Você está na página 1de 11

AO DOUTO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ROLIM DE

MOURA – RONDÔNIA.

Processo nº

XXXXXXXXXX, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe que


move em face do ESTADO DE RXXXXX, igualmente qualificado, vem, por seus
advogados e procuradores que a esta subscreve, tempestivamente, à presença de
Vossa Excelência, com o devido acato e respeito de estilo, com fulcro no art. 41,
ss., da Lei n° 9.099/1995, interpor RECURSO INOMINADO por não concordar
com a r. sentença proferida (Id. 53597951), com o devido preparo recursal
depositado.

Nessa seara, após as formalidades legais, requer, digne-se, Vossa


Excelência, a remessa dos autos ao Egrégio Colégio Recursal do Estado de
Rondônia.

Nestes termos,

Pede deferimento.

XXXXX/RO. Data e Assinatura Digital.

XXXXXXXXXXX

OAB/RO N° XXXX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA.
RAZÕES DE RECURSO INOMINADO

Processo: XXXXXXXXXXX
Origem: Rolim de Moura/RO – Juizado Especial da Fazenda Pública.
Recorrente: XXXXXXXX
Recorrido: Estado de Rondônia.

EGRÉGIO COLÉGIO RECURSAL;


NOBRES JULGADORES;
Ínclitos Magistrados.

I – DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS


O presente recurso preenche todos requisitos de admissibilidade
recursal extrínsecos e intrínsecos, especialmente, é tempestivo pois protocolado
dentro do prazo de 10 dias após ciência/intimação da r. sentença e com o
devido preparo em anexo. Assim, inconformada com a respeitável sentença
proferida pelo Juízo “a quo” que julgou pedido improcedente, a parte Recorrente
interpõe o presente Recurso Inominado, pelas razões de fato e de Direito a seguir
expostas:

II – DOS FATOS
Trata-se de ação de cobrança de 30 minutos de horas extraordinárias
pelo labor efetivo no horário de descanso denominado “intervalo recreio”, onde
a Recorrente, no exercício de suas atividades, até 03 de julho de 2016, além da
jornada de trabalho contratualmente (7h às 11h, pela manhã, e das 13h às 17h,
à tarde), laborava 4h15m em cada período, pois ENTRAVA 07h saía às 11h15m
(matutino), ENTRAVA às 13h e saía às 17h15 (vespertino).

III – MÉRITO. RAZÕES DO INCONFORMISMO


1. DO DIREITO AO PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS PELO
ESTADO

Na petição inicial a parte Recorrente consignou em Juízo que até o


TERMO DE ACORDO realizado em 17.05.2016, que reduziu a carga horária para
4h cada período, laborava 4h15m por dia em cada período, pois ENTRAVA 07h
saía às 11h15m (matutino) e novamente entrava as 13h e saía às 17h15
(vespertino), o INTERVALO RECREIO de 15 minutos era cumprido na ESCOLA e
não foi pago pelo ESTADO DE RONDÔNIA, como horário extraordinário.

A mudança no excesso da carga horária trabalhada diariamente,


somente foi alterada por meio de um termo de acordo estabelecido entre o
sindicato da categoria (SINTERO) e o Governo do Estado de Rondônia na data de
17.05.2016, sendo regulamentado posteriormente por Lei Complementar
887/2016.

Por meio do referido acordo, em sua cláusula segunda, estabeleceu


mudança na carga horária dos professores da rede de ensino estadual, passando
a vigorar o período de 48 (quarenta e oito) minutos como hora-aula, em
detrimento da hora integral como aplicado anteriormente, passando a estar
inserido nesse computo o período correspondente ao intervalo intrajornada de 15
(quinze) minutos, conforme a seguir.

Veja que o termo de acordo serve como meio de comprovação de


que o intervalo de 15 (quinze) minutos não era considerado como parte da
carga horária trabalhada pela Autora, havendo desde então a redução na
hora aula para a inclusão do referido período na jornada diária de trabalho.

O SINTERO, Sindicato dos trabalhadores em Educação no Estado de


Rondônia, celebrou acordo com o ESTADO DE RONDÔNIA em 17.05.2016 para
reduzir a carga horária dos professores de 4h15 para 4h em cada turno, a partir
da alteração da Lei Complementar Estadual nº 680/2012, o que ocorreu em
04.07.2016 com a sanção da Lei Complementar Estadual nº 887/2016, pois até
então os professores trabalhavam 15 minutos a mais por turno, sem receber
pelas horas extras trabalhadas.

Aliás, em sua réplica a parte Recorrente dispôs que embora tratar-se a


presente demanda de direito administrativo, o conceito e natureza jurídica do
intervalo intrajornada destinado a alimentação, repouso e higiene dos
trabalhadores (professores no presente caso) é um direito/dever.

Segundo Vólia Bomfim Cassar, “os intervalos intrajornadas ocorrem


dentro do expediente de trabalho e podem sem computados ou não como tempo
de trabalho efetivo, apesar do descanso de fato”. Ainda, continua a professora
estabelecendo que o intervalo intrajornada destinado a alimentação e repouso,
conforme preceitua o art. 71, caput, e § 1°, da CLT, não é computado dentro da
jornada de trabalho diária (Direito do Trabalho, 15ª edição, ano 2017, pág. 711 e
712) (Grifei).

A jurisprudência reconhece o período de intervalo para recreio


(trabalhado) dos alunos como parte integrante da jornada de trabalho dos
professores. Colacionamos abaixo o entendimento jurisprudencial o TST:

TST - RECURSO DE REVISTA RR


14875000320095090011 (TST) Data de publicação:
20/03/2015.Ementa: RECURSO DE REVISTA EM FACE
DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI
Nº 13.015 /2014. PROFESSOR. INTERVALO ENTRE
AULAS. RECREIO. CÔMPUTO NA JORNADA DE
TRABALHO. O entendimento majoritário desta Corte
Superior é no sentido de que o intervalo entre aulas,
destinado ao recreio, deve ser computado como tempo
efetivo de serviço, nos termos do que prescreve o artigo 4º
da CLT. Recurso de revista de que se conhece e a que se
dá provimento. INTERVALO INTRAJORNADA.
CONCESSÃO PARCIAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 437
DO TST. Por se tratar de norma afeta à higiene e
segurança do trabalho, pouco importa se houve
supressão total ou parcial do intervalo intrajornada. Em
qualquer caso, é devido o pagamento total do período
correspondente, com acréscimo de 50%, com base no
entendimento consubstanciado na Súmula nº 437, I, do
TST. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá
provimento. (Grifei)

TST - RECURSO DE REVISTA RR


6966004520055090014 (TST) Data de publicação:
23/10/2015 Ementa: PROFESSOR. INTERVALO ENTRE
AULAS. "RECREIO". TEMPO À DISPOSIÇÃO DO
EMPREGADOR. O entendimento atual e predominante
desta Corte superior é de que o intervalo entre as aulas,
denominado "recreio", é considerado como tempo à
disposição do empregador, na forma do artigo 4º da CLT,
e, portanto, deve ser computado na jornada de trabalho
do professor. Precedentes.

TST - RECURSO DE REVISTA RR 109160920155180013 (TST)


Data de publicação: 12/08/2016 Ementa: RECURSO DE
REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014.
PROFESSOR. INTERVALO ENTRE AULAS PARA "RECREIO".
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. Sobre a matéria,
esta Corte vem decidindo que o intervalo entre aulas para
"recreio" é considerado tempo à disposição do empregador, de
modo que deve ser integrado como tempo de efetivo serviço à
jornada laboral do professor, nos termos do art. 4. º da CLT.
Recurso de revista conhecido e provido.

TAMBÉM, no Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia existe o


entendimento pacificado através de reiteradas decisões da Turma Recursal
reconhecendo o direito dos professores ao recebimento das horas extras devido à
redução da carga horária para comportar na jornada diária o intervalo dirigido de
15 minutos por turno, vejamos:

Data do Julgamento: 01/09/2020


EMENTA: RECURSO INOMINADO. JUIZADO ESPECIAL DA
FAZENDA PÚBLICA. SERVIDOR PÚBLICO. PROFESSOR.
MUNICÍPIO DE BURITIS. HORAS
EXTRAS. RECREIO INTEGRA JORNADA DE TRABALHO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. O intervalo do recreio integra a
jornada de trabalho do(a) professor(a) porque é um pequeno
tempo que não permite fazer outra coisa senão ficar à
disposição do trabalho. 2. Recurso do requerido improvido.
RECURSO INOMINADO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO.
CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. O tempo destinado
ao intervalo entre aulas (recreio), embora seja facultado ao
professor que o utilize para outras atividades, bem como
alimentação e afins, é considerado tempo à disposição do
empregador, ensejando seu reconhecimento como efetivo
serviço prestado. (RECURSO INOMINADO CÍVEL 7001865-
91.2017.822.0021, Rel. Juiz José Augusto Alves Martins,
Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia: Turma Recursal -
Porto Velho, julgado em 30/06/2020.)

RECURSO INOMINADO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR


PÚBLICO. PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO DEVE
SER COMPUTADO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (RECURSO INOMINADO
CÍVEL 7000161-43.2017.822.0021, Rel. Des. Osny Claro de
Oliveira, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia: Turma
Recursal - Porto Velho, julgado em 05/07/2019.)

Data do Julgamento: 18/08/2020


EMENTA: Recurso Inominado. Administrativo. Servidor
Público. Professor. Horas Extras. Intervalo. Cômputo na
Jornada de Trabalho. Recurso Improvido. Sentença Mantida.
O tempo destinado ao intervalo entre aulas (recreio), embora
seja facultado ao professor que o utilize para outras atividades,
bem como alimentação e afins, é considerado tempo à
disposição do empregador, ensejando seu reconhecimento
como efetivo serviço prestado (7001550-
63.2017.8.22.0021).
RECURSO INOMINADO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO.
CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. O tempo destinado ao
intervalo entre aulas (recreio), embora seja facultado ao
professor que o utilize para outras atividades, bem como
alimentação e afins, é considerado tempo à disposição do
empregador, ensejando seu reconhecimento como efetivo
serviço prestado. RECURSO INOMINADO CÍVEL, Processo nº
7001554-03.2017.822.0021, Tribunal de Justiça do Estado de
Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho, Relator(a) do
Acórdão: Juiz José Augusto Alves Martins, Data de
julgamento: 08/06/2020. (Grifei)

RECURSO INOMINADO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR


PÚBLICO. PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO.
CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
O tempo destinado ao intervalo entre aulas (recreio), embora
seja facultado ao professor que o utilize para outras atividades,
bem como alimentação e afins, é considerado tempo à
disposição do empregador, ensejando seu reconhecimento
como efetivo serviço prestado. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7001317-96.2017.822.0011, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Juiz José Torres Ferreira, Data de
julgamento: 09/06/2020

Recurso Inominado. Administrativo. Servidor Público.


Professor. Horas Extras. Intervalo. Cômputo na Jornada de
Trabalho. Recurso Improvido. Sentença Mantida. O tempo
destinado ao intervalo entre aulas (recreio), embora seja
facultado ao professor que o utilize para outras atividades,
bem como alimentação e afins, é considerado tempo à
disposição do empregador, ensejando seu reconhecimento
como efetivo serviço prestado. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7006084-52.2018.822.0009, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Juiz José Augusto Alves Martins, Data
de julgamento: 20/11/2019.

Recurso Inominado. Administrativo. Servidor Público.


Professor. Horas Extras. Intervalo. Cômputo na Jornada de
Trabalho. Recurso Improvido. Sentença Mantida.
O tempo destinado ao intervalo entre aulas (recreio), embora
seja facultado ao professor que o utilize para outras atividades,
bem como alimentação e afins, é considerado tempo à
disposição do empregador, ensejando seu reconhecimento
como efetivo serviço prestado. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7001678-83.2017.822.0021, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Juiz Jorge Luiz de Moura Gurgel do
Amaral, Data de julgamento: 17/09/2019
Recurso Inominado. Administrativo. Servidor Público.
Professor. Horas Extras. Intervalo. Cômputo na Jornada de
Trabalho. Recurso Improvido. Sentença Mantida. O tempo
destinado ao intervalo entre aulas (recreio), embora seja
facultado ao professor que o utilize para outras atividades,
bem como alimentação e afins, é considerado tempo à
disposição do empregador, ensejando seu reconhecimento
como efetivo serviço prestado. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7001324-88.2017.822.0011, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Juiz Amauri Lemes, Data de
julgamento: 31/10/2019

Recurso Inominado. Administrativo. Servidor Público.


PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO DEVE SER
COMPUTADO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7001065-93.2017.822.0011, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Des. Osny Claro de Oliveira, Data de
julgamento: 05/07/2019.

Recurso Inominado. Administrativo. Servidor Público.


PROFESSOR. HORAS EXTRAS. INTERVALO DEVE SER
COMPUTADO NA JORNADA DE TRABALHO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO INOMINADO
CÍVEL, Processo nº 7007169-08.2016.822.0021, Tribunal de
Justiça do Estado de Rondônia, Turma Recursal - Porto Velho,
Relator(a) do Acórdão: Des. Osny Claro de Oliveira, Data de
julgamento: 05/07/2019

Grifei.

TANTO É PACÍFICO O ENTENDIMENTO DO


EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA
QUE SÓ NA PRIMEIRA PÁGINA DE PESQUISA
JURISPRUDENCIAL TODAS JURISPRUDÊNCIAS SÃO
UNÂNIMES NO SENTIDO DE QUE O INTERVALO DE
RECREIO É CONSIDERADO TEMPO À DISPOSIÇÃO
DO EMPREGADOR.
No entanto, RESPEITOSAMENTE, em que pese vasta instrução
documental juntada à inicial, o Magistrado de PRIMEIRO GRAU, nesse sentido
sentenciou:

SENTENÇA

De fato, o acordo estabelecido entre Estado de Rondônia


e Sintero (ID: 52118674 p. 1 de 3) para inclusão na
jornada de trabalho dos professores o tal intervalo
dirigido de quinze minutos (cláusula terceira) sugere
mesmo que os docentes permaneciam na escola um
pouco além das quarenta, vinte e cinco ou vinte horas
semanais (Lei Complementar nº 680/2012¹, art. 66).

No entanto e segundo bem se observou na réplica, na


hipótese específica dos autos, XXXXXXXXXXXXX
simplesmente não demonstrou que laborara assim²
até meado de dois mil e dezesseis, ressaltando-se
nesse ponto que inadequado o requerimento para uso
da prova testemunhal realizada nos autos nº 7001062-
41.2017.8.22.0011, uma vez que as pessoas lá ouvidas,
TANIA REGINA GOES PEREIRA e MARIOZANA MARIANA
FERREIRA LEISMANN, cobram também em juízo (autos
nºs 7001065-93.2017.8.22.0011 e 7001063-
26.2017.8.22.00101) a quitação pelo réu dessas horas
extras, ou seja, são suspeitas e ou impedidas a teor do a
r t . 4 4 7, d o C P C”. Trecho da inicial. (GRIFEI).

(Omissis).

Ante o exposto, julgo improcedentes os pedidos.

(Omissis).

Ora Nobres Julgadores, data máxima vênia, no presente caso posto em


apreço do Juízo, INCONTROVERSO que a parte Autora, ora Recorrente, não
precisa demonstrar elementos SUBJETIVOS para comprovar que cumpria ou não
a jornada de trabalho, pois não cabe ao MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU
AVALIAR CRITÉRIOS SUBJETIVOS neste caso, mais sim, e apenas, avaliar
CRITÉRIOS OBJETIVOS, quais sejam: provas documentais anexas aos autos
que corroboram o pedido:

1. FICHA ANUAL DE DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO. POIS


COMPROVA A PARTE RECORRENTE NA CONDIÇÃO DE PROFESSOR.

2. TERMO DE ACORDO ENTRE SINTERO E ESTADO DE RONDÔNIA.


3. RELATÓRIO CONTRA CHEQUE. POIS COMPROVA A PARTE
RECORRENTE NA CONDIÇÃO DE PROFESSOR.

4. TERMO DE POSSE, PRINCIPALMENTE, POIS COMPROVA A PARTE


RECORRENTE NA CONDIÇÃO DE PROFESSOR.

Ademais, mesmo que o caso não seja celetista, cumpre


registrar que testemunha que tem ação contra o mesmo
empregador não é considerada suspeita, conforme Súmula nº
357 do TST.
POR TAIS RAZÕES E DOCUMENTOS, ou seja, restando aos autos
incontroverso e apto a comprovar o direito a percepção de horas extras pela parte
Recorrente, tanto é que o ente público não apresentando documentos ou
fatos comprobatórios a afastar a pretensão servidora, a parte Autora,
conforme jurisprudência pacífica do Egrégio TST e Egrégio TJ/RO, requereu a
condenação do ente Requerido nos termos da petição inicial (art. 30, LINDB).

Segundo o Ministro Ives Gandra Martins Filho


(TST) “Disciplina judiciária é que pode permitir o
desafogamento das instâncias superiores em relação a
questões repetidamente decididas e a democratização de
acesso aos cidadãos às instâncias superiores”.
Mas julgar improcedente, quando há nos autos elementos suficientes a
promover procedente os pedidos, termo de acordo entre SINTERO e ESTADO DE
RONDÔNIA; Relatório Contra Cheque; TERMO DE POSSE, inclusive é o caminho
pacífico do Egrégio TJ/RO, age o Magistrado de primeiro grau em total afronta ao
princípio da cooperação das partes, pois conforme preceitua o art. 6º do CPC,
“todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”.

Assim, a parte Recorrente sendo obrigada a interpor o presente recurso


a fim de obter Deste Egrégio TJ/RO a reforma da decisão que negou deferimento
de pedido contra documentos comprobatórios, evidente que age o Magistrado de
primeiro grau ao contrário do que estabelece o Código de Processo Civil, pois é
notório o abarrotamento de processos perante o Douto Juízo “ad quem”, o que
PODERÁ FAZER com que a parte Recorrente não obtenha decisão em tempo
razoável.

2. DO PREQUESTIONAMENTO DAS MATÉRIAS


Observa-se do presente recurso que foram apontados expressamente
diversos textos normativos, além de que foram apresentadas jurisprudências
atuais e pacíficas em sentido oposto ao decidido pelo Juiz de 1º grau. Portanto,
com todo o respeito, mas o não acolhimento do presente recurso, faz com que a
matéria possa ser discutida em sede de Recursos nas Instâncias Especiais (STJ e
STF). Assim, a parte Autora REQUER, digne-se, Vossas Excelências, que o
DOUTO COLÉGIO RECURSAL se manifeste expressamente sobre todas as
matérias aqui suscitadas, para fins de prequestionamento das matérias em
eventual necessidade de interpor Recursos Especial ou Extraordinário.

IV – DO PEDIDO

Ante todo o exposto aguarda a parte Recorrente que:

1) Seja conhecido e provido o presente Recurso Inominado;

2) Seja manifestado expressamente sobre todos os dispositivos legais e


teses jurisprudenciais ventiladas nestas razões recursais, com explicitação de
tese específica sobre a matéria para fins de prequestionamento recursal;

3) No mérito, o PROVIMENTO para reforma da r. sentença recorrida


nos seguintes termos:

4) Seja julgada totalmente procedente a presente demanda para


condenar o Estado de Rondônia a pagar a Requerente as horas extras
trabalhadas consubstanciadas no intervalo de recreio escolar de 30 (trinta)
minutos diários entre 10.08.2015 até 04.07.2016, já considerando período
prescricional quinquenal, o valor total de R$ 4.508,79. (quatro mil, quinhentos e
oito reais e setenta e nove centavos), já inclusos reflexos 13º salário, férias e 1/3
constitucional.

5) Seja condenado o Estado de Rondônia ao pagamento de custas;


honorários advocatícios em 20%, nos termos do art. 85, §2º do CPC;

Nesses termos, pede deferimento.

Rolim de Moura – RO. Data e Assinatura Digital.

XXXXXXXX
OAB/RO N° XXXXXXX

Você também pode gostar