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ECONOMIA

Introdução à Economia

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ECONOMIA
Introdução à Economia

Sumário
Manuel Piñon

Introdução à Economia................................................................................................................... 3
1. Introdução à Economia............................................................................................................... 5
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 5
1.2. Escassez de Recursos x Necessidades Ilimitadas. . ......................................................... 10
1.3. Eficiência Econômica. . ............................................................................................................. 17
1.4. Escolhas..................................................................................................................................... 17
1.5. Custo de Oportunidade.......................................................................................................... 20
1.6. Curva de Possibilidade de Produção. . ................................................................................. 23
1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica. . ........................................................... 35
1.8. Economia do Bem-Estar........................................................................................................ 39
1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e Monetários. . ...........40
1.10. Variáveis Fluxo x Estoque.. .................................................................................................. 45
1.11. Dez Princípios da Economia. . ...............................................................................................46
1.12. Classificações dos Bens. . ......................................................................................................51
1.13. Microeconomia x Macroeconomia..................................................................................... 52
Resumo............................................................................................................................................. 57
Mapa Mental................................................................................................................................... 63
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................64
Questões de Concurso.................................................................................................................. 69
Gabarito............................................................................................................................................84
Referências...................................................................................................................................... 85

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao curso de ECONOMIA.
Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade em suas provas,
além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por isso, torna-se necessária uma prepa-
ração com planejamento e muita disciplina.
O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja aprovado em algum
certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença em todas as matérias.
E, sem dúvida, a disciplina ECONOMIA, tendo em vista seu nível elevado de complexidade,
representa um dos diferenciais da prova.
Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa
linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele que está
vendo a matéria pela primeira vez, como aquele mais avançado, que deseja consolidar conhe-
cimentos e fazer uma revisão completa e detalhada da disciplina.
A nossa metodologia será aplicada inicialmente com o desenvolvimento da teoria, con-
siderando que o aluno nunca estudou a matéria, intercalando essa teoria com questões co-
mentadas, de modo a unir a teoria e a prática de prova, lhe proporcionando, assim, uma visão
completa do assunto e permitindo a retenção do que você aprendeu.
No intuito de facilitar o aprendizado, as questões serão selecionadas de modo que a teoria
seja bem entendida e fixada após a sua resolução. Trazemos questões “Direto do Concurso”
para demonstrar como cada assunto é cobrado pela banca.
Usaremos uma linguagem simples, para você se sentir em “sala de aula” e criar uma em-
patia com a matéria, mas não esqueceremos também do “economês”, pois são os termos
técnicos que caem em prova.
Além disso, resolveremos aqui questões de concursos anteriores, de tal forma que você
ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer
uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas-FGV e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de
2009/2010.
Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor
de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propria-
mente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal (na

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época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas


da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa privada
em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados com
momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação é
transitória.
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e
Controle – AFC (hoje Auditor de Finanças e Controle) da Controladoria Geral da União – CGU
no ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de trabalho
na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal da Receita Fede-
ral, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso meu(minha) amigo(a)!
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, pois sei
exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades, mas
também os sonhos.
Não esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo.
Esse é o segredo!
Tenho consciência que a matéria Economia não é das mais fáceis de se aprender. Mas, se
você tiver boa vontade e humildade, COM CERTEZA vai aprender o suficiente para fazer uma
boa prova e, além disso, entender um pouco mais as notícias econômicas do dia a dia.
Caso não compreenda determinado conceito ou não entenda a resolução de uma questão,
tente novamente rever esse ponto em um outro dia, e, principalmente, não tenha vergonha de
me procurar no fórum de dúvidas.
Essa dificuldade é mais que natural!
Confesso também que, mesmo gostando muito de Economia, eu já tive dificuldade para
entender certos assuntos ou para compreender a resolução de determinadas questões.
Como professor da matéria preciso admitir que o entendimento de muitos assuntos de
Economia não é fácil mesmo. Não vou enganá-lo!
Comparado, por exemplo, a AFO ou Contabilidade de Custos, que são outras matérias que
ministro, o entendimento e a retenção desse conhecimento para os assuntos de Economia
exigirão do aluno mais dedicação.
Sendo honesto com você, digo-lhe que é muito improvável que você tenha um bom rendi-
mento em questões de prova com apenas uma lida no nosso material. É preciso mais do que
apenas uma leitura no material para ter um bom desempenho nessa matéria.

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Por isso lhes digo que o segredo do sucesso aqui é a repetição e a persistência. Se você
não entendeu um assunto, não pare, leia-o uma vez até o final. Isso significa que você terá que
voltar a ler esse assunto em um outro dia, mas, mesmo inconscientemente, não partirá do zero.
Resolver MUITAS QUESTÕES também é fundamental. Use os resumos e mapas e os com-
plemente com anotações relativas aos assuntos nos quais teve erros durante a resolução
das questões.
O aprendizado da nossa matéria é gradativo, mais lento que nas demais, e, portanto, exige
mais tempo e dedicação.
Aos poucos você vai entendendo cada vez mais, memorizando, resolvendo as questões
com mais segurança.
Em minha opinião, o ponto crítico para que tenhamos sucesso nessa matéria passa pela
preparação com antecedência e pela persistência. Certamente, não é uma matéria cujo estu-
do pode ser iniciado após a publicação do edital.
Por isso lhes digo: prepare-se com antecedência e persista!
Assim dará certo!
Foi assim comigo e vai ser com você!
Em relação aos assuntos trabalhados na aula de hoje, note que são fundamentais para que
você possa ter uma compreensão inicial da matéria suficiente para avançar bem no curso.
Uma última coisa, peço que avalie a aula. Se gostou, ótimo! Se não gostou, diga-me os mo-
tivos. Sua opinião é muito importante para mim e para o GRAN!
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se
você não fizer nada, não existirão resultados”.
Então, vamos nessa!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

1. Introdução à Economia
1.1. Conceitos Iniciais
Existem muitas maneiras de conceber a Economia como um ramo do conhecimento.

Mas afinal, o que é isso? O que a Ciência Econômica estuda?

A Economia é uma ciência social que estuda como a sociedade escolhe (decide) empregar
seus recursos produtivos (fatores de produção) escassos na produção e distribuição de bens
e serviços para a satisfação das necessidades (ilimitadas) de sua população.

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001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A Economia estuda a forma pela qual uma sociedade organiza a sua produção.

Em outras palavras, Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o con-
sumo dos bens e serviços aplicados na satisfação das necessidades humanas.
Certo.

Podemos dizer que, considerando a escassez dos fatores de produção, a sociedade preci-
sa fazer escolhas entre as possibilidades de produção e de distribuição dos seus resultados
para satisfazer as necessidades da sua população.
Note que dessa singela definição podemos tirar algumas palavras-chave que representam
conceitos importantíssimos que serão “trabalhados” em nosso curso:
• Ciência Social.
• Escolha.
• Escassez.
• Recursos Produtivos.
• Produção.
• Distribuição.
• Consumo.
• Bens e Serviços.
• Necessidades.

002. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A distribuição do produto nacional é parte central do problema econômico.

Em outras palavras, a distribuição da riqueza produzida também é um aspecto fundamental


nas decisões econômicas de uma sociedade, considerando os seus recursos escassos e as
necessidades ilimitadas de sua população.
Certo.

Vamos agora apresentar um brevíssimo histórico do pensamento econômico, um embasa-


mento mínimo, para facilitar o entendimento do curso quando as teorias forem apresentadas.

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Para os economistas clássicos, que têm como expoentes maiores os mestres Adam Smi-
th (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David Ricardo e John Stuart Mill, a Economia é
o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços
(riqueza).
A ideia principal desse grupo de economistas clássicos é que o mercado é autoajustável.
Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria neutralizado pelas forças naturais desse
mercado, sem, portanto, haver necessidade de intervenção do Governo.
Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria econômica clássica é a ideia de
que a oferta agregada cria a sua própria demanda (Lei de Say). Assim, para os clássicos, o
“gargalo” da economia estava na produção, ou seja, não existia, teoricamente, limite do lado da
demanda, mas sim do lado da oferta de bens e serviços. Em outras palavras, bastava produzir
que os compradores apareciam.

Evoluindo no tempo, para os autores ligados ao pensamento econômico neoclássico, a


Economia pode ser definida como a ciência das trocas ou das escolhas.
Neste caso, a Economia lidaria com o comportamento humano enquanto condicionado
pela escassez dos recursos: a Economia trata da relação entre fins e meios (escassos) dispo-
níveis para atingi-los.

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Deste modo, o foco da ciência econômica consistiria em estudar os fluxos e meios da


alocação de recursos para atingir determinado fim, qualquer que seja a natureza deste último.
A crise de 1929 e o “crack” da bolsa de Nova York contrariaram a ideia de que a oferta
agregada cria sua própria demanda. Houve naquela época um excesso de oferta em relação
à demanda agregada e as consequências foram a recessão e o alto desemprego. Ficou claro
nesse momento que a “mão invisível” do mercado não foi suficiente para levar a economia
novamente à prosperidade.
Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana, cuja ideia principal é a de que a deman-
da agregada cria a sua oferta. Assim, cabia ao Governo, por meio de políticas fiscais (espe-
cialmente via realização de obras públicas), estimular o aumento da demanda e assim gerar
aumento do emprego e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de determinação da Renda
que será objeto de nosso estudo ao longo do curso.

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Vamos ver a evolução das Teorias Econômicas na linha do tempo a seguir:

Podemos dizer que o objetivo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos


e formular soluções para resolvê-los visando, em última instância, à melhoria da qualidade de
vida da população.
De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o certo é que a Economia
é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas
e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e servi-
ços, integrando as chamadas ciência humanas.
É isso mesmo! A Economia não é uma ciência exata, cujas leis ou proposições possam
ser verificadas em um laboratório. Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma
ciência social. Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões e discordam tan-
to entre si.

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003. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Segundo Gilles-Gaston Granger, a Economia é, “si-


multaneamente e confusamente, ciência das coisas, ciência das ações e ciência das estru-
turas sociais.” (GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955. p. 2). A citação acima é
explicada por:
a) o economista realiza experimentos perfeitamente controlados, atingindo, em suas previ-
sões, a precisão das ciências da natureza.
b) o conceito de Economia exclui a noção de que esta é uma ciência que trata dos produtos da
atividade humana.
c) o conteúdo da Economia pode variar segundo o enfoque de cada autor ou escola: apresen-
ta-se, por exemplo, como amplo sistema contábil que descreve o circuito dos produtos, em
estrita ligação com o funcionamento de uma sociedade.
d) a Economia propõe uma abordagem cujas relações essencialmente determinadas por ele-
mentos objetivos, externos ao ser humano.
e) a Economia não possui caráter científico.

Como uma ciência social e dinâmica, inexiste consenso entre as escolas a respeito da teoria
econômica, com cada uma delas com sua visão distinta e até oposta às demais.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) na verdade, de modo distinto das ciências exatas, em que o pesquisador consegue criar
experimentos em um sistema controlado e extrair conclusões a partir dele, na ciência econô-
mica, de cunho social, o economista não dispõe de uma sociedade experimental em que possa
aplicar métodos científicos e alcançar previsões acuradas
b) na verdade, a Economia é uma ciência social que, essencialmente, estuda o comportamento
humano diante do problema da escassez
d) na verdade, a Economia é uma ciência social com elementos objetivos e elementos subjetivos.
e) na verdade, a Economia é sim uma ciência, com natureza social que, essencialmente, estuda
o comportamento humano diante do problema da escassez
Letra c.

1.2. Escassez de Recursos x Necessidades Ilimitadas


Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos,
mas as necessidades humanas são ilimitadas.

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004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
A Economia é a ciência social na qual se estuda como os indivíduos tomam decisões sob a hi-
pótese de que os recursos, se produzidos e distribuídos com eficiência, serão suficientes para
suprir todas as necessidades da coletividade.

A Economia é uma ciência social e o seu princípio basilar é a chamada lei da escassez, que
nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos, mas as necessidades
humanas são ilimitadas.
A ideia-chave na Economia é necessidade de eficiência, ou seja, maximizar a produção de bens
e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.
Assim, a Economia, conhecida como ciência da escassez, estuda como os indivíduos tomam
decisões sob a hipótese de que os recursos são escassos, em um contexto em que os desejos
e necessidades humanos são ilimitados.
Em suma, determinada restrição orçamentária sempre irá impedir que um indivíduo adquira
tudo o que necessita/deseja.
Errado.

Guarde bem esse “mantra”: RECURSOS ESCASSOS, NECESSIDADES ILIMITADAS!

Em outras palavras, as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos


necessários à produção dos bens e serviços capazes de satisfazer a essas necessidades são
escassos (existem em quantidades limitadas). Por isso, a Economia é chamada então por mui-
tos como a ciência da escassez.

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As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como comida e mo-
radia, até as mais sofisticadas, como assistir a um concerto de música clássica em Viena,
fazer uma cirurgia plástica ou obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine
alguém que faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental).
Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente, por dois motivos
principais:
a) porque se renovam dia após dia, exigindo contínuo suprimento de bens e serviços para
atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário e transporte);
b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia surgem novos desejos e
novas necessidades, motivadas pelas perspectivas de aumento do padrão de vida da socieda-
de (por exemplo, os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos e roupas da moda).
Na verdade, a ideia básica aqui é a de que “o homem é um eterno insatisfeito”.
Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é preciso que sejam
produzidos certos bens e serviços.
Entende-se o conceito de bem de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender
a uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é possível atribuir-lhes
características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e imateriais (os chamados bens intan-
gíveis como os diversos tipos de serviços).
Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de recur-
sos, os chamados fatores de produção, que usualmente são classificados pela ciência econô-
mica em três grandes grupos:
a) O fator de produção “Terra” (recursos naturais), incluindo o solo e as diversas riquezas
naturais, como minérios (incluindo o petróleo) e recursos hídricos. O volume dos recursos na-
turais também depende do nível tecnológico, que influencia na possibilidade de aproveitamen-
to das fontes de energia, das matérias-primas e dos meios de transporte.

O PULO DO GATO
Importante destacar que somente são considerados como fatores de produção aqueles recur-
sos naturais que podem ser incorporados às atividades econômicas. Assim, por exemplo, um
recurso mineral localizado em uma grande floresta, que não possa ser escoado pela falta de
estradas, não é considerado um fator de produção, até que possa ser utilizado na produção de
algum bem ou serviço.

b) O fator de produção “Trabalho” (mão de obra), representado pela força de trabalho hu-
mano, seja ele físico ou intelectual. No Brasil, é considerada como fator de produção trabalho,
a PEA – População Economicamente Ativa.
c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, aos equipamentos, às
ferramentas, aos instrumentos, à infraestrutura, dentre outros, ou seja, bens que foram produ-

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zidos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de
outros bens. Esse conjunto de bens é denominado “estoque de capital”, e quanto maior esse
estoque, mais produtiva é uma economia.

005. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir, acerca dos fatores de produção.


Os fatores de produção podem ser classificados em naturais, trabalho e capital, sendo este
último dividido em físico e humano. O capital físico é formado pelos recursos manufaturados
utilizados na produção, pela educação e pelo conhecimento incorporado na força de trabalho.

Realmente, podemos dividir os insumos de produção em naturais, trabalho e capital, sendo


esse ainda dividido em físico e humano. Entretanto, a educação, ou seja, o conhecimento incor-
porado na força de trabalho, é um capital humano, e não um capital físico, tendo uma natureza
bastante subjetiva de valoração em termos de geração de capacidade produtiva.
Errado.

Importante destacar que, num dado momento, toda sociedade possui um estoque limitado
de recursos ou fatores de produção. Isso significa que não é possível produzir uma quantida-
de infinita de bens, porque os recursos são limitados.
Voltamos ao problema econômico fundamental da ESCOLHA: de um lado, as necessida-
des humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de produção que devem ser utiliza-
dos para produzir os bens – que irão atender a essas necessidades – são limitados.

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006. (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) Considerando que a Economia é uma ci-


ência social fundamental para o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes, assi-
nale a alternativa correta.
a) A organização política de uma sociedade afeta a forma como ela escolhe os próprios repre-
sentantes e elabora as normas que regularão as relações sociais, contudo o desenvolvimento
das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização
máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a Econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A Economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.

Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a Economia tem por objeto
de estudo a forma de alocação destes recursos entre usos alternativos.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:

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a) Errada. Já que as atividades econômicas são diretamente afetadas pelas escolhas dos re-
presentantes políticos. Note o efeito das eleições e das suas expectativas na bolsa de valores,
na cotação do dólar e na economia em geral.
b) Errada. Já que a Economia tem por objeto de estudo a forma de alocação dos recursos lim-
itados entre usos alternativos para atender as necessidades ilimitadas.
c) Errada. Já que não se pode afirmar que a economia promove a utilização máxima dos recur-
sos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor econômico, pois, se
assim fosse, somente bens com maior valor agregado seriam produzidos, em detrimento das
commodities, por exemplo.
d) Errada. Já que, na verdade, temos mais possibilidades de emprego do que recursos.
Letra e.

Interessante notar que para cada fator de produção temos uma forma de remuneração
distinta. Confira:

Alguns autores dividem os fatores de produção em quatro: Terra (recursos naturais ou maté-
ria-prima), trabalho (mão de obra), capital (máquinas e equipamentos) e capacidade empre-
sarial (empreendimento). De acordo com essa classificação, o capital fica dividido em capital
propriamente dito, que é remunerado por juros, e a capacidade empresarial, que remunerada
pelo lucro decorrente do risco do negócio.

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Lembre-se que, considerando determinado momento, toda sociedade possui um estoque


limitado desses recursos ou fatores de produção.

Basicamente a ideia é que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens e servi-
ços, porque os recursos são limitados, exigindo a utilização dos recursos produtivos da me-
lhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao maior nível
possível de necessidades.

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca de economia ambiental, julgue o item a seguir.


Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta de recursos naturais,
e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de vista, admite-se que determinados tipos
de recursos possam se esgotar temporariamente.

Ainda não conceituamos os termos escassez absoluta e escassez relativa, mas essa é a hora
de conhecermos e de vermos logo a sua aplicação prática.
A ideia é que ao conhecer alguns conceitos no contexto de uma questão de concurso, você
verá logo sua aplicação e fixará a ideia na cabeça.
A afirmativa está correta! Os economistas ambientais realmente diferenciam esses dois con-
ceitos. Veja:
Escassez absoluta: refere-se ao esgotamento propriamente dito dos estoques desses recursos.
Escassez Relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e consumo, existindo
uma tendência de esgotamento dos recursos por haver excesso de consumo em relação ao
que é produzido.
Para os ambientalistas, em relação aos recursos naturais existe a necessidade de redução do
seu consumo para evitar o seu esgotamento.
Certo.

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

1.3. Eficiência Econômica


A ideia de recursos escassos e necessidades ilimitadas nos permite concluir que não é
possível produzir todos os bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os re-
cursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao
maior nível possível de necessidades.
Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.
O lance agora é fazer as melhores escolhas do ponto de vista econômico.

1.4. Escolhas
Diante da escassez, a sociedade se organiza e faz escolhas de modo a tentar produzir os
bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos dis-
poníveis, visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de
bem-estar da população.
Temos então que da escassez de recursos surgem as seguintes questões econômicas
fundamentais.

Essas três são as principais questões econômicas fundamentais, mas vamos ampliar um
pouco nossa análise para cinco questões econômicas fundamentais.
Para facilitar seu entendimento, vamos criar um exemplo prático (uma fazenda) a seguir
comentado.
1 – O que produzir?
Se os recursos (fatores de produção) são escassos e as necessidades ilimitadas então é
preciso escolher o que produzir dentre as várias alternativas concorrentes.

Se eu sou, por exemplo, um pequeno produtor rural e tenho um pequeno pedaço de terra na
cidade de Petrolina-PE, uma questão econômica fundamental para mim é decidir o que PRO-
DUZIR nessa terra.
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Planto uvas ou mangas? Ou melhor, crio carneiros ou planto?

Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida plantar uvas.

2 – Como produzir?
Outra questão econômica fundamental é escolher a melhor combinação dos recursos es-
cassos para uma maior satisfação das necessidades. O nível tecnológico existente e dispo-
nível é um fator decisivo nessa escolha. Dentre os métodos mais eficientes, o produtor deve
escolher aquele que tiver o menor custo de produção e maior produtividade possíveis.

Assim, voltando ao nosso exemplo prático, posso usar irrigação? Quem vai me ajudar na
produção? Contratarei algum empregado ou produzirei sozinho com minha família?

Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida contratar quatro trabalhadores para pro-
duzir uvas de modo manual, ou seja, sem utilização de tratores ou equipamentos automatiza-
dos.

3 – Quando produzir?
É preciso escolher o melhor momento para produzir. Por exemplo, produzir biquínis antes
de chegar o verão para poder vender quando essa estação do ano chegar.

No nosso caso, eu preciso saber se existe a época certa para o plantio. Digamos, para fins do
nosso exemplo, que eu decida produzir no período normal da safra regional.

4 – Onde produzir?
Basicamente, preciso escolher se é melhor produzir perto dos consumidores (mercado
consumidor) ou em local próximo a fornecedores de insumos e das matérias-primas (merca-
do fornecedor).
Para decidir corretamente, é preciso avaliar os custos de transporte dos produtos finais e
das matérias-primas para melhor escolher a localização, por exemplo, de uma fábrica.

No nosso exemplo, o ideal é que eu produza nossas uvas perto do mercado consumidor.

5 – Para quem produzir?


É preciso saber qual é o mercado alvo. Em termos de linguagem econômica, é aqui que a
decisão quanto à distribuição dos resultados da produção é tomada.

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No nosso caso, precisamos definir se vamos vender nossas uvas na feira diretamente
para os consumidores finais, a um grande produtor de vinhos na região, a um exportador
de frutas de Juazeiro ou a uma rede de supermercados?

Nossa produção será vendida a uma grande vinícola da região.

Nessa toada, a teoria econômica fornece instrumentos de análise que ajudam a responder
tais questões econômicas fundamentais, nos ajudando racionalmente a avaliar os custos e os
benefícios inerentes a cada escolha.

Então nosso exemplo bem básico está definido ao respondermos às cinco questões econômi-
cas fundamentais:
1 – O que produzir?
Uvas.
2 – Como produzir?
Cultura manual com 4 trabalhadores.
3 – Quando produzir?
No período normal da safra regional.
4 – Onde produzir?
Em nosso sítio, no Município de Petrolina –PE.
5 – Para quem produzir?
Produtores de vinhos da região.

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008. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os seguintes problemas básicos


da Economia:
I – O que produzir.
II – Como produzir.
III – Quanto produzir.
IV – Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos proble-
mas contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

Um dos focos da ciência econômica é avaliar como são administrados os recursos escassos
diante de necessidades ilimitadas, ou seja, em decorrência do problema da escassez, a so-
ciedade precisa fazer escolhas que envolvem decidir o que produzir, quanto produzir, como
produzir e para quem produzir.
Letra c.

Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da adminis-
tração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.
Chegou a hora de conhecer um conceito para “amarrar” toda essa teoria que envolve a es-
cassez e as escolhas: o custo de oportunidade!

1.5. Custo de Oportunidade


Avançando no estudo dos conceitos econômicos fundamentais, chegamos à teoria do
“custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, que nada mais é do que se
atribuir um custo às várias oportunidades de uso dos recursos sempre limitados.

No caso da nossa fazenda exemplo, o custo de oportunidade é, por exemplo, o sacrifício de


deixar de produzir mangas para produzir uvas.

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O Custo de Oportunidade, portanto, está diretamente relacionado ao princípio que conside-


ra que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são escas-
sos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades de toda a sociedade
(de todas as pessoas).
É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as empresas optam por direcionar
suas disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de aplicá-los em outros,
pois a escassez de recursos torna as alternativas mutuamente excludentes.
Em outras palavras, considera-se como custo de oportunidade o que se deixa de ganhar
por não se ter optado pela melhor alternativa.
Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de recursos,
escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.
Veja uma situação de custo de oportunidade aplicada ao estudo para uma prova.

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009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte por participar do pro-
grama de trainee de uma grande empresa em vez de trabalhar em uma empresa de menor
porte que ofereça melhor remuneração.

Vale lembrar que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhido
uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de que a perda de satisfação não é igual para as pessoas,
ou seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.

010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue os itens subsequentes.
Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do trabalho, apesar
de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove a alocação eficiente dos recursos.

A primeira parte da afirmativa está correta, pois a especialização fundamentada na divisão do


trabalho, numa economia de mercado, realmente aumenta o custo de oportunidade dos bens
(e serviços).
Imagine você um médico neurologista, extremamente especializado em cirurgias complexas,
que seja muito bem remunerado pelas várias operações que efetua.
Um dia, quando ele está indo ao hospital fazer uma cirurgia delicadíssima (e muito bem remu-
nerada) sua esposa liga e diz que o reator da lâmpada da cozinha precisa ser trocado e ela não
sabe fazê-lo.

E então o que ele faz? Volta para casa e deixa de realizar a cirurgia ou chama um eletricis-
ta para fazer esse reparo no sistema de iluminação de casa?

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Claro que chama o eletricista, pois o custo de oportunidade face ao nível de especialização que
ele possui é elevadíssimo para ele.
Até aqui beleza!
Mas agora vem o erro da afirmativa… a alocação eficiente dos recursos não necessariamente
é promovida.
Na verdade, aproveitando esse exemplo, nada garante que a esposa do médico compre o rea-
tor correto e contrate o eletricista mais adequado a esse serviço de reparação no sistema de
iluminação da casa.
Errado.

1.6. Curva de Possibilidade de Produção


Com essa base de conhecimentos adquiridos até aqui, já podemos conhecer o conceito de
Curva de Possibilidade de Produção – CPP, também chamada de Fronteira de Possibilidades
de Produção – FPP, ou ainda de Curva de Transformação.
A CPP ilustra três conceitos anteriormente mencionados:
1 – Escassez.
2 – Escolha.
3 – Custo de oportunidade.

O PULO DO GATO
Podemos dizer também que a CPP expressa a capacidade máxima de produção de uma em-
presa, de um setor econômico ou até de um país.

Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou fa-
tores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
(cem por cento) da sua capacidade.
Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade.
Tudo está teoricamente funcionando a pleno emprego, ou seja, a produção efetiva é igual
à produção potencial ou ao produto de pleno emprego.
Importante registar que estamos falando de um conceito teórico, ou seja, na prática, dificil-
mente consegue-se trabalhar efetivamente na capacidade máxima.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:
1) Os recursos produtivos são fixos – não conseguimos alterar a quantidade de recur-
sos disponíveis, ou seja, o número de trabalhadores, de máquinas e de equipamentos é pre-
determinado.

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2) A tecnologia é constante – a tecnologia utilizada é sempre a mesma, ou seja, nenhuma


evolução tecnológica deve ser considerada.
3) Os recursos produtivos não são perfeitamente substituíveis entre si – um fator de pro-
dução que produz máquinas, por exemplo, não vai ter a mesma eficiência produzindo alimen-
tos, ou seja, os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Em outras palavras, eu
não posso pegar uma máquina de produzir roupas e esperar dela a mesma eficiência para
produzir alimentos. Assim, como existe perda de eficiência, não podemos dizer que fizemos
uma substituição perfeita.
4) Somente podem ser produzidos dois produtos diferentes – não podemos ampliar nossa
linha de produtos para três ou mais.
Os economistas resolveram ilustrar essa situação por meio de um gráfico que será expos-
to após apresentarmos as tabelas que contém os dados representados graficamente.
Calma! Mesmo que deteste gráficos, não se assuste! Você vai entender “de boa”.
Nesse gráfico teórico, a escassez de recursos cria um limite máximo à capacidade produ-
tiva de uma empresa, que, dessa forma, terá de fazer escolhas entre as opções de produção.

011. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A fronteira de possibilidades de produção ilustra as restrições econômicas de uma sociedade.

A fronteira de possibilidades de produção apresenta a escassez de recursos por meio da apre-


sentação do limite máximo da capacidade produtiva de uma unidade produtiva ou de uma
economia. Assim, diante dessa limitação será necessário fazer escolhas entre as opções
de produção.
Certo.

Vamos lembrar-nos daquele nosso pequeno pedaço de terra lá em Petrolina, com seu tamanho
fixo, insumos agrícolas limitados e um número fixo de trabalhadores.
Vamos lembrar aquelas opções que tínhamos nesse sítio entre produzir dois tipos de bens: uva
e manga.

Se, como já decido por nós (você também decidiu, lembra?), vamos utilizar toda a terra para
cultivar uva, não haverá área disponível para o plantio de manga.
Por outro lado, se quiséssemos nos dedicar somente à cultura de manga, utilizando todo o
sítio para este fim, não poderíamos plantar a uva.
Mas atenção aqui, pois existem alternativas intermediárias, como a utilização de parte das
terras para o plantio de uvas, ficando a fração restante para o cultivo de mangas.

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Vamos admitir ainda a possibilidade de plantarmos uvas e mangas, ou de plantarmos ape-


nas mangas, e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes (em toneladas):

Alternativas de produção Uvas Mangas

A 30 0

B 20 30

C 15 50

D 10 70

E 0 90

Alternativa A: todos os fatores de produção estão alocados para produção de uvas.


Alternativas B, C e D: os fatores de produção foram distribuídos na produção de uma e de
outra fruta.
Alternativa E: todos os fatores de produção estão alocados para produção de mangas.

Como podemos decidir entre as várias alternativas apresentadas?

O estudo da CPP poderá nos ajudar a ver qual é a forma mais indicada!
Você verá o porquê.

Agora, saindo um pouco do nosso exemplo, imagine uma sociedade que produz apenas ali-
mentos. Imagine também que em um dado momento ela vê a possibilidade ou a necessidade
de produzir máquinas.

Utilizando esses recursos, ou seja, a sociedade não fez nenhum tipo de investimento (só
na teoria, pois na prática esse investimento tem que ser feito) ou contratação de mão de obra;
com exatamente os mesmos recursos que ela utilizava na produção de alimentos, ela utilizará
na produção de máquinas.
Como os recursos eram utilizados em sua máxima capacidade produtiva, então será ne-
cessário abrir mão da produção de alimentos para produzir máquinas, e essa troca (também
chamada de trade-off) é demonstrada por uma certa função (que não precisamos nos apro-
fundar no momento).
Vamos analisar a tabela de possibilidades de produção:

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Alternativas de produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas)

A 25 0

B 20 30,0

C 15 47,5

D 10 60,0

E 0 70,0

Podemos notar que na alternativa A a sociedade está produzindo 25 mil máquinas, mas
não está produzindo alimentos.
Já na alternativa E está produzindo 70 toneladas de alimento, mas não está produzin-
do máquinas.
As demais alternativas (B, C, D) são intermediárias, ou seja, produzem ambos os produtos.
Vamos analisar os dados no gráfico a seguir:

Observe o seguinte: no eixo horizontal estão representadas as mesmas quantidades de


máquinas demonstradas na tabela e no eixo vertical as toneladas de alimentos.
Cada alternativa de produção apresentada na tabela corresponde a um ponto na nossa
agora apresentada: CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO – CPP ou FPP.
Amigo (a), em verdade, a CPP nada mais do que a linha formada pela ligação dos pontos
que representam as alternativas de produção que apresentamos na tabela.

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Consegue ver?

A curva ABCDE, que é a nossa CPP, indica todas as possibilidades de produção de máqui-
nas e alimentos dentro da sociedade.
Agora observe os pontos fora da curva.
O ponto Y (ou qualquer ponto interno a curva) indica que a sociedade está operando com
capacidade ociosa ou com desemprego, isso quer dizer que os fatores de produção estão
sendo subutilizados.
Assim, as situações apresentadas na “área” em que o ponto Y se encontra são normais
e muito comuns para uma empresa ou para uma sociedade que não utiliza 100% da sua
capacidade.
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção, pois está indicando que a
produção seria maior do que a capacidade produtiva da sociedade ou de uma empresa, situa-
ção essa impossível de ocorrer.

012. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microe-


conômica da produção.
Um ponto da fronteira de possibilidades de produção em que dois bens são produzidos é mais
eficiente do que um ponto em que um único bem é produzido.

Tenha em mente que a CPP abrange todos aqueles pontos em que a economia está operando
em sua capacidade máxima, ou seja, em que está trabalhando com eficiência, já que não te-
mos recursos ociosos.
Confira um exemplo hipotético:

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Note que nos pontos de A, B, C, D e E estamos sobre a CPP. Note ainda que no ponto A só ves-
tuários são produzidos e, no ponto E, só alimentos são produzidos. Assim, nesses pontos, há
especialização completa, mas há eficiência porque estamos sobre a CPP.
Guarde que somente temos ineficiência quando estivermos num ponto dentro da CPP, como
o ponto F, em que a economia está produzindo menos do que poderia se utilizasse toda sua
capacidade.
Errado.

Considerando que os fatores de produção são especializados e não são completamente


adaptáveis a novas utilizações, existe um aumento progressivo do custo de oportunidade de
tais substituições, o que justifica o formato côncavo da CPP (voltado para dentro).
Veja dois exemplos de curvas respectivamente côncava e convexa:

Assim, acréscimos iguais na produção de alimentos geram decréscimos cada vez maiores
na produção de máquinas.
Em outras palavras, o custo de oportunidade é crescente em virtude da eficiência decres-
cente dos fatores de produção quando eles são realocados para produzir outros bens que
não aqueles para os quais foram criados/desenvolvidos. Essa situação é estudada na aula de
teoria da produção, especificamente no tópico lei da produtividade marginal decrescente ou
lei dos rendimentos decrescentes.

013. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
Ao se deslocar um fator de produção de uma atividade produtiva para outra, o custo de opor-
tunidade será crescente, uma vez que, no curto prazo, fatores de produção não são completa-
mente ou facilmente adaptáveis.

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Quando estudamos o tema CPP aprendemos que o custo marginal de transformação, também
chamada de taxa marginal de transformação, é crescente. Essa característica justifica a CPP
ser côncava, ou ter a sua concavidade voltada para baixo, o que torna a questão correta.
Em outras palavras, podemos ver no gráfico a seguir que, dada a concavidade da curva, o custo
de oportunidade de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por
exemplo, será cada vez MAIOR, visto a produtividade ser menor. Confira:

Com base na curva colocada anteriormente, do ponto A para o ponto B, se pode produzir 40
unidades de alimentos a mais abrindo-se mão de aproximadamente 10 unidades de vestuário.
Para que sejam produzidas mais 40 unidades de alimentos a partir do ponto B, já passa a ser
necessário abrir mão de aproximadamente 80 unidades de vestuário.
Em suma, considerando a concavidade da curva, podemos ver que o custo de oportunidade
de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por exemplo, será cada
vez MAIOR, já que, no curto prazo, os fatores não são rapidamente nem facilmente adaptáveis.
Certo.

Um ponto que é frequentemente cobrado em prova é a questão do deslocamento da Curva de


Possibilidade de Produção. Sim, essa curva pode se mover ao longo do tempo. Esse movimen-
to pode decorrer de aumento ou diminuição da capacidade de produção de uma empresa ou
da economia.

Se o deslocamento da curva for para a direita indica que a empresa ou sociedade está
crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de produção, ou ainda o

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melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por exemplo, com um
progresso tecnológico.

Percebeu que esse deslocamento pode permitir à economia obter maior quantidade de
ambos os bens?

Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para a esquerda indica que a empresa ou
sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma diminuição da quantidade física de
fatores de produção.

DICA:
Esses deslocamentos paralelos da CPP ocorrem quando tiver-
mos um movimento de aumento ou de diminuição da capaci-
dade produtiva, como demonstrado no gráfico seguinte.

014. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Um deslocamento paralelo para a direita da Curva de


Possibilidade de Produção entre os bens A e B pode decorrer de
a) uma redução dos recursos necessários para a produção do bem A, mantido tudo o mais
constante para o bem B.
b) um progresso tecnológico na produção dos bens A e B.

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c) um aumento dos recursos necessários para a produção do bem B, mantido tudo o mais
constante para o bem A.
d) um aumento da quantidade dos agentes que demandam os produtos A e B.
e) uma redução da quantidade máxima passível de obtenção para os bens A e B.

Para termos um deslocamento paralelo é preciso que tenhamos a elevação da produtividade


dos dois bens. Veja:

Vamos comentar as demais alternativas:


a) Errada. Já que como tivemos redução dos recursos necessários para a produção A, tivemos
elevação da produtividade apenas de A e, assim, não haveria um deslocamento da curva, mas
somente alteração da sua inclinação.
c) Errada. Já que representaria uma alteração da inclinação, mas com deslocamento de uma
ponta da curva para a esquerda uma vez que o aumento dos recursos necessários para a pro-
dução significa redução da produtividade.
d) Errada. Já que não afeta a curva de possibilidades de produção, que é afetada pela disponi-
bilidade de fatores e pelas suas produtividades, independentemente da demanda pelos bens
em questão.
e) Errada. Já que não afeta a curva de possibilidades de produção, que é afetada pela disponi-
bilidade de fatores e pelas suas produtividades, independentemente da demanda pelos bens
em questão.
Letra b.

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Vamos agora nos aprofundar no entendimento dos fatores que podem alterar a CPP e de
que forma:
1) Tecnologia – esse é um fator que aumenta a eficiência da produção. Assim, se a tec-
nologia for melhorada, a CPP vai se expandir, para a direita e para cima, mas se a tecnologia
regredir, a CPP vai se encolher, para a esquerda e para baixo.
2) Investimentos – esse é um fator que pode aumentar os recursos produtivos. Assim,
novos investimentos farão com que a CPP se expanda, para a direita e para cima, mas de tiver-
mos retração nos investimentos, a CPP irá se encolher, para a esquerda e para baixo.
3) Melhorias no marco regulatório e legal – geram segurança jurídica e confiança, poden-
do fazer com que a CPP se expanda, para a direita e para cima. Em contraste, retrocessos
legais ou regulatórios provocam a retração da CPP para a esquerda e para baixo.
4) Quantidade de fatores de produção – quanto mais fatores de produção, maior é a capa-
cidade de produção da economia. Não necessariamente tais aumentos na quantidade de fato-
res de produção precisam ser oriundos de investimento. Assim, se um país está aumentando
sua capacidade de produzir (fatores de produção), temos o deslocamento da CPP para cima e
para a direita. Em contraste, se houver destruição da capacidade produtiva (uma peste que di-
zime a população trabalhadora, por exemplo), a capacidade de produzir diminuiu, deslocando
a CPP para baixo e para a esquerda.

O PULO DO GATO
Mudanças nos preços não alteram a CPP. Muito cuidado, pois essa é uma pegadinha clássica!

015. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
A CPP contempla todas as combinações de bens e serviços que podem ser produzidos em uma
economia, de forma que os pontos localizados acima da curva, embora possíveis, representam
alocações ineficientes e os pontos abaixo representam o problema da escassez de recursos.

Observe que os pontos que estão acima da Curva de Possibilidade de Produção – CPP repre-
sentam combinações de bens e serviços que não conseguem ser produzidos em uma econo-
mia, com a dotação de fatores de produção disponíveis.
Já os pontos que estão abaixo da CPP representam alocações ineficientes, ou seja, onde exis-
tem recursos ou fatores de produção com determinado grau de ociosidade.

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Dessa maneira, os pontos abaixo da CPP não retratam o problema da escassez, sendo esta
revelada nos pontos ao longo da própria CPP.
Errado.

Nesse ponto da matéria existe uma “pegadinha” em potencial que pode ser explorada pelas
provas de concursos públicos.
Estou falando de uma situação diferente daquela anterior, quando tivemos deslocamentos
paralelos da CPP em função de aumento ou de diminuição da capacidade produtiva.

Qual seria o efeito na CPP se apenas uma parte da produção se alterasse?

Hum…

Vamos criar uma situação hipotética. Imagine uma economia que produza cerveja e cachaça.
Suponha que uma nova tecnologia para produção de cerveja aumente a capacidade produtiva
apenas de cerveja. Nesse caso, teríamos um movimento de apenas uma parte da CPP.
Nessa linha de raciocínio, podemos admitir que a maior capacidade obtida no setor de cerveja
pode garantir uma expansão das possibilidades para produção de alimento nesta economia.
Se a nova tecnologia para produzir cerveja aumentou a produtividade neste setor, então pode-
mos deslocar trabalhadores para a produção de cachaça.
No entanto, perceba que a capacidade máxima da produção de cachaça não se alterou, já que
a inovação ocorreu somente no setor de cerveja.

O PULO DO GATO
Dessa forma, a expansão (ou contração) da produtividade restrita a um setor não desloca a CPP
inteira, mas afeta sua inclinação, com o deslocamento de apenas uma das pontas da curva.

Caso especial: CPP LINEAR

Aprendemos que os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Entretanto, e
se, por acaso, os recursos pudessem ser utilizados para produzir qualquer bem mantendo
a eficiência?

Se isso acontecesse, nós teríamos uma CPP em linha reta (e não mais côncava) e os cus-
tos de oportunidade seriam constantes (não seriam mais crescentes). Confira:

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Observe no gráfico que como a CPP é uma reta, nós sempre estamos abrindo mão de 5
unidades de peças B para termos mais 10 unidades de peças A, independentemente do ponto
em que estamos na reta.
Note que, por outro lado, se a CPP fosse côncava, os custos de oportunidade seriam cres-
centes e nós, para produzirmos mais peças A, abriríamos mão de cada vez mais peças B. Per-
ceba, portanto, que na CPP linear isso não acontece.
Em outras palavras, para produzir mais peças A, você deve abrir mão sempre da mesma
quantidade de peças B. Isso ocorre porque os custos de oportunidade são constantes, já que
os recursos são perfeitamente substituíveis entre si, ou seja, eles mantêm a eficiência produ-
zindo qualquer um dos dois bens.

DICA
Quando os recursos forem perfeitamente substituíveis entre
si, a CPP será linear e os custos de oportunidade serão cons-
tantes. Mas se os recursos não forem perfeitamente substituí-
veis entre si, a CPP será côncava e os custos de oportunidade
serão crescentes.

016. (CESPE/TC-DF/ACE/2012) Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.


A forma não linear de uma fronteira de possibilidades de produção está associada à adaptabi-
lidade perfeita dos recursos na produção de dois bens.

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A afirmativa está equivocada, pois a forma não linear ocorre pela adaptação imperfeita dos
fatores de produção utilizados.
Voltemos ao nosso bom e velho sítio que produz uvas e/ou mangas. A mão de obra (pense no
agreste do seu cunhado), por exemplo, não consegue ter a excelente produtividade na produ-
ção de manga que possui na delicada produção de uva.
Normalmente, os fatores de produção não se adaptam perfeitamente, por isso o formato de
curva de possibilidade de produção não é linear, mas sim côncava.
Errado.

1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica


O modo como as sociedades respondem aos problemas econômicos fundamentais (o
que, quanto, como, quando e para quem produzir) está diretamente relacionada à forma de or-
ganização da sua atividade econômica, ou seja, ao sistema econômico vigente em cada país.
Amigo(a), vamos partir agora do princípio de que o objeto básico do estudo da Economia
é a atividade econômica exercida pelos homens dentro de uma sociedade, ou seja, vamos co-
nhecer o sistema econômico, a forma política, social e econômica pela qual está organizada
a sociedade.
Nessa pegada, podemos definir a Organização Econômica como sendo o modo como a
sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas, ou seja, a produção,
circulação, distribuição e o consumo de bens e serviços.
Vamos voltar um pouco no tempo e lembrar que, ao longo da história, o homem abando-
nou a vida nômade de coleta de meios de subsistência, passando a viver em locais fixos para
cuidar de suas plantações e rebanhos e a desenvolver as primeiras atividades artesanais e de
serviços de apoio à vida sedentária, tendo assim a necessidade de organização. Assim, surgiu
o sistema econômico.

DICA
Um sistema econômico deve responder às decisões econômi-
cas fundamentais: o que, quanto, como, quando e para quem
produzir.

Os elementos básicos de um sistema econômico são:


1 – O estoque de recursos produtivos ou de fatores de produção (terra, trabalho e capital).
2 – O complexo de unidades de produção (empresas).
3 – o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Tenha em mente que, basicamente, os países organizam tais elementos, economicamente
falando, de duas formas:

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1 – Economia de Mercado ou Sistema Capitalista.


2 – Economia Planificada, Centralizada ou Sistema Socialista.
A economia de mercado, também chamada de descentralizada ou capitalista, é a que co-
nhecemos hoje no Brasil, enquanto a economia planificada, também chamada de centralizada
ou socialista, é aquela inerente aos países comunistas, como Cuba e Coréia do Norte (acho
que só sobraram esses dois).

DICA
A China hoje é considerada uma “economia capitalista de es-
tado” ou um “regime socialista de mercado”, já que contempla
um governo comunista que abre cada vez mais espaço para a
atuação da iniciativa privada, ou seja, utiliza um regime políti-
co comunista e uma economia de mercado.

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Importante destacar que em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem res-
ponde às questões econômicas fundamentais (o que, quanto, como, quando e para quem pro-
duzir), diferentemente de uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão
central de planejamento).
Considerando que a economia segue um conjunto de regras, podemos conceituar um Sis-
tema Econômico como sendo o sistema que rege as atividades econômicas de produção,
troca e consumo de bens e serviços.
Podemos conceituar ainda um Sistema Econômico como sendo o modelo econômico que
contempla as regras vigentes em uma economia e suas relações com os componentes (agen-
tes econômicos), retratando, assim, a vida econômica de um país em cada momento histórico.

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Falando especificamente do sistema econômico de uma economia capitalista, podemos


ainda classificá-lo em:
1- Sistema de concorrência pura
No Sistema de concorrência pura, não temos interferência do governo, valendo o “Laisse-
z-faire”, ou seja, cabe ao mercado resolver os problemas econômicos fundamentais (o que,
quanto, como, quando e para quem produzir).
A ideia aqui é a da “mão invisível” do mercado que, sem a intervenção do governo, conse-
gue promover o equilíbrio dos mercados com base nos mecanismos de preço e na filosofia do
liberalismo econômico.

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2- Sistema de concorrência mista


No Sistema de concorrência mista, existe interferência do governo na economia, ou seja,
no final das contas o governo e o mercado compartilham decisões acerca dos problemas
econômicos fundamentais (o que, quanto, como e para quem produzir).
A linha de pensamento desse tipo de sistema econômico é que o mercado sozinho não
consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de recursos, sendo ne-
cessário para isso a atuação econômica do Setor Público.
Assim, no Brasil de hoje vivemos em um Sistema Econômico de Concorrência Mista, fun-
damentada nos princípios da livre concorrência, da propriedade privada e da liberdade con-
tratual de trabalho, cabendo ao Estado, como agente econômico, interferir nas atividades eco-
nômicas interagindo no mercado, definindo e estabelecendo as regras para maior eficiência
dos processos econômicos.
Nessa pegada, o Governo interage com as famílias e com as empresas, como agente eco-
nômico produtor de bens e serviços públicos e como agente regulador do mercado, atuando
na geração, execução e julgamento das regras dessa economia.

017. (CESPE/AGU/PROCURADOR-FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item subsequente:


A livre-concorrência e livre-iniciativa devem orientar-se pelos princípios da dignidade e da jus-
tiça social.

Em nosso sistema capitalista misto, uma economia de mercado com intervenção governa-
mental, a ordem econômica é fundada na livre iniciativa e na livre concorrência inerentes a uma
economia de mercado, mas também respeita os princípios da dignidade e da justiça social
estabelecidos em função da intervenção governamental na economia.
Certo.

1.8. Economia do Bem-Estar


Podemos dizer que a economia do bem-estar é um ramo de estudo econômico que usa
técnicas microeconômicas para determinar simultaneamente eficiência de alocação dentro de
uma economia e a distribuição de renda associada a ela.
Basicamente, a economia do bem-estar procura medir o bem-estar social examinando as
atividades econômicas dos indivíduos que compõem a sociedade.

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018. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) No que diz respeito à teoria do bem-estar social, julgue


o item subsequente.
A divisão igualitária de todos os bens da economia entre os seus agentes é uma alocação justa
no sentido econômico.

Na verdade, uma alocação justa é aquela que é eficiente e equitativa, ou seja, caso seja eficien-
te e quando nenhum indivíduo prefere a alocação de outro indivíduo em detrimento da sua.
Nessa pegada, a divisão igualitária não é necessariamente eficiente.
Vamos exemplificar para esclarecer a situação!
Imagine que duas pessoas, João e Pedro, tenham duas unidades de cada um dos bens, X e Y.
Se João prefere X e o Pedro prefere Y, uma alocação igualitária (uma unidade de X e uma de
Y) para cada um deles não seria eficiente e, portanto, não seria justa no sentido econômico.
Ambos estariam numa melhor situação se pudessem trocar um dos bens por aquele de sua
preferência.
Errado.

1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e


Monetários
Como o objetivo principal da aula de hoje é adquirir conhecimentos que servirão de base
para todo o nosso curso, não posso deixar de abordar o fluxo circular da Renda, os lados real
e monetário da economia e seus mercados.
Os agentes econômicos são aqueles “personagens” que interferem na economia, podendo
ser agrupados em famílias (consumidores), empresas (produtores), governo e setor externo
(resto do mundo). Entretanto, na aula de hoje, vamos nos ater às famílias e às empresas.
Em primeiro lugar, é interessante pontuar que existem, no lado real da economia, dois gran-
des mercados: o mercado de bens e serviços e o mercado de fatores de produção.
a) O Mercado de Bens e Serviços, que corresponde à compra e venda dos diversos bens
produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares etc.) e dos diversos serviços (banda larga,
planos de saúde, cursos para concursos, transportes etc.) para satisfazer as necessidades
humanas (na verdade não só humanas… o mercado para “pets” é gigante…).
Nesse mercado, as firmas (aqui também entram os prestadores de serviço que atuam
como autônomos como o dentista e a manicure) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou
famílias).

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Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa a palavra mer-
cado em economia é “o lugar onde oferta e procura se encontram”.
Assim, nesse mercado, as empresas (e os prestadores de serviço que atuam como autô-
nomos) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a procura (também
chamada de demanda).
Portanto, no mercado de bens e serviços, nós, consumidores, procuramos bens e serviços
para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o
primeiro mercado objeto do nosso estudo.
b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos fatores de
produção escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital.
Nesse mercado, os indivíduos (ou as famílias) ofertam os fatores de produção às firmas.

“Mas como assim professor”?


Colega, você quer consumir, não quer?
E o que você faz para poder comprar aqueles bens e serviços e ter suas necessidades
satisfeitas?

Trabalha!
Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo?
Bom, esse então é o fator de produção Trabalho.

“E os outros dois grupos de fatores de produção”?

Calma!
Vamos falar do fator de produção Terra.
Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora de uvas na cidade
de Caxias do Sul – RS.
Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado em nosso con-
curso, certo?

E aí, o que fazer com a fazenda?

Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é um grande produtor
de vinhos por lá.
Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para a empresa pro-
dutora de vinhos do seu primo.
Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma.

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O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às máquinas, equipamen-


tos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anteriormen-
te e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens. Em
suma, são bens usados para produzir outros bens (e não simplesmente aquela ideia que temos
de aplicação financeira).
É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante: Fluxo Circular da Renda.

Mercado de Bens e Serviços

Famílias Empresas

Mercado de fatores de produção

Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao máximo, elemento


fundamental para se compreender o funcionamento macro de um determinado sistema eco-
nômico capitalista.
Mas voltemos à análise do nosso sistema econômico simplificado… vamos lembrar que de
um lado estão os indivíduos/famílias, que são os proprietários da força de trabalho, da terra,
dos recursos naturais, das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados
pelas empresas/firmas no seu processo de produção. Assim, na parte superior da figura, ve-
mos o que acontece no mercado de bens e serviços.
Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de produção dos indiví-
duos, no mercado de fatores. Na figura, essas transações são representadas pelas linhas da
parte inferior do quadro.
Aí já sei o que você deve estar pensando…

Professor, até aqui beleza. Mas, e a tal da renda?

Vamos lá!
Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa e vice-versa, va-
mos mastigar isso e entender definitivamente, certo?

Imagine agora o seguinte: quem oferta/produz/vende uma coisa quer o que em troca?

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Isso mesmo, dinheiro!

E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que em troca?

Dinheiro também!
Agora entra em cena o outro lado da economia, o lado monetário!

Mercado de bens
e serviços

Empresas Famílias

Mercado de fatores de pro-


dução

Fluxo monetário

Fluxo real

Vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, no qual ocorrem as transações
monetárias, os pagamentos e os recebimentos. Mas sei que você está louco para visualizar
isso na forma de fluxo monetário, não é? Então aí vai o fluxo monetário:

Pagamento dos bens e serviços

Famílias Empresas

Remuneração dos fatores de produção

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Assim, nessa figura, os sentidos das setas indicam para onde o fluxo monetário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de
produção. E na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e ser-
viços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam
por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção.
Vamos ver agora os dois lados da economia: o lado real e o lado monetário:
Despesas Receitas

Mercado de bens e
serviços

Demanda Oferta de
bens e
de bens e ser-
serviços
viços

Famílias Empresas

Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
-...

Mercado de fatores de pro-


dução

Renda das famílias pagamento dos fatores de


produção

Fluxos monetários

Fluxos reais

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) No fluxo de renda de uma economia, a organização do


processo de produção que cria bens e serviços é atribuída
a) às famílias.
b) aos consumidores.
c) às famílias e aos consumidores.
d) às empresas.
e) às famílias locais e dos outros países.

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Basta lembrar do fluxo circular da renda, em que as famílias fornecem capital e trabalho às
empresas que usam tais insumos para produzir bens e serviços e vender no mercado, remu-
nerando as famílias.
Letra d.

1.10. Variáveis Fluxo x Estoque


Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e vari-
áveis do tipo estoque.

DICA
Antes de conceituá-las, imagine a variável do fluxo como sen-
do dinâmica, que se refira a um determinado período de tem-
po, como um filme, e, por outro lado, imagine a variável do tipo
estoque como sendo estática, que reflita um momento especí-
fico, como uma fotografia.

As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período de tempo, e, por isso,
são expressas em unidades de tempo.

Exemplos: salário mensal, lucro anual, exportações trimestrais, vendas semestrais etc.

As variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data.

Exemplos: estoque de mercadorias em 31/12/2019, taxa de câmbio em 20/07/2020 etc.

O PULO DO GATO
Existe uma inter-relação entre as varáveis do tipo fluxo e as variáveis do tipo estoque, como
no caso da dívida de um país. Note que o saldo da dívida é uma variável do tipo estoque, mas
que é alimentado pelos fluxos de amortizações (pagamentos) e de novas contratações (libe-
rações) ao longo do tempo.

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1.11. Dez Princípios da Economia


De acordo com Mankiw, existem na economia dez princípios básicos. Vamos apresentá-los
e tecer breves comentários sobre cada um deles, sendo que alguns deles já foram estudados
na aula de hoje.

1.11.1. Os Indivíduos Enfrentam “Trade-Offs” (Escolhas)

Esse princípio, intimamente relacionado ao custo de oportunidade, está relacionado às


escolhas inerentes às decisões econômicas, ou seja, ao se escolher uma opção, obrigatoria-
mente faz-se uma troca dessa opção pelas outras opções possíveis.

Exemplo: se escolho trocar meu carro em vez de viajar nas férias ou de aplicar o valor corres-
pondente em minha previdência privada.

020. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Todas as decisões individuais, em geral, enfrentam custos de oportunidade.

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Em outras palavras, a assertiva nos diz que cada pessoa enfrenta “trade-offs”, ou seja, esco-
lhas que envolvem análise de custo de oportunidade.
Certo.

1.11.2. Custo de Oportunidade – o Custo de Algo é Aquilo que Você “Abre Mão“
para Poder Obtê-lo

Em outras palavras, esse princípio se refere ao custo de oportunidade, ou seja, ao que se


deixa de ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.

021. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar a


tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a compa-
ração entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. O trade-off
enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

Cada escolha que fazemos implica em abrir mão de uma opção em detrimento daquela que
escolhemos.
Nesse sentido, abrimos mão de uma oportunidade, ou seja, incorremos em um custo de opor-
tunidade, ou, em outras palavras, essa troca/escolha/trade-off enfrentada pelo agente econô-
mico implica em um custo de oportunidade.
Letra a.

1.11.3. Pessoas Racionais Pensam na Margem (Decisões Marginais)

De acordo com esse princípio, os agentes econômicos decidem agir quando a receita mar-
ginal é superior ao custo marginal.
Pensar na margem significa avaliar e, em função dessa avaliação decidir a relação custo-
-benefício de cada ação, ou seja, se essa ação vai trazer ganhos adicionais líquidos, que ocor-
rem quando as receitas adicionais são superiores aos custos adicionais.

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Exemplo: suponha, grosso modo (desconsiderando custos fixos, impostos e outras despesas),
que em determinada empresa, o custo de produção marginal para produção de um sapato seja
de R$ 30,00, e que esse sapato seja vendido por R$ 100,00. Nesse caso, temos um ganho na
margem de R$ 70,00 por sapato vendido, o que justifica a produção e venda dessa unidade
adicional.

1.11.4. Pessoas Reagem a Incentivos

É mais que natural reagirmos a incentivos, sejam recompensas (positivos) ou punições


(negativos). Em economia, o principal mecanismo de incentivo são as promoções e descontos
nas suas mais diversas formas, seja via redução da tributação, aumento de prazo etc.

Pense em uma promoção por meio da concessão de um desconto de 70% no preço de um pro-
duto. Agora imagine o efeito desse incentivo nas vendas desse produto. Certamente os consu-
midores se sentirão incentivados a consumir esse produto.

022. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a


conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais:
I – O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja,
quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevita-
velmente, outros problemas.
II – O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para
abrir mão de algum consumo.
III – A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não re-
vestido de racionalidade econômica.
IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma puni-
ção ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

I – Certo. Já que trade off é um termo usado em economia para definir uma situação de esco-
lha conflitante.

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II – Errada. Já que custo de oportunidade envolve escolha, ou seja, é abrir mão de algo em
função de outra.
IV – Certo. Já que um dos princípios de economia é o de que “as pessoas reagem a incentivos”.
III – Errado. Já que um dos princípios de economia enuncia que “as pessoas racionais pensam
na margem”. De fato, mudança marginal é um pequeno ajuste incremental em um plano de
ação, contudo esse ajuste é decorrente de racionalidade econômica.
Letra c.

1.11.5. O Comércio Pode Ser Bom para Todos

Esse princípio guarda relação com o princípio da especialização, por meio do qual as uni-
dades produtivas e os países podem se especializar e, com isso, aumentar a produtividade,
repassando tais ganhos para os consumidores.

Exemplo: imagine que você tivesse que produzir a sua comida, a sua roupa e todos os demais
produtos e serviços que consome. Seria uma loucura! Na prática, você se especializa e presta
determinado serviço à sociedade e com a renda que recebe compra os produtos e serviços
produzidos por pessoas e empresas que se especializam na produção desses produtos/servi-
ços.

023. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica,


julgue o item que se segue.
De acordo com a teoria microeconômica tradicional, uma economia de mercado é usualmente
uma forma ineficiente de organização da atividade econômica de um país.

Na verdade, uma economia de mercado é muito eficiente na forma de organização da atividade


econômica de um país, já que pode maximizar a utilidade dos consumidores e maximização o
lucro das firmas, embora tal eficiência nem sempre seja aceitável do ponto de vista social e de
distribuição de renda.
Errado.

1.11.6. Os Mercados São, Geralmente, uma Boa Maneira De Organizar A Ati-


vidade Econômica e Tendem ao Equilíbrio

Em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem responde às questões funda-


mentais da economia: o que, quanto, como, quando e para quem produzir.

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Nesse sistema econômico, empresários e trabalhadores são os atores de tais decisões


guiados pelas necessidades do próprio mercado.
O mercado tende a equilibrar a oferta e a demanda de determinado produto ou serviço por
meio de um preço de equilíbrio.

1.11.7. Os Governos Podem Melhorar os Resultados do Mercado quando esse


Apresenta Falhas

A atuação econômica dos governos em uma economia de mercado é importante, dentre


outras situações, para corrigir as chamadas falhas de mercado (assunto normalmente estu-
dado em Microeconomia), para garantir o direito de propriedade e para aumentar a equidade,
promover melhor alocação de recursos, estabilizar e redistribuir recursos.

Exemplo: para combater os efeitos econômicos decorrentes da pandemia do COVID-19, o


governo federal precisou atuar para redistribuir recursos para aqueles mais necessitados,
como foi o caso do auxílio emergencial para os trabalhadores informais. Note que para enfren-
tar um tipo de situação como essa, o mercado sozinho não teria resposta, sendo fundamental
a participação do setor público nessa empreitada.

024. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Os governos são dispensáveis como mecanismo de maximização do bem-estar social.

Não são dispensáveis. Veja o caso do enfrentamento da pandemia do COVID-19 em todo o


mundo. Os governos desempenharam um papel fundamental na maximização do bem-es-
tar social.
Errado.

1.11.8. O padrão de Vida de um País Depende da sua Capacidade de Produzir


Bens e Serviços

Em outras palavras, quanto maior a produtividade de um país, mais elevado será o padrão
de vida dos habitantes desse país.
Guarde que a produtividade pode ser entendida como quanto uma economia pode produzir
a mais de produto, com uma unidade a mais de mão de obra por unidade de tempo.

Exemplo: na média, um trabalhador de um país rico produz mais bens e serviços do que um
trabalhador de um país pobre, tendo assim mais qualidade de vida, manifestada por meio de
acesso a saúde, alimentação de qualidade, educação, dentre outros.
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1.11.9. Os Preços Sobem quando o Governo Emite Moeda Demais

Uma das causas da inflação (estudada em Macroeconomia) é o aumento da emissão de


moeda. A ideia básica é que quanto mais abundante um bem, menor é o seu valor, valendo
essa premissa também para a moeda.
Em suma, quando o governo emite moeda em excesso, a inflação, (aumento geral do nível
de preços da economia) é uma consequência certa.

1.11.10. Existe um “Trade-off” de Curto Prazo entre Inflação e Desemprego

Quando falamos em curto prazo, normalmente um aumento no desemprego tende a gerar


redução da inflação, já que as pessoas têm menos dinheiro para comprar, desaquecendo a
economia, reduzindo a pressão sobre os preços.
Em sentido oposto, também no curto prazo, uma redução no desemprego tende a gerar au-
mento da inflação, já que as pessoas têm mais dinheiro para comprar, aquecendo a economia,
aumentando, assim, a pressão sobre os preços.

1.12. Classificações dos Bens


• Bem livre é aquele que não possui preço, embora sirva para satisfazer necessidades.
Normalmente existe em abundância e ninguém exerce o direito de propriedade sobre
ele.

Exemplos: luz solar e ar que respiramos.


• Bem econômico é aquele que tem preço por ser relativamente escasso ou por exigir
trabalho humano, além de alguém exercer sobre ele o direito de propriedade e de ser
demandado pela sociedade.

Exemplos: veículos, roupas e relógios.


• Bem de capital é aquele que é utilizado na fabricação de outros bens e que não se des-
gastam totalmente no processo produtivo. Normalmente integram o ativo fixo das em-
presas e geram aumento de produtividade da mão de obra. São bens finais.

Exemplos: máquinas, equipamentos e instalações.


• Bem de consumo é aquele que serve para satisfazer uma necessidade humana (ou do
pet… risos). Podem ser divididos em bens duráveis (como eletrodomésticos) e não du-
ráveis (como alimentos). É um bem final, ou seja, é vendido para consumo por parte do
consumidor final.

Exemplos: eletrodomésticos e alimentos.

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• Bem intermediário, diferentemente do bem final, é aquele que é transformado ou agre-


gado na produção de outros bens, sendo, obrigatoriamente consumidos (não pelo con-
sumidor final) totalmente no processo produtivo, como insumos e matérias-primas.

Exemplo: o couro utilizado na produção de um sapato.


• Bem adicionado é aquele acrescido/agregado ao produto, servindo para determinação
do bem final.

Exemplo: Ao se adicionar os componentes (que valem R$ 1.000,00) a um computador (que


vale R$ 2.000,00), adicionou-se o valor de R$ 1.000,00, que corresponde ao bem adicionado.

1.13. Microeconomia x Macroeconomia


Outra ideia que você deve logo ficar atento é que a Economia, especificamente o estudo da
Ciência Econômica, para fins didáticos, divide seu campo de atuação em duas áreas específi-
cas principais a Microeconomia e a Macroeconomia.
Antes de adentrarmos nos conceitos, tenha em mente que o termo em grego “micro’ signi-
fica pequeno e “macro” grande.
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou firmas),
dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determinado merca-
do, as causas do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por
exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a concorrência
perfeita) etc.
Podemos dizer ainda que a Microeconomia é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um determinado produto ou serviço, ou de um grupo de pro-
dutos ou serviços, tendo como objeto o comportamento de seus consumidores e produtores.

Exemplos: mercado de computadores, mercado de equipamentos de tecnologia da informa-


ção etc.

A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma


global. Podemos dizer ainda que a Macroeconomia é o ramo da Teoria Econômica que estuda
o funcionamento da economia no seu todo. Seu foco é identificar e medir as variáveis que de-
terminam o nível geral de preços do sistema econômico, o nível geral de emprego da economia
e a produção total da economia.

Exemplos: Produto Interno Bruto (PIB), a inflação (evolução dos preços), o desemprego etc.

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Microeconomia Macroeconomia

Define-se pela: Apresenta: Tem foco nos:

Relação entre empresas 3 elementos Agregados


e consumidores atuantes Econômicos

da qual advém: que são: que são:

Renda, emprego, juros,


Relação entre Consumidor,
títulos,
oferta e procura empresa e produção
câmbio etc...

que define: cuja estrutura é composta de:

Os preços Mercado de divisas:


Bens de serviço câmbio, dólar...

Mercado de títulos: deficit


e superavit
Mercado de trabalho

Mercado
Monetário
Juros

DICA
Uma forma simples de melhor definir essas duas áreas (Mi-
croeconomia e Macroeconomia) é fazendo-se uma compara-
ção entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por exemplo,
a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a
Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determinada
árvore ou tipos de árvores, a Macroeconomia teria como obje-
to de atuação o estudo da floresta de uma forma ampla.

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025. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de macroeconomia, jul-


gue o item que se segue.
A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

Sem dúvida, os objetos de estudo da Macroeconomia são os agregados e as variáveis macro-


econômicas, ou seja, o produto, a renda, a inflação, o emprego, os juros, dentre outros.
A assertiva fala em índice geral de preços, ou seja, cita um indicador da variação da inflação, e
o aumento agregado no nível agregado de recursos da economia, que sem dúvida pertencem
ao campo de estudo macroeconômico.
Certo.

026. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeco-


nomia se dá
a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.
b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se trata de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus de agre-
gação entre os agentes econômicos.

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Como na macroeconomia não estudamos mercados específicos, mas sim todos os mercados
de modo agregado, diferentemente da Microeconomia que estuda mercados específicos, po-
demos sim dizer que a diferença é o nível de agregação.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas da teoria da firma no
âmbito da Microeconomia.
b) Errada. Já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas das estruturas de mer-
cado no âmbito da Microeconomia.
c) Errada. Já que ambas estudam essas variáveis, mas com níveis de agregação distintos.
d) Errada. Já que a macroeconomia leva em conta as expectativas dos agentes econômicos,
como no estudo das expectativas e na seara da inflação.
Letra e.

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RESUMO
A Economia é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda
como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consu-
mo de bens e serviços
Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos são escassos, mas as necessidades são ilimita-
das. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.

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O “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, nada mais é do que se


atribuir um custo às várias oportunidades de uso de recursos sempre limitados.
O Custo de Oportunidade, portanto, é diretamente relacionado com o princípio que con-
sidera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são
escassos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade
(de todas as pessoas).
Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de ganhar por não se
ter optado pela melhor alternativa.
Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de recursos,
escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.

A CPP – Curva de Possibilidade de Produção expressa a capacidade máxima de produção


de uma empresa, setor econômico ou até de um país. A escassez de recursos cria um limite
máximo à capacidade produtiva de uma empresa, que terá de fazer escolhas entre opções
de produção.
Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou
fatores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
da sua capacidade. Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade. Tudo está fun-
cionando a pleno emprego.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:

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1) Os recursos produtivos são fixos.


2) A tecnologia é constante.
3) Os recursos produtivos não são perfeitamente substituíveis entre si.
4) Somente podem ser produzidos dois produtos diferentes.
Considerando que os fatores de produção são especializados e não são completamente
adaptáveis a novas utilizações, existe um aumento progressivo do custo de oportunidade de
tais substituições, o que justifica o formato côncavo da CPP (voltado para dentro).
No que diz respeito ao deslocamento da CCP, se for para a direita, indica que a empresa
ou sociedade está crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de pro-
dução, ou ainda o melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por
exemplo, com um progresso tecnológico. Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para
a esquerda, indica que a empresa ou sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma
diminuição da quantidade física de fatores de produção.
Guarde que os elementos básicos de um sistema econômico são:
1 – O estoque de recursos produtivos ou de fatores de produção (terra, trabalho e capital).
2 – O complexo de unidades de produção (empresas).
3 – O conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Tenha em mente que, basicamente, os países organizam tais elementos, economicamente
falando, de duas formas:
1 – Economia de Mercado ou Sistema Capitalista.
2 – Economia Planificada, Centralizada ou Sistema Socialista.
Em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem responde às questões funda-
mentais da economia (o que, quanto, como, quando e para quem produzir), diferentemente de
uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão central de planejamento).
No lado real da economia, temos dois grandes mercados: o mercado de bens e serviços e
o mercado de fatores de produção.
a) O Mercado de Bens e Serviços, que corresponde à compra e venda dos diversos bens
produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares etc.) e dos diversos serviços (banda lar-
ga, planos de saúde, cursos para concursos, transportes etc.) para satisfazer as necessida-
des humanas.
Nesse mercado, as firmas (aqui também entram os prestadores de serviço que atuam
como autônomos como o dentista e manicure) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou
famílias).
Portanto, no mercado de bens e serviços, nós, consumidores, procuramos bens e serviços
para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o
primeiro mercado objeto do nosso estudo.

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b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos fatores de


produção escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital. Nesse mercado, os indivíduos
(ou as famílias) ofertam os fatores de produção às firmas.
Despesas Receitas

Mercado de bens e
serviços

Demanda Oferta de
bens e
de bens e ser-
serviços
viços

Famílias Empresas

Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
-...

Mercado de fatores de pro-


dução

Renda das famílias pagamento dos fatores de


produção

Fluxos monetários

Fluxos reais

Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e va-
riáveis do tipo estoque. As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período
de tempo (filme) e as variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data (foto).
Dez princípios da economia de MANKIW:
1) Os indivíduos enfrentam “trade-offs” (escolhas).
2) Custo de Oportunidade – o custo de algo é aquilo que você “abre mão“ para poder obtê-lo.
3) Pessoas racionais pensam na margem (decisões marginais).
4) Pessoas reagem a incentivo.
5) O comércio pode ser benéfico a todos.

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6) Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade econômica e


tendem ao equilíbrio.
7) Os governos podem melhorar os resultados do mercado quando esse apresenta falhas.
8) O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e serviços.
9) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
10) Existe um “trade-off” de curto prazo entre inflação e desemprego.
Para fins didáticos o estudo econômico pode ser dividido em 2 grandes campos: Microe-
conomia e Macroeconomia.
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou fir-
mas), dos indivíduos, de determinados mercados etc. Pertence ao campo da Microeconomia,
por exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e
procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo,
se ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita) etc.
A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma
global: Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc.

Microeconomia Macroeconomia

Define-se pela: Apresenta: Tem foco nos:

Relação entre empresas 3 elementos Agregados


e consumidores atuantes Econômicos

da qual advém: que são: que são:

Renda, emprego, juros,


Relação entre Consumidor,
títulos,
oferta e procura empresa e produção
câmbio etc...

que define: cuja estrutura é composta de:

Os preços Mercado de divisas:


Bens de serviço câmbio, dólar...

Mercado de títulos: deficit


e superavit
Mercado de trabalho

Mercado
Monetário
Juros

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Resumindo, temos:

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MAPA MENTAL
1- ceteris paribus

Pressupostos 2- o papel dos preços relativos


básicos
3- objetivos da empresa

atribuir um custo às várias oportu-


Expressa as escolhas diante da Custo de nidades de uso de recursos sem-
escassez e do custo de oportuni- oportunidade pre limitados
dades

Expressa a capacidade máxima de


Curva de possibilidade
produção de uma empresa, setor
de produção
econômico ou até de um país. A
escassez de recursos cria um limi-
te máximo à capacidade produtiva
de uma empresa que terá de fazer
Introdução à
escolhas entre opções de produção
Microeconomia

maximizar a produção de bens e


serviços, dadas as restrições colo- o que produzir?
cadas pela quantidade limitada de Eficiência como produzir?
fatores de produção econômica
quanto produzir?
Escolhas
onde produzir?
para quem produzir?

Estuda o comportamento das uni-


dades produtivas (empresas ou
firmas), dos indivíduos, de determi-
nados mercados, etc.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:
A economia estuda a forma pela qual uma sociedade organiza a sua produção.

002. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A distribuição do produto nacional é parte central do problema econômico.

003. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Segundo Gilles-Gaston Granger, a economia é, “si-


multaneamente e confusamente, ciência das coisas, ciência das ações e ciência das estru-
turas sociais.” (GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955. p. 2). A citação acima é
explicada por:
a) o economista realiza experimentos perfeitamente controlados, atingindo, em suas previ-
sões, a precisão das ciências da natureza.
b) o conceito de economia exclui a noção de que esta é uma ciência que trata dos produtos da
atividade humana.
c) o conteúdo da economia pode variar segundo o enfoque de cada autor ou escola: apresen-
ta-se, por exemplo, como amplo sistema contábil que descreve o circuito dos produtos, em
estrita ligação com o funcionamento de uma sociedade.
d) a economia propõe uma abordagem cujas relações essencialmente determinadas por ele-
mentos objetivos, externos ao ser humano.
e) a economia não possui caráter científico.

004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
A Economia é a ciência social na qual se estuda como os indivíduos tomam decisões sob a hi-
pótese de que os recursos, se produzidos e distribuídos com eficiência, serão suficientes para
suprir todas as necessidades da coletividade.

005. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir, acerca dos fatores de produção.


Os fatores de produção podem ser classificados em naturais, trabalho e capital, sendo este
último dividido em físico e humano. O capital físico é formado pelos recursos manufaturados
utilizados na produção, pela educação e pelo conhecimento incorporado na força de trabalho.

006. (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) Considerando que a economia é uma ci-


ência social fundamental para o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes, assi-
nale a alternativa correta.
a) A organização política de uma sociedade afeta a forma como ela escolhe os próprios repre-
sentantes e elabora as normas que regularão as relações sociais, contudo o desenvolvimento

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das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização
máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca de economia ambiental, julgue o item a seguir.


Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta de recursos naturais,
e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de vista, admite-se que determinados tipos
de recursos possam se esgotar temporariamente.

008. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os seguintes problemas básicos


da Economia:
I – O que produzir.
II – Como produzir.
III – Quanto produzir.
IV – Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos proble-
mas contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte por participar do pro-
grama de trainee de uma grande empresa em vez de trabalhar em uma empresa de menor
porte que ofereça melhor remuneração.

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010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue os itens subsequentes.
Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do trabalho, apesar
de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove a alocação eficiente dos recursos.

011. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A fronteira de possibilidades de produção ilustra as restrições econômicas de uma sociedade.

012. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microe-


conômica da produção.
Um ponto da fronteira de possibilidades de produção em que dois bens são produzidos é mais
eficiente do que um ponto em que um único bem é produzido.

013. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
Ao se deslocar um fator de produção de uma atividade produtiva para outra, o custo de opor-
tunidade será crescente, uma vez que, no curto prazo, fatores de produção não são completa-
mente ou facilmente adaptáveis.

014. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Um deslocamento paralelo para a direita da Curva de


Possibilidade de Produção entre os bens A e B pode decorrer de
a) uma redução dos recursos necessários para a produção do bem A, mantido tudo o mais
constante para o bem B.
b) um progresso tecnológico na produção dos bens A e B.
c) um aumento dos recursos necessários para a produção do bem B, mantido tudo o mais
constante para o bem A.
d) um aumento da quantidade dos agentes que demandam os produtos A e B.
e) uma redução da quantidade máxima passível de obtenção para os bens A e B.

015. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
A CPP contempla todas as combinações de bens e serviços que podem ser produzidos em uma
economia, de forma que os pontos localizados acima da curva, embora possíveis, representam
alocações ineficientes e os pontos abaixo representam o problema da escassez de recursos.

016. (CESPE/TC-DF/ACE/2012) Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.


A forma não linear de uma fronteira de possibilidades de produção está associada à adaptabi-
lidade perfeita dos recursos na produção de dois bens.
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Introdução à Economia
Manuel Piñon

017. (CESPE/AGU/PROCURADOR-FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item subsequente:


A livre-concorrência e livre-iniciativa devem orientar-se pelos princípios da dignidade e da jus-
tiça social.

018. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) No que diz respeito à teoria do bem-estar social, julgue


o item subsequente.
A divisão igualitária de todos os bens da economia entre os seus agentes é uma alocação justa
no sentido econômico.

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) No fluxo de renda de uma economia, a organização do


processo de produção que cria bens e serviços é atribuída
a) às famílias.
b) aos consumidores.
c) às famílias e aos consumidores.
d) às empresas.
e) às famílias locais e dos outros países.

020. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Todas as decisões individuais, em geral, enfrentam custos de oportunidade.

021. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar a


tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a compa-
ração entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. O trade-off
enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

022. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a


conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais:
I – O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja,
quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevita-
velmente, outros problemas.
II – O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para
abrir mão de algum consumo.
III – A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não re-
vestido de racionalidade econômica.

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma puni-
ção ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

023. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica,


julgue o item que se segue.
De acordo com a teoria microeconômica tradicional, uma economia de mercado é usualmente
uma forma ineficiente de organização da atividade econômica de um país.

024. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Os governos são dispensáveis como mecanismo de maximização do bem-estar social.

025. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de macroeconomia, jul-


gue o item que se segue.
A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

026. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeco-


nomia se dá
a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.
b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se trata de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus de agre-
gação entre os agentes econômicos.

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO
027. (FCC/SERGAS/ECONOMISTA/2010) A Curva de Possibilidades de Produção é utilizada
nos manuais de economia como uma forma de ilustrar o problema econômico fundamental de
que os fatores de produção são escassos para atender as necessidades de consumo de bens
pela sociedade. Em relação à ela, quando construída para dois bens, é correto afirmar que
a) uma das hipóteses utilizadas para construção da curva é que o progresso tecnológico é
crescente no curto prazo.
b) expressa os desejos da sociedade em consumir dois bens alternativos.
c) seu formato implica que os custos de transformação de um produto em outro são crescentes.
d) representa as combinações de mínima produção obtenível de dois bens, dada a tecnologia
e quantidade de fatores de produção.
e) se a produção da sociedade é representada por um ponto dentro da curva, isto significa que
os fatores de produção estão sendo utilizados da forma mais eficiente possível.

Reveja graficamente e lembre que a CPP tem o formato côncavo:

Nessa pegada, a diminuição da produção de um dos bens, necessária para aumentar a pro-
dução de uma unidade do outro, é cada vez maior ao longo da curva, propriedade essa que é
verificada por meio da taxa marginal de transformação (TMT), que é igual à inclinação da reta
tangente à curva, crescente (cada vez mais inclinada) ao longo da CPP.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Na verdade, a curva considera como fixos os fatores de produção e a tecnologia que são
constantes no curto prazo.
b) Na verdade, a CPP demonstra as combinações de dois bens que podem ser produzidos com
os fatores de produção da economia, ou seja, a relação estabelecida se refere à produção, e
não ao consumo, como afirma a alternativa.

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Introdução à Economia
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d) Na verdade, a CPP representa as combinações de máxima produção que se pode obter,


sendo que os pontos do lado de fora da curva são inalcançáveis dadas as quantidades atuais
fixas de fatores de produção e tecnologia
e) Na verdade, um ponto dentro da curva significa que os fatores de produção não estão sendo
totalmente empregados, ou seja, há capacidade ociosa de produção, o que significa que os
recursos não estão sendo utilizados da forma mais eficiente.
Letra c.

028. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Uma forma de compreendermos o funcionamento


de uma economia se dá por meio do chamado “fluxo circular da renda”, onde
a) os bens e serviços finais são fornecidos pelas famílias às empresas.
b) o fluxo monetário fica restrito no sentido das famílias para as empresas.
c) os agentes da sociedade se organizam como produtores e como consumidores.
d) o processo de produção que cria bens e serviços é organizado pelas famílias.
e) o fluxo material depende das famílias e não depende das empresas.

Questão que pode ser resolvida com a visualização do fluxo circular da renda.

Mercado de Bens e Serviços

Famílias Empresas

Mercado de fatores de produção

Repare que os agentes (empresas e famílias) da sociedade se organizam, sendo que no caso
dos bens e serviços temos como produtores as empresas e como consumidores as famílias.
Já para os fatores de produção, as famílias são produtoras e as empresas os consumidores.
Letra c.

029. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) Uma economia fechada apresenta certo número de in-


divíduos, certa técnica produtiva, certo número de fábricas e instrumentos de produção e um
dado conjunto de recursos naturais.
Nessa economia, observa-se as relações entre as possibilidades de produção de gasolina e
asfalto, expressas na tabela a seguir:

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Quantidade
Quantidade Possibilidades
Bens Máxima de
Máxima de Asfalto Intermediárias
Gasolina

Asfalto (milhões
150 140 120 90 70 0
de toneladas)

Gasolina
(milhões de 0 10 20 30 40 50
litros)
Esta tabela gera a seguinte sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto,
Gasolina):
(150,0); (140,10); (120, 20); (90,30); (70,40); (0,50)
Se esta economia observar uma forte retração de suas reservas petrolíferas, coeteris pa-
ribus, a sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto, Gasolina) mais
provável será
a) (160,0); (155,20); (125,35); (93,50); (71,70); (0,90).
b) (200,0); (190,5); (150,15); (110,20); (90,30); (0,40).
c) (150,0); (140,10); (120,20); (90,30); (70,40); (0,50).
d) (130,0); (120,15); (100,32); (80,55); (60,75); (0,100).
e) (130,0); (120,7); (100,13); (80,22); (60,30); (0,42).

O petróleo é insumo para produção dos seus derivados, com destaque na questão para a ga-
solina e o asfalto. A economia em tela pode produzir 150 milhões de toneladas de asfalto se
direcionar todos os recursos para isso ou produzir 50 milhões de litros de gasolina também
se direcionar todos os recursos para isso, ou seja, nesses extremos temos produção nula do
outro produto.
Nessa toada, as combinações de produção intermediárias estão colocadas de modo que à
medida que aumenta a produção de gasolina, cai a produção de asfalto e vice-versa. Assim,
se tivermos uma redução da disponibilidade de petróleo, essas possibilidades de produção
caem. Repare que a única alternativa que segue essa sistemática para todas as combinações
é a alternativa E.
Letra e.

030. (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) Acerca do problema econômico funda-


mental da escassez e da escolha, assinale a alternativa correta.
a) A escassez de recursos produtivos decorre da existência de necessidades humanas
ilimitadas.

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Introdução à Economia
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b) Em razão da tecnologia atual, a ciência econômica conseguiu superar o problema da escas-


sez, eliminando consequentemente a necessidade de escolha.
c) É papel da ciência econômica auxiliar a sociedade a decidir quais bens serão produzidos e
quais necessidades serão atendidas.
d) A escassez de bens, associada a recursos produtivos limitados, gera necessidades huma-
nas ilimitadas.
e) Quanto mais rica uma sociedade, maior seu nível de consumo; consequentemente, nessas
sociedades, o problema da escassez e da escolha tende a ser mais grave que em países pobres.

Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a economia tem por obje-
to de estudo a forma de alocação desses recursos entre usos alternativos, de modo a indicar
quais necessidades podem ou devem ser atendidas.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:
a) Errada. Embora as necessidades humanas sejam ilimitadas, inexiste essa relação causal,
ou seja, não é por isso que os recursos são escassos. Os recursos produtivos são naturalmen-
te escassos como o fator trabalho de acordo com a população em idade ativa em determi-
nado local.
b) Errada. Nem com toda a tecnologia do mundo alguns recursos produtivos deixam de
ser escassos.
d) Errada. Também inexiste essa relação causal. Vide comentário da alternativa a.
e) Errada. Embora as necessidades sejam ilimitadas, a utilidade marginal da renda é decres-
cente. Assim, como em um país pobre, temos falta de consumo de bens essenciais para sobre-
vivência, como o alimento, nele o problema da escassez é mais evidente.
Letra c.

031. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018)

Considere a curva de transformação na figura apresentada. O deslocamento da curva permite


atingir, a longo prazo, níveis mais elevados de produção e consumo.

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

Com base no exposto, é correto afirmar que o deslocamento da curva para a direita é causado por
a) progresso tecnológico.
b) redução na demanda agregada.
c) queda da inflação.
d) redução da carga tributária.
e) elevação da oferta agregada.

Tenha em mente que a Curva de Transformação ou CPP – Curva de Possiblidade de Produção


revela a capacidade de produção de uma economia.
Ora, para que a curva se expanda, ou seja, para que ela se desloque para a direita, faz-se neces-
sário aumentar a capacidade de produção dessa economia.
Nessa toada, perceba que o único fator apresentado dentre as alternativas que faz a capacida-
de de produção da economia aumentar é o progresso tecnológico.
Letra a.

032. (VUNESP/BNDES/ANALISTA/2002) A diferença entre a Microeconomia e a Macroeco-


nomia é que, na primeira,
a) são estudadas a produção e a formação dos preços das pequenas e médias empresas e, na
segunda, das grandes.
b) é estudada a alocação dos recursos das empresas grandes e, na segunda, das pequenas.
c) são estudados o comportamento das empresas e dos consumidores e, na segunda, o desem-
penho dos agregados econômicos, tais como o produto interno bruto e o nível geral de preços.
d) utiliza-se a hipótese do tudo o mais constante (coeteris paribus), enquanto, na segunda, não.
e) a variável relevante a ser estudada é a taxa de desemprego, enquanto, na segunda, são os
preços relativos dos bens agrícolas.

Na Microeconomia o foco é o estudo do comportamento dos consumidores ou das empresas


de forma individual, ou numa análise de determinado mercado apenas, enquanto na Macroeco-
nomia, o foco é o estudo dos agregados econômicos, tais como o nível geral de preços, a renda
agregada, o consumo agregado etc.
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. Já que os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empre-
sas que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
b) Errada. Já que os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empre-
sas que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
d) Errada. Já que essa hipótese serve para a análise estática na ciência econômica, podendo
ser aplicada tanto em Micro quanto na Macroeconomia.

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e) Errada. Já que, em verdade, a taxa de desemprego é uma das variáveis estudadas na Ma-
croeconomia e os preços relativos de determinados bens são estudados em Microeconomia.
Letra c.

033. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF-ECONOMISTA/2012) A Economia é conceituada por


diversos autores como a ciência da escassez. Nessa concepção, em uma economia de merca-
do, os problemas econômicos de “o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir” e “para
quem produzir” são equacionados pelo:
a) montante de fatores produtivos disponíveis.
b) planejamento estratégico governamental.
c) mecanismo de preços em geral.
d) nível de conhecimento tecnológico.

Em uma economia capitalista, de mercado, os problemas econômicos de “o quê produzir”,


“quanto produzir”, “como produzir”, “onde” e “para quem produzir” são equacionados pelo pró-
prio mercado, ou seja, por meio dos mecanismos de preços em geral.
Note que a alternativa B se enquadra no regime socialista, e as alternativas A e D, embora não
estejam erradas, não são a melhor opção.
Letra c.

034. (CONSULPLAN/MAPA/ADMINISTRADOR/2014) A macroeconomia trata do comporta-


mento da economia como um todo – de períodos de prosperidade e de recessão”(Rossetti,
1997. p. 717.).
Constituem-se indicadores de desempenho macroeconômico, EXCETO:
a) Preço.
b) Emprego.
c) Produto agregado.
d) Eficiência das unidades produtivas.

A eficiência das unidades produtivas é um tema afeto à Microeconomia, já que avalia a “árvo-
re”, ou seja, avalia o desempenho individual da produção de uma firma ou setor da economia
e não a economia de forma geral. Preço (preços em sentido amplo), Emprego (nível geral de
emprego) e Produto agregado são indicadores macroeconômicos relevantes.
Letra d.

035. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) A respeito dos conceitos de microeconomia, julgue


o item subsequente.

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Fronteira de possibilidades de produção consiste de uma construção gráfica que mostra a limi-
tação do potencial produtivo de um país na produção de um par de bens ou serviços.

O item nos trouxe uma definição perfeita da fronteira de possibilidades de produção. Ora, como
se trata de uma construção gráfica bidimensional, estamos falando do potencial produtivo de
um país (ou região) na produção de um par de bens e serviços. Se fosse construída em três
dimensões, então poderíamos tratar de um trio de bens e serviços. Confirme, visualizando
o gráfico:

Certo.

036. (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Considere a seguinte curva de possibilidades de pro-


dução para uma determinada economia fictícia, onde Y e X são os únicos bens produzidos
na economia.

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É correto afirmar que:


a) os pontos A, B e D representam combinações de produção de Y e X em que todos os recur-
sos produtivos disponíveis estão sendo utilizados.
b) a economia poderá atingir o ponto C se houver um aumento na disponibilidade de seus re-
cursos produtivos e/ou por meio de inovações tecnológicas.
c) só é possível atingir os pontos A e B, a partir do ponto D, se houver um aumento na disponi-
bilidade de recursos produtivos na economia.
d) somente o ponto A representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois é o ponto mais
alto da curva.
e) os pontos A e B, no curto prazo, representam maiores potenciais de crescimento econômico
(elevação do produto interno bruto) em relação ao ponto D.

a) Errada. Apenas os pontos A e B representam combinações de produção de Y e X em que to-


dos os recursos produtivos disponíveis estão sendo utilizados. No ponto D, existe ociosidade,
ou seja, parte dos recursos disponíveis não estão sendo utilizados totalmente.
b) Certa. Já que a economia poderá atingir o ponto C se houver um aumento na disponibilidade
de seus recursos produtivos e/ou por meio de inovações tecnológicas.
c) Errada. O ponto C representa o deslocamento da curva de possibilidades de produção para a
direita, que, como sabemos, ocorre quando do crescimento dos fatores de produção, que pode
ocorrer em virtude de um aumento na disponibilidade de seus recursos produtivos e/ou por
meio de inovações tecnológicas.
c) Errada. Pode-se atingir os pontos A e B simplesmente por meio da utilização plena dos fa-
tores de produção já disponíveis na economia, sem precisar ampliar a sua disponibilidade. Em
suma, precisar haver eficiência, reduzindo a ociosidade existente no ponto D.
d) Errada. Tanto o ponto A quanto o ponto B representam o pleno emprego dos fatores de pro-
dução. Ambos estão na curva de possibilidade de produção.
e) Errada. Os pontos A e B, no curto prazo, não demonstram possibilidade de crescimento já
que estão trabalhando a 100% da capacidade na CPP.
Letra b.

037. (ESAF/MPOG/APO/2010/ADAPTADA) Julgue a afirmativa:


A macroeconomia trata os mercados de forma global.

Guarde que enquanto a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados eco-
nômicos de forma global, a Microeconomia foca na individualidade dos agentes ou setores.
Certo.

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038. (FGV/SEFAZ-RJ/AFRE/2007) Se uma cidade decide construir um hospital em um terre-


no vazio de propriedade pública, o custo de oportunidade dessa decisão é representado:
a) pelo custo exclusivamente contábil dessa decisão.
b) pela oportunidade custosa, porém essencial, de se construir um hospital público.
c) pelo benefício social que aquele hospital deve gerar aos cidadãos da cidade.
d) pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno.
e) pela oportunidade de aproveitar um terreno vazio que, antes, apenas gerava custos
para a cidade.

Essa questão é muito boa para vermos um bom exemplo prático de custo de oportunidade.
Como vimos o custo de oportunidade é sempre uma comparação entre alternativas para utili-
zação de um recurso, no qual “abre-se mão” de uma aplicação em detrimento de outra.
No caso da questão em tela, o recurso é o terreno público. A alternativa escolhida para utiliza-
ção desse terreno foi a construção de um hospital.
Assim, alternativa D faz menção justamente à renúncia, ao “abrir-se mão” de erguer outras
construções naquele terreno para poder erguer o hospital.
Letra d.

039. (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da economia, julgue o se-


guinte item.
A macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente, mas,
sim, do comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos.

A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma


global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja, estudar a floresta.
Quem estuda as árvores é a Microeconomia, que estuda o comportamento das unidades pro-
dutivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Errado.

040. (CESPE/PF/APF/2004) A questão da escolha em situação de escassez, abordada pela


microeconomia, as interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeco-
nômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir:
O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico correlato, ocorre somente
quando, dentro do processo produtivo, não existe possibilidade de substituição entre insumos.

Na verdade, o binômio escassez/escolha permeia todo o processo de decisão, desde o que


produzir, passando por como produzir, quando produzir, onde produzir e para quem produzir.

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Assim, a palavra “somente” torna a alternativa errada. Desconfie em prova de palavras como
somente, nunca e sempre. O examinador as coloca para induzi-lo ao erro.
Errado.

041. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue o item subsequente.
Uma redução substancial das taxas de desemprego, por aumentar a eficiência na utilização
do fator trabalho, desloca a fronteira de possibilidades da economia para cima e para a direita.

Outra questão de excelente nível que exigiu do candidato raciocínio aplicado aos conceitos
aprendidos. Para resolver essa questão, a melhor forma é tentarmos visualizar na CPP o que o
examinador está dizendo. Para isso, vamos pegar emprestado o gráfico a seguir.

O que a afirmativa diz inicialmente é: existe desemprego, ou seja, estamos no ponto D (ponto
abaixo da curva), mas esse desemprego é reduzido (a mão de obra que estava ociosa passa a
ser utilizada), ou seja, o fator trabalho foi utilizado de forma mais eficiente (houve redução da
ineficiência – ociosidade.
Até aqui, beleza!
Estávamos no ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.

PEGADINHA DA BANCA
Mas no final o examinador tenta te pegar. Ele fala que essa nova situação desloca a fronteira
de possibilidades da economia para cima e para a direita.

Mas como, se não houve aumento dos fatores de produção?

Na verdade, o que ocorreu, como vimos, foi que o fator trabalho foi utilizado de forma mais
eficiente.
Não houve, por exemplo, aumento do fator de produção mão de obra, ou seja, estávamos no
ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.
Errado.

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042. (CESPE/PF/APF/2014) A microeconomia constitui um segmento da ciência econômica


voltado para as relações entre os agentes econômicos e seus efeitos sobre preços e níveis de
equilíbrio. A respeito de microeconomia, julgue o item subsequente.
Os modelos utilizados na microeconomia são essencialmente de característica indutiva e ig-
noram a complexidade do mundo real.

Na verdade, cabe a um modelo econômico “modelar” a vida real, ou seja, eles não podem igno-
rar a complexidade do mundo real.
Além disso, os modelos econômicos são dedutivos, diferentemente do método indutivo ou de
indução, no qual o raciocínio é que, após considerar um número suficiente de casos particula-
res, chega-se a uma verdade geral.
Em suma, o erro aparece na parte final da assertiva, quando diz que os modelos ignoram a
complexidade do mundo real, o que é errado!
Errado.

043. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo


para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um
prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

Veja bem, trata-se de um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel deixe
de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.

044. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir.


Suponha que um profissional recém-formado em economia pretenda pedir demissão da firma
em que trabalha para atuar como autônomo em um escritório de consultoria, e, para isso, cal-
cule os custos que envolverão o funcionamento do escritório e os custos de deixar de receber o
salário do emprego atual. Nessa situação, as despesas efetuadas com sua formação, como li-
vros e mensalidade escolar, devem ser ponderadas, pois representam custos de oportunidade.

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Introdução à Economia
Manuel Piñon

Na situação em tela, as despesas efetuadas com a formação do profissional não são custos
de oportunidade, já que elas já tinham sido incorridas anteriormente, independentemente de
sua decisão acerca do pedido de demissão e da abertura do escritório.
Nessa toada, ao optar por abrir o escritório e se demitir, o custo de oportunidade do profis-
sional é o salário que deixará de receber ao pedir demissão para se dedicar a outra atividade
profissional.
Errado.

045. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2014) No que diz respeito à teoria da produção, julgue o item


que se segue.
Dois pontos sobre a curva de possibilidades de produção são igualmente eficientes, indepen-
dentemente da relação de preços existente na economia.

Precisamos ter em mente que a fronteira de possibilidade de produção indica a quantidade


ótima de bens produzidos com a capacidade produtiva, ou seja, representa o emprego ótimo
dos fatores de produção da economia.
Nessa pegada, estando sobre a fronteira de possibilidades de produção, a economia está dian-
te de situações eficientes, representadas pela combinação ótima de bens produzidos (as pro-
duções maximizam lucro), não sendo os preços considerados nesta relação.
Certo.

046. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2014) No que diz respeito à teoria da produção, julgue o item


que se segue.
Não há custo de oportunidade quando a economia opera em um ponto interno à fronteira de
possibilidade de produção.

Importante que tenha guardado a ideia de que a fronteira de possibilidade de produção na


verdade indica a quantidade ótima de bens produzidos com a capacidade produtiva, ou seja,
revela o emprego ótimo de fatores de produção de uma economia.
Nessa pegada, o raciocínio do examinador nessa questão foi que quando a economia opera na
linha exata da fronteira de possibilidade de produção, como não existe ociosidade, existe sim
custo de oportunidade; mas se for em um ponto interno, como existe ociosidade, não temos
custo de oportunidade.
Entretanto, entendo que sempre haverá custo de oportunidade, já que o custo de oportunidade
representa o custo de uma escolha qualquer, independentemente da economia operar em situ-
ações eficientes. Assim, para produzir mais unidades do Bem X, necessariamente implica em
escolher X à Y, logo temos custo de oportunidade.

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Certo.

047. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2002) A escolha em situação de escassez e as interações en-


tre o governo e os mercados privados, assim como as questões do meio ambiente, são temas
relevantes em economia. A esse respeito, julgue o item a seguir.
O aumento substancial da participação feminina no mercado de trabalho, decorrente, em parte,
de níveis educacionais mais elevados, que reduziram o custo de oportunidade do trabalho do-
méstico para as mulheres, concorreu para expandir a fronteira de possibilidades de produção
e o potencial de crescimento das economias de mercado.

Essa questão exigiu, além do conhecimento dos conceitos de escassez, escolha, custo de
oportunidade e da curva de possibilidade de produção, um bom raciocínio do(a) candidato(a).
Em outras palavras, o que a assertiva disse de modo simplificado foi: as mulheres se qualifica-
ram e entraram no mercado de trabalho. Essa situação provocou o deslocamento da CPP para
a direita, gerando crescimento econômico. Vocês concordam com esse raciocínio?
Eu concordo e foi o que realmente ocorreu no mundo real. Parabéns às mulheres que am-
pliaram o fator de produção mão de obra e contribuíram para o crescimento econômico do
nosso país!
Até aqui, beleza!
No entanto, existe um erro na afirmativa! O erro está na parte em que a afirmativa diz que houve
uma redução do custo de oportunidade do trabalho doméstico.
Na verdade, houve um aumento, pois como as mulheres tiveram melhores oportunidades
no mercado de trabalho, passou a não valer à pena para elas ficar fazendo apenas trabalhos
domésticos.
Em suma, o custo de oportunidade do trabalho doméstico aumentou.
Errado.

048. (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento econômico, ao consumo e


ao investimento, julgue o próximo item.
A macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo em análises de cur-
to prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o crescimento econômico e produto
potencial.

É isso mesmo!
Enquanto cabe à Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes agregados econô-
micos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja,

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estudar a floresta, cabe à Microeconomia estudar o comportamento das unidades produtivas


(empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
No curto prazo, a macroeconomia se ocupa justamente com o estudo das flutuações dos agre-
gados macroeconômicos, e na visão de longo prazo o foco é o crescimento da economia e
pleno emprego.
Certo.

049. (CESPE/AGU/PROCURADOR-FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item que se segue.


A ideia de livre concorrência presente na organização da atividade econômica brasileira, de-
fende que o próprio mercado deve estabelecer quais são os agentes aptos a se perpetuarem,
deixando aos agentes econômicos o estabelecimento das regras de competição.

O examinador começou bem a assertiva, mas da 2ª linha em diante “chutou o balde”.


Realmente a livre concorrência é um princípio geral da atividade econômica, MAS não cabe
ao próprio mercado estabelecer quais são os agentes aptos a se perpetuarem e não deve se
deixar para próprios agentes econômicos o estabelecimento das regras de competição. Aí era
como botar a raposa para tomar conta do galinheiro.
Errado.

050. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) A curva de transformação auxilia na compreensão dos


problemas econômicos. É correto afirmar:
a) Quando em pleno emprego e para produzir um bem a mais, precisamos desistir de alguma
quantidade de outro bem.
b) A curva de transformação é crescente, em razão de os recursos serem limitados.
c) Os custos são decrescentes, à medida que mais se produz de um bem, porém com menos
eficiência.
d) Progressos tecnológicos levam a um deslocamento da curva para a esquerda.
e) Um ponto abaixo da curva significa a existência de sacrifício para que se desista da produ-
ção de um bem em favor de outro.

No âmbito do estudo da CPP – Curva de Possibilidades de Produção, quando estamos em ple-


no emprego a economia está sobre a curva de possibilidades de produção, ou seja, na frontei-
ra. Assim, só é possível aumentar a produção de um bem ao se abrir mão de parte da produção
de outro. Confira no gráfico:

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Vamos apontar os erros das demais alternativas:


b) Errada. Já que como os recursos são limitados a curva é decrescente. Se ela fosse crescen-
te, não haveria custo de oportunidade.
c) Errada. Já que os custos são crescentes (custos de oportunidades crescentes).
d) Errada. Já que, na verdade, progressos tecnológicos expandem a capacidade de produção
para a economia.
e) Errada. Já que existe capacidade ociosa, ou seja, está em um ponto abaixo da curva e a
economia não está operando na fronteira da possibilidade.
Letra a.

Sei que hoje tivemos muitos conceitos novos, muita informação.


Mas é para todo mundo!
Quem se esforçar, consegue!
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!

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Até a próxima aula ou ao fórum de dúvidas!


Professor Manuel Piñon
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Temos excelentes cards para revisão!

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GABARITO
1. C 37. C
2. C 38. d
3. c 39. E
4. E 40. E
5. E 41. E
6. e 42. E
7. C 43. C
8. c 44. E
9. E 45. C
10. E 46. C
11. C 47. E
12. E 48. C
13. C 49. E
14. b 50. a
15. E
16. E
17. C
18. E
19. d
20. C
21. a
22. c
23. E
24. E
25. C
26. e
27. c
28. c
29. e
30. c
31. a
32. c
33. c
34. d
35. C
36. b

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REFERÊNCIAS
MANKIW, Gregory. Introdução à Economia. 2. ed. [S.l.]: GEN, s/d.

PINDYCY, Robert; RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. [S.l.]: Makron Books, s/d.

SAMPAIO, Luiza. Macroeconomia. [S.l.]: Saraiva, s/d.

VÁRIOS professores da USP. Manual de economia dos professores da USP. 7. ed. [S.l.]: Saraiva,
s/d.

VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval; GARCIA, Manuel Enrique. Fundamentos de econo-


mia. 6. ed. [S.l.]: Saraiva, s/d.

VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Introdução à Economia. [S.l.]: FRAS, s/d.

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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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