos bancos que lista os clientes que emitiram cheques
sem fundos.
 Os clientes listados no CCF podem enfrentar restrições em suas operações bancárias,
como dificuldade em abrir novas contas ou obter crédito.
Esses são alguns dos aspectos básicos relacionados à conta corrente e ao uso de cheques em
transações bancárias.
3.2 DEPÓSITOS À VISTA.

Depósitos à vista são transações bancárias nas quais os fundos são depositados em uma conta
corrente e ficam imediatamente disponíveis para saque ou utilização pelo titular da conta. Aqui estão
alguns pontos-chave sobre depósitos à vista:
1. Natureza Imediata: Os depósitos à vista são caracterizados pela disponibilidade imediata dos
fundos para o titular da conta. Assim que o depósito é feito, o valor depositado está
disponível para ser usado ou sacado.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Tipos de Depósitos: Podem ser realizados diversos tipos de depósitos à vista, incluindo
depósitos em dinheiro, cheques e transferências eletrônicas.
3. Formas de Realização: Os depósitos à vista podem ser feitos pessoalmente em uma agência
bancária, em caixas eletrônicos (ATM), através de aplicativos móveis ou pela internet (em
bancos que oferecem essa opção).
4. Processamento e Disponibilidade: O tempo de processamento e disponibilidade dos fundos
pode variar dependendo do método de depósito e das políticas específicas do banco.
Geralmente, os depósitos em dinheiro são creditados instantaneamente, enquanto os
depósitos de cheques podem passar por um período de verificação antes de os fundos
estarem disponíveis.
5. Utilização dos Fundos: Os fundos depositados à vista podem ser utilizados para realizar
pagamentos, transferências, saques ou outras transações financeiras autorizadas pelo titular
da conta.
6. Controle de Saldo: Os clientes devem monitorar seus saldos de conta para garantir que os
fundos depositados estejam corretamente creditados e disponíveis para uso.
Os depósitos à vista desempenham um papel fundamental no sistema bancário, proporcionando aos
clientes acesso rápido e fácil aos seus fundos para atender às suas necessidades financeiras diárias

3.3 DEPÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB).

Os depósitos a prazo são uma forma de investimento oferecida por instituições financeiras, onde os
fundos são depositados por um período específico de tempo e em troca o investidor recebe uma taxa
de juros fixa ou variável sobre o montante depositado. Aqui estão algumas informações sobre os
depósitos a prazo, com foco em CDB (Certificado de Depósito Bancário) e RDB (Recibo de Depósito
Bancário):
1. Certificado de Depósito Bancário (CDB):
 O CDB é um título de renda fixa emitido por bancos como forma de captação de
recursos.
 O investidor deposita uma quantia em dinheiro em um CDB por um prazo
determinado, durante o qual recebe uma remuneração na forma de juros.
 Os juros podem ser pré-fixados (taxa de juros determinada no momento do
investimento) ou pós-fixados (atrelados a algum índice, como a taxa CDI).
 O CDB pode ser negociado antes do vencimento no mercado secundário, sujeito a
condições de mercado e à existência de liquidez.
2. Recibo de Depósito Bancário (RDB):
 O RDB é semelhante ao CDB em muitos aspectos, mas geralmente é emitido por
instituições financeiras não bancárias, como cooperativas de crédito.
 Assim como o CDB, o investidor deposita uma quantia em dinheiro em um RDB por
um período específico e recebe uma taxa de juros sobre o valor depositado.
 Os RDBs geralmente têm menor liquidez do que os CDBs, o que significa que podem
ter restrições mais rígidas em relação à possibilidade de resgate antecipado.
3. Rendimentos e Impostos:
 Os rendimentos obtidos com CDBs e RDBs são tributados pelo Imposto de Renda (IR)
conforme a tabela regressiva, com alíquotas que variam de acordo com o prazo do
investimento.
 Geralmente, quanto maior o prazo do investimento, menor a alíquota de IR sobre os
rendimentos.
4. Garantia do FGC:
 Tanto os CDBs quanto os RDBs contam com a garantia do Fundo Garantidor de
Créditos (FGC) em caso de falência da instituição emissora, até o limite de R$ 250.000
por CPF e por instituição financeira, considerando o somatório dos depósitos e dos
rendimentos.
Os depósitos a prazo são uma opção popular para investidores que buscam uma alternativa de baixo
risco e com potencial de retorno superior ao de investimentos mais conservadores, como a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

poupança. No entanto, é importante considerar o prazo, a rentabilidade e a liquidez ao escolher entre


CDBs, RDBs e outras opções de investimento.

3.4 FUNDOS DE INVESTIMENTOS.

Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo, nos quais um gestor profissional
administra o dinheiro de diversos investidores, alocando-o em diferentes ativos financeiros de acordo
com a estratégia e os objetivos do fundo. Aqui estão algumas informações importantes sobre fundos
de investimento:
1. Estrutura:
 Um fundo de investimento é formado por um patrimônio líquido, que é o somatório
dos recursos dos investidores.
 Cada investidor possui cotas proporcionais ao valor investido, e o patrimônio do
fundo é dividido em cotas.
 O valor da cota é calculado diariamente com base no valor total do patrimônio do
fundo e no número de cotas em circulação.
2. Objetivos e Estratégias:
 Os fundos de investimento podem ter diferentes objetivos e estratégias, como renda
fixa, renda variável, multimercado, cambial, entre outros.
 Os fundos podem ser destinados a diferentes perfis de investidores, desde os mais
conservadores, que buscam segurança e estabilidade, até os mais arrojados, que
buscam maiores retornos assumindo mais riscos.
3. Gestão Profissional:
 Os fundos são geridos por profissionais qualificados, que tomam decisões de
alocação de recursos com base em análises de mercado, cenários econômicos e
objetivos do fundo.
 A gestão profissional permite uma diversificação eficiente dos investimentos,
reduzindo os riscos e maximizando os retornos potenciais.
4. Taxas:
 Os fundos de investimento podem cobrar taxas de administração e de performance.
 A taxa de administração é uma porcentagem do patrimônio do fundo e é cobrada
anualmente para cobrir os custos de gestão e administração.
 A taxa de performance é cobrada apenas se o fundo superar um determinado
benchmark ou índice de referência, e geralmente é uma porcentagem dos lucros
obtidos acima desse benchmark.
5. Diversificação e Redução de Riscos:
 Os fundos de investimento oferecem aos investidores a oportunidade de diversificar
seus investimentos, pois o dinheiro é alocado em uma ampla gama de ativos
financeiros.
 A diversificação ajuda a reduzir os riscos associados a investimentos individuais, pois
eventuais perdas em um ativo podem ser compensadas por ganhos em outros ativos.
Os fundos de investimento são uma opção popular para investidores individuais e institucionais que
buscam acesso a uma gestão profissional de seus recursos, diversificação de investimentos e
potencial de retorno ajustado ao risco. Antes de investir em um fundo, é importante entender seus
objetivos, estratégias, custos e riscos associados.

3.5 CADERNETA DE POUPANÇA.

A caderneta de poupança é uma das formas mais tradicionais e populares de investimento, oferecida
por bancos e instituições financeiras em muitos países. Aqui estão algumas características
importantes da caderneta de poupança:
1. Segurança e Liquidez:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A poupança é considerada um investimento de baixo risco, uma vez que os depósitos


são geralmente garantidos pelo governo até um certo limite.
 Os fundos depositados em uma conta de poupança podem ser facilmente acessados
e sacados quando necessário, oferecendo alta liquidez.
2. Rentabilidade:
 A rentabilidade da poupança é determinada por uma taxa de juros fixa ou variável,
definida pelo governo ou pelo banco.
 Historicamente, a taxa de juros da poupança tende a ser relativamente baixa em
comparação com outras formas de investimento, como fundos de investimento ou
títulos de renda fixa.
3. Isenção de Imposto de Renda:
 Em muitos países, os rendimentos obtidos na poupança são isentos de imposto de
renda, tornando-a uma opção atraente para investidores devido à simplicidade e
ausência de tributação sobre os ganhos.
4. Acesso Universal:
 A poupança é amplamente acessível, disponível para pessoas de todas as faixas de
renda, incluindo crianças, estudantes, trabalhadores e aposentados.
 Não é necessário ter um valor mínimo de investimento para abrir uma conta de
poupança em muitas instituições financeiras.
5. Limitações e Restrições:
 Algumas contas de poupança podem ter limitações em relação ao número de saques
permitidos por mês, e podem impor penalidades por saques excessivos.
 Em alguns casos, os rendimentos da poupança podem estar sujeitos a condições
específicas, como manter um saldo mínimo na conta.
6. Finalidade de Emergência e Planejamento Financeiro:
 A poupança é frequentemente recomendada como uma ferramenta de planejamento
financeiro para a criação de um fundo de emergência ou para a realização de metas
de curto prazo, como viagens, compra de bens de consumo duráveis ou pagamento
de despesas inesperadas.
Embora a caderneta de poupança ofereça segurança e liquidez, é importante notar que a
rentabilidade pode ser limitada em comparação com outras opções de investimento disponíveis. Para
objetivos financeiros de longo prazo ou para maximizar retornos, os investidores podem considerar
diversificar seu portfólio com outros produtos financeiros, como fundos de investimento, títulos de
renda fixa ou investimentos em renda variável.

3.6 TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO.

Os títulos de capitalização são produtos financeiros oferecidos por instituições financeiras e


seguradoras, que combinam características de poupança e sorteio de prêmios. Aqui estão algumas
informações sobre títulos de capitalização:
1. Funcionamento Básico:
 Um título de capitalização é adquirido mediante o pagamento de um valor inicial,
chamado de prêmio, que pode ser pago de uma vez ou de forma parcelada.
 O valor pago pelo cliente é acumulado ao longo do tempo e pode ser resgatado, com
correção monetária, ao final do prazo estabelecido.
 Durante a vigência do título, o cliente concorre a sorteios de prêmios em dinheiro,
que podem variar em valor e frequência de acordo com as regras do título.
2. Modalidades de Títulos:
 Existem diferentes modalidades de títulos de capitalização, como tradicionais,
incentivo, compra programada, entre outros, cada um com características específicas
de prêmios e resgate.
3. Objetivo de Poupança e Investimento:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Para muitas pessoas, os títulos de capitalização são adquiridos com o objetivo de


poupar dinheiro a longo prazo, já que parte do valor pago é acumulado e corrigido
até o final do prazo contratado.
4. Sorteios e Premiações:
 Uma das principais atratividades dos títulos de capitalização são os sorteios
periódicos de prêmios em dinheiro, que podem incluir valores significativos.
 A participação nos sorteios é automática para todos os titulares dos títulos, e os
prêmios são distribuídos de acordo com critérios estabelecidos pelas regras do título.
5. Resgate e Remuneração:
 Ao final do prazo estabelecido, o cliente pode resgatar o valor acumulado durante a
vigência do título, geralmente corrigido monetariamente de acordo com uma taxa de
remuneração estipulada no contrato.
 No entanto, é importante observar que os títulos de capitalização podem ter
condições e penalidades para resgate antecipado, além de taxas e descontos
aplicáveis.
6. Fiscalização e Regulação:
 Os títulos de capitalização são regulamentados por órgãos governamentais e estão
sujeitos a normas específicas para proteger os interesses dos consumidores.
Embora os títulos de capitalização possam oferecer atraentes premiações em dinheiro, é fundamental
que os consumidores compreendam completamente as condições, taxas e regras associadas a esses
produtos antes de adquiri-los, a fim de avaliar se atendem aos seus objetivos financeiros e
necessidades de investimento. É sempre recomendável comparar as características e os retornos dos
títulos de capitalização com outras opções de investimento disponíveis no mercado antes de tomar
uma decisão.

3.7 PLANOS DE APOSENTADORIA E DE PREVIDÊNCIA PRIVADOS.

Os planos de aposentadoria e previdência privados são instrumentos financeiros criados para que os
indivíduos possam se preparar financeiramente para a aposentadoria, complementando ou
substituindo os benefícios oferecidos pelos sistemas de previdência social governamentais. Aqui
estão algumas informações importantes sobre esses planos:
1. Objetivo:
 O principal objetivo dos planos de aposentadoria e previdência privados é acumular
recursos ao longo do tempo para garantir uma fonte de renda durante a
aposentadoria.
2. Modalidades:
 Existem diversas modalidades de planos de previdência privada, sendo as duas
principais:
 PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): Nesse tipo de plano, as
contribuições realizadas pelos participantes podem ser deduzidas do imposto
de renda até um limite de 12% da renda bruta anual tributável.
 VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): Nesse tipo de plano, as
contribuições não são dedutíveis do imposto de renda, mas os rendimentos
acumulados não são tributados no momento do resgate, sendo tributados
apenas sobre os rendimentos.

3. Contribuições:
 Os participantes fazem contribuições regulares para o plano, que são investidas em
diferentes instrumentos financeiros, como títulos públicos, ações, fundos de
investimento, entre outros, de acordo com a política de investimento do plano.
4. Rentabilidade e Riscos:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A rentabilidade dos planos de previdência privada depende dos retornos obtidos


pelos investimentos realizados com as contribuições.
 Os participantes podem escolher entre diferentes perfis de investimento, que variam
de acordo com o nível de risco desejado, desde opções mais conservadoras até
opções mais arrojadas.
5. Resgate e Benefícios:
 Geralmente, o resgate dos recursos acumulados em um plano de previdência privada
só pode ser feito após a aposentadoria, seguindo as regras estabelecidas no contrato
do plano.
 Os benefícios podem ser pagos de diferentes formas, como renda mensal vitalícia,
renda temporária, resgate único ou em parcelas.
6. Fiscalização e Regulação:
 Os planos de previdência privada são regulamentados por órgãos governamentais e
estão sujeitos a normas específicas para proteger os interesses dos participantes e
garantir a solidez e transparência dos planos.
Os planos de aposentadoria e previdência privados são uma importante ferramenta para
complementar a renda na aposentadoria e garantir um futuro financeiro mais seguro. É fundamental
entender as características, benefícios, custos e riscos associados a esses planos antes de optar por
participar deles. Consultar um profissional financeiro qualificado pode ser útil para tomar decisões
informadas e alinhadas com os objetivos de cada indivíduo.

3.8 SEGUROS.

Seguros são contratos financeiros que fornecem proteção financeira contra perdas ou danos
específicos em troca do pagamento de uma quantia denominada prêmio. Aqui estão algumas
informações importantes sobre seguros:
1. Funcionamento Básico:
 O segurado paga um prêmio periódico à seguradora em troca da promessa de
indenização em caso de ocorrência de eventos cobertos pelo contrato de seguro.
 Em caso de sinistro (evento coberto pelo seguro), a seguradora é responsável por
pagar uma indenização ao segurado, conforme os termos estabelecidos no contrato.
2. Tipos de Seguros:
 Existem diversos tipos de seguros, que podem ser categorizados de acordo com a
área de cobertura. Alguns exemplos incluem:
 Seguro de vida
 Seguro de automóvel
 Seguro residencial
 Seguro de saúde
 Seguro de viagem
 Seguro empresarial
 Seguro de responsabilidade civil
 Seguro contra acidentes pessoais
3. Coberturas e Limitações:
 Cada tipo de seguro oferece diferentes coberturas e limitações, que são detalhadas
no contrato de seguro.
 As coberturas podem incluir indenização por danos materiais, lesões pessoais,
despesas médicas, perda de renda, entre outros.
4. Avaliação de Riscos:
 As seguradoras avaliam os riscos associados a cada tipo de seguro e definem as
condições de cobertura, prêmios e limites de indenização com base nessa análise de
risco.
5. Prêmios e Pagamentos de Indenização:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 O valor do prêmio do seguro é determinado com base na probabilidade de


ocorrência do sinistro, na gravidade das perdas potenciais e em outros fatores de
risco.
 Em caso de sinistro, a seguradora é obrigada a pagar a indenização de acordo com os
termos do contrato, desde que as condições de cobertura sejam atendidas.
6. Regulação e Fiscalização:
 A indústria de seguros é regulamentada por órgãos governamentais para garantir a
proteção dos consumidores e a estabilidade do mercado.
 As seguradoras devem cumprir requisitos legais e regulatórios para operar e oferecer
produtos de seguro.
Os seguros desempenham um papel fundamental na proteção financeira das pessoas e das empresas
contra riscos e imprevistos. Ao adquirir um seguro, é importante entender os termos, condições,
coberturas e limitações do contrato para garantir que suas necessidades de proteção sejam atendidas
de maneira adequada.

3.9 CONVÊNIOS DE ARRECADAÇÃO/PAGAMENTOS (CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS,


TRIBUTOS, INSS E FOLHA DE PAGAMENTO DE CLIENTES).

Os convênios de arrecadação/pagamentos são acordos estabelecidos entre instituições financeiras e


entidades públicas ou privadas para facilitar o processo de cobrança e pagamento de serviços,
tributos, contribuições previdenciárias e folha de pagamento de clientes. Aqui estão algumas
informações sobre esses convênios:
1. Concessionárias de Serviços Públicos:
 Muitas concessionárias de serviços públicos, como empresas de energia elétrica,
água e gás, estabelecem convênios com instituições financeiras para que os clientes
possam efetuar o pagamento de suas contas diretamente nos caixas bancários,
agências ou canais eletrônicos dessas instituições.
2. Tributos e Impostos:
 Órgãos governamentais, como prefeituras, governos estaduais e federal, estabelecem
convênios com instituições financeiras para permitir que os contribuintes efetuem o
pagamento de impostos, taxas e tributos diretamente nos canais bancários, o que
facilita o processo de arrecadação e contribui para a simplificação dos procedimentos
de pagamento.
3. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social):
 O INSS estabelece convênios com bancos para permitir que segurados e beneficiários
realizem pagamentos de contribuições previdenciárias, além de sacar benefícios
como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros, nas agências
bancárias e caixas eletrônicos conveniados.
4. Folha de Pagamento de Clientes:
 Empresas e organizações estabelecem convênios com instituições financeiras para
realizar o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários diretamente por
meio de depósito em conta-corrente ou poupança, facilitando a gestão financeira e
garantindo a comodidade e segurança dos colaboradores.
5. Benefícios para os Pagadores:
 Os convênios de arrecadação/pagamentos oferecem diversos benefícios para os
pagadores, como conveniência, praticidade, segurança e a possibilidade de
concentrar várias operações financeiras em um único local ou canal de atendimento.
6. Benefícios para as Instituições Financeiras e Entidades:
 Para as instituições financeiras e entidades conveniadas, os convênios representam
uma oportunidade de captar recursos por meio da prestação de serviços financeiros,
além de fortalecer o relacionamento com clientes e contribuintes.
Esses convênios são importantes para facilitar a vida dos cidadãos e empresas, simplificando o
processo de arrecadação e pagamento de contas e tributos, além de contribuir para a eficiência e
transparência das operações financeiras.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

3.10 SERVIÇO DE COMPENSAÇÃO DE CHEQUE E OUTROS PAPÉIS

O Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis é um sistema que permite a transferência de


fundos entre instituições financeiras quando ocorre uma transação que envolve cheques e outros
documentos de pagamento. Aqui estão algumas informações sobre como esse serviço funciona:
1. Compensação de Cheques:
 Quando uma pessoa ou empresa deposita um cheque em uma instituição financeira,
essa instituição envia o cheque para ser compensado.
 A compensação envolve o processo de verificação do cheque, confirmação dos
fundos disponíveis na conta do emitente e transferência desses fundos para a conta
do beneficiário.
 Esse processo geralmente envolve a troca física ou eletrônica de informações entre a
instituição financeira do depositante e a instituição financeira do beneficiário.
2. Outros Papéis Financeiros:
 Além dos cheques, o serviço de compensação também pode lidar com outros
documentos financeiros, como ordens de pagamento, letras de câmbio, entre outros.
 O objetivo é garantir a transferência segura e eficiente de fundos entre diferentes
instituições financeiras para facilitar o funcionamento do sistema financeiro.
3. Prazos de Compensação:
 Os prazos para compensação de cheques e outros papéis podem variar dependendo
das políticas e procedimentos de cada instituição financeira e do sistema de
compensação utilizado.
 Em muitos países, existe um prazo legal estabelecido para a compensação de
cheques, após o qual os fundos devem estar disponíveis para saque ou uso pelo
beneficiário.
4. Compensação Eletrônica:
 Com o avanço da tecnologia, muitos sistemas de compensação estão se tornando
eletrônicos, o que agiliza o processo e reduz o tempo necessário para a transferência
de fundos.
 A compensação eletrônica permite que as instituições financeiras troquem
informações de forma rápida e segura, aumentando a eficiência do sistema
financeiro como um todo.
5. Segurança e Controle:
 Os sistemas de compensação são projetados para garantir a segurança e a
integridade das transações financeiras, com medidas de controle e verificação
implementadas em cada etapa do processo.
Em resumo, o Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis é um componente essencial do
sistema financeiro, garantindo a transferência eficiente de fundos entre diferentes instituições
financeiras e contribuindo para a segurança e confiabilidade das transações financeiras.

3.11 COBRANÇA.

A cobrança é o processo pelo qual uma empresa ou instituição busca receber valores devidos por
seus clientes ou devedores. Esse processo pode envolver várias etapas e estratégias, como:

1. Emissão de Faturas ou Faturas:


 O primeiro passo da cobrança geralmente envolve o envio de faturas ou faturas para
os clientes, detalhando os valores devidos e os prazos de pagamento.

2. Lembretes e Notificações:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Caso o pagamento não seja realizado dentro do prazo estabelecido, a empresa pode
enviar lembretes ou notificações aos clientes, lembrando-os do pagamento pendente
e fornecendo instruções sobre como efetuar o pagamento.
3. Contato por Telefone ou E-mail:
 Em alguns casos, a empresa pode entrar em contato com os clientes por telefone ou
e-mail para negociar formas de pagamento ou resolver problemas relacionados ao
pagamento pendente.
4. Negociação de Acordos de Pagamento:
 Se o cliente estiver enfrentando dificuldades financeiras, a empresa pode estar
disposta a negociar acordos de pagamento, como parcelamento da dívida ou redução
de juros, para facilitar o pagamento.
5. Cobrança Judicial:
 Se todas as tentativas de cobrança amigável falharem, a empresa pode recorrer à
cobrança judicial, que envolve o uso do sistema judiciário para recuperar os valores
devidos por meio de ações legais.
6. Terceirização de Serviços de Cobrança:
 Algumas empresas optam por terceirizar seus serviços de cobrança para agências
especializadas, que têm experiência em lidar com devedores e podem ajudar a
acelerar o processo de recuperação de dívidas.
É importante que as empresas sigam as práticas legais e éticas ao lidar com o processo de cobrança,
garantindo que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que todas as tentativas de
resolução amigável sejam esgotadas antes de recorrer a medidas mais severas, como a cobrança
judicial.

3.12 SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB).

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é uma estrutura organizada e integrada que engloba todos
os sistemas e modalidades de pagamentos existentes no Brasil. Ele foi criado para garantir a
eficiência, segurança, estabilidade e integridade das transações financeiras realizadas no país. Aqui
estão alguns pontos importantes sobre o SPB:
1. Abrangência:
 O SPB abrange uma ampla gama de serviços e instrumentos de pagamento, incluindo
transferências bancárias, compensação de cheques, cartões de débito e crédito,
boletos bancários, pagamentos eletrônicos, entre outros.
2. Regulação e Supervisão:
 O SPB é regulado e supervisionado pelo Banco Central do Brasil (BCB), que
estabelece as regras, normas e padrões para o funcionamento e operação de todos
os participantes do sistema, incluindo bancos, instituições financeiras, processadoras
de pagamentos e empresas de tecnologia financeira.
3. Eficiência e Agilidade:
 O objetivo principal do SPB é promover a eficiência e agilidade nas transações
financeiras, facilitando a transferência de fundos entre diferentes instituições
financeiras e reduzindo o tempo necessário para a liquidação de operações
financeiras.
4. Segurança e Estabilidade:
 O SPB implementa medidas rigorosas de segurança e controle para proteger as
transações financeiras contra fraudes, manipulações e falhas operacionais,
garantindo a estabilidade e integridade do sistema como um todo.
5. Interoperabilidade:
 Uma característica importante do SPB é a interoperabilidade, que permite a
comunicação e interação entre os diferentes sistemas e participantes do sistema,
garantindo a interoperabilidade entre diferentes tipos de instrumentos de
pagamento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

6. Inovação e Modernização:
 O SPB está em constante evolução e adaptação às mudanças tecnológicas e às
necessidades do mercado, buscando sempre promover a inovação e modernização
dos serviços de pagamento oferecidos aos usuários.
Em resumo, o Sistema de Pagamentos Brasileiro desempenha um papel fundamental na
infraestrutura financeira do Brasil, garantindo a eficiência, segurança e estabilidade das transações
financeiras realizadas no país e contribuindo para o desenvolvimento e crescimento econômico.

4 ASPECTOS JURÍDICOS.

Os aspectos jurídicos no contexto financeiro são fundamentais para garantir a segurança,


transparência e eficiência das transações, bem como para proteger os direitos e interesses das partes
envolvidas. Aqui estão alguns aspectos jurídicos relevantes:
1. Legislação Financeira:
 Existem leis e regulamentos específicos que regem o setor financeiro em cada país.
Essas leis abrangem uma variedade de áreas, como serviços bancários, mercado de
capitais, seguros, previdência privada, entre outros. A legislação financeira define os
direitos e responsabilidades das instituições financeiras, dos consumidores e dos
reguladores.
2. Contratos Financeiros:
 Os contratos financeiros são acordos legais que estabelecem os termos e condições
das transações financeiras entre as partes envolvidas, como empréstimos,
investimentos, seguros, entre outros. Esses contratos geralmente incluem cláusulas
relacionadas a taxas, prazos, obrigações, garantias, entre outros aspectos.
3. Proteção ao Consumidor:
 As leis de proteção ao consumidor são importantes no contexto financeiro para
garantir que os consumidores sejam tratados de forma justa e transparente pelas
instituições financeiras. Isso inclui a regulamentação de práticas comerciais injustas,
publicidade enganosa, cobranças abusivas, entre outros.
4. Segurança e Prevenção a Fraudes:
 A legislação financeira também aborda questões relacionadas à segurança e
prevenção a fraudes no sistema financeiro. Isso inclui medidas para proteger os
dados pessoais e financeiros dos clientes, bem como punições para atividades
fraudulentas, como lavagem de dinheiro e corrupção.
5. Resolução de Conflitos:
 Em casos de disputas ou conflitos entre as partes envolvidas em transações
financeiras, existem procedimentos legais e mecanismos de resolução de disputas
disponíveis para buscar uma solução justa e equitativa. Isso pode incluir a mediação,
arbitragem ou litígio nos tribunais.
6. Compliance e Regulamentação:
 As instituições financeiras são obrigadas a cumprir com uma série de
regulamentações e padrões de conformidade estabelecidos pelos órgãos
reguladores. Isso inclui a prestação de informações adequadas aos clientes, relatórios
financeiros precisos, medidas de segurança cibernética, entre outros requisitos.
Esses são apenas alguns dos aspectos jurídicos que são relevantes no contexto financeiro. É
importante que as instituições financeiras e os consumidores estejam cientes das leis e regulamentos
aplicáveis e busquem sempre agir de acordo com os princípios éticos e legais para garantir transações
justas, seguras e transparentes.

4.1 NOÇÕES DE DIREITO APLICADAS ÀS OPERAÇÕES DE CRÉDITO.

No contexto das operações de crédito, as noções de direito são essenciais para garantir que as
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

transações sejam realizadas de forma justa, transparente e em conformidade com a legislação


vigente. Aqui estão algumas noções de direito aplicadas às operações de crédito:
1. Contratos de Crédito:
 Os contratos de crédito são acordos legais entre o credor (instituição financeira) e o
devedor (cliente) que estabelecem os termos e condições do empréstimo, como
montante do empréstimo, taxa de juros, prazos de pagamento, garantias, entre
outros.
 É importante que os contratos de crédito sejam claros, completos e compreensíveis,
garantindo que ambas as partes entendam suas obrigações e direitos.
2. Regulação de Taxas de Juros:
 Em muitos países, existem leis e regulamentos que limitam as taxas de juros que os
credores podem cobrar em empréstimos. Essas leis visam proteger os consumidores
de práticas abusivas e taxas excessivamente altas.
3. Divulgação de Informações ao Consumidor:
 As instituições financeiras são obrigadas a fornecer informações claras e precisas
sobre os termos e condições dos produtos de crédito aos consumidores. Isso inclui
informações sobre taxas de juros, encargos, custos adicionais, penalidades por
atraso, entre outros.
4. Garantias e Avalistas:
 Em algumas operações de crédito, podem ser exigidas garantias ou avalistas para
garantir o pagamento do empréstimo. É importante que as condições relacionadas a
essas garantias sejam estabelecidas de forma clara e que os direitos e
responsabilidades das partes sejam devidamente definidos.
5. Proteção ao Consumidor:
 As leis de proteção ao consumidor também se aplicam às operações de crédito,
garantindo que os consumidores sejam tratados de forma justa e transparente pelas
instituições financeiras. Isso inclui a regulamentação de práticas comerciais injustas,
publicidade enganosa e cobranças abusivas.
6. Resolução de Conflitos:
 Em caso de disputas ou conflitos entre credores e devedores, existem procedimentos
legais e mecanismos de resolução de disputas disponíveis para buscar uma solução
justa e equitativa. Isso pode incluir negociações entre as partes, mediação,
arbitragem ou litígio nos tribunais.
Essas são algumas das noções de direito aplicadas às operações de crédito. É importante que as
instituições financeiras e os consumidores estejam cientes de seus direitos e obrigações ao realizar
transações de crédito e busquem sempre agir de acordo com os princípios éticos e legais.

4.1.1 SUJEITO E OBJETO DO DIREITO.

Em operações de crédito, as noções de sujeito e objeto do direito são fundamentais para


compreender as relações jurídicas estabelecidas entre as partes envolvidas. Aqui está uma explicação
sobre esses conceitos:
1. Sujeito do Direito:
 O sujeito do direito refere-se às pessoas físicas ou jurídicas que possuem capacidade
jurídica para participar de relações jurídicas e adquirir direitos e obrigações.
 No contexto das operações de crédito, os principais sujeitos do direito são o credor
(instituição financeira ou prestador de crédito) e o devedor (cliente ou tomador do
crédito).
2. Objeto do Direito:
 O objeto do direito é o conteúdo ou matéria sobre a qual incidem os direitos e
deveres das partes envolvidas em uma relação jurídica.
 No contexto das operações de crédito, o objeto do direito é o próprio crédito
concedido, que pode ser representado por uma quantia em dinheiro ou por bens e
serviços adquiridos com esse crédito.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Assim, nas operações de crédito, o credor (sujeito ativo) concede o crédito ao devedor (sujeito
passivo), estabelecendo uma relação jurídica na qual o objeto do direito é o montante do
empréstimo, as condições de pagamento, os juros, entre outros elementos acordados entre as partes.
Essa relação implica que o devedor adquira a obrigação de restituir o valor do empréstimo ao credor
de acordo com as condições estabelecidas no contrato de crédito.

4.1.2 FATO E ATO JURÍDICO.

Em operações de crédito, é importante compreender as distinções entre fato jurídico e ato jurídico,
pois ambos desempenham papéis significativos no contexto das relações jurídicas. Aqui está uma
explicação sobre esses conceitos:
1. Fato Jurídico:
 O fato jurídico é um evento ou circunstância que, por si só, gera consequências
jurídicas, independentemente da vontade das partes envolvidas.
 No contexto das operações de crédito, um exemplo de fato jurídico seria o
vencimento de uma obrigação de pagamento, como a data estabelecida para quitar
uma parcela de um empréstimo. Esse evento, por si só, gera a obrigação legal de
pagamento por parte do devedor.
2. Ato Jurídico:
 O ato jurídico é uma manifestação de vontade das partes que tem por objetivo
produzir efeitos jurídicos específicos.
 No contexto das operações de crédito, um exemplo de ato jurídico seria a assinatura
de um contrato de empréstimo entre o credor e o devedor. Esse ato é uma
manifestação de vontade das partes e tem como objetivo estabelecer as condições e
os termos do empréstimo, criando direitos e obrigações para ambas as partes.
Em resumo, enquanto o fato jurídico se refere a eventos ou circunstâncias que geram consequências
jurídicas independentemente da vontade das partes, o ato jurídico é uma manifestação de vontade
das partes que busca produzir efeitos jurídicos específicos. Ambos os conceitos são relevantes para
entender as operações de crédito e as relações jurídicas que delas decorrem.

4.1.3 CONTRATOS: CONCEITO DE CONTRATO, REQUISITOS DOS CONTRATOS, CLASSIFICAÇÃO DOS


CONTRATOS; CONTRATOS NOMINADOS, CONTRATOS DE COMPRA E VENDA, EMPRÉSTIMO,
SOCIEDADE, FIANÇA, CONTRATOS FORMAIS E INFORMAIS.

Conceito de Contrato:
Um contrato é um acordo entre duas ou mais partes que cria obrigações legalmente vinculantes. Esse
acordo pode ser escrito ou verbal e estabelece os direitos e deveres das partes envolvidas em relação
a uma transação específica.
Requisitos dos Contratos:
 Consentimento das Partes: Todas as partes devem consentir voluntariamente com os termos
do contrato.
 Objeto Lícito: O objeto do contrato deve ser legal e possível de ser executado.
 Possibilidade de Prestação: As obrigações estabelecidas no contrato devem ser possíveis de
serem cumpridas.
 Forma Prescrita ou Não Proibida por Lei: O contrato deve ser celebrado de acordo com a
forma exigida por lei ou, na ausência dessa exigência, de acordo com as regras de formação
de contratos.
Classificação dos Contratos:
 Quanto à Forma:
 Formais: Contratos que requerem uma forma específica para sua validade, como
escritura pública.
 Informais (Tácitos ou Verbais): Contratos que não exigem uma forma específica para
serem válidos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Quanto ao Objeto:
 Unilaterais: Apenas uma das partes assume uma obrigação.
 Bilaterais: Ambas as partes assumem obrigações recíprocas.
 Quanto à Atividade dos Contratantes:
 Onerosos: Ambas as partes recebem uma vantagem e assumem uma obrigação.
 Gratuitos: Apenas uma das partes recebe uma vantagem, sem contraprestação.
 Quanto à Natureza da Obrigação:
 Comutativos: As partes conhecem desde o início as vantagens e obrigações do
contrato.
 Aleatórios: A execução do contrato depende de um evento incerto.
Contratos Nominados:
São contratos cujas características e efeitos são regulamentados pela lei, como contrato de compra e
venda, locação, empréstimo, sociedade, entre outros.
Contratos de Compra e Venda:
É um contrato em que uma das partes (vendedor) se compromete a transferir a propriedade de um
bem para outra parte (comprador) em troca de uma contraprestação em dinheiro.
Contratos de Empréstimo:
Nesses contratos, uma das partes (credor) empresta dinheiro ou bens fungíveis para outra parte
(devedor), que se compromete a devolver o valor emprestado acrescido de juros ou em condições
previamente estabelecidas.
Contratos de Sociedade:
São contratos pelos quais duas ou mais pessoas se obrigam a combinar esforços ou recursos para a
realização de determinado fim comum, com o objetivo de lucro.
Contratos de Fiança:
Nesses contratos, uma pessoa se compromete a garantir o cumprimento de uma obrigação assumida
por outra pessoa, comprometendo-se a cumprir a obrigação caso o devedor principal não o faça.
Contratos Formais e Informais:
 Formais: Contratos que requerem uma forma específica para sua validade, como escritura
pública.
 Informais: Contratos que não exigem uma forma específica para serem válidos, como
contratos verbais.
Esses são alguns dos principais aspectos relacionados aos contratos, incluindo seu conceito,
requisitos, classificação e exemplos de contratos comuns. É importante observar que a legislação e os
requisitos específicos podem variar de acordo com o país e a jurisdição aplicável.

4.2 INSTRUMENTOS DE FORMALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO.

Os instrumentos de formalização das operações de crédito são os documentos utilizados para


registrar e formalizar os termos e condições do empréstimo ou financiamento. Esses instrumentos
são importantes para estabelecer os direitos e obrigações das partes envolvidas e garantir a
segurança jurídica das transações. Aqui estão alguns dos principais instrumentos de formalização das
operações de crédito:
1. Contrato de Empréstimo ou Financiamento:
 É o documento principal que estabelece os termos e condições do empréstimo ou
financiamento, incluindo o valor do empréstimo, taxa de juros, prazos de pagamento,
garantias, entre outros detalhes. Esse contrato é assinado pelas partes envolvidas e
geralmente contém cláusulas específicas para proteger os interesses tanto do credor
quanto do devedor.
2. Nota Promissória:
 A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor em favor do credor,
no qual o devedor se compromete a pagar uma quantia específica em uma data
futura determinada. Esse documento é uma prova da dívida e pode ser usado como
instrumento de cobrança judicial em caso de inadimplência.
3. Cédula de Crédito Bancário (CCB):
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A CCB é um título de crédito emitido por instituições financeiras que representa um


contrato de mútuo (empréstimo) ou financiamento. Ela é registrada em cartório e
pode ser negociada no mercado financeiro, servindo como garantia da dívida.
4. Hipoteca:
 A hipoteca é um instrumento de garantia utilizado em operações de crédito
imobiliário, no qual o devedor oferece um bem imóvel como garantia do
empréstimo. Esse documento é registrado em cartório e confere ao credor o direito
de executar o imóvel em caso de inadimplência.
5. Alienação Fiduciária:
 A alienação fiduciária é um instrumento de garantia utilizado em operações de
crédito, no qual o devedor transfere a propriedade de um bem móvel ou imóvel para
o credor como garantia do pagamento da dívida. O devedor mantém a posse e o uso
do bem, mas o credor tem a propriedade fiduciária até que a dívida seja quitada.
Esses são alguns dos principais instrumentos de formalização das operações de crédito, cada um com
suas características e finalidades específicas. É importante que as partes envolvidas compreendam os
termos e condições desses instrumentos e busquem orientação jurídica adequada ao celebrar
operações de crédito.
4.2.1 CONTRATOS POR INSTRUMENTO PÚBLICO E PARTICULAR.

Os contratos podem ser formalizados por meio de instrumento público ou particular, e a


escolha entre eles depende da natureza da transação, das partes envolvidas e dos requisitos
legais. Aqui estão as principais características de cada tipo de instrumento:
Contratos por Instrumento Público:
1. Características:
 São formalizados perante um tabelião ou notário público.
 Requerem a presença das partes no ato da assinatura.
 O tabelião ou notário público atesta a autenticidade das assinaturas e registra
o contrato em cartório.
 Têm fé pública, conferindo maior segurança jurídica.
2. Exemplos:
 Compra e venda de imóveis.
 Doações.
 Testamentos.
 Escrituras de inventário.
3. Vantagens:
 Maior segurança jurídica devido ao registro em cartório.
 Fé pública conferida pelo tabelião ou notário público.
 Menor chance de questionamentos legais.
Contratos por Instrumento Particular:
1. Características:
 São elaborados pelas próprias partes ou por seus representantes legais.
 Não exigem a presença de um tabelião ou notário público no momento da
assinatura.
 As assinaturas das partes devem ser reconhecidas por duas testemunhas ou
por um advogado.
 Podem ser registrados em cartório, mas não é obrigatório.
2. Exemplos:
 Contratos de locação.
 Contratos de empréstimo pessoal.
 Acordos comerciais.
3. Vantagens:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Maior flexibilidade na elaboração do contrato.


 Menor custo, pois não requer a presença de um tabelião ou notário público.
 Processo mais ágil, pois não depende de agendamento em cartório.
Escolha do Tipo de Instrumento:
 A escolha entre instrumento público e particular depende da natureza da transação,
do valor envolvido, da segurança jurídica desejada e dos requisitos legais aplicáveis.
 Para transações de maior valor e que demandam maior segurança jurídica, é comum
optar por instrumentos públicos.
 Para transações de menor valor e que não exigem formalidades específicas, os
instrumentos particulares podem ser mais adequados.
Em resumo, tanto os contratos por instrumento público quanto os por instrumento particular
são válidos e eficazes, cada um com suas características e requisitos específicos, devendo ser
escolhidos conforme as necessidades e circunstâncias de cada situação.

4.2.2 CÉDULAS E NOTAS DE CRÉDITO.


As cédulas e notas de crédito são instrumentos financeiros utilizados para formalizar
operações de crédito e representar dívidas assumidas pelo devedor junto ao credor. Aqui
está uma explicação sobre cada um desses instrumentos:
Cédulas de Crédito:
1. Definição:
 As cédulas de crédito são títulos de crédito representativos de dívidas
contraídas pelo devedor em favor do credor.
 Elas podem ser emitidas por instituições financeiras ou por empresas para
captar recursos no mercado financeiro.
2. Tipos de Cédulas de Crédito:
 Cédula de Crédito Rural (CCR): Utilizada para financiar atividades agrícolas,
agroindustriais, entre outras relacionadas ao setor rural.
 Cédula de Crédito Industrial (CCI): Utilizada para financiar atividades
industriais.
 Cédula de Crédito Comercial (CCC): Utilizada para financiar atividades
comerciais.
 Cédula de Crédito Bancário (CCB): Emitida por instituições financeiras para
captar recursos junto a investidores.
3. Características:
 São títulos de crédito nominativos e à ordem, ou seja, podem ser transferidos
por endosso.
 Podem ser emitidas tanto no formato físico (papel) quanto no formato
eletrônico (escritural).
 O não pagamento da cédula de crédito pode resultar em protesto e inclusão
do devedor nos cadastros de inadimplentes.
Notas de Crédito:
1. Definição:
 As notas de crédito são documentos que representam uma promessa de
pagamento emitida pelo devedor ao credor.
 Elas são utilizadas principalmente em operações de crédito entre pessoas
físicas ou empresas, como empréstimos, financiamentos e transações
comerciais.
2. Características:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Geralmente são contratos escritos que estabelecem os termos e condições do


empréstimo ou financiamento.
 Podem incluir informações como valor do empréstimo, taxa de juros, prazos
de pagamento, garantias, entre outros.
 As notas de crédito podem ser registradas em cartório para conferir maior
segurança jurídica à transação.
Em resumo, tanto as cédulas de crédito quanto as notas de crédito são utilizadas para
formalizar operações de crédito, representando as dívidas assumidas pelo devedor junto ao
credor. Cada uma possui características específicas e é utilizada em contextos diferentes,
conforme as necessidades e requisitos das partes envolvidas na transação.

4.3 GARANTIAS.
As garantias são mecanismos utilizados para assegurar o cumprimento de obrigações
financeiras assumidas por uma parte (devedor) em relação a outra parte (credor). Elas
proporcionam segurança adicional ao credor em caso de inadimplência por parte do
devedor. Aqui estão alguns tipos comuns de garantias:
1. Garantias Reais:
 As garantias reais são aquelas que envolvem a entrega de um bem como
garantia do pagamento da dívida. Se o devedor não cumprir suas obrigações,
o credor tem o direito de tomar posse desse bem para compensar a dívida.
 Exemplos incluem hipotecas (em que um imóvel é dado como garantia) e
penhores (em que um bem móvel, como um veículo, é dado como garantia).
2. Garantias Pessoais:
 As garantias pessoais são aquelas em que uma pessoa (ou entidade) se
compromete a assumir a responsabilidade pelo pagamento da dívida caso o
devedor não cumpra suas obrigações. Essa pessoa é chamada de fiador ou
avalista.
 Exemplos incluem fiança (em que uma pessoa garante o cumprimento da
obrigação do devedor) e aval (em que uma pessoa se compromete a pagar a
dívida em caso de inadimplência do devedor).
3. Garantias Financeiras:
 Além das garantias reais e pessoais, existem garantias financeiras que podem
ser oferecidas para assegurar o cumprimento de obrigações financeiras. Essas
garantias incluem cartas de crédito, garantias bancárias e garantias de seguro.
4. Garantias Contratuais:
 Em alguns casos, as garantias são estabelecidas por meio de contratos, em
que as partes concordam com certas condições ou penalidades em caso de
inadimplência. Isso pode incluir a exigência de depósitos caucionais, cláusulas
penais ou outras medidas para mitigar o risco de crédito.
5. Garantias de Crédito Público:
 Em algumas transações, especialmente empréstimos de grande porte ou
projetos de infraestrutura, as garantias podem ser fornecidas pelo governo ou
por agências de crédito público para aumentar a confiança dos credores e
reduzir o custo do financiamento.
As garantias desempenham um papel crucial no sistema financeiro, pois ajudam a reduzir o
risco de crédito e proporcionam segurança tanto para os credores quanto para os devedores.
A escolha da garantia adequada depende da natureza da transação, do perfil de risco das
partes envolvidas e das condições do mercado.

4.3.1 FIDEJUSSÓRIAS: FIANÇA E AVAL.


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

As garantias fidejussórias, também conhecidas como garantias pessoais, são aquelas em que uma
pessoa (ou entidade) se compromete a assumir a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação
do devedor caso este não a cumpra. Duas formas comuns de garantias fidejussórias são a fiança e o
aval. Aqui está uma explicação sobre cada uma:
Fiança:
1. Definição:
 A fiança é um tipo de garantia na qual uma pessoa, chamada fiador, se compromete a
assumir a obrigação de pagar a dívida em nome do devedor caso este não o faça.
 O fiador se torna coobrigado solidário com o devedor, ou seja, ele responde pela
dívida da mesma forma que o devedor principal.
2. Características:
 Geralmente é utilizada em contratos de locação, empréstimos bancários,
financiamentos e outras operações de crédito.
 O fiador deve ter capacidade financeira e crédito suficiente para assumir a obrigação,
pois, em caso de inadimplência do devedor principal, ele será acionado para arcar
com a dívida.
 A fiança pode ser concedida de forma gratuita ou onerosa, dependendo das
negociações entre as partes.
3. Procedimento:
 Para que a fiança seja válida, é necessário que seja expressamente consentida pelo
fiador e que seja registrada em contrato, de acordo com as formalidades exigidas por
lei.
 O contrato de fiança geralmente estabelece as condições específicas da garantia,
incluindo o limite máximo de responsabilidade do fiador e as condições para sua
exoneração.
Aval:
1. Definição:
 O aval é um ato pelo qual uma pessoa, chamada avalista, garante o pagamento de
uma letra de câmbio, nota promissória ou outro título de crédito em caso de
inadimplência do devedor principal.
 O avalista se compromete a pagar o título na data de vencimento, caso o devedor
principal não o faça.
2. Características:
 O aval é um ato formal, que deve ser expresso de forma clara e inequívoca no título
de crédito.
 O avalista se torna coobrigado solidário com o devedor principal perante o credor do
título de crédito, assumindo a mesma responsabilidade pela dívida.
3. Procedimento:
 Para que o aval seja válido, é necessário que seja expressamente concedido pelo
avalista e que seja registrado no próprio título de crédito, de acordo com as
formalidades exigidas pela legislação aplicável.
Tanto a fiança quanto o aval são formas eficazes de garantia pessoal em transações comerciais e
financeiras. A escolha entre elas dependerá das necessidades das partes envolvidas, das condições do
mercado e das exigências específicas de cada operação de crédito.

4.3.2 REAIS: HIPOTECA E PENHOR.

As garantias reais, também conhecidas como garantias de coisa, envolvem a utilização de bens
materiais como garantia do cumprimento de uma obrigação financeira. Duas formas comuns de
garantias reais são a hipoteca e o penhor. Aqui está uma explicação sobre cada uma:
Hipoteca:
1. Definição:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A hipoteca é uma garantia real em que um bem imóvel (como uma casa, terreno ou
edifício) é dado como garantia de pagamento de uma dívida.
 O devedor, chamado de hipotecante, concede ao credor o direito de preferência
sobre o bem hipotecado em caso de inadimplência.
2. Características:
 O bem hipotecado permanece de propriedade do devedor, que mantém a posse e o
uso do mesmo enquanto a dívida estiver sendo paga.
 A hipoteca é registrada em cartório de imóveis, conferindo publicidade ao direito do
credor sobre o bem.
 Em caso de inadimplência, o credor pode executar a hipoteca, promovendo a venda
judicial do imóvel para satisfazer o pagamento da dívida.
Penhor:
1. Definição:
 O penhor é uma garantia real em que um bem móvel (como joias, veículos,
máquinas, entre outros) é dado como garantia de pagamento de uma dívida.
 O devedor, chamado de depositante ou penhorista, transfere a posse do bem para o
credor, chamado de credor pignoratício, que tem o direito de reter o bem até que a
dívida seja quitada.
2. Características:
 O bem penhorado permanece sob a guarda do credor durante o período da garantia.
 O penhor pode ser registrado em cartório ou por meio da entrega efetiva do bem ao
credor, dependendo da legislação aplicável e das práticas do mercado.
 Em caso de inadimplência, o credor pode vender o bem penhorado para satisfazer o
pagamento da dívida.
Diferenças entre Hipoteca e Penhor:
 Natureza do Bem: A hipoteca envolve um bem imóvel, enquanto o penhor envolve um bem
móvel.
 Registro: A hipoteca é registrada em cartório de imóveis, enquanto o penhor pode ser
registrado em cartório ou por meio da entrega efetiva do bem ao credor.
 Posse do Bem: No caso da hipoteca, o devedor mantém a posse e o uso do imóvel, enquanto
no penhor, o bem fica sob a guarda do credor.
 Execução da Garantia: Em caso de inadimplência, a hipoteca permite a venda judicial do
imóvel, enquanto o penhor permite a venda do bem penhorado.
Tanto a hipoteca quanto o penhor são formas eficazes de garantia real em operações de crédito,
proporcionando segurança ao credor e permitindo ao devedor utilizar seus bens como garantia para
obtenção de financiamentos e empréstimos

4.3.3 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS.

A alienação fiduciária de bens móveis é um instrumento jurídico utilizado como garantia em


operações de crédito, onde o devedor transfere a propriedade de um bem móvel ao credor fiduciário
como garantia do pagamento da dívida. Nesse tipo de garantia, o devedor mantém a posse e o uso do
bem, mas o credor fiduciário tem a propriedade fiduciária até que a dívida seja quitada
integralmente.
Aqui estão as principais características e procedimentos relacionados à alienação fiduciária de bens
móveis:
1. Transferência da Propriedade Fiduciária:
 O devedor transfere a propriedade fiduciária do bem ao credor fiduciário como
garantia do pagamento da dívida.
 A transferência é formalizada por meio de contrato de alienação fiduciária, que
estabelece os termos e condições da operação.
2. Posse e Uso do Bem:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Apesar de transferir a propriedade fiduciária, o devedor mantém a posse e o uso do


bem enquanto a dívida estiver sendo paga.
 O devedor é responsável pela conservação e manutenção do bem, bem como pelo
pagamento de eventuais despesas relacionadas a ele.
3. Registro e Publicidade:
 O contrato de alienação fiduciária e a transferência da propriedade fiduciária devem
ser registrados em cartório de títulos e documentos ou em registro de bens móveis,
conforme a legislação aplicável.
 O registro confere publicidade à garantia e protege os direitos do credor fiduciário
em caso de disputas ou conflitos.
4. Execução da Garantia:
 Em caso de inadimplência do devedor, o credor fiduciário tem o direito de promover
a execução da garantia, podendo requerer a busca e apreensão do bem.
 Após a apreensão do bem, o credor fiduciário pode vendê-lo para satisfazer o
pagamento da dívida, sendo o saldo remanescente, se houver, restituído ao devedor.
5. Dívida Quitada:
 Uma vez quitada a dívida integralmente, o credor fiduciário deve transferir a
propriedade plena do bem ao devedor, encerrando assim a alienação fiduciária.
A alienação fiduciária de bens móveis é comumente utilizada em financiamentos de veículos,
maquinários, equipamentos e outros bens móveis de valor significativo. Essa modalidade de garantia
oferece segurança ao credor e permite ao devedor obter financiamentos com taxas de juros mais
favoráveis.

4.4 TÍTULOS DE CRÉDITO - NOTA PROMISSÓRIA, DUPLICATA, CHEQUE.

Os títulos de crédito são documentos que representam um direito de crédito, ou seja, um direito de
receber uma quantia em dinheiro. Eles circulam no mercado como instrumentos de pagamento e são
amplamente utilizados no comércio e nas transações financeiras. Aqui estão as características de três
tipos comuns de títulos de crédito:
1. Nota Promissória:
 Definição: Uma nota promissória é um título de crédito pelo qual uma pessoa, chamada de
promitente ou subscritor, se compromete a pagar uma determinada quantia em dinheiro a
outra pessoa, chamada de beneficiário ou tomador, em uma data futura especificada.
 Características:
 Deve conter a promessa de pagamento expressa de forma clara e inequívoca.
 Pode ser utilizada como garantia em operações de crédito.
 Pode ser emitida por pessoas físicas ou jurídicas.
 Procedimento:
 Deve ser assinada pelo emitente.
 Pode ser registrada em cartório para conferir maior segurança jurídica.
2. Duplicata:
 Definição: A duplicata é um título de crédito emitido pelo vendedor de mercadorias ou
prestador de serviços para representar a obrigação de pagamento por parte do comprador
ou cliente.
 Características:
 É utilizada em transações comerciais de compra e venda de mercadorias ou
prestação de serviços.
 Deve conter informações sobre a transação comercial, como descrição das
mercadorias ou serviços, valor da operação, prazo de pagamento, entre outros.
 Procedimento:
 Deve ser emitida pelo vendedor após a entrega das mercadorias ou prestação dos
serviços.
 Pode ser aceita pelo comprador, que se compromete a pagar o valor especificado na
duplicata na data de vencimento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

3. Cheque:
 Definição: O cheque é um título de crédito emitido por uma pessoa (emitente) contra uma
instituição financeira, por meio do qual o emitente autoriza o banco a pagar uma
determinada quantia ao beneficiário indicado no cheque.
 Características:
 É amplamente utilizado como meio de pagamento em transações comerciais e
financeiras.
 Pode ser à vista ou pós-datado (quando o pagamento é agendado para uma data
futura).
 Requer a existência de fundos disponíveis na conta bancária do emitente para ser
válido.
 Procedimento:
 Deve conter a indicação do valor a ser pago, o nome do beneficiário, a data e o local
de emissão, a assinatura do emitente, entre outras informações obrigatórias.
 Após emitido, o cheque pode ser sacado pelo beneficiário em uma instituição
financeira.
Esses são alguns dos principais títulos de crédito utilizados no mercado financeiro e comercial. Cada
um deles possui características específicas e é regulado por legislação própria, que define os
requisitos de forma, conteúdo e circulação.

5 O BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.: LEGISLAÇÃO BÁSICA, PROGRAMAS E INFORMAÇÕES


GERAIS DE SUA ATUAÇÃO COMO AGENTE IMPULSIONADOR DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DA REGIÃO NORDESTE.
O Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) é uma instituição financeira pública brasileira, criada em
1952, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste do
Brasil. Sua atuação é regulada por legislação específica, e o banco desempenha um papel crucial
como agente impulsionador do desenvolvimento sustentável na região. Aqui estão algumas
informações sobre o BNB:
Legislação Básica:
1. Estatuto Social: Define a estrutura organizacional, competências e atribuições do Banco do
Nordeste.
2. Lei 7.827/1989 (Lei do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE):
Estabelece as diretrizes para o financiamento de projetos na Região Nordeste,
operacionalizado pelo BNB.
3. Lei 10.177/2001 (Lei de Reestruturação do BNB): Dispõe sobre a reestruturação do BNB e
suas atividades.
Programas e Atuação:
1. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): Principal instrumento de
financiamento do BNB, destinado a promover o desenvolvimento econômico e social da
Região Nordeste. Financia projetos nas áreas de indústria, comércio, serviços, agropecuária,
infraestrutura, entre outros.
2. Microcrédito: O BNB atua no fornecimento de microcrédito para empreendedores de baixa
renda, promovendo a inclusão financeira e o desenvolvimento de pequenos negócios na
região.
3. Agropecuária: O banco financia projetos voltados para o setor agropecuário, incluindo
agricultura familiar, irrigação, piscicultura, entre outros, contribuindo para o fortalecimento
da produção rural.
4. Infraestrutura: Investe em projetos de infraestrutura, como energia, saneamento, transporte
e telecomunicações, para promover o desenvolvimento regional e melhorar a qualidade de
vida da população.
5. Desenvolvimento Social: O BNB apoia iniciativas de desenvolvimento social, como programas
de educação, saúde, habitação e inclusão produtiva, visando reduzir as desigualdades sociais
na região.
Desenvolvimento Sustentável:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

1. Desenvolvimento Econômico Regional: O BNB busca promover o crescimento econômico


equilibrado e sustentável na Região Nordeste, estimulando o empreendedorismo, a inovação
e a competitividade dos negócios locais.
2. Inclusão Financeira: Por meio de seus programas de microcrédito e financiamento, o banco
contribui para a inclusão financeira de segmentos da população que tradicionalmente têm
dificuldade de acesso ao sistema bancário.
3. Preservação Ambiental: O BNB incorpora critérios de sustentabilidade em suas operações,
incentivando práticas ambientalmente responsáveis e o uso sustentável dos recursos naturais
em projetos financiados.
O Banco do Nordeste desempenha um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico da
Região Nordeste, através de seus programas de financiamento, investimentos em infraestrutura,
apoio ao empreendedorismo e promoção do desenvolvimento sustentável. Sua atuação contribui
significativamente para reduzir as desigualdades regionais e impulsionar o crescimento econômico da
região.

6 ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES.

Ética, moral, valores e virtudes são conceitos inter-relacionados que compõem a base da conduta
humana e são fundamentais para orientar as ações individuais e coletivas. Aqui está uma explicação
sobre cada um desses conceitos:
1. Ética:
 Definição: A ética refere-se aos princípios, normas e valores que orientam o comportamento
humano, visando o bem comum, a justiça e o respeito aos direitos e dignidade das pessoas.
 Características:
 Envolve a reflexão crítica sobre o que é certo e errado, bom e mau, justo e injusto.
 Orienta as escolhas e decisões morais, levando em consideração o impacto de nossas
ações sobre os outros e sobre o ambiente.
 Exemplo: Respeitar a dignidade e os direitos das pessoas, agir com honestidade, justiça e
responsabilidade.
2. Moral:
 Definição: A moral refere-se ao conjunto de regras, normas e valores internalizados por um
indivíduo ou grupo social, que orientam seu comportamento e suas escolhas no contexto
específico de uma cultura ou sociedade.
 Características:
 É influenciada por aspectos culturais, religiosos, familiares e educacionais.
 Varia de acordo com o tempo, o lugar e o contexto social.
 Exemplo: Respeitar os mais velhos, cumprir com as obrigações familiares, seguir as normas
de convivência em uma comunidade.
3. Valores:
 Definição: Os valores são princípios abstratos que uma pessoa ou sociedade considera
importantes e desejáveis, e que servem como critérios para avaliar e orientar o
comportamento e as escolhas.
 Características:
 Podem incluir valores éticos, morais, sociais, culturais, religiosos, entre outros.
 São fundamentais na formação da identidade e da visão de mundo de um indivíduo.
 Exemplo: Solidariedade, honestidade, respeito, liberdade, igualdade, justiça,
responsabilidade.
4. Virtudes:
 Definição: As virtudes são características pessoais ou qualidades de caráter que são
valorizadas moralmente e que contribuem para o desenvolvimento do indivíduo e para a
convivência harmoniosa na sociedade.
 Características:
 Envolve disposições habituais para agir de maneira ética e moralmente correta.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Inclui qualidades como coragem, temperança, prudência, justiça, generosidade, entre


outras.
 Exemplo: Ser honesto, ser empático, ter coragem para fazer o que é certo, ser tolerante com
as diferenças.
Em resumo, a ética, a moral, os valores e as virtudes são fundamentais para orientar o
comportamento humano em direção ao bem comum, à justiça e ao respeito mútuo. Eles são
essenciais para promover uma convivência harmoniosa e contribuir para o desenvolvimento
sustentável das sociedades.

6.1 NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL.

A ética empresarial e profissional refere-se aos princípios, valores e padrões de conduta que guiam as
atividades e as relações no ambiente de trabalho, tanto no âmbito das organizações quanto nas
interações entre profissionais. Aqui estão algumas noções fundamentais sobre ética empresarial e
profissional:
1. Respeito aos Direitos Humanos:
 As empresas e os profissionais devem respeitar os direitos humanos universais, como a
dignidade, a igualdade, a liberdade e a não discriminação, em todas as suas práticas e
relações comerciais.
2. Transparência e Honestidade:
 A transparência nas relações comerciais e a honestidade nas comunicações são essenciais
para construir confiança com clientes, parceiros de negócios e outras partes interessadas.
3. Cumprimento de Normas e Regulamentações:
 As organizações e os profissionais devem respeitar e cumprir as leis, regulamentações e
normas aplicáveis ao seu setor de atuação, garantindo conformidade legal e ética em todas as
suas atividades.
4. Responsabilidade Social e Ambiental:
 As empresas têm a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável da
sociedade e do meio ambiente, adotando práticas socialmente responsáveis e
ambientalmente sustentáveis em suas operações.
5. Integridade e Ética nos Negócios:
 A integridade nos negócios envolve a adesão a padrões éticos elevados, evitando práticas
antiéticas, como corrupção, suborno, fraudes e conflitos de interesse.
6. Tratamento Justo e Equitativo:
 As organizações devem promover um ambiente de trabalho inclusivo, onde todos os
funcionários sejam tratados com respeito, justiça e equidade, independentemente de raça,
gênero, orientação sexual, religião, entre outros aspectos.
7. Confidencialidade e Privacidade:
 Os profissionais devem proteger a confidencialidade e a privacidade das informações
confiadas a eles no exercício de suas atividades, respeitando os direitos de privacidade de
clientes, colegas e parceiros de negócios.
8. Desenvolvimento Profissional e Pessoal:
 Os profissionais têm a responsabilidade de buscar o desenvolvimento contínuo de suas
habilidades e conhecimentos, adotando uma postura ética e de respeito nas relações
interpessoais e profissionais.
Em resumo, a ética empresarial e profissional é essencial para promover um ambiente de trabalho
saudável, construir relacionamentos de confiança e contribuir para o sucesso sustentável das
organizações e da sociedade como um todo. O compromisso com valores éticos elevados é um
diferencial competitivo e uma fonte de reputação positiva para empresas e profissionais
6.2 A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS.

A gestão da ética nas empresas, sejam elas públicas ou privadas, é fundamental para garantir a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

integridade, a confiança dos stakeholders e o cumprimento das normas e regulamentações. Aqui


estão algumas considerações importantes sobre a gestão da ética:
1. Cultura Organizacional Ética: A ética deve ser incorporada à cultura organizacional desde o
topo da hierarquia até a base. Isso envolve liderança ética, comunicação transparente e
estabelecimento de valores éticos como parte integrante da identidade da empresa.
2. Códigos de Ética e Conduta: As empresas devem desenvolver e implementar códigos de ética
e conduta que estabeleçam os padrões de comportamento esperados de todos os
colaboradores. Esses códigos devem ser claros, abrangentes e acessíveis a todos os
funcionários.
3. Treinamento e Educação: É essencial fornecer treinamento regular sobre questões éticas e
compliance para todos os funcionários, garantindo que eles entendam os padrões éticos da
empresa e saibam como agir em situações éticas complexas.
4. Canais de Denúncia e Retaliação Zero: As empresas devem implementar canais de denúncia
eficazes, onde os funcionários se sintam seguros para relatar violações éticas sem medo de
retaliação. É crucial que essas denúncias sejam tratadas de forma confidencial e investigadas
de maneira justa e imparcial.
5. Responsabilidade e Prestação de Contas: Os líderes da empresa devem ser responsáveis por
promover e manter uma cultura ética, e devem ser responsabilizados por quaisquer violações
éticas que ocorram em suas áreas de responsabilidade.
6. Auditorias e Monitoramento: As empresas devem realizar auditorias regulares para avaliar o
cumprimento de suas políticas éticas e identificar áreas de melhoria. O monitoramento
contínuo é essencial para garantir a conformidade ética em todos os níveis da organização.
7. Transparência e Divulgação de Informações: As empresas devem ser transparentes em sua
divulgação de informações, especialmente relacionadas a questões éticas e de compliance.
Isso inclui a divulgação de políticas, procedimentos, resultados de auditorias e medidas
corretivas.
8. Incentivos e Reconhecimento: As empresas podem incentivar o comportamento ético por
meio de programas de reconhecimento e recompensas para funcionários que demonstram
integridade e agem de acordo com os valores éticos da empresa.
Ao adotar uma abordagem abrangente e proativa para a gestão da ética, as empresas podem
promover um ambiente de trabalho saudável, construir uma reputação sólida e mitigar o risco de
escândalos éticos que possam prejudicar sua imagem e sustentabilidade a longo prazo.

6.3 CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. CAPÍTULO I –


DOS OBJETIVOS
Art. 1º O conteúdo deste Código está vinculado à missão, à visão e aos valores que definem a
identidade única do Banco do Nordeste e representa o compromisso da instituição, dos seus
administradores, empregados, colaboradores e daqueles que atuam ou prestam serviços em nome
ou para o Banco com o alinhamento dos padrões requeridos de comportamento pessoal e
profissional ao mais alto nível de ética e de integridade desejado para os processos e
relacionamentos internos e externos da Instituição.
Art. 2º São objetivos deste Código:
I Identificar e sistematizar os princípios e valores éticos e de integridade essenciais, que devem
orientar os relacionamentos internos e externos e a condução das atividades do Banco do Nordeste;
II A partir deste conjunto de princípios e valores, alinhar e inspirar diretrizes e compromissos a serem
expressos nas iniciativas, políticas, programas e normas do Banco do Nordeste; I
II Servir como guia e inspiração para o estabelecimento de uma linha de comportamento profissional
dentro do padrão ético e de integridade esperado pelo Banco do Nordeste e pela sociedade;
IV Estabelecer os princípios de integridade para prevenção à corrupção e a outros atos lesivos ao
Banco do Nordeste, inclusive como forma de realizar negócios responsáveis e sustentáveis;
V Orientar a tomada de decisão em situações de conflitos ou dilemas éticos;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

VI Servir como elemento norteador na busca constante de garantir a integridade das nossas ações e
uma comunicação precisa, oportuna e transparente com todas as partes interessadas;
VII Orientar a participação de todos os agentes externos, públicos e privados, em seus
relacionamentos com o Banco do Nordeste;

CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.


2 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 VIII Fortalecer, na dimensão ética, a
imagem e a reputação da instituição perante a sociedade; IX Ser referência nas análises e apurações
de eventuais infrações éticas ou de integridade.
CAPÍTULO II – DO PÚBLICO-ALVO
Art. 3º Este Código aplica-se ao seguinte público-alvo, para o qual o referencial ético aqui
apresentado deve, obrigatoriamente, balizar a condução de suas atividades e relacionamentos, seja
no mundo real ou no mundo virtual.
I Membros dos órgãos estatutários:
a) Membros do Conselho de Administração;
b) Membros da Diretoria Executiva;
c) Membros do Conselho Fiscal;
d) Membros do Comitê de Auditoria;
e) Membros do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração; e
f) Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital.
II Empregados;
III Colaboradores:
a) Terceirizados;
b) Bolsistas;
c) Jovens aprendizes.
IV Fornecedores;
V Parceiros e pessoas físicas prestadoras de serviços, bem como profissionais de empresas
contratadas ou parceiras que desenvolvam suas atividades, ou parte delas, nas dependências do
Banco do Nordeste;
VI Pessoas que atuem em nome do Banco do Nordeste, mesmo que de forma temporária, recebendo
ou não remuneração sobre essa atuação.

CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.


3 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023
Art.4º São considerados agentes externos e devem observar o que está disciplinado neste Código, no
que couber:
a) Clientes;
b) Usuários de serviços;
c) Empregados da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil – Capef e do
Grupo Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste – Grupo Camed;
d) Empregados das instituições parceiras e patrocinadas;
e) Representantes de órgãos de regulação e controle, bem como de empresas de auditoria externa,
no exercício de suas atividades nas dependências do Banco do Nordeste;
f) Pessoas que atuem para o Banco do Nordeste, mesmo que de forma temporária, recebendo ou não
remuneração.

CAPÍTULO III – DA MISSÃO E DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS FUNDAMENTAIS


Art. 5º A missão do Banco do Nordeste é atuar como o banco de desenvolvimento da Região
Nordeste. Parágrafo único: O Banco tem por objeto social a promoção do desenvolvimento e a
circulação de bens por meio da prestação de assistência financeira, de serviços, técnica e de
capacitação a empreendimentos de interesse econômico e social.
Art. 6º Os princípios e valores que fundamentam a atuação dos diversos agentes submetidos a este
Código são os seguintes: I Ética, como princípio fundamental para o aprimoramento contínuo da
atuação, dos comportamentos e das atitudes do ser humano, sendo pré-requisito e suporte para a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

confiança pública; II Legalidade (atuação sempre conforme as leis), Impessoalidade (prevalência do


interesse público sobre interesses particulares), Moralidade (conduta pautada por padrões éticos de
boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade na busca sempre do bem comum), Publicidade
(ampla divulgação dos atos da Instituição para a CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 4 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023
sociedade) e Eficiência (melhor desempenho com economicidade, redução de desperdícios,
qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional para melhores resultados) como princípios
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil para a Administração Pública; III
Justiça, Governança, Honestidade, Sustentabilidade, Igualdade, Compromisso, Democracia,
Transparência, Respeito, Cooperação, Confiança, Disciplina e Civilidade como valores institucionais
que devem reger todos os relacionamentos e processos do Banco do Nordeste; IV Meritocracia,
Integridade, Inovação e Foco nos Clientes e Resultados como princípios de gestão; V Todas as pessoas
devem ser tratadas com igualdade, sendo inadmissível qualquer forma de discriminação, seja de
origem social, cultural, étnica, sexual, ou relativa a questão de cor, idade, religião, idioma, convicção
filosófica ou política, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, condição física e psíquica,
origem, grau de escolaridade, formação, aparência e nacionalidade; VI A convivência no ambiente de
trabalho deve ser harmoniosa e produtiva, baseada na equidade, no respeito mútuo, na cordialidade,
na colaboração e no espírito de equipe, independentemente do cargo ou função; VII Ambientes de
trabalho saudáveis e seguros são indispensáveis para a garantia do bem-estar de empregados e
colaboradores e para a adequada prestação de serviços para clientes e usuários; VIII A corrupção, em
todas as suas formas, bem como as práticas fraudulentas, o nepotismo, o conflito de interesses, os
atos ilícitos ou criminosos de toda ordem são incompatíveis com o padrão ético do Banco do
Nordeste, devendo ser repudiados, combatidos e denunciados às instâncias competentes; IX Os
direitos humanos fundamentais devem ser respeitados, não sendo admitido qualquer ato que
afronte a dignidade das pessoas e a igualdade de direitos entre elas; X Repúdio a todas as pressões
ou tentativas de interferência política, internas ou externas, que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais, aéticas ou em desacordo
com os normativos internos; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE
DO BRASIL S.A. 5 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 XI Responsabilidade
socioambiental como um conjunto de compromissos, princípios e diretrizes de atuação fundamentais
para o desenvolvimento sustentável e que orientam o Banco do Nordeste, como banco de
desenvolvimento, na aplicação do crédito e em seus processos internos de trabalho; XII Isenção e
imparcialidade no exercício das atividades e na condução dos relacionamentos institucionais e
interpessoais, não usando a posição dentro do Banco do Nordeste para a obtenção de benefícios ou
vantagens para si ou para terceiros; XIII A exploração do trabalho infantil e a utilização do trabalho
análogo à escravidão são práticas repudiadas pelo Banco do Nordeste; XIV Zelo permanente de todos
pela imagem e integridade institucional do Banco do Nordeste; XV Atitudes e comportamentos
baseados sempre no compromisso inalienável de buscar fazer sempre o melhor, o que inclui atuar
com espírito público, elevado senso de responsabilidade e de acordo com o disposto neste Código,
nas normas internas e na legislação vigente. Art. 7º Todas as políticas e iniciativas institucionais
devem pautar-se, no que couber, no conteúdo deste Código de Conduta Ética e Integridade,
respeitando todos os seus dispositivos, não sendo admitido qualquer regramento interno que
contrarie o que este Código estabelece. CAPÍTULO IV – NAS RELACÕES COM CLIENTES E USUÁRIOS
Art. 8º As interações com clientes e usuários são orientadas pelas diretrizes e compromissos da
Política de Relacionamento com Clientes e Usuários de Produtos e Serviços Financeiros do Banco do
Nordeste e devem ser regidas pelos seguintes princípios: I. Integridade; II. Conformidade; III.
Confiabilidade; IV. Segurança e sigilo das transações; V. Legitimidade das operações contratadas e dos
serviços prestados; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 6 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 VI. Respeito; VII. Equidade;
VIII. Cortesia; IX. Diligência; X. Responsabilidade; XI. Transparência; XII. Receptividade a sugestões e
críticas; XIII. Privacidade e proteção de dados; XIV. Observância de princípios e normas pertinentes
aos direitos do consumidor. Art. 9º Na realização de negócios, empregados e colaboradores do Banco
do Nordeste devem seguir, além dos princípios e valores apresentados no artigo 6° anterior, as
seguintes orientações: I Dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuários, considerando
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

seus perfis de relacionamento e vulnerabilidades associadas; II Oferecer produtos e serviços


adequados às necessidades de clientes e usuários de cada segmento; III Fornecer, de forma clara,
precisa e tempestiva, as informações necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de
clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades, custos ou ônus,
penalidades e eventuais riscos existentes na execução de operações e na prestação de serviços; IV
Cumprir os normativos internos e externos que regram a atuação institucional; V Cumprir as normas
internas e externas de prevenção à lavagem de dinheiro e de combate à corrupção e ao
financiamento do terrorismo; VI Abster-se de realizar negócios com clientes que exploram o trabalho
infantil ou o trabalho análogo ao escravo; VII Prevenir e combater atos de fraude e corrupção,
denunciando os fatos suspeitos às alçadas competentes; VIII Manter sigilo sobre as informações que
ainda não sejam de domínio público, referentes a possíveis negócios com empresas e pessoas ou com
o setor público; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
S.A. 7 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 IX Resguardar as informações dos
clientes do Banco, em especial aquelas relativas à sua situação econômica, financeira e comercial e
dos respectivos empreendimentos; X Analisar as operações de financiamento e de crédito de acordo
com os critérios técnicos disponíveis, incluindo aqueles relacionados com o risco e a viabilidade
pertinentes; XI Tratar de forma colegiada as decisões sobre operações de crédito e de financiamento;
XII Não apresentar indicações a clientes, ainda que por eles solicitadas, de fornecedores ou
prestadores de serviços, mantendo sempre uma comunicação estritamente profissional, preservando
a isenção necessária e exigida. CAPÍTULO V – NAS RELAÇÕES COM INVESTIDORES E ACIONISTAS Art.
10º As relações com investidores e acionistas devem ser pautadas nos princípios de governança
universalmente aceitos e nos pressupostos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, que norteiam a gestão pública, visando à (ao): I Transparência nas relações com o
mercado, mediante a prestação de informações claras, fidedignas, ágeis e oportunas, que
possibilitem a avaliação do desempenho da Instituição ou fundamentem, da melhor forma possível, a
tomada de decisões sobre investimentos; II Equidade de tratamento para os acionistas e respeito aos
seus direitos, não se admitindo privilégios, tanto na distribuição de resultados, como na divulgação
de informações, nem quaisquer atitudes discriminatórias; III Disponibilização de declarações,
demonstrativos, relatórios, comunicados e outros informativos que reflitam a realidade da instituição
com objetividade, clareza, simplicidade e consistência; IV Publicação das demonstrações financeiras e
contábeis de acordo com o estabelecido na lei e em conformidade com os princípios e normas de
contabilidade, de maneira a representar, com rigor e precisão, as transações realizadas, o resultado
das operações, os fluxos de caixa e a posição patrimonial e financeira do Banco do Nordeste; CÓDIGO
DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 8 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023 V Conformidade com as leis, normas e regulamentos e
exigência de seu cumprimento pelas contrapartes; VI Aperfeiçoamento contínuo de diretrizes e
práticas de governança corporativa; VII Cumprimento da missão institucional; VIII Continuidade da
Instituição no longo prazo e geração de resultados positivos e sustentáveis. Parágrafo único: É vedada
ao público-alvo deste Código a divulgação, sem autorização da autoridade competente do Banco, de
informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da Instituição e em suas relações com o
mercado ou com consumidores e fornecedores. CAPÍTULO VI – NAS RELAÇÕES COM O PODER
PÚBLICO Art. 11 O relacionamento com o Setor Público e seus agentes deve ser norteado pela
discussão democrática e pelo estabelecimento de parcerias institucionais, objetivando a
implementação de políticas, projetos e programas voltados para o desenvolvimento sustentável da
área de atuação do Banco do Nordeste. Parágrafo único: É vedada a realização de doações eleitorais,
financeiras ou não, a pessoas ou partidos políticos por parte do Banco do Nordeste. Art. 12 São
exemplos de parâmetros a serem seguidos na definição da conduta em relação a agentes públicos ou
políticos: I Relações de caráter institucional com agentes públicos, independentemente da posição
hierárquica, devem ser conduzidas pela legalidade e transparência, em especial quanto ao seu objeto,
finalidade e destino dos recursos envolvidos, bem como seguidas de rigorosa prestação de contas; II
Decisões originadas a partir de relacionamentos com o setor público devem ser isentas de
preferências partidárias ou ideológicas, de forma a preservar a integridade do Banco do Nordeste; III
Parcerias e eventuais destinações de recursos, reembolsáveis ou não, para o setor público devem ter
sempre como objetivos o aprimoramento dos serviços destinados à sociedade pelo governo, órgão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

ou entidade pública e o bem comum; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO


NORDESTE DO BRASIL S.A. 9 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 IV O Banco
do Nordeste respeita o direito individual dos seus administradores e demais membros dos órgãos
estatutários, dos empregados e colaboradores de participar de assuntos e processos políticos, porém
eventuais manifestações de opinião e a própria participação política desse público devem ter caráter
estritamente pessoal e ocorrer somente em seu tempo livre e às suas próprias custas. e, em
nenhuma hipótese, representarão o posicionamento do Banco do Nordeste nem seu apoio
institucional; V No relacionamento com agentes públicos ou políticos, sempre considerar a percepção
que a sociedade possa ter da conduta adotada no caso concreto, assegurando-se de que não existam
dúvidas sobre a ética e a integridade individuais e as do Banco do Nordeste. Art. 13 No
relacionamento com agentes públicos, as seguintes condutas são inadmissíveis: I Prometer, oferecer
ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou político, ou a terceira pessoa
a eles relacionada, bem como receber qualquer benefício, monetário ou não, com a finalidade de dar
cumprimento ao que já seria uma obrigação ou para fazer com que processos ou rotinas sejam
indevidamente facilitados, abreviados, apressados ou mesmo suprimidos; II Compactuar com fraudes
em contratos de financiamento com governos, órgãos ou entidades públicas; III Servir a interesses
particulares em detrimento do bem comum ou colaborar para a apropriação indevida de recursos
públicos por entes privados; IV Aliciar autoridades, agentes públicos, concessionários e
permissionários de serviço público ou candidatos a cargos eletivos, por meio de presentes, ofertas,
benefícios ou vantagens indevidas direcionadas a esse público, ou a terceira pessoa a eles
relacionada, seja para facilitar negócios ou contratações, seja para que cumpram as próprias
responsabilidades legais ou para precipitar processos; V Utilizar recursos, estrutura, instalações,
imagens, informações, marcas e identidade visual do Banco do Nordeste para atender a interesses
político-partidários. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 10 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 CAPÍTULO VII – NAS
RELAÇÕES COM ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E AUDITORIA Art. 14 O relacionamento com
os representantes de órgãos reguladores e fiscalizadores, bem como com as equipes de auditoria
interna e externa, deve se dar de forma atenciosa, transparente, prestativa e respeitosa, sempre de
acordo com os princípios e valores éticos estabelecidos neste Código e procurando atender a
eventuais solicitações de informação nos prazos estabelecidos. Art. 15 O Banco do Nordeste
comunica aos órgãos de controle e de fiscalização, através da Unidade competente, de forma
transparente e fidedigna, informações sobre situações ocorridas na empresa que afrontem o Código
de Conduta da Alta Administração Federal, não se eximindo de realizar as apurações internas, no que
couber. Art. 16 Quando solicitado por órgãos de fiscalização ou de regulação, o Banco do Nordeste
concederá acesso aos documentos e às informações necessários à realização dos trabalhos, inclusive
aqueles classificados como sigilosos, observado o disposto na Lei de Acesso à Informação - LAI (Lei
12.527/2011) e na Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD (Lei 13.709/2018). Art. 17 É compromisso
do público-alvo deste Código, quando solicitado, disponibilizar sempre a informação mais completa,
atualizada, objetiva e clara possível aos órgãos de regulação e fiscalização, bem como às empresas de
auditoria externa e às unidades de auditoria interna. Art. 18 São consideradas condutas inadmissíveis
apresentar, de maneira deliberada, informações incorretas, dar falsas declarações, destruir ou alterar
registros e documentos potencialmente importantes em processos de apuração ou investigação e até
mesmo tentar induzir ao erro auditores internos ou externos e representantes de órgãos de
regulação e fiscalização. CAPÍTULO VIII – NAS RELACÕES COM O MERCADO E COM OS
CONCORRENTES Art. 19 A integridade, o respeito mútuo, a civilidade e a promoção da concorrência
justa e leal são compromissos permanentes nas relações de mercado ou entre concorrentes. Art. 20
O Banco do Nordeste respeita a concorrência e proíbe que sejam divulgados ou disseminados por
qualquer meio e sob qualquer pretexto, conceito, comentário ou boato CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA
E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 11 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 que possa comprometer a imagem de empresas do mercado ou
prejudicá-las de alguma maneira, zelando pela proteção de informações e pelo respeito à reputação,
opiniões e posicionamentos dos concorrentes. Art. 21 O intercâmbio de dados, informações e
experiências com a concorrência deve ser conduzido de forma lícita, transparente e fidedigna,
preservando os princípios do sigilo bancário e os interesses do Banco do Nordeste. CAPÍTULO IX –
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

NAS RELACÕES COM A SOCIEDADE E AS COMUNIDADES Art. 22 Nos relacionamentos com a


sociedade em geral e, em particular, junto às comunidades em que o Banco do Nordeste atua, o
público-alvo deste Código deve-se primar pelo respeito às seguintes diretrizes: I Valorizar os vínculos
estabelecidos entre o Banco do Nordeste e as comunidades em que atua, respeitando os valores
culturais existentes no local; II Desenvolver sua atuação com integridade e transparência, cultivando a
credibilidade junto à população de forma permanente e influenciando positivamente a sociedade; III
Levar em consideração, em todas as decisões, os impactos que elas trarão às comunidades e ao meio
ambiente e buscar sempre a promoção do desenvolvimento sustentável nas ações desenvolvidas; IV
Considerar os princípios e diretrizes da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática
(PRSAC) como premissa na definição de políticas corporativas, programas de financiamento e nas
iniciativas de um modo geral. CAPÍTULO X – NAS RELACÕES COM FORNECEDORES E PARCEIROS Art.
23 O Banco do Nordeste pauta seu relacionamento com fornecedores, prestadores de serviços e
parceiros pelo compartilhamento dos padrões morais, éticos e de integridade constantes deste
Código. Art. 24 A seleção de fornecedores e prestadores de serviços é realizada com imparcialidade e
transparência, de forma a nunca existir favorecimento de qualquer espécie, procurando CÓDIGO DE
CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 12 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023 sempre garantir a pluralidade e a livre concorrência entre
eles, bem como a qualidade e a viabilidade socioeconômica dos serviços prestados e dos produtos
fornecidos. Art. 25 São exigidos dos fornecedores e prestadores de serviços, bem como de eventuais
parceiros: I A adesão ao conjunto de princípios, valores e condutas éticas e de integridade do Banco
do Nordeste; II O respeito aos direitos humanos e à legislação vigente; III O cumprimento das
exigências trabalhistas, ambientais, previdenciárias, fiscais e de segurança do trabalho; IV Um padrão
de integridade representado pela adoção das regulamentações referentes à prevenção e ao combate
à corrupção; V A não utilização de trabalho infantil, escravo ou em condições degradantes, inclusive
na cadeia produtiva de seus fornecedores; VI O não envolvimento em práticas que possam, de
qualquer modo, contribuir para a disseminação do proveito criminoso da prostituição; VII
Responsabilidade socioambiental e compromisso com a sustentabilidade de suas atividades; VIII
Confidencialidade e sigilo quando do eventual acesso a dados e informações do Banco do Nordeste, a
qualquer tempo, no desenvolvimento das suas atividades como fornecedor, prestador de serviços ou
parceiro; IX Que seus empregados ou representantes sejam orientados a respeitar os princípios éticos
e as diretrizes de conduta definidos neste Código, bem como as normas operacionais do Banco do
Nordeste. Art. 26 No relacionamento com fornecedores, prestadores de serviços e parceiros, são
condutas vedadas ao público-alvo deste Código: I Condicionar a contratação de empresa ou a
celebração de parceria, bem como a manutenção dessas relações à obtenção de benefício que
extrapole os interesses do Banco do Nordeste, à realização de negócio do qual possam resultar
vantagens ou benefícios pessoais ou para terceiros, à admissão pela contratada ou parceira de
qualquer profissional indicado por si próprio ou por outro membro ou empregado ou à participação
em acordos ou práticas que caracterizem conflito de interesses reais ou aparentes para os envolvidos,
de qualquer uma das partes; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE
DO BRASIL S.A. 13 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 II Prestar qualquer
favor ou serviço remunerado a fornecedores, prestadores de serviços ou parceiros com os quais
mantenham relação por força das suas atividades no Banco do Nordeste; III Propor disposições
contratuais ou termos de parceria que afrontem ou minimizem a dignidade, a qualidade de vida e o
bem-estar dos empregados das empresas fornecedoras, prestadoras de serviços ou parceiras.
CAPÍTULO XI – NAS RELACÕES COM A IMPRENSA E DEMAIS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO Art. 27 O
Banco do Nordeste valoriza e respeita a imprensa e demais órgãos de comunicação, reconhecendo
que são meios fundamentais para a disseminação dos princípios e valores da Instituição, bem como
de fatos relevantes, produtos e serviços, iniciativas, realizações, resultados alcançados e do
conhecimento gerado internamente, permitindo a visibilidade pública. Art. 28 O Banco do Nordeste
prima por uma relação transparente, independente, ágil e respeitosa com a imprensa e demais
órgãos de comunicação e, por meio de seus representantes denominados porta-vozes, compromete-
se em prestar as informações produzidas ou custodiadas pela Instituição sempre de forma clara,
precisa, confiável e oportuna, preservando aquelas consideradas confidenciais e estratégicas. § único
O público alvo deste código deve respeitar a competência restrita dos porta-vozes para atender a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

demanda de informações pela mídia, conforme disposto na Política de PortaVozes do Banco do


Nordeste. Art. 29 A publicidade, os pronunciamentos e a disponibilização de informações
institucionais devem ser impessoais e não podem resultar em qualquer espécie de promoção
pessoal. CAPÍTULO XII – NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Art. 30 Nas relações de trabalho, constituem-
se como compromissos da Alta Administração do Banco do Nordeste: I Cumprir as leis, as normas e as
políticas de desenvolvimento humano instituídas, estimulando a convivência harmoniosa, a
cidadania, o espírito de equipe, a honestidade, a transparência dos atos e a cordialidade no ambiente
de trabalho; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.
14 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 II Garantir ambiente de trabalho
adequado, confortável, seguro e em permanente melhoria, primando pela saúde, bem-estar e
qualidade de vida de empregados e colaboradores; III Prover condições para que empregados e
colaboradores sejam tratados com igualdade, tornando inadmissível qualquer forma de
discriminação, seja de origem social, cultural, étnica, sexual, ou relativa a questões de cor, idade,
religião, idioma, convicção filosófica, política ou ideológica, orientação sexual, identidade de gênero,
estado civil, filiação sindical e partidária, condição física e psíquica, origem, grau de escolaridade,
formação, aparência e nacionalidade; IV Repudiar, coibir, apurar e punir qualquer procedimento que
possa configurar assédio de qualquer natureza, seja de caráter físico, sexual, moral ou psicológico; V
Repudiar toda e qualquer prática ilícita, a exemplo de suborno, extorsão, corrupção, propina,
nepotismo, lavagem de dinheiro, em todas as suas formas; VI Aperfeiçoar o fluxo de informações
necessárias à excelência de procedimentos no ambiente de trabalho; VII Proporcionar e democratizar
oportunidades de ascensão profissional, mediante critérios claros de acesso a treinamentos,
avaliações de desempenho, suprimento e substituição de cargos e funções, observando os interesses
institucionais, assegurando aos empregados lisura e transparência em todos os processos dessa
natureza e valorizando o mérito como o principal critério para acesso às funções comissionadas; VIII
Incentivar o autodesenvolvimento dos empregados, oferecendo treinamentos e capacitações
adequados para o exercício das suas atividades no Banco do Nordeste; IX Estimular inovações em
produtos, serviços, soluções, sistemas, políticas de financiamento e ações corporativas; X Estimular
ações de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental; XI Buscar sempre o
desenvolvimento sustentável em nossa atuação direta e indireta ou dentro da nossa esfera de
influência; XII Respeitar e valorizar a diversidade do conjunto de empregados e colaboradores, bem
como de todas as pessoas com as quais o Banco do Nordeste mantém relacionamento, combatendo
todas as formas de preconceito e discriminação; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 15 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023
XIII Assegurar que não haja restrição de ascensão funcional ou qualquer outro tipo de discriminação a
empregadas do Banco do Nordeste pelo fato de serem ou de poderem vir a ser mães; XIV Prover
condições adequadas de trabalho para empregados e colaboradores com deficiências; XV Manter
canais internos de comunicação efetivos, seguros e confiáveis para recepcionar e tratar sugestões de
melhoria dos processos operacionais e de gestão, bem como consultas, críticas, reclamações e
denúncias, garantindo o anonimato; XVI Na forma do regramento ético vigente e, em especial, da
Política de Proteção ao Denunciante, prover garantias institucionais quanto ao sigilo, à reserva de
informações dos processos e à identidade de colaboradores envolvidos em denúncias, objetivando
preservar direitos e proteger a neutralidade das decisões; XVII Assegurar que informações pessoais,
inclusive médicas e sobre benefícios, fiquem restritas ao próprio empregado e ao pessoal responsável
pela guarda, manutenção e disponibilização dessas informações. As solicitações, análises e repasses
dessas informações serão feitas somente por quem tiver legitimidade para tanto, nos termos da lei e
disposições normativas; XVIII Respeitar a liberdade de associação sindical e buscar conciliar, de forma
transparente, os interesses do Banco do Nordeste com os interesses dos empregados e de suas
entidades representativas, assumindo a negociação como prática permanente e modo preferencial de
solução de conflitos trabalhistas; XIX Promover a ampla divulgação deste Código na organização. Art.
31 O público alvo deste Código compromete-se a: I Cumprir a missão institucional; II Atuar sempre de
acordo com as leis, regulamentos e normas aplicáveis; III Alinhar atividades, processos, operações e
negócios do Banco do Nordeste com a Missão, Visão, Valores, Código de Conduta Ética e Integridade,
Normas de Conduta e com os princípios e diretrizes contidos nas políticas corporativas; IV Agir
sempre de acordo com as responsabilidades que o cargo ou a função lhe confere, exercendo suas
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

atividades com profissionalismo e contribuindo para a excelência dos serviços prestados pelo Banco;
CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 16 Aprovado
pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 V Respeitar a diversidade, tanto a presente no
âmbito interno, quanto a do conjunto de pessoas com as quais o Banco do Nordeste mantém
relacionamento, não adotando e combatendo quaisquer comportamentos preconceituosos ou
discriminatórios; VI Manter sigilo sobre assuntos de interesse do Banco do Nordeste, inclusive
relacionados aos seus clientes, parceiros, concorrentes e acionistas, não devendo divulgá-los, sob
qualquer pretexto, salvo se autorizado; VII Zelar pelo patrimônio do Banco do Nordeste e primar pela
economia, guarda e conservação dos bens corporativos e recursos materiais à sua disposição,
utilizando-os unicamente para trabalhos de interesse do Banco, protegendo-os de danos, manuseio
inadequado, perdas ou extravios; VIII Agir com responsabilidade socioambiental, especialmente no
uso de recursos como água, energia, papel e materiais de consumo, promovendo a destinação final
ambientalmente adequada de resíduos e evitando qualquer forma de desperdício ou de utilização
diferente daquela guiada pelo interesse institucional; IX Cuidar da integridade dos recursos
patrimoniais e financeiros de terceiros que estejam sob a guarda ou estejam sendo administrados
pelo Banco; X Contribuir e zelar permanentemente para a boa imagem do Banco do Nordeste, dentro
e fora do ambiente de trabalho; XI Abster-se em decisões que envolvam interesses pessoais ou
relação de parentesco consanguíneo ou por afinidade, em linha reta ou colateral, até 3º grau; XII
Abster-se de receber favores, vantagens ou presentes de qualquer natureza, para si ou para outrem,
oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não de relacionamentos com o Banco do
Nordeste e que possam influenciar decisões, facilitar negócios ou beneficiar terceiros; XIII Privar-se de
obter proveito de cargo, função ou de informações em benefício próprio ou de terceiros; XIV Abster-
se de adotar procedimento que possa configurar assédio de qualquer natureza, seja físico, moral,
sexual ou psicológico; XV Comunicar às áreas competentes pressão ou assédio de qualquer pessoa
cujo interesse conflite com os do Banco do Nordeste; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE
DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 17 Aprovado pelo Conselho de Administração em
21/03/2023 XVI Contribuir para manutenção de ambiente de trabalho saudável baseado em respeito,
solidariedade, honestidade, harmonia, autodesenvolvimento, espírito de equipe, cidadania e no
compartilhamento de conhecimentos em prol do Banco; XVII Colaborar para um ambiente de
trabalho livre de ofensas, difamação, exploração, discriminação, repressão, intimidação, assédio e
violência verbal ou não verbal; XVIII Compartilhar com os demais colegas os conhecimentos e as
informações necessárias ao exercício das atividades próprias da instituição, respeitadas as normas
relativas ao sigilo; XIX Não permitir que interesses de ordem pessoal, simpatias ou antipatias
interfiram no trato com colegas, público em geral e no andamento dos trabalhos; XX Não prejudicar
deliberadamente, no ambiente de trabalho ou fora dele, por qualquer meio, a imagem da instituição
ou a reputação dos administradores, demais membros dos órgãos estatutários, empregados e
colaboradores; XXI Notificar à área responsável sobre quaisquer ocorrências que possam oferecer
risco à saúde e/ou integridade física sua ou de outrem; XXII Aceitar e respeitar opiniões divergentes e
de caráter construtivo, agindo continuamente para prevenir e solucionar eventuais conflitos; XXIII
Promover a união de esforços entre as diversas unidades, dispondo-se sempre a compartilhar
conhecimentos e informações nos trabalhos conjuntos, contribuindo, dessa forma, para a
manutenção de um ambiente amplamente cooperativo; XXIV Para todos aqueles que intervenham
em processos de contratação, seleção e/ou promoção profissional, seja qual for a sua posição, agir
com objetividade técnica em todas as suas intervenções e decisões, atuando com respeito aos
regulamentos vigentes e com o único objetivo de identificar as pessoas mais adequadas ao perfil e
necessidades da função a preencher, promovendo a todo o tempo e circunstâncias a igualdade de
oportunidades, observando-se os interesses institucionais; XXV Respeitar os direitos autorais e a
legislação específica sobre propriedade intelectual, tanto das produções do Banco do Nordeste como
de terceiros; XXVI Praticar o diálogo e a cooperação com os públicos de relacionamento do Banco do
Nordeste, recepcionando críticas e sugestões de melhoria, respondendo corretamente e com rapidez
às dúvidas apresentadas e procurando, a partir dessas condutas, agregar continuamente valor a
produtos e serviços; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 18 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 XXVII Cumprir este Código
e as normas internas a ele relacionadas, agindo de acordo com os princípios e valores éticos e de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

integridade aqui apresentados e escolhendo sempre, diante de mais de uma opção, a melhor para o
Banco e para a sociedade; XXVIII Adotar os mais elevados padrões de profissionalismo, integridade e
comportamento ético no seu cotidiano, utilizando-se dessa conduta como elemento básico e
norteador de suas responsabilidades funcionais; XXIX Conhecer e difundir, inclusive por meio das
próprias atitudes, os valores e princípios contidos neste Código; XXX Comunicar imediatamente
quaisquer suspeitas, tentativas ou práticas de atos ilícitos ou condutas inapropriadas que afrontem o
disposto neste Código, por meio dos canais de denúncias apresentados no Artigo 62. XXXI Assegurar
que informações pessoais, inclusive médicas e sobre benefícios, a que tenham conhecimento em
razão do cargo ou função, sejam manuseadas com o cuidado e a reserva necessária, devendo ficar
restritas ao conhecimento daqueles que precisem das informações para a realização de suas
atividades no Banco. Art. 32 São condutas vedadas nas relações de trabalho, presenciais, virtuais ou
remotas: I O uso do cargo ou função, de facilidades, de amizades, de tempo, de posição ou de
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; II Prejudicar
deliberadamente a reputação de administradores, empregados e colaboradores do Banco do
Nordeste, agentes públicos de órgãos e entidades federais, estaduais ou municipais e de cidadãos
que deles dependam, bem como de clientes, parceiros, fornecedores e concorrentes; III Ser, mesmo
que em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de
Conduta Ética e Integridade; IV Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; V Deixar de utilizar os avanços
técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para cumprimento de suas
responsabilidades funcionais ou execução de suas atividades; VI Permitir que perseguições,
simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E
INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 19 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 VII Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outra pessoa
para o mesmo fim; VIII Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências; IX Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento do Banco do
Nordeste; X Desviar empregados ou colaboradores para atendimento a interesse particular; XI Retirar
das instalações do Banco do Nordeste, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao Banco ou a terceiros; XII Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; XIII
Apresentar-se embriagado ou sob o efeito de substâncias ilícitas no serviço ou fora dele
habitualmente; XIV Cooperar com qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana; XV Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso. Parágrafo único: É vedado ao Presidente e aos Diretores do
Banco do Nordeste opinar publicamente a respeito: I Da honorabilidade e do desempenho funcional
de outra autoridade pública federal; e II Do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão
individual ou em órgão colegiado. CAPÍTULO XIII – DO COMPORTAMENTO NAS REDES E MÍDIAS
SOCIAIS Art. 33 O público-alvo deste Código e todos aqueles que atuam ou prestam serviços em
nome ou para o Banco do Nordeste deverão aplicar, no que couber, os dispositivos contidos neste
Código sempre que se identificarem ou forem identificáveis como vinculados a essa Instituição em
redes e mídias sociais. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 20 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 Art. 34 O Banco do
Nordeste respeita e valoriza o direito à livre expressão, porém é essencial que cada um esteja
consciente de que seu comportamento em redes e mídias sociais, ainda que em interações de caráter
pessoal, pode comprometer a imagem, a reputação e a integridade institucionais. Parágrafo único:
Redes e mídias sociais devem ser utilizadas com responsabilidade, empatia e compromisso com a
ética e a integridade institucionais. Art. 35 Nas interações em redes e mídias sociais, o público-alvo
deste Código deve observar as seguintes orientações: I Ter a consciência de que é responsável por
tudo o que publica ou compartilha nas redes e mídias sociais; II A má conduta no mundo virtual se
compara e equivale àquela realizada no mundo real e pode até ser mais grave em razão da
publicidade que pode ser alcançada; III Respeitar os outros usuários da rede e suas opiniões e
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

convicções, mesmo em caso de discordância; IV Ser o primeiro a tentar corrigir eventual erro
cometido nas suas interações virtuais, estando pronto para, se for o caso, recuar e desculpar-se; V
Entender que o fato de as redes e mídias sociais permitirem que qualquer pessoa publique o que
pensa na Internet não dá a ela o direito de ofender, maltratar, ameaçar, discriminar, violar direitos
autorais, revelar informações confidenciais ou sigilosas ou prejudicar pessoas e instituições. Art. 36
São práticas inadmissíveis nas interações em redes e mídias sociais: I Acessar imoderadamente as
redes e mídias sociais no ambiente de trabalho para fins não relacionados às suas atribuições
institucionais; II Criar perfis relacionados ou que façam menção ao Banco do Nordeste ou a alguma
de suas unidades sem a expressa autorização da Superintendência de Marketing e Comunicação; III
Usar a identidade visual do Banco do Nordeste e/ou de seus produtos e iniciativas em perfis pessoais
ou de grupos; IV Falar em nome da empresa, sem a devida designação formal; V Ofender a honra do
Banco do Nordeste, seus administradores e demais membros dos órgãos estatutários, empregados,
colaboradores, parceiros, fornecedores ou concorrentes; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE
DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 21 Aprovado pelo Conselho de Administração em
21/03/2023 VI Divulgar ou tratar informações de natureza interna, confidencial ou protegidas por
sigilo em canais de comunicação não homologados pelo Banco do Nordeste; VII Obrigar quem quer
seja a participar de grupos de discussão ou de aplicativos de mensagens instantâneas não
institucionais, uma vez que, se o canal de comunicação a ser utilizado não é do Banco do Nordeste, a
eventual participação deve ser sempre voluntária; VIII Divulgar fotos, vídeos ou textos que possam
comprometer ou expor a vida privada de administradores e demais membros dos órgãos estatutários,
empregados, colaboradores, clientes, parceiros ou fornecedores do Banco do Nordeste; IX Curtir ou
compartilhar comentário, feito por terceiro, que atente contra os princípios e valores deste Código ou
que seja ofensivo ao Banco do Nordeste, por poder se constituir em ato lesivo à honra e à reputação
institucional; X Produzir e/ou divulgar informações e notícias que deveria saber ser falsa. CAPÍTULO
XIV – DAS RESPONSABILIDADES ADICIONAIS DA ALTA ADMINISTRAÇÃO Art. 37 A Alta Administração,
composta pelos membros do Conselho de Administração, presidente e diretores, baseada na crença
de que suas ações e decisões não apenas são exemplos para todos os empregados e colaboradores,
mas que também ajudam a compor a imagem do Banco do Nordeste perante o mercado e a
sociedade, deve enxergar-se e atuar como a principal responsável pela promoção da cultura ética e
de integridade dentro da instituição. Art. 38 Baseados na premissa de que o exemplo vem de cima, os
membros da Alta Administração do Banco do Nordeste devem também: I Entender e assumir que são
os principais vetores de promoção da cultura ética e da integridade no Banco do Nordeste; II
Incentivar e monitorar a promoção da cultura ética e, em todos os momentos, demonstrar de forma
inequívoca e contundente, por meio de suas ações e decisões, o compromisso com a ética e a
integridade e a não tolerância à má conduta; III Adotar postura ética exemplar no relacionamento
com empregados e colaboradores, com terceiros, com autoridades públicas e com clientes, usuários,
fornecedores e parceiros da instituição e solicitar que todos os empregados e CÓDIGO DE CONDUTA
ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 22 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 colaboradores da instituição também o façam, procurando garantir
que a promoção dos mais altos padrões de ética e de integridade seja uma preocupação constante
dentro da instituição; IV Patrocinar o Plano de Trabalho Anual da Comissão de Ética, bem como o
Programa de Integridade perante os públicos interno e externo, destacando recursos humanos,
financeiros e materiais suficientes para o desenvolvimento e execução de ambos e solicitando o
comprometimento efetivo de todos os empregados, colaboradores e partes interessadas, para o
fortalecimento de um ambiente ético e íntegro no Banco do Nordeste; V Participar ou manifestar, de
forma sistemática, apoio em todas as fases de desenvolvimento e execução do Plano de Trabalho
Anual da Comissão de Ética e do Programa de Integridade do Banco do Nordeste, tomando para si a
responsabilidade de também fomentar a cultura ética, as políticas corporativas de integridade e o
respeito às leis dentro e fora da instituição; VI Promover o engajamento dos gestores do Banco do
Nordeste na criação de uma cultura institucional de ética e integridade, criando mecanismos para
encorajar, reforçar e disseminar esse comprometimento em todos os níveis da hierarquia
organizacional; VII Procurar garantir que o Banco do Nordeste seja tão transparente quanto possível
sobre todas as decisões, ações, planos, projetos, iniciativas, orçamentos, despesas e resultados,
fornecendo às partes interessadas e à sociedade em geral informações que permitam sua
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

colaboração no desenvolvimento, acompanhamento e avaliação das atividades institucionais, como


forma de demonstrar sua atuação sempre em conformidade com o interesse público; VIII
Acompanhar, de maneira sistemática, o desempenho do Banco do Nordeste nas áreas de ética e de
integridade, bem como garantir a atualização constante das políticas, programas e instrumentos
corporativos frente a novos cenários, de forma a reforçar a resiliência da instituição a atos de
improbidade, corrupção, fraude, nepotismo, conflito de interesses e outros que violem a ética e a
integridade e, consequentemente, comprometam o desempenho da missão institucional; CÓDIGO DE
CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 23 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023 IX Promover e incentivar a manutenção dos mais altos
níveis de ética e de integridade na Instituição e o desenvolvimento de uma cultura organizacional
baseada em elevados padrões de conduta; X Estimular o contínuo aprimoramento dos sistemas de
gestão da ética e da integridade do Banco do Nordeste e o trabalho conjunto e coordenado dos
respectivos componentes, favorecendo as tomadas de decisão baseadas em critérios técnicos e não
com base em interesses particulares, minimizando os riscos de corrupção, fraude, nepotismo e
situações de conflito de interesses e aumentando, assim, a qualidade dos serviços prestados pela
Instituição; XI Promover eventos de treinamento e capacitação para administradores e demais
membros dos órgãos estatutários, empregados e colaboradores. CAPÍTULO XV – DAS
RESPONSABILIDADES ADICIONAIS DOS GESTORES Art. 39 Os gestores devem atuar de forma a que
suas condutas estejam sempre em conformidade com os padrões éticos e de integridade exigidos por
este Código, exercendo a liderança pelo exemplo e pelo compromisso contínuo de acompanhar,
avaliar e cobrar das suas equipes a adesão permanente aos princípios e valores do Banco do
Nordeste, orientando empregados e colaboradores para a apropriada condução de suas atividades.
Art. 40 Também é dever dos gestores: I Cumprir e fazer cumprir as leis, os normativos internos, as
políticas corporativas, o Código de Conduta Ética e Integridade e as Normas de Conduta do Banco do
Nordeste; II Assumir postura de responsabilidade pelo todo, acompanhando e adotando medidas que
inibam irregularidades e violações ao disposto neste Código, em especial, atos de corrupção, fraude,
nepotismo, conflito de interesses e todas as formas de assédio; III Controlar o acesso e o uso das
informações e sistemas corporativos pela equipe subordinada; IV Abster-se de utilizar, para fins
particulares, bens ou serviços corporativos; V Abster-se de manter, sob sua subordinação hierárquica
direta, cônjuge, companheiro(a) ou parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou
afinidade, até o 3º grau; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 24 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 VI Não apenas buscar
continuamente o autodesenvolvimento nos temas de ética e integridade, mas também estimular e
apoiar treinamentos, capacitações e o desenvolvimento de suas equipes nesses temas; VII Procurar
certificar-se da autenticidade, fidedignidade, clareza e objetividade das informações prestadas pela
equipe subordinada; VIII Difundir a cultura do cuidado e do zelo com o patrimônio, com os recursos
postos à disposição da equipe e com a imagem do Banco do Nordeste. IX Evitar demandar tarefas ou
realizar cobranças relacionadas ao trabalho fora do horário de expediente de subordinados, nos fins
de semana, feriados e férias. CAPÍTULO XVI – DO CONFLITO DE INTERESSES Art. 41 Toda e qualquer
situação que possa criar, ou sugerir conflitos, reais ou potenciais, entre interesses públicos, em
especial os do Banco do Nordeste, e interesses privados, que possam comprometer o bem comum ou
influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública da Instituição, deve ser
prevenida, coibida e reportada. Parágrafo único: O conflito de interesses é real quando a situação
geradora já se consumou e é potencial quando interesses particulares podem gerar conflito de
interesses em situação futura. Art. 42 São exemplos de situações que geram ou sugerem conflito de
interesses e que devem ser evitadas: I Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito
próprio ou de terceiros, obtida em razão das atividades exercidas; II Exercer atividade que implique a
prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha
interesse em decisão de administrador ou empregado ou do colegiado dos quais estes participem no
Banco do Nordeste; III Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja
incompatível com as atribuições do cargo, função ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a
atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas; IV Atuar, ainda que informalmente, como
procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados junto ao Banco do Nordeste;
CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 25 Aprovado
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 V Praticar ato em benefício de interesse de pessoa


jurídica de que participe administrador outro membro de órgão estatutário, empregado ou
colaborador, seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão; VI
Receber presente de quem tenha interesse em decisão de administrador, de membro de órgão
estatutário ou de empregado ou ainda de colegiado do qual estes participem fora dos limites e
condições estabelecidos no Capítulo XVII. §1º A ocorrência de conflito de interesses independe da
existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer benefício ou
ganho, financeiro ou não. §2º O empregado que tenha dúvidas quanto a uma eventual situação
concreta, que lhe diga respeito e que possa configurar conflito de interesses, deverá realizar consulta
ao Sistema Eletrônico de Prevenção de Conflito de Interesses (SeCI), do Ministério da Transparência e
Controladoria-Geral da União (CGU). §3º Situação ou circunstância de conflito de interesses deverá
ser comunicada por meio dos canais de denúncias apresentados no Artigo 62. §4º Ao Presidente e
aos Diretores do Banco do Nordeste é permitido o exercício não remunerado de encargo de
mandatário, desde que não implique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros
incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função, nos termos da lei, e desde que previamente
autorizado ou determinado pelo Conselho de Administração. Art. 43 O exercício de atividades
extrabanco é permitido ao empregado, desde que não exista conflito de interesses e que seja
observado o disposto neste Código e nos demais normativos que tratam do tema e, em especial, que:
I Não haja interferência em suas atividades e responsabilidades perante o Banco do Nordeste e seja
compatível com seu horário de trabalho; II Não acarrete nem possa acarretar dano à reputação ou à
imagem do Banco do Nordeste; III Não sejam divulgadas ou utilizadas informações privilegiadas
obtidas em função do desempenho de suas atividades no Banco do Nordeste, observado o disposto
no inciso III do Artigo 49; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO
BRASIL S.A. 26 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 IV Não sejam utilizados os
recursos materiais e humanos postos a sua disposição para o desempenho de suas atividades no
Banco do Nordeste. CAPÍTULO XVII – DOS PRESENTES, BRINDES E HOSPITALIDADES Art. 44 É vedado
exigir, pedir, inclusive mediante insinuação, oferecer, ou aceitar qualquer tipo de favor, presente,
comissão, ajuda financeira, vantagem, contribuição, cortesia, compensação, doação, recompensa,
gratificação, prêmio ou convites pessoais para viagens, hospedagens e entretenimento para si, para
familiares ou para terceiros, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro agente
público para o mesmo fim. §1º Podem ser aceitos ou oferecidos brindes que: I Sejam distribuídos de
forma generalizada a título de propaganda, promoção institucional, divulgação habitual ou por
ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas de caráter histórico ou cultural e que possuam
valor unitário menor do que um por cento do teto remuneratório previsto no inciso XI do caput do
art. 37 da Constituição; II Não possuam valor comercial. §2º Independentemente das hipóteses
previstas no § 1º, não pode ser aceito brinde distribuído por uma mesma pessoa, empresa ou
entidade a intervalos menores do que doze meses. §3º Se o valor do brinde ultrapassar o valor
mencionado o inciso I do §1º acima, será ele tratado como presente, aplicando-se-lhe, em caso de
impossibilidade de recusa ou de devolução imediatas, uma das seguintes providências: I Tratando-se
de bem de valor histórico, cultural ou artístico, destiná-lo ao acervo do Banco do Nordeste para que
este lhe dê o destino adequado; II Promover a sua doação a entidade de caráter assistencial ou
filantrópico reconhecida como de utilidade pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, se
comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua alienação em suas atividades-fim; ou III Determinar
a incorporação ao patrimônio do Banco do Nordeste. §4º Somente é permitido receber valor
monetário, presente ou brinde acima do limite estabelecido nas seguintes situações: CÓDIGO DE
CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 27 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023 I Quando procedentes de programas ou iniciativas de
reconhecimento interno do Banco do Nordeste. II Quando oriundos de campanhas promocionais da
CAPEF ou da CAMED destinadas aos participantes e beneficiários respectivamente. III Quando se
configurarem como prêmio concedido em razão de concurso de acesso público a trabalho de
natureza acadêmica, científica, tecnológica ou cultural. IV Em razão de laços de amizade ou
coleguismo entre empregados ou colaboradores por ocasião de datas comemorativas ou de
confraternização, a exemplo de aniversários, despedidas e movimentações de pessoal, desde que a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

oferta não seja atrelada à intenção de obter ganhos indevidos ou de recompensar alguém pelo
cumprimento de uma obrigação inerente ao cargo ou função ocupada, nem caracterize troca de
favores ou benefícios. V Quando ofertados por autoridades estrangeiras, nos casos protocolares em
que houver reciprocidade ou em razão do exercício de funções diplomáticas. Art. 45 Na participação,
por interesse institucional, em congressos, seminários e eventos similares, a cobertura dos custos
caberá ao Banco do Nordeste, sendo vedado o recebimento de qualquer hospitalidade ou
remuneração oferecida por terceiros. Parágrafo único: Poderão ser custeados inscrição, passagem,
hospedagem e traslados, pela organização do evento, desde que não se trate de benefício exclusivo
ao Banco do Nordeste ou nos casos em que essas despesas forem providas por governo estrangeiro e
suas instituições, por organismos internacionais ou instituições acadêmicas, científicas ou culturais,
que não tenham interesse em decisão ou atos dos participantes do Banco do Nordeste ou de
colegiados dos quais estes participem. CAPÍTULO XVIII – DOS BENS E RECURSOS DO BANCO DO
NORDESTE Art. 46 O patrimônio, as instalações e os recursos materiais, técnicos e financeiros do
Banco do Nordeste devem ser utilizados de forma legal, zelosa, sustentável e primordialmente para o
cumprimento das atribuições que atendam aos propósitos institucionais, bem como protegidos de
danos, manuseio inadequado, perdas ou extravios, evitando e combatendo toda forma de uso
indevido, abuso e desperdício. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO
NORDESTE DO BRASIL S.A. 28 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 Art. 47 É
vedada a utilização da infraestrutura, instalações, equipamentos, redes de dados, canais de
comunicação, recursos humanos, materiais e de tecnologia da informação (correio eletrônico,
Internet, Intranet, sistemas, aplicativos etc.) do Banco do Nordeste para atividades ou assuntos
político-partidários, religiosos ou de interesse comercial próprio ou de terceiros. CAPÍTULO XIX – DA
SEGURANÇA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Art. 48 São compromissos do público-alvo deste
Código: I Proteger a informação de forma a garantir sua integridade, confidencialidade e
disponibilidade, conforme o caso; II Preservar a segurança da informação, abstendo-se de tratar de
assuntos sigilosos, de uso interno do Banco, em salas de conversação, fóruns de discussão, redes e
mídias sociais, plataformas de videoconferência e serviços de comunicação com acesso pela internet
não autorizados pelo Banco; III Resguardar as informações privilegiadas, relevantes ao processo de
decisão no âmbito do Banco do Nordeste que tenham ou possam ter repercussão econômica ou
financeira e que não sejam de amplo conhecimento público, obtidas tanto no exercício de suas
atribuições, quanto por meio casual, em virtude da falta de discrição ou cuidado de pessoas
obrigadas a guardar; IV Preservar a privacidade, proteger e tratar com sigilo os dados pessoais e
demais informações pertinentes a clientes, fornecedores, prestadores de serviços e demais parceiros,
obtidos em decorrência do relacionamento empresarial, fazendo uso apenas para fins apropriados e
legalmente permitidos; V Abster-se de consultar o cadastro, as contas de depósitos (à vista ou
vinculadas) e aplicações de empregados ou de correntistas sem que seja por necessidade do serviço,
preservando o sigilo cadastral, bancário, empresarial e profissional; VI Prestar esclarecimentos
fidedignos, quando solicitado, nos prazos estabelecidos em legislação. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E
INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 29 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 CAPÍTULO XX – DA GESTÃO DA ÉTICA E DA INTEGRIDADE Art. 49 A
gestão da ética no Banco do Nordeste é conduzida pela Comissão de Ética e por sua Secretaria
Executiva, ambas constituídas nos termos da legislação pertinente, em especial o Decreto nº
6.029/2007 e a Resolução nº 10/2008 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
(CEP). Parágrafo único: As normas e procedimentos que orientam os trabalhos da Comissão de Ética
estão consolidados no seu Regimento Interno. Art. 50 Dentre as atribuições da Comissão de Ética do
Banco do Nordeste, destacam-se: I Na dimensão educativa, recomendar, acompanhar e avaliar o
desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas
de ética, bem como a divulgação e implementação deste Código, em parceria com as demais
unidades competentes; II Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as
normas éticas pertinentes, aplicando as consequentes medidas preventivas e punitivas, conforme
disciplinado no Capítulo XXIII; III Atuar como instância consultiva e orientativa em questões
relacionadas a este Código; IV Dirimir dúvidas atinentes à interpretação deste Código e das normas
que versem sobre questões éticas e deliberar sobre casos omissos; V Supervisionar a observância do
Código de Conduta da Alta Administração Federal e comunicar à Comissão de Ética Pública (CEP) a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

ocorrência de fatos que possam configurar descumprimento de suas normas; VI Representar o Banco
do Nordeste na Rede de Ética do Poder Executivo Federal. Art. 51 A representação, a denúncia ou
qualquer outra demanda deve ser encaminhada por meio dos canais apresentados no Artigo 62. §1º
Quando o autor da demanda não se identificar, a Comissão de Ética poderá acolher os fatos narrados
para fins de instauração, de ofício, de procedimento investigatório, desde que contenha indícios
suficientes da ocorrência da infração ou, em caso contrário, determinar o arquivamento sumário. §2º
Compete à Comissão de Ética analisar as ocorrências de descumprimento deste Código no que
concerne à dimensão da ética e decidir pela abertura do respectivo CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E
INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 30 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 processo de apuração ou pelo encaminhamento da demanda às áreas
internas competentes, no caso de tema ou infração de outra natureza. §3º A Comissão de Ética fica
obrigada a preservar o sigilo de quaisquer informações a que tenha acesso. Art. 52 São princípios
fundamentais no trabalho desenvolvido pelos membros da Comissão de Ética: I Preservar a honra e a
imagem da pessoa investigada; II Proteger a identidade do denunciante; III Atuar de forma
independente e imparcial. Art. 53 A Comissão de Ética do Banco do Nordeste é composta por 3 (três)
membros titulares, com respectivos suplentes, todos escolhidos entre os empregados do quadro
permanente e em atividade no Banco. §1º Dois membros titulares e dois suplentes são designados
pelo Presidente do Banco do Nordeste. §2º Um membro titular e um suplente são escolhidos pelos
empregados do Banco do Nordeste, respectivamente o primeiro e o segundo mais votados em
eleição direta conduzida pelo Banco e realizada a cada três anos §3º Compete ao Presidente do
Banco do Nordeste designar, dentre os componentes, o presidente da Comissão. §4º O mandato dos
membros da Comissão é de três anos, não coincidentes, permitida apenas uma recondução. §5ºA
atuação na Comissão de Ética é considerada prestação de relevante serviço público e não enseja
qualquer remuneração, devendo ser registrada nos assentamentos funcionais do empregado. §6º Os
trabalhos da Comissão de Ética são considerados prioritários sobre as atribuições próprias do cargo
ou função dos seus membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão. §7º O
registro nos assentamentos funcionais do empregado pode ocorrer também para o Secretário-
Executivo da Comissão de Ética e para aquelas pessoas que, a juízo de seus membros, tenham
prestado relevante serviço à Comissão. §8º A infração de natureza ética cometida por membro da
Comissão de Ética será apurada pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. CÓDIGO
DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 31 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023 Art. 54 Aos membros da Comissão de Ética do Banco do
Nordeste, titulares e suplentes, será assegurada inamovibilidade de lotação e função em comissão
durante o mandato e após o fim de seu mandato por até12 (doze) meses, conforme parágrafo único.
Parágrafo único: Caso o período do mandato seja inferior a três anos, será calculado tempo de
asseguramento de forma proporcional ao tempo de exercício como membro na Comissão de Ética,
limitado ao período de 12 meses. Art. 55 Os membros da Comissão de Ética e de sua Secretaria
Executiva terão assistência jurídica interna durante o mandato e por período indeterminado posterior
ao mandato, ainda que desligados dos quadros de empregados da empresa, acaso demandados
administrativa ou juridicamente por atos seus nesta qualidade. Art. 56 O funcionamento da Comissão
de Ética é estabelecido em Regimento Interno aprovado pela própria Comissão. Art. 57 As
orientações e diretrizes para estruturação, efetivação e melhoria contínua do Programa de
Integridade são apresentadas na Política de Integridade e Ética do Banco do Nordeste. Parágrafo
único: O Programa de Integridade do Banco do Nordeste consiste no conjunto de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidade e na
aplicação efetiva deste Código, das normas de conduta e das políticas e diretrizes institucionais, com
o objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a
administração pública, nacional ou estrangeira. Art. 58 A gestão da integridade no Banco do Nordeste
ocorre de forma distribuída e envolve coordenação e a utilização de mecanismos e procedimentos
pelas diversas áreas da Instituição. Parágrafo único: O Ambiente de Controles e Internos e
Compliance é a instância colegiada responsável pela coordenação das ações da Política de
Integridade e Ética do Banco do Nordeste, submissão de atualizações dessa política e do Programa de
Integridade à Diretoria Executiva, bem como de eventuais fragilidades, oportunidades de melhoria e
ações necessárias ao aprimoramento dos mecanismos e procedimentos de integridade. CÓDIGO DE
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 32 Aprovado pelo


Conselho de Administração em 21/03/2023 CAPÍTULO XXI – DAS DENÚNCIAS Art. 59 Qualquer pessoa
pode apresentar denúncia relativa a comportamentos que infringem o estabelecido neste Código. §1º
O Banco do Nordeste disponibiliza canais que possibilitam o recebimento de denúncias internas e
externas relativas ao descumprimento deste Código e das demais normas internas e obrigacionais ou
situações com indício de ilicitude de qualquer natureza, relacionadas às atividades da Instituição. §2º
A Política de Proteção ao Denunciante é parte integrante do Código de Conduta Ética e de Integridade
do Banco do Nordeste e possui mecanismos de proteção que impedem qualquer espécie de
retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias. Art. 60 A denúncia deverá conter: I Identificação
opcional do denunciante; II Identificação do denunciado; III Descrição detalhada dos fatos; IV
Apresentação dos elementos de prova ou indicação de onde podem ser encontrados. Art. 61 Os
responsáveis pelo tratamento de denúncias comprometem-se a garantir o anonimato do denunciante
quando este assim o desejar. CAPÍTULO XXII – DOS CANAIS DE DENÚNCIA Art. 62 Os canais de
denúncia do Banco do Nordeste são: I E-mail: comissaodeetica@bnb.gov.br ou ouvidoria@bnb.gov.br
ou superauditoriabnbdenuncias@bnb.gov.br ou comitedeAuditoria@bnb.gov.br; II Telefones:
Comissão de Ética (85) 3251-7693/ (85) 3251-7694 ou Ouvidoria0800 033 3033 Para pessoas com
deficiência auditiva: 0800 033 3031; III Carta: Comissão de Ética - Av. Doutor Silas Munguba, 5.700 –
Polo de Lazer – Passaré – Fortaleza – CE – CEP: 60.743-902; CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E
INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 33 Aprovado pelo Conselho de
Administração em 21/03/2023 IV Presencial, na sala da Comissão de Ética, no endereço constante do
inciso III acima, mediante agendamento com a Secretaria Executiva da Comissão; e V Para denúncias
de assédio sexual: (85) 99857-0268. CAPÍTULO XXIII – DAS SANÇÕES Art. 63 O descumprimento ao
disposto neste Código no tocante aos aspectos éticos ocasionará a aplicação da penalidade de
Censura Ética, após o devido Processo de Apuração Ética (PAE), assegurando-se o contraditório e a
ampla defesa, sem prejuízo de outras providências a cargo da Comissão de Ética do Banco do
Nordeste, cumulativamente ou não, tais como: I Recomendação de dispensa de função de confiança;
II Outras medidas necessárias para evitar ou sanar desvios éticos, lavrando, se for o caso, o Acordo de
Conduta Pessoal e Profissional – ACPP §1º Da aplicação da censura decorrem as seguintes
consequências, além de outras que venham a ser criadas por normativos internos: I Não recebimento
de promoção por mérito no processo em curso ou subsequente à decisão da Comissão de Ética do
Banco do Nordeste, conforme o caso; II Comunicação à Comissão de Ética Pública (CEP), com o nome
do empregado censurado, para registro em seu banco de dados, para fins de consulta pelos órgãos ou
entidades da administração pública federal em casos de nomeação para cargo em comissão ou de
alta relevância pública; III Registro da penalidade nos assentamentos funcionais, pelo prazo de 3
(três) anos, contados da data em que a decisão se tornou definitiva, após o qual deverá ser retirado,
caso o empregado censurado não tenha praticado nova infração ética. §2º A Comissão de Ética do
Banco do Nordeste dará publicidade das decisões que resultar em sanção, em recomendação ou em
ACPP, de forma resumida, com omissão dos nomes dos envolvidos, através de ementa, no sítio
eletrônico do Banco do Nordeste na internet. §3º A Comissão de Ética manterá banco de dados com
as sanções aplicadas nos últimos três anos, que deverá ser consultado para fins de nomeação para o
exercício de função em comissão. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO
NORDESTE DO BRASIL S.A. 34 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 §4º A
penalidade de Censura Ética será aplicada independentemente de outras sanções, legais ou
administrativas, determinadas por outras áreas competentes. Art. 64 No caso dos membros da
Comissão de Ética do Banco do Nordeste, Secretaria da Comissão de Ética, da alta administração
(presidente e diretores), além de membros do Conselho de Administração e Fiscal, a competência
para apuração e aplicação de sanções éticas é da Comissão de Ética Pública (CEP). Art. 65 No caso dos
colaboradores sujeitos às normas deste código, que não sejam empregados do Banco do Nordeste,
compete à Comissão de Ética do Banco do Nordeste, tão somente proceder a devida apuração dos
fatos, sem aplicação de penalidade, com o envio do resultado ao gestor do contrato, reservando
cópia ao Presidente do Banco do Nordeste, para as providências cabíveis, junto à empresa a qual o
colaborador pertence. Art. 66 Pela infringência às disposições legais, normas e regulamentos do
Banco, e após conclusão de procedimento disciplinar pelo envolvimento na irregularidade, o
empregado, de acordo com a natureza e a gravidade, poderá sofrer punições disciplinares, sem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

prejuízo, quando for o caso, da aplicação de responsabilização pecuniária. Art. 67 As punições


disciplinares são: I Repreensão: aplicada para condutas que descumpram deveres funcionais, sem
indícios de dolo ou má-fé, de gradação leve e que não justifique imposição de penalidade mais grave;
II Advertência: aplicada em caso de reincidência de conduta anteriormente punida com repreensão
ou nas hipóteses de descumprimento de qualquer das vedações ou deveres funcionais previstos em
lei, regulamentação ou norma interna que não justifique imposição de penalidade mais grave; III
Suspensão: aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência, nas ocorrências de
gradação média, ou de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à
penalidade de rescisão contratual por justa causa. É expressa pelo compulsório afastamento de
empregado do exercício de suas atividades por período de até 30 (trinta) dias; IV Despedida por justa
causa: aplicada quando do cometimento de infração prevista na legislação vigente como justa causa
para rescisão do contrato de trabalho. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO
NORDESTE DO BRASIL S.A. 35 Aprovado pelo Conselho de Administração em 21/03/2023 Parágrafo
único: A aplicação de punição disciplinar não exclui a possibilidade de, a critério do Banco, serem
adotadas as medidas judiciais cabíveis para que o empregado repare os danos e prejuízos causados.
CAPÍTULO XXIV – DAS DÚVIDAS E PEDIDOS DE INFORMAÇÃO Art. 68 Em caso de dúvida quanto à
aplicação deste Código ou sobre supostas infrações ao seu conteúdo, consultar a Comissão de Ética
do Banco do Nordeste por meio dos canais apresentados no Artigo 62, ou ainda, por meio dos
representantes locais da Comissão nas Superintendências Estaduais. CAPÍTULO XXV – DISPOSIÇÕES
FINAIS Art. 69 Como afirmação do compromisso do Banco do Nordeste com a equidade de gênero,
destaca-se que os termos “empregados”, “colaboradores”, “contratados” e outros usados na forma
gramatical do masculino ao longo deste Código referem-se sempre a mulheres e homens. Art. 70 Os
editais de concurso público para seleção de empregados do Banco do Nordeste farão expressa
referência a este Código de Conduta Ética e Integridade para prévio conhecimento dos candidatos.
Art. 71 Ninguém poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que
tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.
Art. 72 A Comissão de Ética apreciará toda e qualquer sugestão de aprimoramento deste Código e
proporá à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração do Banco do Nordeste eventuais
atualizações que julgar necessárias. Parágrafo único: Este Código deverá ser revisado a cada três
anos. Art. 73 Este Código encontra fundamentos na Constituição Federal; no Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n°. 1.171, de
22/06/1994; no Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado em CÓDIGO DE
CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 36 Aprovado pelo
Conselho de Administração em 21/03/2023

7 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE 2


POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE
APRESENTAÇÃO A Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) do Banco do
Nordeste consiste no conjunto de princípios e diretrizes de natureza social, ambiental e climática a
ser observado por todo o Banco na condução de seus negócios, atividades e processos, bem como na
sua relação com partes interessadas (clientes e usuários dos produtos e serviços; comunidade
interna; fornecedores e os prestadores de serviços terceirizados relevantes; investidores em títulos
ou valores mobiliários emitidos pelo Banco; e demais pessoas impactadas pelos produtos, serviços,
atividades e processos do Banco do Nordeste, segundo critérios estabelecidos pelo próprio Banco). A
presente PRSAC foi elaborada em consonância com a Resolução do Conselho Monetário Nacional nº
4.945, de 15/09/2021, que dispõe sobre a Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática
(PRSAC) e sobre as ações com vistas à sua efetividade a serem estabelecidas pelas instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 1 PRINCÍPIOS
São princípios de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do Banco do Nordeste: 1.1
Promoção do desenvolvimento de sua área de atuação em bases social, ambiental e climática
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

sustentáveis; 1.2 Promoção de inovação social e tecnológica para o semiárido brasileiro; 1.3 Respeito
e promoção da diversidade, equidade e inclusão em seus negócios, atividades e processos e na
relação com as partes interessadas; 1.4 Gestão da operação empresarial de forma ecoeficiente e
socioambientalmente responsável; 1.5 Atuação pautada na ética, integridade e transparência em
seus negócios, atividades e processos de trabalho e na relação com as partes interessadas; 1.6 Apoio
à transição para uma economia de baixo carbono e contribuição à mitigação de impactos associados
à mudança climática; 1.7 Alinhamento às normas legais, às políticas públicas e aos principais tratados,
acordos, pactos e convenções nacionais e internacionais relacionadas à responsabilidade social,
ambiental e climática dos quais o Brasil é signatário, em especial à Declaração Universal dos Direitos
Humanos, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e ao Acordo de Paris; 1.8
Contribuição de impacto positivo e mitigação dos impactos negativos de seus produtos, serviços,
atividades e processos; 1.9 Promoção da inclusão social e da inserção produtiva em bases social,
ambiental e climática sustentáveis; 1.10 Engajamento de partes interessadas e incentivo à adoção de
práticas social, ambiental e climaticamente sustentáveis à toda sua cadeia de valor. 3 POLÍTICA DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE 2 DIRETRIZES A
atuação do Banco do Nordeste é norteada pelas seguintes diretrizes: 2.1 Contribuir para o
desenvolvimento de atividades e setores da economia com potencial de impacto positivo de natureza
social, ambiental ou climática; 2.2 Apoiar a agricultura familiar e o agronegócio sustentável, em
especial a agroecologia, a agricultura orgânica, a agricultura de baixo carbono, metodologias
produtivas regenerativas, a convivência com o semiárido, o combate à desertificação, bem como o
reflorestamento e a recuperação ambiental de áreas degradadas; 2.3 Vedar a concessão de crédito a
atividades, empreendimentos e práticas produtivas excluídas por norma legal e àquelas que não
condizem com os princípios e diretrizes da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática
(PRSAC) do Banco do Nordeste; 2.4 Considerar na análise das propostas de financiamento as
especificidades, fragilidades e restrições legais relacionadas a Unidades de Conservação, bem como a
terras indígenas, povos tradicionais, territórios quilombolas e comunidades afetadas por projetos de
infraestrutura; 2.5 Adotar mecanismos para prevenção ao desmatamento ilegal nos financiamentos;
2.6 Apoiar a inclusão financeira e produtiva de microempreendedores rurais e urbanos, além de
micro e pequenas empresas; 2.7 Apoiar projetos para inclusão social de indivíduos e grupos em
situação de risco e vulnerabilidade social; 2.8 Fomentar o uso de fontes renováveis para geração de
energia; 2.9 Incentivar a inovação, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico para o
desenvolvimento sustentável e inclusivo da região, incluindo tecnologias sociais, visando soluções
que contribuam para avanços de natureza social, ambiental ou climática; 2.10 Observar a
comprovação do licenciamento ambiental, autorização para desmatamento e outorga de uso de
recurso hídrico, quando couber, das atividades e empreendimentos, de acordo com as normas e
critérios estabelecidos pela legislação ambiental federal, estadual e/ou municipal; 2.11 Incorporar
critérios sociais, ambientais e climáticos na criação, no desenvolvimento, operação e avaliação de
programas de financiamento, produtos, serviços, atividades e processos; 2.12 Incorporar critérios
sociais, ambientais e climáticos ao processo de análise e concessão de financiamentos e
acompanhamento de operações de crédito, bem como na aceitação, renovação e execução de
garantias imobiliárias; 2.13 Estimular o desenvolvimento territorial e espacialmente distribuído; 2.14
Contribuir para a segurança hídrica na área de atuação do Banco, em especial no semiárido; 4
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE 2.15
Estabelecer procedimentos e medidas visando ao uso de recursos e serviços de maneira sustentável,
destinar corretamente os resíduos, gerenciar a emissão de Gases de Efeito Estufa; 2.16 Respeitar os
direitos trabalhistas, a liberdade de associação e de negociação coletiva na relação com a
comunidade interna; 2.17 Promover a valorização da diversidade, equidade e inclusão e propiciar um
ambiente de trabalho plural, inclusivo, saudável, seguro e sem discriminação de qualquer natureza;
2.18 Proporcionar o desenvolvimento pessoal e profissional dos empregados promovendo a
equidade de oportunidades, a transparência nos processos de seleção, promoção e avaliação e nas
políticas de remuneração e plano de carreira dos empregados; 2.19 Desenvolver ações que
promovam a adoção de boas práticas de educação financeira para clientes e comunidade interna;
2.20 Atuar em consonância com a Política de Relacionamento com Clientes e Usuários de Produtos e
Serviços Financeiros e Política de Privacidade; 2.21 Buscar a integração do Banco a pactos, acordos e
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

compromissos nacionais e internacionais, de natureza social, ambiental ou climática; 2.22 Atuar no


relacionamento com suas partes interessadas de acordo com a Política de Integridade e Ética, a
Política de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e o Código de Conduta Ética e Integridade do
Banco do Nordeste; 2.23 Proporcionar acessibilidade física e digital aos clientes e demais usuários;
2.24 Manter e promover canais de comunicação de fácil acesso com todos os públicos de interesse;
2.25 Instituir mecanismos de divulgação de informações acerca de seu desempenho em termos de
contribuição social, ambiental e climática para o desenvolvimento de sua área de atuação; 2.26
Prover, à comunidade interna, competências necessárias para a efetivação desta Política; 2.27 Atentar
para que a estrutura remuneratória e de campanha de vendas de produtos e serviços não incentivem
comportamentos incompatíveis com esta Política; 2.28 Induzir a adoção de melhores práticas sociais,
ambientais e climáticas para fornecedores de produtos e serviços; 2.29 Contemplar, em todos os
instrumentos de crédito, termos de parceria, acordos, convênios e contratos celebrados pelo Banco,
exigências relacionadas ao combate à discriminação de qualquer natureza, ao trabalho infantil, ao
trabalho adolescente (salvo na condição de aprendiz), ao trabalho em condição análoga à de escravo,
ao assédio moral e sexual, ao proveito criminoso da prostituição e a danos ao meio ambiente; 5
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE 2.30
Incentivar parcerias com partes interessadas, reforçando o reconhecimento dos compromissos de
natureza social, ambiental e climática do Banco; 2.31 Incentivar a produção e difusão cultural,
inclusive nos estados e municípios nos quais não há Centros Culturais Banco do Nordeste; 2.32
Incorporar as temáticas social, ambiental e climática nos instrumentos de planejamento estratégico
do Banco; 2.33 Alinhar as ações de comunicação com os princípios e diretrizes desta Política. 3 PAPÉIS
E RESPONSABILIDADES Todas as unidades organizacionais relacionadas com a PRSAC devem
conhecer, aplicar e adotar as rotinas e procedimentos operacionais necessários para sua efetivação. 4
GOVERNANÇA Compõem a Governança da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática
do Banco do Nordeste: 4.1 A Diretoria de Planejamento, com as seguintes competências: • Prestação
de subsídios e participação no processo de tomada de decisões relacionadas ao estabelecimento e à
revisão da PRSAC, auxiliando o Conselho de Administração; • Implementação de ações com vistas à
efetividade da PRSAC; • Monitoramento e avaliação das ações implementadas; • Aperfeiçoamento
das ações implementadas quando identificadas eventuais deficiências; • Divulgação adequada e
fidedigna de informações constantes da seção “Divulgação” deste normativo. 4.2 O Comitê de
Sustentabilidade, Riscos e de Capital, com as seguintes competências: • Propor recomendações ao
Conselho de Administração sobre o estabelecimento e a revisão da PRSAC; • Avaliar o grau de
aderência das ações implementadas à PRSAC e, quando necessário, propor recomendações de
aperfeiçoamento; • Manter registro das recomendações relativas aos dois itens imediatamente
anteriores. 6 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO
NORDESTE 4.3 O Conselho de Administração, com as seguintes competências: • Aprovar e revisar a
PRSAC, com o auxílio da Diretoria de Planejamento e do Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de
Capital; • Assegurar a aderência do Banco do Nordeste à PRSAC e às ações com vistas à sua
efetividade; • Assegurar a compatibilidade e a integração da PRSAC às demais políticas estabelecidas
pela instituição, incluindo políticas de crédito, de gestão de recursos humanos, de gerenciamento de
riscos, de gerenciamento de capital e de conformidade; • Assegurar a correção tempestiva de
deficiências relacionadas à PRSAC; • Estabelecer a organização e as atribuições do comitê responsável
pela PRSAC no Banco do Nordeste; • Assegurar que a estrutura remuneratória do Banco não
incentive comportamentos incompatíveis com a PRSAC; • Promover a disseminação interna da PRSAC
e das ações com vistas à sua efetividade. 4.4 A Diretoria Executiva com a seguinte competência: •
Conduzir suas atividades em conformidade com a PRSAC e com as ações implementadas com vistas à
sua efetividade. 4.5 Os processos relativos ao estabelecimento da PRSAC e à implementação de ações
com vistas à sua efetividade devem ser avaliados periodicamente pela Auditoria Interna. 5
DIVULGAÇÃO O Banco divulgará ao público externo, em local único e de fácil identificação em seu
sítio na internet, as seguintes informações: • A PRSAC; • As ações implementadas com vistas à
efetividade da PRSAC, bem como os critérios para a sua avaliação; • A relação dos setores
econômicos sujeitos a restrições nos negócios realizados em decorrência de aspectos de natureza
social, de natureza ambiental ou de natureza climática, quando existentes; • A relação de produtos e
serviços oferecidos que contribuam positivamente em aspectos de natureza social, de natureza
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

ambiental ou de natureza climática, quando existentes; 7 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL,


AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE • A relação de pactos, acordos ou compromissos
nacionais ou internacionais de natureza social, de natureza ambiental ou de natureza climática, dos
quais o Banco seja participante, quando existentes; • Os mecanismos utilizados para promover a
participação de partes interessadas no processo de estabelecimento e de revisões da PRSAC; •
Facultativamente, a avaliação das ações quanto à sua contribuição para a efetividade da PRSAC. 6
ATUALIZAÇÃO A revisão da PRSAC deve ser feita no mínimo a cada três anos ou quando da ocorrência
de mudança regulatória ou eventos considerados relevantes pelo Banco, incluindo: • Oferta de novos
produtos ou serviços relevantes; • Modificações relevantes nos produtos, nos serviços, nas atividades
ou nos processos do Banco; • Mudanças significativas no modelo de negócios do Banco; •
Reorganizações societárias significativas; • Mudanças políticas, legais, regulamentares, tecnológicas,
ou de mercado, incluindo alterações significativas nas preferências de consumo que impactem de
forma relevante os negócios da instituição, tanto positiva quanto negativamente; • Alterações
relevantes em relação à dimensão e à relevância da exposição ao risco social, ao risco ambiental e ao
risco climático, de que tratam a Resolução CMN nº 4.557/2021. 7 AÇÕES COM VISTAS À EFETIVIDADE
DA PRSAC Para monitorar e avaliar a efetividade da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e
Climática (PRSAC) foram instituídos os seguintes mecanismos: • Índice de Cumprimento da PRSAC -
conjunto de indicadores de responsabilidade das unidades da Direção Geral, elaborados com
participação das unidades responsáveis e do Ambiente de Planejamento, devendo compor o
Programa de Ação do Banco; • Plano de Ação da PRSAC - conjunto de ações e iniciativas a serem
implementadas pelas unidades da Direção Geral com vistas a sanarem lacunas e / ou incorporarem
avanços corporativos para efetivação dos princípios e diretrizes da PRSAC; • Matriz de
Responsabilidades PRSAC - as ações básicas de cumprimento da PRSAC distribuídas pelas unidades da
DIRGE de acordo com suas respectivas atribuições. 8 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL,
AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO BANCO DO NORDESTE 8 CANAIS DE COMUNICAÇÃO Dúvidas e
sugestões relacionadas a esta Política e sua aplicação, devem ser encaminhadas ao endereço
eletrônico: relacionamento@bnb.gov.br. Informações públicas acerca dessa Política estão disponíveis
no link: https://www.bnb.gov.br/ sustentabilidade/politica-de-responsabilidade-social-ambiental-e-
climatica 9 RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO Elaboração: Célula de Estratégias de Sustentabilidade –
Ambiente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável – Superintendência de Políticas de
Desenvolvimento Sustentável. Aprovação: Conselho de Administração Diretoria responsável: Diretoria
de Planejamento Data de publicação: 25/01/2024 SAC Banco do Nordeste: 0800 728 3030 Ouvidoria:
0800 033 3030 www.bnb.gov.br/fale conosco
A Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) é um
documento que estabelece os princípios e diretrizes que guiam as práticas do banco em relação aos
aspectos sociais, ambientais e econômicos de suas operações e atividades. Embora eu não tenha
acesso direto ao conteúdo específico dessa política, posso fornecer uma visão geral dos temas
comuns abordados em políticas de responsabilidade socioambiental em instituições financeiras:
1. Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável: A PRSA geralmente expressa o
compromisso do banco com o desenvolvimento sustentável, reconhecendo a importância de
equilibrar considerações econômicas, sociais e ambientais em suas operações e decisões.
2. Gestão de Riscos Socioambientais: A política estabelece diretrizes para identificar, avaliar e
gerenciar os riscos socioambientais associados às atividades do banco, visando evitar ou
minimizar impactos adversos sobre as comunidades e o meio ambiente.
3. Inclusão Financeira e Desenvolvimento Social: A PRSA pode incluir iniciativas para promover
a inclusão financeira, apoiar o empreendedorismo local, fomentar o desenvolvimento de
pequenas e médias empresas, e contribuir para o desenvolvimento social e econômico das
regiões em que o banco opera.
4. Preservação Ambiental: O documento geralmente aborda o compromisso do banco com a
preservação ambiental, incluindo a implementação de práticas de gestão ambiental
responsáveis em suas operações e a promoção de financiamentos e investimentos
sustentáveis.
5. Respeito aos Direitos Humanos: A PRSA pode enfatizar o respeito aos direitos humanos em
todas as suas atividades, incluindo o combate à discriminação, o respeito aos direitos dos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

povos indígenas e comunidades tradicionais, e a promoção de relações de trabalho justas e


éticas.
6. Transparência e Prestação de Contas: O banco geralmente se compromete a fornecer
informações transparentes sobre suas práticas socioambientais e a prestar contas sobre seu
desempenho nessa área, incluindo a divulgação de relatórios de sustentabilidade e
participação em iniciativas de relato socioambiental.
Esses são alguns dos temas comuns que podem ser abordados na Política de Responsabilidade
Socioambiental do Banco do Nordeste do Brasil. Para obter informações mais detalhadas sobre a
PRSA específica do BNB, recomendo acessar diretamente a página oficial do banco ou entrar em
contato com seus representantes para solicitar uma cópia do documento.
8 ESTRATÉGIA ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA): ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE DO
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

A Estratégia ASG (Ambiental, Social e Governança) ou Estratégia de Sustentabilidade do Banco do


Nordeste do Brasil (BNB) geralmente se refere ao conjunto de iniciativas e diretrizes que o banco
adota para integrar considerações ambientais, sociais e de governança em suas operações e práticas
de negócios. Embora eu não tenha acesso direto ao documento específico da Estratégia ASG do BNB,
posso destacar algumas áreas comuns que podem ser abordadas:
1. Integração de Considerações ASG na Tomada de Decisão: O BNB pode adotar uma
abordagem que considera não apenas os aspectos financeiros, mas também os impactos
ambientais e sociais de suas decisões de investimento, empréstimo e financiamento.
2. Financiamento Sustentável: A estratégia pode incluir o compromisso do banco em fornecer
financiamentos para projetos que promovam a sustentabilidade ambiental, como energia
renovável, eficiência energética, agricultura sustentável, saneamento básico, entre outros.
3. Inclusão Financeira: O BNB pode enfatizar a importância da inclusão financeira como parte
de sua estratégia ASG, buscando alcançar segmentos da população de baixa renda e
promovendo o acesso a serviços financeiros para comunidades desfavorecidas.
4. Gestão de Riscos ASG: A estratégia pode incluir diretrizes para identificar, avaliar e gerenciar
os riscos ambientais, sociais e de governança associados às operações do banco, visando
mitigar possíveis impactos adversos e proteger o valor a longo prazo da instituição.
5. Engajamento com Partes Interessadas: O BNB pode se comprometer a envolver e consultar
regularmente as partes interessadas, como clientes, comunidades locais, organizações da
sociedade civil e investidores, para entender suas preocupações ASG e responder de forma
apropriada.
6. Transparência e Prestação de Contas: A estratégia pode incluir o compromisso do banco em
fornecer informações transparentes sobre suas práticas ASG, incluindo relatórios de
sustentabilidade, divulgação de métricas de desempenho ASG e participação em iniciativas
de relato ambiental e social.
Esses são apenas alguns exemplos de áreas que podem ser abordadas na Estratégia ASG ou de
Sustentabilidade do Banco do Nordeste do Brasil. Para informações mais detalhadas e específicas
sobre a estratégia do BNB nessa área, recomendo consultar diretamente os documentos
disponibilizados pelo banco ou entrar em contato com seus representantes para obter mais
informações.

9 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO.

Como estou operando com informações até janeiro de 2022, não tenho acesso a eventos específicos
que podem ter ocorrido no mercado financeiro após essa data. No entanto, posso fornecer algumas
tendências e temas que eram relevantes até essa época e que podem continuar a influenciar o
mercado financeiro:
1. Volatilidade dos Mercados: A volatilidade do mercado de ações e outros instrumentos
financeiros tem sido uma característica constante, influenciada por uma série de fatores,
como incertezas geopolíticas, políticas monetárias dos bancos centrais e eventos econômicos
globais.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Criptomoedas e Blockchain: As criptomoedas continuam a ser um ponto de interesse


significativo, com moedas digitais como Bitcoin e Ethereum ganhando atenção tanto de
investidores institucionais quanto de varejo. O desenvolvimento da tecnologia blockchain
também continua a ser uma área de interesse no setor financeiro.
3. Sustentabilidade e Investimentos ESG: A integração de critérios ambientais, sociais e de
governança (ESG) nos processos de investimento tem ganhado destaque, com mais
investidores buscando oportunidades que considerem o impacto ambiental e social das
empresas.
4. Política Monetária e Fiscal: As decisões dos bancos centrais sobre taxas de juros e políticas
monetárias têm um impacto significativo nos mercados financeiros, especialmente em
tempos de incerteza econômica ou crises.
5. Tecnologia Financeira (Fintech): A inovação tecnológica continua a transformar o setor
financeiro, com o crescimento das fintechs e a adoção de novas tecnologias como inteligência
artificial, big data e pagamentos digitais.
6. Regulação Financeira: Mudanças nas regulamentações financeiras podem influenciar o
funcionamento dos mercados e o comportamento dos investidores, com reformas
regulatórias e supervisão aumentando a transparência e a estabilidade do sistema financeiro.
7. Globalização Financeira: Os mercados financeiros estão cada vez mais interconectados
globalmente, com eventos em uma parte do mundo frequentemente tendo repercussões em
outros mercados ao redor do globo.
É importante estar atento às notícias e eventos atuais para compreender como esses e outros fatores
podem estar moldando o cenário financeiro atual. Recomenda-se consultar fontes confiáveis de
notícias financeiras e análises de mercado para obter as informações mais recentes e relevantes

9.1 OS BANCOS NA ERA DIGITAL: ATUALIDADE, TENDÊNCIAS E DESAFIOS.

Na atualidade, os bancos estão passando por uma profunda transformação impulsionada pela Era
Digital. Aqui estão algumas das tendências, desafios e oportunidades que estão moldando o setor
bancário neste contexto:
Atualidade:
1. Digitalização dos Serviços Bancários: A maioria dos bancos está migrando para canais
digitais, oferecendo serviços bancários online e móveis para proporcionar conveniência aos
clientes.
2. Expansão das Fintechs: As fintechs estão crescendo rapidamente, desafiando os bancos
tradicionais com soluções inovadoras em áreas como pagamentos, empréstimos, gestão de
patrimônio e investimentos.
3. Integração de Tecnologias Emergentes: Bancos estão adotando tecnologias como inteligência
artificial, big data, blockchain e Internet das Coisas (IoT) para melhorar a eficiência
operacional e aprimorar a experiência do cliente.
4. Ênfase na Experiência do Cliente: Os bancos estão focando cada vez mais em proporcionar
uma experiência do cliente excepcional, personalizando serviços e oferecendo atendimento
ao cliente em tempo real.
Tendências:
1. Open Banking: A tendência do Open Banking está ganhando força, permitindo que os
clientes compartilhem seus dados financeiros entre diferentes instituições, promovendo a
concorrência e a inovação.
2. Pagamentos Digitais: O uso de pagamentos digitais está em ascensão, com mais pessoas
optando por carteiras digitais, pagamentos por aproximação e criptomoedas para suas
transações financeiras.
3. Sustentabilidade Financeira: Bancos estão cada vez mais adotando políticas de
responsabilidade socioambiental e investindo em projetos sustentáveis para atender às
demandas dos clientes por instituições financeiras éticas e responsáveis.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

4. Segurança Cibernética: A segurança cibernética continua sendo uma preocupação central


para os bancos, à medida que enfrentam ameaças crescentes de ataques cibernéticos e
violações de dados.
Desafios:
1. Competição Disruptiva: Bancos tradicionais enfrentam a concorrência crescente de fintechs e
big techs, que oferecem serviços financeiros mais ágeis, personalizados e inovadores.
2. Adoção de Tecnologia: A implementação de tecnologias emergentes pode ser um desafio
para os bancos devido à necessidade de atualização de sistemas legados, treinamento de
pessoal e investimento em infraestrutura.
3. Regulação e Conformidade: Bancos enfrentam uma paisagem regulatória em constante
evolução, o que pode tornar a conformidade com as leis e regulamentos um desafio
complexo e oneroso.
4. Mudança Cultural: A transição para um modelo de negócios digital requer uma mudança
cultural significativa dentro das organizações bancárias, incluindo a adoção de uma
mentalidade orientada para o cliente e uma abordagem ágil para a inovação.
Oportunidades:
1. Inovação Contínua: Bancos têm a oportunidade de inovar continuamente, desenvolvendo
novos produtos e serviços que atendam às necessidades emergentes dos clientes e se
destaquem da concorrência.
2. Parcerias Estratégicas: Parcerias estratégicas com fintechs, big techs e outras empresas de
tecnologia podem permitir que os bancos expandam suas ofertas de produtos e serviços,
alcancem novos mercados e impulsionem a inovação.
3. Personalização: A análise de dados avançada e a inteligência artificial permitem que os
bancos personalizem serviços financeiros de acordo com as preferências individuais dos
clientes, melhorando a experiência do cliente e promovendo a fidelidade à marca.
4. Expansão Global: A digitalização dos serviços financeiros oferece aos bancos a oportunidade
de expandir globalmente, atendendo clientes em mercados emergentes e diversificando suas
fontes de receita.
Em resumo, os bancos na Era Digital enfrentam uma série de desafios significativos, mas também têm
a oportunidade de se reinventar e prosperar em um ambiente altamente competitivo e em constante
evolução. Aqueles que conseguirem abraçar a mudança e adotar uma abordagem ágil para a
inovação estarão bem posicionados para ter sucesso no futuro.

9.2 INTERNET BANKING.

O Internet Banking, também conhecido como banking online ou banco virtual, é um serviço oferecido
pelos bancos que permite aos clientes realizar uma variedade de transações bancárias através da
internet. Esse serviço transformou a maneira como as pessoas lidam com suas finanças, oferecendo
conveniência, acessibilidade e segurança. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre o Internet
Banking:
Funcionalidades do Internet Banking:
1. Consulta de Saldo e Extrato: Os clientes podem verificar seus saldos de conta corrente,
poupança, investimentos e cartões de crédito, bem como visualizar extratos de transações
anteriores.
2. Transferências de Fundos: É possível transferir dinheiro entre contas bancárias próprias ou
para terceiros, tanto dentro do mesmo banco quanto para outras instituições financeiras.
3. Pagamentos de Contas: Os clientes podem pagar contas de serviços públicos, boletos, faturas
de cartão de crédito e outros pagamentos recorrentes diretamente pela plataforma do
Internet Banking.
4. Investimentos: Muitos bancos oferecem a possibilidade de investir em produtos financeiros,
como fundos de investimento, ações e títulos diretamente pelo Internet Banking.
5. Recargas e Pagamentos de Serviços: Recargas de celular, bilhetes de transporte público e
outros serviços podem ser realizados através do Internet Banking.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

6. Solicitação de Serviços: Os clientes podem solicitar cheques, cartões de crédito adicionais,


empréstimos e outros produtos financeiros por meio do Internet Banking.
Vantagens do Internet Banking:
1. Conveniência: Os clientes podem acessar suas contas a qualquer momento e de qualquer
lugar, sem a necessidade de se deslocar até uma agência bancária.
2. Acesso 24/7: O Internet Banking está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana,
permitindo que os clientes realizem transações bancárias em horários flexíveis, adequados à
sua agenda.
3. Redução de Custos: Tanto para os clientes quanto para os bancos, o Internet Banking reduz
custos associados a transações físicas, como impressão de extratos, envio de
correspondências e manutenção de agências físicas.
4. Segurança: Os bancos implementam várias medidas de segurança, como criptografia de
dados, autenticação em duas etapas e monitoramento de atividades suspeitas, para proteger
as informações e transações dos clientes.
5. Facilidade de Uso: As interfaces do Internet Banking são projetadas para serem intuitivas e
fáceis de usar, permitindo que os clientes realizem transações com rapidez e eficiência.
Desafios do Internet Banking:
1. Segurança Cibernética: Os ataques cibernéticos representam uma ameaça à segurança do
Internet Banking, exigindo que os bancos implementem medidas rigorosas de segurança para
proteger as informações dos clientes.
2. Acesso à Internet: O acesso à internet é necessário para utilizar o Internet Banking, o que
pode ser uma limitação para clientes que não têm acesso à internet de alta velocidade ou
que vivem em áreas remotas.
3. Adoção por Parte dos Clientes: Alguns clientes podem ser relutantes em adotar o Internet
Banking devido a preocupações com segurança, falta de familiaridade com a tecnologia ou
preferência por transações presenciais.
4. Suporte ao Cliente: Embora o Internet Banking ofereça conveniência, alguns clientes ainda
podem precisar de suporte pessoal para questões mais complexas ou problemas técnicos.
Em resumo, o Internet Banking revolucionou a maneira como as pessoas lidam com suas finanças,
oferecendo conveniência, acessibilidade e segurança. Apesar dos desafios, essa plataforma continua
a evoluir e se expandir, atendendo às crescentes demandas dos clientes por serviços financeiros
digitais.

9.3 MOBILE BANKING.

O Mobile Banking, ou banco móvel, é uma extensão do Internet Banking que permite aos clientes
acessar e gerenciar suas contas bancárias através de dispositivos móveis, como smartphones e
tablets. Esse serviço oferece conveniência adicional, permitindo que os usuários realizem transações
financeiras enquanto estão em movimento. Aqui estão algumas informações importantes sobre o
Mobile Banking:
Funcionalidades do Mobile Banking:
1. Consulta de Saldo e Extrato: Os clientes podem verificar o saldo de suas contas correntes,
poupanças, investimentos e cartões de crédito, além de visualizar extratos de transações
anteriores.
2. Transferências de Fundos: É possível transferir dinheiro entre contas próprias ou para
terceiros, tanto dentro do mesmo banco quanto para outras instituições financeiras,
utilizando apenas o dispositivo móvel.
3. Pagamentos de Contas: Os usuários podem pagar contas de serviços públicos, boletos,
faturas de cartão de crédito e outros pagamentos recorrentes diretamente pelo aplicativo de
Mobile Banking.
4. Depósitos de Cheques: Alguns bancos oferecem a funcionalidade de depósito de cheques
por meio do Mobile Banking, permitindo que os clientes tirem fotos dos cheques e os
depositem eletronicamente em suas contas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

5. Notificações e Alertas: Os clientes podem receber notificações sobre transações, saldos


baixos, vencimentos de contas e outras informações importantes diretamente em seus
dispositivos móveis.
6. Localização de Agências e Caixas Eletrônicos: Alguns aplicativos de Mobile Banking
permitem que os clientes localizem agências bancárias e caixas eletrônicos próximos,
facilitando o acesso a serviços presenciais quando necessário.
Vantagens do Mobile Banking:
1. Conveniência: O Mobile Banking oferece conveniência incomparável, permitindo que os
clientes acessem suas contas e realizem transações a qualquer momento e em qualquer
lugar, diretamente do seu dispositivo móvel.
2. Acesso 24/7: Assim como o Internet Banking, o Mobile Banking está disponível 24 horas por
dia, 7 dias por semana, permitindo que os clientes realizem transações em horários flexíveis
que se adequem às suas agendas.
3. Facilidade de Uso: Os aplicativos de Mobile Banking são projetados para serem intuitivos e
fáceis de usar, oferecendo uma experiência de usuário simplificada para realizar transações
de forma rápida e eficiente.
4. Segurança: Os bancos implementam medidas avançadas de segurança em seus aplicativos de
Mobile Banking, como autenticação em duas etapas, criptografia de dados e monitoramento
de atividades suspeitas, para proteger as informações dos clientes.
5. Atualizações em Tempo Real: Os clientes podem receber atualizações em tempo real sobre
suas transações financeiras, saldos de contas e outras informações importantes diretamente
em seus dispositivos móveis.
Desafios do Mobile Banking:
1. Compatibilidade de Dispositivos: Alguns aplicativos de Mobile Banking podem não ser
compatíveis com todos os dispositivos móveis, exigindo que os usuários tenham
smartphones ou tablets mais recentes para acessar todas as funcionalidades.
2. Conexão com a Internet: O acesso à internet é necessário para utilizar o Mobile Banking, o
que pode ser uma limitação para os usuários que não têm acesso à internet móvel ou estão
em áreas com cobertura limitada.
3. Segurança Cibernética: Assim como o Internet Banking, o Mobile Banking está sujeito a
ameaças cibernéticas, exigindo que os usuários adotem medidas de segurança, como senhas
fortes e atualizações regulares do aplicativo.
4. Adoção por Parte dos Clientes: Alguns clientes podem ser relutantes em adotar o Mobile
Banking devido a preocupações com segurança, falta de familiaridade com a tecnologia ou
preferência por transações presenciais em agências bancárias.
Apesar dos desafios, o Mobile Banking continua a crescer em popularidade devido à sua
conveniência, acessibilidade e segurança. Os bancos continuam a investir em tecnologia móvel para
oferecer uma experiência bancária cada vez mais integrada e centrada no cliente.

9.4 OPEN BANKING.

Open Banking é um conceito que visa promover a inovação e a concorrência no setor financeiro,
permitindo que os clientes compartilhem seus dados financeiros entre diferentes instituições
financeiras de forma segura e controlada. Esse modelo é baseado em APIs (Application Programming
Interfaces) abertas que permitem a integração de sistemas e o compartilhamento de dados entre
diferentes prestadores de serviços financeiros.
Funcionamento do Open Banking:
1. Compartilhamento de Dados: Os clientes podem optar por compartilhar suas informações
financeiras, como histórico de transações, saldos de contas e informações de crédito, com
terceiros, como fintechs, instituições financeiras e outras empresas.
2. Acesso a Serviços Financeiros: O Open Banking permite que os clientes acessem uma
variedade de serviços financeiros oferecidos por diferentes prestadores de serviços, como
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

gestão de orçamento, comparação de produtos financeiros, empréstimos, investimentos e


muito mais.
3. Transferência de Dados Segura: O compartilhamento de dados no Open Banking é realizado
por meio de APIs seguras, que garantem a proteção e a privacidade das informações dos
clientes durante a transferência.
4. Controle e Consentimento do Cliente: Os clientes têm controle total sobre seus dados
financeiros e podem conceder ou revogar o acesso a terceiros a qualquer momento,
garantindo que apenas as informações necessárias sejam compartilhadas e utilizadas de
acordo com suas preferências.
Benefícios do Open Banking:
1. Inovação e Competição: O Open Banking promove a inovação e a competição no setor
financeiro, incentivando o desenvolvimento de novos produtos e serviços que atendam às
necessidades dos clientes de forma mais eficiente e personalizada.
2. Melhoria da Experiência do Cliente: Os clientes se beneficiam de uma experiência bancária
mais integrada e conveniente, com acesso a uma variedade de serviços financeiros em uma
única plataforma e a capacidade de personalizar suas experiências de acordo com suas
preferências individuais.
3. Acesso a Serviços Financeiros: O Open Banking democratiza o acesso a serviços financeiros,
permitindo que clientes de todos os perfis tenham acesso a uma variedade de produtos e
serviços financeiros, independentemente da instituição financeira com a qual estão
associados.
4. Transparência e Segurança: O modelo de compartilhamento de dados do Open Banking é
baseado na transparência e na segurança, garantindo que os clientes tenham controle total
sobre suas informações financeiras e que apenas dados relevantes sejam compartilhados
com terceiros de forma segura e controlada.
Desafios do Open Banking:
1. Privacidade e Segurança: O Open Banking levanta preocupações em relação à privacidade e
segurança dos dados dos clientes, exigindo medidas robustas de segurança cibernética e
protocolos de privacidade para proteger as informações dos clientes contra acessos não
autorizados e uso indevido.
2. Padronização e Interoperabilidade: A padronização de APIs e a interoperabilidade entre
diferentes sistemas e instituições financeiras são desafios importantes para o Open Banking,
garantindo que os dados possam ser compartilhados e utilizados de forma eficiente e sem
problemas.
3. Educação do Consumidor: Muitos clientes podem não estar familiarizados com o conceito de
Open Banking e os benefícios que ele oferece, exigindo esforços de educação do consumidor
para aumentar a conscientização e a adoção do modelo.
4. Regulação e Conformidade: A regulação do Open Banking varia de país para país e pode ser
complexa, exigindo a colaboração entre reguladores, instituições financeiras e outras partes
interessadas para garantir a conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.
O Open Banking tem o potencial de revolucionar o setor financeiro, promovendo a inovação, a
competição e a inclusão financeira. No entanto, é importante abordar os desafios e preocupações
relacionados à privacidade, segurança, padronização e regulação para garantir o sucesso e a
sustentabilidade desse modelo.

9.5 NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS.

Os novos modelos de negócios estão surgindo em resposta às mudanças tecnológicas, sociais e


econômicas que estão transformando o cenário empresarial. Aqui estão alguns exemplos de novos
modelos de negócios que estão ganhando destaque:
1. Economia Compartilhada (Sharing Economy):
 Plataformas como Airbnb, Uber e BlaBlaCar facilitam o compartilhamento de recursos, como
hospedagem, transporte e habilidades entre usuários, criando novas oportunidades de
geração de renda e utilização mais eficiente de ativos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Assinaturas e Serviços por Demanda:


 Empresas como Netflix, Spotify e Amazon Prime oferecem serviços baseados em assinatura
que proporcionam acesso ilimitado a conteúdo digital, produtos ou benefícios específicos por
uma taxa mensal ou anual.
3. Modelos Freemium:
 Muitas empresas de tecnologia adotam o modelo freemium, oferecendo um produto básico
gratuito com a opção de pagar por recursos premium ou funcionalidades adicionais.
Exemplos incluem Dropbox e Evernote.
4. Mercados Digitais:
 Plataformas de comércio eletrônico, como Amazon, Alibaba e eBay, conectam compradores e
vendedores em um mercado digital, oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços
para compra online.
5. Blockchain e Criptomoedas:
 O blockchain está possibilitando novos modelos de negócios descentralizados e baseados em
criptomoedas, como contratos inteligentes, finanças descentralizadas (DeFi), NFTs (tokens
não fungíveis) e plataformas de crowdfunding.
6. Negócios Sociais e Impacto:
 Empresas com foco em negócios sociais e impacto buscam resolver problemas sociais e
ambientais enquanto geram lucro. Exemplos incluem TOMS Shoes, que doa um par de
sapatos para cada par vendido, e Patagonia, que promove práticas sustentáveis.
7. Internet das Coisas (IoT) e Serviços Conectados:
 Com a proliferação de dispositivos conectados, há oportunidades para modelos de negócios
baseados em serviços conectados, como monitoramento remoto de saúde, gestão de energia
inteligente e manutenção preditiva de máquinas.
8. Inteligência Artificial e SaaS:
 Empresas estão utilizando inteligência artificial para oferecer serviços baseados em software
como serviço (SaaS), como assistentes virtuais, análise de dados avançada e automação de
processos empresariais.
9. Personalização e Experiência do Cliente:
 Modelos de negócios que priorizam a personalização e a experiência do cliente estão se
destacando, oferecendo produtos e serviços adaptados às necessidades individuais e criando
vínculos mais fortes com os clientes.
10. Educação Online e Aprendizagem Remota:
 Plataformas de educação online, como Coursera, Udemy e Khan Academy, estão
democratizando o acesso à educação e criando novas oportunidades de aprendizagem
remota e contínua.
Esses são apenas alguns exemplos de novos modelos de negócios que estão moldando o cenário
empresarial atual. À medida que a tecnologia continua a evoluir e as demandas dos consumidores
mudam, é provável que novos modelos de negócios continuem a surgir, criando oportunidades e
desafios para empreendedores e empresas em todo o mundo.

9.6 FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS.

As fintechs, startups e big techs estão desempenhando papéis significativos na transformação do


setor financeiro e tecnológico, trazendo inovação, competição e novas soluções para os
consumidores e empresas. Aqui está uma visão geral desses três tipos de empresas:
1. Fintechs (Financial Technology Companies):
 Definição: Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para fornecer produtos e serviços
financeiros de forma inovadora e eficiente, muitas vezes desafiando os modelos de negócios
tradicionais dos bancos e instituições financeiras.
 Exemplos: Empresas como Stripe (pagamentos online), Robinhood (negociação de ações),
Square (processamento de pagamentos), TransferWise (transferências internacionais) e
Nubank (banco digital) são exemplos de fintechs de destaque.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Áreas de Atuação: As fintechs atuam em uma variedade de áreas, incluindo pagamentos,


empréstimos peer-to-peer, gestão de patrimônio, crowdfunding, seguros, criptomoedas,
entre outras.
 Principais Características: Agilidade, inovação, foco no cliente, uso intensivo de tecnologia,
baixos custos operacionais e facilidade de acesso aos serviços são algumas das principais
características das fintechs.
2. Startups:
 Definição: Startups são empresas emergentes, geralmente de base tecnológica, que estão
desenvolvendo e buscando comercializar produtos ou serviços inovadores, muitas vezes em
setores de alto crescimento.
 Exemplos: Startups variam amplamente em sua área de atuação, mas algumas se destacam
em setores como tecnologia, saúde, educação, transporte, e-commerce, entre outros.
Exemplos incluem Uber, Airbnb, SpaceX, Slack, e muitas outras.
 Características: Flexibilidade, agilidade, foco na inovação, cultura empreendedora e
capacidade de adaptação rápida são características comuns às startups.
 Financiamento: As startups geralmente dependem de financiamento de investidores de risco,
fundos de capital de risco, aceleradoras, crowdfunding e outras fontes de financiamento para
impulsionar seu crescimento e desenvolvimento.
3. Big Techs (Big Technology Companies):
 Definição: Big techs são empresas de tecnologia globais que operam em várias áreas,
incluindo hardware, software, internet, serviços de nuvem, inteligência artificial, entre
outros, e muitas vezes têm uma grande base de usuários e influência significativa no
mercado.
 Exemplos: Empresas como Google, Apple, Amazon, Facebook (Meta Platforms), Microsoft,
Alibaba e Tencent são exemplos de big techs que têm impacto em várias indústrias, incluindo
finanças.
 Atuação em Finanças: As big techs estão entrando cada vez mais no setor financeiro,
oferecendo serviços como pagamentos móveis (Apple Pay, Google Pay), empréstimos
(Amazon Lending), serviços financeiros para empresas (Alibaba) e até mesmo desenvolvendo
suas próprias moedas digitais (Libra do Facebook).
 Desafios Regulatórios: O crescimento das big techs no setor financeiro tem levantado
preocupações sobre questões de privacidade, concorrência, segurança de dados e
concentração de poder, levando a um escrutínio regulatório mais rigoroso em várias
jurisdições.
Em resumo, fintechs, startups e big techs estão desempenhando papéis importantes na
transformação dos setores financeiro e tecnológico, introduzindo inovação, competição e novas
oportunidades para consumidores e empresas. Essas empresas estão moldando o futuro dos serviços
financeiros e tecnológicos de forma significativa e contínua

9.7 SISTEMA DE BANCOS SOMBRA (SHADOW BANKING).

O Sistema de Bancos Sombra, também conhecido como Shadow Banking, refere-se a um conjunto de
atividades financeiras realizadas por instituições não bancárias que estão envolvidas em atividades de
crédito e intermediação financeira, mas operam fora do sistema bancário tradicional. Esse sistema é
chamado de "sombra" porque, embora exerça funções semelhantes às dos bancos tradicionais, ele
opera de maneira menos regulamentada e transparente, muitas vezes fora do escopo das
autoridades regulatórias.
Características do Sistema de Bancos Sombra:
1. Instituições Não Bancárias: As entidades envolvidas no sistema de bancos sombra incluem
fundos de investimento, fundos de hedge, fundos de pensão, gestores de ativos,
financiadores especializados, empresas de private equity e outras instituições financeiras não
bancárias.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

2. Atividades de Intermediação Financeira: O sistema de bancos sombra realiza atividades de


intermediação financeira, como empréstimos, financiamento de hipotecas, financiamento
comercial, securitização de ativos, operações de derivativos e outras transações financeiras.
3. Menor Regulação e Supervisão: Em comparação com os bancos tradicionais, o sistema de
bancos sombra é geralmente menos regulamentado e supervisionado pelas autoridades
financeiras, o que pode levar a maior opacidade e riscos sistêmicos.
4. Uso de Alavancagem: As instituições do sistema de bancos sombra muitas vezes recorrem à
alavancagem, ou seja, utilizam uma proporção significativa de dívida em relação ao capital
próprio para ampliar seus retornos potenciais, o que pode aumentar os riscos financeiros.
5. Interconexões Complexas: O sistema de bancos sombra está interconectado com o sistema
bancário tradicional e outros mercados financeiros, o que pode criar riscos de contágio e
amplificar a propagação de choques financeiros.
Exemplos de Atividades no Sistema de Bancos Sombra:
1. Securitização: Processo no qual ativos, como hipotecas ou empréstimos, são agrupados e
transformados em títulos negociáveis, como títulos lastreados em hipotecas (MBS) ou títulos
de dívida colateralizada (CDOs).
2. Funding Corporativo: Empresas podem obter financiamento fora do sistema bancário
tradicional por meio de emissões de títulos corporativos, empréstimos de financiadores
especializados ou financiamento de private equity.
3. Mercado Monetário: Fundos do mercado monetário e outros instrumentos financeiros de
curto prazo fornecem financiamento de curto prazo para instituições financeiras e empresas
fora do sistema bancário tradicional.
4. Empresas de Financiamento de Veículos: Empresas de financiamento de veículos oferecem
empréstimos para financiar a compra de automóveis e outros bens duráveis, muitas vezes
utilizando estruturas de financiamento complexas.
Riscos do Sistema de Bancos Sombra:
1. Riscos Sistêmicos: O sistema de bancos sombra pode contribuir para a instabilidade
financeira e o risco sistêmico, especialmente em períodos de estresse financeiro, devido às
suas interconexões complexas e falta de regulamentação.
2. Opacidade e Complexidade: A falta de transparência e regulamentação no sistema de bancos
sombra pode dificultar a avaliação e o gerenciamento dos riscos associados às suas
atividades.
3. Corridas Bancárias: Em situações de crise, os investidores podem retirar fundos de
instituições do sistema de bancos sombra, desencadeando corridas bancárias e agravando a
instabilidade financeira.
4. Amplificação de Choques Financeiros: As interconexões entre o sistema de bancos sombra e
o sistema bancário tradicional podem amplificar a propagação de choques financeiros e
crises no sistema financeiro global.
Em resumo, o sistema de bancos sombra desempenha um papel significativo no sistema financeiro
global, fornecendo financiamento e serviços financeiros para uma variedade de setores e empresas.
No entanto, sua falta de regulamentação e transparência pode representar riscos para a estabilidade
financeira e exigir uma supervisão mais rigorosa por parte das autoridades regulatórias.

9.8 FUNÇÕES DA MOEDA.

A moeda desempenha várias funções fundamentais em uma economia moderna, facilitando as


transações econômicas e servindo como uma unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.
Aqui estão as principais funções da moeda:
1. Meio de Troca:
 A função mais básica da moeda é servir como meio de troca, facilitando a compra e venda de
bens e serviços. Com a moeda, as pessoas podem trocar seus produtos por dinheiro e, em
seguida, usar esse dinheiro para adquirir outros produtos ou serviços de que necessitam.
2. Unidade de Conta:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 A moeda também atua como uma unidade de conta padrão, permitindo que os preços de
bens e serviços sejam expressos em termos de uma única unidade monetária. Isso simplifica
as transações comerciais e facilita a comparação de preços entre diferentes produtos e
mercados.
3. Reserva de Valor:
 A moeda serve como uma reserva de valor, permitindo que as pessoas acumulem riqueza ao
longo do tempo. As pessoas podem armazenar seu dinheiro em forma de moeda física,
depósitos bancários ou outros ativos financeiros para uso futuro, protegendo assim seu
poder de compra contra a inflação e outras formas de desvalorização.
4. Padrão de Pagamento Diferido:
 A moeda também é usada como um meio de efetuar pagamentos diferidos, como
empréstimos e financiamentos. As pessoas podem contrair dívidas em moeda e prometer
pagar no futuro, usando a moeda como garantia de pagamento.
5. Facilitadora de Transações:
 Além das transações de compra e venda, a moeda também facilita uma ampla gama de
outras transações financeiras, incluindo pagamento de salários, pagamento de impostos,
pagamento de dívidas e transferências internacionais.
6. Instrumento de Política Monetária:
 Os governos e bancos centrais usam a moeda como uma ferramenta para implementar
políticas monetárias, ajustando a oferta de dinheiro e a taxa de juros para controlar a
inflação, estimular o crescimento econômico e manter a estabilidade financeira.
7. Unidade de Liquidação:
 A moeda é usada como uma unidade de liquidação em transações financeiras, garantindo
que os pagamentos sejam feitos de forma eficiente e segura, sem a necessidade de
transferência física de bens ou ativos.
8. Meio de Preservação da Confiança:
 A confiança na moeda é fundamental para seu funcionamento eficaz. Os governos e bancos
centrais trabalham para manter a estabilidade da moeda, garantindo sua aceitação geral e
preservando a confiança dos usuários na economia.
Essas funções da moeda são essenciais para o funcionamento suave de uma economia moderna,
facilitando o comércio, promovendo o crescimento econômico e garantindo a estabilidade financeira.

9.9 O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN, BITCOIN E DEMAIS CRIPTOMOEDAS.

Na era digital, o dinheiro está passando por uma transformação significativa com o surgimento do
blockchain, Bitcoin e outras criptomoedas. Aqui está uma visão geral de como essas tecnologias estão
impactando o conceito tradicional de dinheiro:
1. Blockchain:
 Definição: O blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que permite o
armazenamento seguro e transparente de dados em uma rede descentralizada. Cada bloco
de informações é encadeado com os blocos anteriores, criando um registro imutável e
auditável de todas as transações.
 Impacto: O blockchain está revolucionando vários setores, incluindo finanças, cadeia de
suprimentos, imobiliário, saúde e muito mais, ao eliminar intermediários, reduzir custos,
aumentar a transparência e a segurança das transações.
2. Bitcoin:
 Definição: O Bitcoin é a primeira e mais conhecida criptomoeda, criada por um pseudônimo
chamado Satoshi Nakamoto em 2009. Ele opera em uma rede descentralizada de nós e utiliza
o blockchain como seu livro-razão público.
 Características: O Bitcoin é descentralizado, digital, fungível, divisível, global e seguro. Ele
permite transações peer-to-peer sem a necessidade de intermediários, usando criptografia
para garantir a segurança e a privacidade das transações.
3. Outras Criptomoedas:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Variedade: Além do Bitcoin, existem milhares de outras criptomoedas, conhecidas como


altcoins, que foram desenvolvidas com diferentes objetivos e tecnologias subjacentes.
Exemplos incluem Ethereum, Ripple, Litecoin, Cardano, e muitas outras.
 Aplicações Diversas: As criptomoedas são utilizadas para uma variedade de fins, incluindo
pagamentos, remessas, contratos inteligentes, tokens de utilidade, tokens de segurança,
finanças descentralizadas (DeFi), jogos, arte digital e muito mais.
4. Impacto e Desafios:
 Potencial Disruptivo: As criptomoedas têm o potencial de revolucionar o sistema financeiro
global, oferecendo uma alternativa descentralizada e transparente ao dinheiro tradicional.
Elas podem democratizar o acesso aos serviços financeiros, reduzir custos, eliminar fronteiras
e promover a inclusão financeira.
 Desafios: No entanto, as criptomoedas também enfrentam desafios significativos, incluindo
volatilidade de preços, regulamentação incerta, preocupações com segurança, escala e
sustentabilidade ambiental. Além disso, questões relacionadas à privacidade, lavagem de
dinheiro e financiamento do terrorismo também são preocupações importantes.
5. Evolução Contínua:
 Inovação Constante: O ecossistema de criptomoedas está em constante evolução, com novos
projetos, tecnologias e aplicações sendo desenvolvidos continuamente. Essa inovação está
impulsionando a adoção e a integração das criptomoedas em uma variedade de setores e
mercados em todo o mundo.
 Adoção Institucional: A crescente adoção institucional de criptomoedas, incluindo
investimentos de grandes empresas, fundos de hedge, bancos e governos, está aumentando
a legitimidade e a aceitação das criptomoedas como uma classe de ativos viável e uma
reserva de valor alternativa.
Em resumo, o dinheiro na era digital está se transformando com o surgimento do blockchain, Bitcoin
e outras criptomoedas. Essas tecnologias estão redefinindo o conceito de dinheiro, oferecendo novas
possibilidades de transações descentralizadas, seguras e transparentes em uma economia digital
global.

9.10 MARKETPLACE.

Um marketplace é uma plataforma online onde compradores e vendedores se encontram para


realizar transações comerciais. Essa plataforma facilita o processo de compra e venda, oferecendo
uma ampla variedade de produtos ou serviços de diferentes vendedores em um único local. Aqui
estão algumas características e elementos-chave de um marketplace:
Características de um Marketplace:
1. Plataforma Online: O marketplace opera principalmente através de uma plataforma online,
acessível por meio de um site ou aplicativo móvel, onde os usuários podem navegar,
pesquisar e comprar produtos ou serviços.
2. Diversidade de Produtos e Serviços: Os marketplaces geralmente oferecem uma ampla gama
de produtos ou serviços de diferentes vendedores, abrangendo diversas categorias, desde
eletrônicos e moda até alimentos e artesanato.
3. Modelo de Negócio: O marketplace pode operar com diferentes modelos de negócios, como
comissões sobre vendas realizadas, taxas de transação, anúncios pagos, assinaturas de
vendedores ou uma combinação desses métodos.
4. Agregação de Vendedores: Os marketplaces agregam vendedores independentes ou
empresas, permitindo que eles listem seus produtos ou serviços na plataforma e alcancem
um público mais amplo de compradores.
5. Intermediação de Transações: O marketplace atua como intermediário entre compradores e
vendedores, facilitando o processo de compra, pagamento, entrega e suporte ao cliente.
6. Avaliações e Feedback: Os marketplaces geralmente incluem sistemas de avaliação e
feedback, permitindo que os compradores avaliem a qualidade dos produtos e serviços, bem
como a confiabilidade dos vendedores.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

7. Segurança e Garantias: Os marketplaces podem oferecer recursos de segurança, como


proteção contra fraudes, políticas de devolução e reembolso, garantias de qualidade e
proteção de dados pessoais dos usuários.
Exemplos de Marketplaces:
1. Amazon: Um dos maiores e mais conhecidos marketplaces do mundo, oferecendo uma vasta
gama de produtos em várias categorias, tanto de vendedores terceirizados quanto da própria
Amazon.
2. eBay: Outro marketplace líder global, conhecido por sua variedade de produtos usados e
colecionáveis, bem como itens novos, oferecidos por vendedores individuais e empresas.
3. Alibaba: Um marketplace chinês que conecta compradores e vendedores globais,
principalmente no atacado, com uma ampla variedade de produtos, incluindo eletrônicos,
roupas, eletrodomésticos e muito mais.
4. Etsy: Um marketplace focado em produtos artesanais, únicos e personalizados, onde artesãos
e pequenos empresários podem vender suas criações para um público global.
5. Airbnb: Um marketplace de aluguel de curto prazo de acomodações, que conecta anfitriões
que têm espaço disponível para alugar com viajantes em busca de hospedagem.
Benefícios de um Marketplace:
 **Acesso a uma ampla variedade de produtos e serviços em um único local.
 **Competição e preços competitivos entre vendedores.
 **Facilidade de comparação de produtos e vendedores.
 **Conveniência de compra online e entrega em domicílio.
 **Oportunidades para pequenos vendedores e artesãos alcançarem um público global.
 **Sistemas de segurança e garantias oferecidos pelo próprio marketplace.
Em resumo, os marketplaces desempenham um papel importante no comércio eletrônico,
conectando compradores e vendedores de forma eficiente e proporcionando uma experiência de
compra conveniente e diversificada. Essas plataformas continuam a crescer em popularidade e
relevância em diversos setores e mercados em todo o mundo.

9.11 CORRESPONDENTES BANCÁRIOS.

Correspondentes bancários são empresas ou estabelecimentos comerciais autorizados por


instituições financeiras a realizar determinadas operações bancárias em seu nome. Eles atuam como
intermediários entre os clientes e as instituições financeiras, oferecendo uma variedade de serviços
bancários básicos em locais convenientes e acessíveis para a população. Aqui estão algumas
características e funções dos correspondentes bancários:
Características dos Correspondentes Bancários:
1. Parceria com Instituições Financeiras: Os correspondentes bancários estabelecem parcerias
com bancos e outras instituições financeiras para oferecer serviços bancários em seu nome.
2. Ampla Rede de Atendimento: Eles estão presentes em locais estratégicos, como
supermercados, lotéricas, farmácias, lojas de conveniência, entre outros, para aumentar a
conveniência e acessibilidade aos serviços bancários.
3. Serviços Oferecidos: Os correspondentes bancários oferecem uma variedade de serviços,
como saques, depósitos, pagamentos de contas, transferências de dinheiro, recargas de
celular, empréstimos e consultas de saldo.
4. Atendimento ao Cliente: Eles fornecem assistência e orientação aos clientes sobre os
serviços bancários disponíveis, ajudando-os a realizar transações de forma segura e eficiente.
5. Tecnologia e Infraestrutura: Os correspondentes bancários utilizam tecnologia e sistemas de
ponto de venda (POS) para processar transações bancárias em tempo real e manter registros
precisos das operações realizadas.
6. Treinamento e Certificação: Os funcionários dos correspondentes bancários são treinados e
certificados pelas instituições financeiras para garantir o cumprimento das normas e
procedimentos bancários.
Funções dos Correspondentes Bancários:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

1. Expandir o Acesso aos Serviços Financeiros: Eles ajudam a expandir o acesso aos serviços
financeiros, especialmente em áreas onde as agências bancárias tradicionais são escassas ou
inexistentes.
2. Promover a Inclusão Financeira: Os correspondentes bancários desempenham um papel
crucial na promoção da inclusão financeira, permitindo que indivíduos e comunidades
tenham acesso a serviços bancários básicos.
3. Aumentar a Eficiência Operacional: Eles ajudam as instituições financeiras a aumentar sua
eficiência operacional, distribuindo parte das atividades bancárias para uma rede de
correspondentes, reduzindo a necessidade de investimentos em infraestrutura física.
4. Reduzir Custos de Transação: Ao descentralizar parte das operações bancárias para os
correspondentes, as instituições financeiras podem reduzir os custos associados ao
atendimento presencial em agências bancárias.
5. Facilitar o Fluxo de Fundos: Os correspondentes bancários facilitam o fluxo de fundos e
transações financeiras, especialmente em áreas onde a população não tem acesso a serviços
bancários tradicionais.
Exemplos de Correspondentes Bancários:
 Lotéricas
 Agências dos Correios
 Supermercados
 Farmácias
 Casas Lotéricas
 Lojas de Conveniência
 Postos de Gasolina
Em resumo, os correspondentes bancários desempenham um papel importante na ampliação do
acesso aos serviços financeiros, promovendo a inclusão financeira e aumentando a eficiência
operacional das instituições financeiras. Eles oferecem uma alternativa conveniente e acessível para
os clientes realizarem uma variedade de transações bancárias em locais próximos e de fácil acesso.

9.12 ARRANJOS DE PAGAMENTOS.

Arranjos de pagamentos referem-se a sistemas, protocolos ou infraestruturas que facilitam a


transferência de valor entre partes em uma transação financeira. Esses arranjos são essenciais para o
funcionamento eficiente do sistema de pagamentos, permitindo que indivíduos, empresas e
instituições financeiras realizem transações de forma segura, rápida e conveniente. Aqui estão alguns
tipos comuns de arranjos de pagamentos:
1. Transferências Eletrônicas:
 TED (Transferência Eletrônica Disponível): Um sistema que permite a transferência
eletrônica de fundos entre diferentes instituições financeiras no Brasil.
 DOC (Documento de Ordem de Crédito): Similar ao TED, mas geralmente usado para
transferências de menor valor e com um tempo de liquidação mais longo.
2. Cartões de Pagamento:
 Cartão de Débito: Permite que os titulares de conta acessem fundos diretamente de suas
contas bancárias para realizar compras e pagamentos eletrônicos.
 Cartão de Crédito: Permite que os titulares de cartões comprem bens e serviços com base
em um limite de crédito pré-aprovado.
3. Pagamentos Móveis:
 Carteiras Digitais: Aplicativos de pagamento móvel que permitem que os usuários
armazenem informações de pagamento e façam transações usando smartphones ou
dispositivos móveis.
 NFC (Near Field Communication): Tecnologia que permite pagamentos sem contato, onde os
dispositivos móveis podem ser aproximados de terminais de pagamento para processar
transações.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

4. Transferências Internacionais:
 SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication): Rede global que
facilita a comunicação entre instituições financeiras para transferências internacionais de
fundos.
 RTP (Real-Time Payments): Sistemas de pagamento em tempo real que permitem
transferências internacionais de fundos em minutos ou segundos.
5. Criptomoedas:
 Blockchain: Tecnologia subjacente às criptomoedas que permite a transferência de valor
entre carteiras digitais de forma descentralizada e segura.
 Bitcoin, Ethereum, etc.: Criptomoedas que podem ser usadas para pagamentos diretos entre
partes, sem a necessidade de intermediários financeiros.
6. Transferências Bancárias:
 Transferências ACH (Automated Clearing House): Sistema que facilita transferências
eletrônicas de fundos entre contas bancárias nos Estados Unidos.
 SEPA (Single Euro Payments Area): Sistema de pagamentos europeu que permite
transferências de fundos em euros entre países da União Europeia.
7. Outros Arranjos de Pagamento:
 Boletos Bancários: Documentos de pagamento usados principalmente no Brasil, que podem
ser pagos em bancos, lotéricas ou online.
 Cheques: Instrumentos de pagamento escritos em papel que permitem que os titulares de
conta façam pagamentos a terceiros.
Importância dos Arranjos de Pagamentos:
 Facilitar transações financeiras rápidas e seguras.
 Promover a eficiência do mercado e a circulação de dinheiro.
 Apoiar a inclusão financeira, permitindo que indivíduos e empresas acessem serviços
financeiros.
 Impulsionar o comércio eletrônico e o crescimento econômico.
 Contribuir para a estabilidade financeira e a integridade do sistema financeiro.
Em resumo, os arranjos de pagamentos são fundamentais para a economia global, fornecendo os
meios para que as partes realizem transações comerciais de forma eficiente, segura e conveniente.
Com o avanço da tecnologia e a evolução dos métodos de pagamento, os arranjos de pagamentos
continuam a se desenvolver para atender às necessidades em constante mudança dos consumidores
e das empresas.

9.13 SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX).

O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil que
permite a transferência de valores de forma eletrônica e instantânea, 24 horas por dia, sete dias por
semana, inclusive em feriados. Lançado oficialmente em novembro de 2020, o PIX revolucionou o
sistema de pagamentos brasileiro ao oferecer uma alternativa rápida, segura e conveniente para
transações financeiras.
Características e Funcionalidades do PIX:
1. Instantaneidade: As transferências via PIX são processadas em segundos, proporcionando
um tempo de liquidação quase instantâneo, independentemente do horário ou dia da
semana.
2. Disponibilidade Integral: O PIX está disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano,
incluindo fins de semana e feriados, o que oferece uma flexibilidade sem precedentes para os
usuários.
3. Gratuidade: O PIX permite transferências gratuitas para pessoas físicas, incentivando a
adoção e uso do sistema. No entanto, algumas instituições financeiras podem cobrar tarifas
por transações realizadas por pessoas jurídicas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

4. Identificação Simplificada: O PIX utiliza chaves de identificação simplificadas, como CPF,


CNPJ, e-mail ou número de telefone celular, para facilitar o processo de pagamento e eliminar
a necessidade de fornecer informações bancárias detalhadas.
5. Segurança: O PIX utiliza protocolos avançados de segurança, incluindo criptografia e
autenticação de dois fatores, para proteger as transações contra fraudes e ataques
cibernéticos.
6. Integração com Outros Serviços: O PIX pode ser integrado a uma variedade de serviços
financeiros e comerciais, incluindo pagamentos em lojas físicas e online, transferências entre
contas bancárias, pagamento de contas e recarga de celular.
Benefícios do PIX:
 Rapidez: Transações instantâneas que economizam tempo e agilizam o processo de
pagamento.
 Disponibilidade: Funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, oferecendo conveniência
máxima para os usuários.
 Gratuidade: A maioria das transações PIX são gratuitas para pessoas físicas, reduzindo os
custos associados às transferências de dinheiro.
 Inclusão Financeira: Facilita o acesso aos serviços financeiros para um maior número de
pessoas, incluindo desbancarizados e não bancarizados.
 Inovação: Promove a inovação no setor de pagamentos, impulsionando o desenvolvimento
de novos produtos e serviços financeiros.
Uso do PIX:
 Transferências entre contas bancárias.
 Pagamento de compras em lojas físicas e online.
 Pagamento de contas e boletos.
 Recarga de celular.
 Pagamentos entre empresas (B2B).
 Pagamentos de impostos e taxas governamentais.
Em resumo, o PIX revolucionou o sistema de pagamentos brasileiro ao oferecer uma alternativa
rápida, segura e conveniente para transferências de dinheiro. Com sua instantaneidade,
disponibilidade integral e gratuidade, o PIX está se tornando cada vez mais popular entre os
consumidores e empresas, impulsionando a transformação digital do mercado financeiro brasileiro.

9.14 SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES DIGITAIS.

A segmentação e as interações digitais são elementos-chave no marketing e nas estratégias de


engajamento com os clientes na era digital. Aqui está uma visão geral de ambos os conceitos:
Segmentação:
A segmentação é o processo de dividir um mercado em grupos distintos de consumidores com
características e necessidades semelhantes. Esses grupos, conhecidos como segmentos de mercado,
podem ser identificados com base em uma variedade de critérios demográficos, psicográficos,
comportamentais e geográficos. A segmentação permite que as empresas entendam melhor seus
clientes e adaptem suas estratégias de marketing para atender às necessidades específicas de cada
segmento. Alguns exemplos de critérios de segmentação incluem idade, sexo, localização geográfica,
interesses, comportamentos de compra e nível de renda.
Benefícios da Segmentação:
1. Melhor Direcionamento: Permite que as empresas direcionem suas mensagens e ofertas
para públicos específicos, aumentando a relevância e eficácia das campanhas de marketing.
2. Personalização: Facilita a personalização de produtos, serviços e comunicações para atender
às necessidades e preferências individuais dos clientes.
3. Aumento da Retenção: Ajuda a construir relacionamentos mais fortes com os clientes,
aumentando a fidelidade e a retenção.
4. Otimização de Recursos: Permite que as empresas aloquem recursos de marketing de forma
mais eficiente, concentrando seus esforços nas áreas de maior potencial de retorno.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

5. Identificação de Oportunidades de Mercado: Ajuda a identificar oportunidades de mercado


não atendidas ou subatendidas, permitindo que as empresas se diferenciem da concorrência.
Interações Digitais:
As interações digitais referem-se às formas como as empresas e os consumidores interagem e se
engajam por meio de canais digitais, como sites, redes sociais, e-mails, aplicativos móveis e
mensagens instantâneas. As interações digitais oferecem às empresas a oportunidade de se conectar
com os clientes em tempo real, fornecendo informações, suporte, serviços e experiências
personalizadas. Algumas formas comuns de interações digitais incluem:
1. Redes Sociais: Engajamento com os clientes por meio de plataformas como Facebook,
Twitter, Instagram, LinkedIn, entre outras.
2. E-mail Marketing: Envio de comunicações promocionais, newsletters e atualizações para os
clientes por e-mail.
3. Chatbots: Uso de chatbots para fornecer suporte ao cliente e responder a perguntas de
forma automatizada.
4. Anúncios Online: Exibição de anúncios segmentados em sites, redes sociais e mecanismos de
busca para promover produtos e serviços.
5. Conteúdo Digital: Criação e compartilhamento de conteúdo relevante e informativo, como
blogs, vídeos, infográficos e podcasts.
Benefícios das Interações Digitais:
1. Alcance Global: Permitem que as empresas alcancem e se envolvam com um público global,
independentemente da localização geográfica.
2. Feedback Instantâneo: Facilitam o feedback instantâneo dos clientes, permitindo às
empresas responder rapidamente às preocupações e necessidades dos clientes.
3. Personalização: Oferecem oportunidades para personalizar as interações com os clientes
com base em seu comportamento, preferências e histórico de compras.
4. Baixo Custo: Muitas formas de interações digitais, como e-mail marketing e redes sociais,
têm um custo relativamente baixo em comparação com os métodos tradicionais de
marketing.
5. Mensuração de Resultados: Permitem que as empresas meçam e acompanhem o
desempenho de suas estratégias de engajamento, por meio de métricas como taxas de
abertura, cliques, compartilhamentos e conversões.
Em resumo, a segmentação e as interações digitais são fundamentais para o sucesso das estratégias
de marketing e engajamento com os clientes na era digital. Ao entender o público-alvo e criar
experiências relevantes e personalizadas por meio de canais digitais, as empresas podem aumentar o
engajamento, a fidelidade e o valor do cliente ao longo do tempo.

9.15 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO.

A transformação digital no sistema financeiro refere-se à integração e adoção de tecnologias digitais


para melhorar e otimizar os processos de negócios, produtos e serviços oferecidos pelas instituições
financeiras. Essa transformação é impulsionada pela necessidade de atender às demandas dos
clientes por serviços mais convenientes, acessíveis e personalizados, bem como pela competição
crescente de empresas de tecnologia financeira (fintechs) e outras empresas inovadoras.

Principais Aspectos da Transformação Digital no Sistema Financeiro:

1. Experiência do Cliente Aprimorada:

 Oferecimento de serviços bancários e financeiros em plataformas digitais intuitivas e


fáceis de usar.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Personalização de produtos e serviços com base nas preferências e necessidades


individuais dos clientes.

 Implementação de chatbots e assistentes virtuais para fornecer suporte e


atendimento ao cliente 24/7.

2. Inovação em Produtos e Serviços:

 Desenvolvimento de novos produtos financeiros e soluções digitais, como carteiras


digitais, pagamentos instantâneos e investimentos automatizados.

 Integração de tecnologias emergentes, como blockchain, inteligência artificial e


análise de dados, para criar soluções inovadoras.

3. Eficiência Operacional:

 Automação de processos internos, reduzindo custos operacionais e aumentando a


eficiência.

 Implementação de sistemas de gestão integrada e plataformas de análise de dados


para otimizar operações e tomada de decisões.

4. Segurança e Conformidade:

 Investimento em tecnologias de segurança cibernética avançadas para proteger


dados sensíveis e transações financeiras.

 Adoção de soluções de conformidade regulatória para garantir o cumprimento das


leis e regulamentos do setor financeiro.

5. Colaboração com Fintechs e Parcerias Estratégicas:

 Colaboração com fintechs e startups para impulsionar a inovação e desenvolver


soluções conjuntas.

 Estabelecimento de parcerias estratégicas com empresas de tecnologia para


aproveitar expertise e recursos adicionais.

6. Digitalização de Processos Tradicionais:

 Substituição de processos manuais e em papel por soluções digitais, como


assinaturas eletrônicas e documentos digitais.

 Migração de serviços bancários tradicionais para canais digitais, reduzindo a


dependência de agências físicas.

Benefícios da Transform,ação Digital no Sistema Financeiro:

 Melhor Experiência do Cliente: Oferecimento de serviços mais convenientes, acessíveis e


personalizados aos clientes.

 Eficiência Operacional: Redução de custos, aumento da eficiência e otimização de processos


internos.

 Inovação e Competitividade: Desenvolvimento de novos produtos e serviços inovadores para


atrair e reter clientes.

 Segurança e Conformidade: Fortalecimento da segurança cibernética e cumprimento das


regulamentações do setor financeiro.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Expansão do Acesso Financeiro: Ampliação do acesso aos serviços financeiros,


especialmente para populações subatendidas.

Desafios da Transformação Digital no Sistema Financeiro:

 Segurança Cibernética: Aumento das preocupações com segurança de dados e ciberataques.

 Conformidade Regulatória: Necessidade de cumprir com regulamentações cada vez mais


complexas.

 Resistência Cultural: Adoção de mudanças culturais e organizacionais para abraçar a


transformação digital.

 Integração de Sistemas Legados: Desafios na integração de sistemas legados com novas


tecnologias digitais.

 Competição Disruptiva: Concorrência crescente de fintechs e empresas de tecnologia


inovadoras.

Em resumo, a transformação digital está redefinindo o setor financeiro, oferecendo oportunidades


significativas para melhorar a experiência do cliente, impulsionar a inovação e aumentar a eficiência
operacional. No entanto, os desafios relacionados à segurança, conformidade e resistência cultural
devem ser enfrentados para garantir o sucesso dessa transformação.

9.16 LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD)

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação brasileira que estabelece regras sobre a
coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais por organizações
públicas e privadas. Aprovada em 2018, a LGPD foi inspirada no Regulamento Geral de Proteção de
Dados (GDPR) da União Europeia e tem como objetivo garantir a privacidade e a segurança dos dados
pessoais dos cidadãos brasileiros.

Principais Aspectos da LGPD:

1. Dados Pessoais:

 Define dados pessoais como informações relacionadas a uma pessoa identificada ou


identificável, como nome, CPF, endereço, telefone, e-mail, entre outros.

2. Princípios:

 Estabelece princípios que devem ser seguidos pelas organizações no tratamento de


dados pessoais, incluindo transparência, finalidade, adequação, necessidade,
segurança, prevenção, não discriminação e responsabilidade.

3. Bases Legais:

 Determina as bases legais para o tratamento de dados pessoais, como consentimento


do titular dos dados, cumprimento de obrigação legal, execução de contrato, entre
outros.

4. Direitos dos Titulares dos Dados:


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

 Garante aos titulares dos dados diversos direitos, como o direito de acesso aos
dados, retificação, exclusão, portabilidade, anonimização, entre outros.

5. Responsabilidade das Organizações:

 Responsabiliza as organizações pelo tratamento adequado dos dados pessoais,


exigindo a implementação de medidas de segurança, registro de atividades de
tratamento, realização de avaliações de impacto à privacidade, entre outras
obrigações.

6. Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD):

 Cria a ANPD como órgão responsável pela fiscalização e aplicação da LGPD, além de
orientar, editar normas, promover a educação sobre proteção de dados e atuar como
canal de comunicação com os titulares dos dados.

Aplicação da LGPD:

 A LGPD se aplica a todas as organizações que realizam o tratamento de dados pessoais no


Brasil, independentemente de sua natureza jurídica ou do meio utilizado para o tratamento.

 Ela abrange tanto dados pessoais coletados online (por exemplo, em sites e aplicativos)
quanto offline (por exemplo, em lojas físicas).

 A LGPD se aplica a dados pessoais de residentes brasileiros, independentemente de onde a


organização que realiza o tratamento esteja sediada.

Consequências para o Não Cumprimento:

 As organizações que não cumprem a LGPD podem estar sujeitas a sanções administrativas,
como advertências, multas de até 2% do faturamento anual da organização (limitado a R$ 50
milhões por infração), suspensão parcial do funcionamento do banco de dados, entre outras.

Importância da LGPD:

 A LGPD é fundamental para proteger a privacidade e a segurança dos dados pessoais dos
cidadãos brasileiros, promovendo a confiança nas organizações que tratam esses dados.

 Ela reflete as preocupações crescentes com a privacidade e a segurança dos dados em uma
sociedade digital cada vez mais conectada e dependente de tecnologia.

 A LGPD também pode ajudar as organizações a melhorarem seus processos de gestão de


dados, promovendo uma cultura de responsabilidade e transparência no tratamento de
dados pessoais.

Em resumo, a LGPD é uma legislação abrangente que visa proteger os direitos dos titulares dos dados
e promover boas práticas de governança de dados por parte das organizações, contribuindo para um
ambiente digital mais seguro e confiável

LEI NO 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018

Dispõe sobre a proteção de dados pessoais e altera a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco
Civil da Internet).

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa
natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos
fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural.

Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos:

I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;

III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; IV -


a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;

V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;

VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e

VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade


e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.

Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada por pessoa natural ou por
pessoa jurídica de direito público ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do
país onde estejam localizados os dados, desde que:

I - a operação de tratamento seja realizada no território nacional;

II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de


bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território
nacional;

III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território


nacional.

§ 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados pessoais cujo titular nele se encontre
no momento da coleta.

§ 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o tratamento de dados previsto no inciso IV do


caput do art. 4º desta Lei.

Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais:

I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos; II - realizado
para fins exclusivamente:

a) jornalístico e artísticos; ou

b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 desta Lei; III - realizado


para fins exclusivos de:

a) segurança pública;

b) defesa nacional;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

c) segurança do Estado; ou

d) atividades de investigação e repressão de infrações penais; ou


IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso
compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência
internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência
proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei.

§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será regido por legislação específica, que
deverá prever medidas proporcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de proteção e os direitos do titular
previstos nesta Lei.

§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do caput deste artigo por pessoa de
direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito público, que serão
objeto de informe específico à autoridade nacional e que deverão observar a limitação imposta no §
4º deste artigo.

§ 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou recomendações referentes às exceções


previstas no inciso III do caput deste artigo e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impacto à
proteção de dados pessoais.

§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata o inciso III do
caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa de direito privado.

Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:

I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou


identificável;

II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso,
filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou
biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;

III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
seu tratamento;

IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em


um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;

V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto
de tratamento;

VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a


quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais;

VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que


realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

VIII - encarregado: pessoa natural, indicada pelo controlador, que atua como
canal de comunicação entre o controlador e os titulares e a autoridade nacional;

IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;

X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se


referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução,
transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento,
eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação,
transferência, difusão ou extração;

XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no


momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade de
associação, direta ou indireta, a um indivíduo;

XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o


titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade
determinada;

XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento,


mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados;

XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em


banco de dados, independentemente do procedimento empregado;

XV - transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para


país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro;

XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência


internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado de
bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas
competências legais, ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com
autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permitidas
por esses entes públicos, ou entre entes privados;

XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do


controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados
pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais,
bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco;

XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública


direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos
legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua
em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa
básica ou aplicada de caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico;

XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública indireta responsável


por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei.

Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes


princípios:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos,


explícitos e

informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas
finalidades;

II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao


titular, de acordo com o contexto do tratamento;

III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a


realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes,
proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados;

IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a


forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados
pessoais;

V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e


atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da
finalidade de seu tratamento;

VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e


facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de
tratamento, observados os segredos comercial e industrial;

VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger


os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas
de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão;

VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em


virtude do tratamento de dados pessoais;

IX - não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para fins


discriminatórios ilícitos ou abusivos;

X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, da adoção


de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o cumprimento das
normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas.

CAPÍTULO II

DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

Seção I

Dos Requisitos para o Tratamento de Dados Pessoais

Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:

I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;

II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de


dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e
regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos
congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;

IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que


possível, a anonimização dos dados pessoais;

V - quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos


preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do
titular dos dados;

VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou


arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de
Arbitragem);

VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;

VIII - para a tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais da área


da saúde ou por entidades sanitárias;

IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou


de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do
titular que exijam a proteção dos dados pessoais; ou

X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação


pertinente.

§ 1º Nos casos de aplicação do disposto nos incisos II e III do caput deste artigo e excetuadas as
hipóteses previstas no art. 4º desta Lei, o titular será informado das hipóteses em que será admitido
o tratamento de seus dados.

§ 2º A forma de disponibilização das informações previstas no § 1º e no inciso I do caput do art.23


desta Lei poderá ser especificada pela autoridade nacional.

§ 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve considerar a finalidade, a boa- fé e o
interesse público que justificaram sua disponibilização.

§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput deste artigo para os dados


tornados manifestamente públicos pelo titular, resguardados os direitos do titular e os princípios
previstos nesta Lei.

§ 5º O controlador que obteve o consentimento referido no inciso I do caput deste artigo que
necessitar comunicar ou compartilhar dados pessoais com outros controladores deverá obter
consentimento específico do titular para esse fim, ressalvadas as hipóteses de dispensa do
consentimento previstas nesta Lei.

§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não desobriga os agentes de tratamento das


demais obrigações previstas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e da
garantia dos direitos do titular.

Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei deverá ser fornecido por escrito ou
por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse deverá constar de cláusula destacada das
demais cláusulas contratuais.

§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o consentimento foi obtido em conformidade com o
disposto nesta Lei.

§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento.

§ 4º O consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e as autorizações genéricas para


o tratamento de dados pessoais serão nulas.

§ 5º O consentimento pode ser revogado a qualquer momento mediante manifestação expressa do


titular, por procedimento gratuito e facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob amparo do
consentimento anteriormente manifestado enquanto não houver requerimento de eliminação, nos
termos do inciso VI do caput do art. 18 desta Lei.

§ 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o
controlador deverá informar ao titular, com destaque de forma específica do teor das alterações,
podendo o titular, nos casos em que o seu consentimento é exigido, revogá-lo caso discorde da
alteração.

Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados,
que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras
características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:

I - finalidade específica do tratamento;

II - forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e


industrial; III - identificação do controlador;

IV - informações de contato do controlador;

V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a


finalidade; VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e

VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.

§ 1º Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse será considerado nulo caso as


informações fornecidas ao titular tenham conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido
apresentadas previamente com transparência, de forma clara e inequívoca.

§ 2º Na hipótese em que o consentimento é requerido, se houver mudanças da finalidade para o


tratamento de dados pessoais não compatíveis com o consentimento original, o controlador deverá
informar previamente o titular sobre as mudanças de finalidade, podendo o titular revogar o
consentimento, caso discorde das alterações.

§ 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição para o fornecimento de produto ou de


serviço ou para o exercício de direito, o titular será informado com destaque sobre esse fato e sobre
os meios pelos quais poderá exercer os direitos do titular elencados no art. 18 desta Lei.

Art. 10. O legítimo interesse do controlador somente poderá fundamentar tratamento de dados
pessoais para finalidades legítimas, consideradas a partir de situações concretas, que incluem, mas
não se limitam a:

I - apoio e promoção de atividades do controlador; e


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

II - proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus direitos ou


prestação de serviços que o beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas dele
e os direitos e liberdades fundamentais, nos termos desta Lei.

§ 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse do controlador, somente os dados


pessoais estritamente necessários para a finalidade pretendida poderão ser tratados.

§ 2º O controlador deverá adotar medidas para garantir a transparência do tratamento de dados


baseado em seu legítimo interesse.

§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador relatório de impacto à proteção de dados


pessoais, quando o tratamento tiver como fundamento seu interesse legítimo, observados os
segredos comercial e industrial.

hipóteses:

Seção II

Do Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis

Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas seguintes

I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para
finalidades específicas;

II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for indispensável para:

a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;

b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração


pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos;

c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a


anonimização dos dados pessoais sensíveis;

d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial,


administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de
setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);

e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;

f) tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais da área da saúde ou


por entidades sanitárias; ou

g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos de


identificação e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, resguardados
os direitos mencionados no art. 9º desta Lei e exceto no caso de prevalecerem
direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados
pessoais.

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer tratamento de dados pessoais que revele dados
pessoais sensíveis e que possa causar dano ao titular, ressalvado o disposto em legislação específica.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso II do caput deste artigo pelos
órgãos e pelas entidades públicas, será dada publicidade à referida dispensa de consentimento, nos
termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.

§ 3º A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais sensíveis entre controladores com


objetivo de obter vantagem econômica poderá ser objeto de vedação ou de regulamentação por
parte da autoridade nacional, ouvidos os órgãos setoriais do Poder Público, no âmbito de suas
competências.

§ 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre controladores de dados pessoais


sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter vantagem econômica, exceto nos casos de
portabilidade de dados quando consentido pelo titular.

Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais para os fins desta Lei, salvo
quando o processo de anonimização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando
exclusivamente meios próprios, ou quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido.

§ 1º A determinação do que seja razoável deve levar em consideração fatores objetivos, tais como
custo e tempo necessários para reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecnologias
disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios.

§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pessoais, para os fins desta Lei, aqueles
utilizados para formação do perfil comportamental de determinada pessoa natural, se identificada.

§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e técnicas utilizados em processos de


anonimização e realizar verificações acerca de sua segurança, ouvido o Conselho Nacional de
Proteção de Dados Pessoais.

Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os órgãos de pesquisa poderão ter acesso a bases
de dados pessoais, que serão tratados exclusivamente dentro do órgão e estritamente para a
finalidade de realização de estudos e pesquisas e mantidos em ambiente controlado e seguro,
conforme práticas de segurança previstas em regulamento específico e que incluam, sempre que
possível, a anonimização ou pseudonimização dos dados, bem como considerem os devidos padrões
éticos relacionados a estudos e pesquisas.

§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do estudo ou da pesquisa de que trata o


caput deste artigo em nenhuma hipótese poderá revelar dados pessoais.

§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança da informação prevista no caput deste
artigo, não permitida, em circunstância alguma, a transferência dos dados a terceiro.

§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto de regulamentação por parte da
autoridade nacional e das autoridades da área de saúde e sanitárias, no âmbito de suas
competências.

§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimização é o tratamento por meio do qual um dado perde
a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação
adicional mantida separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro.

Seção III

Do Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e de Adolescentes

Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes deverá ser realizado em seu
melhor interesse, nos termos deste artigo e da legislação pertinente.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser realizado com o consentimento


específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal.

§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste artigo, os controladores deverão manter


pública a informação sobre os tipos de dados coletados, a forma de sua utilização e os procedimentos
para o exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta Lei.

§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o consentimento a que se refere o § 1º
deste artigo quando a coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável legal, utilizados
uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso poderão ser
repassados a terceiro sem o consentimento de que trata o § 1º deste artigo.

§ 4º Os controladores não deverão condicionar a participação dos titulares de que trata o § 1º deste
artigo em jogos, aplicações de internet ou outras atividades ao fornecimento de informações pessoais
além das estritamente necessárias à atividade.

§ 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis para verificar que o consentimento a que
se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tecnologias
disponíveis.

§ 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas neste artigo deverão ser fornecidas de
maneira simples, clara e acessível, consideradas as características físico-motoras, perceptivas,
sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de recursos audiovisuais quando adequado, de
forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada ao
entendimento da criança.

Seção IV

Do Término do Tratamento de Dados

Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá nas seguintes hipóteses:

I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os dados deixaram de ser necessários ou
pertinentes ao alcance da finalidade específica almejada;

II - fim do período de tratamento;

III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito de revogação do consentimento


conforme disposto no § 5º do art. 8º desta Lei, resguardado o interesse público; ou

IV - determinação da autoridade nacional, quando houver violação ao disposto nesta Lei.

Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de seu tratamento, no âmbito e nos
limites técnicos das atividades, autorizada a conservação para as seguintes finalidades:

I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;

II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a


anonimização dos dados pessoais;

III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisitos de tratamento


de dados dispostos nesta Lei; ou
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e desde que
anonimizados os dados.

CAPÍTULO III

DOS DIREITOS DO TITULAR

Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados pessoais e garantidos os
direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de privacidade, nos termos desta Lei.

Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do
titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição:

I - confirmação da existência de tratamento; II - acesso aos dados;

III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados;

IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos


ou tratados em desconformidade com o disposto nesta Lei;

V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, mediante


requisição expressa e observados os segredos comercial e industrial, de acordo
com a regulamentação do órgão controlador;

VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular,


exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta Lei;

VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador


realizou uso compartilhado de dados;

VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e sobre as


consequências da negativa;

IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. 8º desta Lei.

§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar em relação aos seus dados contra o
controlador perante a autoridade nacional.

§ 2º O titular pode opor-se a tratamento realizado com fundamento em uma das hipóteses de
dispensa de consentimento, em caso de descumprimento ao disposto nesta Lei.

§ 3º Os direitos previstos neste artigo serão exercidos mediante requerimento expresso do titular ou
de representante legalmente constituído, a agente de tratamento.

§ 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da providência de que trata o § 3º deste artigo,


o controlador enviará ao titular resposta em que poderá:

I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e indicar, sempre que possível, o agente; ou

II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a adoção imediata da providência.

§ 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo será atendido sem custos para o titular, nosprazos e
nos termos previstos em regulamento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 6º O responsável deverá informar de maneira imediata aos agentes de tratamento com os quais
tenha realizado uso compartilhado de dados a correção, a eliminação, a anonimização ou o bloqueio
dos dados, para que repitam idêntico procedimento.

§ 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o inciso V do caput deste artigo não inclui
dados que já tenham sido anonimizados pelo controlador.

§ 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também poderá ser exercido perante os organismos
de defesa do consumidor.

Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso a dados pessoais serão providenciados, mediante
requisição do titular:

I - em formato simplificado, imediatamente; ou

II - por meio de declaração clara e completa, que indique a origem dos dados, a
inexistência de registro, os critérios utilizados e a finalidade do tratamento,
observados os segredos comercial e industrial, fornecida no prazo de até 15
(quinze) dias, contado da data do requerimento do titular.

§ 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que favoreça o exercício do direito de acesso.

§ 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a critério do titular: I - por meio eletrônico,
seguro e idôneo para esse fim; ou

II - sob forma impressa.

§ 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do titular ou em contrato, o titular

poderá solicitar cópia eletrônica integral de seus dados pessoais, observados os segredos comercial e
industrial, nos termos de regulamentação da autoridade nacional, em formato que permita a sua
utilização subsequente, inclusive em outras operações de tratamento.

§ 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma diferenciada acerca dos prazos previstos nos
incisos I e II do caput deste artigo para os setores específicos.

Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar revisão, por pessoa natural, de decisões tomadas
unicamente com base em tratamento automatizado de dados pessoais que afetem seus interesses,
inclusive de decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de consumo e de crédito
ou os aspectos de sua personalidade.

§ 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas, informações claras e adequadas a


respeito dos critérios e dos procedimentos utilizados para a decisão automatizada, observados os
segredos comercial e industrial.

§ 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata o § 1º deste artigo baseado na


observância de segredo comercial e industrial, a autoridade nacional poderá realizar auditoria para
verificação de aspectos discriminatórios em tratamento automatizado de dados pessoais.

Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de direitos pelo titular não podem ser
utilizados em seu prejuízo.

Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de dados poderá ser exercida em juízo,
individual ou coletivamente, na forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos
de tutela individual e coletiva.

CAPÍTULO IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO

Seção I

Das Regras

Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito público referidas no
parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação),
deverá ser realizado para o atendimento de sua finalidade pública, na persecução do interesse
público, com o objetivo de executar as competências legais ou cumprir as atribuições legais do
serviço público, desde que:

I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de suas competências, realizam o tratamento


de dados pessoais, fornecendo informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade,
os procedimentos e as práticas utilizadas para a execução dessas atividades, em veículos de fácil
acesso, preferencialmente em seus sítios eletrônicos;

II - (VETADO); e

III - seja indicado um encarregado quando realizarem operações de tratamento de dados


pessoais, nos termos do art. 39 desta Lei.

§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de publicidade das operações de


tratamento.

§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas mencionadas no caput deste artigo de
instituir as autoridades de que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação).

§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos do titular perante o Poder Público
observarão o disposto em legislação específica, em especial as disposições constantes da Lei nº
9.507, de 12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas Data), da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999
(Lei Geral do Processo Administrativo), e da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso
à Informação).

§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público,
terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo, nos
termos desta Lei.

§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso aos dados por meio eletrônico para a
administração pública, tendo em vista as finalidades de que trata o caput deste artigo.

Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia mista que atuam em regime de
concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constituição Federal, terão o mesmo tratamento
dispensado às pessoas jurídicas de direito privado particulares, nos termos desta Lei.

Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de economia mista, quando estiverem


operacionalizando políticas públicas e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento
dispensado aos órgãos e às entidades do Poder Público, nos termos deste Capítulo.

Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado para o uso
compartilhado, com vistas à execução de políticas públicas, à prestação de serviços públicos, à
descentralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das informações pelo público em
geral.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve atender a finalidades
específicas de execução de políticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades
públicas, respeitados os princípios de proteção de dados pessoais elencados no art. 6º desta Lei.

§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas dados pessoais constantes de bases de
dados a que tenha acesso, exceto:

I - em casos de execução descentralizada de atividade pública que exija a transferência, exclusivamente


para esse fim específico e determinado, observado o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011 (Lei de Acesso à Informação);

II - (VETADO);

III - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, observadas as disposições desta
Lei.

§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste artigo deverão ser comunicados à

autoridade nacional.

Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais de pessoa jurídica de direito
público a pessoa de direito privado será informado à autoridade nacional e dependerá de
consentimento do titular, exceto:

I - nas hipóteses de dispensa de consentimento previstas nesta Lei;

II - nos casos de uso compartilhado de dados, em que será dada publicidade


nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; ou

III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei. Art. 28. (VETADO).

Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer momento, às entidades do Poder Público, a
realização de operações de tratamento de dados pessoais, informe específico sobre o âmbito e a
natureza dos dados e demais detalhes do tratamento realizado e poderá emitir parecer técnico
complementar para garantir o cumprimento desta Lei.

Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas complementares para as atividades de
comunicação e de uso compartilhado de dados pessoais.

Seção II

Da Responsabilidade

Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência do tratamento de dados pessoais por
órgãos públicos, a autoridade nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer cessar
a violação.

Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do Poder Público a publicação de relatórios
de impacto à proteção de dados pessoais e sugerir a adoção de padrões e de boas práticas para os
tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.

CAPÍTULO V

DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS

Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais somente é permitida nos seguintes
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

casos:

I - para países ou organismos internacionais que proporcionem grau de proteção de


dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei;

II - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos


princípios, dos direitos do titular e do regime de proteção de dados previstos nesta
Lei, na forma de:

a) cláusulas contratuais específicas para determinada transferência;

b) cláusulas-padrão contratuais;

c) normas corporativas globais;

d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente emitidos;

III - quando a transferência for necessária para a cooperação jurídica


internacional entre órgãos públicos de inteligência, de investigação e de
persecução, de acordo com os instrumentos de direito internacional;

IV - quando a transferência for necessária para a proteção da vida ou da


incolumidade física do titular ou de terceiro;

V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;

VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido em acordo de


cooperação internacional;

VII - quando a transferência for necessária para a execução de política pública ou


atribuição legal do serviço público, sendo dada publicidade nos termos do inciso I
do caput do art. 23 desta Lei;

VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento específico e em


destaque para a transferência, com informação prévia sobre o caráter internacional
da operação, distinguindo claramente esta de outras finalidades; ou

IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos incisos II, V e VI


do art. 7º desta Lei.

Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as pessoas jurídicas de direito público

referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação), no âmbito de suas competências legais, e responsáveis, no âmbito de suas atividades,
poderão requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de proteção a dados pessoais conferido
por país ou organismo internacional.

Art. 34. O nível de proteção de dados do país estrangeiro ou do organismo internacional mencionado
no inciso I do caput do art. 33 desta Lei será avaliado pela autoridade nacional, que levará em
consideração:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

I - as normas gerais e setoriais da legislação em vigor no país de destino ou no organismo


internacional;

II - a natureza dos dados;

III - a observância dos princípios gerais de proteção de dados pessoais e direitos dos titulares
previstos nesta Lei;

IV - a adoção de medidas de segurança previstas em regulamento;

V - a existência de garantias judiciais e institucionais para o respeito aos direitos de proteção de


dados pessoais; e

VI - outras circunstâncias específicas relativas à transferência.

Art. 35. A definição do conteúdo de cláusulas-padrão contratuais, bem como a verificação de


cláusulas contratuais específicas para uma determinada transferência, normas corporativas globais
ou selos, certificados e códigos de conduta, a que se refere o inciso II do caput do art. 33 desta Lei,
será realizada pela autoridade nacional.

§ 1º Para a verificação do disposto no caput deste artigo, deverão ser considerados os requisitos, as
condições e as garantias mínimas para a transferência que observem os direitos, as garantias e os
princípios desta Lei.

§ 2º Na análise de cláusulas contratuais, de documentos ou de normas corporativas globais


submetidas à aprovação da autoridade nacional, poderão ser requeridas informações suplementares
ou realizadas diligências de verificação quanto às operações de tratamento, quando necessário.

§ 3º A autoridade nacional poderá designar organismos de certificação para a realização do previsto


no caput deste artigo, que permanecerão sob sua fiscalização nos termos definidos em regulamento.

§ 4º Os atos realizados por organismo de certificação poderão ser revistos pela autoridade nacional e,
caso em desconformidade com esta Lei, submetidos a revisão ou anulados.

§ 5º As garantias suficientes de observância dos princípios gerais de proteção e dos direitos do titular
referidas no caput deste artigo serão também analisadas de acordo com as medidas técnicas e
organizacionais adotadas pelo operador, de acordo com o previsto nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei.

Art. 36. As alterações nas garantias apresentadas como suficientes de observância dos princípios
gerais de proteção e dos direitos do titular referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser
comunicadas à autoridade nacional.

CAPÍTULO VI

DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

Seção I

Do Controlador e do Operador

Art. 37. O controlador e o operador devem manter registro das operações de tratamento de dados
pessoais que realizarem, especialmente quando baseado no legítimo interesse.

Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar ao controlador que elabore relatório de impacto à
proteção de dados pessoais, inclusive de dados sensíveis, referente a suas operações de tratamento
de dados, nos termos de regulamento, observados os segredos comercial e industrial.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Parágrafo único. Observado o disposto no caput deste artigo, o relatório deverá conter, no mínimo, a
descrição dos tipos de dados coletados, a metodologia utilizada para a coleta e para a garantia da
segurança das informações e a análise do controlador com relação a medidas, salvaguardas e
mecanismos de mitigação de risco adotados.

Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento segundo as instruções fornecidas pelo controlador,
que verificará a observância das próprias instruções e das normas sobre a matéria.

Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões de interoperabilidade para fins de
portabilidade, livre acesso aos dados e segurança, assim como sobre o tempo de guarda dos
registros, tendo em vista especialmente a necessidade e a transparência.

Seção II

Do Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais

Art. 41. O controlador deverá indicar encarregado pelo tratamento de dados pessoais.

§ 1º A identidade e as informações de contato do encarregado deverão ser divulgadas publicamente,


de forma clara e objetiva, preferencialmente no sítio eletrônico do controlador.

§ 2º As atividades do encarregado consistem em:

I - aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar esclarecimentos e adotar providências;

II - receber comunicações da autoridade nacional e adotar providências;

III - orientar os funcionários e os contratados da entidade a respeito das práticas a serem


tomadas em relação à proteção de dados pessoais; e

IV - executar as demais atribuições determinadas pelo controlador ou estabelecidas em normas


complementares.

§ 3º A autoridade nacional poderá estabelecer normas complementares sobre a definição e as


atribuições do encarregado, inclusive hipóteses de dispensa da necessidade de sua indicação,
conforme a natureza e o porte da entidade ou o volume de operações de tratamento de dados.

Seção III

Da Responsabilidade e do Ressarcimento de Danos

Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do exercício de atividade de tratamento de dados
pessoais, causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de
proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.

§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos dados:

I - o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando descumprir as
obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do
controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao controlador, salvo nos casos de exclusão
previstos no art. 43 desta Lei;

II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram danos


ao titular dos dados respondem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43
desta Lei.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova a favor do titular dos dados quando, a
seu juízo, for verossímil a alegação, houver hipossuficiência para fins de produção de prova ou
quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe excessivamente onerosa.

§ 3º As ações de reparação por danos coletivos que tenham por objeto a responsabilização nos
termos do caput deste artigo podem ser exercidas coletivamente em juízo, observado o disposto na
legislação pertinente.

§ 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regresso contra os demais responsáveis, na
medida de sua participação no evento danoso.

Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão responsabilizados quando provarem:

I - que não realizaram o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído;


II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído, não
houve violação à legislação de proteção de dados; ou

III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos dados ou de terceiro.

Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a legislação ou
quando não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias
relevantes, entre as quais:

I - o modo pelo qual é realizado;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à época em que foi realizado.

Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da violação da segurança dos dados o
controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as medidas de segurança previstas no art. 46
desta Lei, der causa ao dano.

Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito das relações de consumo
permanecem sujeitas às regras de responsabilidade previstas na legislação pertinente.

CAPÍTULO VII

DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS

Seção I

Da Segurança e do Sigilo de Dados

Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas
aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.

§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões técnicos mínimos para tornar aplicável o
disposto no caput deste artigo, considerados a natureza das informações tratadas, as características
específicas do tratamento e o estado atual da tecnologia, especialmente no caso de dados pessoais
sensíveis, assim como os princípios previstos no caput do art. 6º desta Lei.

§ 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser observadas desde a fase de concepção
do produto ou do serviço até a sua execução.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa que intervenha em uma das fases do
tratamento obriga-se a garantir a segurança da informação prevista nesta Lei em relação aos dados
pessoais, mesmo após o seu término.

Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e ao titular a ocorrência de incidente
de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares.

§ 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme definido pela autoridade nacional, e
deverá mencionar, no mínimo:

I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;


II - as informações sobre os titulares envolvidos;
III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas para a proteção dos dados,
observados os segredos comercial e industrial;

IV - os riscos relacionados ao incidente;

V - os motivos da demora, no caso de a comunicação não ter sido imediata; e

VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do prejuízo.

§ 2º A autoridade nacional verificará a gravidade do incidente e poderá, caso necessário para a


salvaguarda dos direitos dos titulares, determinar ao controlador a adoção de providências, tais
como:

I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e II - medidas para reverter ou mitigar os


efeitos do incidente.

§ 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual comprovação de que foram adotadas
medidas técnicas adequadas que tornem os dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e nos
limites técnicos de seus serviços, para terceiros não autorizados a acessá-los.

Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser estruturados de forma
a atender aos requisitos de segurança, aos padrões de boas práticas e de governança e aos princípios
gerais previstos nesta Lei e às demais normas regulamentares.

Seção II

Das Boas Práticas e da Governança

Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas competências, pelo tratamento de dados
pessoais, individualmente ou por meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de
governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os
procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões
técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, os
mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao
tratamento de dados pessoais.

§ 1º Ao estabelecer regras de boas práticas, o controlador e o operador levarão em consideração, em


relação ao tratamento e aos dados, a natureza, o escopo, a finalidade e a probabilidade e a gravidade
dos riscos e dos benefícios decorrentes de tratamento de dados do titular.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII do caput do art. 6º desta Lei, o
controlador, observados a estrutura, a escala e o volume de suas operações, bem como a
sensibilidade dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos para os titulares dos
dados, poderá:

I - implementar programa de governança em privacidade que, no mínimo:

a) demonstre o comprometimento do controlador em adotar processos e políticas internas que


assegurem o cumprimento, de forma abrangente, de normas e boas práticas relativas à proteção de
dados pessoais;

b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que estejam sob seu controle,
independentemente do modo como se realizou sua coleta;

c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas operações, bem como à sensibilidade dos
dados tratados;

d) estabeleça políticas e salvaguardas adequadas com base em processo de avaliação sistemática de


impactos e riscos à privacidade;

e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com o titular, por meio de atuação
transparente e que assegure mecanismos de participação do titular;

f) esteja integrado a sua estrutura geral de governança e estabeleça e aplique mecanismos de


supervisão internos e externos;

g) conte com planos de resposta a incidentes e remediação; e

h) seja atualizado constantemente com base em informações obtidas a partir de monitoramento


contínuo e avaliações periódicas;

II - demonstrar a efetividade de seu programa de governança em privacidade quando


apropriado e, em especial, a pedido da autoridade nacional ou de outra entidade responsável por
promover o cumprimento de boas práticas ou códigos de conduta, os quais, de forma independente,
promovam o cumprimento desta Lei.

§ 3º As regras de boas práticas e de governança deverão ser publicadas e atualizadas periodicamente


e poderão ser reconhecidas e divulgadas pela autoridade nacional.

Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões técnicos que facilitem o controle pelos
titulares dos seus dados pessoais.

CAPÍTULO VIII

DA FISCALIZAÇÃO

Seção I

Das Sanções Administrativas

Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas
nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional:

I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica


de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício,
excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
reais) por infração;

III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;

IV - publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua


ocorrência; V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua
regularização;

VI- eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;

VII - suspensão parcial ou total do funcionamento do banco de dados a que se


refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual
período até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador;

VIII - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a


que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por
igual período;

IX- proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento


de dados.

§ 1º As sanções serão aplicadas após procedimento administrativo que possibilite a oportunidade da


ampla defesa, de forma gradativa, isolada ou cumulativa, de acordo com as peculiaridades do caso
concreto e considerados os seguintes parâmetros e critérios:

I - a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos pessoais afetados;


II - a boa-fé do infrator;
III - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; IV - a condição econômica do infrator;
V - a reincidência;

VI - o grau do dano;

VII - (VETADO);

VIII - (VETADO); IX - (VETADO);

X - a pronta adoção de medidas corretivas; e

XI - a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção.

§ 2º O disposto neste artigo não substitui a aplicação de sanções administrativas, civis ou penais
definidas em legislação específica.

§ 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, VII, VIII e IX do caput deste artigo poderá ser aplicado às
entidades e aos órgãos públicos, sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (Lei de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Improbidade Administrativa), e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à


Informação).

§ 4º No cálculo do valor da multa de que trata o inciso II do caput deste artigo, a autoridade nacional
poderá considerar o faturamento total da empresa ou grupo de empresas, quando não dispuser do
valor do faturamento no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, definido pela
autoridade nacional, ou quando o valor for apresentado de forma incompleta ou não for
demonstrado de forma inequívoca e idônea.

Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regulamento próprio sobre sanções
administrativas a infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de consulta pública, as metodologias que
orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa.

§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo devem ser previamente publicadas, para
ciência dos agentes de tratamento, e devem apresentar objetivamente as formas e dosimetrias para
o cálculo do valor-base das sanções de multa, que deverão conter fundamentação detalhada de
todos os seus elementos, demonstrando a observância dos critérios previstos nesta Lei.

§ 2º O regulamento de sanções e metodologias correspondentes deve estabelecer as circunstâncias e


as condições para a adoção de multa simples ou diária.

Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações a esta Lei deve observar a gravidade
da falta e a extensão do dano ou prejuízo causado e ser fundamentado pela autoridade nacional.

Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária deverá conter, no mínimo, a descrição da
obrigação imposta, o prazo razoável e estipulado pelo órgão para o seu cumprimento e o valor da
multa diária a ser aplicada pelo seu descumprimento.

CAPÍTULO IX

DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE


PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E DA PRIVACIDADE

Seção I

Da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) Art. 55. (VETADO).

Art. 56. (VETADO).

Art. 57. (VETADO).

Seção II

Do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade Art. 58. (VETADO).

Art. 59. (VETADO).

CAPÍTULO X DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da Internet), passa a vigorar com as
seguintes alterações:

"Art. 7º .....................................................................................

..........................................................................................................

X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de internet, a
seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda
obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a proteção de dados pessoais;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

..............................................................................................." (NR)

"Art. 16. ...................................................................................

..........................................................................................................

II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular, exceto nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de
dados pessoais." (NR)

Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e intimada de todos os atos processuais previstos nesta
Lei, independentemente de procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do
agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial, agência, sucursal, estabelecimento ou
escritório instalado no Brasil.

Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), no âmbito de suas competências, editarão regulamentos específicos para o acesso a
dados tratados pela União para o cumprimento do disposto no § 2º do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), e aos referentes ao Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de
2004.

Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a adequação progressiva de bancos de
dados constituídos até a data de entrada em vigor desta Lei, consideradas a complexidade das
operações de tratamento e a natureza dos dados.

Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no ordenamento
jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte.

Art. 65. Esta Lei entra em vigor após decorridos 18 (dezoito) meses de sua publicação oficial .

Brasília, 14 de agosto de 2018; 197oda Independência e 130oda República.

9.17 LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO

A Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anticorrupção, é uma legislação brasileira que foi
sancionada em 1º de agosto de 2013 e entrou em vigor em 29 de janeiro de 2014. Ela estabelece
responsabilidade administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a
administração pública, nacional ou estrangeira, e prevê medidas de combate à corrupção no âmbito
empresarial.

A Lei Anticorrupção estabelece, entre outros pontos, a responsabilidade objetiva das empresas por
atos lesivos à administração pública, prevendo a aplicação de multas que podem alcançar até 20% do
faturamento bruto anual da empresa, excluindo-se os tributos, no exercício anterior ao da
instauração do processo administrativo. Além disso, a legislação prevê a possibilidade de aplicação de
outras sanções, como a publicação extraordinária da decisão condenatória, a suspensão ou interdição
parcial das atividades da empresa, a dissolução compulsória da pessoa jurídica, entre outras.

A Lei Anticorrupção busca promover maior transparência e integridade nas relações entre o setor
público e o setor privado, bem como responsabilizar empresas que se envolvem em práticas
corruptas. Ela também incentiva a implementação de programas de compliance nas organizações,
visando prevenir a ocorrência de atos ilícitos.

LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra
a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas
pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples,
personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado,
bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras,
que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito,
ainda que temporariamente.

Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil,
pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus


dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato
ilícito.

§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização

individual das pessoas naturais referidas no caput.

§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos

ilícitos na medida da sua culpabilidade.

Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração

contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.

§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será

restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do

patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei

decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto no caso de

simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente comprovados.

§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo

contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta

Lei, restringindo- se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral

do dano causado.

CAPÍTULO II

DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

NACIONAL OU ESTRANGEIRA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para

os fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo

único do art. 1º, que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra

princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo

Brasil, assim definidos:

I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente

público, ou a terceira pessoa a ele relacionada;

II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo

subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei;

III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar

ou dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;

IV - no tocante a licitações e contratos:

a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o

caráter competitivo de procedimento licitatório público;

b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento

licitatório público;

c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de

vantagem de qualquer tipo;

d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação

pública ou celebrar contrato administrativo;

f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou

prorrogações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no

ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou

g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados

com a administração pública;

V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou

agentes públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos

órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.

§ 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades estatais ou

representações diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem

como as pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

estrangeiro.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as

organizações públicas internacionais.

§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda que

transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos,

entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas

jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro ou em

organizações públicas internacionais.

CAPÍTULO III

DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas

responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:

I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do

faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo,

excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua

estimação; e

II - publicação extraordinária da decisão condenatória.

§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada ou cumulativamente, de

acordo com as peculiaridades do caso concreto e com a gravidade e natureza das infrações.

§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo será precedida da manifestação

jurídica elaborada pela Advocacia Pública ou pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente,

do ente público.

§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer hipótese,

a obrigação da reparação integral do dano causado.

§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, caso não seja possível utilizar o critério do

valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$

60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

§ 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocorrerá na forma de extrato

de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande circulação na

área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de

circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta)

dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível ao


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

público, e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.

§ 6º (VETADO).

Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:

I - a gravidade da infração;

II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;

III - a consumação ou não da infração;

IV - o grau de lesão ou perigo de lesão;

V - o efeito negativo produzido pela infração;

VI - a situação econômica do infrator;

VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;

VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria

e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta

no âmbito da pessoa jurídica;

IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade

pública lesados; e

X - (VETADO).

Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e procedimentos

previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos em regulamento do Poder Executivo

federal.

CAPÍTULO IV

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO

Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da

responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos

Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante provocação,

observados o contraditório e a ampla defesa.

§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de

apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.

§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria- Geral da União - CGU

terá competência concorrente para instaurar processos administrativos de responsabilização de

pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, para exame

de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento.

Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apuração, o processo e o


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

julgamento dos atos ilícitos previstos nesta Lei, praticados contra a administração pública

estrangeira, observado o disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate da Corrupção de

Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, promulgada pelo

Decreto nº 3.678, de 30 de novembro de 2000.

Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa

jurídica será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta por 2

(dois) ou mais servidores estáveis.

§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equivalente,

a pedido da comissão a que se refere o caput, poderá requerer as medidas judiciais necessárias

para a investigação e o processamento das infrações, inclusive de busca e apreensão.

§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que

suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação.

§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias

contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os

fatos apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as

sanções a serem aplicadas.

§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da

autoridade instauradora.

Art. 11. No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será

concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta) dias para defesa, contados a partir da intimação.

Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à

autoridade instauradora, na forma do art. 10, para julgamento.

Art. 13. A instauração de processo administrativo específico de reparação integral do

dano não prejudica a aplicação imediata das sanções estabelecidas nesta Lei.

Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito apurado

será inscrito em dívida ativa da fazenda pública.

Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com

abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei

ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à

pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de administração, observados o

contraditório e a ampla defesa.

Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica,


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

após a conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de

sua existência, para apuração de eventuais delitos.

CAPÍTULO V

DO ACORDO DE LENIÊNCIA

Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar

acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta

Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que

dessa colaboração resulte:

I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e

II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob

apuração.

§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos,

cumulativamente, os seguintes requisitos:

I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar

para a apuração do ato ilícito;

II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a

partir da data de propositura do acordo;

III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e

permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas

expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento.

§ 2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções

previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor

da multa aplicável.

§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar

integralmente o dano causado.

§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a

efetividade da colaboração e o resultado útil do processo.

§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que

integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em

conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas.

§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação

do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo administrativo.


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta

de acordo de leniência rejeitada.

§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará

impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do conhecimento pela

administração pública do referido descumprimento.

§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos

ilícitos previstos nesta Lei.

§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os

acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos

praticados contra a administração pública estrangeira.

Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a

pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de

1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas em seus arts.

86 a 88.

CAPÍTULO VI

DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL

Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a

possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial.

Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou

órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação

com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:

I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito

direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boafé;

II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;

III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;

IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos

de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder

público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.

§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando

comprovado:

I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

promover a prática de atos ilícitos; ou

II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade

dos beneficiários dos atos praticados.

§ 2º (VETADO).

§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa.

§ 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial,

ou equivalente, do ente público poderá requerer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores

necessários à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do dano causado,

conforme previsto no art. 7º, ressalvado o direito do terceiro de boa-fé.

Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão ser aplicadas as

sanções previstas no art. 6o, sem prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, desde que constatada

a omissão das autoridades competentes para promover a responsabilização administrativa.

Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei nº

7.347, de 24 de julho de 1985.

Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o

dano causado pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior liquidação, se não constar

expressamente da sentença.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de

Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou

entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo com

base nesta Lei.

§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão informar e manter atualizados,

no Cnep, os dados relativos às sanções por eles aplicadas.

§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções

aplicadas:

I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou entidade no Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;

II - tipo de sanção; e

III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da

sanção, quando for o caso.


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos de leniência previstos

nesta Lei, também deverão prestar e manter atualizadas no Cnep, após a efetivação do respectivo

acordo, as informações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se esse procedimento vier

a causar prejuízo às investigações e ao processo administrativo.

§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das

informações previstas no § 3º, deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo

descumprimento.

§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão excluídos depois de

decorrido o prazo previamente estabelecido no ato sancionador ou do cumprimento integral do

acordo de leniência e da reparação do eventual dano causado, mediante solicitação do órgão ou

entidade sancionadora.

Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de

todas as esferas de governo deverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, no

Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, instituído no

âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às sanções por eles aplicadas, nos termos

do disposto nos arts. 87 e 88 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados comfundamento nesta Lei
serão destinados preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.

Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, contados da data da ciência da
infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a prescrição será interrompida

com a instauração de processo que tenha por objeto a apuração da infração.

Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na forma do

seu estatuto ou contrato social.

§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão representadas pela pessoa a

quem couber a administração de seus bens.

§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo gerente, representante ou

administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil.

Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas

nesta Lei, não adotar providências para a apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e

administrativamente nos termos da legislação específica aplicável.

Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira

contra a administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do Conselho Administrativo

de Defesa Econômica, do Ministério da Justiça e do Ministério da Fazenda para processar e

julgar fato que constitua infração à ordem econômica.

Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta os processos de

responsabilização e aplicação de penalidades decorrentes de:

I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº 8.429, de 2 de junho de

1992; e

II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ou outras

normas de licitações e contratos da administração pública, inclusive no tocante ao Regime

Diferenciado de Contratações Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de

2011.

Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.

Brasília, 1º de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

O Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022, regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,


também conhecida como Lei Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa. Esta lei responsabiliza as
empresas por práticas de corrupção e outros atos considerados lesivos à administração pública.
O Decreto nº 11.129/2022 entrou em vigor no dia 18 de julho de 2022. Substitui o Decreto nº
8.420/2015, que não foi atualizado durante os mais de sete anos de vigência.
O Decreto nº 11.129/2022 determina que a apuração da responsabilidade administrativa de pessoa
jurídica será efetuada por meio de Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) ou de acordo
de leniência.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS:

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