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 RICKARD’S CURRENCY WARS ALERT 

ÍNDICE

Introdução……………………………….………………………………………………………… 3

Parte I:Uma Introdução às Guerras Cambiais………………………………………………….. 4

Uma Breve História das Guerras Cambiais………………………………………………………… 5

O Sistema de IMPACTO…………………………………………………………………………… 8

Parte II: Transformando as Guerras Cambais em Lucros……………………………………. 10

Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Opções……………………………………………………. 11

Como se Aproveitar das Guerras Cambiais com Opções…………………………………………. 13

Conclusão………………………………………………………………………………………… 16

Os Próximos Passos………………………………………………………………………………. 17

Apêndice………………………………………………………………………………………….. 18

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Introdução

Caro Leitor,

Políticos de pouca visão ao redor do mundo estão tomando medidas drásticas que terão efeitos
profundos na economia global. As decisões reverberarão na cadeia financeira até chegarem em
pessoas comuns, possivelmente perturbando todos os aspectos de sua vida.

Mas, ao assinar o Currency Wars Alert, você escolheu não ser uma vítima. Em vez de apenas
esperar que as coisas aconteçam, você está dando passos ousados para proteger e até mesmo
aumentar sua riqueza face a um futuro preocupante.

Então começamos lhe oferecendo nossos sinceros parabéns!

De maneira direta, o CWA traça um panorama das forças cambiais em jogo no mundo e do que
poderá acontecer em seguida. Os relatórios se concentrarão em estratégias específicas de lucro a
partir dessas forças.

Primeiro, Jim Rickards, seu editor, falará brevemente sobre o que são as guerras cambiais e sobre
como elas podem afetá-lo. Ele também apresentará o sistema de IMPACTO, contemplando os
modelos matemáticos que utilizamos para prever os mercados - não se preocupe, não pediremos que
você memorize fórmulas complicadas. Simplesmente queremos que você perceba a ciência sólida
que baseia nossas previsões.

Depois, Dan Amoss, nosso analista sênior, mostrará como colocar o que você aprendeu em prática.
Como você verá, os principais geradores de lucro do sistema de IMPACTO são Opções de Ações
cuidadosamente selecionadas. Como muitos investidores desnecessariamente temem operações com
Opções, também diremos tudo o que você precisa saber sobre elas.

Esperamos que este guia seja esclarecedor... e que você aprenda as habilidades de que precisa para
obter lucros regulares com as guerras cambiais em curso. Se você tiver perguntas, por favor, escreva
para nosso editor local, gabriel.casonato@empiricus.com.br. Tentaremos responder as dúvidas mais
frequentes em nossos alertas, que serão disponibilizados quinzenalmente.

Saudações,

Peter Coyne
Editor do Currency Wars Alert

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Parte I: Uma Introdução às Guerras Cambiais

Por Jim Rickards

Antes de podermos lucrar com as guerras cambiais, precisamos entender exatamente o que elas são.
Em resumo, guerras cambiais são uma das dinâmicas mais importantes no sistema financeiro
mundial da atualidade.

Uma guerra cambial é uma batalha econômica. Trata-se de políticas econômicas. A ideia básica é
que países tomam atitudes para desvalorizar sua moeda, tornando-a menos valiosa em relação às
moedas de outros países.

Os países dizem que desejam desvalorizar a moeda para promover as exportações. Por exemplo, um
dólar mais fraco parece deixar a Boeing mais competitiva em relação à francesa Airbus.

Mas o motivo real, sobre o qual menos se fala, é que os países desejam importar inflação. Veja o
caso dos EUA. O país tem um déficit comercial, não um superávit. Se o dólar estiver mais barato,
pode ser que suas exportações fiquem mais atrativas.

Os preços dos produtos que os americanos compram – sejam manufaturados, têxteis ou eletrônicos
– aumentam, e a inflação entra na cadeia de fornecimento dos EUA. Então, as guerras cambiais são
uma forma de criar flexibilização monetária e de importar inflação.

O problema é que, quando um país tenta desvalorizar sua moeda, outro país faz o mesmo e assim
por diante... gerando uma corrida rumo ao “zero”.

Eu falo sobre isso em um de meus livros (Currency Wars – The Making of The Next Global Crisis).
O mundo não vive sempre em uma guerra cambial, mas, quando elas começam, duram 10, 15 ou
mesmo 20 anos.

Vou compartilhar alguns exemplos.

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Uma Breve História das Guerras Cambiais

Houve três guerras cambiais nos últimos 100 anos. Antes da Primeira Guerra Mundial, o mundo
vivia no chamado padrão ouro.

Se você tivesse um balanço de pagamentos deficitário, pagava por ele em ouro. Se tivesse um
balanço pagamentos superavitário, adquiria ouro. O metal era o regulador da expansão ou da
contração de economias individuais. Você tinha que ser produtivo, ter vantagem comparativa e ter
um ambiente propício para negócios para conseguir colocar um pouco de ouro no sistema – ou pelo
menos evitar perder o que tinha.

Era um sistema muito estável. Havia uma certa quantidade de ouro e uma certa quantidade de
papel-moeda lastreado em ouro. Ele contribuía para promover bastante crescimento e baixa
inflação.

Mas houve a 1ª Guerra Mundial, e os países precisavam imprimir dinheiro para pagar pelo conflito.
O sistema foi destruído e levou à 1ª Guerra Cambial, que durou de 1921 a 1944.

A Alemanha deu o pontapé inicial em 1921, destruindo o valor de sua moeda para ajudar a pagar as
dívidas da guerra. Isso levou à infame hiperinflação na República de Weimar. Mas a Alemanha não
foi o único país a desvalorizar sua moeda. Em 1925, França, Bélgica e outros países haviam feito a
mesma coisa.

Os países queriam voltar ao padrão ouro, mas não sabiam como fazer isso. Em 1922, houve uma
conferência em Gênova, na Itália, e o problema foi discutido. Naquele momento, a oferta de papel-
moeda havia dobrado. Se os países quisessem voltar ao padrão ouro, tinham duas opções.

Eles poderiam dobrar o preço do ouro, basicamente cortar o valor de sua moeda pela metade, ou
cortar a oferta de dinheiro pela metade. As duas opções eram possíveis, mas eles tinham que chegar
à paridade em um novo nível ou no nível antigo.

Os franceses disseram: “Isso é fácil. Nós vamos cortar o valor da moeda pela metade.” E foi o que
fizeram.

O filme de Woody Allen, Meia-Noite em Paris, mostra americanos vivendo como ricos na França
em meados de 1920. Isso acontecia por causa da hiperinflação francesa. Ela não foi tão devastadora
quanto à da Alemanha, mas foi bem ruim. Quem tinha uma pequena quantidade de dólares e
visitasse a França, vivia como um rei.

O Reino Unido tinha que tomar a mesma decisão, mas escolheu um caminho diferente. Em vez de
dobrar o preço do ouro, cortou a oferta de dinheiro pela metade, voltando à paridade pré-1ª Guerra
Mundial.

A decisão foi tomada por Winston Churchill, chanceler de Exchequer na época. E foi extremamente
deflacionária. Você pode não gostar, mas quando dobra a oferta de dinheiro, precisa admitir o que
fez e reconhecer que acabou com sua moeda. Churchill se sentiu obrigado a seguir os valores
antigos.

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Ele cortou a oferta de dinheiro pela metade, o que levou o Reino Unido a uma depressão em 1926,
três anos antes do resto do mundo. Eu digo isso porque voltar o ouro a um preço muito mais alto
denominado em libras esterlinas teria sido a coisa certa a fazer. Escolher o preço errado contribuiu
para a Grande Depressão.

Economistas hoje dizem: “Nós nunca poderíamos ter um padrão ouro. Vocês não sabem que o
padrão ouro causou a Grande Depressão?”

Eu sei que ele contribuiu para a Grande Depressão, mas não foi por causa do ouro, foi por causa do
preço. Churchill escolheu o preço errado, e ele foi deflacionário. A lição da década de 1920 não é
que você não pode ter um padrão ouro, mas que um país precisa acertar no preço.

Eles continuaram pelo mesmo caminho até que, finalmente, ficou insuportável para o Reino Unido,
que precisou desvalorizar sua moeda em 1931. Logo depois, em 1933, os Estados Unidos
desvalorizaram o dólar. Então a França e o Reino Unido desvalorizaram novamente as suas em
1936. Houve um período de desvalorização sucessiva de moedas e das chamadas políticas de
empobrecer o vizinho.

A 1ª Guerra Cambial não se resolveu até a 2ª Guerra Mundial e, finalmente, até a conferência de
Bretton Woods em 1944. Foi quando o mundo entrou em um novo padrão monetário.

As coisas correram bem até aproximadamente 1965, quando o governo americano aumentou os
gastos com programas sociais e com a Guerra do Vietnã. Mas os primeiros tiros da 2ª Guerra
Cambial vieram da Inglaterra, que lançou a primeira grande desvalorização de moeda desde Bretton
Woods. Assim que outros países perceberam que poderiam desvalorizar suas moedas também, todo
o sistema estava ameaçado de entrar em colapso novamente.

Em determinação ao acordado em Bretton Woods, o valor do dólar estava indexado ao do ouro.


Com o sistema em colapso, isso não parecia mais sustentável. Então, no dia 15 de agosto de 1971, o
presidente Nixon tirou o dólar do padrão ouro. O resto do mundo logo seguiu.

A decisão de Nixon deveria criar empregos e promover exportações para ajudar a economia dos
EUA. Em vez disso, tivemos três recessões seguidas em 1974, 1979 e 1980. O mercado de ações
americano quebrou em 1974. O desemprego disparou, e a inflação saiu de controle entre 1977 e
1981, subindo 50% no período. O valor do dólar caiu pela metade.

Novamente, a lição das guerras cambiais é que elas não produzem o resultado esperado, que é um
aumento das exportações e da oferta de empregos, além de crescimento. O que elas produzem é
deflação e inflação extremas, recessão, depressão ou catástrofe econômica.

As coisas finalmente chegaram ao pico em 1985, quando os poderosos do mundo se encontraram


em uma tentativa de reestabilizar as moedas do mundo. Eles concordaram em uma desvalorização
ponderada do dólar americano. Em 1987, líderes mundiais se encontraram para barrar a queda do
dólar. Esse foi o fim da 2ª Guerra Cambial.

O que tomou seu lugar foi o que chamamos de era do Rei Dólar ou de política do dólar forte. Foi
um período de crescimento muito bom, bastante estabilidade de preços e ótimo desempenho
econômico em todo o mundo.

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Não era um sistema de padrão ouro, mas também não era baseado em regras. O Fed observava o
preço do ouro como um termômetro, mas era só isso. Basicamente, os EUA disseram para o mundo:
“Não estamos em um padrão ouro, estamos em um padrão dólar. Nós, os Estados Unidos,
concordamos em manter o poder de compra do dólar e, vocês, nossos parceiros comerciais, podem
ligar-se ao dólar ou planejar suas economias de acordo com algum tipo de indexação ao dólar. Isso
nos dará um sistema estável.”

Tudo isso funcionou até 2010, quando os EUA quebraram o acordo e basicamente declararam a 3ª
Guerra Cambial. Em seu discurso do Estado da União de janeiro de 2010, o presidente Barack
Obama anunciou uma estratégia para dobrar as exportações americanas em cinco anos. A maneira
mais fácil de estimular as exportações é desvalorizar a moeda. Mas fazer isso prejudica as
exportações de outros países, levando-os a desvalorizar suas moedas também.

E é aqui que estamos hoje, presos em uma gangorra de moedas mais fortes e mais fracas. Em 2011,
o dólar estava muito fraco, ao mesmotempo em que o ouro estava em patamares históricos – a
cerca de $ 1,9 mil por onça. Em 2015, o dólar estava muito mais forte, ao passo que o preço do ouro
caiu muito.

Isso poderia continuar por bastante tempo. A chave para lucrar com a situação é determinar o que
acontecerá com uma moeda no futuro. Mas, antes disso, você precisa de uma maneira objetiva de
medir as moedas. Para fazer isso, nós utilizamos taxas cruzadas.

Uma taxa cruzada é quanto uma moeda vale em relação a outra.

Por exemplo, há uma taxa cruzada de iene/dólar. Isso mostra quantos ienes você precisaria para
comprar $ 1.

Um dia, podem ser necessários 119 ienes para comprar $ 1. No outro, podem ser 120. Quando isso
acontece, dizemos que o dólar está mais forte ou que o iene está mais fraco. Obviamente, o
contrário é verdade. Se são necessários 118 ienes para comprar $ 1, dizemos que o dólar está mais
fraco e que o iene está mais forte.

As moedas ficam nesse tipo de gangorra o tempo todo.

Mas é importante se lembrar de que tudo é relativo. Só porque o dólar está mais forte em relação ao
iene não significa que o dólar está se valorizando, pois ele poderia estar perdendo valor em relação
ao euro ou ao yuan. É uma vasta rede interconectada com cada fio contrabalanceado por diversos
outros.

É claro que, se todos os países tentarem desvalorizar suas moedas ao mesmo tempo, haverá
problemas. Taxas cruzadas são um jogo de soma zero. O dólar não pode subir em relação ao euro se
o euro estiver subindo em relação ao dólar. Não funciona assim.

Por isso é difícil dizer se uma moeda está se fortalecendo ou enfraquecendo internacionalmente.
Podemos apenas descobrir se ela está se fortalecendo ou enfraquecendo em relação a outras moedas
individuais.

Com esse conhecimento, podemos buscar padrões e fazer previsões sobre a provável direção de
uma moeda.Isso será feito através de nosso sistema batizado de IMPACTO.

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O Sistema de IMPACTO

IMPACTO, do inglês IMPACT, é simplesmente um acrônimo para International Monetary Policy


Analysis and Currency Trading (Análise de Política Monetária Internacional e Troca de Moedas).

Através dele observamos as ações que afetam o valor das moedas ao redor do mundo, tentamos
determinar seu rumo e então escolhemos a melhor forma de agir para nos beneficiarmos em
antecipação.

Agora, deixe-me ser claro: analisar a política monetária não é apenas prestar atenção às notícias,
não é dissecar as declarações oficiais de um banco central ou compilar o que outros analistas dizem
sobre tais declarações.

Em vez disso, eu uso matemática e ciência – principalmente três ramos que não eram utilizados nos
mercados financeiros até recentemente. Esses ramos são psicologia comportamental, teoria da
complexidade e probabilidade inversa.

O capítulo 10 do meu livro A Guerra das Moedas trata de psicologia comportamental e de teoria da
complexidade em grandes detalhes, mas entendê-los não é inteiramente necessário para seguir
nossas recomendações. Todo modo, acho importante que você compreenda que nós temos ciência
de verdade por trás do que fazemos.

Por exemplo, há muitas teorias que tentam entender por que os mercados fazem o que fazem.
Talvez você já tenha ouvido falar de coisas como hipótese do mercado eficiente, expectativas
racionais, escrita de equilíbrio e muito mais. Mas nenhuma delas parece descrever com precisão os
mercados por muito tempo. Isso ocorre porque elas não levam o comportamento humano em conta.

E, no fim do dia, todas as decisões individuais de compra e venda são o resultado dos pensamentos
e sentimentos de uma pessoa. A psicologia mostrou que temos certos preconceitos que atrapalham a
análise da realidade. Alguns são muito conhecidos, como o viés de confirmação, de acordo com o
qual damos mais atenção a evidências que apoiam nossas crenças.

As pessoas também têm a tendência de deixar eventos recentes influenciarem suas decisões. Se
você recentemente vendeu uma ação com perda, isso pesará mais em seu processo de pensamento
do que todas as ações lucrativas que você vendeu antes – apesar de não haver motivos para a última
ser mais importante do que as anteriores.

Entender essas forças faz com que seja mais fácil prever a reação dos investidores em determinadas
situações. Dessa forma, o que pareceriam atitudes irracionais passam a fazer sentido.

A tudo isso, você pode adicionar a teoria da complexidade.

Pergunte a qualquer professor de física e ele dirá que há quatro características de um sistema
complexo: diversidade, conectividade, interação e adaptabilidade. Os mercados de capital têm tudo
na mão:

- Diversidade: o mercado é um leque completo de bulls (touros) e bears (ursos), longs


(comprados) e shorts (vendidos), medo e ganância;

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- Conectividade: observe as revistas, os jornais, os sites, as matérias de TV e tudo que é dedicado a


examinar o que acontece nos mercados atualmente;

- Interação: a conectividade leva a transações – trilhões de dólares mudando de mãos todos os


dias;

- Adaptabilidade: investidores e instituições estão constantemente reagindo a mudanças no


mercado ao ajustar suas estratégias.

Entender como esses quatro fatores interagem pode permitir que você faça previsões sobre
movimentos do mercado. Um dos principais fatores que eu procuro são transições de fase, sinais de
que o mercado vai mudar de estado. Novamente, os detalhes não são importantes, o que importa é
que a teoria da complexidade me ajuda a entender o que está acontecendo nos mercados.

Por fim, há a probabilidade inversa, a partir do trabalho de Thomas Bayes. A técnica bayesiana é
uma fórmula que permite que você teste suposições e hipóteses mesmo que não tenha testado todas
as informações ainda. Você usa os dados disponíveis para calcular a probabilidade do que serão os
dados faltantes. Não é perfeito, mas é quase.

Utilizar os três ramos juntos nos permite fazer inferências causais – essencialmente, uma hipótese
baseada em experiência, bom senso e dados disponíveis. Então você testa a hipótese não com base
no que aconteceu antes, mas com base no que vai acontecer depois.

Ou seja, em vez de racionar da causa ao efeito, você reverte o processo e observa os efeitos para
determinar a causa. Isso validará ou invalidará a “causa” que você formulou como hipótese. Às
vezes, os efeitos contradizem a hipótese, caso em que você a modifica ou a abandona e adota outra.
Com frequência, os efeitos confirmam a hipótese, caso em que você sabe que está no caminho certo
e continua.

Novamente, você não precisa entender os detalhes específicos. Só quero que você saiba que não
estou apenas chutando os possíveis rumos do mercado. Minhas opiniões com frequência
contradizem o que outros dizem, e nada disso acontece porque eu tenho acesso a dados diferentes
ou melhores, acontece porque eu estou observando os dados de forma diferente.

Então agora você tem alguma ideia do que as guerras cambais são e de como estimar onde e como
elas irão ocorrer. A próxima seção detalhará os passos que você pode tomar para lucrar com minha
análise.

Meu principal analista, Dan Amoss, vai ajudá-lo no processo. Continue lendo...

Tudo de bom,

Jim Rickards
Editor da Strategic Intelligence

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Parte II: Transformando as Guerras Cambais em Lucro

Por Dan Amoss

Guerras cambiais parecem abstratas, mas podem ter um impacto dramático em sua vida diária. Uma
única decisão de tomada de política reverbera por todo o mundo e pode causar mudanças nos preços
das commodities, afetando o que você paga por, digamos, comida e gasolina; pode prejudicar lucros
corporativos, influenciando seus dividendos; e pode causar caos no mercado de ações, ameaçando
seus investimentos e sua aposentadoria.

Felizmente, você não precisa ser uma vítima das guerras cambiais. Na verdade, com apenas alguns
passos, você pode se preparar para se proteger das flutuações cambiais.

O primeiro passo é determinar de que forma o câmbio agirá, como Jim descreveu na Parte I. Assim
que você tiver uma ideia do panorama macro, pode começar a buscar formas específicas de agir.

Você pode pensar que a melhor maneira de fazer isso é comprar as moedas que que ganharão valor
e vender as que perderão. O problema é que não há muitos bancos que permitem manter diversas
moedas diferentes na conta, e você precisa de muito dinheiro para que valha a pena de qualquer
forma.

Também há o mercado de Forex – corretoras eletrônicas que permitem que você opere com moedas
on-line. O problema é que esses mercados são voltados a negociantes de curto prazo, e no caso
brasileiro não possui nem legislação que o regule. Por fim, como Jim ressaltou, às vezes são
necessárias semanas ou mesmo meses para lucrar.

E quanto a mercados de futuros? Você pode utilizar contratos de futuros para especular sobre o
futuro das moedas, mas eles são incrivelmente arriscados. Na verdade, da forma como o mercado
está estabelecido, alguns investidores podem perder mais do que investiram inicialmente em uma
posição.

Apesar disso, há uma maneira relativamente fácil de agir nas guerras cambiais que não envolve
operar com moedas.

Como eu disse, os efeitos das guerras cambiais afetam toda a economia de um país, desde o
mercado de ações até o desempenho de empresas individuais. Então, em vez de apostar nas moedas
em si, você pode apostar na direção do mercado de ações ou de uma empresa individual.

A maneira mais fácil e mais acessível de fazer isso é comprando Opções.

Infelizmente, Opções tendem a ter uma reputação muito ruim. Então, deixe-me falar de
preocupações comuns que as pessoas têm em relação a elas.

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Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Opções

Primeiro, vamos começar com o básico.

Uma Opção é um contrato negociável que lhe dá o direito, mas não a obrigação, de comprar ou
vender um instrumento financeiro subjacente por um preço específico em um determinado período
de tempo.

Vamos falar dessa definição por partes.

Primeiro, um contrato negociável significa que você pode comprá-lo ou vendê-lo. Na verdade,
Opções de Ações operam junto com ações, o que significa que você deve ser capaz de comprá-las a
partir de qualquer corretora de Bolsa. Os preços também flutuam, como os preços das ações, o que
significa que você pode comprar e depois vender com lucro ou perda. O preço que você paga por
uma Opção é chamado de prêmio.

Opções lhe dão o direito, mas não a obrigação, de comprar ou de vender um instrumento financeiro
subjacente por um preço específico. Em nosso caso, o instrumento subjacente específico será ou
uma ação específica ou um ETF que cobre um país, região ou indústria. Na maioria dos casos,
Opções lhe dão o direito de comprar ou vender um lote (normalmente 100 ações) de um
instrumento subjacente. O preço específico é chamado de preço de exercício.

Há dois tipos de Opções: calls e puts.

Uma call lhe dá o direito de compra do instrumento subjacente pelo preço de exercício. Por
exemplo, se você compra uma call da AT&T com um preço de exercício de $ 30, você precisa
comprar 100 ações da AT&T a $ 30 cada – sem importar qual é o preço atual.

Uma put lhe dá o direito de vender o instrumento subjacente pelo preço de exercício. Por exemplo,
se você fosse vender uma put da AT&T com um preço de exercício de $ 25, você teria o direito de
vender 100 ações da AT&T por $ 25 cada – novamente, sem importar qual é o preço na tela.

Você só tem esses direitos por um determinado período de tempo, conhecido como data de
vencimento da Opção. Se você não exercer seu direito à ação subjacente, no dia em que ela expira,
esse direito desaparece e a Opção se torna nula. Isso significa que você pode perder tudo o que
pagou por uma Opção se não for cuidadoso. Por outro lado, seu risco é sempre conhecido e está
sempre sob controle.

Os riscos tendem a ser baixos. Com frequência você pode comprar Opções por uma fração do custo
da ação subjacente a que elas dão direito. E seu preço flutua de acordo com o preço da ação
subjacente. Uma call se torna mais valiosa conforme o preço da ação sobe, e uma put se torna mais
valiosa conforme o preço da ação cai.

Mas, como cada Opção vale 100 ações, seu preço reage muito às mudanças ao preço da ação. Uma
mudança de 10% no preço de uma ação pode se traduzir em uma alteração de 50% no preço de uma
Opção.

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É um pouco mais complicado, mas isso é tudo o que você precisa saber para começar. Em resumo,
nós compramos Opções esperando vendê-las com lucro antes que elas expirem.

Agora que você sabe o que uma Opção é, vamos discutir como operar com elas.

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Como se Aproveitar das Guerras Cambiais com Opções

Como eu disse, você precisará de uma conta em corretora autorizada a negociar nas Bolsas
americanas para fazer as operações que recomendamos. Neste sentido, oferecemos manuais de duas
instituições que lhe auxiliarão no processo de envio e resgate de dinheiro ao exterior, bem como no
passo-a-passo sobre como operar lá fora.

Muitas corretoras exigem que os clientes solicitem uma autorização para operar com Opções. O tipo
de autorização varia de acordo com a corretora, mas tende-se a dividir as operações com Opções em
diferentes níveis.

Para fazer as operações que recomendaremos, você precisará de uma autorização para “comprar
puts e calls”. Esse costuma ser um tipo de operação considerado menos arriscado, então você só
precisa preencher alguns formulários para conseguir a autorização. Verifique o site da corretora
esclhida ou telefone para o setor de atendimento ao cliente para maiores informações sobre como se
inscrever para operar com Opções.

Assim que você tiver sido aprovado e tiver colocado o dinheiro na conta, é só esperar por nossa
próxima recomendação.

Nós enviamos alertas quinzenalmente. Jim começará compartilhando sua análise de mercado,
identificando moedas, países e indústrias. Então, eu recomendarei uma Opção específica com base
na análise de Jim.

Nosso alvo pode ser uma ação individual ou um ETF.

Um ETF (a abreviação de Exchange Traded Fund, que nada mais é do que uma cota de um fundo
de investimentos, negociada em Bolsa de Valores) representa uma ação em uma cesta de ações
ligadas a certos países, regiões, indústrias, entre outros.

Por exemplo, o WisdomTree Japan Hedged Equity ETF representa uma cesta de ações japonesas.
Nos concentraríamos nele se Jim acreditar que o iene vai cair e que as ações japonesas vão subir. Já
se Jim prever que o preço do ouro sofrerá uma mudança dramática, podemos comprar o SPDR Gold
Trust, um ETF feito para imitar as alterações no preço do metal.

Depois que eu tiver explicado os porquês de minha recomendação, você verá que ação específica
tomar.

Eu poderia dizer:

Ação a tomar: Comprar para abrir DXJ maio de 2015 $ 45,22 Opção de call até $ 5 por
contrato.

Tenha em mente que esse é apenas um exemplo, não uma recomendação de verdade. Mas perceba
como tudo o que você precisa saber está na frase.

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1. Ação subjacente
2. Data de vencimento
3. Preço de exercício
4. Tipo da opção (call ou put)

Também informarei o símbolo formal do ativo sugerido. Como as ações, cada Opção tem um
símbolo padrão que inclui tudo o que você precisa saber – a ação subjacente, a data de vencimento,
o tipo de Opção e o preço de exercício.

Mas tome cuidado, nem todas as corretoras utilizam o símbolo padrão. Não se preocupe se o site de
sua corretora não reconhecer o símbolo que eu ofereço. Neste caso, procure por um botão na página
da corretora que indique operações com Opções, digite o símbolo da ação e depois procure por uma
forma de digitar manualmente a data de vencimento ou o preço de exercício. Quando ficar em
dúvida, telefone para a corretora para descobrir onde está a Opção que você deseja comprar.

Também perceba as palavras “comprar para abrir” em minha recomendação. Talvez você as veja no
site da corretora quando digitar a operação e você precisará dizê-las se quiser fazer uma operação
pelo telefone. Elas simplesmente deixam claro que você deseja entrar em uma nova posição.

(Quando você fecha a posição, você “vende para fechar” para se certificar de que seu corretor
entende que você deseja sair de uma posição existente.)

Minhas instruções também o ajudarão a comprar a Opção até um certo preço. É o valor máximo que
você deseja pagar pela Opção – também conhecido como limite de preço. Quando você tenta

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comprar utilizando uma ordem de limite, sua corretora não executará a operação a não ser que a
Opção esteja sendo vendida por um preço abaixo do limite de compra.

Então, utilizando o exemplo acima, se a Opção estivesse operando a $ 5,25 quando você
estabeleceu um limite de ordem a $ 5 por contrato, sua corretora não executaria a operação a não ser
que o preço da Opção caísse e chegasse a $ 5 ou ficasse abaixo desse valor. Por outro lado, se a
Opção estivesse operando abaixo de $ 5, ela executaria a ordem por um preço menor.

Dessa forma, você se certifica de nunca pagar demais por uma Opção.

Quanto ao número de Opções a comprar, a decisão é sua. Você pode comprar um único contrato em
cada recomendação ou comprar múltiplos contratos para vendê-los com lucro conforme eles
ganham valor.

Tenha em mente que comprar mais Opções também aumenta seu risco – e você nunca deve gastar
mais do que está disposto a perder.

Conforme você recebe mais e mais alertas, você também pode se perguntar quanto de seu portfólio
deve ser dedicado a Opções. Infelizmente, sem o conhecer e sem conhecer sua situação
pessoalmente, eu não posso dizer o que é melhor para você. Se tudo funcionar bem, você pode
ganhar 300% ou mais em alguns casos, mas se der errado, você perderá 100% do prêmio da Opção,
que pode ser muito pior do que perder 20% ou mesmo 50% em uma única ação.

De qualquer forma, é importante sempre manter um pouco de dinheiro e de liquidez. E firmemente


repito que você não deve apostar todo o seu dinheiro nessas operações. Consulte sua corretora, seu
advogado, seu contador e, sobretudo, sua família em relação a todas as decisões importantes
relacionadas ao seu dinheiro.

Assim que você tiver comprado uma Opção, é hora de monitorar sua operação. Mandaremos
atualizações periódicas. Dependendo da situação, podemos recomendar que você “venda para
fechar” sua posição. Novamente, a forma de dizer é importante – ela deixa claro que você deseja
sair de uma posição de Opções.

Sempre tentaremos vender com lucro antes da data de vencimento. Se você não tomar cuidado, sua
corretora pode automaticamente exercer as Opções lucrativas na data de vencimento – o que
significa que você automaticamente comprará a ação subjacente ou venderá as ações subjacentes em
seu nome. Então, observe atentamente nossos alertas de venda, conforme a data de vencimento se
aproxima.

Essa não é uma preocupação de uma Opção que expira sem valor. Na verdade, se uma Opção não
tiver um desempenho bom, podemos deixar que ela expire – com frequência é mais barato do que
pagar os custos envolvidos na venda.

Não importa o que aconteça, se você vendeu para fechar uma Opção ou deixou que ela expirasse,
você está fora da operação.

Sei que é muita informação, podendo parecer que seguir nossas recomendações será complicado e
trabalhoso. Prometo, contudo, que ao longo dos relatórios os temores serão devidamente dissipados.

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Conclusão

Agora você sabe o que são as guerras cambiais e como elas afetam as pessoas. Você conheceu
também como nós analisamos as guerras cambiais e como determinamos onde será a próxima
batalha. E você sabe como usar o conhecimento em seu benefício – transformando as políticas
adotadas em chances de grandes lucros.

Você também aprendeu sobre as ferramentas que utilizamos para colher os lucros –Opções de ações
de países, indústrias e empresas que mais podem ganhar ou perder com as últimas batalhas
cambiais. Esperamos ter removido suas hesitações em relação às Opções demonstrando que elas
realmente são a forma mais fácil e lucrativa de se beneficiar com essas jogadas.

Isso é tudo o que você precisa saber para começar com o Currency Wars Alert. Espere nossos
alertas quinzenais e não se esqueça de que você pode nos mandar um e-mail caso tenha perguntas.

Mandaremos notícias em breve!

Saudações,

Dan Amoss, CFA


Analista do Currency Wars Alert

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Os Próximos Passos

• Abra uma conta em uma corretora que permita a compra de Opções nas Bolsas americanas. Se
você já tiver uma conta, certifique-se de que você pode fazer essas operações.

• Espere pelo próximo e-mail com o alerta de um novo relatório. Novas recomendações serão
enviadas quinzenalmente, podendo haver alertas bônus em outros momentos.

• Releia o alerta com cuidado. Você encontrará uma análise completa das recomendações, dos
riscos potenciais e da quantia mínima de dinheiro que você pode ganhar.

• Se você quiser fazer um acompanhamento das recomendações por escrito, utilize o apêndice.

• Se você está pronto para colocar dinheiro em nossas recomendações, entre em sua corretora e
digite a operação conforme as instruções. Verifique tudo e depois execute a operação.

• Monitore sua operação e espere as atualizações de nosso analista Dan Amoss informando se você
deve manter ou vender para fechar.

• Espere um alerta conforme a operação se aproxima da data de vencimento. Diremos o que vai
acontecer a seguir. Tentaremos nos dar o máximo de tempo possível para desenvolver nossa tese
de investimento. No entanto, se a operação estiver trabalhando contra nós, podemos escolher
cortar as perdas e tentar outra vez.

• Repita os passos e aproveite os lucros consistentes das guerras cambiais!

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Apêndice

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