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EEEP DEPUTADO JOSÉ MARIA MELO

LÍNGUA PORTUGUESA – LUCAS ARAÚJO


VICTOR EDUARDO PITA CAMPOS
O RACISMO ESTRUTURAL NO COTIDIANO, ABORDADO EM
“RECORDAÇÕES DE UM ESCRIVÃO ISAÍAS CAMINHA”
Do descobrimento do Brasil à contemporaneidade
GUARACIABA DO NORTE – CE
2022
O racismo estrutural no cotidiano, abordado em “Recordações de um Escrivão
Isaías Caminha”

Resumo
O racismo estrutural está presente até mesmo nas atitudes e escolhas de pessoas que se
acham livres de conceitos segregadores e ofensivos contra pessoas negras. O motivo para essa
situação se dá com o aproveitamento desumano e inimaginável, com fins econômicos, dessa
classe social, durante o decorrer dos milênios. Daí por diante, isso acontece desde a mais
primitiva sociedade até a mais evoluída tecnológica e economicamente. Por isso, não há como
dizer que não há razão para o surgimento e emancipação do movimento negro, de forma tão
difícil, até os dias atuais. As consequências vão desde o ferimento das leis de direitos
humanos até a revelação de atitudes animalescas dos seres humanos, com genocídios e
etnocentrismo. A lei Áurea foi assinada com o objetivo de erradicar o escravismo da
sociedade, porém, não passou mais de um acordo entre elites latifundiárias e lideranças de
movimentos ante escravocratas para evitar a reinvindicação de terras destes últimos, uma
espécie de reforma agrária. Isaías Caminha era um garoto ávido pelo conhecimento. Lima
Barreto escreve acerca dele num contexto de pós-abolição da escravatura, porém, com uma
herança racista em toda a sociedade do Rio de Janeiro e no Brasil como um todo. A partir daí,
desafios hão de se enfrentar, em virtude dessas consequências que, hodiernamente, se
resumem em ambientes de trabalho e universitários predominantemente brancos, com difícil
acesso a elas pelos negros, mesmo que estes sejam a maioria em tamanho populacional,
afastando-os para as periferias e criando problemas ainda maiores como a desigualdade social
e extrema pobreza.

Introdução

No Brasil, a emancipação e fortalecimento do movimento negro se deu com o fim do


sistema escravista brasileiro de forma legal a partir da sanção da Lei Áurea, em 13 de maio de
1888. O teor desse movimento gira em torno da luta milenar pela igualdade de direitos para
brancos e negros, além da erradicação da segregação racial, promovida por muitos séculos nas
escolas, nos locais de trabalho, nos meios de transporte e em muitas outras áreas.
Ainda que, nos últimos 100 anos, haja um esforço legal, minimamente social, para
incluir pessoas pretas num contexto majoritariamente embranquecido, de nenhuma forma se
mostra capaz de tornar real uma reparação histórica bem-sucedida. A dívida dos países
ocidentais e europeus com a população negra é eterna, já que foram os que mais praticaram
tráfico de pessoas negras da África e nativos da “terra de verdes mares” - definição das terras
nordestinas, conforme José de Alencar, em sua obra “Iracema”. É irônico citar este livro, já
que o próprio autor omite a cor da sua pele nas suas literaturas.
Por mais que, na maioria das vezes, o corpo social trate do movimento negro como um
conjunto de homens que defendem a igualdade de direitos, independentemente da cor da sua
pele, ainda assim se esquecem de outro grupo social minoritário em poder, porém, majoritário
em quantidade: as mulheres. Estas são aquelas que mais são apagadas de histórias e
descobertas, no que diz respeito aos seus feitos e realizações e que ao longo de incontáveis
séculos são vistas como objetos de trabalho, sexo e delineadas para a vida doméstica.
Ainda, a abrangência de definições do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) sobre negros mostra que pretos e pardos estão incluídos na mesma categoria. A
discussão sobre a cor parda é atual e polêmica, em razão da chegada dos portugueses à costa
brasileira, há 500 anos, a fim de, anos posteriores, colonizar e embranquecer a população,
tornando a tonalidade da pele dos recém-nascidos mais clara e transfigurar-se um padrão
hegemônico, em virtude da criminalização e demonização da pele negra.
A temática do racismo é abordada de forma a evidenciar práticas desumanas e
discriminatórias recorrentes no cotidiano e estruturalmente na vida das pessoas negras. Ainda
há outros autores que tratam do assunto de maneira direta e aprofundada conceitualmente
como Silvio Almeida, em “Racismo Estrutural”, ou Djamila Ribeiro, em “Pequeno Manual
Antirracista”, sendo estes autores contemporâneos, que mostram a relevância da discussão.
Embora seja algo que teoricamente tenha sido abolido, este recorte fundamentará o debate,
mostrando que ainda existem práticas e estruturas sociais que ferem a Declaração Universal
dos Direitos Humanos e as noções humanas de interação, de convivência e de sensatez.
Este recorte temático é fundamentado na obra de Lima Barreto, “Recordações de um
Escrivão: Isaías Caminha”, que trata do personagem Isaías, um homem inicialmente retratado
como um garoto de 13 ou 14 anos, admirador de seu pai e desejador arrogante por mais
conhecimento de mundo, que parte do Nordeste para o Rio de Janeiro, a fim de estudar e
trabalhar. No decorrer da sua jornada, enfrenta diversos desafios por causa da sua cor.
Fundamentação teórica

A construção do racismo brasileiro se deu com a chegada dos portugueses à costa, em


1500. Não estava no objetivo português a descoberta das novas terras da América do sul.
Porém, a busca por matérias raras para a Coroa levou-lhes à colonização das terras a partir de
1530. Foram quase trinta décadas de exploração, ainda com a desnaturalização dos povos
originários:

“E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8,


segundos os navios pequenos disseram, por chegarem primeiro. (...) A feição deles é
serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e narizes, bem feitos. Andam
nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas
vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como tem em mostrar o rosto¹.”

“’Não tem porque se falar em descobrimento. Foi um erro de percurso que


acabou em genocídio, etnocídio, invasão, estupro e diversas outras violências contra
os povos nativos de Pindorama’, explica a chef de cozinha Deborah Martins, 27 anos,
indígena do povo Pataxó e criadora do @alecrimbaiano. Pindorama era o nome do
que veio a se chamar Brasil².”

Entretanto, o assunto em questão se expande muito além do ataque aos povos


originários. Há a segregação racial, que acontecia em muitas partes do mundo, por causa da
pele negra. A própria Suprema Corte dos EUA decidiu antes do final dos anos 1800 e meados
dos anos 1960 que a segregação racial não seria considerada uma violação da Constituição
dos EUA se as raças permanecessem "separadas, mas iguais". Depois de muitas lutas no
movimento pelos direitos civis - e muitas prisões, ataques e mortes - foi preciso a Lei dos
Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos de Voto no ano seguinte para garantir a igualdade
racial na América - pelo menos, na letra fria da lei³.
No Brasil, isso começa com a migração involuntária de milhões de negros da África
para serem manejados como máquinas de produzir, em virtude da dificuldade dos colonos em
extrair trabalho manual forçado dos indígenas. Logo, aproveitaram-se da cultura africana para
executar a prática.
Como exemplo da obra de Lima Barreto, “Recordações de um escrivão Isaías
Caminha”, o tratamento dado aos negros é distinto do tratamento dado aos brancos. Isaías é
um jovem, durante o início do livro, que admirava seu pai pela sua inteligência e sonhava em
ser como tal. Indicou à sua mãe que queria viajar para o Rio de Janeiro para estudar e
trabalhar. Esta fez silêncio e pôs Isaías a receber conselhos de seu tio Valentim, que conhecia
do Rio de Janeiro. Implicitamente, a história deixa nas entrelinhas que muitos desafios
estariam por vir ao jovem, principalmente pelo fato de ele ser negro.

“O trem parara e eu abstinha-me de saltar. Uma vez, porém, o fiz; não sei mesmo em
que estação. Tive fome e dirigi-me ao pequeno balcão onde havia café e bolos. Encontravam-
se lá muitos passageiros. Servi-me e dei uma pequena nota a pagar. Como se demorassem em
trazer-me o troco reclamei: "Oh! fez o caixeiro indignado e em tom desabrido. Que pressa
tem você?! Aqui não se rouba, fique sabendo!" Ao mesmo tempo, a meu lado, um rapazola
alourado reclamava o dele, que lhe foi prazenteiramente entregue. O contraste feriu-me, e
com os olhares que os presentes me lançaram, mais cresceu a minha indignação. Curti,
durante segundos, uma raiva muda, e por pouco ela não rebentou em pranto. Trôpego e
tonto, embarquei e tentei decifrar a razão da diferença dos dois tratamentos. Não atinei; em
vão passei em revista a minha roupa e a minha pessoa. Os meus dezenove anos eram sadios e
poupados, e o meu corpo regularmente talhado. Tinha os ombros largos e os membros ágeis e
elásticos. As minhas mãos fidalgas, com dedos afilados e esguios, eram herança de minha
mãe, que as tinha tão valentemente bonitas que se mantiveram assim, apesar do trabalho
manual a que a sua condição, a obrigava. Mesmo de rosto, se bem que os meus traços não
fossem extraordinariamente regulares, eu não era hediondo nem repugnante. Tinha-o
perfeitamente oval, e a tez de cor pronunciadamente azeitonada.4”

O tratamento dado aos negros é fruto de todo uma construção social, envolvendo a
conjuntura econômica das sociedades antigas até os dias atuais, em diversos países
desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
A explicação para o uso da mão de obra africana forçada nas colônias é alvo de
diversas correntes de pesquisas históricas. No início justificava-se que os negros eram
inferiores e, tendo perdido uma guerra, poderiam ser escravizados. Também houve a crença
que o negro africano foi escravizado porque o índio não se deixou escravizar ou porque
morreu de doenças trazidas pelos colonizadores. A escravidão era uma instituição presente
nas sociedades africanas, mas não tinha fins comerciais, e representava dominação e poder do
mais forte sobre o fraco. Nos meandros das sociedades africanas, o domínio europeu também
foi favorecido pelos africanos que vendiam escravos para os colonizadores. Os inimigos eram
a única "mercadoria" que eles tinham para oferecer e assim, poder comprar os valiosos
objetos trazidos pelos europeus. Em posse de vigorosa tecnologia náutica, os europeus
transportavam os africanos de maneira forçada até o outro continente e lhes negava o direito à
própria vida. Estes eram entregues aos futuros proprietários nas fazendas de açúcar e café5.

Desde então, agrupamentos e movimentos têm se criado como forma de resistência,


em nome da liberdade e do reconhecimento dos direitos individuais e inatos dos negros. No
contexto internacional, os EUA utilizaram modelos segregacionistas no início do século XIX,
mesmo após a abolição da escravatura na região sul do país, que adotava uma economia de
produção escravocrata. Depois de uma guerra civil, apoiada por Abraham Lincoln, houve uma
tentativa de reunificação do país, a fim de erradicar os modelos racistas de estruturação da
sociedade americana. Entretanto, para os cidadãos brancos sulistas, era inaceitável os negros
recém-libertos terem os mesmos direitos que eles. E dessa forma, inicia-se o modelo social
segregacionista, uma maneira de prorrogar o racismo no corpo social. A respeito disso, o
historiador e filósofo Leandro Karnal escreve:

“Leis de segregação racial haviam feito breve aparição durante a reconstrução, mas
desapareceram até 1868. Ressurgiram no governo de Grant, a começar pelo Tennesse, em
1870: lá, os sulistas brancos promulgaram leis contra o casamento inter-racial. Cinco anos
mais tarde, o Tennessee adotou a primeira Lei Jim Crow e o resto do sul o seguiu
rapidamente. O termo “Jim Crow”, nascido de uma música popular, referia-se a toda lei
(foram dezenas) que segue o princípio “separados, mas iguais”, estabelecendo afastamento
entre negros e brancos nos trens, estações ferroviárias, cais, hotéis, barbearias, restaurantes,
teatros, entre outros. Em 1885, a maior parte das escolas sulistas também foram divididas em
instituições para brancos e outras para negros. Houve “leis Jim Crow” por todo o sul.
Apenas nas décadas de 1950 e 1960 a suprema Corte derrubaria a ideia de “separados, mas
iguais6”.

No Brasil, modelos escravistas foram amplamente utilizados para o crescimento


econômico, com a exportação dos seguintes produtos: nos séculos XVI e XVII a cana-de-
açúcar; no século XVIII os metais preciosos (ouro e prata) e pedras (diamantes e esmeraldas);
e no século XIX e início do século XX o café que começou a ser cultivado depois de uma
série de expedições ao interior, e a borracha. Desde então, o movimento negro nasceu no país
e manifestou-se na colônia brasileira. Quando escravizados conseguiam fugir dos engenhos e
sobreviverem, juntavam-se em locais distantes e formavam os conhecidos quilombos, sendo
um dos mais memoráveis o Quilombo de Palmares, tendo como um de seus líderes Zumbi
dos Palmares, que se tornaria um personagem emblemático e símbolo do movimento negro.
Da mesma forma, os cativos se reuniam nas irmandades como as de Nossa Senhora do
Rosário ou de São Benedito, para se ajudarem em caso de doença e garantir um enterro digno.
Pode-se destacar a Sociedade dos Desvalidos de Salvador que funcionava como espaço de
convivência e auxílio para os negros. Além da religião católica é preciso ter em conta que
o candomblé nunca deixou de ser praticado pelos negros. Assim, participar das cerimônias,
muitas vezes realizadas de forma clandestina, era um modo de resistir às mudanças culturais
trazidas com a escravidão.
Ao longo dos séculos, o regime escravista foi erradicado nos países industrializados
como na Inglaterra, em 1833, e até mesmo Portugal, em 1869. O Brasil, no decorrer do século
XIX, vinha sendo pressionado pelos países do hemisfério norte a deixar de utilizar o sistema
escravista como base econômica, sob a ameaça de desgastar por completo seu sistema
econômico.  A sociedade de hoje não existiria se a escravidão persistisse, porque o fim dela
teve relação direta com os sistemas econômicos e políticos que começavam manifestar-se no
século XIX, ajudando a compor as principais características sociais e econômicas do mundo
atual. O fim da escravidão foi o resultado das transformações econômicas e sociais que
começaram a ocorrer a partir da segunda metade do século 19 e que culminaram com a crise
do Segundo Reinado e a consequente queda do regime monárquico7.

“’Em 13 de maio de 1888, há 130 anos, o Senado do Império do Brasil aprovava uma
das leis mais importantes da história brasileira, a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão. Não
era apenas a liberdade que estava em jogo’, diz o historiador Luiz Felipe de Alencastro, um
dos maiores pesquisadores da escravidão no Brasil8.”

O que estava em jogo, no Brasil, eram as terras inutilizadas pelos seus donos, que
temiam a sua repartição com povos negros, por meio de reivindicações. Em paralelo, o negro
sempre teve dificuldades para ascender e encontrar moradia, educação e inclusão. Na obra de
Lima Barreto, Isaías traz consigo uma carta de recomendação dirigida a certo deputado, mas
não consegue ter acesso a ele. Atribui à sua condição racial o insucesso na busca por uma
colocação.
“Levado a presença do delegado, começa o interrogatório: “Qual é a sua
profissão?” “Estudante.” “Estudante?!” “Sim, senhor, estudante, repeti com firmeza.”
“Qual estudante, qual nada!” A sua surpresa deixara-me atônito. Que havia nisso de
extraordinário, de impossível? Se havia tanta gente besta e bronca que o era, porque
não o podia seu eu? Donde lhe vinha a admiração duvidosa? Quis-lhe dar uma
resposta, mas as interrogações a mim mesmo me enleavam. Ele por sua vez, tomou o
meu embaraço como prova de que mentia.” Com ar de escarninho perguntou: “Então
você é estudante?”. Dessa vez tinha-o compreendido, cheio de ódio, cheio de um santo
ódio que nunca mais vi chegar em mim. Era mais uma variante daquelas tolas
humilhações que eu já sofrera; era o sentimento geral da minha inferioridade,
decretada a priori, que eu adivinhei na sua pergunta. O delegado continua o
interrogatório até arrebatar chamando Caminha de malandro e gatuno, que, sentindo
num segundo todas as injustiças que vinha sofrendo chama o delegado de imbecil. Foi
para o xadrez. Passa pouco mais de 3 horas na cela e é chamado ao delegado. Este se
mostra amável, tratando-o por “meu filho”, dando-lhe conselhos9.”

Enfim, como diz Silvio Almeida, (...) o racismo é a manifestação normal de uma
sociedade, e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade 10.
(...) Ou seja, as sociedades têm estruturas próprias de discriminação, privilegiando outros
grupos de pessoas em detrimento de outros. E como diz a filósofa Djamila Ribeiro, “ é
impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. É algo que está em nós e
contra o que devemos lutar sempre11.” Portanto, é indubitável a ampla discussão da temática
em todas as áreas da sociedade, a fim de promover uma grande reparação histórica com o
povo negro. As cotas são um marco inicial importante na inclusão do negro na educação.
Além disso, uma mudança na consciência humana se faz necessária. Porém, a luta do
movimento negro permanece contemporânea na busca pela igualdade socioeconômica para
homens e mulheres brancos e negros.

Referências bibliográficas
1. Pero Vaz de Caminha, cartas quinhentistas;
2. Ativistas indígenas desconstroem o "descobrimento" do Brasil (terra.com.br);
3. Imagens de quando a segregação racial era legal nos EUA lembram a importância
de combater o racismo | Hypeness inovação e criatividade para todos;
4. BARRETO, Lima. Recordações de um Escrivão Isaías Caminha. Rio de Janeiro:
Contexto, 1909;
5. Tráfico Negreiro: origem, prática e fim do comércio - Toda Matéria
(todamateria.com.br);
6. KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São
Paulo: Contexto, 2007;
7. Abolição da escravatura: Brasil demorou a acabar com o trabalho escravo - UOL
Educação;
8. Abolição da escravidão em 1888 foi votada pela elite evitando a reforma
agrária, diz historiador - BBC News Brasil
9. BARRETO, Lima. Recordações de um Escrivão Isaías Caminha. Rio de Janeiro:
Contexto, 1909
10. ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural.
11. RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista.

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