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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

UNIDADE DESCENTRALIZADA DE IGUATU – UDI


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
MACROECONOMIA II
PROFESSOR MARCELO XIMENES

O SISTEMA BRETTON WOODS

5° SEMESTRE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


LYSSANDRA NASCIMENTO CHAVES

IGUATU – CE
2022
O sistema Bretton Woods

Em julho de 1944, o sistema financeiro internacional estava despedaçado. A Grande


Depressão de 1929 resultou em diminuição drástica de produção, comércio e emprego e
lançou toda a sorte de protecionismos: barreiras comerciais, controle de capitais, medidas
de compensação cambial. Foi nessa atmosfera que 730 delegados de 44 países, o Brasil
entre eles, encontraram-se na cidade de Bretton Woods, estado de New Hampshire, nos
Estados Unidos, para a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas.

O acordo de Bretton Woods ou ainda Acordos de Bretton Woods é o nome com que ficou
conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de
1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New
Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir
os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial. O
sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados
Unidos, que dali em diante teria o controle de fato de boa parte da economia mundial bem
como de todo o seu sistema de distribuição de capitais.

O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte
do setor financeiro mundial e fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários
de Bretton Woods. Para dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria
ligada ao ouro a 35 dólares, o que permitia ao portador de dólares transformar as notas de
dólares que qualquer cidadão carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu
equivalente em ouro, de acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal
conta seria impossível de se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente
controlada, servindo todo conceito mais como uma propaganda de consolidação do dólar
em escala mundial.

O acordo de Bretton Woods definiu que cada país seria obrigado a manter a taxa de
câmbio de sua moeda congelada ao dólar, com margem de manobra de cerca de 1%. Com
isso, a emissão de dólares promovida pelos EUA para financiar seus recorrentes déficits
orçamentários e estimular sua economia doméstica começou a causar problemas para o
restante do mundo já que, pelo acordo, os demais países também eram obrigados a emitir
moeda própria para manter o câmbio fixo com o dólar americano. Logo, essa medida
ajudou a causar um rompimento no sistema, já que os Estados Unidos não estavam mais
tendo lastro para cobrir a paridade do dólar com o metal. Dessa forma, quando a
Alemanha Ocidental e a França começaram a trocar suas reservas por ouro em 1971, o
governo do presidente americano Richard Nixon decidiu encerrar à convertibilidade do
dólar em ouro.

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