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Discentes:

Aldra Rachide
Alzira Ezaquel
Esménia Abibo
Fernanda Justino
Helena Ernesto Victor
Jacinta Eduardo
Natacha Janeiro
Turma: F 10ª classe C/D

Trabalho de Pesquisa de História

Crise económica de 1929 a 1933

Docente:
dr. Hermenengildo

ESCOLA SECUNDÁRIA GERAL DE COALANE


Quelimane
Julho de 2014
Índice

1. Introdução...............................................................................................................................3

2. Crise de 1929 a 1933..............................................................................................................4

2.1. Causas da crise.....................................................................................................................5

2.2. Consequências.....................................................................................................................7

3. Conclusão................................................................................................................................8

4. Bibliografia.............................................................................................................................9
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1. Introdução
No outono de 1929 estalou nos EUA uma gravíssima crise económica que se alastrou
rapidamente pelo resto do mundo e especialmente pela Europa. Essa crise e as suas
repercussões (financeiras, políticas, sociais, morais e psicológicas) constituíram o pano de
fundo sobre o qual se desenrolaram os acontecimentos que precipitadamente se produziram
entre 1930 e 1936.

Pretende-se com o presente trabalho, descrever os contornos da grande depressão registada


nos EUA em 1929, suas causas e consequências.
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2. Crise de 1929 a 1933


A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande
depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930,
terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior
e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão
econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de
diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em
praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.

O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas


a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano,
causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando
valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram
drasticamente, desencadeando a Quinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam,
literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que
tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da
recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que
por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando
assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou na segunda-feira negra (o
dia 28 de outubro) e terça-feira negra (o dia 29).

Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como
sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram
duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Países Baixos, Austrália,
França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco
industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café
que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização.
Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia
socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista.

Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933.
Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas
conhecidas como New Deal. Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por
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Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht na Alemanha foram, três anos mais
tarde, racionalizadas por Keynes em sua obra clássica.

O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados
americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos
países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de
então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a
ascensão de regimes ditatoriais, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha.
O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande
Depressão nos principais países atingidos.

2.1. Causas da crise


Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com
a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial.
Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de alimentos e produtos
industrializados aos países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre 1918 e
1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica
gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, os
preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do
crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, a economia europeia
posteriormente se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com
a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem
vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a
demanda; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego
aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do
comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa.
Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução.

Durante décadas, essa foi a teoria mais aceita para a causa da Grande Depressão, porém, em
contrapartida, economistas, historiadores e cientistas políticos têm criado diversas outras
teorias para a causa, ou causas, da Grande Depressão, com surpreendente pouco consenso. A
Grande Depressão permanece como um dos eventos mais estudados da história da economia
mundial. Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão de
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Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido passasse a usar novamente o padrão-ouro
em 1925, que causou maciça deflação ao longo do Império Britânico, o colapso do comércio
internacional, a aprovação do Ato da Tarifa Smoot-Hawley, que aumentou os impostos de
cerca de 20 mil produtos no país, a política da Reserva Federal dos Estados Unidos da
América, e outras influências.

Segundo teorias baseadas na economia capitalista concentram-se no relacionamento entre


produção, consumo e crédito, estudado pela macroeconomia, e em incentivos e decisões
pessoais, estudado pela microeconomia. Estas teorias são feitas para ordenar a sequência dos
eventos que causaram eventualmente a implosão do sistema monetário do mundo
industrializado e suas relações de comércio.

Outras teorias heterodoxas sobre a Grande Depressão foram criadas, e gradualmente estas
teorias passaram a ganhar credibilidade. Estas teorias incluem a teoria da atividade de longo
ciclo e que a Grande Depressão foi um período na intersecção da crista de diversos longos e
concorrentes ciclos.

Mais recentemente, uma das teorias mais aceitas entre economistas é que a Grande Depressão
não foi causada primariamente pela quebra das bolsas de valores de 1929, alegando que
diversos sinais na economia americana, nos meses, e mesmo anos, que precederam à Grande
Depressão, já indicavam que esta Depressão já estava a caminho nos Estados Unidos e na
Europa. Atualmente, a teoria mais em voga entre os economistas é de Peter Temin. Segundo
Temin, a Grande Depressão foi causada por política monetária catastroficamente mal
planejada pela Reserva Monetária dos Estados Unidos, nos anos que precederam a Grande
Depressão. A política de reduzir as reservas monetárias foi uma tentativa de reduzir uma
suposta inflação, o que de fato somente agravou o principal problema na economia americana
à época, que não era a inflação e sim a deflação.

Um outro aspecto que vem sendo apontado como uma das possíveis causas da Grande
Depressão nos anos 1930 é o da superprodução, causada pelos grandes ganhos de
produtividade industrial, obtidos com os benefícios tecnológicos do taylorismo. Tanto Ford
quanto Keynes já vinham há tempos alertando, sem serem ouvidos, que "a aceleração dos
ganhos de produtividade provocada pela revolução taylorista levaria a uma gigantesca crise de
superprodução se não fosse encontrada uma contrapartida em uma revolução paralela do lado
da demanda", que permitisse a redistribuição dos ganhos de produtividade causados pelo
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taylorismo, de forma que houvesse redistribuição dessa nova renda gerada, para dirigí-la ao
consumo. Para os que defendem esta tese a Grande Depressão dos anos 1930 foi causada por
uma gigantesca crise de superprodução, naquilo que teria sido uma trágica confirmação
daquelas previsões.

2.2. Consequências
Sob o ponto de vista das consequências imediatas, todas as atividades se ressentiram, de uma
forma decisiva da rápida evolução do fenómeno, que teve a sua origem nos Estados Unidos e
foi em grande parte provocada por motivos especialmente daquele país. A economia do
mundo sofreu um abalo tao profundo do qual nunca mais se refez.

As finanças que á custa de sacrifícios incorportáveis se tinhas e equilibrada ou estabilizado,


ficaram irremediavelmente comprometidas. A agricultura conheceu uma fase de ruina quase
total. O comércio nacional e internacional e as indústrias viveram um período de franco
declínio acompanhado por uma vaga de desemprego sem precedentes. A confiança dos povos
no seu destino e das nações no seu futuro ficou irremediavelmente abalada.

A crise abalou igualmente a estrutura social dos estados através do desaparecimento da classe
média já enfraquecida pela constante proletarização ou que se sujeito desde o fim da guerra.

Em paralelo a isto, voltou a exacerbar-se o nacionalismo malogrado no conflito de 1914 a


1918. Não foi por o caso que as anos que coincidiram com o agravamento incessante da crise
económica meia da em 1929, ficaram assinaladas por tempestades políticas e terramotos
sociais em que a autoridades do regimes totalitários aparece singularmente reforçado e o
prestigio dos chefes se consolidou até ao ponto de se tornar o fator determinante, e mesmo o
principal fator dos conflitos que então se registarem, tal como aconteceu na Alemanha em
1933.
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3. Conclusão
Após ter feito o trabalho, o grupo constatou que depois da Primeira Guerra Mundial a
economia Americana tornou-se o mais importante ao nível mundial e 1929, apesar
prosperidade económica, eclodiu os Estados Unidos da América uma crise que rapidamente
se estendeu a todos países do mundo.

O grupo salienta ainda que nos anos 30, regista-se uma grande crise política, económica
social, e financeira como resultado da Primeira Guerra Mundial em que se agravam as
contradições entre a Burguesia e a proletária de como o triunfo da revolução socialista
soviética.
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4. Bibliografia

Crise económica, disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o>


acesso em 09 de julho de 2014.

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