Parte 2 – Unidade 7 – 23/09/2015
O fim de Bretton Woods
Liberali
Gowan – A Roleta Global
Clássic
As fragilidade de Bretton Woods -> as instituições
internacionais (FMI, BM e GATT); a impossibilidade
de manutenção do padrão dólar-ouro; a
estabilidade do sistema.
A década de 70 – os déficits comerciais americanos.
A crise do petróleo e a constituição do regime
“dólar-wall-street”.
As crises financeiras -> cambiais (regime de cb
flexível).
A supremacia do financiamento público (Estados) e
pricados atavés das instituições fincanceiras de
Londres e NY.
Notícia da semana: nova queda das ações chinesas.
-> incentivo a compra de ações, mas a produção
das empresas não acompanhou a valorização das
ações, então agora os retornos dos mesmos são
menores – a pessoas que investiram perdem renda -
> começa a haver evasão de investimentos da bolsa
chinesa e, por consequência, queda de ações.
(atividade industrial fraca)
Aumento do dólar: Brasil possui divisas, então
porque isso ocorre?
Expectativa de saída de investimentos, haja vista o
rebaixamento do Brasil pela Standars and Poors.
O BC não está intervindo – ofertando mais dólares
para conter a valorização do dólar.
Regime de SWAPS cambiais.
Desvalorização cambial: aumento das X e redução
das IM, entrada de Ks – aumento enorme das
reservas nacionais.
Crise atual brasileira: não possui o componente
externo.
País com alta capacidade produtiva.
Explicação marxista: realinhamento do sistema.
Explicação liberal: excesso de intervenção
governamental (aumento do salário mínimo,
excesso de gastos). Análises midiáticas imbecis são
liberais (hegemonia social do PT and shit).
Séc
XIX
smo
1945 1950-
o 2ªGM 60 1974
Séc 1948 1971
XX Bretton Cb
Woods flexível
Crise
de 29
Padrão
Ouro
Crise de 29: transações feitas com a moeda ouro,
moeda lastrada no ouro. Não havia emissão
descontrolada de moedas. – Não há inflação,
poucas crises, Estado intervém pouco, modelo
macroeconômico clássico (crise no mercado de
trabalho, queda de salários, aumento da produção,
aumento do emprego).
Séc XX:
1945 - Os governos deixam de respeitar o padrão
ouro para fazer frente/ financiar o esforço de
guerra. + em função do conflito, elevação das
barreiras tarifárias (não importar, produzir
domesticamente, o que for possível, e não queimar
reservas internacionais com IM) – fechamento de
barreiras tarifárias generalizadas. Momento de
turbulência.
1948 – Encontros desde antes entre alguns países
(EUA e Inglaterra) debatendo sobre essas barreiras
tarifárias e as emissões descontroladas de moeda –
inflações elevadíssimas. Em algum momento teria-
se que ordenar isso. Para reorganizar seria
necessário um esforço coletivo – uma negociação.
O processo de negociação fecha em 48 com BW. ->
estabilidade financeira baseada no padrão dólar-
ouro. As moedas seriam lastreadas no dólar-ouro (o
crescimento das economias estavam lastreadas na
quantidade de ouro – para solucionar essa questão,
os EUA deveriam IM mais -> aumentar as reservas
de dólar nas economias, via ajuste das balanças
comerciais).
Isso só seria possível com o regime de cb fixo.
Alterar a tx de cb -> não se está ancorado no dólar.
+ negociação de barreiras tarifárias.
Déficits comerciais gigantescos na Europa – como
reverter esse quadro com o regime de cb fixo?
Necessita-se de financiamento aos europeus (baixas
reservas).
A tendência era que os europeus continuassem a
desvalorizar suas moedas e elevar tarifas – para
aumentar as reservas internacionais.
BW -> fixou-se os cb; iniciaram-se as negociações
para redução das barreiras tarifárias. Como resolver
a questão das baixas reservas internacionais
europerias?
Suprir déficits:
1. Pequenas desvalorizações (CP).
2. Câmbio fixo – manutenção do padrão dólar-
ouro.
3. Aumento das reservas europeias através da
balança comercial – aumento das
exportações europeias para os EUA, entrada
de dólar. (LP)
4. FMI – criado para ser o estabilizador do
sistema – papel de emprestados de última
instância. Quando os níveis de reservas
europeus estivesem abaixo do crítico, e os
europeus presisassem fazer desvalorizações,
haveria o emprestador de última instância.
Oferecia moeda forte, para que os países
mantivessem o padrão dólar-ouro.
Problema do FMI: a maior parte dos rescursos é
dólar – EUA nunca permitiu que a maior cota fosse
de outras moedas. Os outros países depositam lá
dólar também.
Projeto de reconstrução da Europa via Banco
Mundial – poucos recursos.
EUA criaram o Plano Marshall – injetou recursos na
Europa.
Esperava-se que essa arquitetura funcionasse.
Como essa arquitetura deixou de funcionar? (durou
de 1948-1971, surpreendente o quando durou, dada
sua fragilidade).
1950: grande crescimento econômico.
1960: déficits comerciais, surpreendemente, dos
EUA com o resto do mundo.
Europa se reconstrói rapidamente, modernizada.
Começam a obter superávits comerciais.
Japão emerge como uma máquina produtiva e que
consome pouco.
Consequência dos déficits comerciais americanos:
 EUA vai diminuindo enormemente a
possibilidade de haver crescimento
econômico, haja vista a responsabilidade de
lastrear o dólar com o ouro.
TQM : M V =P .Q
P.Q -> PIB
Para elevar-se o PIB necessita-se de mais moeda, se
os EUA está perdendo moeda, sua possibilidade de
crescimento cai -> contração de liquidez, recessão e
deflação. Mas o BC não tá fazendo essa política de
contração, o que ocorre é a saída de moeda.
Resposta dos EUA para a perda de dólar:
EUA estava liberando moeda para o Japão e a
Europa.
1971: Fim do padrão dólar-ouro
Presidente: Nixon (republicano) – não limitar o
crescimento dos EUA a um regime monetário.
Realizou uma “pequena desvalorização do dólar”
em relação a outras moedas, com o compromisso
de retornar ao cb fixo. Isso não acabou com BW,
pois o acordo previa essas desvalorizações cambiais.
Porém, os EUA não cumpriu o compromisso.
Passivo externo dos EUA (quantidade de dólar no
mundo). – supostamente seria o correspondente a
quantidade de ouro possuída pelos EUA.
EUA está emitindo dólar há muito tempo.
Strange e outros atores – crise de hegemonia nesse
período; o hegemona se eximiu de suas
responsabilidades e optou por seguir seus
interesses políticos.
Consequência da emissão de dólar sem lastro:
 Passou-se para um regime de cb flexível – o
mercado de cb precisa refletir of e demanda.
Vitória de Keynes em BW: controle de capitais –
dada a enorme vulnerabilidade da Europa na época.
Nixon – descontrole de capitais. – EUA começa uma
política efetiva de descontrole de capitais.
“Era Liberal” – sem controle, regime de cb flexível,
desmontar toda estrutura de regime de capitais.
Pressão norte americana para que os governos do
mundo inteiro deixassem de regular a entrada e
saída de Ks.
Problemas nas transações correntes podem ser
solucionados pelas contas capitais (capitais sendo
investidos em você). O descontrole incentiva
investimento.

Na década de 70 o capital de curto prazo não é tão
de CP assim. Sua mobilidade é menor, menos
rápida.
Reservas internacionais baseadas em comércio são
suas. As de capitais podem sair.
Fim de BW – fim da paridade dólar-ouro,
consequentemente é o início do regime de cb
flexível e inicia uma campanha americana pelo
descontrole de capitais (redução de imposições ao
capital financeiro – podendo essa ser uma forma
importante dos governos a solucionar seus déficits
na balança comercial – argumento estadunidense).
O mundo atual foi fundado na déc 70. Ordem mais
liberal, mas não como o liberalismo clássico – não é
tão comercial, é centrado no mercado financeiro.
Capítulo particular na história da economia mundial:
desregulamentalção de capitais no mercado
financeiro americano feito por Nixon. Queda pós
queda de regras de regulamentação capital. E
paralelamente pressionava os europeus para
fazerem o mesmo.
Grandes beneficiários dessa política:
 Londres – euromercado: transitar pelos
bancos londrinos todas as moedas. Os
bancos privados londrinos emprestavam
dinheiro pro mundo inteiro.
Antes, os BCs articulados entre si que asseguravam
a estabilidade. Agora, com essa oponência, os
bancos privados não precisam mais dos BC para
assegurar a estabilidade.
Bancos privados – resolvendo a questão de
financiamento dos países subdesenvolvidos. Grande
capacidade de investimento, juros baixos.
Mercado financeiro pronto para resolver problemas
de financiamento e investimento.
Como o mercado financeiro cresce?
1974: Choque do Petróleo
Aumento dos gastos de importação. Déficits->
agora os países precisam de financiamento para
comprar petróleo.
Aumento ordenado dos preços dos petróleos.
EUA não fez nada – não interveio de maneira
alguma.
Porque financiamento não ajuste? Pegou-se
financiamento, pois não acreditava-se que a posição
da OPEP se manteria por mais de uma semana. A
OPEP não sustentaria ou/e os EUA tomaria uma
posição.
Como é possível que um cartel de países sem
nenhuma expressão internacional conseguisse
impactar dessa maneira o ambiente?
 Enriquecimento dos produtores.
 Viabilização da produção em campos com
custos mais altos, dado o aumento do valor
do petróleo.
 Desenvolvimento de energias alternativas
(próalcool no Brasil).
A OPEP conseguiu manter o preço elevado.
A crise do petróleo alterou o tabuleiro internacional.
Além de aliados estratégicos começa-se a aliar
questões diretamente ligadas ao petróleo.
Teorias para a não intervenção estadunidense:
1. A organização dos preços do petróleo foi
induzida pelos EUA (estava mal
economicamente e queria impactar a Europa
que era altamente dependente do petróleo).
2. EUA não fez nada pelo desgaste com a
Guerra da Coréia, Vietnã, etc...
3. Governo Nixon consegue convencer que
toda essa receita obtida pelo comércio de
petróleo fosse convertida no mercado
financeiro (lucro com juros a baixo riscos –
dinheiro inserido em bancos privados
internacionais, americanos, ingleses, etc).
Reciclagem de Petro-dólares
Aumento do preço dos petróleos:
 Necessidade de financiamento
 Aumento das receitas
Inserção das receitas em bancos privados.
Empréstimo dos bancos privados para financiar as
compras.
Compra de Aumento de
petróleo receitas
Inserção
Obtenção de
dessas em
financiamento
bancos