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SEFAZ-DF

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO DISTRITO FEDERAL

DIREITO FINANCEIRO
INTRODUÇÃO AO DIREITO FINANCEIRO
E ORÇAMENTO PÚBLICO NA CF/1988

Pós-edital

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional –
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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DIREITO FINANCEIRO
Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
Prof. Manuel Piñon

Introdução ao Direito Financeiro....................................................................4


1. O Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988...................................9
1.1. Direito Financeiro: Conceito e Objeto.......................................................9
1.2. Atividade Financeira do Estado.............................................................. 12
1.3. Distinção entre Direito Financeiro e Tributário......................................... 16
1.4. Fontes DO Direito Financeiro e Orçamentário.......................................... 18
1.5. Princípios Gerais do Direito Financeiro.................................................... 21
1.6. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público.... 24
1.7. Finanças Públicas e Orçamento Público – Artigos 163 a 169 da CF/1988..... 27
1.8. Um Pouco mais sobre o Orçamento Público............................................. 33
2. Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária.................................... 44
Resumo.................................................................................................... 48
Mapas Mentais.......................................................................................... 51
Questões de Concurso................................................................................ 53
Gabarito................................................................................................... 66
Gabarito Comentado.................................................................................. 67
Referências Bibliográficas......................................................................... 100

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DIREITO FINANCEIRO
Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
Prof. Manuel Piñon

INTRODUÇÃO AO DIREITO FINANCEIRO

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

Seja bem-vindo(a) ao Curso de DIREITO FINANCEIRO voltado especificamente

para o concurso ao cargo AUDITOR TRIBUTÁRIO da Secretaria de Estado de Fazen-

da do Distrito Federal – SEFAZ/DF – 2019.

Estudar para um concurso como o da SEFAZ-DF não é tarefa das mais fáceis.

Esse concurso apresenta um elevado grau de dificuldade em suas provas, além do

alto nível dos candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com plane-

jamento e muita disciplina.

A preparação do candidato hoje em dia não deve se limitar à simples leitura do

material. O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja

aprovado em algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a

diferença em todas as matérias.

Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da maté-

ria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.

Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele

que está vendo a matéria pela primeira vez, como também aquele mais avançado,

que deseja fazer uma revisão completa e detalhada da matéria.

Além disso, resolveremos aqui muitas questões do CESPE/CEBRASPE, de

tal forma que você ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova

com bastante segurança.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria

de fazer uma breve apresentação pessoal.

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Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
Prof. Manuel Piñon

Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação

Getúlio Vargas – FGV e Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no

concurso nacional de 2009/2010.

Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando

pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de

Fiscalização propriamente dita.

Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido ante-

riormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de para Auditor-fiscal

da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na ativida-

de de fiscalização de empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite

para voltar a trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador.

Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alter-

nados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos pú-

blicos em 2006.

Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discre-

to, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa

dupla jornada.

Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa

situação é transitória.

No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de

Finanças e Controle – AFC da Controladoria Geral da União – CGU no ano de 2008.

Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente

de trabalho na CGU, eu não me acomodei.

Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-fiscal da

Receita Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso

de 2009/2010.

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Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
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É isso, meu(minha) amigo(a)!

Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação,

pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas,

as dificuldades, mas também os sonhos. Não se esqueça que são os sonhos que

nos movem.

Acredite e se esforce ao máximo.

Esse é o segredo!

Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

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Aula Conteúdo
1
1 Direito financeiro. 1.1 Conceito e objeto. 1.2 Direito financeiro na Cons-
Introdução ao
tituição Federal de 1988. 1.2.1 Normas gerais e orçamento.
Direito Financeiro
2
4 Orçamento público. 4.1 Conceito, espécies e natureza jurídica. 4.2 Prin-
Orçamento Público
cípios orçamentários.
Parte 1
3
4 Orçamento público. 4.3 Leis orçamentárias. 4.3.1 Espécies e tramitação
Orçamento Público
legislativa. 4.5 Fiscalização financeira e orçamentária.
Parte 2
3 Receita pública. 3.1 Conceito, ingresso e receitas. 3.2 Classificação das
4
receitas públicas. 7.1 Dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Fede-
Receita Pública
ral, dos Munícipios e dos Territórios, de natureza tributária e não tributária.
5 2 Despesa pública. 2.1 Conceito e classificação de despesa pública. 2.2
Despesa Pública Disciplina constitucional dos precatórios.
6 Crédito público. 6.1 Conceito e classificação de crédito público. 6.2 Natu-
6
reza jurídica. 6.3 Controle, fiscalização e prestação de contas. 4.5 Fiscali-
Crédito Público e
zação financeira e orçamentária. 7 Dívida pública. 5.6 Dívida e endivida-
Dívida Pública
mento.
7 5 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n. 101/2000
LRF e suas alterações). 5.1 Planejamento. 5.2 Receita pública. 5.3 Despesa
Parte 1 pública
5 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n. 101/2000 e
8 suas alterações). 5.3 Despesa pública. 5.4 Transferências voluntárias. 5.5
LRF Destinação de recursos públicos para o setor privado. 5.7 Gestão patrimo-
Parte 2 nial. 5.8 Transparência, controle e fiscalização. 5.9 Disposições prelimina-
res, finais e transitórias.
9
4.4 Lei Federal n. 4.320/1964 e suas alterações
Lei 4.320/1964
10
Rota Final
Rota Final

Ao final dessa aula quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de

que estamos no caminho certo.

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Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
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Como diria Mahatma Gandhi:

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada,

não existirão resultados”.

Então, vamos nessa!

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1. O Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988


1.1. Direito Financeiro: Conceito e Objeto

É importante dizer logo de início que essa aula inaugural servirá de base para o

resto nosso curso.

O Direito Financeiro é mais amplo que AFO, com foco, claro, nas normas

que regulam seu campo de atuação. Na verdade, o estudo de AFO engloba o

Direito Financeiro com uma “pegada” administrativa, ou seja, abrange a ati-

vidade financeira do estado, focada em sua aplicação na gestão pública.

Enquanto o Direito Financeiro foca mais em disciplinar a atividade financeira

do Estado de modo amplo e está mais voltado para uma abordagem legalista e

doutrinária, a matéria AFO possui um enfoque mais orçamentário, exigindo conhe-

cimentos mais aprofundados sobre as técnicas de orçamentação, adquiridos com a

leitura de manuais e normas infralegais sobre o tema.

Bem, devidamente situados, vamos ver agora como a Doutrina conceitua o

Direito Financeiro.

O Doutrinador Ricardo Lobo Torres no diz que Direito Financeiro é “o conjunto

de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-lhe disci-

plinar a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e os

procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos neces-

sários à consecução dos objetivos do Estado”.

Já o para o Doutrinador Kiyoshi Harada é “o ramo do Direito Público que estuda

a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico”.

A maneira pela qual o Estado intervém no processo econômico é dependente da

série de instrumentos que este dispõe, de forma a financiar as suas atividades.

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Em outras palavras, o estudo da Ciência das FINANÇAS PÚBLICAS, tem por

objeto conhecer como o “dinheiro circula” nas mãos do Estado, ou seja, como ele

arrecada e gasta seus recursos de acordo com as leis orçamentárias e correlatas.

Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de asse-

gurar a execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planeja-

mento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores

públicos em cada uma dessas fases.

Nesse contexto, podemos dizer, de modo bem resumido, que a Finanças Pú-

blicas, que engloba os temas de Direito Financeiro, AFO – Administração Finan-

ceira e Orçamentária e Orçamento Público, são o ramo do estudo econômico

em que se situa o Governo, responsável pela aplicação de políticas que visem o

contínuo aumento do bem-estar da população.

O estudo das Finanças Públicas pode ser visto pela ótica de servir para via-

bilizar a execução das funções inerentes ao Estado, contribuindo para aprimorar

o planejamento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos

gestores públicos em cada uma dessas fases.

Em outras palavras, podemos dizer que as Finanças Públicas, também deno-

minada de Economia do setor Público, aborda os aspectos relativos atividades

de obtenção e aplicação de recursos para o custeio dos serviços públicos e para o

atendimento das necessidades sociais.

Ressalte-se que, no âmbito das finanças públicas, a sua análise precisa levar em

conta que as decisões políticas são tomadas com objetivos políticos, muitas vezes

contrariando, na prática, a direção que lava ao objetivo de maximizar o bem-estar

da população.

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No que diz respeito ao seu objeto, podemos dizer que o seu principal foco é

o estudo da atividade fiscal, sendo o Orçamento Público, em verdade, o seu

principal instrumento, por meio do qual o governo retira recursos da sociedade,

sobretudo pela via da tributação sobre a renda, o patrimônio e o consumo, alocan-

do-os nas áreas selecionadas.

Podemos dizer ainda, no âmbito econômico, que as finanças públicas têm

como objetivo principal corrigir as falhas de mercado, atingindo objetivos es-

pecíficos como melhorar a oferta de bens públicos, estimular a concorrência da

oferta, estimular atividades que tragam benefícios sociais e desestimular as que

tragam prejuízos sócias, manter bom nível de emprego, dentre outros.

Já no âmbito JURÍDICO, a CF/1988 em seu artigo 170 (a seguir reproduzido),

define os objetivos específicos da economia do setor público, que estão intimamen-

te aos objetivos específicos relacionados no parágrafo anterior:

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre


iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da jus-
tiça social, observados os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e presta-
ção; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

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1.2. Atividade Financeira do Estado

Antes de adentrarmos em seu embasamento constitucional, precisamos saber

que o Direito Financeiro tem como objeto de estudo a Atividade Financeira do

Estado – AFE, que, por sua vez, ENGLOBA 4 elementos que estão intimamente

ligados:

DIREITO
FINANCEIRO

Atividade
Financeira
do Estado

Receita Orçamento Despesas Crédito


pública público públicas público

1 – Obter Receita Pública (orçamentária);

2 – Criar o Crédito Público (empréstimo público);

3 – Gerenciar ou Gerir o Orçamento Público (LOA – Lei Orçamentária Anual);

4 – Despender Recursos (Gastar) – Executar a Despesa Pública (orçamen-

tária).

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Para melhor visualização da Atividade Financeira do Estado, veja:

Entendida essa descrição simplória do que é o Direito Financeiro, vamos ver

uma questão de prova e como a doutrina a conceitua.

Questão 1    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro,

julgue o item seguinte.

Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta

a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita

pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da exe-

cução orçamentária.

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Errado.

Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que discipli-

na a atividade financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de

recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de

recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).

Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico,

que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por

particulares quanto pelo próprio Estado.

Lembrando o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade

financeira do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro

indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a ou-

tras pessoas de direito público.

Assim, podemos “destrinchar” essa ideia em 3 partes:

1 – O Estado, na realização da atividade financeira, tem como objetivo obter

recursos (RECEITA PÚBLICA) para poder despendê-los (DESPESA PÚBLICA)

na aplicação de seus fins.

2 – Além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso o Es-

tado precisa criá-los (CRÉDITO PÚBLICO) para que os mesmos sejam capazes de

atender todos os dispêndios.

3 – Por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚ-

BLICO).

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É importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade finan-

ceira do Estado, o STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais

de Contas têm competência para fiscalizar empresas públicas e sociedades de

economia mista, independente da exigência de dano ao Erário (MS 25.092 e MS

25.181).

Questão 2    (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:

A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma

pessoa jurídica de direito público, tem como principal finalidade a arrecadação de

recursos.

Errado.

Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar

crédito público, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econô-

mico e social e o bem comum de sua sociedade.

Logo, é  errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal fi-

nalidade a arrecadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do

Estado é promover desenvolvimento econômico e social e o bem comum de sua

sociedade.

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1.3. Distinção entre Direito Financeiro e Tributário

Muita gente também confunde os ramos do Direito Financeiro (que estuda

as Finanças Públicas e o Orçamento Público) e Direito Tributário, e os exa-

minadores gostam de colocar pegadinhas nesse sentido.

Na verdade, existe uma linha tênue entre o Direito Financeiro e o Direito Tribu-

tário, uma vez que ambos pertencem ao Direito Público e atuam na obtenção de

receitas pelo Estado.

Existe autonomia para cada um deles, conforme previsão constitucional, mas

na prática o Direito é um só e essa classificação em ramos é apenas didática. Na

realidade, existe forte ligação entre os ramos e entre os seus dispositivos legais,

como veremos ao longo do curso.

No caso das receitas derivadas, como é o caso dos tributos, se de um lado,

o Direito Tributário regulamenta as suas respectivas alíquotas, bases de cálculo

e hipóteses de incidência, de outro, o Direito Financeiro, por seu turno, cuida da

aplicação desses tributos como instrumento de financiamento de despesas públi-

cas. Pode-se notar, portanto, o viés da grande diferença entre esses dois ramos do

Direito.

Pode-se afirmar ainda que cabe ao Direito Financeiro disciplinar e regular a

atividade financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação, que é da alçada

do Direito Tributário.

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Caso o CESPE em sua prova coloque uma assertiva como essa, marque C, de

Certo! E o CESPE colocou, veja:

Questão 3    (CESPE/IPEA/TÉCNICO) No que concerne ao orçamento público, jul-

gue o item que se segue.

A natureza jurídica da Lei Orçamentária Anual no Brasil não interfere nas relações

entre os sujeitos passivos e ativos das diversas obrigações tributárias.

Certo.

É verdade, já que a Lei Orçamentária Anual – LOA não interfere nas relações entre

os sujeitos passivos e ativos das diversas obrigações tributárias, pois cabe ao Di-

reito Financeiro disciplinar e regular a atividade financeira do Estado, exceto o que

se refere à tributação, que é da alçada do Direito Tributário.

Podemos dizer que, de certo modo, o estudo das Finanças Públicas e o Direito

Financeiro são mais abrangentes que o Direito Tributário, já que enquanto o Direito

Financeiro estabelece normas relativas à arrecadação da receita, à gestão orça-

mentária e do crédito público e ao dispêndio público (despesa), o Direito Tributário

regulamenta apenas a receita derivada, coercitiva, imposta por lei, que é o tributo.

Além disso, não é da competência de o Direito Tributário regular a forma como

a receita tributária será aplicada no financiamento das políticas públicas em prol

da coletividade, assunto afeto ao Direito Financeiro. Na verdade, quem abarca a

decisão do Estado sobre a aplicação dos recursos arrecadados com os tributos é o

Direito Financeiro e não o Direito Tributário.

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Questão 4    (CESPE/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fun-

damento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamen-

to constantes na CF, julgue o item a seguir.

Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa

parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-

priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.

Errado.

O STF – Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que a iniciativa

parlamentar em assunto de Direito Tributário NÃO invade a competência do Poder

Executivo sobre matéria orçamentária (ADI 724).

Nessa toada, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de

benefícios fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI 2464).

1.4. Fontes DO Direito Financeiro e Orçamentário

O Orçamento Público encontra sua “gênese normativa” na Constituição

Federal de 1988 – CF/1988, especialmente entre os artigos 165 e 169. Em

sua prova, com certeza, teremos questões retiradas deles e nessa aula vamos

explorá-los ao máximo.

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Mas, além da letra da CF/1988, as Finanças Públicas e Orçamento Público

têm sustentação na Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro, Lei n. 4.320/1964,

também conhecida como lei do orçamento público, que é uma lei originalmente

ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vinculando todos os entes polí-

ticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios.

A CF/1988 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recep-

cionou a Lei n. 4.320/1964 atribuindo-lhes status de Lei Complementar.

Reserva de Lei Complementar

Repare que o artigo 165, § 9º, da CF/1988 estabelece a competência de lei

complementar para:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organi-
zação do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual;

Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e antes dela já vigorava Lei n. 4.320/1964,

aprovada pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de

lei ordinária, então estamos diante de uma inconsistência constitucional.

Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei

complementar para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano

Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária

Anual – LOA.

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Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercí-

cio financeiro, período de tempo durante o qual o Estado realiza a sua atividade

financeira, arrecadando receitas e executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964,

editada e publicada como originalmente como lei ordinária.

ENTRETANTO, NÃO se pode afirmar, que pelo fato de ser uma lei pretérita à

CF/1988, que inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele

ano, e que vai de encontro à norma do art. 165, § 9º, I, foi automaticamente revo-

gada com a publicação da Lei Maior.

A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se Lei Com-

plementar fosse. ASSIM, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-

deral (ADI 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o status de lei comple-

mentar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua forma originária de

lei ordinária.

Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por

meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria

simples, e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei

complementar, com fulcro no art. 165, § 9º, I, CF/1988.

Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual

ordenamento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de

lei complementar, somente poderá ser alterada por uma lei federal de mes-

ma matéria, e lei complementar.

Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei

n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constitui-

ção, por uma lei complementar tanto quanto à forma e quanto à matéria.

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Guarde que o Direito Financeiro estabelece, portanto, além do crédito público, re-

gras relativas a Orçamento público, Receita pública e Despesa pública.

É importante deixar claro que o Direito Financeiro não é normatizado apenas pela

CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de

Responsabilidade Fiscal – LRF) também tem relevante importância.

1.5. Princípios Gerais do Direito Financeiro

Além dos Princípios Orçamentários, que estudaremos adiante, temos também

os Princípios do Direito Financeiro: Legalidade, Economicidade, Transparência, Pu-

blicidade e Responsabilidade Fiscal.

É importante deixar claro que os Princípios Gerais do Direito Financeiro

são Princípios aplicáveis à Atividade Financeira do Estado – AFE de forma mais

ampla, enquanto os Princípios Orçamentários devem ser aplicados apenas à ela-

boração do Orçamento Público.

1.5.1. Princípio da Legalidade

No que tange ao Direito Financeiro, o Princípio da Legalidade pode ser visto tan-

to do lado das despesas públicas quanto do lado das receitas.

Em relação à despesa pública, é importante deixar claro que o princípio da le-

galidade é aplicado de modo diferenciado, quando consideradas as despesas ordi-

nárias e extraordinárias.

Guarde que para as despesas chamadas despesas ordinárias, importante des-

tacar que elas devem obrigatoriamente ser autorizadas em lei, ou seja com

anuência do Poder Legislativo, obedecendo estritamente ao Princípio da Legalidade.

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Já para as despesas extraordinárias, a situação é diferente. Por derivarem de fa-

tos imprevisíveis e visarem a satisfação de necessidades públicas urgentes, podem

ser autorizadas por Medidas Provisórias do Poder Executivo, ficando a autoridade

pública que as executar, pessoalmente responsável pela existência dos requisitos

da imprevisibilidade e da urgência. Desta forma, pode-se afirmar que as despesas

extraordinárias são uma exceção ao princípio da legalidade estrito.

Interessante saber que o Princípio da Legalidade, antes de ser um preceito ad-

ministrativo fundamental, constitui-se, na verdade, em uma regra consagrada pela

doutrina e em textos constitucionais mundo afora.

Conhecemos aquele velho dispositivo constitucional que nos diz que “ninguém

é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude de lei”.

Esse princípio visa combater o poder arbitrário. Só a lei pode criar obrigação para

o indivíduo.

Assim, o princípio da legalidade serve para garantir que o Estado apenas exija

ações dos particulares diante da aprovação uma de lei.

Entretanto, no âmbito da administração pública, a situação é inversa, ou seja,

a autoridade só poderá desempenhar as suas funções dentro do que determina a

lei. Nessa pegada, um servidor público, no exercício de suas atribuições, somente

poderá exigir das pessoas fazer ou deixar de fazer alguma coisa na hipótese da

ocorrência de lei que as obrigue. Assim, precisa de lei que determine ou autorize a

despesa pública.

Enquanto para nós, povo, é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba, a aplica-

ção de recursos públicos somente poderá ser realizada se a LOA ou um crédito adi-

cional (suplementar ou especial) autorizar o respectivo gasto, ou seja, o princípio

da legalidade no que diz respeito à despesa pública, depende à prévia autorização

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legislativa, com exceção da abertura de créditos adicionais extraordinários, via me-

dida provisória, em caso de despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorren-

tes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, nos termos do artigo 167,

§ 3º, da CF/1988.

No que diz respeito à aprovação da LOA, o princípio da legalidade pressupõe que

o orçamento público será objeto de aprovação pelo Poder Legislativo.

Resumindo, em respeito ao Princípio da Legalidade, a Despesa Pública

é enquadrada e determinada por lei, ou seja, a discricionariedade na execução

do gasto púbico pela Administração Pública é limitada, e seus parâmetros estão

previstos e limitadas por lei. Enfim, existe uma vinculação da despesa pública à lei

Em suma, a lei, em regra, controla quem, onde como e até quanto pode gastar!

1.5.2. Princípio da Economicidade

Previsto no caput do artigo 70 da CF/1988, o Princípio da Economicidade nos

traz a exigência relativa à eficiência, do ponto de vista econômico, do gasto público.

É o obter a máximo satisfação das necessidades da população com o mínimo gasto

possível!

1.5.3. Princípio da Responsabilidade Fiscal

Ligado à grande importância assumida pela LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal

nas Finanças Públicas no país, sendo inclusive um dos seus pilares.

A ideia básica é que o gasto público seja realizado dentro de limites previamente

definidos e de acordo com regras claras que, se não cumpridas, gerem punição ao

ente público irresponsável fiscalmente, pelo não cumprimento de metas de resulta-

do e obediência a limites e condições relativas a receita, despesa e endividamento.

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1.5.4. Princípio da Transparência

Amparado também pela LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, especialmente

pelos artigos 48 e 49, que traz os instrumentos pelos quais os cidadãos comuns

poderão exercer o controle social das contas públicas.

Guarde a ideia de que a transparência das contas é assegurada de dois modos

diversos:

1) disponibilização em meios eletrônicos, das versões completa e simplificada

das leis orçamentárias; e

2) disponibilização das prestações de contas e relatórios de execução orçamen-

tária e gestão fiscal.

A ideia é dar acesso aos cidadãos em geral aos documentos que embasam a

realização de despesas públicas para que fiscalizem os gastos.

Além disso, deve haver incentivo à participação popular na elaboração do orça-

mento por meio da realização de audiências públicas durante a elaboração dos or-

çamentos (Orçamento Participativo), dando real possibilidade de acompanhamento

da execução orçamentária e financeira.

1.6. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e


Orçamento Público

É importante registrar que a competência para legislar sobre Direito Finan-

ceiro e Orçamento Público é concorrente da União, Estados e Distrito Federal,

como define o artigo 24, I e II; e §§ 1º a 4º, da CF/1988. Veja:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente


sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.

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§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei es-
tadual, no que lhe for contrário”.
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II artigo 24 da
CF/1988, especialmente o que revela o 4º:
“§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário”.

Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas

existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito finan-

ceiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/1988. Confira:

Art. 30. Compete aos Municípios:


II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceitado

que existe competência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da

CF/1988.

Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à

União estabelecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o

que foi estabelecido pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela

União desde 1964. Trata-se da Lei n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de

direito financeiro, de abrangência nacional, vinculando, portanto, todos os entes

políticos.

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É importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concorrente, cabe

à União legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 24, § 1º, CF/1988),

e o Estado/DF mantém competência suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), ten-

do os municípios a prerrogativa constitucional de suplementar a legisla-

ção federal e estadual, no que couber, conforme já explanado (art. 30, II,

CF/1988) e com apoio da Doutrina, embora não pacífica.

E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria compe-

tência legislativa plena (art. 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade

jurídica de editar lei de normas gerais de direito financeiro para atender a suas

peculiaridades?

Sim!

Se ligue!

Mas como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas Gerais

(Lei n. 4.320/1964).

Entretanto, é importante deixar claro que mesmo diante dessa possibilidade, se

depois sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais

de direito financeiro, as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão

a sua eficácia suspensa, sendo válidas apenas as disposições normativas que não

contrariarem as federais editadas, pois a superveniência de lei federal sobre nor-

mas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrária (art.  24,

§ 4º, CF/1988).

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1.7. Finanças Públicas e Orçamento Público – Artigos 163 a


169 da CF/1988

Como já destacamos, as Finanças Públicas, o Direito Financeiro e o Orçamento

Público encontra sua “gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, espe-

cialmente entre os artigos 163 e 169.

Caro(a) aluno(a), é importante que quando estiver estudando essa matéria,

esteja com as legislações pertinentes em mãos para fazer as devidas anotações na

própria lei, caso tenha esse hábito.

A leitura de “lei seca” é muito importante, sendo fundamental na Constituição

Federal de 1998 ler os artigos 163 a 169. Vamos reproduzi-los a seguir, com

grifos nossos:

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais en-
tidades controladas pelo Poder Público;
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V  – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;  (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 40, de 2003)
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguar-
dadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi-
mento regional.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Te-
souro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional,
com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público

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e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os


casos previstos em lei.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-
trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da admi-
nistração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alte-
rações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências finan-
ceiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional.
§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
§ 8º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré-
ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organi-
zação do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual;

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II  – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e


indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos
que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumpri-
mento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório,
para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentá-
rias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir
a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n. 100, de 2019).”
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-
toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá pa-
recer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso
Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-
quem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Fe-
deral; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser apro-
vadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

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§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento


anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o dispos-
to nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será
destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º
do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (In-
cluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se
refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois dé-
cimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme
os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar
prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também
às programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um
por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo
não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem téc-
nica. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os ór-
gãos de execução deverão observar, nos termos da Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias, cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das
programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execu-
ção dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100,
de 2019)
I – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
II – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) )
III – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)

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§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da progra-


mação prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Dis-
trito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo
destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para
fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o  caput do
art. 169. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias pre-
vistas nos §§ 11 e 12 poderão ser considerados para fins de cumprimento da
execução financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da recei-
ta corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das
emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para
as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de
Estado ou do Distrito Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100,
de 2019)
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá re-
sultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo
poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente so-
bre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 100, de 2019)
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obriga-
tório que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igua-
litária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem so-
bre o início de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício finan-
ceiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda
pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do
empreendimento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)”.

O artigo 167 será estudado no tópico 2 dessa aula (vedações constitucionais em

matéria orçamentária.

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o
dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o
art. 165, § 9º.

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[....]
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os re-
passes de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
que não observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo,
o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada
um dos Poderes especifique a atividade funcional, o  órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do
disposto no § 4º.

A ideia aqui foi lhe dar uma visão geral dos artigos da CF/1988 que tratam das

Finanças Públicas e do Orçamento Público. Durante o curso esses artigos serão

constantemente relacionados à teoria e à resolução de questões.

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1.8. Um Pouco mais sobre o Orçamento Público

1.8.1. Definições Iniciais

Nosso objetivo agora é avançar um pouco mais no tema Orçamento Público,

também chamado de “orçamentos anuais”, mas que tecnicamente falando, é a

LOA – Lei Orçamentária Anual.

Podemos dizer que o Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível,

que traduz em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e

programas de trabalho do governo.

Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação

de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder

Legislativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao

funcionamento da máquina administrativa.

Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (te-

mos um sistema misto), por certo período, e em pormenor, a execução das des-

pesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados

pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já

criadas em lei.

De modo mais direto podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato con-

tendo a aprovação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período deter-

minado.

1.8.2. Orçamento Autorizativo x Impositivo

É importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em rela-

ção às despesas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação

de despesas é uma mera sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o

dever legal de executá-los.

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Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto pú-

blico) está, portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arreca-

dadas durante o exercício financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conf. art. 34,

Lei n. 4.320/1964).

Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução

orçamentária.

Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspon-

dentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e

especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério

Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia

20 de cada mês”.

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam

ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da

receita, anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de con-

tingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para

empenho até segunda ordem.

Com a entrada da Emenda Constitucional – EC n. 86/2015, apelidada de “EC do

orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentá-

ria relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que

tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista

no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.

Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas

uma pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim

do conceito doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei

obriga o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.

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De qualquer forma, guarde que a EC n. 86/2015 tornou impositiva apenas

emendas individuais dos parlamentares, mas não trouxe qualquer novida-

de em relação às chamadas emendas de bancadas, aquelas que são apresenta-

das, por exemplo, por parte de uma bancada de determinado Estado da Federação.

Apenas com a promulgação da EC n. 100/2019, é que as emendas de bancada

também passaram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em

2020 e, a partir de 2021, de 1% da RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV

do § 14, que tratavam das medidas a serem tomadas em caso de impedimento de

ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.

Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna trazida pela EC n.

100/2019, quando as emendas impositivas resultarem em transferências obrigató-

rias a Estados e Municípios, os recursos transferidos não integram a RCL dos

entes destinatários.

Além dessas novidades, a EC n. 100/2019, em seu § 17 do artigo 165, dispôs

acerca dos restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinan-

do que os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas

nos §§ 11 e 12 (emendas impositivas individuais e de bancada) poderão ser

considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o  limite de

0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior, para

as programações das  emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco

décimos por cento), para as programações das emendas de bancada.

Atente, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%,

respectiva dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de

bancada) podem ser destinadas para o pagamento de restos a pagar.

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Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo

com os ditames da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ainda temos o § 19 do artigo 165 que dispôs acerca do critério equitativo para

execução das emendas, definindo como equitativa a execução das programa-

ções de caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais e que

atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, inde-

pendentemente da autoria.

Em suma, guarde o seguinte: emendas individuais impositivas – trazidas pela EC

85 – tem como limite para execução de 1,2% da RCL, e Emendas de bancada im-

positivas – trazidas pela EC n. 100/2019 tem como limite para a execução de 1%

da RCL a partir de 2021, sendo em 2020 esse limite de 0,8% da RCL.

Ainda falando das chamadas emendas impositivas, a partir do 3º ano da pro-

mulgação, ou seja, em 2022, até o último exercício de vigência do regime

de teto de gastos públicos (EC n. 95), o limite para a execução das emen-

das impositivas de bancada será o montante do exercício anterior corrigi-

do pela inflação.

Lembre-se de que a EC n. 95, também chamada de “PEC dos Gastos”, que

estabeleceu o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa

CF/1988 que:

Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do


Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da
Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer-
cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

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Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila

foi que a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução

das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor do exer-

cício anterior acrescido do IPCA de 12 meses.

O chamado novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famo-

sos “restos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às

despesas empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão

em legislação infraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser

considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimen-

to da execução financeira obrigatória de emendas individuais.

1.8.3. Natureza Jurídica do Orçamento

É importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato

de lei, sendo aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Bra-

sil, é lei apenas em sentido formal.

Assim, em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orça-

mento público embora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRI-

NA dominante, embora não pacífica, é a de que o orçamento público, no Brasil,

é lei em sentido formal.

Esse é o posicionamento do STF atualmente, para a Magna Corte, o or-

çamento público, no Brasil, é lei em sentido formal. Entretanto, no que diz ao

controle abstrato de constitucionalidade de uma lei orçamentária, o STF entende

que é possível sim (ADI 4048 e 4049).

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Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que

tem “cara”, ou “forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.

A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto

à forma (aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.

Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstra-

ção e generalidade, não tendo destinatário certo. É um conjunto de hipóteses

normativas abstratas, como por exemplo, o Código Penal Brasileiro, tipifica o crime

de furto, elenca explicitamente o tipo penal como “subtrair coisa alheia móvel”,

especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não mencionando quem

será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia móvel de

terceiro, cometerá o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma gené-

rica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.

1.8.4. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento

Quem elabora e executa o orçamento Público no Brasil?

É apenas o Poder Executivo?

O que você acha?
Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas

orçamentárias, porém, quem executa a maior parte das despesas públicas é o Po-

der Executivo, mesmo porque essa é a sua principal função.

Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, genericamen-

te falando, funciona da seguinte forma: todos os Poderes (Executivo, Legislativo,

Judiciário e mais o Ministério Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias)

elaboram as suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo

(Ministério da Economia que absorveu o antigo MPOG – Planejamento, Orça-

mento e Gestão), que faz a consolidação de todas as propostas e encaminha um

projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.

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Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode

ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é priva-

tiva do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).

O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve

que a iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e

Municípios e ainda argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma

vez que deverá ser remetida ao Congresso Nacional no tempo estabelecido pela

própria Constituição Federal (in Direito Constitucional, 16ª edição, p.594).

É até comum, em provas de concurso, perguntares sobre quem tem competência

para dispor sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do

Congresso Nacional.

Fique ligado(a), pois o termo dispor significa votar, apresentar e rejeitar

emendas, manter ou derrubar vetos do Presidente da República, aprovar créditos

adicionais, fiscalizar etc.

Aí eu lhe pergunto: caso o Presidente da República se omita, deixando de en-

caminhar o projeto de lei de orçamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer

parlamentar, apresentar esse projeto de lei?

Não, essa competência é é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO,

função essa exercida pelo Presidente da República. A proposta apresentada

por parlamentar caracteriza inconstitucionalidade formal.

Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do pro-

jeto de Lei Orçamentária Anual é de competência privativa (art. 84, caput, inci-

so XXIII) do chefe do Poder Executivo e o parágrafo único do mesmo artigo não

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menciona explicitamente o inciso XXIII como possibilidade de delegação pelo Pre-


sidente da República da matéria nele constante, significa dizer que a iniciativa do
orçamento público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto,
“produtor” de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.

Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a compe-


tência privativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de
delegação. Entretanto, muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de
forma indistinta. Registre que o fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente
da República, no caso da União, dentre outras características, faz com que a LOA
seja uma lei ordinária especial.
A CF/1988 concedeu autonomia administrativa e financeira ao Poder Judiciário,
ao Ministério Público, ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas da União para
elaborarem suas próprias propostas orçamentárias, encaminhando-as ao Poder
Executivo para consolidação final.
Assim, a  partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério da
Economia (antes era no MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), uma
proposta consolidada de orçamento da unidade da federação é encaminhada ao
Legislativo, que a apreciará.

É importante também deixar registrado que, apesar de o Executivo receber inú-


meras propostas setoriais de orçamento público, por força do princípio da unida-
de orçamentária (implícito no art. 165, § 5º, da CF/1988, combinado com art. 2º,
caput, Lei n. 4.320/1964, onde está explícito), somente poderá haver um único
projeto de LOA, para cada ente político, e em cada exercício financeiro, de
sorte que o Congresso só recebe um PLOA.

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Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que se-

ria possível um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao

Poder Legislativo. Fique atento(a), não vacile, marque falsa!

Fique atento(a) também pois existem questões que afirmam ser constitucional o

próprio Poder Legislativo aprovar a sua própria proposta orçamentária, por

ter a prerrogativa de aprovar as leis. Fique atento(a), não vacile, marque falsa!

A Lei Orçamentária Anual – LOA é o orçamento público propriamente dito, de-

vendo conter exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de

despesa.

É importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita or-

çamentária pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por

não existir teto para a receita!

Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por

ser prevista com um limite até o qual poderá ser executada.

A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária,

que é a expressão monetária do crédito orçamentário, autorização discriminada

para se gastar recursos.

No tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-

tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas

dotações.

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Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna,

os projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais

devem ser apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma

do regimento comum, ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder

Legislativo.

No tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-

tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas

dotações.

O próprio artigo 167, VII, CF/1988 estabelece a seguinte vedação orçamentária:

Art. 167. São vedados:


(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto,

os créditos orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Le-

gislativo não poderá conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar

ilimitadamente.

Concorda?

Por essa razão existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito

orçamentário...

Professor, na prática, como se elabora o orçamento público?

Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo

de elaboração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificada-

mente explicada da seguinte forma:

Pense no seu orçamento familiar, onde são orçados os gastos do mês em função

das receitas recebidas.

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Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco

diferente, pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incum-

be ao Poder Executivo prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a

fixação das despesas em função dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional

autorizar sua execução.

A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante ao à ideia do seu

orçamento familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia...

Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas

técnicas orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir es-

treita conexão entre planejamento e orçamento, formando assim, o poderíamos

chamar de binômio inseparável.

Na verdade a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve

haver planejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-

-programa e Implementação das ações.

Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo me-

nos do ponto de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu

instituir o Orçamento-programa, instrumento de alocação de recursos com ênfa-

se não no objeto de gasto.

Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os princi-

pais problemas da economia brasileira tem sido a deficiência ou até mesmo a au-

sência de planejamento de longo prazo.

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2. Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária

No artigo 167 da CF/1988 temos os dispositivos constitucionais proibitivos, ou

seja, as vedações constitucionais em matéria orçamentária. Vamos vê-los

agora, intercalando com questões de concursos anteriores:

Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os cré-
ditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-
partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159,
a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção
e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tribu-
tária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-
goria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fun-
dações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-
ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o
art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 

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DIREITO FINANCEIRO
Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
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§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos qua-
tro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se re-
ferem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e
b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de
débitos para com esta.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Exe-
cutivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI
deste artigo.

Analisando o conteúdo dos incisos de parte do artigo acima transcrito, podemos

ver que o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos

na LOA.

Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realiza-

ção de despesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais,

o efetivo gasto e, assim, a execução do projeto, somente poderão ir adiante se

houver previsão específica quanto às receitas e despesas na LOA, em consonân-

cia com o princípio da universalidade.

Já o inciso II proíbe a realização de despesas que superem os créditos

orçamentários ou adicionais, ou seja, toda despesa deve estar vinculada a uma

receita, não sendo permitido assumir obrigações sem a indicação da respectiva

fonte de financiamento.

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DIREITO FINANCEIRO
Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público na CF/1988
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Podemos ver que no inciso III, existe um limite quanto à realização de opera-

ções de crédito, tendo em vista que ao serem contratadas e contraídas aumentam

o endividamento do Estado.

Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas! De acordo com a

“Regra de Ouro” das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito

não poderá ser superior ao montante das despesas de capital, a não ser que haja

autorização específica pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta, mediante cré-

dito adicional suplementar ou especial, com finalidade precisa.

Essa regra tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam no

mesmo patamar do gasto com investimentos.

Seguindo nossa análise, o inciso IV trata do Princípio Orçamentário da Não Vincu-

lação da Receita de Impostos a Órgão, Fundo ou Despesa.

Adiante, o inciso VI combinado com o § 5º (exceção) tratam do Princípio da Proibi-

ção do Estorno de Verbas, também já estudado.

Voltando ao inciso V combinado com os §§ 2º e 3º, que tratam de créditos adicio-

nais, aparecem os mecanismos que retificam o orçamento anual.

No inciso IX temos a vinculação da instituição de fundos, aqueles instrumentos or-

çamentários criados com o objetivo de destinar recursos a programas, projetos e

atividades governamentais, à prévia autorização legislativa.

No inciso X a vedação visa é limitar a facilitação do aumento e superação de limites

em relação às despesas de pessoal. Em outras palavras, fica vedada a transferên-

cia voluntária de recursos e a concessão de empréstimos pelo Governo Federal e

Estadual e respectivas instituições financeiras, cujo objetivo seja o pagamento de

despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista dos Estados, Distrito Federal e

Municípios.

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DIREITO FINANCEIRO
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Seguindo nossa análise dos dispositivos do artigo 167 da CF/1988, chegamos ao

inciso XI, que limita a utilização dos recursos/receitas decorrentes da arrecadação

de contribuições destinadas ao financiamento da Seguridade Social ao pagamento

do regime geral de previdência social, disciplinado no artigo 201 da CF/1988.

Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos, a regra é a da não vin-

culação, quando se trata da disciplina das contribuições, a norma constitucional é

inversa: deve haver vinculação à finalidade pela qual o tributo foi exigido.

É importante deixar registrado também que o STF firmou JURISPRUDÊNCIA

acerca do artigo 169, § 1º, DA CF/1988, entendendo que a ausência de dotação

orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de incons-

titucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício

financeiro.

Assim, caso uma lei conceda um aumento de remuneração a servidores sem

dotação suficiente na LOA ou sem autorização na LDO, ela não será declarada in-

constitucional.

Nessa linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser

aplicada naquele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação

na LOA, e autorização na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.

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RESUMO

A Atividade Financeira do Estado – AFE consiste em obter, criar, gerir e

despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado as-

sumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público.

As Finanças Públicas, o Orçamento Público, a AFO e o Direito Financeiro em

especial, encontra sua “gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, espe-

cialmente entre os artigos 163 e 169

O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação

de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder

Legislativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao

funcionamento da máquina administrativa.

É importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato

de lei, sendo aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Bra-

sil, é lei apenas em sentido formal.

A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é con-

corrente da União, Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24, I e II;

e §§ 1º a 4º da CF/1988. Apesar de não fazer menção explícita aos municípios,

existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito finan-

ceiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/1988.

O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação

de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder

Legislativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao

funcionamento da máquina administrativa.

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DIREITO FINANCEIRO
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Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas or-


çamentárias, porém nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Po-
der Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa
competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da
CF). Mas quem tem competência para dispor sobre orçamento público no Brasil,
é exclusivamente do Congresso Nacional.

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS: no artigo 167 da CF/1988 temos os dispo-


sitivos constitucionais proibitivos, ou seja, as vedações constitucionais em matéria
orçamentária. Vale a pena ler novamente esse artigo outras vezes e reler esse ar-
tigo na véspera da prova!
A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se Lei
Complementar fosse. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
(ADI 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o status de lei comple-
mentar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua forma originária de
lei ordinária.

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A Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de

processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples,

e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei comple-

mentar, com fulcro no art. 165, § 9º, I, CF/1988.

Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar,

a Lei n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Cons-

tituição, por uma lei complementar tanto quanto à forma e quanto à matéria.

A entrada da Emenda Constitucional – EC n. 86/2015, apelidada de “EC do or-

çamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária

relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais

emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista

no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional. Com a promulgação da

EC 100/2019, é que as emendas de bancada também passaram a ser obri-

gatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1%

da RCL)

Espero que você tenha gostado dessa aula inicial.

Sei que foram muitos conceitos novos, muita informação mesmo.

Mas é para todo mundo!

Quem se esforçar, consegue! Como diria, Thomas Jefferson:

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu

trabalho, mais sorte eu tenho”.

Espero você na aula 02!

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MAPAS MENTAIS
Finanças Públicas e Orçamento Público na CF/1988
Abertura de crédito
suplementar ou especial sem
autorização legislativa e Recita Pública
utilização ou concessão de Crédito Público
crédito ilimutados Atividade Financeira Gestão do
do Estado Orçamento Público
Transposição, remanejamento
ou transferência de uma Despesa Pública
categoria para outra

Início de programas ou
projetos não incluídos
na LOA e realizar gastos
superiores aos créditos
orçamentários
(incluindo os adicionais)
Vedações CF/1988 – artigos 165
Instituição de fundos em matérial a 169
sem autorização legal Orçamentária Embasamento
e utilização de recursos (artigo 167 Cosntitucional Lei n. 4.320/1964
(orçamentos fiscal e da CF/1988 e Legal LRF
seguridade) para cobrir
déficits de administração
indireta
Direito Financeiro e
Regra de Ouro: o valor Orçamento Público
das operações de crédito na CF/1988
não pode ser superior ao
das despesas de capital, PPA
exceto em caso de au- Instrumentos LDO
torização específica via Orçamentários
LOA
crédito adicional suple-
mentar ou especial
Pode usar títulos públicos do
Nenhum investimento que Tesouro como instrumento de
ultrapasse um exercício Política Monetária, emprestar
financeiro pode ser iniciado dinheiro a bancos e receber
Banco Central
sem inclusão no PPA ou sem as disponibilidades de caixa da
lei que autorize a inclusão União.
Não pode emprestar dinheiro
ao Tesouro ou a qualquer ór-
gão ou entidade que não seja
instituição financeira.

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Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) De acordo com as disposições

constitucionais acerca de orçamento público, é de iniciativa privativa do presidente

da República projeto de lei ordinária que disponha sobre

a) as diretrizes orçamentárias, que será acompanhado de demonstrativo regionali-

zado do efeito decorrente de isenções e benefícios de natureza financeira, tributária

e creditícia sobre as receitas e despesas.

b) o orçamento anual, que compreende, entre outros, o orçamento fiscal referente

aos poderes da União e o orçamento da seguridade social.

c) o plano plurianual, cujo objetivo é orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anu-

al e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

d) as normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta,

bem como sobre as condições para a instituição e para o funcionamento de fundos.

e) a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e

urgentes, como as decorrentes de calamidade pública, sendo vedada a edição de

medida provisória para esse fim.

Questão 2    (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucio-

nal das leis que tratam do orçamento público, assinale a opção correta.

a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o  Poder Executivo, mesmo

sem prévia autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham des-

pesa correspondente aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.

b) A LOA compreende o orçamento da seguridade social das entidades e órgãos

vinculados à União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas

e sociedades de economia mista.

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c) O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar

da existência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas

áreas de saúde e educação.

d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das

despesas de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.

e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação

da despesa para o período de quatro anos.

Questão 3    (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) A Constituição Federal de 1988

veda expressamente

a) transferência voluntária de recursos financeiros pelo governo estadual para fins

de pagamento de despesas com pessoal ativo dos municípios.

b) o acúmulo, de forma remunerada, de dois cargos técnicos, exceto se houver

compatibilidade de horários entre eles.

c) a edição de medida provisória para dispor sobre a criação e extinção de órgãos

da administração pública direta e indireta.

d) a vinculação da receita de impostos a despesas relacionadas às ações de manu-

tenção e desenvolvimento do ensino.

e) o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra

com o objetivo de viabilizar resultados de projetos vinculados à ciência, tecnologia

e inovação.

Questão 4    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017) A

respeito de endividamento e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.

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Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou au-

mento de remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do po-

der aquisitivo em virtude da inflação.

Questão 5    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições cons-


titucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princí-
pios orçamentários, julgue o item a seguir:
Ao consagrar o modelo do federalismo dual, a CF, no que tange à distribuição de
recursos orçamentários, assegurou maior grau de separação entre o poder central
e as unidades federadas.

Questão 6    (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às previsões constitucio-


nais relativas ao orçamento público, julgue o item.
A partir da edição da Constituição Federal de 1988, ficou vedada a instituição de
fundos de qualquer natureza.

Questão 7    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financei-


ro, julgue o item seguinte.
Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais
acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência
legislativa à União.

Questão 8    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público,


julgue o item a seguir.
Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-
ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de
investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-
sas nas quais a União detenha participação societária.

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Questão 9    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da


gestão financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.
A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano
plurianual do exercício de referência.

Questão 10    (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO/2016) Julgue:

Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode

deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as prioridades do gover-

no para os quatro anos seguintes à sua aprovação, relativamente às despesas de

capital e outras delas decorrentes, e também as despesas de duração continuada

Questão 11    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de

1988, julgue o próximo item.

É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de

uma categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência,

tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restri-

tos a essas funções.

Questão 12    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de

1988, julgue o próximo item.

Depende de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias do estado-

-membro a admissão ou contratação de pessoal por sociedade de economia mista

estadual.

Questão 13    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

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A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orça-

mento de investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União.

Questão 14    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

Questão 15    (CESPE/TRT8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orça-

mentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados,

na forma do regimento comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da

União.

Questão 16    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder

Executivo.

Questão 17    (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PA/PROCURADOR/2018) À

luz das disposições constitucionais e do entendimento do STF sobre a competência

legislativa concorrente, é correto afirmar que os municípios

a) podem suplementar legislação federal ou estadual no que lhes couber.

b) não podem suplementar legislação estadual, por expressa proibição constitucio-

nal.

c) não podem suplementar legislação federal, pois apenas os estados têm essa

atribuição.

d) não podem suplementar qualquer legislação, pois não estão incluídos entre os

entes que possuem tal competência, os quais são elencados expressamente no

texto constitucional.

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e) podem suplementar lei federal, mas a superveniência de nova lei de âmbito na-

cional que trate de normas gerais invalidará a lei municipal.

Questão 18    (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:

A Lei Orçamentária Anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e

investimento das estatais.

Questão 19    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:


Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as priori-
dades para a administração pública.

Questão 20    (CESPE/DP-RN/DEFENSOR/2015) Assinale a opção correta acerca do


regime constitucional dos gastos públicos.

a) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a aber-

tura de crédito suplementar ou especial.

b) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-

goria de programação para outra ou de um órgão para outro não depende de prévia

autorização legislativa.

c) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto do

Poder Executivo, circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo.

d) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro,

basta que esse investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro

de sua execução.

e) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclu-

são deles na LOA.

Questão 21    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.

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Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da República


não poderá propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA.

Questão 22    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue o


item a seguir.
É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que o modifique
seja compatível com o plano plurianual (PPA) e com as leis de diretrizes orçamen-
tárias (LDOs).

Questão 23    (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

Dada a importância da integração entre planejamento e orçamento para o bom fun-

cionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de planejamento

e execução do plano orçamentário integralmente constituído pelo PPA e pela LDO.

Questão 24    (CESPE/DEFENDORIA PÚBLICA-DF/DEFENSOR/2013) Consideran-

do as disposições da CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item

subsecutivo.

Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP

e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte

de cada mês.

Questão 25    (CESPE/TJ-PI/NOTÁRIO/2013) Assinale a opção correta acerca do

disposto na CF sobre orçamentos.

a) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de

LOA, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante

créditos especiais ou suplementares.

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b) Leis de iniciativa parlamentar estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes or-

çamentárias e os orçamentos anuais.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecerá, de forma regionalizada, as di-

retrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas

de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração

continuada.

d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bi-

mestre, relatório resumido da execução orçamentária.

e) A LOA não compreenderá o orçamento da seguridade social.

Questão 26    (CESPE/TCE-RO/AGENTE/2013) No que se refere ao orçamento na

CF, julgue o item seguinte.

O exame e a emissão de parecer sobre as contas apresentadas anualmente pelo

presidente da República é responsabilidade da comissão mista de planos, orçamen-

tos públicos e fiscalização.

Questão 27    (CESPE/MPF/PROCURADOR/2013) A respeito de finanças públicas

na CF, julgue o próximo item.

A Lei Orçamentária Anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à pre-

visão da receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autori-

zação para a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de

crédito, ainda que por antecipação de receita.

Questão 28    (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) Julgue: No que se refere ao orçamento

público, julgue o item que se segue.

É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições para a

instituição e funcionamento de fundos.

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Questão 29    (CESPE/TC-DF/ANALISTA/2014) Com relação às finanças públicas e

ao sistema tributário nacional, julgue o item subsequente.

Cabem ao Banco Central a emissão de moeda, a função de depositário das dispo-

nibilidades de caixa da União e a atribuição de conceder empréstimos ao Tesouro

Nacional.

Questão 30    (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) O direito financeiro cuida

a) da despesa feita pela administração pública, sendo que a receita arrecadada fica

a cargo do direito tributário.

b) da receita, da despesa e do orçamento público e privado.

c) de regulamentar a instituição de tributos.

d) do orçamento, do crédito, da receita e da despesa no âmbito da administração

pública.

e) tão somente da receita e da despesa públicas.

Questão 31    (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente a

orçamento público.

O projeto de lei contendo a proposta orçamentária para o próximo ano deve ser

encaminhado até três meses antes do encerramento do exercício corrente.

Questão 32    (CESPE/IPEA/TÉCNICO) No que se refere aos princípios orçamentá-

rios brasileiros e ao poder de legislar sobre orçamento, julgue o item seguinte.

O poder de estabelecer normas gerais sobre orçamento restringe-se à União.

Questão 33    (CESPE/TCDF/PROCURADOR) A respeito do tratamento constitucio-

nal e doutrinário vigente conferido ao orçamento público, julgue o item abaixo.

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A disciplina básica do orçamento público é estabelecida pela Constituição da Repú-

blica, que estatui os seus princípios e as regras que tratam da receita e da despe-

sa, desde a autorização para a cobrança de tributos até a previsão para os gastos,

sendo reconhecida pela doutrina a existência de uma verdadeira constituição orça-

mentária.

Questão 34    (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) O envio de projeto de LDO

compete ao

a) TCU, que o encaminha ao Congresso Nacional.

b) presidente da República, que o encaminha ao TCU.

c) presidente da República, que o encaminha ao Congresso Nacional.

d) TCU, que o encaminha ao presidente da República.

e) ministro da Fazenda, que o encaminha ao presidente da República.

Questão 35    (CESPE/EMAP/ANALISTA/2018) No que se refere ao estabelecido

pela Constituição Federal de 1988 sobre programação financeira e orçamentária,

julgue o seguinte item.

A concessão ou o remanejamento de recursos orçamentários de uma categoria de

programação para outra, no âmbito das atividades de inovação, está sujeita à pré-

via autorização legislativa.

Questão 36    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) O princípio orçamentário da ex-

clusividade foi consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF) por meio da de-

terminação de que a Lei Orçamentária Anual não contenha dispositivo estranho à

previsão da receita e à fixação da despesa. No entanto, a CF prevê como exceção

a essa regra a autorização para a abertura de créditos

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a) suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por ante-

cipação de receita.

b) especiais e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipa-

ção de receita.

c) suplementares e para a liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar.

d) especiais e suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto

por antecipação de receita.

e) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por an-

tecipação de receita.

Questão 37    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017)

Acerca de tributação e finanças públicas, julgue o item subsequente, conforme as

disposições da CF e a jurisprudência do STF.

As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições

financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir

eventuais exceções a essa regra geral.

Questão 38    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017) Com

fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orça-

mento constantes na CF, julgue o item a seguir.

A adoção do federalismo cooperativo equilibrado pela CF visa à redução das desi-

gualdades regionais.

Questão 39    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições cons-

titucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princí-

pios orçamentários, julgue o item a seguir:

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Ao consagrar o modelo do federalismo dual, a CF, no que tange à distribuição de

recursos orçamentários, assegurou maior grau de separação entre o poder central

e as unidades federadas.

Questão 40    (CESPE/TRT7/ANALISTA/2017) De acordo com os dispositivos cons-

titucionais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem ser dis-

ciplinadas por lei complementar matérias como a

a) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro.

b) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados.

c) concessão de garantias pelas entidades públicas.

d) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil.

Questão 41    (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA,

da LDO e da LOA, conforme a CF.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser

elaborados em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

Questão 42    (CESPE/MPU/PROCURADOR/2010) A respeito de finanças públicas e

orçamento, de acordo com a CF, julgue o item seguinte.

Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas

gerais de direito financeiro.

Questão 43    (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) O direito financeiro cuida

a) da despesa feita pela administração pública, sendo que a receita arrecadada fica

a cargo do direito tributário.

b) da receita, da despesa e do orçamento público e privado.

c) de regulamentar a instituição de tributos.

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d) do orçamento, do crédito, da receita e da despesa no âmbito da administração

pública.

e) tão somente da receita e da despesa públicas.

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GABARITO

1. b 24. C

2. c 25. d

3. a 26. C

4. C 27. C

5. E 28. C

6. E 29. E

7. E 30. d

8. E 31. E

9. E 32. E

10. E 33. C

11. C 34. c

12. E 35. E

13. E 36. e

14. C 37. C

15. E 38. C

16. C 39. E

17. a 40. c

18. C 41. E

19. E 42. E

20. e 43. d

21. E

22. C

23. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) De acordo com as disposições

constitucionais acerca de orçamento público, é de iniciativa privativa do presidente

da República projeto de lei ordinária que disponha sobre

a) as diretrizes orçamentárias, que será acompanhado de demonstrativo regionali-

zado do efeito decorrente de isenções e benefícios de natureza financeira, tributária

e creditícia sobre as receitas e despesas.

b) o orçamento anual, que compreende, entre outros, o orçamento fiscal referente

aos poderes da União e o orçamento da seguridade social.

c) o plano plurianual, cujo objetivo é orientar a elaboração da Lei Orçamentária

Anual e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fo-

mento.

d) as normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta,

bem como sobre as condições para a instituição e para o funcionamento de fundos.

e) a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e

urgentes, como as decorrentes de calamidade pública, sendo vedada a edição de

medida provisória para esse fim.

Letra b.

A resposta da questão está na literalidade do artigo 165, § 5º, I, II e III, da

CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:

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I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:

a) Errada. Já que o mencionado demonstrativo deve constar na LOA e não na LDO

como consta no parágrafo 6º do artigo 165 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da admi-
nistração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alte-
rações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências finan-
ceiras oficiais de fomento.
...
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo re-
gionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.

c) Errada. Já que essa competência é da LDO, segundo o artigo 165, § 2º da

CF/1988, anteriormente reproduzida.

d) Errada. Já que tais normas serão estabelecidas por lei complementar, conforme

previsão do artigo 165, § 9º, II. Confira com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
§ 9º Cabe à lei complementar:
...

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II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração


direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

e) Errada. Já que 0s créditos extraordinários serão abertos por MP – Medida Provi-

sória, conforme disposto no artigo 167, § 3º, e no artigo 62 da nossa Carta Magna.

Confira com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


...
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
[...]
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.

Questão 2    (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucio-

nal das leis que tratam do orçamento público, assinale a opção correta.

a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o  Poder Executivo, mesmo

sem prévia autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham des-

pesa correspondente aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.

b) A LOA compreende o orçamento da seguridade social das entidades e órgãos

vinculados à União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas

e sociedades de economia mista.

c) O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar

da existência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas

áreas de saúde e educação.

d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das

despesas de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.

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e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação

da despesa para o período de quatro anos.

Letra c.

Até antes da entrada em vigência da Emenda Constitucional n. 86/2015, o nosso

orçamento era pacificamente considerado “autorizativo”, assim, até então, a  não

execução de um crédito orçamentário autorizado pela LOA não era considerado

crime de responsabilidade. Mas isso mudou com a entrada em vigor da menciona-

da Emenda à Constituição, e, atualmente, o orçamento é considerado, em parte,

impositivo.

Questão 3    (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) A Constituição Federal de 1988

veda expressamente

a) transferência voluntária de recursos financeiros pelo governo estadual para fins

de pagamento de despesas com pessoal ativo dos municípios.

b) o acúmulo, de forma remunerada, de dois cargos técnicos, exceto se houver

compatibilidade de horários entre eles.

c) a edição de medida provisória para dispor sobre a criação e extinção de órgãos

da administração pública direta e indireta.

d) a vinculação da receita de impostos a despesas relacionadas às ações de manu-

tenção e desenvolvimento do ensino.

e) o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra

com o objetivo de viabilizar resultados de projetos vinculados à ciência, tecnologia

e inovação.

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Letra a.

Conforme dispõe o artigo 167, X, da CF/1988, é proibida a realização de transfe-

rências voluntárias (aquelas feitas por convênios, acordo ou ajuste) da União para

os Estados e dos Estados para os municípios para a realização de despesas corren-

tes de pessoal. Confira com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


...
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições finan-
ceiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:

b) Errada. Já que a nossa Carta Magna não admite a acumulação de dois cargos

técnico-científicos, ainda que haja compatibilidade de horários, conforme  artigo

37, XVI.

c) Errada. Já que a regra é a de que os cargos e as funções da administração públi-

ca direta e autárquica só podem ser criados mediante lei de iniciativa do Presidente

da República, conforme determina o artigo 61, § 1º, II da nossa CF/1988. Além

disso, quando o cargo ou a função está vago, pode ser extinto mediante decreto,

também de iniciativa do Presidente da República, como dispõe o artigo 84, VI, da

CF/1988.

d) Errada. Já que é possível sim vincular imposto para as ações de serviço em saú-

de ou manutenção e desenvolvimento de ensino como dispõe o artigo 167, IV, da

CF/1988. Além disso, o artigo 212 da CF fortalece mais essa possibilidade, trans-

formando-se em obrigatoriedade.

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e) Errada. Já que para viabilizar projetos vinculados à área de ciência, tecno-

logia e inovação é permitido o remanejamento de recursos de uma categoria de

programação para outra sem autorização legislativa, como medida de eficiência do

setor, conforme previsão do artigo 167, § 5º, da CF/1988, incluído pela Emenda

Constitucional n. 85/2015.

Q uestão 4    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017)

A respeito de endividamento e de receita e despesa públicas, julgue o item

seguinte.

Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou

aumento de remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do

poder aquisitivo em virtude da inflação.

Certo.

Para responder essa questão precisamos conhecer os dispositivos constitucio-

nais que tratam das regras de aumento das despesas com pessoal ativo e ina-

tivo no âmbito da União, Estados, DF e Municípios, presentes no artigo 169 da

nossa CF/1988.

Assim, precisamos conhecer quais são as situações em que são permitidas as

concessões de vantagens ou afins que causem aumentos nas despesas com

pessoal.

Nessa toada, temos no inciso I desse dispositivo a exigência de dotação or-

çamentária prévia e suficiente para atender as projeções de despesa com

pessoal decorrentes das concessões das vantagens, aumentos EFETI-

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VOS de remuneração, criação de cargos etc., mais quaisquer acrésci-

mos decorrentes dessas projeções.

Entretanto, a variação do poder aquisitivo da moeda (inflação) não se enquadra

como aumento efetivo já que não pode ser tratada como uma recomposição

salarial efetiva, mas apenas como uma recomposição ou revisão geral anual.

Em suma, leve para a prova que não se exige dotação orçamentária prévia no caso

das variações das despesas com pessoal decorrentes de efeitos inflacionários.

Questão 5    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições cons-

titucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princí-

pios orçamentários, julgue o item a seguir:

Ao consagrar o modelo do federalismo dual, a CF, no que tange à distribuição de

recursos orçamentários, assegurou maior grau de separação entre o poder central

e as unidades federadas.

Errado.

Guarde que no Brasil, o modelo de federalismo consagrado por nossa CF/1988 é o

do federalismo cooperativo.

Questão 6    (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às previsões constitucionais

relativas ao orçamento público, julgue o item.

A partir da edição da Constituição Federal de 1988, ficou vedada a instituição de

fundos de qualquer natureza.

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Errado.

Na verdade, a vedação que existe é apenas para que a instituição desses fundos

não aconteça sem a prévia autorização legislativa.

Confira no art. 167, IX da CF/1988, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


...
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

Questão 7    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro,

julgue o item seguinte.

Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais

acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência

legislativa à União.

Errado.

Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no artigo 24 da CF/1988,

com grifos nossos:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente


sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

Questão 8    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público,

julgue o item a seguir.

Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-

ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de

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investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-

sas nas quais a União detenha participação societária.

Errado.

Na verdade, o orçamento de investimentos contempla os recursos destinados so-

mente às empresas cujo controle (maioria do capital social com direito a voto) per-

tença ao Governo Federal e não a qualquer participação societária.

Questão 9    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da ges-

tão financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.

A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano

plurianual do exercício de referência.

Errado.

Sim, é verdade que o PPA e a LDO são referências para a LOA, entretanto, a sua

aprovação não está condicionada à aprovação do PPA.

Em verdade, como os dois projetos são enviados até a mesma data, não seria ra-

zoável condicionar a aprovação da LOA à aprovação do PPA.

Questão 10    (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO/2016) Julgue:

Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode

deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as prioridades do gover-

no para os quatro anos seguintes à sua aprovação, relativamente às despesas de

capital e outras delas decorrentes, e também as despesas de duração continuada

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Errado.

Na verdade, não é um decreto e sim a lei que deve, de acordo com o artigo 165,

§ 1º, da CF/1988, instituir o plano plurianual que estabelecerá, de forma regionali-

zada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas

de duração continuada.

Questão 11    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de

1988, julgue o próximo item.

É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de

uma categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência,

tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restri-

tos a essas funções.

Certo.

Amigo(a), o lance aqui é que a EC 85/2015 incluiu o § 5º no artigo 167 da CF/1988

que é uma exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as atividades de

ciência, tecnologia e inovação, com base na ideia de que essa área precisa de um

pouco mais de flexibilidade que as demais. Confira, novamente, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


...
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
...
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das

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atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os


resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Exe-
cutivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI
deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)

Questão 12    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de

1988, julgue o próximo item.

Depende de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias do estado-

-membro a admissão ou contratação de pessoal por sociedade de economia mista

estadual.
Errado.
Na verdade, não depende de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias do estado-membro, pois é uma exceção à norma disposta no parágrafo 1º e
inciso II do artigo 169 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Repare que a CF/1988 se refere à estatais não dependentes.

Questão 13    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orça-
mento de investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União.

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Errado.
A nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 5º, nos diz que essa é uma atribuição
da LOA e não da LDO. Confira com grifos nossos:

§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Questão 14    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

Certo.

Isso quem nos afirma é o artigo 166 da CF/1988, que diz que “ os projetos de lei

relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e

aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,

na forma do regimento comum”.

Questão 15    (CESPE/TRT8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orça-

mentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados,

na forma do regimento comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da

União.

Errado.

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Basta lembrar do artigo 166 da CF/1988 que diz:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar onde deveria constar Senado

Federal.

Questão 16    (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder Executivo.

Certo.

De novo, o CESPE cobrando o caput do artigo 165 da CF/1988. Veja:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Questão 17    (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PA/PROCURADOR/2018) À

luz das disposições constitucionais e do entendimento do STF sobre a competência

legislativa concorrente, é correto afirmar que os municípios

a) podem suplementar legislação federal ou estadual no que lhes couber.

b) não podem suplementar legislação estadual, por expressa proibição constitucio-

nal.

c) não podem suplementar legislação federal, pois apenas os estados têm essa

atribuição.

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d) não podem suplementar qualquer legislação, pois não estão incluídos entre os

entes que possuem tal competência, os quais são elencados expressamente no

texto constitucional.

e) podem suplementar lei federal, mas a superveniência de nova lei de âmbito na-

cional que trate de normas gerais invalidará a lei municipal.

Letra a.

O CESPE confirmou o entendimento de que os municípios têm suas competências

enumeradas pela Constituição, mas não de maneira exaustiva, ou seja, o CESPE

entende que os municípios têm competência legislativa suplementar, prevista

no art. 30, II, a seguir, além de outras competências elencadas no mesmo artigo.

Confira:

Art. 30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

Vamos apontar os erros das demais alternativas:

b) Errada. Já que tem sim o poder de suplementar a legislação estadual, conforme

artigo 30, II, da CF/1988.

c) Errada. Já que tem sim o poder de suplementar a legislação federal, conforme

artigo 30, II, da CF/1988.

d) Errada. Já que tem sim o poder de suplementar a legislação federal e estadual,

conforme artigo 30, II, da CF/1988.

e) Errada. Já que a competência legislativa do município nesse tipo de situação

é suplementar e não concorrente.

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Questão 18    (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:

A Lei Orçamentária Anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e

investimento das estatais.

Certo.

A assertiva resume o § 5º do artigo 165 da CF/1988 que diz que a Lei Orçamentária

Anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Questão 19    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as priori-

dades para a administração pública.

Errado.

Para responder essa questão é só lembrar do artigo 165, II, da CF/1988, com grifos

nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


II – as diretrizes orçamentárias;

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Assim, quem propõe a LDO é o Poder Executivo e não o Poder Legislativo, a quem

cabe o papel de discutir e aprovar a mesma.

Questão 20    (CESPE/DP-RN/DEFENSOR/2015) Assinale a opção correta acerca do

regime constitucional dos gastos públicos.

a) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a aber-

tura de crédito suplementar ou especial.

b) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-

goria de programação para outra ou de um órgão para outro não depende de prévia

autorização legislativa.

c) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto do

Poder Executivo, circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo.

d) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro,

basta que esse investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro

de sua execução.

e) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclu-

são deles na LOA.

Letra e.

Colega, a alternativa correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos é

a letra “e”, já que o artigo 167, inciso I, da CF/1988 proíbe o início de programas ou

projetos que não tenham sido incluídos na LOA. Confira o mencionado dispositivo

com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;

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Vamos agora associar incisos desse mesmo artigo às demais alternativas da ques-

tão que, como perceberão, estão erradas.

a) Errada. Está em desacordo com o inciso V:

V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

b) Errada. Está em desacordo com o inciso VI:

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria


de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização le-
gislativa;

c) Errada. Está em desacordo com o inciso IX:

IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

d) Errada. Está em desacordo com o § 1º:

§  1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá


ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Questão 21    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.

Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da República

não poderá propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA.

Errado.

Opa, pode sim o Presidente da República propor modificações no projeto de lei re-

lativo ao PPA, desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja

alteração é proposta.

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Questão 22    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue o

item a seguir.

É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que o modifique

seja compatível com o plano plurianual (PPA) e com as leis de diretrizes orçamen-

tárias (LDOs).

Certo.

Isso é o mínimo, condição básica e essencial para que possa ser analisada no que

diz respeito ao atendimento às demais restrições.

Questão 23    (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

Dada a importância da integração entre planejamento e orçamento para o bom fun-

cionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de planejamento

e execução do plano orçamentário integralmente constituído pelo PPA e pela LDO.

Errado.

Na verdade, quando o examinador menciona “um ciclo de planejamento e execução

do plano orçamentário integralmente constituído”, ele está se referindo ao Ciclo

Orçamentário ampliado, que é composto por PPA, LDO e LOA, e não somente pelo

PPA e pela LDO.

Questão 24    (CESPE/DEFENDORIA PÚBLICA-DF/DEFENSOR/2013) Consideran-

do as disposições da CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item

subsecutivo.

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Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP

e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte

de cada mês.

Certo.

A assertiva em tela está de acordo com o artigo 168 da CF/1988, de acordo com

o qual as dotações orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário,

ao MP e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia

vinte de cada mês, na forma da Lei Complementar referida no § 9º do artigo 165

da CF/1988.

Questão 25    (CESPE/TJ-PI/NOTÁRIO/2013) Assinale a opção correta acerca do

disposto na CF sobre orçamentos.

a) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de

LOA, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante

créditos especiais ou suplementares.

b) Leis de iniciativa parlamentar estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes or-

çamentárias e os orçamentos anuais.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecerá, de forma regionalizada, as di-

retrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas

de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração

continuada.

d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bi-

mestre, relatório resumido da execução orçamentária.

e) A LOA não compreenderá o orçamento da seguridade social.

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Letra d.

A alternativa correta é a “d”, já que está de acordo com a literalidade o § 3º do arti-

go 165 da nossa CF/1988. Vamos apontar os erros/base constitucional das demais

alternativas. Confira os destaques nos nossos grifos:

a) Errada. § 8º do artigo 166:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.

b) Errada. Caput do artigo 165 da CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

c) Errada. § 1º do artigo 165 da CF/1988:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-
trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

e) Errada. § 5º e inciso III do artigo 165 da CF/1988:

§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:


...
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.

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Questão 26    (CESPE/TCE-RO/AGENTE/2013) No que se refere ao orçamento na

CF, julgue o item seguinte.

O exame e a emissão de parecer sobre as contas apresentadas anualmente pelo

presidente da República é responsabilidade da comissão mista de planos, orçamen-

tos públicos e fiscalização.

Certo.

Está de acordo com o artigo 166 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre
as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-
toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

É importante destacar que a mencionada comissão atualmente denomina-se CMO

– Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Questão 27    (CESPE/MPF/PROCURADOR/2013) A respeito de finanças públicas

na CF, julgue o próximo item.

A Lei Orçamentária Anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à pre-

visão da receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autori-

zação para a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de

crédito, ainda que por antecipação de receita.

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Certo.

A assertiva está de acordo com § 8º do artigo 165 da CF/1988. Confira com grifos

nossos:

§ 8º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Questão 28    (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) Julgue: No que se refere ao orçamento

público, julgue o item que se segue.

É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições para a

instituição e funcionamento de fundos.

Certo.

A assertiva em tela está de acordo com o Inciso II do parágrafo 9º do artigo 165

da CF/1988. Confira com grifos nossos.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
II  – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Questão 29    (CESPE/TC-DF/ANALISTA/2014) Com relação às finanças públicas e

ao sistema tributário nacional, julgue o item subsequente.

Cabem ao Banco Central a emissão de moeda, a função de depositário das dispo-

nibilidades de caixa da União e a atribuição de conceder empréstimos ao Tesouro

Nacional.

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Errado.

Opa! Conforme § 1º do artigo 164 da CF/1988, é vedado ao banco central conce-

der, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão

ou entidade que não seja instituição financeira”.

Questão 30    (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) O direito financeiro cuida

a) da despesa feita pela administração pública, sendo que a receita arrecadada fica

a cargo do direito tributário.

b) da receita, da despesa e do orçamento público e privado.

c) de regulamentar a instituição de tributos.

d) do orçamento, do crédito, da receita e da despesa no âmbito da administração

pública.

e) tão somente da receita e da despesa públicas.

Letra d.

Essa questão exigiu que o candidato soubesse apenas o objeto de estudo do direito

financeiro, que, como sabemos é orçamento, o crédito, a receita e a despesa no

âmbito da administração pública, como dito na alternativa “d”.

As demais alternativas estão erradas, veja:

a) Errada. A receita arrecadada fica a cargo do Direito Financeiro, enquanto cabe

ao Direito tributário regulamentar a instituição dos tributos.

b) Errada. Aqui acertou ao falar da receita, da despesa e do orçamento público,

mas esqueceu do crédito público e colocou indevidamente a palavra” privado”,

transformando a alternativa de incompleta em errada.

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c) Errada. Quem regulamenta a instituição de tributos é o Direito Tributário.

e) Errada. O erro é falar em somente da receita e da despesa públicas, já que

temos crédito público e orçamento também.

Questão 31    (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente a

orçamento público.

O projeto de lei contendo a proposta orçamentária para o próximo ano deve ser

encaminhado até três meses antes do encerramento do exercício corrente.

Errado.

Guarde que o prazo máximo para o encaminhamento do projeto de LOA do exe-

cutivo ao legislativo é 31 de agosto do ano anterior, ou seja, 4 meses antes do

encerramento do exercício corrente.

Questão 32    (CESPE/IPEA/TÉCNICO) No que se refere aos princípios orçamen-

tários brasileiros e ao poder de legislar sobre orçamento, julgue o item seguinte.

O poder de estabelecer normas gerais sobre orçamento restringe-se à União.

Errado.

Na verdade, caso a União não edite normas gerais, os Estados exercerão a com-

petência legislativa plena, editando lei de normas gerais de Direito Financeiro

para atender a suas peculiaridades, razão pela qual a assertiva está ERRADA, já

que diz que o poder de estabelecer normas gerais não pode ser por outro ente

que não a União.

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Questão 33    (CESPE/TCDF/PROCURADOR) A respeito do tratamento constitu-

cional e doutrinário vigente conferido ao orçamento público, julgue o item abaixo.

A disciplina básica do orçamento público é estabelecida pela Constituição da Re-

pública, que estatui os seus princípios e as regras que tratam da receita e da

despesa, desde a autorização para a cobrança de tributos até a previsão para os

gastos, sendo reconhecida pela doutrina a existência de uma verdadeira consti-

tuição orçamentária.

Certo.
Sem dúvida! A CF/1988, em seu Título VI, “Da Tributação e do Orçamento”, a partir
do artigo 145, traz a disciplina básica do orçamento público, especialmente em seu
Capítulo II, em disciplina as finanças públicas, trazendo, a partir do artigo 165 até o
169, as regras de elaboração dos orçamentos, seu processo legislativo e vedações
orçamentárias.
A assertiva também está de acordo com a conceituação doutrinária, já que Or-
çamento Público é, na visão do Ilustre Aliomar Baleeiro, “ato pelo qual o Poder
Legislativo autoriza o Poder Executivo, por um certo período e em pormenor,
a realização das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e
outros fins adotados pela política econômica e geral do país, assim como a arreca-
dação das receitas criadas em lei”.

Questão 34    (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) O envio de projeto de LDO compete ao

a) TCU, que o encaminha ao Congresso Nacional.

b) presidente da República, que o encaminha ao TCU.

c) presidente da República, que o encaminha ao Congresso Nacional.

d) TCU, que o encaminha ao presidente da República.

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e) ministro da Fazenda, que o encaminha ao presidente da República.

Letra c.
Os projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO), de Lei Orçamentária Anual
– LOA e do Plano Plurianual – PPA são enviados ao Congresso Nacional pelo Presi-
dente da República, nos termos dos artigos 165 e 166, da Constituição Federal,
a seguir reproduzidos com grifos e comentários nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão (para as três esferas


de governo):
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum
.........
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada
a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Questão 35    (CESPE/EMAP/ANALISTA/2018) No que se refere ao estabelecido

pela Constituição Federal de 1988 sobre programação financeira e orçamentária,

julgue o seguinte item.

A concessão ou o remanejamento de recursos orçamentários de uma categoria de

programação para outra, no âmbito das atividades de inovação, está sujeita à pré-

via autorização legislativa.

Errado.

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Para essa responder essa questão, precisamos conhecer a Emenda Constitucional

85/2015, que incluiu o § 5º no art. 167 da Constituição, introduzindo uma exceção

à restrição do inciso VI. Veja com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


..............
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-
lativa;
............
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das ati-
vidades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade
da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.

Guarde que essa mudança foi introduzida com o fito de não atrapalhar as pesquisas

e trabalhos realizados no âmbito científico, que podem exigir alterações rápidas nos

projetos financiados com recursos públicos, e que não podem aguardar autorização

legislativa.

Questão 36    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) O princípio orçamentário da ex-

clusividade foi consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF) por meio da de-

terminação de que a Lei Orçamentária Anual não contenha dispositivo estranho à

previsão da receita e à fixação da despesa. No entanto, a CF prevê como exceção

a essa regra a autorização para a abertura de créditos

a) suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por ante-

cipação de receita.

b) especiais e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipa-

ção de receita.

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c) suplementares e para a liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar.

d) especiais e suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto

por antecipação de receita.

e) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por an-

tecipação de receita.

Letra e.

Guarde que o princípio orçamentário da exclusividade foi consagrado na CF/1988

ao determinar que a Lei Orçamentária Anual não contenha dispositivo estranho à

previsão da receita e à fixação da despesa.

Entretanto, a nossa Carta Magna prevê como exceção a essa regra a autorização

para a abertura de créditos suplementares e para a contratação de operações de

crédito, ainda que por antecipação de receita. Trata-se do princípio da exclusivida-

de orçamentária, previsto no art. 165, § 8º, da Constituição, e que traz a própria

exceção na autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de

operações de crédito, ainda que ARO. Confira com grifos nossos:

Art. 165...........
§ 8º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré-
ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.

Existem ainda outras exceções ao princípio da exclusividade orçamentária são a

previsão para pagamento de precatórios (art. 100, § 5º, CF), e a inclusão de re-

cursos para pagamento de indenizações de reforma agrária (art. 184, § 4º, CF).

Confira com grifos nossos:

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Art. 100.........
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba
necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em jul-
gado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se
o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.
Art. 184.......
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrá-
ria, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma
agrária no exercício.

Questão 37    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017)

Acerca de tributação e finanças públicas, julgue o item subsequente, conforme as

disposições da CF e a jurisprudência do STF.

As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições

financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir

eventuais exceções a essa regra geral.

Certo.

Exato. Confira o diz parágrafo 3º do artigo 164 da nossa CF/1988, com grifos nossos:

Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente


pelo banco central.
...
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder
Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais,
ressalvados os casos previstos em lei.

Destaque-se que o STF, em julgamento da ADI 2.661/MA, de 23/08/2002,

pacificou a jurisprudência nesse sentido, ao  determinar que as disponibilidades

de caixa dos Estados-membros e seus respectivos órgãos e entidades devem ser

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depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, me-

diante lei de caráter nacional, definir as exceções, conforme o dispositivo constitu-

cional acima reproduzido.

Questão 38    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR/2017) Com

fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orça-

mento constantes na CF, julgue o item a seguir.

A adoção do federalismo cooperativo equilibrado pela CF visa à redução das desi-

gualdades regionais.

Certo.

Temos, ao longo da CF/1988, vários trechos que citam a redução das desigualdades

regionais, como no artigo 3, inciso III (erradicar a pobreza... e reduzir as desi-

gualdades sociais e regionais) e o artigo 170, inciso VII (redução das desigual-

dades regionais e sociais).

No âmbito das Finanças Públicas, o parágrafo 7º do artigo 165 também é escrito

nesse sentido. Confira com grifos nossos:

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.

Questão 39    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições cons-

titucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princí-

pios orçamentários, julgue o item a seguir:

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Ao consagrar o modelo do federalismo dual, a CF, no que tange à distribuição de

recursos orçamentários, assegurou maior grau de separação entre o poder central

e as unidades federadas.

Errado.

Guarde que no Brasil, o modelo de federalismo consagrado por nossa CF/1988 é o

do federalismo cooperativo.

Questão 40    (CESPE/TRT7/ANALISTA/2017) De acordo com os dispositivos cons-

titucionais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem ser dis-

ciplinadas por lei complementar matérias como a

a) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro.

b) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados.

c) concessão de garantias pelas entidades públicas.

d) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil.

Letra c.

A previsão constitucional mencionada no enunciado da questão é aquela do artigo

163 da nossa CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais en-
tidades controladas pelo Poder Público;
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;

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VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguar-
dadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi-
mento regional.

Questão 41    (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA,

da LDO e da LOA, conforme a CF.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser

elaborados em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

Errado.

Na verdade, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF,

devem ser elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congres-

so Nacional, conforme ordena o § 4º do artigo 165 da CF/1988.

Questão 42    (CESPE/MPU/PROCURADOR/2010) A respeito de finanças públicas e

orçamento, de acordo com a CF, julgue o item seguinte.

Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas

gerais de direito financeiro.

Errado.

É importante deixar claro que, no âmbito da legislação concorrente, cabe à União

legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art.  24, §  1º, CF/1988), e  o

Estado/DF mantém competência suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), tendo os

municípios a prerrogativa constitucional de suplementar a legislação federal e esta-

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dual, no que couber, conforme já explanado (art. 30, II, CF/1988) e com apoio da

Doutrina, embora não pacífica.

Questão 43    (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) O direito financeiro cuida

a) da despesa feita pela administração pública, sendo que a receita arrecadada fica

a cargo do direito tributário.

b) da receita, da despesa e do orçamento público e privado.

c) de regulamentar a instituição de tributos.

d) do orçamento, do crédito, da receita e da despesa no âmbito da administração

pública.

e) tão somente da receita e da despesa públicas.

Letra d.

Essa questão exigiu que o candidato soubesse apenas o objeto de estudo do direito

financeiro, que, como sabemos é orçamento, o crédito, a receita e a despesa no

âmbito da administração pública, como dito na alternativa “d”.

As demais alternativas estão erradas, veja:

a) Errada. A receita arrecadada fica a cargo do Direito Financeiro, enquanto cabe

ao Direito tributário regulamentar a instituição dos tributos.

b) Errada. Aqui acertou ao falar da receita, da despesa e do orçamento público,

mas esqueceu do crédito público e colocou indevidamente a palavra” privado”,

transformando a alternativa de incompleta em errada.

c) Errada. Quem regulamenta a instituição de tributos é o Direito Tributário.

e) Errada. O erro é falar em somente da receita e da despesa públicas, já que

temos crédito público e orçamento também.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 –Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

2 –Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor

Aliomar Baleeiro.

3 – Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.

4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor

Valdecir Pascoal.

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