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Introdução a Economia
Coordenador da Disciplina
6ª Edição
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VERSÃO TEXTUAL
Caros alunos.
1
Até o próximo encontro!
VERSÃO TEXTUAL
O QUE É ECONOMIA?
Qual o significado do termo “Economia” (A palavra é de origem grega:
oikos = casa e nomos = governo, administração, ou seja, a administração do
lar ou domicílio.) ? Como várias palavras do nosso idioma, o seu significado
muda de acordo com o contexto em que é utilizada. Pode parecer uma
definição muito específica a primeira vista, mas na verdade lares e
economias tem muito mais em comum.
EXEMPLO
Uma casa se depara com muitas decisões. Deve ser decidido que
membros da família vão fazer cada tarefa e o que cada um recebe em troca.
Quem faz o almoço? Quem varre a casa? Quem lava a roupa? Assim, cada
membro da casa deve alocar seus recursos escassos, levando em
consideração a habilidades, esforços e desejos de cada um. Além disso,
deve ser decidido quanto deve ser gasto em valores monetários em cada
uma das necessidades da casa.
Como em uma casa, uma sociedade se depara com várias decisões. Uma
sociedade deve decidir que trabalhos devem ser feitos e quem irá fazê-los.
Algumas pessoas devem produzir comida, outras roupas e outras carros.
Uma vez que a sociedade alocou as pessoas em vários empregos, ela deve
alocar os bens e serviços gerados por esses empregos. Deve ser decidido
quem come lagosta e quem come batata. Deve decidir quem vai pra casa de
ônibus e quem vai de carro importado. A administração dos recursos (bens e
serviços) da sociedade é importante por que os recursos são escassos
(Escassez pode ser entendida no sentido de que a sociedade possui recursos
limitados e não pode produzir todos os bens e serviços que as pessoas
desejam.) ou limitados.
Desta forma, a economia como ciência pode ser definida de uma forma
mais clássica como:
2
Uma definição alternativa pode ser resumida por:
Nesse sentido, fica claro que a Economia não busca simplesmente evitar
gastos. É uma ciência que tenta dar explicações para o comportamento de
indivíduos e a interação que surge entre eles, buscando alocar os recursos da
forma mais eficiente possível.
EXERCITANDO 1
O que você entende de Economia? Escreva um pequeno texto de 10
linhas no máximo sobre o que você já conhece de Economia.
EXERCITANDO 2
De acordo com o que foi discutido até aqui e com os seus
conhecimentos prévios, crie uma definição para Economia.
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CUSTO DE OPORTUNIDADE: é qualquer coisa de que se tenha de
abrir mão para obter alguma coisa. Assim, o custo de oportunidade de uma
escolha é igual a tudo aquilo de que se abriu mão para obtê-lo.
DESAFIO
Liste as cinco principais empresas da sua região. Como essas
empresas afetam a economia da sua cidade?
BENS LIVRES
São úteis e existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos sem
nenhum esforço na natureza. Ex: luz solar, o ar, o mar etc.
BENS ECONÔMICOS
São úteis e possuem preços sendo escassos (em maior ou menor grau)
e pressupõem o esforço humano para obtê-los. Os bens econômicos podem
ser divididos em: Bens de capital, Bens de consumo e Bens intermediários.
BENS DE CAPITAL
São aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente no processo produtivo. Exemplo: Máquinas,
Equipamentos e Instalações.
BENS DE CONSUMO
Destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas.
De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis,
(geladeiras, fogões, automóveis) ou como não-duráveis (alimentos,
produtos de limpeza).
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BENS INTERMEDIÁRIOS
São aqueles que são transformados ou agregados na produção de
outros bens e que são consumidos totalmente no processo de produtivo
(insumos, matérias-primas e componentes).
EXERCITANDO 3
Explique com as suas palavras os diferentes tipos de bens,
relacionando-os.
O QUE PRODUZIR?
COMO PRODUZIR?
FAMILIAS
Todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel
de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços,
objetivando o atendimento de suas necessidades, tomam também decisões
sobre a oferta de trabalho, terra, capital e capacidade empresarial.
Recebem em troca, respectivamente, como pagamento, salários, aluguéis,
juros e lucros, e é com essa renda que compram os bens e serviços
produzidos pelas empresas.
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EMPRESAS
Agentes encarregados de produzir e comercializar bens e
serviços.Tomam decisões sobre o investimento, sobre a produção e sobre a
procura de trabalho.
GOVERNO
Todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o
controle do Estado. Toma decisões de consumo, de investimento e de
política econômica.
EXTERIOR
Representa todos os agentes externos à economia em questão e toma
decisões sobre todas as questões anteriores.
MACROECONOMIA X MICROECONOMIA
Dentro da ciência econômica, existem diversos campos de estudo, no
entanto, de uma forma bastante abrangente, os economistas costumam
dividir em dois grandes campos de estudo: Macroeconomia e
Microeconomia.
MACROECONOMIA
Trata do comportamento da economia como um todo, com períodos
de recuperação e recessão, a produção total de bens e serviços da economia
e o crescimento do produto, as taxas de inflação e desemprego, balança de
pagamentos e taxa de câmbio. Trata ainda com as flutuações a curto prazo
que constituem o ciclo de negócios. Políticas fiscais, monetárias, cambiais e
creditícias. Lida com o estoque de dinheiro em circulação, a balança
comercial, variações nos preços e salários, exportação e importação, etc.)
MICROECONOMIA
Atua no âmbito dos consumidores e/ou das empresas (ou indústria se
preferir). Lida com as preferências dos consumidores e a utilidade que
essas preferências lhe conferem a qual podemos traçar suas escolhas. Lida
com a demanda de mercado de um determinado bem ou serviço, com a
quantidade do bem que a firma deve ofertar, a quantidade do bem que a
industria deve ofertar (relativa a cada empresa que produz o mesmo bem, a
seu preço e a sua demanda). Trata do estudo dos monopólios, oligopólios,
concorrência perfeita. Teoria dos Jogos. Traça estratégias de maximização
de lucros e minimização de custos para as empresas. Na microeconomia é
possível o desenvolvimento de modelos de fenômenos sociais
simplificados, o que pode ser útil antes de se lançar um produto novo no
mercado, por exemplo, e por falar em mercado, esse é um dos pilares do
estudo da microeconomia.
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Embora possa parecer uma divisão rígida, Micro e Macroeconomia
acabam se confundindo no cotidiano das empresas e pessoas. Nas empresas,
assim como a análise da indústria onde ela está inserida e a caracterização de
seu mercado (micro), é necessário também conhecer (e se antecipar) às
atitudes do governo, no que tange a redução de taxa de juros, políticas de
crédito e subsídios, comércio exterior (macro).
EXERCITANDO 4
Quais são os problemas econômicos básicos? Faça um Comentário em
no máximo 10 linhas.
EXERCITANDO 5
Explique, com as suas palavras, a diferença que existe entre a
Macroeconomia e a Microeconomia.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Envie através do seu Portfólio no Solar as respostas de três
exercitandos escolhidos por você, dos cinco exercitandos propostos ao
longo deste tópico.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 01 : CONCEITOS BÁSICOS
VERSÃO TEXTUAL
OLHANDO DE PERTO
De uma forma mais sucinta, podemos definir um modelo econômico
como um instrumental que busca representar e simplificar aspectos da
realidade econômica na forma de gráficos, equações e quadros, de modo a
fazer compreender os fenômenos econômicos. Ainda de uma forma mais
rigorosa, podemos definir um modelo econômico com uma construção
teórica que representa os processos econômicos por um conjunto de
variáveis e relações lógicas e quantitativas que as relacione.
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Capitalista: - Sistema capitalista, ou economia de mercado, é
aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa
e a propriedade privada dos fatores de produção.
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Assim, de uma forma resumida, pode-se dizer que num sistema
econômico existem dois fluxos.
O FLUXO NOMINAL OU
O FLUXO REAL
MONETÁRIO
DESAFIO
Um outro modelo clássico dentro da Economia é o Modelo de Oferta e
Demanda. Pesquise e explique de forma sucinta esse modelo econômico,
desenhando o gráfico.
DEMANDA DE MERCADO
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um
determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em
determinado período de tempo.
OFERTA DE MERCADO
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os
produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de
10
tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários
fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, dos preços
dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 01 : CONCEITOS BÁSICOS
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produto daquele que se deu artificialmente devido ao aumento dos preços
da economia.
PIB E PIL
A diferença entre Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Interno
Líquido (PIL) traduz-se no valor das depreciações. Ao contrário do PIB, o
PIL tem em conta o valor da depreciação do capital.
PIB = C + I + G + X - M
Onde:
C É O CONSUMO PRIVADO.
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comprar e produzir mais, o governo causa uma elevação da produção e do
nível de emprego e aumenta o nível de renda da economia.
X É O VOLUME DE EXPORTAÇÕES.
M É O VOLUME DE IMPORTAÇÕES.
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Países como a Noruega e a Dinamarca exibem um PIB moderado, mas
que é suficiente para assegurar uma excelente qualidade de vida a seus
poucos milhões de habitantes.
TAXA DE DESEMPREGO
INFLAÇÃO
DESAFIO
Consulte o sítio do Banco Central do Brasil www.bacen.gov.br [1] e
faça uma tabela da evolução do Produto Interno Bruto no Brasil de 2000 à
2006 destacando o papel dos seus principais componentes: C, I, G, X e M.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
REFERÊNCIAS
Mankiw, N.G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
VERSÃO TEXTUAL
O MERCADO
Todos os dias escutamos ou lemos algo que trata sobre mercado. Basta
abrir os jornais, assistir à televisão ou mesmo visitar as ruas da cidade. Em
sentido geral, o termo mercado designa um grupo de compradores (lado da
demanda) e vendedores (lado da oferta) de bens, serviços ou recursos, que
estabelecem contato e realizam transações entre si. As transações no
mercado são realizadas quando compradores e vendedores acordam com um
determinado preço. Até aqui nenhuma novidade. Mas você já parou para
pensar como os preços são determinados? Como podemos fazer previsões
para mudanças de preços mesmo não estando participando do mercado
diretamente como comprador ou vendedor? Se existem milhões de
transações nos mercados todos os dias, e cada transação têm uma
característica diferente, como estas previsões podem ser feitas ? A resposta
para estas perguntas está no uso de um MODELO ECONÔMICO que organize
e sintetize as principais relações existentes entre as variáveis econômicas de
um mercado.
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O lado dos vendedores é constituído pelas empresas, que vendem
bens e serviços aos consumidores e pelos proprietários de recursos
(trabalho, terra, capital e capacidade empresarial) que os vendem (ou
arrendam) para as empresas em troca de remuneração.
FÓRUM
No fórum de discussão da aula comente sobre a validade das
características de um mercado perfeitamente competitivo quando
comparadas com os mercados que vemos no nosso dia a dia.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
DEFINIÇÕES:
Mas sabemos que preço não é a única variável que pode influenciar a
quantidade de um bem ou serviço que estamos querendo adquirir. Outras
variáveis importantes são:
i) riqueza
ii) renda
iv) propaganda
v) hábitos
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Quando aumentamos nossa renda, por exemplo, passamos a comer mais
vezes em restaurantes. Mas como podemos usar o modelo de demanda pra
indicar o aumento na quantidade demandada por jantares em restaurantes ?
Quando alguma variável diferente de preço afetar a quantidade que estamos
dispostos a adquirir de um bem ou serviço deslocamos a curva de demanda.
19
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
ii) tecnologia
iii) expectativas
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iv) o número de produtores no mercado
A oferta de um mercado é
dada pela soma conjunta da
quantidade ofertada de todos os
produtores do mercado. Desta
forma, se o número de produtores
diminuir a curva de oferta se
deslocará à esquerda (O1 para
O2) sinalizando a redução da
oferta.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
AUMENTO DE DEMANDA.
AUMENTO DE OFERTA
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aumento de oferta, o preço de equilíbrio tende a baixar e a quantidade
negociada no mercado aumenta.
DIMINUIÇÃO DA DEMANDA.
DIMINUIÇÃO DA OFERTA.
LEITURA COMPLEMENTAR
Leia o artigo abaixo (arquivo_alimentação_mais_cara do material de
apoio) e veja um exemplo prático de como o modelo de demanda e oferta
pode explicar os fenômenos econômicos [1]
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Encontre um artigo de jornal ou revista que trate de mudança (para
cima ou para baixo) de preços ou produção. Use o modelo de demanda e
oferta para interpretar a lógica desta mudança a partir das causas citadas
no artigo. Desenhe o gráfico do modelo de demanda e oferta e explique o
deslocamento da curva de oferta ou demanda que levou a esta mudança de
preços. Poste tanto o artigo como sua análise de demanda e oferta através
do seu portfólio no SOLAR.
FÓRUM
No fórum de discussão desta aula comente sobre o artigo e a análise
de demanda e oferta de pelo menos 2 (dois) outros alunos.
23
FONTES DAS IMAGENS
1. http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u333762.shtml
2. http://www.denso-wave.com/en/
24
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
EXEMPLO
OFERTA: QO = 4 + P
DEMANDA: QD = 10 – P
QO= QD
4 + P = 10 – P
2P = 6
P=3
Q0 = 4 + 3 = 7
QD = 10 – 3 = 7
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Temos que calcular então o novo equilíbrio do mercado pois houve
uma modificação na demanda. Usaremos novamente o conceito de preço
de equilíbrio. Neste novo equilíbrio temos que:
4 +P = 8 – P
2P = 4
P=2
QO = 4 + 2 = 6
QD = 8 – 2 = 6
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Seja a demanda e a oferta de milho no mercado dados pelas seguintes
expressões matemáticas:
QD = 20 – 2P
QO = 8 + P
a) Encontre o preço de equilíbrio
FÓRUM
Participe do Fórum para esclarecer suas dúvidas em relação a esse
tópico e discutir com os colegas possíveis soluções para este exercício.
26
FONTES DAS IMAGENS
1. http://www.denso-wave.com/en/
27
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 02: MODELO DE DEMANDA E OFERTA
EXEMPLOS
28
EXEMPLOS
REFERÊNCIAS
MANKIW, N.G. INTRODUÇÃO À ECONOMIA. Rio de Janeiro: Campus,
1999.
29
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 03: INTRODUÇÃO À TEORIA MONETÁRIA
Para que um bem possa ser considerado uma moeda ele precisa
desempenhar basicamente três funções:
• Ser meio de troca. Isto significa ser exatamente aquele elemento que
vai viabilizar a ocorrência de milhares de trocas a cada momento.
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HISTÓRIA DA MOEDA
Amendoim Nigéria
Amêndoa Sudão
Bacalhau Islândia
Cacau México
Mogno Honduras
Peixes Alasca
Pérolas África
Sal Etiópia
Tartarugas Marianas
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Telas e tecidos Europa, África, China
FÓRUM
Para Carvalho et al. (2000, p.2), “a moeda é um objeto que responde a
uma necessidade social decorrente da divisão do trabalho.” Elabore um
pequeno comentário no fórum discutindo a definição proposta por esses
autores.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 03: INTRODUÇÃO À TEORIA MONETÁRIA
1ª RAZÃO
A primeira razão é o fato de os pagamentos e os recebimentos não
serem perfeitamente sincronizados. A maior parte dos trabalhadores
recebe seus salários no início do mês, mas os gasta, no decorrer do mesmo
mês, com as despesas comuns de uma família, como aluguel, condução,
alimentação etc. Portanto, essa pessoa precisa reter moeda, ou dinheiro,
em seu poder durante todo o mês. A essa razão para a retenção de moeda
damos o nome de demanda da moeda para transações.
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2ª RAZÃO
A segunda razão pela qual as pessoas procuram manter dinheiro em
seu poder chama-se demanda de moeda para precaução. Isso significa que
as pessoas previdentes sempre têm certa soma em seu poder, reservada
para um imprevisto, como problemas de saúde, uma batida de automóvel
etc.
3ª RAZÃO
A terceira razão, que motiva as pessoas a demandarem e reterem
moeda em seu poder é a demanda de moeda para especulação ou demanda
especulativa. Essa razão está associada ao fato de a moeda funcionar como
reserva de valor. Se um indivíduo já separou de sua renda aquelas parcelas
destinadas às transações e à precaução, o procedimento mais razoável seria
aplicar o restante em títulos, que rendem juros, pois nada acontece com o
dinheiro, quando está simplesmente em casa ou depositado em um banco,
em conta corrente.
PARADA OBRIGATÓRIA
Acreditamos ser importante conceituar taxa de juros para vocês.
Afinal, esse termo apareceu agora e precisa ser entendido para seguirmos
em frente. Em 2005 foi publicado o livro O VALOR DO AMANHÃ que
discute a questão dos juros na sua concepção mais ampla. Segundo
Giannetti (2005, p.10), “o fenômeno dos juros é, portanto, inerente a toda
e qualquer forma de troca intertemporal. Os juros são o prêmio da espera
na ponta credora - ganhos decorrentes da transferência ou cessão
temporária de valores do presente para o futuro; e são o preço da
impaciência na ponta devedora – o custo de antecipar ou importar valores
do futuro para o presente.”
Isso tudo nos permite estabelecer uma relação inversa entre a taxa de
juros do mercado e a demanda especulativa da moeda. Realmente, quanto
maior a taxa de juros, menor a quantidade de moeda demandada e retida
para especulação e vice-versa.
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O que foi visto nos leva a concluir que a demanda por moeda tem um
componente influenciado pela taxa de juros – a demanda especulativa – e
um componente que não depende de juros – a demanda para transações e
por precaução.
OFERTA DE MOEDA:
MEIOS DE PAGAMENTO
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Na verdade, existem vários conceitos de meios de pagamentos,
dependendo das quase-moedas incluídas, como se pode verificar na
classificação abaixo:
DESAFIO
Consulte o sítio do Banco Central do Brasil, www.bacen.gov.br [1] (na
seção referente ao Boletim do BC - Relatório anual ou Séries temporais), e
faça uma tabela da evolução anual do M1, M2, M3 e M4 do Brasil de 2000
a 2006. Descreva o que você encontrou.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 03: INTRODUÇÃO À TEORIA MONETÁRIA
a) monopólio de emissão;
c) banqueiro do governo;
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autorizados pelo Banco Central visando beneficiar setores específicos. Por
exemplo, para estimular a compra de máquinas agrícolas, o Banco Central
abre uma linha especial de crédito, pela qual os bancos comerciais
emprestam (descontam) aos produtores rurais e redescontam o título junto
ao BACEN.
Por outro lado, caso o aumento de moeda seja menor que o crescimento
do produto, pode-se ter, entre outras conseqüências, crise na economia,
porque a falta de moeda – fenômeno, que recebe o nome de crise ou falta de
liquidez, dificulta as transações e prejudica o sistema econômico,
ocasionando queda do produto.
FÓRUM
Leia o texto “BANCO CENTRAL: Independência, Autonomia,
Accountability e Governança” e elabore um pequeno comentário no fórum,
discutindo possíveis razões para indepêndencia e autonomia do Banco
Central.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Consulte o livro texto e responda as seguintes questões:
a) Qual o efeito da contração monetária na taxa de juros?
b) Qual o efeito da expansão monetária na taxa de juros?
Envie sua resposta através do seu portifólio no SOLAR.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, F.J.C; SOUZA, F.E.P; SICSÚ,J; PAULA, L.F.R; STUARD,
R. Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
39
KRUGMAN, P e WELLS, R.Introdução à Economia. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007. MANKIW, N.G. Introdução à Economia. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning,2005.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 04: NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Pesquise sobre a Teoria das Vantagens Comparativas de David
Ricardo, procurando entender como um país ganha ao se especializar na
produção do bem que tem vantagem comparativa. Envie um resumo de
dez linhas através do seu portfólio no SOLAR.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 04: NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
Figura 1
42
Figura 2
Neste caso, fica evidente quem perde com a abertura do comércio. Note
na Figura 3 a perda de bem-estar dos consumidores representada pela
redução do excedente do consumidor, correspondente à área B, após a
abertura. Entretanto, note o ganho de bem-estar dos produtores domésticos
que tiveram seu excedente elevado pelas áreas B e D, indicando que o total
de ganhos ou benefícios para o país excedeu as perdas, exatamente, pelo
valor correspondente a área D.
Figura 3
CONCLUSÕES
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domésticos representada pela redução do excedente correspondente à área
B. Note, entretanto, que ao contrário de antes, os consumidores têm seu
nível de bem-estar elevado pelas áreas B e D. Novamente, pode-se verificar
que o país como um todo teve ser bem-estar elevado, uma vez que o total de
ganhos excedeu as perdas, exatamente, pelo valor correspondente a área D.
Figura 4
Figura 5
CONCLUSÕES
44
1. Manutenção de empregos
2. Segurança Nacional
3. Defesa da Indústria Nascente
4. Concorrência Desleal
FÓRUM
Após a leitura dos textos propostos na Referência Bibliográfica,
pesquise na internet sobre a validade ou não dos argumentos acima
apresentados. No Fórum comente sobre “ARGUMENTOS CONTRÁRIOS E
FAVORÁVEIS À RESTRIÇÃO AO COMÉRCIO EXTERIOR”, e emita sua
opinião sobre pelo menos dois dos argumentos acima citados.
45
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 04: NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
TAXA DE CÂMBIO
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A taxa de câmbio real é, na verdade, a razão entre o preço do produto
estrangeiro e o preço do produto nacional, ambos medidos em reais, Quando
há uma desvalorização da taxa de câmbio real, a razão aumenta e o produto
externo fica mais caro relativamente ao produto nacional, incentivando as
exportações e inibindo as importações de bens e serviços. Pela fórmula, isso
pode ocorrer ou pelo aumento da taxa de câmbio nominal (E) ou pelo
aumento dos preços em USS, ou ainda pela redução dos preços em R$.
REGIMES CÂMBIAIS
Existe uma variedade bastante ampla de diferentes arranjos de câmbio
adotados pelos países ao longo da história. Todos esses arranjos podem ser
agrupados em dois segmentos básicos: regimes cambiais fixos ou flutuantes.
VERSÃO TEXTUAL
47
Regime de câmbio fixo: A taxa de câmbio é definida pela
autoridade monetária nacional que se compromete a vender e comprar
divisas à taxa estipulada. Nesse regime, O BACEN deve possuir
reservas suficientes para intervir a qualquer momento no mercado,
atuando sempre no lado oposto ao mercado, ou seja, se o mercado
deseja moeda estrangeira, o BACEN tem que vendê-las, se o mercado
deseja vender, O BACEN tem que comprar. Neste tipo de regime
déficits ou superavits no BP são insustentáveis no longo prazo.
Quando há déficits persistentes, significa que haverá maior demanda
por moeda estrangeira e maior oferta de moeda nacional (explique
porque), desse modo, o BACEN tem que comprar moeda nacional e
vender moeda estrangeira, havrá um fluxo de saida de recursos e uma
redução constante das reservas internacionais. Já com superávit
ocorrerá o inverso com o BACEN comprando moeda estrangeira e
vendendo moeda nacional. Ao vender moeda nacional, o BACEN
estará aumentando a base monetária e a quantidade de moeda no
sistema, ou seja, estará praticando política monetária (o que pode
causar aumento de inflação). No regime de câmbio fixo diz-se que o
BACEN perde força na determinação da política monetária.
FÓRUM
No primeiro mandato do Governo de FHC (1995 – 1998), o Brasil
praticou o regime de câmbio fixo. A partir daí o Brasil passou para o
regime de câmbio flexível.
48
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 04: NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
CONTA CORRENTE
Registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços,
bem como pagamentos de transferência.
CONTA CAPITAL
Registra as transações de fundos, empréstimos e transferências.
IMPORTÂNCIA
ESTRUTURA
BALANÇA COMERCIAL
Transportes
Viagens Internacionais
Fretes
Seguros
Despesas Governamentais
TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
49
ocasionando uma poupança externa negativa, possibilitando quitar
compromissos assumidos, incrementar reservas internacionais e, até,
aumentar o portfólio de ativos estrangeiros.
Por outro lado quando o saldo dessa conta é negativo, isso revela que o
país se endividou mais, mas absorveu mais bens e serviços, em termos
reais no exterior.
Empréstimos e Financiamentos
Amortizações
ERROS E OMISSÕES
Sem definição.
a) Contas de Caixa:
Reservas em ouro
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de intenção que o Brasil assinou com o FMI em vários momentos de sua
história recente constituem o exemplo mais conhecido da situação de
condicionalidade desse empréstimo)
EXEMPLOS DE LANÇAMENTO NO BP
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• O Brasil efetua um pagamento de juros de empréstimos: débito (-) na
conta de Juros (Balança de Serviços e Renda); crédito (+) na conta de
Haveres e obrigações a curto prazo no exterior (MCC).
DESAFIO
Consulte o sítio do Banco Central do Brasil www.bacen.gov.br [1] e
faça uma tabela da evolução das principais contas do Balanço de
Pagamentos do Brasil de 2000 à 2006.
REFERÊNCIAS
MANKIW, N.G., Introdução à Economia, Editora Campus, 2001. Cap
9.
52
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 05: FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO
VERSÃO TEXTUAL
OBSERVAÇÃO
OBJETIVO: O objetivo desta unidade é o de apresentar a você
informações sobre como o setor público intervém no dia a dia na economia
e como isto de certo modo pode impactar a sua vida. A unidade vai discutir
por que o Estado precisa intervir na economia. Em seguida, apresentar
noções do que é a política fiscal e seus desdobramentos na economia.
A INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL
DOUTRINAS CLÁSSICAS
DOUTRINAS MARXISTAS
DOUTRINAS NEOCLÁSSICAS
DOUTRINAS KEYNESIANAS
DOUTRINAS REGULACIONISTAS
DOUTRINAS CLÁSSICAS
54
DOUTRINAS MARXISTAS
DOUTRINAS NEOCLÁSSICAS
DOUTRINAS KEYNESIANAS
DOUTRINAS REGULACIONISTAS
55
DICA
Para você saber mais sobre os modelos teóricos, as orientações
políticas, as grandes escolas do pensamento liberal e o neoliberalismo,
recomendamos o livro de Reginaldo Moraes, “Neoliberalismo: de onde
vem, para onde vai?” São Paulo: Editora SENAC, 2001. Também a palestra
proferida pelo professor José Luis Fiori no Centro Cultural Banco do
Brasil em setembro de 1996 sobre o que é “O Consenso de Washington”,
disponível nos sites:
Neoliberalismo. [2]
http://www.abordo.com.br/mctavares/. [3]
56
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 05: FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO
57
PODER DE MERCADO
Ocorre quando algum empresário de algum fator de produção possui
capacidade de influir no preço de seu produto. Enquanto para uma
empresa competitiva o preço é igual ao custo marginal; (Custo marginal
é o aumento no custo resultante da produção de uma unidade adicional de
produto.) para a empresa com poder de mercado, o preço é superior ao
custo marginal.
INFORMAÇÕES INCOMPLETAS
Significa que os consumidores (demanda do mercado) não possuem
todas as informações a respeito dos preços ou da qualidade do produto.
Isto pode levar o mercado a operar de forma não eficiente, gerando
assimetria de informações.
EXTERNALIDADES
São ações pelas quais um produtor ou um consumidor influencia
outros produtores e consumidores, sem sofrer as conseqüências disto sobre
o preço de mercado. Quando o sistema de preços funciona de forma
eficiente, isto não acontece. Assim sendo, quando há externalidades
(positivas ou negativas) significa que está ocorrendo alguma falha de
mercado. A existência de externalidades implica em dizer que o
funcionamento do mercado não é mais eficiente.
BEM PÚBLICO
É aquele que não apresenta rivalidade em seu consumo, é exclusivo e
disputável. Dentro dessas características, o mercado não consegue ofertar
com freqüência e quantidade suficiente esse tipo de produto aos
consumidores, e com isso o mercado se torna ineficiente.
DICA
POLÍTICA FISCAL
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Política Fiscal pode ser descrita como o conjunto de ações da
administração pública no que diz respeito à arrecadação e aos gastos
públicos. A Política Fiscal é uma das principais ferramentas utilizadas pelo
setor público para intervir no mercado. O exercício dessa função permite
ao Estado, a obtenção dos recursos necessários ao custeio dos serviços
públicos, sendo estes essenciais e constantemente demandados pela
sociedade.
DÉFICIT E SUPERÁVIT
Primário
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É composto pela diferença entre receitas e despesas,
sem incluir os gastos com pagamento de juros.
RESULTADO PRIMÁRIO = RECEITAS – DESPESAS (S/
INCLUIR PAGAMENTOS DE JUROS)
FÓRUM
Análise e discuta com seus colegas no fórum a seguinte afirmação: O
Governo gasta muito, há superávit primário, no entanto há déficit
nominal.
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INTRODUÇÃO A ECONOMIA
AULA 05: FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO
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ainda mais a situação, pois tal medida causa redução na renda líquida da
população, que por isso pode reduzir seu consumo, o que causa uma
redução na produção privada e cria um efeito negativo na dinâmica
econômica.
A EMISSÃO DE MOEDA
OBSERVAÇÃO
Quais os problemas de uma dívida pública crescente ?
TRIBUTAÇÃO
TIPOS DE IMPOSTOS
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DIRETOS
Incidem sobre os indivíduos. Ex.: Impostos de renda: é um imposto
que depende dos rendimentos de um individuo ou família provenientes de
salários e investimentos.
INDIRETOS
Incidem sobre bens e serviços adquiridos pelas pessoas. Ex: Imposto
sobre a Venda (ICMS, IPI): imposto que depende do valor de um produto
ou serviço vendido.
PROGRESSIVO
É o caso do imposto direto, ou seja, quanto maior a renda mais se paga
de imposto.
REGRESSIVO
É o caso do imposto indireto, ou seja independentemente da renda
todos pagam o mesmo imposto. Esse tipo de imposto onera mais as
pessoas que possuem menor renda.
PROPORCIONAIS
Independentemente da renda o percentual de imposto a pagar
permanece constante a sua renda total.
FÓRUM
Faça uma reflexão do sistema tributário brasileiro e elabore um
comentário no fórum.
DESAFIO
Faça um levantamento de quanto foi o superávit do setor público de
2000 à 2006. Quanto foi pago de juros nominais nesse período.
REFERÊNCIAS
LOPES, Luiz; VASCONCELOS, Marco. Manual de Macroeconomia.
São Paulo: Atlas, 2000.
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FONTES DAS IMAGENS
1. http://www.bacen.gov.br
2. http://www.denso-wave.com/en/
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