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Introdução à Economia
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Livro Eletrônico
ECONOMIA
Introdução à Economia
Sumário
Manuel Piñon
Introdução à Economia................................................................................................................... 3
1. Introdução à Economia............................................................................................................... 5
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 5
1.2. Escassez de Recursos x Necessidades Ilimitadas. . ......................................................... 10
1.3. Eficiência Econômica. . ............................................................................................................. 17
1.4. Escolhas..................................................................................................................................... 17
1.5. Custo de Oportunidade.......................................................................................................... 20
1.6. Curva de Possibilidade de Produção. . ................................................................................. 23
1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica. . ........................................................... 35
1.8. Economia do Bem-Estar........................................................................................................ 39
1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e Monetários. . ...........40
1.10. Variáveis Fluxo x Estoque.. .................................................................................................. 45
1.11. Dez Princípios da Economia. . ...............................................................................................46
1.12. Classificações dos Bens. . ......................................................................................................51
1.13. Microeconomia x Macroeconomia..................................................................................... 52
Resumo............................................................................................................................................. 57
Mapa Mental................................................................................................................................... 63
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................64
Questões de Concurso.................................................................................................................. 69
Gabarito............................................................................................................................................84
Referências...................................................................................................................................... 85
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Introdução à Economia
Manuel Piñon
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao curso de ECONOMIA.
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma prepa-
ração com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em algum
certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas as matérias.
E, sem dúvida, a disciplina ECONOMIA, tendo em vista seu nível elevado de complexidade,
representa um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa
linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele que está
vendo a matéria pela primeira vez, como aquele mais avançado, que deseja consolidar conhe-
cimentos e fazer uma revisão completa e detalhada da disciplina.
A nossa metodologia será aplicada inicialmente com o desenvolvimento da teoria, con-
siderando que o aluno nunca estudou a matéria, intercalando essa teoria com questões co-
mentadas, de modo a unir a teoria e a prática de prova, lhe proporcionando, assim, uma visão
completa do assunto e permitindo a retenção do que você aprendeu.
No intuito de facilitar o aprendizado, as questões serão selecionadas de modo que a teoria
seja bem entendida e fixada após a sua resolução. Trazemos questões “Direto do Concurso”
para demonstrar como cada assunto é cobrado pela banca.
Usaremos uma linguagem simples, para você se sentir em “sala de aula” e criar uma em-
patia com a matéria, mas não esqueceremos também do “economês”, pois são os termos
técnicos que caem em prova.
Além disso, resolveremos aqui questões de concursos anteriores, de tal forma que você
ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer
uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas-FGV e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de
2009/2010.
Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor
de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propria-
mente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal (na
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Por isso lhes digo que o segredo do sucesso aqui é a repetição e a persistência. Se você
não entendeu um assunto, não pare, leia-o uma vez até o final. Isso significa que você terá que
voltar a ler esse assunto em um outro dia, mas, mesmo inconscientemente, não partirá do zero.
Resolver MUITAS QUESTÕES também é fundamental. Use os resumos e mapas e os com-
plemente com anotações relativas aos assuntos nos quais teve erros durante a resolução
das questões.
O aprendizado da nossa matéria é gradativo, mais lento que nas demais, e, portanto, exige
mais tempo e dedicação.
Aos poucos você vai entendendo cada vez mais, memorizando, resolvendo as questões
com mais segurança.
Em minha opinião, o ponto crítico para que tenhamos sucesso nessa matéria passa pela
preparação com antecedência e pela persistência. Certamente, não é uma matéria cujo estu-
do pode ser iniciado após a publicação do edital.
Por isso lhes digo: prepare-se com antecedência e persista!
Assim dará certo!
Foi assim comigo e vai ser com você!
Em relação aos assuntos trabalhados na aula de hoje, note que são fundamentais para que
você possa ter uma compreensão inicial da matéria suficiente para avançar bem no curso.
Uma última coisa, peço que avalie a aula. Se gostou, ótimo! Se não gostou, diga-me os mo-
tivos. Sua opinião é muito importante para mim e para o GRAN!
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se
você não fizer nada, não existirão resultados”.
Então, vamos nessa!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
1. Introdução à Economia
1.1. Conceitos Iniciais
Existem muitas maneiras de conceber a Economia como um ramo do conhecimento.
A Economia é uma ciência social que estuda como a sociedade escolhe (decide) empregar
seus recursos produtivos (fatores de produção) escassos na produção e distribuição de bens
e serviços para a satisfação das necessidades (ilimitadas) de sua população.
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Em outras palavras, Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o con-
sumo dos bens e serviços aplicados na satisfação das necessidades humanas.
Certo.
Podemos dizer que, considerando a escassez dos fatores de produção, a sociedade preci-
sa fazer escolhas entre as possibilidades de produção e de distribuição dos seus resultados
para satisfazer as necessidades da sua população.
Note que dessa singela definição podemos tirar algumas palavras-chave que representam
conceitos importantíssimos que serão “trabalhados” em nosso curso:
• Ciência Social.
• Escolha.
• Escassez.
• Recursos Produtivos.
• Produção.
• Distribuição.
• Consumo.
• Bens e Serviços.
• Necessidades.
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Introdução à Economia
Manuel Piñon
Para os economistas clássicos, que têm como expoentes maiores os mestres Adam Smi-
th (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David Ricardo e John Stuart Mill, a Economia é
o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços
(riqueza).
A ideia principal desse grupo de economistas clássicos é que o mercado é autoajustável.
Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria neutralizado pelas forças naturais desse
mercado, sem, portanto, haver necessidade de intervenção do Governo.
Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria econômica clássica é a ideia de
que a oferta agregada cria a sua própria demanda (Lei de Say). Assim, para os clássicos, o
“gargalo” da economia estava na produção, ou seja, não existia, teoricamente, limite do lado da
demanda, mas sim do lado da oferta de bens e serviços. Em outras palavras, bastava produzir
que os compradores apareciam.
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Introdução à Economia
Manuel Piñon
Como uma ciência social e dinâmica, inexiste consenso entre as escolas a respeito da teoria
econômica, com cada uma delas com sua visão distinta e até oposta às demais.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) na verdade, de modo distinto das ciências exatas, em que o pesquisador consegue criar
experimentos em um sistema controlado e extrair conclusões a partir dele, na ciência econô-
mica, de cunho social, o economista não dispõe de uma sociedade experimental em que possa
aplicar métodos científicos e alcançar previsões acuradas
b) na verdade, a Economia é uma ciência social que, essencialmente, estuda o comportamento
humano diante do problema da escassez
d) na verdade, a Economia é uma ciência social com elementos objetivos e elementos subjetivos.
e) na verdade, a Economia é sim uma ciência, com natureza social que, essencialmente, estuda
o comportamento humano diante do problema da escassez
Letra c.
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Introdução à Economia
Manuel Piñon
A Economia é uma ciência social e o seu princípio basilar é a chamada lei da escassez, que
nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos, mas as necessidades
humanas são ilimitadas.
A ideia-chave na Economia é necessidade de eficiência, ou seja, maximizar a produção de bens
e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.
Assim, a Economia, conhecida como ciência da escassez, estuda como os indivíduos tomam
decisões sob a hipótese de que os recursos são escassos, em um contexto em que os desejos
e necessidades humanos são ilimitados.
Em suma, determinada restrição orçamentária sempre irá impedir que um indivíduo adquira
tudo o que necessita/deseja.
Errado.
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As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como comida e mo-
radia, até as mais sofisticadas, como assistir a um concerto de música clássica em Viena,
fazer uma cirurgia plástica ou obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine
alguém que faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental).
Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente, por dois motivos
principais:
a) porque se renovam dia após dia, exigindo contínuo suprimento de bens e serviços para
atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário e transporte);
b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia surgem novos desejos e
novas necessidades, motivadas pelas perspectivas de aumento do padrão de vida da socieda-
de (por exemplo, os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos e roupas da moda).
Na verdade, a ideia básica aqui é a de que “o homem é um eterno insatisfeito”.
Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é preciso que sejam
produzidos certos bens e serviços.
Entende-se o conceito de bem de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender
a uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é possível atribuir-lhes
características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e imateriais (os chamados bens intan-
gíveis como os diversos tipos de serviços).
Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de recur-
sos, os chamados fatores de produção, que usualmente são classificados pela ciência econô-
mica em três grandes grupos:
a) O fator de produção “Terra” (recursos naturais), incluindo o solo e as diversas riquezas
naturais, como minérios (incluindo o petróleo) e recursos hídricos. O volume dos recursos na-
turais também depende do nível tecnológico, que influencia na possibilidade de aproveitamen-
to das fontes de energia, das matérias-primas e dos meios de transporte.
O PULO DO GATO
Importante destacar que somente são considerados como fatores de produção aqueles recur-
sos naturais que podem ser incorporados às atividades econômicas. Assim, por exemplo, um
recurso mineral localizado em uma grande floresta, que não possa ser escoado pela falta de
estradas, não é considerado um fator de produção, até que possa ser utilizado na produção de
algum bem ou serviço.
b) O fator de produção “Trabalho” (mão de obra), representado pela força de trabalho hu-
mano, seja ele físico ou intelectual. No Brasil, é considerada como fator de produção trabalho,
a PEA – População Economicamente Ativa.
c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, aos equipamentos, às
ferramentas, aos instrumentos, à infraestrutura, dentre outros, ou seja, bens que foram produ-
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zidos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de
outros bens. Esse conjunto de bens é denominado “estoque de capital”, e quanto maior esse
estoque, mais produtiva é uma economia.
Importante destacar que, num dado momento, toda sociedade possui um estoque limitado
de recursos ou fatores de produção. Isso significa que não é possível produzir uma quantida-
de infinita de bens, porque os recursos são limitados.
Voltamos ao problema econômico fundamental da ESCOLHA: de um lado, as necessida-
des humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de produção que devem ser utiliza-
dos para produzir os bens – que irão atender a essas necessidades – são limitados.
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Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a Economia tem por objeto
de estudo a forma de alocação destes recursos entre usos alternativos.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:
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a) Errada. Já que as atividades econômicas são diretamente afetadas pelas escolhas dos re-
presentantes políticos. Note o efeito das eleições e das suas expectativas na bolsa de valores,
na cotação do dólar e na economia em geral.
b) Errada. Já que a Economia tem por objeto de estudo a forma de alocação dos recursos lim-
itados entre usos alternativos para atender as necessidades ilimitadas.
c) Errada. Já que não se pode afirmar que a economia promove a utilização máxima dos recur-
sos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor econômico, pois, se
assim fosse, somente bens com maior valor agregado seriam produzidos, em detrimento das
commodities, por exemplo.
d) Errada. Já que, na verdade, temos mais possibilidades de emprego do que recursos.
Letra e.
Interessante notar que para cada fator de produção temos uma forma de remuneração
distinta. Confira:
Alguns autores dividem os fatores de produção em quatro: Terra (recursos naturais ou maté-
ria-prima), trabalho (mão de obra), capital (máquinas e equipamentos) e capacidade empre-
sarial (empreendimento). De acordo com essa classificação, o capital fica dividido em capital
propriamente dito, que é remunerado por juros, e a capacidade empresarial, que remunerada
pelo lucro decorrente do risco do negócio.
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Basicamente a ideia é que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens e servi-
ços, porque os recursos são limitados, exigindo a utilização dos recursos produtivos da me-
lhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao maior nível
possível de necessidades.
Ainda não conceituamos os termos escassez absoluta e escassez relativa, mas essa é a hora
de conhecermos e de vermos logo a sua aplicação prática.
A ideia é que ao conhecer alguns conceitos no contexto de uma questão de concurso, você
verá logo sua aplicação e fixará a ideia na cabeça.
A afirmativa está correta! Os economistas ambientais realmente diferenciam esses dois con-
ceitos. Veja:
Escassez absoluta: refere-se ao esgotamento propriamente dito dos estoques desses recursos.
Escassez Relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e consumo, existindo
uma tendência de esgotamento dos recursos por haver excesso de consumo em relação ao
que é produzido.
Para os ambientalistas, em relação aos recursos naturais existe a necessidade de redução do
seu consumo para evitar o seu esgotamento.
Certo.
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1.4. Escolhas
Diante da escassez, a sociedade se organiza e faz escolhas de modo a tentar produzir os
bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos dis-
poníveis, visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de
bem-estar da população.
Temos então que da escassez de recursos surgem as seguintes questões econômicas
fundamentais.
Essas três são as principais questões econômicas fundamentais, mas vamos ampliar um
pouco nossa análise para cinco questões econômicas fundamentais.
Para facilitar seu entendimento, vamos criar um exemplo prático (uma fazenda) a seguir
comentado.
1 – O que produzir?
Se os recursos (fatores de produção) são escassos e as necessidades ilimitadas então é
preciso escolher o que produzir dentre as várias alternativas concorrentes.
Se eu sou, por exemplo, um pequeno produtor rural e tenho um pequeno pedaço de terra na
cidade de Petrolina-PE, uma questão econômica fundamental para mim é decidir o que PRO-
DUZIR nessa terra.
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2 – Como produzir?
Outra questão econômica fundamental é escolher a melhor combinação dos recursos es-
cassos para uma maior satisfação das necessidades. O nível tecnológico existente e dispo-
nível é um fator decisivo nessa escolha. Dentre os métodos mais eficientes, o produtor deve
escolher aquele que tiver o menor custo de produção e maior produtividade possíveis.
Assim, voltando ao nosso exemplo prático, posso usar irrigação? Quem vai me ajudar na
produção? Contratarei algum empregado ou produzirei sozinho com minha família?
Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida contratar quatro trabalhadores para pro-
duzir uvas de modo manual, ou seja, sem utilização de tratores ou equipamentos automatiza-
dos.
3 – Quando produzir?
É preciso escolher o melhor momento para produzir. Por exemplo, produzir biquínis antes
de chegar o verão para poder vender quando essa estação do ano chegar.
No nosso caso, eu preciso saber se existe a época certa para o plantio. Digamos, para fins do
nosso exemplo, que eu decida produzir no período normal da safra regional.
4 – Onde produzir?
Basicamente, preciso escolher se é melhor produzir perto dos consumidores (mercado
consumidor) ou em local próximo a fornecedores de insumos e das matérias-primas (merca-
do fornecedor).
Para decidir corretamente, é preciso avaliar os custos de transporte dos produtos finais e
das matérias-primas para melhor escolher a localização, por exemplo, de uma fábrica.
No nosso exemplo, o ideal é que eu produza nossas uvas perto do mercado consumidor.
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No nosso caso, precisamos definir se vamos vender nossas uvas na feira diretamente
para os consumidores finais, a um grande produtor de vinhos na região, a um exportador
de frutas de Juazeiro ou a uma rede de supermercados?
Nessa toada, a teoria econômica fornece instrumentos de análise que ajudam a responder
tais questões econômicas fundamentais, nos ajudando racionalmente a avaliar os custos e os
benefícios inerentes a cada escolha.
Então nosso exemplo bem básico está definido ao respondermos às cinco questões econômi-
cas fundamentais:
1 – O que produzir?
Uvas.
2 – Como produzir?
Cultura manual com 4 trabalhadores.
3 – Quando produzir?
No período normal da safra regional.
4 – Onde produzir?
Em nosso sítio, no Município de Petrolina –PE.
5 – Para quem produzir?
Produtores de vinhos da região.
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Um dos focos da ciência econômica é avaliar como são administrados os recursos escassos
diante de necessidades ilimitadas, ou seja, em decorrência do problema da escassez, a so-
ciedade precisa fazer escolhas que envolvem decidir o que produzir, quanto produzir, como
produzir e para quem produzir.
Letra c.
Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da adminis-
tração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.
Chegou a hora de conhecer um conceito para “amarrar” toda essa teoria que envolve a es-
cassez e as escolhas: o custo de oportunidade!
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Vale lembrar que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhido
uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de que a perda de satisfação não é igual para as pessoas,
ou seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.
E então o que ele faz? Volta para casa e deixa de realizar a cirurgia ou chama um eletricis-
ta para fazer esse reparo no sistema de iluminação de casa?
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Claro que chama o eletricista, pois o custo de oportunidade face ao nível de especialização que
ele possui é elevadíssimo para ele.
Até aqui beleza!
Mas agora vem o erro da afirmativa… a alocação eficiente dos recursos não necessariamente
é promovida.
Na verdade, aproveitando esse exemplo, nada garante que a esposa do médico compre o rea-
tor correto e contrate o eletricista mais adequado a esse serviço de reparação no sistema de
iluminação da casa.
Errado.
O PULO DO GATO
Podemos dizer também que a CPP expressa a capacidade máxima de produção de uma em-
presa, de um setor econômico ou até de um país.
Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou fa-
tores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
(cem por cento) da sua capacidade.
Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade.
Tudo está teoricamente funcionando a pleno emprego, ou seja, a produção efetiva é igual
à produção potencial ou ao produto de pleno emprego.
Importante registar que estamos falando de um conceito teórico, ou seja, na prática, dificil-
mente consegue-se trabalhar efetivamente na capacidade máxima.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:
1) Os recursos produtivos são fixos – não conseguimos alterar a quantidade de recur-
sos disponíveis, ou seja, o número de trabalhadores, de máquinas e de equipamentos é pre-
determinado.
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Vamos lembrar-nos daquele nosso pequeno pedaço de terra lá em Petrolina, com seu tamanho
fixo, insumos agrícolas limitados e um número fixo de trabalhadores.
Vamos lembrar aquelas opções que tínhamos nesse sítio entre produzir dois tipos de bens: uva
e manga.
Se, como já decido por nós (você também decidiu, lembra?), vamos utilizar toda a terra para
cultivar uva, não haverá área disponível para o plantio de manga.
Por outro lado, se quiséssemos nos dedicar somente à cultura de manga, utilizando todo o
sítio para este fim, não poderíamos plantar a uva.
Mas atenção aqui, pois existem alternativas intermediárias, como a utilização de parte das
terras para o plantio de uvas, ficando a fração restante para o cultivo de mangas.
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A 30 0
B 20 30
C 15 50
D 10 70
E 0 90
O estudo da CPP poderá nos ajudar a ver qual é a forma mais indicada!
Você verá o porquê.
Agora, saindo um pouco do nosso exemplo, imagine uma sociedade que produz apenas ali-
mentos. Imagine também que em um dado momento ela vê a possibilidade ou a necessidade
de produzir máquinas.
Utilizando esses recursos, ou seja, a sociedade não fez nenhum tipo de investimento (só
na teoria, pois na prática esse investimento tem que ser feito) ou contratação de mão de obra;
com exatamente os mesmos recursos que ela utilizava na produção de alimentos, ela utilizará
na produção de máquinas.
Como os recursos eram utilizados em sua máxima capacidade produtiva, então será ne-
cessário abrir mão da produção de alimentos para produzir máquinas, e essa troca (também
chamada de trade-off) é demonstrada por uma certa função (que não precisamos nos apro-
fundar no momento).
Vamos analisar a tabela de possibilidades de produção:
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Manuel Piñon
A 25 0
B 20 30,0
C 15 47,5
D 10 60,0
E 0 70,0
Podemos notar que na alternativa A a sociedade está produzindo 25 mil máquinas, mas
não está produzindo alimentos.
Já na alternativa E está produzindo 70 toneladas de alimento, mas não está produzin-
do máquinas.
As demais alternativas (B, C, D) são intermediárias, ou seja, produzem ambos os produtos.
Vamos analisar os dados no gráfico a seguir:
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Manuel Piñon
Consegue ver?
A curva ABCDE, que é a nossa CPP, indica todas as possibilidades de produção de máqui-
nas e alimentos dentro da sociedade.
Agora observe os pontos fora da curva.
O ponto Y (ou qualquer ponto interno a curva) indica que a sociedade está operando com
capacidade ociosa ou com desemprego, isso quer dizer que os fatores de produção estão
sendo subutilizados.
Assim, as situações apresentadas na “área” em que o ponto Y se encontra são normais
e muito comuns para uma empresa ou para uma sociedade que não utiliza 100% da sua
capacidade.
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção, pois está indicando que a
produção seria maior do que a capacidade produtiva da sociedade ou de uma empresa, situa-
ção essa impossível de ocorrer.
Tenha em mente que a CPP abrange todos aqueles pontos em que a economia está operando
em sua capacidade máxima, ou seja, em que está trabalhando com eficiência, já que não te-
mos recursos ociosos.
Confira um exemplo hipotético:
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Manuel Piñon
Note que nos pontos de A, B, C, D e E estamos sobre a CPP. Note ainda que no ponto A só ves-
tuários são produzidos e, no ponto E, só alimentos são produzidos. Assim, nesses pontos, há
especialização completa, mas há eficiência porque estamos sobre a CPP.
Guarde que somente temos ineficiência quando estivermos num ponto dentro da CPP, como
o ponto F, em que a economia está produzindo menos do que poderia se utilizasse toda sua
capacidade.
Errado.
Assim, acréscimos iguais na produção de alimentos geram decréscimos cada vez maiores
na produção de máquinas.
Em outras palavras, o custo de oportunidade é crescente em virtude da eficiência decres-
cente dos fatores de produção quando eles são realocados para produzir outros bens que
não aqueles para os quais foram criados/desenvolvidos. Essa situação é estudada na aula de
teoria da produção, especificamente no tópico lei da produtividade marginal decrescente ou
lei dos rendimentos decrescentes.
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Quando estudamos o tema CPP aprendemos que o custo marginal de transformação, também
chamada de taxa marginal de transformação, é crescente. Essa característica justifica a CPP
ser côncava, ou ter a sua concavidade voltada para baixo, o que torna a questão correta.
Em outras palavras, podemos ver no gráfico a seguir que, dada a concavidade da curva, o custo
de oportunidade de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por
exemplo, será cada vez MAIOR, visto a produtividade ser menor. Confira:
Com base na curva colocada anteriormente, do ponto A para o ponto B, se pode produzir 40
unidades de alimentos a mais abrindo-se mão de aproximadamente 10 unidades de vestuário.
Para que sejam produzidas mais 40 unidades de alimentos a partir do ponto B, já passa a ser
necessário abrir mão de aproximadamente 80 unidades de vestuário.
Em suma, considerando a concavidade da curva, podemos ver que o custo de oportunidade
de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por exemplo, será cada
vez MAIOR, já que, no curto prazo, os fatores não são rapidamente nem facilmente adaptáveis.
Certo.
Se o deslocamento da curva for para a direita indica que a empresa ou sociedade está
crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de produção, ou ainda o
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melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por exemplo, com um
progresso tecnológico.
Percebeu que esse deslocamento pode permitir à economia obter maior quantidade de
ambos os bens?
Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para a esquerda indica que a empresa ou
sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma diminuição da quantidade física de
fatores de produção.
DICA:
Esses deslocamentos paralelos da CPP ocorrem quando tiver-
mos um movimento de aumento ou de diminuição da capaci-
dade produtiva, como demonstrado no gráfico seguinte.
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c) um aumento dos recursos necessários para a produção do bem B, mantido tudo o mais
constante para o bem A.
d) um aumento da quantidade dos agentes que demandam os produtos A e B.
e) uma redução da quantidade máxima passível de obtenção para os bens A e B.
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Vamos agora nos aprofundar no entendimento dos fatores que podem alterar a CPP e de
que forma:
1) Tecnologia – esse é um fator que aumenta a eficiência da produção. Assim, se a tec-
nologia for melhorada, a CPP vai se expandir, para a direita e para cima, mas se a tecnologia
regredir, a CPP vai se encolher, para a esquerda e para baixo.
2) Investimentos – esse é um fator que pode aumentar os recursos produtivos. Assim,
novos investimentos farão com que a CPP se expanda, para a direita e para cima, mas de tiver-
mos retração nos investimentos, a CPP irá se encolher, para a esquerda e para baixo.
3) Melhorias no marco regulatório e legal – geram segurança jurídica e confiança, poden-
do fazer com que a CPP se expanda, para a direita e para cima. Em contraste, retrocessos
legais ou regulatórios provocam a retração da CPP para a esquerda e para baixo.
4) Quantidade de fatores de produção – quanto mais fatores de produção, maior é a capa-
cidade de produção da economia. Não necessariamente tais aumentos na quantidade de fato-
res de produção precisam ser oriundos de investimento. Assim, se um país está aumentando
sua capacidade de produzir (fatores de produção), temos o deslocamento da CPP para cima e
para a direita. Em contraste, se houver destruição da capacidade produtiva (uma peste que di-
zime a população trabalhadora, por exemplo), a capacidade de produzir diminuiu, deslocando
a CPP para baixo e para a esquerda.
O PULO DO GATO
Mudanças nos preços não alteram a CPP. Muito cuidado, pois essa é uma pegadinha clássica!
Observe que os pontos que estão acima da Curva de Possibilidade de Produção – CPP repre-
sentam combinações de bens e serviços que não conseguem ser produzidos em uma econo-
mia, com a dotação de fatores de produção disponíveis.
Já os pontos que estão abaixo da CPP representam alocações ineficientes, ou seja, onde exis-
tem recursos ou fatores de produção com determinado grau de ociosidade.
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Dessa maneira, os pontos abaixo da CPP não retratam o problema da escassez, sendo esta
revelada nos pontos ao longo da própria CPP.
Errado.
Nesse ponto da matéria existe uma “pegadinha” em potencial que pode ser explorada pelas
provas de concursos públicos.
Estou falando de uma situação diferente daquela anterior, quando tivemos deslocamentos
paralelos da CPP em função de aumento ou de diminuição da capacidade produtiva.
Hum…
Vamos criar uma situação hipotética. Imagine uma economia que produza cerveja e cachaça.
Suponha que uma nova tecnologia para produção de cerveja aumente a capacidade produtiva
apenas de cerveja. Nesse caso, teríamos um movimento de apenas uma parte da CPP.
Nessa linha de raciocínio, podemos admitir que a maior capacidade obtida no setor de cerveja
pode garantir uma expansão das possibilidades para produção de alimento nesta economia.
Se a nova tecnologia para produzir cerveja aumentou a produtividade neste setor, então pode-
mos deslocar trabalhadores para a produção de cachaça.
No entanto, perceba que a capacidade máxima da produção de cachaça não se alterou, já que
a inovação ocorreu somente no setor de cerveja.
O PULO DO GATO
Dessa forma, a expansão (ou contração) da produtividade restrita a um setor não desloca a CPP
inteira, mas afeta sua inclinação, com o deslocamento de apenas uma das pontas da curva.
Aprendemos que os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Entretanto, e
se, por acaso, os recursos pudessem ser utilizados para produzir qualquer bem mantendo
a eficiência?
Se isso acontecesse, nós teríamos uma CPP em linha reta (e não mais côncava) e os cus-
tos de oportunidade seriam constantes (não seriam mais crescentes). Confira:
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Observe no gráfico que como a CPP é uma reta, nós sempre estamos abrindo mão de 5
unidades de peças B para termos mais 10 unidades de peças A, independentemente do ponto
em que estamos na reta.
Note que, por outro lado, se a CPP fosse côncava, os custos de oportunidade seriam cres-
centes e nós, para produzirmos mais peças A, abriríamos mão de cada vez mais peças B. Per-
ceba, portanto, que na CPP linear isso não acontece.
Em outras palavras, para produzir mais peças A, você deve abrir mão sempre da mesma
quantidade de peças B. Isso ocorre porque os custos de oportunidade são constantes, já que
os recursos são perfeitamente substituíveis entre si, ou seja, eles mantêm a eficiência produ-
zindo qualquer um dos dois bens.
DICA
Quando os recursos forem perfeitamente substituíveis entre
si, a CPP será linear e os custos de oportunidade serão cons-
tantes. Mas se os recursos não forem perfeitamente substituí-
veis entre si, a CPP será côncava e os custos de oportunidade
serão crescentes.
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A afirmativa está equivocada, pois a forma não linear ocorre pela adaptação imperfeita dos
fatores de produção utilizados.
Voltemos ao nosso bom e velho sítio que produz uvas e/ou mangas. A mão de obra (pense no
agreste do seu cunhado), por exemplo, não consegue ter a excelente produtividade na produ-
ção de manga que possui na delicada produção de uva.
Normalmente, os fatores de produção não se adaptam perfeitamente, por isso o formato de
curva de possibilidade de produção não é linear, mas sim côncava.
Errado.
DICA
Um sistema econômico deve responder às decisões econômi-
cas fundamentais: o que, quanto, como, quando e para quem
produzir.
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DICA
A China hoje é considerada uma “economia capitalista de es-
tado” ou um “regime socialista de mercado”, já que contempla
um governo comunista que abre cada vez mais espaço para a
atuação da iniciativa privada, ou seja, utiliza um regime políti-
co comunista e uma economia de mercado.
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Importante destacar que em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem res-
ponde às questões econômicas fundamentais (o que, quanto, como, quando e para quem pro-
duzir), diferentemente de uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão
central de planejamento).
Considerando que a economia segue um conjunto de regras, podemos conceituar um Sis-
tema Econômico como sendo o sistema que rege as atividades econômicas de produção,
troca e consumo de bens e serviços.
Podemos conceituar ainda um Sistema Econômico como sendo o modelo econômico que
contempla as regras vigentes em uma economia e suas relações com os componentes (agen-
tes econômicos), retratando, assim, a vida econômica de um país em cada momento histórico.
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Em nosso sistema capitalista misto, uma economia de mercado com intervenção governa-
mental, a ordem econômica é fundada na livre iniciativa e na livre concorrência inerentes a uma
economia de mercado, mas também respeita os princípios da dignidade e da justiça social
estabelecidos em função da intervenção governamental na economia.
Certo.
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Na verdade, uma alocação justa é aquela que é eficiente e equitativa, ou seja, caso seja eficien-
te e quando nenhum indivíduo prefere a alocação de outro indivíduo em detrimento da sua.
Nessa pegada, a divisão igualitária não é necessariamente eficiente.
Vamos exemplificar para esclarecer a situação!
Imagine que duas pessoas, João e Pedro, tenham duas unidades de cada um dos bens, X e Y.
Se João prefere X e o Pedro prefere Y, uma alocação igualitária (uma unidade de X e uma de
Y) para cada um deles não seria eficiente e, portanto, não seria justa no sentido econômico.
Ambos estariam numa melhor situação se pudessem trocar um dos bens por aquele de sua
preferência.
Errado.
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Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa a palavra mer-
cado em economia é “o lugar onde oferta e procura se encontram”.
Assim, nesse mercado, as empresas (e os prestadores de serviço que atuam como autô-
nomos) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a procura (também
chamada de demanda).
Portanto, no mercado de bens e serviços, nós, consumidores, procuramos bens e serviços
para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o
primeiro mercado objeto do nosso estudo.
b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos fatores de
produção escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital.
Nesse mercado, os indivíduos (ou as famílias) ofertam os fatores de produção às firmas.
Trabalha!
Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo?
Bom, esse então é o fator de produção Trabalho.
Calma!
Vamos falar do fator de produção Terra.
Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora de uvas na cidade
de Caxias do Sul – RS.
Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado em nosso con-
curso, certo?
Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é um grande produtor
de vinhos por lá.
Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para a empresa pro-
dutora de vinhos do seu primo.
Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma.
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Famílias Empresas
Vamos lá!
Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa e vice-versa, va-
mos mastigar isso e entender definitivamente, certo?
Imagine agora o seguinte: quem oferta/produz/vende uma coisa quer o que em troca?
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Dinheiro também!
Agora entra em cena o outro lado da economia, o lado monetário!
Mercado de bens
e serviços
Empresas Famílias
Fluxo monetário
Fluxo real
Vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, no qual ocorrem as transações
monetárias, os pagamentos e os recebimentos. Mas sei que você está louco para visualizar
isso na forma de fluxo monetário, não é? Então aí vai o fluxo monetário:
Famílias Empresas
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Assim, nessa figura, os sentidos das setas indicam para onde o fluxo monetário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de
produção. E na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e ser-
viços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam
por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção.
Vamos ver agora os dois lados da economia: o lado real e o lado monetário:
Despesas Receitas
Mercado de bens e
serviços
Demanda Oferta de
bens e
de bens e ser-
serviços
viços
Famílias Empresas
Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
-...
Fluxos monetários
Fluxos reais
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Basta lembrar do fluxo circular da renda, em que as famílias fornecem capital e trabalho às
empresas que usam tais insumos para produzir bens e serviços e vender no mercado, remu-
nerando as famílias.
Letra d.
DICA
Antes de conceituá-las, imagine a variável do fluxo como sen-
do dinâmica, que se refira a um determinado período de tem-
po, como um filme, e, por outro lado, imagine a variável do tipo
estoque como sendo estática, que reflita um momento especí-
fico, como uma fotografia.
As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período de tempo, e, por isso,
são expressas em unidades de tempo.
Exemplos: salário mensal, lucro anual, exportações trimestrais, vendas semestrais etc.
O PULO DO GATO
Existe uma inter-relação entre as varáveis do tipo fluxo e as variáveis do tipo estoque, como
no caso da dívida de um país. Note que o saldo da dívida é uma variável do tipo estoque, mas
que é alimentado pelos fluxos de amortizações (pagamentos) e de novas contratações (libe-
rações) ao longo do tempo.
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Exemplo: se escolho trocar meu carro em vez de viajar nas férias ou de aplicar o valor corres-
pondente em minha previdência privada.
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Em outras palavras, a assertiva nos diz que cada pessoa enfrenta “trade-offs”, ou seja, esco-
lhas que envolvem análise de custo de oportunidade.
Certo.
1.11.2. Custo de Oportunidade – o Custo de Algo é Aquilo que Você “Abre Mão“
para Poder Obtê-lo
Cada escolha que fazemos implica em abrir mão de uma opção em detrimento daquela que
escolhemos.
Nesse sentido, abrimos mão de uma oportunidade, ou seja, incorremos em um custo de opor-
tunidade, ou, em outras palavras, essa troca/escolha/trade-off enfrentada pelo agente econô-
mico implica em um custo de oportunidade.
Letra a.
De acordo com esse princípio, os agentes econômicos decidem agir quando a receita mar-
ginal é superior ao custo marginal.
Pensar na margem significa avaliar e, em função dessa avaliação decidir a relação custo-
-benefício de cada ação, ou seja, se essa ação vai trazer ganhos adicionais líquidos, que ocor-
rem quando as receitas adicionais são superiores aos custos adicionais.
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Exemplo: suponha, grosso modo (desconsiderando custos fixos, impostos e outras despesas),
que em determinada empresa, o custo de produção marginal para produção de um sapato seja
de R$ 30,00, e que esse sapato seja vendido por R$ 100,00. Nesse caso, temos um ganho na
margem de R$ 70,00 por sapato vendido, o que justifica a produção e venda dessa unidade
adicional.
Pense em uma promoção por meio da concessão de um desconto de 70% no preço de um pro-
duto. Agora imagine o efeito desse incentivo nas vendas desse produto. Certamente os consu-
midores se sentirão incentivados a consumir esse produto.
I – Certo. Já que trade off é um termo usado em economia para definir uma situação de esco-
lha conflitante.
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II – Errada. Já que custo de oportunidade envolve escolha, ou seja, é abrir mão de algo em
função de outra.
IV – Certo. Já que um dos princípios de economia é o de que “as pessoas reagem a incentivos”.
III – Errado. Já que um dos princípios de economia enuncia que “as pessoas racionais pensam
na margem”. De fato, mudança marginal é um pequeno ajuste incremental em um plano de
ação, contudo esse ajuste é decorrente de racionalidade econômica.
Letra c.
Esse princípio guarda relação com o princípio da especialização, por meio do qual as uni-
dades produtivas e os países podem se especializar e, com isso, aumentar a produtividade,
repassando tais ganhos para os consumidores.
Exemplo: imagine que você tivesse que produzir a sua comida, a sua roupa e todos os demais
produtos e serviços que consome. Seria uma loucura! Na prática, você se especializa e presta
determinado serviço à sociedade e com a renda que recebe compra os produtos e serviços
produzidos por pessoas e empresas que se especializam na produção desses produtos/servi-
ços.
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Em outras palavras, quanto maior a produtividade de um país, mais elevado será o padrão
de vida dos habitantes desse país.
Guarde que a produtividade pode ser entendida como quanto uma economia pode produzir
a mais de produto, com uma unidade a mais de mão de obra por unidade de tempo.
Exemplo: na média, um trabalhador de um país rico produz mais bens e serviços do que um
trabalhador de um país pobre, tendo assim mais qualidade de vida, manifestada por meio de
acesso a saúde, alimentação de qualidade, educação, dentre outros.
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Exemplos: Produto Interno Bruto (PIB), a inflação (evolução dos preços), o desemprego etc.
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Introdução à Economia
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Microeconomia Macroeconomia
Mercado
Monetário
Juros
DICA
Uma forma simples de melhor definir essas duas áreas (Mi-
croeconomia e Macroeconomia) é fazendo-se uma compara-
ção entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por exemplo,
a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a
Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determinada
árvore ou tipos de árvores, a Macroeconomia teria como obje-
to de atuação o estudo da floresta de uma forma ampla.
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Introdução à Economia
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Como na macroeconomia não estudamos mercados específicos, mas sim todos os mercados
de modo agregado, diferentemente da Microeconomia que estuda mercados específicos, po-
demos sim dizer que a diferença é o nível de agregação.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas da teoria da firma no
âmbito da Microeconomia.
b) Errada. Já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas das estruturas de mer-
cado no âmbito da Microeconomia.
c) Errada. Já que ambas estudam essas variáveis, mas com níveis de agregação distintos.
d) Errada. Já que a macroeconomia leva em conta as expectativas dos agentes econômicos,
como no estudo das expectativas e na seara da inflação.
Letra e.
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RESUMO
A Economia é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda
como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consu-
mo de bens e serviços
Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos são escassos, mas as necessidades são ilimita-
das. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.
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Mercado de bens e
serviços
Demanda Oferta de
bens e
de bens e ser-
serviços
viços
Famílias Empresas
Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
-...
Fluxos monetários
Fluxos reais
Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e va-
riáveis do tipo estoque. As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período
de tempo (filme) e as variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data (foto).
Dez princípios da economia de MANKIW:
1) Os indivíduos enfrentam “trade-offs” (escolhas).
2) Custo de Oportunidade – o custo de algo é aquilo que você “abre mão“ para poder obtê-lo.
3) Pessoas racionais pensam na margem (decisões marginais).
4) Pessoas reagem a incentivo.
5) O comércio pode ser benéfico a todos.
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Microeconomia Macroeconomia
Mercado
Monetário
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Resumindo, temos:
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MAPA MENTAL
1- ceteris paribus
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das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização
máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.
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IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma puni-
ção ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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QUESTÕES DE CONCURSO
027. (FCC/SERGAS/ECONOMISTA/2010) A Curva de Possibilidades de Produção é utilizada
nos manuais de economia como uma forma de ilustrar o problema econômico fundamental de
que os fatores de produção são escassos para atender as necessidades de consumo de bens
pela sociedade. Em relação à ela, quando construída para dois bens, é correto afirmar que
a) uma das hipóteses utilizadas para construção da curva é que o progresso tecnológico é
crescente no curto prazo.
b) expressa os desejos da sociedade em consumir dois bens alternativos.
c) seu formato implica que os custos de transformação de um produto em outro são crescentes.
d) representa as combinações de mínima produção obtenível de dois bens, dada a tecnologia
e quantidade de fatores de produção.
e) se a produção da sociedade é representada por um ponto dentro da curva, isto significa que
os fatores de produção estão sendo utilizados da forma mais eficiente possível.
Nessa pegada, a diminuição da produção de um dos bens, necessária para aumentar a pro-
dução de uma unidade do outro, é cada vez maior ao longo da curva, propriedade essa que é
verificada por meio da taxa marginal de transformação (TMT), que é igual à inclinação da reta
tangente à curva, crescente (cada vez mais inclinada) ao longo da CPP.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Na verdade, a curva considera como fixos os fatores de produção e a tecnologia que são
constantes no curto prazo.
b) Na verdade, a CPP demonstra as combinações de dois bens que podem ser produzidos com
os fatores de produção da economia, ou seja, a relação estabelecida se refere à produção, e
não ao consumo, como afirma a alternativa.
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Questão que pode ser resolvida com a visualização do fluxo circular da renda.
Famílias Empresas
Repare que os agentes (empresas e famílias) da sociedade se organizam, sendo que no caso
dos bens e serviços temos como produtores as empresas e como consumidores as famílias.
Já para os fatores de produção, as famílias são produtoras e as empresas os consumidores.
Letra c.
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Quantidade
Quantidade Possibilidades
Bens Máxima de
Máxima de Asfalto Intermediárias
Gasolina
Asfalto (milhões
150 140 120 90 70 0
de toneladas)
Gasolina
(milhões de 0 10 20 30 40 50
litros)
Esta tabela gera a seguinte sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto,
Gasolina):
(150,0); (140,10); (120, 20); (90,30); (70,40); (0,50)
Se esta economia observar uma forte retração de suas reservas petrolíferas, coeteris pa-
ribus, a sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto, Gasolina) mais
provável será
a) (160,0); (155,20); (125,35); (93,50); (71,70); (0,90).
b) (200,0); (190,5); (150,15); (110,20); (90,30); (0,40).
c) (150,0); (140,10); (120,20); (90,30); (70,40); (0,50).
d) (130,0); (120,15); (100,32); (80,55); (60,75); (0,100).
e) (130,0); (120,7); (100,13); (80,22); (60,30); (0,42).
O petróleo é insumo para produção dos seus derivados, com destaque na questão para a ga-
solina e o asfalto. A economia em tela pode produzir 150 milhões de toneladas de asfalto se
direcionar todos os recursos para isso ou produzir 50 milhões de litros de gasolina também
se direcionar todos os recursos para isso, ou seja, nesses extremos temos produção nula do
outro produto.
Nessa toada, as combinações de produção intermediárias estão colocadas de modo que à
medida que aumenta a produção de gasolina, cai a produção de asfalto e vice-versa. Assim,
se tivermos uma redução da disponibilidade de petróleo, essas possibilidades de produção
caem. Repare que a única alternativa que segue essa sistemática para todas as combinações
é a alternativa E.
Letra e.
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Introdução à Economia
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Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a economia tem por obje-
to de estudo a forma de alocação desses recursos entre usos alternativos, de modo a indicar
quais necessidades podem ou devem ser atendidas.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:
a) Errada. Embora as necessidades humanas sejam ilimitadas, inexiste essa relação causal,
ou seja, não é por isso que os recursos são escassos. Os recursos produtivos são naturalmen-
te escassos como o fator trabalho de acordo com a população em idade ativa em determi-
nado local.
b) Errada. Nem com toda a tecnologia do mundo alguns recursos produtivos deixam de
ser escassos.
d) Errada. Também inexiste essa relação causal. Vide comentário da alternativa a.
e) Errada. Embora as necessidades sejam ilimitadas, a utilidade marginal da renda é decres-
cente. Assim, como em um país pobre, temos falta de consumo de bens essenciais para sobre-
vivência, como o alimento, nele o problema da escassez é mais evidente.
Letra c.
031. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018)
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Com base no exposto, é correto afirmar que o deslocamento da curva para a direita é causado por
a) progresso tecnológico.
b) redução na demanda agregada.
c) queda da inflação.
d) redução da carga tributária.
e) elevação da oferta agregada.
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e) Errada. Já que, em verdade, a taxa de desemprego é uma das variáveis estudadas na Ma-
croeconomia e os preços relativos de determinados bens são estudados em Microeconomia.
Letra c.
A eficiência das unidades produtivas é um tema afeto à Microeconomia, já que avalia a “árvo-
re”, ou seja, avalia o desempenho individual da produção de uma firma ou setor da economia
e não a economia de forma geral. Preço (preços em sentido amplo), Emprego (nível geral de
emprego) e Produto agregado são indicadores macroeconômicos relevantes.
Letra d.
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Fronteira de possibilidades de produção consiste de uma construção gráfica que mostra a limi-
tação do potencial produtivo de um país na produção de um par de bens ou serviços.
O item nos trouxe uma definição perfeita da fronteira de possibilidades de produção. Ora, como
se trata de uma construção gráfica bidimensional, estamos falando do potencial produtivo de
um país (ou região) na produção de um par de bens e serviços. Se fosse construída em três
dimensões, então poderíamos tratar de um trio de bens e serviços. Confirme, visualizando
o gráfico:
Certo.
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Guarde que enquanto a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados eco-
nômicos de forma global, a Microeconomia foca na individualidade dos agentes ou setores.
Certo.
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Essa questão é muito boa para vermos um bom exemplo prático de custo de oportunidade.
Como vimos o custo de oportunidade é sempre uma comparação entre alternativas para utili-
zação de um recurso, no qual “abre-se mão” de uma aplicação em detrimento de outra.
No caso da questão em tela, o recurso é o terreno público. A alternativa escolhida para utiliza-
ção desse terreno foi a construção de um hospital.
Assim, alternativa D faz menção justamente à renúncia, ao “abrir-se mão” de erguer outras
construções naquele terreno para poder erguer o hospital.
Letra d.
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Assim, a palavra “somente” torna a alternativa errada. Desconfie em prova de palavras como
somente, nunca e sempre. O examinador as coloca para induzi-lo ao erro.
Errado.
Outra questão de excelente nível que exigiu do candidato raciocínio aplicado aos conceitos
aprendidos. Para resolver essa questão, a melhor forma é tentarmos visualizar na CPP o que o
examinador está dizendo. Para isso, vamos pegar emprestado o gráfico a seguir.
O que a afirmativa diz inicialmente é: existe desemprego, ou seja, estamos no ponto D (ponto
abaixo da curva), mas esse desemprego é reduzido (a mão de obra que estava ociosa passa a
ser utilizada), ou seja, o fator trabalho foi utilizado de forma mais eficiente (houve redução da
ineficiência – ociosidade.
Até aqui, beleza!
Estávamos no ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.
PEGADINHA DA BANCA
Mas no final o examinador tenta te pegar. Ele fala que essa nova situação desloca a fronteira
de possibilidades da economia para cima e para a direita.
Na verdade, o que ocorreu, como vimos, foi que o fator trabalho foi utilizado de forma mais
eficiente.
Não houve, por exemplo, aumento do fator de produção mão de obra, ou seja, estávamos no
ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.
Errado.
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Na verdade, cabe a um modelo econômico “modelar” a vida real, ou seja, eles não podem igno-
rar a complexidade do mundo real.
Além disso, os modelos econômicos são dedutivos, diferentemente do método indutivo ou de
indução, no qual o raciocínio é que, após considerar um número suficiente de casos particula-
res, chega-se a uma verdade geral.
Em suma, o erro aparece na parte final da assertiva, quando diz que os modelos ignoram a
complexidade do mundo real, o que é errado!
Errado.
Veja bem, trata-se de um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel deixe
de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.
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Na situação em tela, as despesas efetuadas com a formação do profissional não são custos
de oportunidade, já que elas já tinham sido incorridas anteriormente, independentemente de
sua decisão acerca do pedido de demissão e da abertura do escritório.
Nessa toada, ao optar por abrir o escritório e se demitir, o custo de oportunidade do profis-
sional é o salário que deixará de receber ao pedir demissão para se dedicar a outra atividade
profissional.
Errado.
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Certo.
Essa questão exigiu, além do conhecimento dos conceitos de escassez, escolha, custo de
oportunidade e da curva de possibilidade de produção, um bom raciocínio do(a) candidato(a).
Em outras palavras, o que a assertiva disse de modo simplificado foi: as mulheres se qualifica-
ram e entraram no mercado de trabalho. Essa situação provocou o deslocamento da CPP para
a direita, gerando crescimento econômico. Vocês concordam com esse raciocínio?
Eu concordo e foi o que realmente ocorreu no mundo real. Parabéns às mulheres que am-
pliaram o fator de produção mão de obra e contribuíram para o crescimento econômico do
nosso país!
Até aqui, beleza!
No entanto, existe um erro na afirmativa! O erro está na parte em que a afirmativa diz que houve
uma redução do custo de oportunidade do trabalho doméstico.
Na verdade, houve um aumento, pois como as mulheres tiveram melhores oportunidades
no mercado de trabalho, passou a não valer à pena para elas ficar fazendo apenas trabalhos
domésticos.
Em suma, o custo de oportunidade do trabalho doméstico aumentou.
Errado.
É isso mesmo!
Enquanto cabe à Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes agregados econô-
micos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja,
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GABARITO
1. C 37. C
2. C 38. d
3. c 39. E
4. E 40. E
5. E 41. E
6. e 42. E
7. C 43. C
8. c 44. E
9. E 45. C
10. E 46. C
11. C 47. E
12. E 48. C
13. C 49. E
14. b 50. a
15. E
16. E
17. C
18. E
19. d
20. C
21. a
22. c
23. E
24. E
25. C
26. e
27. c
28. c
29. e
30. c
31. a
32. c
33. c
34. d
35. C
36. b
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REFERÊNCIAS
MANKIW, Gregory. Introdução à Economia. 2. ed. [S.l.]: GEN, s/d.
VÁRIOS professores da USP. Manual de economia dos professores da USP. 7. ed. [S.l.]: Saraiva,
s/d.
VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Introdução à Economia. [S.l.]: FRAS, s/d.
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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