Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tete,
Agosto de 2023
Elizabete Crismina Madeira Pinho
Tete
Agosto de 2023
Índice
Introdução.................................................................................................................................3
A crise dos anos 30...................................................................................................................4
contexto histórico da crise de 1929..........................................................................................4
CAUSAS DA CRISE DE 1929......................................................................................................5
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CRISE E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MUNDO........6
A CRISE EM MOÇAMBIQUE.....................................................................................................11
O PAPEL DE ROOSEVELT........................................................................................................13
OS REGIMES DITATORIAIS......................................................................................................15
O FASCISMO NA ITÁLIA..........................................................................................................16
O NAZISMO NA ALEMANHA....................................................................................................18
conclusão................................................................................................................................19
referencias bibliográficas........................................................................................................20
3
Introdução
Para o presente trabalho será feito uma abordagem sistemática relacionada so tema sobre a
crise dos anos 30, portanto, A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão,
foi uma crise econômica que afetou a economia mundial logo após a quebra da Bolsa de
Valores de Nova York. A Crise de 1929 foi um abalo no sistema capitalista internacional e
marcou a decadência do liberalismo econômico. Logo após o final da Primeira Guerra
Mundial (1914–1918), os Estados Unidos se tornaram a maior potência capitalista do
mundo. A crise começou com a Quebra da Bolsa de Valores de Nova York, dissolvendo
toda a euforia que caracterizou a década de 1920 nos Estados Unidos. Uma das principais
consequências da crise foi o agravamento dos problemas sociais, como o aumento da
pobreza entre os norte-americanos. Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente,
apresentando como solução o New Deal, ou seja, maior intervenção do Estado na economia
para salvar o país da crise.
4
Por fim, a excitação econômica incentivou milhares de pessoas a investirem o seu capital em
ações na Bolsa de Valores. A grande quantidade de pessoas investindo em ações fez com
que o valor destas disparassem, reforçando a sensação de prosperidade.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a economia dos Estados Unidos se tornou a
mais importante do mundo. Haja vista que, com a destruição que a guerra provocou na
Europa, a produção econômica de grandes potências, como a Inglaterra e a Alemanha, não
mais se sobrepunha aos outros países, pois estava em processo de recuperação. Sendo assim,
os EUA, ao tempo que conseguiam uma produção econômica muito grande, pois tinham
compradores dentro e fora do país, também estimulavam a oferta de crédito pra estes
compradores, bem como a política de aumento salarial para empregados. Entretanto, sempre
quando havia um período de pequena recessão, isto é: decréscimo na produção econômica, o
governo intervinha no mercado aplicando mais crédito (dinheiro e títulos da Bolsa de
Valores) para reparar os danos.Vamos entender esse cenário. Primeiramente, o aumento da
produção norte-americana não foi acompanhado por medidas que permitiriam a absorção
dessas mercadorias. No pós-guerra, boa parte delas eram consumidas pelo mercado europeu,
mas a recuperação econômica da Europa fez com que a demanda por produtos norte-
americanos diminuísse.
6
Sopa (2017) Ainda que não haja um consenso geral sobre as causas da crise económica de
1929, há um acordo generalizado sobre as razões da sua gravidade e extensão. Estas dizem
respeito as políticas praticadas pela Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América. Antes do
conflito mundial, a Grã-Bretanha, enquanto principal nação industrial, financeira e
comercial ao nível mundial, tinha desempenhado um papel central na estabilidade da
economia. A sua política comercial de livre-câmbio permitia que as mercadorias pudessem
encontrar sempre aí um mercado. Os seus avultados investimentos externos permitiam aos
países com défices orçamentais encontrar também recursos para o equilíbrio dos seus
pagamentos. A sua adesão ao padrão-ouro, a par da permanência de Londres como mercado
monetário, significou que os países com problemas nas balanças de pagamentos poderiam
descontar letras de câmbio ou outro papel comercial.
7
A quebra da Bolsa de Nova York deu início ao período da Grande Depressão. De 1929 a
1933, os Estados Unidos viveram o pior momento da crise econômica. Porém, a partir de
1933, uma gradual recuperação começou a acontecer no país. De forma geral, os efeitos da
Crise de 1929 foram sentidos até meados da Segunda Guerra Mundial.
Entre as consequências da Crise de 1929 destacam-se o enorme número de falências que
aconteceram nos Estados Unidos, além do aumento exponencial na taxa de desempregados
no país. O desemprego nos Estados Unidos saltou de 4%, antes da crise, para 27% da
população depois da quebra da Bolsa de Valores.
O PIB do país diminuiu, a quantidade de importações e exportações teve decréscimo, a
produção industrial foi reduzida e o salário dos trabalhadores decaiu. Além disso, os efeitos
da Crise de 1929 não ficaram restritos aos Estados Unidos e se espalharam por diferentes
países, sobretudo os europeus.
As principais consequências da Crise de 1929 foram o desemprego em massa, a falência de
várias empresas, tanto do setor industrial quanto do setor agrícola, e a pobreza, que assolou
grande parte da população americana. Muitos países que estavam atrelados ao sistema de
crédito americano também sofreram uma grande recessão em suas economias. O Brasil, por
exemplo, teve que queimar café, principal produto da época, para poder valorizar o seu
preço.
Separamos abaixo alguns dados que evidenciam o impacto da crise na economia dos Estados
Unidos:
PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%
8
Milhares de pessoas perderam instantaneamente todo seu patrimônio, uma vez que ele
estava investido em valores da especulação que haviam desaparecido com a quebra da bolsa.
Os efeitos da crise espalharam-se pelo mundo, por isso, a economia de diversos países
entrou em recessão, e o desemprego disparou mundo afora."
Lá na Europa, o número de desempregados aumentou consideravelmente, e as
consequências da crise econômica serviram de impulso para o crescimento de
movimentos totalitaristas, como o nazismo, na Alemanha, o fascismo, na Itália.
Os efeitos da Grande Depressão só começaram a ser contornados a partir de 1933, quando o
governo norte-americano implantou o New Deal (Novo Acordo), um programa de
intervenção do Estado na economia. O objetivo desse programa era reaquecer a economia
dos Estados Unidos. Entre as ações realizadas, destaca-se, por exemplo, a criação de obras
públicas para garantir emprego aos cidadãos norte-americanos.
Devido a "pobreza rural" muitos trabalhadores irão optar para a segunda opção, trabalhando
nas grandes plantações, nas minas, nas obras, etc.
Nota-se que a colonização mudou a forma de vida dos povos africanos de uma maneira
brusca. Em alguns paises onde predominava a cultura de subsistência, haverá quase que o
completo abandono desta, sendo substituiída pela cultura de exportação. As "hortas"
restantes para suprira população local não eram o suficiente e foi necessário importar estes
alimentos, gerando uma relação de dependência dessas populações com o mercado mundial.
Em contra partida alguns países tiveram uma grande expansāo agrícola como camarões e
10
Os sectores que sofreram mais rapidamente foram aqueles que estavam mais dependentes da
situação financeira mundial e do capitalismo europeu. Assim, o sector financeiro foi o mais
atingido, levando:
O sector bancário, ainda jovem e muito frágil, a racionalizar as suas actividades, apos
ter sofrido com as suas especulações bolsistas e com a ruína das pequenas empresas e
o regresso dos colonos à Europa.
11
A CRISE EM MOÇAMBIQUE
A República Portuguesa não conseguiu resolver a crise de 1890, que iria prolongar-se até à
década de 1930.
A instabilidade política e económica que se Vivia em Portugal reflectia-se também em
Moçambique. Entre 1910 e 1926, por exemplo, Moçambique conheceu 14 governadores,
sendo três altos-comissários, seis governadores-gerais e cinco interinos, espelhando a
situação vivida na metrópole (Sopa, 2017).
gastos com os confrontos não oficiais em Angola (1914-1915) e com a tentativa de expulsar
as forças alemãs de Moçambique, onde se haviam instalado apos a sua retirada da África
Oriental Alemã. Sobrecarregado com uma enorme divida de guerra, Portugal foi obrigado ä
recorrer à emissão de papel-moeda, gerando um rápido processo inflacionista, provocando
uma forte desvalorização do escudo em relação à libra.
O PAPEL DE ROOSEVELT
Em 1932, Franklin Roosevelt, candidato do Partido Democrata às eleições presidenciais,
propôs aquilo que ficou conhecido por New Deal (Novo Acordo), defendendo uma forte
intervenção do Estado, através da:
Regulamentação das relações entre capital e o trabalho.
Controlo dos preços.
Redução de despesas improdutivas.
Investimentos ambiciosos nas infra-estruturas.
Mobilização nacional.
Pleno emprego.
Simultaneamente a estes pontos básicos, Roosevelt declarava que o Estado Federal tinha
responsabilidades permanentes no bem-estar social, o que significava algo radicalmente
novo na Vida política americana. Durante o seu governo, que terminaria com a sua morte em
1945, foram realizadas as maiores reformas económicas e sociais no pais, assegurando um
novo relacionamento entre empresas e sindicatos, uma plataforma mínima de bem-estar aos
mais pobres e criando uma sólida classe média.
Na concepção do seu idealizador, o New Deal seria praticado em duas etapas:
A primeira, visando a recuperação da economia.
14
Na área da previdência social, deu-se, pela primeira vez, garantia aos idosos, desempregados
e inválidos. Até este momento, este aspecto de legislar sobre o assunto competia a cada um
dos Estados, o que tinha gerado inúmeras injustiças sociais, com muitos Estados a
impedirem a criação de qualquer sistema nessa área. A aprovação, no Congresso, de
programas prevendo benefícios para deficientes e crianças excepcionais, seguro de
desemprego e serviços de saúde pública, foi resultado de um combate árduo e complexo.
Para diminuir o número de desempregados, foram criados grandes projectos públicos. O
mais importante deles, foi o Tennessee Valley Authority (Administração do Vale do
Tennessee), compreendendo a construção de barragens hidroeléctricas, reaproveitamento do
solo para cultivo e o incentivo de inúmeras actividades económicas naquela região. Foram
igualmente construídos ou reabilitados cerca de 400 000 kms de estradas; puseram-se em
15
Ao nível da administração pública, foi desencadeada uma forte campanha contra a corrupção
em cargos do governo e contra o abuso do poder por parte dos partidos políticos. Foi
igualmente debatido o poder judiciário, que estava a funcionar como uma verdadeira
barreira ao New Deal, na medida em que os juízes consideravam inconstitucionais os
projectos que iam contra as suas próprias concepções políticas ou filosóficas. O debate
restituiu ao cidadão americano a confiança no sistema democrático, perdida durante a crise
económica da década de 1930.
Apesar do consumo ter aumentado em cerca de 50%, após três anos de investimentos
governamentais, o prolongamento da depressão económica nos Estados Unidos da América
deveu-se relutância em abandonar a doutrina do orçamento equilibrado, pela qual o
compromisso dos governos era a defesa da estabilidade da moeda através do equilíbrio das
contas públicas, em vez de procurar substituir a deficiência dos investimentos privados por
despesas governamentais financiadas por empréstimos. Ainda que o programa de obras
públicas e de controlo de preços tenha sido eficaz, a adopção de uma política fiscal e
monetária rígida neutralizou em parte os seus efeitos expansionistas.
OS REGIMES DITATORIAIS
Terminada a I Guerra Mundial, parecia que a Europa se tinha encaminhado decisivamente
para a democratização dos seus sistemas políticos, com:
A implementação do sufrágio universal.
A concessão do direito de voto as mulheres.
A representação proporcional.
O controlo efectivo dos governos pelos parlamentos de cada um dos países.
O direito à auto-determinação também triunfou, ainda que a questão das minorias nacionais
fosse uma fonte de conflitos, apesar dos seus direitos terem sido juridicamente reconhecidos
e a assimilação violenta tivesse sido condenada. A reforma agrária, em muitos casos,
completou o quadro do reformismo democrático do pós-guerra.
16
Ainda que a agitação social tenha sido particularmente violenta na Alemanha e na Itália, ela
não foi capaz de levar o proletariado à revolução mundial. O equilíbrio alcançado é
severamente restringido pelo empobrecimento das classes média e proletária.
Aparentemente, a social-democracia alargou a sua base de apoio, surgindo governos dessa
orientação na Alemanha, em Novembro de 1918; na Grã-Bretanha, em 1923/1924; na Suécia
e na Dinamarca, ainda nos anos 20. No entanto, neste período, surgem também os sinais
anunciadores do totalitarismo, com a existência dos primeiros governos autoritários na
Hungria, em 1919; na Itália, com a subida do fascismo em 1922; e na Espanha, com a
ditadura de Primo de Rivera, entre 1923 e 1930.
Na verdade, a fragilidade económica e a dependência de muitos destes países, o atraso do
mundo rural, a existência de classes operárias minoritárias e a magreza das classes burguesas
impediam a estabilização dos regimes democráticos, ainda que existissem nesses países
regimes constitucionais. Nos países economicamente desenvolvidos onde já existia
estabelecida uma herança liberal e onde havia uma estrutura social mais apropriada, os
regimes democráticos tinham tendência a resistir melhor. Mas em qualquer dos casos, os
Estados liberais mostraram-se incapazes de enfrentar os difíceis anos do pós-guerra.
O FASCISMO NA ITÁLIA
O processo de fascização italiano foi muito rápido, começando em finais de 1920, princípios
de 1921 assumindo o carácter de um movimento político de massas e instalando-se no poder
em 1922. Porém, o seu processo de estabilização seria muito mais lento, terminando em
1925.
controlo dos ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros. A acção governativa teve
como objectivo a «normalização» da Vida do pais, através de:
Eliminação das desordens sociais e da «domesticação» dos sindicatos.
Respeito pelo pluralismo político.
Política externa prudente.
Controlo da imprensa.
]Proibição das greves e do lock-out.
Constituição de sindicatos operários, únicos e obrigatórios, unidos às associações
patronais nas corporações fascistas.
Transformação das «milícias» numa guarda pretoriana.
O NAZISMO NA ALEMANHA
A consolidação do regime político alemão, saído da I Guerra Mundial, fez-se em benefício
de uma «direita» que nutre uma profunda desconfiança em relação República. Os nacionais-
alemães, que integraram o governo entre 1923 e 1928, representavam ainda uma Alemanha
agrária e prussiana. A eleição do marechal Von Hindenburg, em 1925, caracterizou-se por
uma intervenção no sentido mais conservador. O exército torna-se num refúgio dos
adversários do novo regime, cujo reforço se faz custa do aumento dos orçamentos, ao
mesmo tempo que encoraja a actividade dos grupos paramilitares, como os Capacetes de
AGO. O processo de fascização entra em ruptura com o modelo parlamentar existente.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), ou simplesmente
Partido Nazi, foi fundado em Munique, em Janeiro de 1919. Caracterizou-se, desde logo,
pelas suas preocupações de carácter social, tendo recebido o apoio dos homens de negócios
e do exército. Os seus princípios doutrinários passavam:
Pela defesa da xenofobia - o povo alemão, ariano, generoso e trabalhador.
Pela defesa do racismo - os judeus, inspiradores das ideologias marxistas,
democráticas e das relações universais, que os nazis acusavam de gerar o
apodrecimento do Estado.
Pela exaltação do sentimento patriótico e chauvinista - restaurar a Alemanha eterna
e conquistar o «espaço vital», através da sua expansão territorial, à custa da URSS e
da França.
19
Conclusão
Chego a conclusão que a crise do anos 30 também é chamada de crise de 1929 que estalou
em Nova Iorque com o crash bolsista atingiu todo sistema capitalista mundial. Esta crise foi
originada pela superprodução, Isto é, a produção ultrapassou o consumo, tendo afectado o
sistema financeiro que começou a ressentir-se, diminuindo os créditos e provocando uma
reacção em série no sistema económico mundial. Esta crise gerou muito desemprego, o
fecho de fábricas e a redução da produção. Todas as colónias dos países capitalistas foram
muito atingidas com a redução da procura de matérias-primas e a diminuição drástica dos
preços de venda. Como se pode ver no gráfico do valor e volume de vendas moçambicanas,
ainda que o volume de vendas não tinha descido de forma acentuada, o valor pago por essas
matérias-primas atingiu níveis baixíssimos, que só foram repostos oito anos mais tarde. Para
o caso de Moçambique, os produtos mais afectados foram: O amendoim, milho, copra,
açúcar e sisal. Os únicos produtos agrícolas de exportação que conseguiram manter os
preços foram o caiu e o algodão.
20
Referencias Bibliográficas
Bastos. P. P. Z. E Fonseca, P. C. D.. A Era Vargas: Desenvolvimentismo, Economia
E Sociedade. São Paulo, Unesp, 2012.
Dosman, E. Raúl Prebisch (1901-1986); A Construção Da América Latina E Do
Terceiro Mundo. Rio De Janeiro: Contraponto/Centro Internacional Celso Furtado,
2011. 656p.
Fausto, B. (1983). A Revolução De 1930; Historiografia E História. Brasiliense, São
Paulo. 9ª Ed. [1970].
Fausto, B. E Devoto, F. J. (2004). Brasil E Argentina; Um Ensaio De História
Comparada (1850-2002). São Paulo, Ed. 34.
Ferrari, A. (2007). El Peronismo: Un Fenómeno Argentino. Una Interpretación De
La Política Económica Argentina, 1946-1955. Porto Alegre, Programa De Pós-
Graduação Em Economia/Ufrgs, Tese De Doutorado
Sopa, A. (2017).H10 - História 10ª Classe. 1ª Edição. Texto Editores, Maputo,