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Nome : Larissa Rodrigues A.

da silva turno: Matutino sala : EA

Capítulo 18

No intuito de recuperar as relações econômicas no plano internacional dois atores tiveram papel central
nos debate a Grã-Bretanha com o John Maynard Keynes e pelos Estados Unidos o Harry Dexter White
ambos estudavam planos para reconstrução do sistema financeiro internacional desde 1941. O plano de
Keynes previa a criação da União Internacional de Compensações um grande fundo, da ordem de US$ 26
bilhões, constituído com recursos dos países membros, e que emitiria uma moeda (chamada de bancor) e
o objetivo do fundo era financiar os países deficitários em suas contas internacionais. A proposta de
Keynes refletia a provável situação britânica com pequena capacidade para exportar mercadorias e
redução das rendas derivadas de seus investimentos externos. Desse modo, as versões do plano de
White afastaram-se de seu projeto original e então tratou de recompor o sistema monetário
internacional a fim de restabelecer o comércio multilateral e suspender todas as restrições ao livre
comércio, a proposta de White também previa a formação de um fundo para atender aos países
deficitários, os quais teriam menor autonomia para gerir sua política econômica. Já os países
superavitários não sofreriam qualquer tipo de restrição. A Conferência Monetária e Financeira
Internacional das Nações Unidas e Associadas aprovou as bases do novo sistema financeiro internacional.
Esse acordo, que ficou conhecido pelo nome de Bretton Woods foi a Principal instituição aí estabelecida
foi o Fundo Monetário Internacional. Que se mostrava claramente insuficiente diante dos desequilíbrios
externos das economias no pós-guerra assim, à instalação do Fundo em 1946 não correspondeu seu
efetivo funcionamento. O funcionamento do sistema monetário internacional estruturado em Bretton
Woods tinha o dólar como sua moeda-chave. No entanto, as condições da economia internacional no
pós-guerra provocavam escassez de dólares dificultando a realização das trocas no comércio
internacional. De um lado, os Estados Unidos, por sua capacidade produtiva praticamente intacta
durante a guerra, de outro lado na Europa a produção industrial e agrícola estava em frangalho. Entre
1947 e 1952, os anos de funcionamento do Plano Marshall, duas eram as inovações com o Plano em
primeiro lugar, o valor disponibilizado para a reconstrução europeia foi doado e não transferido em
empréstimos, e em segundo lugar os países inimigos como a Alemanha, também passaram a receber um
substancial auxílio. Tal fluxo de capitais permitiu a ampliação extraordinária de importações europeias,
beneficiando, por conseguinte, a própria economia dos Estados Unidos. Ademais, esses recursos
amenizaram a escassez de dólares na economia mundial, dando alguma liquidez ao sistema monetário
internacional. Nesse sentido, em 1949 o FMI sinalizou para um processo de desvalorização das moedas
europeias. a desvalorização permitia que os países europeus ampliassem suas exportações e reduzissem
suas importações, estimulando a produção nacional. Assim, num período curto de tempo a Europa
conseguiu reverter os déficits na balança comercial, reduzindo, por outro lado, o superávit na conta
corrente norte-americana. As desvalorizações das moedas europeias em 1949, associadas aos efeitos do
Plano Marshall, permitiram superar a aguda escassez de dólares que havia marcando o imediato pós-
guerra. Desde então, as contas externas norte-americanas passaram a apresentar déficits: os dólares que
agora saíam dos Estados Unidos deram crescente liquidez ao sistema monetário internacional. outros
fatores contribuíram para a continuidade do “desequilíbrio benéfico” em 1950 foi deflagrada a Guerra da
Coreia a ameaça comunista inerente à Guerra tornou mais aceitável, nos Estados Unidos, a promoção de
ajuda aos países em risco de cair sob o controle de regimes comunistas. Desse modo, o desequilíbrio das
contas externas norte-americanas mostrava-se benéfico ao injetar dólares no sistema monetário
internacional, reduzindo a escassez de dólares e dando a liquidez necessária para as operações
comerciais e financeiras. Os déficits no balanço de pagamentos norte-americano ao longo da década de
1950 ampliaram o volume de dólares existentes nos países europeus. Com a restauração da
conversibilidade entre as moedas europeias. Em consequência, se iniciou a conversão de dólares em
ouro, o que levou à brusca redução das reservas de ouro dos Estados Unidos. Disso decorria a menor
necessidade de dólares para os países europeus que procuravam converter o excedente em ouro junto
ao tesouro norte-americano. Esse mecanismo expressava, o esquema elaborado em Bretton Woods,
inconsistência que ficou conhecida como dilema de Triffin. No sistema de Bretton Woods, o dólar se
tornou a moeda-chave porque era a única cuja conversibilidade em ouro era garantida por um governo.
Mas para que houvesse liquidez para o comércio internacional em expansão era preciso um volume
crescente de dólares em circulação fora dos Estados Unidos. Assim, em 1960 passou-se a colocar em
dúvida o caráter do dólar como reserva de valor. As principais ameaças vieram do presidente francês,
Charles de Gaulle que criticava o que os norte-americanos usava sua moeda para liquidar compras de
bens no exterior e que o “dilema de Triffin” levasse a desvalorização do dólar, provocando perdas aos
países que detinham grandes volumes da moeda americana em suas reservas e ameaçava exigir a
conversão de grande parte das reservas de dólares do Banco da França em ouro. Com isso, o governo
norte-americano tomou algumas medidas visando reduzir as pressões sobre o dólar o governo Kennedy,
com o objetivo de estimular a manutenção de saldos oficiais em dólar, eliminou os impostos sobre os
depósitos a prazo mantidos por autoridades monetárias estrangeiras.
Em 1964, foram implementados os Impostos de Equalização de Juros, que variavam entre 15% e 30%,
para que residentes fossem desestimulados a investir fora do país. Somaram-se a essa medida, restrições
aos bancos comerciais, companhias de seguro e fundos de pensão norte-americanos para concessões de
empréstimos ao exterior. Tais medidas conseguiram reduzir a saída de dólares dos Estados Unidos,
porém não evitaram totalmente as pressões para a desvalorização da moeda norte-americana. em 1961,
os membros do G-10 concordaram emprestar mais US$ 6 bilhões ao FMI, por meio do Acordo Geral sobre
Empréstimos, principalmente considerando que o fundo vinha assumindo uma maior presença na
estabilização da economia internacional. No entanto, as medidas restritivas efetivadas pelo governo
norte-americano e os acordos internacionais que buscavam remendar o sistema monetário internacional,
reduzindo as pressões para a desvalorização do dólar, se mostraram apenas paliativos. O desequilíbrio
externo na economia norte-americana agravou-se na segunda metade dos anos 1960. Durante o governo
de Lyndon Johnson promoveu um programa amplo de combate à pobreza, cujas despesas se somaram às
militares, gerando forte pressão inflacionária. Desse modo, o desequilíbrio externo passou a ser
alimentado pela redução, ano a ano, do saldo da balança comercial que se tornou negativo em 1971. Ao
ser eleito como sucessor de Lyndon Johnson, Richard Nixon e seus assessores econômicos propuseram
uma estratégia para a desvalorização que ficou conhecida como negligência benigna. Essa estratégia
consistia em permitir que os dólares continuassem a sair dos Estados Unidos sem intervenção, de
maneira que a moeda norte-americana mantida em quantidades crescentes pelos bancos centrais dos
países estrangeiros exerceria forte pressão no sentido de sua desvalorização. depois de longos debates
entre os países industrializados, acordou-se na Conferência Smithsoniana, em Washington, a
desvalorização do dólar em 8%. As moedas bem-sucedidas na economia mundial, casos do marco e do
iene, deveriam ser valorizadas. Abria-se um novo cenário no sistema monetário internacional: taxas de
câmbio flutuantes favoreceram o surgimento de operações especulativas, estimuladas por expectativas
de valorização ou desvalorização das moedas no mercado mundial. Assim sendo, o sistema de Bretton
Woods chegava ao seu fim, encerrando, simbolicamente, a era de ouro do capitalismo.

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