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FACULDADE DE ENGENHARIA
De:
Chimoio
SETEMBRO de 2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Engenharia
Licenciatura em Economia e Gestão
O Autor A Supervisora
CHIMOIO
SETEMBRO, 2022
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu Timóteo Alberto Tomás, declaro por em minha honra, que o presente trabalho é fruto de
minha própria realização de orientações da minha Supervisora, na Universidade Católica de
Moçambique
– Faculdade de Engenharia no ano de 2022, excepto as citações que foram ao longo do trabalho
devidamente referenciadas. O mesmo trabalho nunca foi apresentado numa outra instituição para
a obtenção de qualquer grau ou nível académico. Nenhum capítulo ou componente deste trabalho
devera ser produzida sem o consentimento do Autor.
Nome do Autor
Data: 28/09/2022
Nome da Supervisora
Data: 28/09/2022
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho ao meu amado Pai Alberto Tomas Chaphata pelo amor incondicional e por
sempre estar disponível, a minha Mãe que Deus a tenha a quem dou todo mérito, e aos meus tios
Luís Bofana e Pe. Bento.
AGRADECIMENTOS
De uma forma primordial, agradeço a Deus, pela generosidade e bondade de me conceder força,
foco, fé e determinação nessa longa caminhada, ao meu amado Pai e a minha Mãe que Deus a
tenha, a estes que foram os mentores dessa conquista o meu muito obrigado, serei eternamente
grato pelo incentivo, confiança e credibilidade.
Um especial agradecimento para minha supervisora Dra. Joana Sixpense, pela paciência,
assistência, opiniões e sugestões construtivas ao longo da realização do trabalho.
O meu agradecimento vai também aos meus amigos Isaque Froi, Cornélia Baulene e Milagre
pelo suporte. A Colegas do curso e da faculdade, pelo companheirismo e apoio, o meu muito
obrigado. Em fim agradecer a todos que não foram citados mas que directa ou indirectamente
contribuíram para esse feito. O meu muito obrigado!
RESUMO
O presente trabalho tem como tema o impacto socioeconómico da inflação na vida dos
consumidores dos mercados formais da cidade de Chimoio no período de 2018 a 2020. Caso de
estudo: mercado Catanga e o mercado Central. A inflação gera incertezas na economia, Em
Moçambique o custo de vida cada vez mais sobe, através do aumento generalizado dos preços de
produtos alimentares e de primeira necessidade como: Óleo da cozinha, Arroz, açúcar, Batata
reno, Cebola, Tomate, peixe carapau, frango e refrigerante. Assim de igual modo os preços dos
combustíveis, serviços de transporte. Todos objectivos específicos foram respondidos no
inquérito por questionário, identificou-se os produtos alimentícios que sofreram a inflação nos
períodos de 2018-2020, os factores que influenciaram na subida geral de preços, o peso do
salário mínimo em relação ao custo de vida após a ocorrência da inflação, as implicações
existentes no custo de vida das pessoas pela inflação
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
1.1. Introdução....................................................................................................................................1
1.2. Justificativa..................................................................................................................................2
1.3. Objectivos....................................................................................................................................3
1.3.1. Objectivo Geral..................................................................................................................3
1.5. Hipóteses.....................................................................................................................................5
2.1. Introdução....................................................................................................................................7
3.1. Introdução..................................................................................................................................19
3.4. População..................................................................................................................................21
3.4.1. Amostra............................................................................................................................21
4.1. Introdução..................................................................................................................................24
5.1. CONCLUSÃO...........................................................................................................................51
5.2. SUGESTÕES............................................................................................................................52
Referências bibliográficas....................................................................................................................54
LISTA DE TABELA
Tabela 1 Idade dos Consumidores 32
Tabela 2 Bairro dos consumidores 33
Tabela 3 A percentagem do género. 35
Tabela 4 Número de Agregados familiares dos consumidores----------------------------------------36
Tabela 5 O perfil do consumidor na família 40
Tabela 6 Estado civil dos consumidores 41
Tabela 7 Pessoas que tem trabalho e as que não tem--------------------------------------------------42
Tabela 8 Consumidores que tem e não tem filhos-------------------------------------------------------43
Tabela 9 O nível de vida dos consumidores. 44
Tabela 10 Mercado em que os consumidores consolam-se em relação a subida de preço nos
produtos alimentares 45
Tabela 11 O tempo do consumidor no mercado--------------------------------------------------------46
Tabela 12 A frequência com que os consumidores fazem as compras nos mercados--------------47
Tabela 13 Consumidores dos mercados formais que já ouviram falar de inflação----------------48
Tabela 14 Consumidores que já ouviram falar da subida geral de preços--------------------------49
Tabela 15 O poder de compra do consumidor, quando regista-se a inflação nos mercados 50
Tabela 16 A satisfação das necessidades básicas do consumidor em relação com o salário mínimo
55
Tabela 17 O incremento do salário mínimo nesses últimos três anos, ia de acordo com o custo
de vida 56
Tabela 18 Consumidores que tiveram que abster-se de uma necessidade para realizar----------57
Tabela 19 Consumidores que já ou não passaram necessidades de alimentação durante o mês.58
Tabela 20 A percetagem dos Consumidores que já enfrentou ou não dificuldades para medicar,
ou tratar uma doença tanto sua como de um membro da família-------------------------------------59
Tabela 21 Dificuldades com mensalidades, despesas ou taxas escolares---------------------------60
Tabela 22 Consumidores com agregado familiar que deixaram de estudar por conta de inflação.
61
Tabela 23 A percentagem das refeições que os consumidores efetuavam diariamente quando há
subida de preços no mercado 62
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Idade das pessoas inqueridas nos mercados 25 de Junho-Catanga e Josina Machel-
Central. 32
Figura 2 Bairros dos consumidores dos mercados formais da Cidade de Chimoio 34
Figura 3 A percentagem do género da população inquerida. 35
Figura 4 Número de membros (Agregados Familiares) 39
Figura 5 O perfil da pessoa inquerida no agregado familiar 40
Figura 6 Estado civil das pessoas inqueridas 41
Figura 7 Pessoas que tem trabalho e as que não tem. 42
Figura 8 Pessoas inqueridas que tem e não tem filhos 43
Figura 9 O nível de vida dos consumidores. 44
Figura 10 A preferência em termos de aderência ao mercado quando há inflação 45
Figura 11 O tempo do consumidor no mercado formal 46
Figura 12 A frequência com que os consumidores fazem as compras nos mercados. 47
Figura 13 Consumidores dos mercados formais que já ouviram falar de inflação 48
Figura 14 Consumidores que já ouviram falar da subida geral de preços 49
Figura 15 O poder de compra do consumidor, quando regista-se a inflação nos mercados 50
Figura 16 A satisfação das necessidades básicas do consumidor em relação com o salário
mínimo
55
Figura 17 O incremento do salário mínimo nesses últimos três anos, ia ou não, de acordo com o
custo de vida 56
Figura 18 Consumidores que tiveram que abster-se de uma necessidade para realizar. 57
Figura 19 Consumidores que já ou não passaram necessidades de alimentação durante o mês
58 Figura 20 Consumidor que já enfrentou ou não dificuldades para medicar, ou tratar uma
doença tanto sua como de um membro da família 59
Figura 21 Dificuldades com mensalidades, despesas ou taxas escolares. 60
Figura 22 As refeições que efetuava diariamente quando há subida de preços no mercado. _ 62
LISTA DE ABREVIATURAS
INE – Instituto Nacional de Estatística;
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho;
IPC – Índice de preços do consumidor;
PIB – Produto Interno Bruto;
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
Fazendo uma retrospetiva na história de Moçambique, constata-se que o Pais enfrentou vários
distúrbios ao longo dos anos, ora vejamos, houve longos períodos de guerra, crise económica,
calamidades naturais e etc. todos esses fatores constituíam fraquezas, e Moçambique na posição
em que se encontrava não reunia condições suficientes para resolver esses problemas alem disso,
questões como insegurança alimentar, elevados índices de analfabetismo, unidades sanitárias
debilitadas e varias barreiras de acesso de serviços de saúde são desafios que colocam o pais em
“saias justas” e com dificuldades em hierarquizar as suas prioridades.
Este trabalho fala de impacto económico da inflação na vida dos consumidores de mercado
formal. E sabe-se, por experiência própria, que necessitamos do ar, da água, dos alimentos, de
roupas, para que possamos sobreviver. Sabemos, também, que não há limite a variedade e a
quantidade das necessidades humanas. Assim sendo, podemos depreender que o consumidor
possui dois tipos de necessidades: as necessidades económicas (que são satisfeitas com bens que
podem ser produzidos) e as necessidades não económicas (que são satisfeitas com bens que não
podem ser produzidos, como o ar que respiramos). (Nogami, 2012)
E o excesso da demanda normalmente provoca uma forte pressão sobre a moeda estrangeira oque
em regime de câmbio flexível provoca a desvalorização da moeda doméstica. E o objectivo do
estudo é analisar o impacto económico da inflação na vida dos consumidores de mercado formal
25 de Junho-Catanga e Josina Machel-Central, da Cidade de Chimoio: no período 2018-2020.
Os índices de preços dos consumidores são indicadores que agregam e representam os preços de
uma determinada cesta de produtos, em que o aumento dessa medida de um período a outro se
caracteriza como inflação. A composição desta cesta esta sujeita ao orçamento das famílias, onde
o peso dos componentes do índice representa a importância destes no consumo das famílias.
1
1.2. Justificativa
O motivo que levou a escolha do tema foi a crescente subida de preços nos produtos de primeira
necessidades, que tem criado um enorme desconforto e preocupação na população e
consumidores dos mercados formais e informais em geral, face a esses factos, houve a
necessidade por parte do autor em fazer uma pesquisa em torno do tema em estudo, para poder
trazer informações que com base em análise das mesmas possam conduzir a possíveis soluções
sobre o estudo em causa.
Em termos pessoal a pesquisa será útil para o autor porque trará satisfação para o autor por ser
um tema do seu interesse, e também porque, o mesmo trará resultados que ajudarão de uma
forma geral na compreensão de, como a inflação tem impactado na vida dos consumidores dos
mercados formais, sobre o ponto de vista económico e social.
Em termos académico a pesquisa será útil porque trará resultados que-se mostrará pertinentes e
que contribuirá de forma significativa como fontes de pesquisa, para pesquisas futuras. A
pesquisa poderá de certa forma servir de ponto de partida para o surgimento de novos estudos.
O tema proposto é de extrema importância porque os efeitos da mesma são facilmente sentidas
pelos consumidores em geral. Tornando dessa forma um factor importante para o estudo, com
vista a se compreender os efeitos e as causas da elevação desse índice. No dia-a-dia se vive o
estresse da subida geral de preços que acaba gerando um desconforto por parte da população.
Além disso, esta situação afeta relativamente as camadas menos favorecidas da população, visto
que essas pessoas têm menos recursos financeiros disponíveis, influenciando no poder de compra
das famílias.
Portanto, o ambiente de incerteza sobre a economia pode paralisar projectos, mas representa que
a economia vai bem. Assim, pode ser interpretada como um sinal de que a economia de um país
está em movimento e aquecida.
2
1.3. Objectivos
3
1.4. Definição do Problema
Em Moçambique o custo de vida cada vez mais sobe, através do aumento generalizado dos
preços de produtos de primeira necessidade como: Óleo da cozinha, Arroz, Batata, Cebola e
Tomate. Assim de igual modo os preços dos combustíveis, serviços de transporte. Segundo a
(LUSA, 2021), nos últimos três anos a inflação homóloga em Moçambique subiu de 5,10% para
5,76%.
A Questão de Partida: Até que ponto a inflação impactou economicamente na vida dos
consumidores dos mercados formais 25 de Junho e Josina Machel, da Cidade de Chimoio?
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1.5. Hipóteses
Hipótese é uma proposição que se forma e que será aceita ou rejeitada somente depois de
devidamente testada. (Gil, 2008)
H0: A inflação teve um impacto económico negativo na vida dos consumidores dos mercados
formais 25 de Junho e Josina Machel.
H1: A inflação teve um impacto económico positivo na vida dos consumidores dos mercados
formais 25 de Junho e Josina Machel.
H2: A inflação não teve nenhum impacto económico na vida dos consumidores dos mercados
formais 25 de Junho e Josina Machel.
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1.6. Delimitação do tema
A inflação tem refletido vários impactos e resultados dependendo da situação económica e social
de cada País e região. E este estudo vai ser realizado nos mercados formais da cidade de
Chimoio, que são Mercado 25 de Junho-Catanga e Mercado Josina Machel-Central, no período
de 2018 a 2020.
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CAPITULO II. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Introdução
O presente capítulo descreve-se a revisão literária do impacto económico da inflação na vida dos
consumidores dos mercados formais no período 2018 a 2020. Evidencia alguns aspetos
inflacionários.
Existem varias definições a respeito da inflação, mas a mais simples e clara define-se como a
subida contínua de preços, isto é, uma taxa contínua de crescimento dos preços num determinado
período (Moran e Witte, 2003). Deve ficar claro com isto que, um aumento de preços por uma
única vez não pode ser considerado inflação. Precisa-se de um aumento contínuo, mesmo que
este não seja igual ao longo do tempo.
Segundo Rossetti (2003,p.695), a inflação corresponde à uma subida generalizada dos preços dos
bens e serviços, expressos em termos monetários, ou seja, é o aumento persistente no nível geral
de preços. De acordo com o autor, a inflação é a principal responsável pela variação do valor da
moeda e trata-se de um fenómeno universal, comum em todos os países. Ainda para o mesmo
autor a inflação e a moeda têm uma relação recíproca, pois quando se verifica uma elevação do
nível geral de preços, observa-se uma redução equivalente no valor da moeda.
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Segundo Brue (2005,p.490), o economista Milton Friedman afirmava que:
Ainda para o mesmo autor, a inflação constitui uma preocupação para os economistas porque
nem todos os preços e salários sobem de forma proporcional, o que afecta a distribuição de
renda, os preços administrados, aumenta a incerteza, os custos de produção e dificulta o processo
decisório das empresas.
A inflação Demandada
A principal explicação teórica da inflação sustenta que, as altas generalidades dos preços
resultam basicamente de um excesso de demanda agregada em relação a oferta da economia
(Moran e Witte, 2003). Em outros termos, a inflação de demanda é produzida toda vez que os
stocks monetários reais dos agentes económicos (salários e todo tipo de renda) aumentem sem
um acompanhamento da produção total da economia medida pelo PIB. Oque significa que um
aumento do poder aquisitivo dos agentes económicos se traduzirá num deslocamento da curva de
demanda agregada, elevando os preços, certeis parirus. Segundo a análise clássica, o processo
inflacionário se explica por expansão da oferta monetária em uma economia que não se encontra
em pleno emprego.
Desse modo o produto nacional ou o output se expandira com um aumento do nível de emprego,
inicialmente com um efeito de valoração do salário nominal antes do aumento da demanda do
trabalho que logo será neutralizado com o aumento da oferta de trabalho. E finalmente ter-se-á
igual nível de salario nominal e taxas de juros, mas com um nível maior de emprego e produto.
No caso sugerido por Keynes (1983); com a existência de pleno emprego, a curva da procura ou
da oferta agregada de bens e serviços será vertical. Seguidamente o aumento da oferta
8
monetária
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Deslocara a curva da oferta monetária para cima, conseguindo-se com isso um efeito de
desvalorização da moeda, fazendo cair a taxa de juros, o salario real e o produto nacional. Assim
no enfoque keynesiano, somente existira a inflação da demanda quando a capacidade instalada
estiver em plena utilização.
Camps (1990), por sua vez, utilizou a seguinte explicação: aumentando a demanda do produtor,
com todos os factores de produção já ocupados, não dispõe de mais insumos com que possa
atender a demanda acrescida, e os preços aumentam. Os preços aumentam porque há mais poder
de compra pressionado.
Inflação de custo
Ainda segundo (Netto e Modiano, 2005) existe um segundo tipo de inflação de custos, de
economias que tem problemas de recessão e problemas na distribuição da produção. A
especialmente gerada em condições de recessão é explicada por uma pressão cada vez maior dos
custos médios, fixos e variáveis sobre o custo total que faz com que preço seja maior do que o
preço do mercado em condições normais de concorrência. Outro factor que determina a inflação
é um aumento do mark up ou margem de lucro, pois esse implicara o elevado nível geral de
preços. Essa variante da inflação de custos pressupõe para a indústria de onde se originou uma
estrutura imperfeitamente competitiva, oligopolista ou monopolista.
Inflação Inercial
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O conceito da inflação inercial foi desenvolvido no Brasil como uma resposta analítica á
aceleração da inflação nos anos 70, tendo como pano de fundo o debate sobre a relevância da
Curva de Phillips para a economia de brasileira. Segundo Netto e Modiano (2005), não se deve
perder de vista o facto de que a taxa de inflação em dado momento esta fortemente relacionada a
taxa de inflação no passado. Em outros termos, a inflação possui um elevado componente de auto
sustentação ao relacionamento automático. A literatura macroeconómicas convencional costuma
atribuir o caracter autorregressivo da taxa de inflação as expectativas inflacionarias.
Inflação estrutural
A inflação estrutural tem suas origens nas teorias do desenvolvimento da América Latina, no
pensamento da comissão económica para américa latina (CEPAL) lideradas por Raul Prebish,
como uma tentativa de explicação de variações dos preços a nível do comércio internacional
entre centro e periferia (Moran e Witte, 2003). Os chamados estruturalistas consideram que, a
inflação se apoia em factores associados com as características das relações comerciais, também
chamadas de “Termos de intercâmbio”. Por outro lado, os principais pontos que assinalam a
escola do pensamento estruturalista são:
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Desequilíbrio cronico do comércio exterior: este desequilíbrio deve-se a pouca
elasticidade-renda das importações dos produtos primários industrializados, em
contrapartida a alta elasticidade das importações de bens de consumos duráveis adquirido
nesses países subdesenvolvidos. Assim há necessidade de financiamento externo para
compensar o deficit das transações correntes na tentativa de corrigir o tal desequilíbrio.
Distribuição desigual da renda e rigidez nos orçamentos públicos: nos países
subdesenvolvidos o governo é incumbido pela implantação da infraestrutura para as
indústrias que estão surgindo, e estes investimentos devem ser financiados pelo tesouro
público. O combate a esses factores cria uma serie de reformas de classes, tais como,
reformas de ordem administrativas, agrarias e fiscal, além de uma reforma tributaria, são
estas atitudes preconizadas pelos estruturalistas para o controle da inflação, procurando
assim, alterar a estrutura económica do país.
A estabilidade de preços e o crescimento económico estão relacionados uma vez que um nível
estável de preços possibilita a geração de maiores níveis de produção. O crescimento da
economia não depende, directamente, da política monetária, mas sim de factores, tais como a
velocidade do crescimento da força de trabalho, da disponibilidade do capital e da tecnologia
empregada (Bertoldi, 2009, p.40). Desta forma, no curto prazo, o efeito da política monetária se
restringe na inflação e na taxa de câmbio. Por isso cabe à política monetária através da
estabilidade de preços contribuir para a alocação ou distribuição eficiente dos recursos, e, assim,
permitir o crescimento económico no longo prazo (Bertoldi, 2009, p.40).
Segundo Mishkin (2000, p.286) a estabilidade de preços é desejável porque um nível crescente
de preços (inflação) cria incerteza na economia, o que poderá impedir o crescimento económico,
pois
1
O Produto Interno Bruto corresponde ao valor monetário de todos bens e serviços produzidos dentro das
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fronteiras nacionais durante um determinado período (Stiglitz, 2003, p.91)
13
torna-se mais difícil de se interpretar a informação transmitida pelos preços de bens e serviços
quando o nível geral de preços altera-se, o que pode dificultar a tomada de decisão dos
consumidores, das empresas e do Governo.
A Variação Homóloga: rácio entre o índice de determinado mês e o homólogo do ano anterior,
em percentagem.
Além disso, os preços estabelecidos no mercado funcionam como verdadeiros sinais para toda a
economia: se, por exemplo, os consumidores aumentarem o seu desejo por determinado bem, o
preço desse bem tem tendência a aumentar, dando assim um sinal aos produtores que devem
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produzir mais quantidade desse mesmo bem. O inverso acontecerá se os compradores passarem a
desejar menos quantidade do bem.
No mercado de trabalho formal, o profissional está amparado pela CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho). Ao ser contratado, ele tem a sua carteira de trabalho devidamente assinada,
contando, assim, com todos os benefícios, como décimo terceiro salário, férias, seguro-
desemprego, entre outros. (Marques, 2021)
Em alguns trabalhos da FAO (2008), reforça que o preço internacional não é totalmente refletido
no preço doméstico, muitas das vezes não são necessariamente causados por eventos nos
mercados internacionais. Em trabalho realizado por Hoyos e Medvedev (2009), analisando o
preço internacional e o preço doméstico em países em desenvolvimento de alimento, constata-se
que os preços domésticos dos alimentos cresceram 5,6% muito baixo dos 31% dos preços
internacionais. Os autores justificam este facto em razão de os preços domésticos dependerem
mais de factores como o desempenho local (impactado por factores climáticos) como visualizado
em parte dos alimentos analisados, de tributos e custos de transporte do que dos preços
internacionais. Outro elemento importante visualizado no trabalho refere-se à renda. Segundo
NEPA (2009), os extratos de pessoas com renda menor estão mais sujeitas a sofrer
consequências negativas de aumento de preços de alimentos.
Segundo os estudos de Martinez e Cerqueira (2013), Maluf e Speranza (2013), o aumento nos
níveis de preços dos alimentos contribuem para o aumento da inflação, dessa forma, influenciam
15
na redução do consumo dos alimentos, principalmente por família pertencentes a camadas
socioeconómicas com menores índices de renda. A relação da casualidade entre a oferta da
moeda e a inflação, e entre a oferta da moeda e o PIB tem sido objecto de investigação há várias
décadas. No entanto os resultados tem sido divergentes devido aos vários factores que interferem
no mecanismo da transmissão da política monetária.
Dentre vários estudos existentes destacam-se aqueles realizados por Nell (1999), Budina et al
(2002), Kaple e Hassein (2006), Emerson (2006), Chimobi e Uche (2010), Omanukwue (2010) e
Mishra et al (2010). Nell (1999), realizou uma pesquisa sobre a relação entre a moeda por um
lado, e os preços e produto por outro lado, na Africa do sul, cobrindo o periodo entre 1966 e
1997. A principal analisada nesta pesquisa era de verificar se a inflação na Africa do Sul durante
aquele periodo era causada por um crescimento excessivo da oferta monetária, ou
alternativamente, ate que ponto a oferta monetária teve um papel passivo no processo
inflacionário. A metodologia usada por Nell consistiu em: Realizar testes de casualidade com
base no método desenvolvido por Pesara net al (1996) para determinar a natureza da
exogeneidade ou endogeneidade da oferta da moeda na Africa do Sul: Nell obteve resultados
indicando uma relação de causalidade unidirecional no sentido da inflação para a oferta da
moeda e uma causalidade bidirecional entre a inflação e o excesso da oferta da moeda. Com base
nestes resultados, ele concluiu que a oferta da moeda e o excesso da moeda são variáveis
endógenas em relação a inflação. O mesmo autor concluiu que o crescimento acelerado dos
agregados monetários no período de 1980-1997 este associado a um aumento persistente dos
custos e os factores estruturais, sem necessariamente implicar que a politica monetária foi mais
efectiva no período de implementação de medidas de controlo directo.
As causas de políticas de resultados encontrados por Nell (1999), foi de que as análises futuras
dos determinantes da inflação no longo prazo na Africa do Sul, devem focalizar os potenciais
impactos inflacionários relacionados ao aumento dos custos e os factores estruturais (além dos
aspectos da alçada do Banco Central)
Com base nestes resultados, ele concluiu que a oferta de moeda e o excesso de moeda são
variáveis endógenas em relação a inflação. O mesmo autor concluiu que o crescimento acelerado
dos agregados monetários no período de 1980-19975 esteve associado a um aumento persistente
dos
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custos e a factores estruturais, sem necessariamente, implicar que a política monetária foi mais
efectiva no período de implementação de medidas de controlo directo.
A implicação de política dos resultados encontrados por Nell (1999), foi de que análises futuras
dos determinantes da inflação no longo prazo na África do Sul deverão focalizar os potenciais
impactos inflacionários relacionados ao aumento dos custos e aos factores estruturais (além dos
aspectos da alçada do banco central). Budina et al. (2002), realizou um estudo sobre a Roménia
no periodo de 1992-2000. A relação da causalidade encontrada entre a moeda e os preços é
bidirecional, indicando que o crescimento da oferta de moeda tem um impacto inflacionário e
que a inflação conduz ao aumento da oferta da moeda.
Emerson (2006), realizou um estudo sobre as evidências empíricas da TQM nos Estados Unidos
da América, usando dados trimestrais para o período de 1959-2004. O autor concluiu na equação
do longo prazo do lado direito, para além do PIB e da oferta monetária, a taxa de juro como
variável que explica o comportamento da velocidade da circulação da moeda. O mesmo autor
concluiu com base na análise da cointegração entre a moeda por um lado, e os preços e produção
agregada e taxa de juros por outro lado, que existem evidências convincentes da verificação da
TQM usando dados da economia Americana.
Um estudo efetuado por Chimobi e Uche (2010), sobre a relação moeda-preços produção
agregada na Nigéria, para o período de 1970-2005, concluiu (com base nos testes de
cointegração multivariado de Johansen e de causalidade de Granger) que não há relação de
cointegração de longo prazo entre a moeda, inflação e produção agregada (medida pelo PIB). O
mesmo estudo concluiu ainda que a estabilidade da moeda pode contribuir para a estabilidade
dos preços, desde que a oferta da moeda seja a principal causa da inflação. A moeda (M2)
aparenta uma forte relação causal com o produto real e também com os preços.
Omanukwue (2010), testou a TQM usando dados trimestrais da Nigéria para o período de 1990-
2008. A metodologia usada pelo mesto autor consistiu na aplicação dos testes de cointegração de
Engle and Granger para examinar a relação entre moeda, preços e produção agregada. Este autor
assumiu que a velocidade de circulação da moeda não é constante com base nos argumentos
teóricos da moderna TQM e que os desenvolvimentos do sector financeiro, também influenciam
o comportamento da inflação. Assim o autor concluiu na equação de preços de longo prazo
estimado, para alem das variáveis moeda e produção agregada, a velocidade da circulação da
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moeda (expressa pela taxa de juro), a inflação, a produção agregada real e o desenvolvimento do
sector financeiro representado pelos rácios depósitos à ordem sobre depósitos à prazo. De acordo
com o autor a principal diferença deste estudo com as anteriores pesquisas sobre o mesmo tema
realizado para Nigéria, consiste no facto do mesmo introduzir uma medida no sector financeiro
na teoria quantitativa da moeda. O mesmo autor concluiu que os agregados monetários contem
informação significativa para a previsão da inflação nuclear, e que a pressão inflacionária é
amortecida pelo aumento da produção agregada real e pelo desenvolvimento do sector
financeiro.
Mishra et al. (2010), testaram a relação de causalidade entre a moeda, os preços e a produção
agregada na India para o período de 1951-2009. A metodologia usada neste estudo esteve
baseada na estimação do MCE, baseado por sua vez no sector autorregressivo (VAR). Os
resultados do estudo indicam a existência no longo prazo de uma causalidade bidirecional entre a
oferta monetária e o produto, e causalidade unidirecional no sentido do nível de preços para a
produção agregada e a oferta monetária. Os resultados do mesmo estudo mostram a existência de
uma relação de causalidade bidirecional entre a oferta monetária e o nível de preços, e
causalidade unidirecional no sentido da produção agregada para o nível de preços no curto prazo.
Os mesmos autores incluem com base nos resultados apresentados, que a moeda não é neutral e
que a inflação é, no curto prazo, um fenómeno monetário.
Segundo INE (2018), a inflação continuou a manifestar a sua tendência crescente, embora a um
ritmo lento, tendo o acumulado até Dezembro com um agravamento situado em 3,5% traduzindo
a pressão de preços de bens essenciais induzido fortemente pelos preços do transporte
semicolectivo de passageiros e de gasolina.
O mercado monetário interno para maturidade de um ano, durante o último Trimestre de 2018,
apresentou uma taxa média de juros situada aos 21,7%, nas operações activas e 11,3% nas
passivas.
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período de 2018, registou uma apreciação face ao Rand e ao Euro.
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No quadro das relações entre Moçambique e o mundo, os dados apontam para um défice da
balança comercial de 498,9 milhões de Dólares americanos, se comparado com o Trimestre
homólogo de 2018.
Segundo o boletim sobre a actualidade Económica de Moçambique, algumas das províncias mais
pobres, como Tete, Manica e Niassa (interior norte e centro), terão sido as mais afectadas, devido
ao elevado nível de dependência do milho. Actualmente, a situação macroeconómica dá sinais de
estabilização, com a inflação média nos 4,59%. Mas os preços continuam altos e segundo o
Banco Mundial quase 50% vive na pobreza.
Ainda segundo o Banco Mundial a situação de pobreza é mais grave nas zonas rurais do que nas
cidades: uma análise ao impacto de preços mais alto no bem-estar das famílias, mostra que um
aumento de 10% nos preços do milho levou a uma redução de 1,2% do consumo per-capita nas
áreas rurais e de 0,2% nas áreas urbanas.
"Uma análise do Banco Mundial sobre as implicações da inflação do preço dos alimentos em
2018 e 2020 conclui que pode ter significado um aumento da pobreza em 5% a 6,7% pontos
percentuais", refere.
“Uma análise ao impacto de preços mais altos no bem-estar das famílias mostra que um aumento
de 12% nos preços do milho, arroz e óleo levou a uma redução de 1,4% do consumo per-capita
nas áreas rurais e 0,6% nas áreas urbanas” (Banco de Moçambique, 2019). O estudo realça “os
custos de instabilidade macroeconómica nos países mais desfavorecidos, especialmente dada a
20
medida em que a subida de preços dos alimentos são desproporcionalmente sentidas pelas
famílias mais pobres, mesmo quando são produtoras de alimentos”.
21
CAPITULO III. Metodologia e Desenho de Pesquisa
3.1. Introdução
Neste capítulo foi definido os métodos e técnicas escolhidos pelo autor, métodos estes que ao
combina-los de maneira razoavelmente logica, possuem a finalidade de que o problema de
pesquisa seja tratado eficientemente. Portanto é pretendido neste capítulo, debruçar e explicar
como será conduzido a pesquisa, no que refere concretamente ao desempenho da pesquisa,
escolha do público-alvo, nesse caso a população em estudo bem como o processo de amostra e o
método de colecta de dados.
Para a elaboração deste trabalho classificou-se a pesquisa aplicada, porque envolve verdades e
interesses locais.
Segundo (Gil, 2008) a pesquisa aplicada gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à
solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
22
3.2.3. Quanto a Forma de Abordagem
Para este trabalho de pesquisa foi classificado a Pesquisa Mista, que vai combinar a pesquisa
qualitativa e quantitativa, para explicar o porque das coisas (fenómenos), exprimindo oque
convém a ser feito e ao mesmo tempo quantificando os valores e as trocas simbólicas se
submetem à prova de fatos, pois dados que serão analisados são numéricos e não-numéricos.
Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros.
23
de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se
procura a resposta (Fonseca, 2002).
De acordo com Yin (2005, p. 32), o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um
fenómeno actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenómeno e o
contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência.
3.4. População
A população em estudo foram os consumidores e vendedores dos mercados formais, Mercado
Catanga e Mercado Central. Conforme os dados colhidos pelo Instituto Nacional de Estatística
em 2020 a Província tinha um total de 2.056.037 Habitantes, dos quais 1.017.547 habitantes do
sexo Masculino, 1.096.960 habitantes do sexo feminino e, um total de 956.051 habitantes
maiores de 18 anos. (INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA, 2020)
3.4.1. Amostra
A amostra usada para a pesquisa foi de 0.01% dos consumidores dos mercados formais de
Catanga e Mercado Central na cidade de Chimoio.
1
𝑛0 =
𝐸02
1
𝑛0 = = 100
(0.05)2
𝑁 ∗ 𝑛0
𝑛=
𝑁 + 𝑛0
24
𝑛 = 956051 ∗ 100 95605100
=
956051 + 100 956151
𝑛 = 99.98 ≈ 100
𝑛 100
𝑝𝑒𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 = = = 0.01%
� 956051
�
Para a elaboração do trabalho serão usadas técnicas como questionário, que serão feitas aos
consumidores dos mercados formais Mercado 25 de Junho-Catanga e Mercado Josina Machel-
Central, na cidade de Chimoio.
De acordo com (Gil, 2002) entende-se por questionário, com uma técnica de investigação
composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter
informações sobre o conhecimento, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas,
aspirações, temores, comportamentos presentes ou passados e entre outros.
O questionário muitas vezes é proposto por escrito aos questionados sobre a causa, portanto, este
designa-se por questionário auto aplicado.
As pesquisas sociais desenvolvidas na atualidade, a maior parte requer algum tipo de análise
estatística, portanto, as técnicas estatísticas disponíveis constituem uma contribuição, não apenas
25
para a caracterização e resumo dos dados para o estudo das relações que existem entre as
variáveis, e também para verificar em que medida a conclusão pode estender-se para alem da
amostra considerada.
No que se refere a coleta de dados primários, a pesquisa foi conduzida através de inquerido por
questionários, dirigido para 100 Pessoas, Consumidores do Mercado 25 de Junho-Catanga e
Mercado Josina Machel-Central, inquérito esse que tinha como objectivo principal analisar o
impacto socioeconómico da inflação na vida dos consumidores do mercado formal nos produtos
de primeira necessidade, dificuldade e as necessidades que os consumidores dos mercados
formais enfrentam no seu dia-dia.
26
CAPITULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Introdução
No presente capítulo apresentar-se-á a análise e interpretação de dados coletados ao longo da
pesquisa, e pretende-se examinar e comentar sobre todos os dados coletados e tendo como base
os resultados obtidos do questionário por inquérito nos consumidores dos mercados Formais (25
de Junho-Catanga e Josina Machel-Central) da Cidade de Chimoio, portanto, também tecer
alguma conclusão do capítulo através das respostas dos consumidores dos mercados formais.
O gráfico abaixo apresenta os bairros dos consumidores iquiridos e a sua percentagem por bairro.
14%
14%
12% 10%
10% 9%
8%
8% 7%
6% 6%
6% 5% 5% 5%
4% 4% 4%
4% 3%
2% 2% 2%
1% 1%
0%
Bairro 2
Bloco 9
Bairro 5
Tambara 2
7 de Abril
Bairro 4
Bairro 1
3 de fevereiro
Josina Machel
Centro Hípico
25 de Junho
Piloto
16 de Junho
7 de Setembro
Soalpo
Vila Nova
Francisco Manyanga
Nhamahonha
Fonte: Dados primários
28
1.2. Qual é o seu género
O estudo teve como população inquerida 31% do género Masculino e 69% do género
Feminino, assim como o gráfico abaixo apresenta.
Figura 02: A percentagem do género da população inquerida.
Masculino 31%
Feminino 69%
GENERO PERCENTAGEM
MASCULINO 31
FEMININO 69
TOTAL 100
29
1.3. Número de membros (Agregados Familiares)
Neste estudo foram inquerido 100 pessoas com agregados familiar total de 614, dos quais
295 são homens e 324 são Mulheres, tal como ilustra o quadro a baixo.
Tabela 03: Número de Agregados familiares dos consumidores
30
9 6 3
2 1 1
4 2 2
8 3 5
7 4 3
6 2 4
10 2 8
8 1 7
12 7 5
5 3 2
3 1 2
3 1 2
2 1 1
4 1 3
3 2 1
6 2 4
8 2 6
10 4 6
6 4 2
6 1 5
4 2 2
3 1 2
12 7 5
9 7 2
2 1 1
6 3 3
4 1 3
5 3 2
5 3 2
7 3 4
6 5 1
9 7 2
9 8 1
10 6 4
6 1 5
2 2 0
9 3 6
5 2 3
6 4 2
13 5 8
3 2 1
31
6 2 4
6 3 3
5 2 3
5 3 2
2 1 1
4 3 1
13 8 5
5 1 4
9 3 6
9 5 4
3 1 2
3 1 2
9 2 7
3 1 2
3 2 1
6 2 4
2 1 1
6 4 2
7 2 5
6 3 6
16 5 11
5 2 3
13 7 6
16 6 10
5 1 4
8 5 3
614 295 324
32
1.4. Qual é o seu Perfil no agregado familiar?
De acordo com o número total de pessoas inqueridos 22% são Pais, 49% são mães, 8% são
filhos, 19% corresponde a filhas, e 2% são outros.
Figura 04: O perfil da pessoa inquerida no agregado
familiar
Outro
Filha 2% Pai
19% 22%
Pai
Filho Mãe Filho Filha Outro
8%
Mãe
49%
C
h
a
rt
Ti
tl
e
33
1.5. Estado Civil
40% Das pessoas inqueridas são casado/a, 2% são divorciado/a, 45% são solteiro/a a
maior parte vivem maritalmente, e 13% são viúvo/a.
Figura 05: Estado civil das pessoas inqueridas
Viúvo/a 13%
Casado/a 40%
Solteiro/a 45%
Divorciado/a 2%
34
1.6.O nível de vida dos consumidores
De acordo com o art. 110 da Lei do Trabalho, a remuneração pode ser paga de acordo com
(i) produção, (ii) o tempo ou (iii) critérios combinados de tempo e de saída. Os salários
devem ser baseados em tempo real gasto no trabalho e pago regularmente (em intervalos
semanais, quinzenais ou mensais) em moeda corrente (art.º 112-113 do Direito do
Trabalho, 2007).
A maior parte da população inquerida foram de rendimento baixo e medio (40%, 40%),
20% alta renda.
Figura 06 O nível de vida dos consumidores.
Salarios
40% 40%
20%
R en d a B ai x a R en d a Med i a R en d a Al t a
Descrição Percentagem
Baixa Renda (4.000,00 a 8.000,00) 40
Renda Media (8.000 a 21.000,00) 40
Alta Renda (21.000,00 ou mais) 20
Total 100
Fonte: Dados primários
35
2.1. Qual Mercado em que os consumidores se consolam em relação a subida de preço nos
produtos alimentares?
No âmbito da subida de preços nos produtos alimentares de primeiras necessidades, a
maior parte da população (consumidores dos mercados formais) 58% optam pelo Mercado
25 de Junho, Vulgo Mercado Catanga, porque em algum momento os preços praticados
neste mercado não diferencia-se com os preços praticados no mercado 38. E 48% dos
consumidores do mercado formal Josina Machel vulgo Central, por este mercado estar
localizado no Centro da Cidade.
Figura 07 A preferência em termos de aderência ao mercado quando há inflação
MERCADOS
25 de Junho-Catanga Josina Machel-Central
0.42
0.58
36
2.2. Por quanto tempo compra produtos de primeira necessidade nos mercados
formais?
A maior parte dos consumidores que participaram do inquérito foram pessoas com mais de
(três a seis) anos, a efectuarem compras de produtos alimentares de primeira necessidade,
dos quais 58% estão entre três a seis anos, 33% dos consumidores responderam entre UM
a Três anos, 5% dos consumidores responderam de (um ano a seis meses) e, 4%
dos consumidores responderam que estão entre (um mês a seis meses). Assim como
apresenta o gráfico.
Figura 08 O tempo do consumidor no mercado formal
58%
60
50
33%
40
30
20
5% 4%
10
0
Três Anos – Um Ano - Três Seis Meses - Um Mês - Seis
Seis Anos Anos Um Ano meses
Series1 58% 33% 5% 4%
37
2.3. Com que frequência faz as compras neste mercado?
Na mesma senda a população inquerida, os consumidores dos mercados formais, 42%
efectuam compras dos produtos alimentares diariamente, 33% dos consumidores efectuam
semanalmente suas compras pelo número reduzido de pessoas e ocupação, 23% dos
consumidores responderam que efectuam as compras mensalmente porque é o período da
disponibilidade da sua renda (salários) e, 2% dos consumidores efectuam compras
anualmente por estes serem Pais de famílias e conseguem fazer as compras no período de
férias.
Figura 08 A frequência com que os consumidores fazem as compras nos mercados.
42%
45
40 33%
35
30
25 23%
20
15
10
5
2%
0
Diariamente Semanalment e Mensalmen Anualmente
te
Series1 42% 33% 23% 2%
38
2.4. Já ouviu falar de inflação?
Dos consumidores que participaram no inquérito, 51% responderam “Não” e 49%
responderam “Sim”.
Figura 09 Consumidores dos mercados formais que já ouviram falar de inflação
Não Sim
51% 49% Sim
Não
39
2.4.1. Já ouviu falar de subida de preço nos mercados?
Dos consumidores que participaram no inquérito, 100% responderam “Sim” já ouviram
falar da subida de preços e, 0% “Não”.
Figura 14 Consumidores que já ouviram falar da subida geral de preços
40
2.4.2. Quando há inflação, oque acontece com o poder de compra do consumidor?
Segundo a pesquisa realizada, 90% dos consumidores que participaram no inquérito
responderam que “ o poder de compra Reduz” quando regista-se a subida geral de preços,
7% dos consumidores responderam que “o poder de compra aumenta”, e 3% dos
consumidores responderam “o poder de compra mantem”.
Figura 15 O poder de compra do consumidor, quando regista-se a inflação nos mercados
90%
90
80
70
60
50
40
30
20
10
7% 3%
0
Reduz Aumenta Mantem
Series1 90% 7% 3%
41
2.5. Quais são as consequências da inflação ou da subida de preço?
Segundo Mateus Campos (2020) A inflação gera um efeito cascata na economia, com
diversas implicações para além do campo econômico, como nas áreas política e social. São
consequências dela:
Empobrecimento da população;
42
2.6. Quais são os fatores que influenciam na subida de preço dos produtos no mercado?
A inflação influencia na alta do preço de alimentos, pois grande parte do nosso consumo vem
de commodities que são produtos primários que servem como matéria-prima para a
fabricação de outros. Nesse sentido, as commodities elas podem ser dividias em quatro
grupos: agropecuárias, minerais, ambientais e financeiras. Os factores que influenciam na
subida geral dos preços são:
Desvalorização do Metical
Até abril de 2019, a Austin Rating realizou um levantamento que mostra quais moedas perderam o
valor em relação ao dólar nos países da Africa, e Moçambique aparece em sétimo. Só em 2019, o
Metical caiu 12,7%.
Segundo o inquérito realizado aos consumidores dos mercados formais (25 de Junho e Josina
Machel) da cidade de Chimoio, identificou-se os seguintes fatores que influenciam na subida de
preços dos produtos:
43
2.7. Quais são as implicações ou causas que a inflação trouxe na sua vida?
Com menos dinheiro circulando no mercado, o consumo também diminuirá e assim as
empresas serão afetadas, vendendo cada vez menos. As dívidas começam a aparecer,
assim como as demissões e rapidamente aparece o desemprego.
Segundo a pesquisa, quanto a esta questão, os consumidores apresentaram varias causas e
implicações da inflação nas suas vidas, das quais foram:
Aumento do custo de vida;
Redução do poder de compra;
Desregulamentação da dieta alimentar;
Aumento da pobreza e fome;
Ma gestão do dinheiro, isto porque, o preço dos mercados não correspondia com o
rendimento;
Gestão de recursos financeiros, com a subida de preços, fica difícil comprar batata
reno que custava 150mts e passou a custar 250mts a 450mts. Quanto a açúcar
comprávamos em 2018 a 40mts 1kg subiu para 60mts em 2019 e 75mts em 2020, o
mesmo aconteceu com outros produtos, e isso trouxe implicações graves na vida
do consumidor;
Teve que abdicar-se de certas necessidades, e despesas;
Sofreram redução na sua renda mensal.
Desemprego
Passaram a ter mais controle nos gastos e despesas
Alguns consumidores responderam que a inflação trouxe stress e frustração para a
vida deles;
Dificuldades em comprar a cesta básica de alimentos;
Contenção dos custos.
Corte de 50% dos produtos que compravam.
44
2.8. Quais os tipos de produtos alimentares de primeira necessidade, que sofreram
inflação entre 2018 ate 2020?
Com a inflação avançando, os preços relativos de produtos e serviços acabam distorcidos,
dificultando observar se eles estão realmente caros ou baratos. Segundo o questionário por
inquérito realizado pelo autor, constatou-se os seguintes produtos que sofreram a inflação
nos períodos compreendido entre 2018 a 2020:
Óleo alimentar/da cozinha
Arroz
Peixe Carapau
Açúcar
Leite
Couve
Feijão
Frango
Batata reno
Repolho
Farinha de trigo
Farinha de milho
Carvão da cozinha
Gás da cozinha
Cebola
Tomate
Detergentes
Madumbe
45
3.1. Quanto a satisfação das necessidades básicas em relação ao salário mínimo, em
qual posição se enquadra?
De acordo com a pesquisa realizada, 45% dos consumidores responderam “Pouco
Satisfeito” na satisfação das necessidades básicas em relação ao salário mínimo, 30% dos
consumidores responderam “Nada Satisfeito”, 24% dos consumidores responderam que
estão “Satisfeito” e, 1% dos consumidores que participaram do inquérito da pesquisa
responderam “Muito Satisfeito”.
Figura 16 A satisfação das necessidades básicas do consumidor em relação com o salario
mínimo
45%
45
40
30%
35
30
25
20
15
10
5
0
Pouco Nada Satisfeito Muito
Satisfeito Satisfeito Satisfeito
Series1 45% 30% 24% 1%
24%
Fonte: Dados primários
POUCO SATISFEITO 45
NADA SATISFEITO 30
SATISFEITO 24
MUITO SATISFEITO 1
TOTAL 100
46
Fonte: Dados Primários
47
3.1. Será que o incremento do salário mínimo nesses últimos três anos, foi de acordo com o
custo de vida?
Dos 100 consumidores que participaram do inquérito por questionário, 27% responderam
“Sim” que o incremento do salario mínimo ia de acordo com o custo de vida, enquanto
73% responderam “Não” o incremento do salario mínimo não ia de acordo com o custo de
vida.
Figura 17 O incremento do salario mínimo nesses três anos foi de acordo com o custo de vida?
Tabela 17 O incremento do salário mínimo nos últimos três anos foi de acordo com o custo de
vida.
DESCRICAO PERCENTAGEM
NÃO 73
SIM 27
TOTAL 100
Fonte: Dados primários
48
4.1. Em algum momento já absteve-se de alguma coisa para realizar a outra coisa por
conta da inflação?
Dado a esta questão, os consumidores dos mercados formais 25 de Junho-Catanga e Josina
Machel-Central da Cidade de de Chimoio, 20% responderam “Não” tiveram que abster-se
de um necessidade para realizar a outra por conta da subida de preços ou inflação no
mercado, e 80% dos consumidores responderam “Sim” em relação a questão acima.
Figura 18 Consumidores que tiveram que abster-se de uma necessidade para fazer face a uma
outra.
Não 20%
Sim 80%
SIM 80
NÃO 20
TOTAL 100
49
4.2. O consumidor já por necessidade de alimentação durante semanas ou um mês?
Na mesma senda de respostas ao inquérito por questionário, 55% dos consumidores
que participaram do inquérito responderam “Não” passaram necessidades de
alimentação durante o mês por conta da inflação, e 45% dos consumidores responderam
``Sim`` já passaram necessidades de alimentação durante um mês por conta da inflação.
Sim
45%
Não Sim
55%
Não
50
4.3. Quanto a saúde, já teve dificuldade na medicação ou no tratamento de doença
para si ou sua família?
Na resposta desta ao inquérito por questionário, 49% dos consumidores que participaram
do inquérito responderam “Não” quanto a questão de enfrentar dificuldades para medicar
ou tratar uma doença sua ou de sua família por conta da inflação e, 51% dos consumidores
responderam “Sim”.
Figura 20 Consumidor que já ou não teve dificuldade na medicação ou no tratamento de
doença para si ou sua família.
Não Sim
49% 51% Sim
Não
SIM 51
NÃO 49
TOTAL 100
51
4.4.Quanto a taxa escolar e outras despesas o consumidor já teve dificuldades com o
pagamento dos mesmos?
Na mesma senda de respostas ao inquérito por questionário direcionado aos consumidores
dos mercados formais da cidade de Chimoio, nomeadamente Mercado 25 de Junho-
Catanga e Mercado Josina Machel-Central, 15% dos consumidores responderam que
“Não” tiveram dificuldades com mensalidades despesas ou taxas escolares, e 85% dos
consumidores responderam “Sim” já tiveram dificuldades com mensalidades despesas ou
taxas escolares. Figura 21 Dificuldades com mensalidades, despesas ou taxas escolares.
Não 15%
Sim Não
Sim 85%
52
4.5. Quantas pessoas da sua família deixaram os estudos por conta da subida geral
dos preços?
Segundo o inquérito por questionário realizado nos mercados formais 25 de Junho-
Catanga e Josina Machel, portanto, dos 100 consumidores que participaram do inquérito,
são 48 membros de agregados familiares que deixaram de estudar por conta da inflação.
Tabela 22 Consumidores com agregado familiar que deixaram de estudar por conta de inflação.
DESCRIÇÃO PERCENTAGEM
POPULAÇÃO 48
53
4.6.4.6. Por dia quantas refeições fazem?
UMA REFEIÇÃO 0
DUAS REFEIÇÕES 18
TRÊS REFEIÇÕES 82
TOTAL 100
54
CAPITULO V. CONCLUSÃO E SUGESTÕES
5.1. CONCLUSÃO
Todos objectivos específicos foram respondidos no inquérito por questionário, identificou-se os
produtos alimentícios que sofreram a inflação nos períodos de 2018-2020, como o Arroz, Óleo
da cozinha, o peixe carapau, feijão, leite, açúcar, a farinha de trigo, o carvão e gás da cozinha. O
segundo objectivo os factores que influenciaram na subida geral de preços, onde encontramos, a
subida do preço de combustível e de transporte, a escassez dos produtos no mercado, o clima (a
questão dos ciclones em 2019 e 2021 fizeram com que alguns produtos alimentícios sofressem
inflação devido a maior procura e a escassez dos mesmos, maior índice populacional, a pandemia
Covid-19, conflitos internos (guerra em cabo-delgado e Muxungue) e externo, a questão do
problema de dívidas ocultas e, a crise económica do Pais. O terceiro objectivo específico foi
sobre o peso do salário mínimo em relação ao custo de vida após a ocorrência da inflação e tirou-
se a conclusão de que o incremento do salário mínimo nos últimos três anos 2018-2020, não
correspondia com o custo de vida e a maior parte da população mostraram-se poucos satisfeito. E
no quarto objectivo as implicações existentes no custo de vida das pessoas pela inflação, com a
subida geral de preços o pão entre outros produtos passou a ser mais caro, o que acaba
impactando na vida dos consumidores questionando o custo de vida, a redução das refeições.
Das hipóteses levantadas na pesquisa chegou-se a conclusão de que, aceitou-se a hipótese (H0):
A inflação teve um impacto socioeconómico da inflação negativo na vida dos consumidores dos
mercados formais 25 de Junho e Josina Machel. E rejeitou-se as hipóteses (H1): A inflação teve
um impacto socioeconómico positivo na vida dos consumidores dos mercados formais 25 de
Junho e Josina Machel. E a hipótese (H2): A inflação não teve nenhum impacto socioeconómico
na vida dos consumidores dos mercados formais 25 de Junho e Josina Machel.
55
5.2. SUGESTÕES
Em situações onde os preços aumentam, todos temos que priorizar as nossas necessidades, os
consumidores ou pessoas em geral precisam refazer as suas prioridades para verem ondem
gastam mais e onde poupam menos, para não deixarem instabilidade ou para não morrerem de
fome.
1. Devem ser muito mais rigorosos na planificação das suas despesas mensal, no que diz
respeito ao seu plano. Para os consumidores que são vendedores também, a maior parte
delas vendem coisas para comer hoje e quando não vendem em casa passa-se mal e é
mais difícil para estes. Mesmo para os consumidores que tem rendimento mensal por
mais que seja salário minino garantido é preciso ter um plano e segui-lo, de modo a
minimizar o máximo possível, urgências que possam surgir dentro da efetivação das
despesas, muitas vezes fazemos um plano e depois no meio do caminho desviamos
aquele dinheiro para fazer outras coisas.
Portanto, resistir a comprar coisas não prioritárias é muito difícil, geralmente da vontade
de comprar um refrigerante na rua e toma-lo, é normal, mais num contexto de crise, será
que o refrigerante naquele momento na rua é prioritário? Quando tens uma família em
casa a sua espera que quer coisas básicas como, o arroz e um tomate para poder fazer
carril e comer.
2. Fazer compras um pouco mais em quantidades relativamente razoável, o comprar de
forma diária é uma cultura nossa, compramos quando estamos para cozinhar, isto e, é
quando lembramos que precisamos de ter tomate, cebola ou caldo. Mais isso tem um
custo muito alto, se for a comparar e multiplicar por mais vezes que compra por mês
caldo, do que, se compra-se uma caixa seria mais fácil gerir os seus custos se compra-se
em quantidades maiores e com descontos, e tem quem vendem barato e que pode dar esse
desconto em relação ao supermercado onde 4 tomates podes comprar a 80mts, e as vezes
não percebe desses custos porque vai comprando pouco a pouco, são pequenas dicas que
podem ajudar a gerir as nossas finanças pessoais.
3. Não ter medo de reduzir o padrão de vida por algum tempo, é o momento de crise, vale
apenas ajustar o padrão de vida para refletir o seu nível de rendimento, do que manter um
56
nível de vida que não reflete o seu padrão de rendimento, porque não quer aceitar que o
preço é mais alto e preferires acumular dividas, porque o stress trazido pelas dividas
talvez pode superar o conforto sentido por manter um padrão de vida que não é
compatível com o seu rendimento.
Portanto, basicamente as famílias são desafiadas a se educarem financeiramente, nem que
seja no mínimo para não caírem em algumas armadilhas que aparecem no dia-a-dia. E as
vezes somos tentados em comprar aquela roupa que a nossa amiga trouxe e diz que vais
pagar no final do mês, ou aquele cabelo que diz que vais pagar em prestações, mais não
nos apercebemos que ao receber-mos o produto e pagar final do mês, provavelmente o
preço que te aplica é superior do que se pagar a pronto pagamento, e isto, é uma
armadilha porque também nem precisas e não achas que é uma vantagem comprar aquele
cabelo, mais provavelmente poderias aguentar com as mechas que tem ate o final do mês.
57
Referências bibliográficas
BANCO DE CABO VERDE. (2008). O QUE É A INFLAÇÃO - CADERNO Nº 7. Cabo Verde: BANCO DE CABO
VERDE.
CANASTRA, F., & HAANSTRA, F. &. (Janeiro de 2015). Manual de Investigação Científica da Universidade
Católica de Moçambique. 1.ª Edição, 9. Beira, Moçambique.
Chiure A. (2018). Maputo foi a cidade mais cara no mês de Abril. OPais.co.mz, 1.
Gemo Z.J. (2011). Análise dos determinantes da inflação em Moçambique (2000-2010). Maputo:
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59
Apêndices
60
INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO
O questionário será dirigido aos consumidores dos mercados formais – Mercado 25 de
Junho (Catanga) e Mercado Josina Machel (Central)
Tema ː Impacto socioeconómico da inflação na vida dos consumidores dos mercados formais.
Caso de estudo: Mercado 25 de Junho-Catanga e Mercado Central-Josina Machel: no período de
2018-2020.
O questionário por inquerito, teve como objectivo obter resposta sobre o tema em estudo do
Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia com o tema: Impacto socioeconomico da inlfacao
na vida dos consumidores dos mercados formais. Caso de estudo: Mercado 25 de Junho e Josina
Machel, para a área de ou o curso de formação em Economia e Gestão, na Faculdade de
Engenharia- Universidade Catolica de Moçambique. Pretende-se com este questionário por
inquerito abrangir os Consumidores ou Clientes do Mercado Formal 25 de Junho-Catanga e
Josina Machel-Central.
Independentemente das respostas que nos for fornecidas sera em anonimato, e vai ser apenas
usado para o trabalho ciêntifico. Sendo assim, solicita-se aos consumidores ou clientes dos
mercados 25 de Junho-Catanga e Josina Machel-Central, a responderem o questionario por
inquerito.
61
1.4. Quantos membros sao na familia? .
62
1.5. Que estado o consumidor se enquadra no seu agregado familiar?
a) Pai : ( )
b) Esposa: ( )
c) Filho: ( )
d) Outro: ( )
1.6. Qual é o seu estado Civil?
a) Solteiro/a: ( ) c) Divorciado/a: ( )
b) Casado/a: ( ) d) Viúvo/a: ( )
2. Questões Gerais
a) Diariamente: ( )
b) Semanalmente: ( )
63
c) Mensalmente: ( )
d) Anualmente: ( )
PERGUNTAS ABERTAS
2.5. Quais são os factores que influenciaram na subida de preço dos produtos no
mercado?
2.6. Quais são as implicações/causas socioeconomicas que a inflação trouxe na sua vida?
64
2.8. Quais os tipos de produtos que sofreram inflação entre 2018 ate 2020?
3.2. Será que o incremento do salário mínimo nesses últimos três anos, foi de acordo
com o custo de vida?
a) Sim: ( )
b) Não: ( )
4.1. Em algum momento ja absteve-se de alguma coisa para realizar a outra coisa por
conta da inflação?
a) Sim ( ) b) Não ( )
4.2. O consumidor ja por necessidade de alimentação durante semanas ou um mês?
a) Sim ( ) b) Não ( )
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4.3. Quanto a saude, ja teve dificuldade na medicação ou no tratamento de doença
para si ou sua família?
a) Sim ( ) b) Não ( )
4.4. Quanto a taxa escolar e outras despesas o consumidor já teve dificuldades com
o pagamento dos mesmos?
a) Sim ( ) b) Não ( )
4.5. Quantas pessoas da sua familia deixaram os estudos por conta da subida geral
dos preços?
a) Uma: ( )
b) Duas: ( )
c) Três: ( )
d) Mais que três: ( )
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