Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capa
Créditos
Folha de rosto
Citação
Prefácio à Edição Brasileira
Capítulo 1 | Uma Perspectiva Internacional
Capítulo 2 | Ação Afirmativa na Índia
Capítulo 3 | Ação Afirmativa na Malásia
Capítulo 4 | Ação Afirmativa no Sri Lanka
Capítulo 5 | Ação Afirmativa na Nigéria
Capítulo 6 | Ação Afirmativa nos Estados Unidos
Capítulo 7 | O Passado e o Futuro
Mídias Sociais
Prefácio à Edição Brasileira
Qualquer país que considere a criação de políticas que garantam
grupos preferenciais ou cotas no mercado de trabalho, no ensino superior ou
na obtenção de benefícios sociais certamente encontrará forte reação tanto a
favor de tais propostas quanto contra. Entre os conflitos que se seguem,
tanto nas ruas como no cenário político, opiniões e princípios radicalmente
divergentes são muito mais comuns do que, com efeito, o exame dos fatos a
respeito do que realmente aconteceu quando tais políticas foram adotadas
em outros países ao redor do mundo.
Tais grupos preferenciais e cotas – por vezes chamados de ação
afirmativa em alguns países, e por nomes diferentes em outros lugares – são
frequentemente baseados em condições sociais da atualidade ou em traços
históricos peculiares a determinada nação. Tanto as particularidades do
passado quanto as do presente costumam suscitar fortes emoções em ambos
os lados da discussão. As reações geradas por esse debate, porém, não são
capazes de esclarecer o que de fato acontece, uma vez que as políticas de
ação afirmativa se tornam realidade.
Qualquer um pode especular sobre o que acontecerá no futuro caso a
ação afirmativa seja aprovada ou rejeitada. No entanto não é possível ter
certeza. O máximo que se pode saber é quais foram os resultados quando as
políticas de ação afirmativa foram adotadas no passado, como é o caso de
diversos países.
As peculiaridades históricas e sociais de uma nação são diferentes das
de outras. Mas é notável que várias das consequências que se seguiram à
adoção da ação afirmativa sejam as mesmas, apesar dos diferentes
contextos nas diferentes regiões do mundo.
Muitas pessoas – talvez a maioria – que são contra a ação afirmativa
ou a favor dela são principalmente contra ou a favor de sua teoria. A
questão factual do que realmente acontece como resultado das políticas de
ação afirmativa não tem despertado quase nenhuma atenção. Suposições,
crenças e justificativas dominam as controvérsias sobre esse assunto em
todo o mundo. Este livro aborda a questão empírica sobre o que exatamente
ocorre ou não sob a ação afirmativa – e quem ela beneficia ou prejudica.
Ação Afirmativa ao Redor do Mundo: Um Estudo Empírico Sobre
Cotas e Grupos Preferenciais é fruto de diversos anos de pesquisa, que
inclui duas viagens ao redor do globo. Em todos os países pesquisados,
muitos tinham opinião sobre o assunto, mas esta pesquisa se concentrou em
fatos concretos, que podiam ser documentados.
O que a pesquisa revelou foi a existência de um padrão de
consequências surpreendentemente similares que se seguem à introdução de
políticas de ação afirmativa. Isso a despeito de todos os diferentes contextos
em que essas políticas foram adotadas. Tais padrões foram sintetizados no
primeiro capítulo deste livro, e as condições específicas de cada país foram
explanadas nos capítulos posteriores.
Se a experiência de outros países levar à reflexão tanto dos que são a
favor da ação afirmativa no Brasil quanto dos que são contra, este livro terá
cumprido seu propósito.
Thomas Sowell
Instituto Hoover
Universidade Stanford
AÇÃO AFIRMATIVA AO
REDOR DO MUNDO
Capítulo 1 | Uma Perspectiva Internacional
Enquanto grassam controvérsias nos Estados Unidos sobre políticas
de “ação afirmativa”, poucos americanos parecem notar a existência ou a
relevância de políticas similares em outros países do mundo. Em vez disso,
os argumentos pró e contra tendem a invocar história e tradições que são
tipicamente americanas. No entanto, grupos preferenciais e cotas existem
em outros países com histórias e tradições totalmente diferentes – e, em
alguns deles, tais políticas foram implantadas muito antes do que nos
Estados Unidos.
O que nos dizem as experiências desses outros países? Há padrões,
considerações e resultados comuns? Ou é singular a situação americana?
Ironicamente, um pleito ou suposição de singularidade nacional é
uma das características mais comuns nos numerosos países onde grupos
preferenciais e cotas existem sob uma diversidade de nomes. A situação
especial dos maoris na Nova Zelândia, com base no Tratado de Waitangi de
1840, é mencionada tão apaixonadamente em defesa do tratamento especial
lá existente quanto a posição singular dos intocáveis na Índia ou dos negros
nos Estados Unidos.
Raciocínios visivelmente disparatados têm sido usados em diferentes
sociedades para programas que partilham características bastante
semelhantes e, com frequência, conduzem a resultados muito similares.
Alguns grupos preferenciais existem para minorias, alguns para maiorias,
outros para os desvalidos e ainda outros para os mais afortunados, que se
consideram merecedores da manutenção de suas vantagens comparativas
sobre outros membros da mesma sociedade. Hoje em dia, são os programas
para os menos afortunados que recebem a denominação de ação afirmativa
nos Estados Unidos, ou são chamados de “discriminação positiva” no Reino
Unido e na Índia, “padronização” no Sri Lanka, “reflexos do caráter
nacional” na Nigéria e preferência aos “filhos da terra” na Malásia e na
Indonésia, bem como em alguns estados da Índia. Grupos preferenciais e
cotas existem também em Israel, China, Austrália, Brasil, Ilhas Fiji,
Canadá, Paquistão, Nova Zelândia e nos países sucessores da União
Soviética.[1]
Por mais espraiados que tenham se tornado os programas de ação
afirmativa, seus promotores dificilmente revelam coragem suficiente para
proclamar que os grupos preferenciais e as cotas são desejáveis em
princípio ou como características permanentes da sociedade. Pelo contrário,
esforço considerável tem sido despendido para descrever tais políticas como
“temporárias”, mesmo quando, de fato, elas insistam não só em permanecer
como em crescer.
A ação afirmativa oficial ou as políticas de grupos preferenciais têm
de ser diferenciadas de quaisquer preferências ou preconceitos puramente
subjetivos que possam existir entre indivíduos ou grupos. Esses sentimentos
subjetivos podem, é claro, influenciar políticas, porém aqui o foco principal
é jogado sobre as políticas concretas de governo e suas consequências
empíricas – não sobre suas racionalizações, esperanças ou promessas,
embora estas últimas considerações não sejam de todo ignoradas. Todavia,
em sua essência, este é um estudo do que acontece na realidade, em vez de
uma exploração filosófica de questões que têm sido amplamente – se não
mais que amplamente – exploradas alhures.
CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Uma das reações dos integrantes dos grupos não preferenciais tem
sido conseguir a reclassificação como membros dos grupos preferenciais.
Isso pode ser feito individual ou coletivamente.
Alguns indivíduos de ancestralidade mista que foram considerados e
se autoidentificaram como membros do grupo A podem decidir por si
mesmos se reclassificar como membros do grupo B quando este último tiver
direito a tratamento preferencial, e os integrantes do grupo A não. Nos
Estados Unidos, durante a era do Jim Crow,[20] alguns negros de pele clara
“passaram” por brancos para escapar das desvantagens legais e sociais
associadas à classificação de negro. Mais tarde, durante a época da ação
afirmativa, brancos com traços fisionômicos de índios americanos e de
outras minorias preferiram se reclassificar para aproveitar as políticas
preferenciais voltadas aos grupos em desvantagem. Desta forma, indivíduos
louros e de olhos azuis se apresentaram com documentos oficiais a fim de
demonstrar a existência de algum antepassado distante de outra raça.
O número de indivíduos que se declararam índios americanos no
censo dos EUA durante a era da ação afirmativa cresceu a uma taxa que
ultrapassou qualquer expectativa que pudesse ser feita de crescimento
biológico de uma população. Além do mais, o detalhamento dos dados do
censo mostrou que a quantidade de índios americanos aumentou com o
tempo dentro da mesma etnia – uma impossibilidade biológica que se
tornou possível graças à reclassificação dos mesmos indivíduos. Por
exemplo, o número de índios americanos com idade entre 15 e 19 anos em
1960 era um pouco abaixo de 50 mil. Porém, vinte anos mais tarde, quando
essas mesmas pessoas deveriam estar com idade entre 35 e 39 anos,
existiam mais de 80 mil índios americanos.[21] Em outras palavras, mais de
30 mil pessoas da mesma etnia, que não tinham se identificado como índios
americanos em 1960, o fizeram em 1980, causando um crescimento étnico
de mais de 60%.
Um caso parecido ocorreu entre os aborígines da Austrália. Um
estudo naquele país revelou que houve “um acréscimo de 42% na
população aborígine entre os censos de 1981 e de 1986”[22] – quase uma
impossibilidade demográfica para cinco anos, salvo pela reidentificação das
mesmas pessoas com diferentes rótulos étnicos. Como um acadêmico
australiano observou:
O aumento dramático das quantidades tem muito a ver com a confiabilidade dos
registros, com o crescimento do matrimônio dentro da família e com a crescente
disponibilidade de subsídios substanciais para os descendentes de aborígines… A
definição de “aborígine” abrange muitas pessoas de ascendência predominantemente
não aborígine que poderiam, com igual ou maior justificativa genética, se identificarem
como não aborígines.[23]
A história foi quase a mesma na China, onde, nos anos 1990, mais de
10 milhões de chineses se proclamaram com status de minoria étnica, de
modo a gozarem de tratamento preferencial, por exemplo, a admissão nas
faculdades. Até mesmo as draconianas restrições chinesas para que os
casais não tivessem mais que um filho não se aplicavam às minorias étnicas
da mesma forma que recaíam sobre a maioria Han, o principal grupo étnico
da China:
O Artigo 44 estipula que, “de acordo com disposições legais”, as áreas autônomas
podem formular suas próprias medidas de planejamento familiar. Assim sendo, casais
das minorias urbanas, em geral, podem ter dois filhos, enquanto os Han urbanos estão
restritos a um. Minorias rurais podem ter dois, três, quatro ou mais filhos, dependendo
de sua etnia e de sua localização.[24]
INCENTIVOS
RELAÇÕES INTERGRUPO
TENDÊNCIAS
RESUMO E IMPLICAÇÕES
Malgrado os argumentos altamente variáveis para o estabelecimento
de grupos preferenciais e cotas em determinados países ao redor do mundo,
a lógica dos seus incentivos e condicionantes tem a propensão de produzir
consequências similares em sociedades bastante distintas. Além disso, tanto
os incentivos como as consequências tendem a ser ignorados nas discussões
políticas sobre tais programas, que focam em suas justificativas e em seus
benefícios presumidos, enquanto deixam de lado os efeitos empíricos reais.
Nos Estados Unidos, os resultados míticos – a ação afirmativa com base no
crescimento econômico dos negros, por exemplo – suplantaram com tal
inteireza os fatos que os poucos que debatem essa política acham
absolutamente desnecessário checar a evidência histórica.
Para alguns defensores da ação afirmativa, é tudo uma questão de ser
a favor da ajuda aos menos afortunados, com os “detalhes” sendo deixados
para que outros os considerem e analisem. Todavia, mesmo um olhar de
relance sobre o que os programas de ação afirmativa, na verdade, fizeram
em vários países revela que o fracasso na consecução de seus objetivos
pode ser o menor dos problemas que eles criaram. Relações intergrupos
perniciosas e perigos reais para o tecido da sociedade foram também
produzidos pela ação afirmativa em alguns países. Isso deve ficar
penosamente claro quando apreciarmos os “detalhes” nos capítulos
seguintes.
Capítulo 2 | Ação Afirmativa na Índia
A Índia é a maior sociedade multiétnica do mundo – e também a mais
fragmentada socialmente. Uma terra de mais de uma centena de línguas e
de uma centena de dialetos, onde mesmo o idioma mais falado no país só o
é por menos de um terço da população; a Índia também é segmentada em
fortes divisões de castas, religiosas, regionais e étnicas – segmentação esta
que se expressa por uma ampla diversidade de modos: dos estilos de vida
radicalmente diferentes aos banhos de sangue nas ruas. A Índia também tem
tido políticas de ação afirmativa por mais tempo que qualquer outra nação,
iniciadas na época da colonização inglesa e depois institucionalizadas na
Constituição, quando o país se tornou independente em 1947.[61]
A Décima Quarta Emenda à Constituição da Índia, da mesma forma
que a emenda de mesmo número à Constituição dos Estados Unidos,
prescreve tratamento igual para os indivíduos. Diferentemente da
constituição dos Estados Unidos, no entanto, a emenda indiana explicita
uma exceção para políticas direcionadas à ajuda de segmentos
desafortunados de sua população – a ação afirmativa, ou “discriminação
positiva”, como é conhecida por lá. Essas provisões de exceção deveriam,
originalmente, expirar em vinte anos, porém têm sido prorrogadas vezes
sem fim[62] – e estendidas.
Em síntese, nos dias de hoje existem dois tipos de políticas de
preferências na Índia: para minorias nacionais consideradas desvalidas e
para vários grupos locais em seus respectivos estados. As políticas para as
minorias foram explicitamente concebidas para lidar, a princípio, com as
severas inaptidões sociais e a discriminação enfrentadas pelos intocáveis da
Índia. Grupos tribais que estão à margem da corrente social principal do
país também foram incluídos, de modo bastante análogo ao dos intocáveis.
Para outros que pudessem enfrentar desvantagens semelhantes, uma
categoria abrangente denominada “outras classes atrasadas” foi incluída na
exceção constitucional das provisões do tratamento igualitário. Esta última
categoria proporcionou uma brecha pela qual outros grupos numerosos
conseguiram acesso preferencial aos empregos e a outros benefícios.
Estatisticamente, os membros da categoria abarcante das “outras
classes atrasadas” suplantam hoje o número de intocáveis e de membros de
grupos tribais juntos. Os intocáveis (“castas tabeladas” ou “dalits”)
constituem cerca de 16% da população total do país, e os membros dos
grupos tribais perfazem outros 8%. Entretanto, esses dois grupos muito
pobres e historicamente proscritos são de longe ultrapassados pelos
integrantes das “outras classes atrasadas, que chegam a 52% de todos os
indianos”.[63] Evidentemente, essas “outras classes atrasadas” não são, na
prática, frutos de uma reflexão tardia que pudesse ter acontecido na mente
dos que formularam as exceções constitucionais aos requisitos do
tratamento igualitário na Índia.
HISTÓRIA
ASSAM
MAHARASHTRA
RESUMO E IMPLICAÇÕES
HISTÓRIA
POLÍTICAS E PREFERÊNCIAS
Os partidos políticos importantes da Malásia têm sido partidos
étnicos – a Organização Nacionalista Unificada da Malásia (UMNO) é o
maior deles, e a Associação Chinesa Malaia e o Congresso Indiano Malaio
representam os principais grupos étnicos. Em outros países ao redor do
mundo, os partidos políticos que, como os acima citados, apresentam-se
como representantes de grupos étnicos têm sido causadores de polarização.
Contudo, na Malásia, esses três partidos formaram uma coalizão conhecida
como Partido da Aliança, procurando pacificar todos os segmentos da
sociedade. As acomodações mútuas resultantes da coalizão política foram
desafiadas por outros grupos étnicos, cada um reivindicando mais para seu
respectivo grupo. Não obstante, nenhum desses grupos étnicos mais
militantes conseguiu abalar os partidos da coalizão governamental, os quais
têm mantido o poder na Malásia desde a independência, e os primeiros-
ministros do país têm sido, invariavelmente, de etnia malaia.
As políticas do governo têm conseguido manter um rumo
intermediário entre os direitos iguais para todos – política e
constitucionalmente inatingível na Malásia – e as demandas extremadas por
um estado islâmico e pela supressão das atividades econômicas chinesas. O
compromisso inicial contemplou a continuação e a expansão das
preferências para os malaios no governo, com vários reconhecimentos
simbólicos da supremacia dos nativos e uma elevação das taxas
principalmente sobre os negócios chineses e forasteiros, recursos coletados
para emprego, em sua maior parte, em benefício dos malaios.[165]
Entrementes, os chineses, indianos e outros passaram a contar com razoável
liberdade de ação na economia, e o ingresso na educação universitária foi
por padrões de desempenho iguais para todos. Com a admissão nas
universidades condicionada apenas aos resultados dos exames, os malaios
só conseguiram 20% das vagas, e a maioria dos estudantes não malaios era
chinesa.[166] Na Força Aérea do país, em 1969, mais da metade dos oficiais
era de chineses.[167]
Outra característica do panorama político malaio vem sendo
constituída pelos draconianos poderes emergenciais do governo, em grande
parte legado dos dias coloniais, quando os ingleses tiveram que combater
movimentos guerrilheiros comunistas. Então, essas leis poderiam ser
invocadas – e eram – sempre que o governo desejasse reprimir qualquer
questionamento público às políticas raciais do país. Tal limitação severa à
liberdade de expressão serviu também para frear a espécie de demagogia
racial que despedaçou outros países multiétnicos.
A continuada e claramente visível posição inferior dos malaios –
salvo o domínio político – era deprimente para o orgulho e aspirações dos
nativos, e proporcionou combustível político para os que desejavam atacar
os compromissos da coalizão liderada pela UMNO. No entanto, quando a
coalizão obteve vitória apertada nas eleições de 1969, alguns chineses
foram celebrar nas ruas – o que deu início a levantes de malaios enfurecidos
que mudaram por completo o destino do país.
Turbas malaias atacaram chineses e os mataram às centenas,
deixando também sem teto milhares deles.[168] Para acalmar os malaios e
evitar mais derramamento de sangue, o governo lançou um abrangente
conjunto de programas chamado Nova Política Econômica (NPE), com o
objetivo de alcançar o que denominou de “balanceamento racial”. Nas
palavras de uma publicação oficial do governo:
Se o balanceamento racial no campo do emprego é para ser conseguido de modo que a
proporção das diversas raças nos cargos dos principais setores da economia reflita a
composição racial da força de trabalho, a fim de que todos os grupos raciais se
beneficiem por completo do pleno emprego e as diferenças existentes na renda per
capita entre as várias raças diminuam, então serão necessárias movimentações
intersetoriais de ordem considerável na mão de obra, bem como movimentações para
atividades de maior produtividade dentro dos setores.[169]
Sob a Nova Política Econômica, as preferências que já existiam para
os empregos no governo foram estendidas para os empregos no setor
privado, inclusive para as empresas estrangeiras que operavam na Malásia.
Além disso, a NPE estabeleceu como meta a transferência de 30% de todas
as ações corporativas da Malásia para malaios – quer individualmente, quer
para o governo agindo em nome da população malaia. Na ocasião em que
tal objetivo foi fixado, os malaios eram donos de menos de 2% das ações
corporativas do país.[170] A meta dos 30% não foi alcançada em 1990, mas,
em 1995, a propriedade de ações por malaios chegou a 21%.[171] Contudo, a
composição daqueles que se beneficiaram acabou polarizada nas elites, cujo
apoio político era importante para a coalizão governante:
As pessoas malaias de negócios, quase todas ligadas politicamente à UMNO, receberam
prioridade na obtenção de crédito, de licença e de contratos com o governo. Como parte
da estratégia para aumentar a participação malaia na economia moderna, o governo
forçou os chineses estabelecidos e as empresas estrangeiras a se reestruturarem de tal
forma que pelo menos 30% de suas ações fossem propriedade de malaios – ou de
agências do governo agindo “em prol” da comunidade malaia ou de negociantes
privados malaios. As empresas que não se ajustaram a tal reestruturação se viram em
dificuldades cada vez maiores para renovar licenças ou obter contratos com o setor
governamental em expansão. A maneira normal de chegar a essa reestruturação foi
disponibilizar no mercado novas ações para a compra por malaios a preços abaixo do
par.[172]
O que esses dados sugerem é que as mudanças nas rendas relativas de
chineses e malaios depois que a Nova Política Econômica foi instituída não
foram dramáticas. A renda dos malaios em relação à dos chineses cresceu
três pontos percentuais durante a década de 1970 e a dos bumiputeras
cresceu cinco pontos percentuais durante uma fase posterior com ano-base
diferente (Tabela 2). Contudo, isso não quer dizer que o crescimento total
foi de 8%. No ano comum às duas tabelas – 1979 – há uma diferença de 5%
entre os percentuais das duas tabelas, de modo que os dados das duas não
podem ser simplesmente somados porque não são comparáveis no mesmo
ano.
Tabela 2: Renda Média Mensal de Bumiputeras e Chineses
Ano Bumiputera Chinês Porcentagem
Fontes: Fourth Malaysia Plan: 1981-1985 (Kuala Lumpur, Departamento de Imprensa Nacional,
1981), p. 56; Fifth Malaysia Plan: 1986-1990 (Kuala Lumpur, Departamento de Imprensa Nacional,
1986), p. 99; Buku Tahunan Perangkaan: Yearbook of Statistics, Malaysia 2001 (Departamento de
Estatística, 2001), p. 226.
Existiram diversos outros fatores em ação, além dos grupos
preferenciais, durante o período considerado, que podem ter influenciado
quaisquer mudanças ocorridas nas rendas. Entre 1970 e 1995, a economia
malaia evoluiu de uma economia em que a maioria das pessoas trabalhava
na agricultura e na exploração das florestas para uma em que menos de um
quinto das pessoas ainda o faziam.[198] Uma vez que os chineses já eram
predominantemente urbanos no início desse período, foi entre os malaios
que a composição urbano/rural se alterou substancialmente. De sua parte,
isso mudou as rendas relativas dos dois grupos, uma vez que as receitas
urbanas têm sido consideravelmente superiores às rurais na Malásia, como
em outros países. Por conseguinte, um simples deslocamento das pessoas do
campo para as cidades faria crescer a renda malaia como uma porcentagem
da renda chinesa em âmbito nacional, houvesse ou não políticas de ação
afirmativa e que essas tivessem ou não impacto considerável sobre o malaio
mediano.
A emigração de profissionais chineses e de capital chinês da Malásia
na esteira da NPE é outro fator de magnitude desconhecida em seus efeitos
sobre as rendas relativas de chineses e malaios. Entre 1976 e 1985, estima-
se que 12 bilhões de dólares de capital saíram da Malásia, mais da metade
de propriedade de chineses.[199] Se os chineses que emigraram eram mais
prósperos do que os que ficaram, coisa bastante provável, então as rendas
relativas dos dois grupos foram ainda mais afetadas, como efeito indireto
das políticas de preferências.
Separar os efeitos das políticas de preferências e das cotas é
complicado na Malásia, como em outros países, pelo fato de que uma
elevação considerável no nível educacional dos grupos preferidos precedeu
tais políticas. O número de crianças que frequentavam as escolas
secundárias do governo aumentou 73% nos cinco anos anteriores a 1970 –
isto é, antes que a Nova Política Econômica escalasse as preferências para
os malaios. Tal número saltou outros 86% durante a década de 1970 e
outros 56% durante a de 1980.[200] A expansão das matrículas no ensino
superior durante esse período complica ainda mais qualquer tentativa de
avaliar quanto das mudanças nas rendas se deveu mesmo às preferências
para os “filhos da terra”. Seguramente, as mudanças na política não tiveram
lugar num ambiente imutável.
Na Malásia, como em outros países, os principais beneficiários das
cotas e das preferências foram os que já eram mais afortunados. Um estudo
empírico anterior sobre os efeitos da NPE concluiu que “no máximo 5%”
dos malaios se beneficiaram com tais políticas.[201] Dentro da população
malaia, a parcela da renda dos 10% do topo cresceu significativamente.[202]
O Dr. Mahathir bin Mohamad, líder político malaio que depois seria
primeiro-ministro, reconheceu o fato de que foram as elites, e não as
massas, que tiraram proveito das políticas de preferências para os
bumiputeras, e o admitiu com todas as letras, bem como procurou justificá-
lo:
Estes poucos malaios, porque eles ainda são muito poucos, ficaram ricos não por causa
deles mesmos, mas em virtude da política de um governo apoiada pela enorme maioria
de malaios pobres. Pode parecer que os esforços dos malaios pobres foram para
enriquecer uns poucos selecionados de seu próprio povo. Esses malaios pobres
ganharam muito pouco. Porém, se uma pequena quantidade de malaios não enriquecer,
os malaios pobres não ganharão coisa alguma. Serão os chineses que continuarão
vivendo em grandes casas e encarando os malaios como apenas preparados para dirigir
seus automóveis. Com a existência dos poucos malaios ricos, os mais pobres podem
dizer que seu destino não é apenas o de servir aos ricos não malaios. Do ponto de vista
do ego racial, e este ego ainda é forte, a imprópria existência de magnatas malaios é
essencial.[203]
Fonte: Buku Tahunan Perangkaan: Yearbook of Statistics, Malaysia 2001 (Departamento de
Estatística, 2001), p. 215.
Apesar de o objetivo de aumentar a parcela do capital de propriedade
dos malaios não ter sido alcançado em 1990, como originalmente planejado,
a troca de propriedade das ações entre diferentes grupos étnicos foi visível.
A parcela dos malaios cresceu de 2% em 1969 para 19% em 1990. Nesta
última porcentagem estavam incluídos cerca de 5% de propriedade do
governo em nome dos bumiputeras. Ao mesmo tempo, os chineses
possuíam 46% do capital das corporações – pouco mais que o possuído por
malaios e forasteiros juntos. Por volta de 1995, no entanto, a parcela
chinesa caíra para 41% enquanto a dos malaios crescera para 21%, com os
forasteiros detentores de 28%. Mesmo assim, todos eles eram proprietários
de mais capital, em números absolutos, visto que o capital corporativo na
Malásia havia crescido à taxa de 11% ao ano.[205]
Em resumo, uma economia malaia rapidamente crescente, em
particular em seus setores modernos e industriais, permitiu que os malaios
progredissem, tanto em termos absolutos como em relação aos chineses,
sem que os chineses tivessem que sofrer declínios absolutos em rendas,
ocupações ou propriedades de capital. Apenas nas instituições
governamentais, os chineses experimentaram perdas absolutas como
resultado das políticas preferenciais para os malaios. Tal fato se mostrou
coerente com os padrões encontrados ao redor do mundo, onde as políticas
de preferências tiveram seus efeitos mais fortes dentro do governo ou das
instituições controladas por ele.
Uma pesquisa de 1971 mostrou que a maioria dos malaios médicos,
advogados, engenheiros e de outras profissões liberais foram empregados
pelo governo, enquanto os chineses das mesmas profissões o foram pelo
setor privado.[206] Ademais, dentro do governo, o progresso malaio deu-se à
custa do chinês. Entre 1969 e 1973, 98% dos novos empregados do governo
foram malaios. As próprias Forças Armadas assinalaram 99%.[207]
Enquanto os efetivos das forças policiais e das Forças Armadas na Malásia
se expandiram vigorosamente entre 1969-70 e entre 1974-80, o número de
não malaios nas duas corporações declinou absolutamente.[208] Da mesma
forma, nas universidades controladas pelo governo, como já foi
mencionado, o número de estudantes chineses caiu em termos absolutos
entre 1970 e 1980,[209] mesmo com o crescimento da quantidade total de
estudantes.[210]
CINGAPURA
RESUMO E IMPLICAÇÕES
Nos negócios, a vasta maioria encara as oportunidades a ela proporcionadas como algo
a ser explorado para o retorno mais rápido do investimento.
Nada aprendem dos negócios e se tornam ainda menos capazes de negociar e de lucrar
por meio de suas atividades.[217]
CONTEXTO HISTÓRICO
1955 de que “nas cidades e vilas, nas lojas e nas butiques, a maior parte do
trabalho está nas mãos das pessoas que falam tâmil”.[238] O cenário estava
montado para a ação afirmativa.
Esse também não foi um episódio isolado. Um ano mais tarde, The
Economist de Londres reportou: “Continuam os ataques esporádicos de
vingança por parte de soldados e policiais”.[257]
Os tâmils começaram a fugir, não só das áreas com maioria cingalesa,
mas também do Sri Lanka como um todo. Por volta de 1985, a vizinha Índia
recebeu 40 mil refugiados tâmils.[258] Outros emigraram para sociedades
europeias ou para outras derivadas do continente europeu, como a Austrália,
a Grã-Bretanha e países escandinavos.[259] Os Tigres Tâmils, por sua vez,
assumiram o controle de facto das áreas setentrionais entre 1977 e 1987,
combatendo o Exército cingalês e atacando os tâmils que a eles se
opunham, matando no processo mais pessoas do mesmo grupo étnico que o
próprio Exército cingalês.[260]
À medida que os incidentes assumiam grande escala, a Índia ia sendo
atraída para o conflito. O estado indiano de Tamil Nadu, bem em frente ao
Sri Lanka, tornou-se base de treinamento para os guerrilheiros tâmils que
retornavam ao país natal para lutar pela independência. Em agosto de 1987,
o Exército indiano interveio diretamente, desembarcando 50 mil soldados
como força de paz nas regiões tâmils do Norte do Sri Lanka – uma
iniciativa que enraiveceu as populações cingalesas e foi, no começo, bem
recebida pelos tâmils. A missão das tropas indianas era assumir a missão de
manutenção da ordem, que deveria ser executada pelo Exército e forças
policiais do Sri Lanka, e desarmar a guerrilha tâmil, mas esta última resistiu
vigorosamente, o que custou ao Exército indiano cerca de quatrocentas
vidas no primeiro ano. Engajado nas hostilidades, as próprias brutalidades e
atrocidades do Exército indiano alienaram muitos tâmils, enquanto sua
presença em território do Sri Lanka – ostensivamente, a convite do
presidente Jayawardene, mas que, na realidade, não tinha escolha em
função dos tamanhos relativos dos dois países – provocou a formação de
terroristas cingaleses, opositores tão ferrenhos a qualquer esforço pela paz
quanto seus correspondentes tâmils no Norte.
Os terroristas cingaleses mataram mais de duzentos defensores do
acordo internacional que ratificara a intervenção das tropas indianas e por
pouco não foram bem-sucedidos num atentado contra a vida do próprio
presidente Jayawardene.[261] Uma tentativa de assassinato não fracassada
foi a do terrorista suicida tâmil do Sri Lanka, que explodiu a bomba que
matou a si e o primeiro-ministro Rajiv Gandhi, na Índia, em 1991.
O Sri Lanka atingiu então o estágio em que as questões iniciais que
haviam deflagrado o conflito jaziam havia muito tempo sob enorme camada
de ódios, desconfianças, vinganças e represálias mútuas. Talvez o fato mais
pernicioso de todos tenha sido a criação de organizações extremistas de
assassinos tanto entre cingaleses quanto entre tâmils – organizações com
interesse especial na continuação do conflito e dispostas a matar os que
desejassem a reconciliação. Uma disposição na Constituição de 1978
reconheceu os direitos de idioma dos tâmils, mas isso não conseguiu
restabelecer o status quo ante. Foi, numa expressão muito usada na
Segunda Guerra Mundial, “muito pouco e muito tarde”. A guerra civil
prosseguiu por décadas.
Levando-se em conta as vidas perdidas, o que, de fato, conseguiu a
ação afirmativa no Sri Lanka? Pelos idos de 1973, os cingaleses já haviam
sobrepujado os tâmils do país em termos de educação e renda[262] e, é claro,
já estavam em situações bem melhores nos dois aspectos que os tâmils
indianos, muito antes da instituição dos grupos de preferências e das cotas.
Diferentemente da crença bastante difundida, não foi quando as
disparidades econômicas eram maiores que a rixa intergrupo atingiu seu
ápice. Ao contrário, os cingaleses e os tâmils conviviam pacificamente nos
anos 1920, quando a minoria tâmil produzia mais médicos que a maioria
cingalesa. Foi quando os cingaleses suplantaram os tâmils na quantidade de
médicos, em 1946, que a primeira violência de turba irrompeu contra os
tâmils, e foi uma década depois de os cingaleses sobrepujarem os tâmils na
educação e na renda – com a ajuda das preferências e das cotas – que a
maioria desencadeou os maiores e mais selvagens levantes contra a minoria.
Em síntese, não foram as disparidades que conduziram à violência
intergrupos, mas a politização de tais disparidades e a promoção de políticas
de identidade de grupos.
RESUMO E IMPLICAÇÕES
Parar tal loucura não era tão simples como começá-la, como fora feito
havia cerca de meio século por um homem que nem era fanático racial, mas
que queria ser primeiro-ministro e decidiu que o caminho mais fácil para
tanto era o da instigação do conflito intergrupos. O resultado final foi a
guerra civil que perdurou por décadas e na qual uma pequena nação insular
experimentou mais mortes do que os Estados Unidos durante os
prolongados anos da Guerra do Vietnã. As eleições de 2001 no Sri Lanka
levaram ao poder um partido comprometido com a tentativa de negociação
da paz com os líderes políticos tâmils.[264] Na repulsa mundialmente
generalizada aos ataques de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados
Unidos, muitos governos forasteiros prometeram parar com o levantamento
de fundos em seus respectivos países para financiar os Tigres Tâmils, que
vinha fomentando uma guerra civil na qual já tinham morrido, no Sri
Lanka, aproximadamente 64 mil pessoas.[265]
No início de 2002, os Tigres Tâmils anunciaram um cessar-fogo e o
fim dos homens-bomba. Seu líder emergiu da selva, pela primeira vez em
mais de uma década, comprometendo-se a lutar pela paz. Pelo fim daquele
ano, um acordo entre o governo e os Tigres Tâmils colocou em marcha um
processo para o acerto final de suas diferenças. Foi o primeiro sinal de
esperança em cerca de meio século. Quase no final do ano, The New York
Times publicou:
As inesperadas concessões ao fim da segunda rodada de negociações alimentaram as
esperanças por uma solução permanente para a guerra de dezenove anos que já matou
64.500 pessoas. Mas um acordo final pode estar anos distante, como admitiram os
líderes dos dois lados e os moderadores noruegueses que conduzem tais negociações.
[266]
Capítulo 5 | Ação Afirmativa na Nigéria
Assim como muitas nações que emergiram da era colonial, a Nigéria
jamais foi um país antes dela. Seu próprio nome fora dado pelos
governantes britânicos. Mais importante, era um amálgama de muitas e
diversificadas comunidades da África Ocidental – fato que teria as mais
fatídicas implicações para seu futuro como um Estado multiétnico. As
regiões reunidas pela hegemonia inglesa não eram apenas etnicamente
diferentes, mas também distintas em termos econômicos, culturais e
geográficos.
As conquistas islâmicas no Norte estavam em progresso quando os
conquistadores britânicos intervieram. As tribos muçulmanas fulá haviam
submetido as tribos hauçá do Norte, mas não as ioruba e os ibó do Sul,
quando o governo inglês se estendeu sobre todas. Embora fossem os
maiores grupos étnicos da Nigéria, e ainda o são, existem muitas outras
tribos, algumas ocupando exclusivamente um território, outras dispersas
entre grupos tribais maiores. Embora esses diversos grupos sejam chamados
de “tribos” na Nigéria, eles não são, em absoluto, pequenos bandos de
pessoas. Algumas tribos chegam a milhões de integrantes espalhados por
áreas mais extensas que algumas nações da Europa. A Nigéria possui
população maior que qualquer país da África, e um em cada oito africanos é
nigeriano.
Internamente, a Nigéria é fragmentada pela língua, pela religião e
pela etnia. O maior dos grupos étnicos é constituído pelas tribos hauçá-fulá
da região Norte, que totaliza cerca de 28% da população do país. Em
seguida – com cerca de 18% da população – vêm os ibós, com os iorubas,
da região Sudoeste, perfazendo o total de 17% da população.[267] No total,
existem centenas de tribos menores.
Estão envolvidas mais do que diferenças demográficas ou mesmo
culturais. As divisões tribais são acompanhadas por alienações e
hostilidades profundamente sentidas entre muitos desses grupos. Um
levantamento de 1970 feito por estudantes nigerianos que frequentavam
cursos em Edimburgo constatou que, entre os iorubas, mais de 40% dos
homens e mais de 60% das mulheres excluíam qualquer possibilidade de
amizade com um hauçá. O casamento com um hauçá era considerado
impossível por mais de 80% dos homens e por mais de 90% das mulheres.
Entre os ibós, proporções similares não admitiam o casamento com hauçás
– ou com iorubas.[268] Tal alienação tem implicações sociais, econômicas e
políticas. Um estudo de 1997 estimou que o crescimento econômico da
Nigéria teria sido quase o dobro da taxa de então se sua diversidade étnica
fosse igual à média da taxa das nações africanas, em vez de ser quase o
dobro dessa média.[269]
HISTÓRIA
DIFERENÇAS DE GRUPOS
O mando inglês também teve efeitos importantes sobre as relações
entre os vários povos da Nigéria. Alguns desses povos foram mais
receptivos que outros à educação ocidental então oferecida pelos
missionários, levando a grandes disparidades nas quantidades de povos
indígenas educados nas diversas regiões. As autoridades muçulmanas do
Norte, por exemplo, não quiseram missionários cristãos criando escolas em
sua área. Como, praticamente, todas as escolas na Nigéria eram
missionárias àquela época, isso deixou o Norte bem atrasado em relação ao
Sul, tanto na educação moderna quanto nas habilitações e experiências
econômicas dela decorrentes. Além do mais, depois que os britânicos
estabeleceram sua hegemonia sobre as várias tribos africanas, ficou mais
seguro para as pessoas de determinada região da Nigéria viajar e mesmo se
fixar em territórios que antes da era colonial eram considerados inimigos. A
consequência foi um grande influxo de nigerianos sulistas para o Norte, não
só para preencher os cargos da administração colonial, mas também para
abrir negócios e ocupar funções modernas no setor privado.
Um dos grupos particularmente propenso a tirar proveito das
oportunidades que lhe haviam sido conferidas pela educação ocidental foi o
dos ibós do Sudeste da Nigéria, grupo outrora humilde e atrasado[272] que
começou então a galgar os degraus da escada ocupacional, frequentemente
acima de seus antigos superiores. Estes últimos, em particular no Norte, não
acharam a menor graça nessa reversão social. Quando a Nigéria se
aproximou da independência, em 1960, as invejas e fricções intergrupos
retardaram a formulação de uma Constituição e a criação de um Governo –
o que, por sua vez, atrasou a própria independência. Os ingleses estavam
dispostos a conceder a independência mesmo antes que os grupos étnicos na
Nigéria estivessem preparados para recebê-la, mas eles tinham primeiro que
aparar as arestas de seus desencontros com uma Constituição.
Apesar de ter sido o grupo dos ibós o que provocou o maior
ressentimento devido ao seu progresso, o dos iorubas era o que possuía a
maior renda per capita de todos eles. A região Sudeste, onde se originaram
os ibós, tinha terra menos fértil e, por muito tempo, foi a mais atrasada no
nível econômico e na urbanização, fato que levou muito ibós ambiciosos e
ocidentalmente educados a migrar para outras áreas em busca de melhores
oportunidades. Resultou assim que muitos ibós se viram misturados com
outros povos hostis a eles. As autoridades nortistas, por exemplo, insistiam
para que os ibós vivessem em comunidades separadas e enviassem suas
crianças para escolas segregadas.[273] Em meados do século XX, com a
aproximação da independência, a renda per capita na região ocidental
(ioruba) era o dobro da do Norte (hauçá-fulá), e a da região Sudeste (ibó)
ficava mais ou menos no meio das duas.
Essas diferenças econômicas refletiam parcialmente o fato de que a
diversidade educacional entre as tribos e regiões permaneceu extrema
durante toda a era colonial. Por volta de 1912, por exemplo, existiam menos
de mil estudantes nas escolas básicas do Norte da Nigéria, onde vivia mais
da metade da população do país, ao passo que havia cerca de 35 mil
estudantes nas escolas primárias das regiões do Sul. À proporção que
crescia a educação ocidental em todas as regiões da Nigéria, persistiam as
enormes disparidades.
Em meados de 1957, quando existiam aproximadamente 185 mil
crianças matriculadas nas escolas de educação básica nas regiões do Norte,
havia 2,3 milhões nas outras regiões, cujas populações combinadas não
chegavam ao total daquelas do Norte. Discrepâncias semelhantes ocorriam
e persistiam na educação secundária e na superior. Já em 1951, apenas uma
de cada 16 milhões de pessoas da região Norte tinha formação universitária.
Praticamente todos os estudantes nigerianos em instituições de ensino
superior domésticas ou no exterior eram do Sul do país. No ano acadêmico
de 1959-60, às vésperas da independência, os nigerianos do Norte eram
apenas 9% de todos os alunos da Universidade de Ibadan. Entre o número
bem maior de estudantes nigerianos que receberam educação superior no
forasteiro, só 2% eram hauçá-fulá em meados de 1966, seis anos depois da
independência.
Tais diferenças na educação superior tiveram reflexos nas
disparidades ocupacionais, especialmente nas profissões qualificadas. Dos
160 médicos nigerianos do início dos anos 1950, 76 eram iorubas, 49 ibós e
apenas 1 provinha do grupo hauçá-fulá, o maior da população do país.[274]
No Exército, três quartos dos fuzileiros eram hauçá-fulá, enquanto quatro
quintos dos oficiais eram sulistas. Até 1965, metade do corpo de oficiais era
constituída especialmente por ibós.[275] Mesmo na região Norte, os
nigerianos do Sul suplantavam os locais em muitas ocupações cobiçadas, as
quais não eram só as que requeriam habilitações médicas ou técnicas,[276]
mas também as burocráticas e de meia-qualificação nos correios, bancos e
ferrovias; os sulistas também se sobressaíam no comércio, no artesanato,
como mercadores e como operários nas fábricas do Norte da Nigéria.[277]
Entre os funcionários seniores da Nigéria Setentrional, mais de quatro
quintos eram de expatriados – na maioria europeus, mas alguns de outros
países africanos – e cerca de um terço dos nigerianos em tais posições eram
sulistas. Tal dependência de forasteiros era muito diferente da situação
encontrada nas regiões Sul e Leste do país, em cada uma das quais os
nigerianos eram aproximadamente três quartos dos funcionários públicos
seniores.[278] Do espólio da independência, vieram os cargos
governamentais até então desempenhados por europeus e, enquanto se
proclamava uma política de “nigerização” de tais cargos, na região Norte
essa política foi mais especificamente de “setentrionalização”. Lá, a ênfase
foi por expelir os nigerianos sulistas dessas funções, mesmo que isso
significasse substituí-los temporariamente por expatriados europeus, em
virtude da escassez de nigerianos nortistas qualificados.[279]
INDEPENDÊNCIA NACIONAL
PREFERÊNCIAS E COTAS
Além das várias maneiras informais com as quais, em níveis nacional
e estadual, o governo nigeriano vem praticando o favoritismo para com um
grupo étnico sobre outro, sistemas mais formais de preferências étnicas e
cotas têm sido impostos sob a alegação de que numerosas atividades têm
que “refletir o caráter federal do país”. Isso representa preferência étnica em
termos regionais. Segundo uma disposição da Constituição de 1979, “a
composição do Governo da Federação e de qualquer de seus órgãos deve
ser organizada de modo a refletir o caráter federal da Nigéria e a
necessidade de promover a lealdade nacional, assegurando dessa forma que
não haja predomínio de pessoas de uns poucos estados ou de uns poucos
grupos étnicos ou seccionais naquele governo ou em qualquer de suas
agências”.[292] Mesmo antes da formulação dessa disposição constitucional,
esforços especiais eram despendidos para recrutar nortistas, a fim de
preencher cargos em ramos civis do governo nacional e nas Forças
Armadas.
Com o intuito de reparar os desequilíbrios regionais – e, portanto,
étnicos – na educação, o governo federal organizou instituições
universitárias e pré-universitárias de reforço nas regiões mais atrasadas em
termos de educação. Então estabeleceu uma Câmara Conjunta de
Admissões e Matrículas para controlar o ingresso nas universidades do país,
usando cotas étnicas. Além disso, princípios similares de balanceamento
regional e étnico foram aplicados à vasta gama de atividades e projetos
governamentais:
Com o enunciado do princípio do caráter federal, políticos e defensores da etnia, bem
como empreendedores étnicos observam agora com assiduidade cada aspecto da vida de
modo que neles não seja negado qualquer possível benefício resultante da
implementação do conceito. Daí a razão de demandas sobre a sede de indústrias do
governo, a construção de estradas, hospitais e escolas nas várias partes da federação em
conformidade com o princípio do caráter federal. A ênfase é dada ao equilíbrio da
localização de projetos socioeconômicos entre o Norte e o Sul. Na realidade, o projeto
do ferro e aço do país foi retardado em virtude das reivindicações pelo balanceamento
da localização de projetos nacionais significativos. Semelhantemente, a construção da
refinaria de petróleo em Kaduma, uma área em que não é produzido o óleo cru, é
motivada em parte pelo princípio do equilíbrio etnor-regional. A localização de
hospitais especializados patrocinados pelo governo seguiu o mesmo princípio do
balanceamento que inspirou a fixação dos locais das universidades federais.[293]
RESUMO E IMPLICAÇÕES
Juntando as posses que puderam, milhares de pessoas deixaram suas casas enquanto
colunas de fumaça se elevavam da favela da cidade… Soldados foram deslocados
ontem para ajudar na contenção da violência que começou sábado com lutas tribais
entre iorubas e hauçás nas empobrecidas áreas nortistas de Idi Araba e Mushin.[301]
A Lei dos Direitos Civis de 1964 não foi apenas uma lei que
estabeleceu direitos iguais para os indivíduos, pois tanto nos debates no
Congresso, que antecederam sua aprovação, como nas disposições
particulares da própria lei foi explicitamente repudiado o conceito de grupos
de preferências e cotas. O termo “discriminação”, que por vezes tem
significados muito diferentes para diversas pessoas, foi especificamente
definido na Lei dos Direitos Civis de 1964 como ações intencionais de um
empregador contra indivíduos, distintas das consequências totalmente
dissimilares de testes particulares ou outros critérios sobre grupos
diferentes. O principal advogado da Lei, o senador Hubert Humphrey,
asseverou:
O requisito expresso da intenção é formulado para que fique absolutamente claro que as
discriminações inadvertidas ou acidentais não violam o espírito da lei ou devam resultar
em ações judiciais. Significa simplesmente que o acusado tem que demonstrar a
intenção de discriminar.[323]
EXTENSÕES DE “DISCRIMINAÇÃO”
NEGÓCIOS PRIVADOS
Como acontece em outros países, nos Estados Unidos as empresas
mais cerradamente controladas pelo governo tenderam a ter critérios de
contratação distintos para grupos diferentes em maior medida que as
empresas que operam mais livremente no mercado competitivo. Na
América do Norte, os negros tinham maior probabilidade de ser
discriminados em empresas reguladas pelo governo antes da era dos direitos
civis e maiores chances de receber tratamento preferencial depois daquela
era. A indústria de telefonia, anterior à divisão da American Telephone &
Telegraph Company (A.T.&T.) em diversas empresas, foi um exemplo
clássico de corporação altamente regulamentada com um monopólio nos
seus mercados em todo o país.
Por volta de 1930, existiam aproximadamente 235 mil telefonistas
nos Estados Unidos, dos quais apenas 331 eram negros. Em todas as
categorias de empregados da companhia telefônica, os homens negros
constituíam 1,2% e as mulheres, 0,2%. Entre esses homens, muitos eram
trabalhadores braçais que, por exemplo, cavavam buracos para a
implantação de postes telefônicos, enquanto as mulheres eram,
predominantemente, telefonistas.[360] Mesmo em 1950, as mulheres negras
só detinham 1% de todos os empregos na indústria de telefonia em âmbito
nacional. No Sul, poucas negras foram empregadas como telefonistas
durante toda a década de 1950 e nem conseguiram atingir 1% em 1960.
Entre 1950 e 1960, o número de telefonistas no Sul cresceu em 6.611
empregos, mas o aumento entre as telefonistas negras não passou de vinte
empregos.[361]
Enquanto isso, fora do Sul, o número de telefonistas negras aumentou
rapidamente na década de 1950 tanto em termos absolutos quanto em
relativos às brancas. Na verdade, o aumento na quantidade de telefonistas
negras em todo o país excedeu o aumento total no número de telefonistas
em âmbito nacional. Sintetizando, houve alterações dramáticas no emprego
de telefonistas negras durante a década de 1950, quase todas fora do Sul,
com mais de dois terços do aumento na quantidade de telefonistas negras
em apenas cinco estados – Nova York, Pensilvânia, Illinois, Michigan e
Ohio.[362] Como essa situação pode ser explicada – e o que ela implica?
Apesar de as operações da A.T.&T. em âmbito nacional, como o
DDD, serem reguladas pela Comissão Federal de Comunicações (FCC), as
companhias telefônicas individuais o eram por seus respectivos governos
estaduais. Os anos que se seguiram imediatamente à grande guerra
testemunharam mudanças nas atitudes raciais e na legislação estadual
antidiscriminação[363] – fora do Sul. O número de telefonistas negras na
cidade de Nova York, por exemplo, triplicou durante os anos 1950, embora
o número total de telefonistas da cidade tenha permanecido inalterado
durante o período. Exatamente o mesmo fenômeno ocorreu em São
Francisco e em Detroit, só que nesta última a quantidade de telefonistas
negras quintuplicou apesar do pequeno declínio no número total de
telefonistas da cidade. Alterações assim gritantes não aconteceram em
cidades sulistas como Atlanta, Birmingham, Dallas ou Nova Orleans, ou em
cidades consideradas na divisa entre o Norte e o Sul, como Saint Louis e
Washington, D.C.[364]
A questão aqui não é pleitear que essas políticas raciais de emprego
foram consequências diretas de ordens das comissões reguladoras estaduais.
Antes de 1970, as comissões dos serviços de utilidade pública geralmente
não procuravam influenciar as políticas raciais de emprego das companhias
que regulavam.[365] Em vez disso, o que queremos frisar é o fato de que a
simples razão de ser empresa de utilidade pública regulada torna as
preferências a favor ou contra determinado grupo menos caras do que
seriam num mercado livre e competitivo. Para um monopólio regulado,
quaisquer custos adicionais associados à discriminação contra requerentes
qualificados podiam ser simplesmente repassados para os usuários. Dessa
forma, não custava quase nada discriminar os negros em épocas anteriores,
como também, praticamente, não tinha custo conferir-lhes tratamento
preferencial em épocas posteriores. Em outras palavras, os serviços de
utilidade pública podiam espelhar as opiniões sociais imperantes com
pequeno ou nenhum custo, fossem essas opiniões favoráveis ou contrárias à
contratação de negros.
Em certa medida, o mesmo raciocínio se aplica às organizações sem
fins lucrativos, como instituições acadêmicas, hospitais e fundações.
Portanto, não é de admirar que a maioria das faculdades e universidades
americanas não tivesse professores negros estabilizados até 1940 e poucos
professores negros e judeus nas instituições educacionais da Ivy League[366]
até bem depois da Segunda Guerra Mundial. Em 1936, só três PhDs negros
eram empregados por todas as faculdades e universidades para brancos dos
EUA. Em contraste, mais de trezentos químicos negros, para falar só dos
químicos, estavam empregados àquela época na indústria privada.[367] Para
as empresas particulares, esses químicos negros representavam lucros
decorrentes de suas contratações. Porém, nenhum departamento de química
de faculdade ou universidade tinha tal incentivo e todos esses
departamentos podiam passar muito bem sem os químicos negros.[368]
Décadas mais tarde, a evolução da ação afirmativa, junto das leis
antidiscriminação ainda sobreviventes, criaram um dilema para muitos
empregadores. Se não tivessem número “suficiente” de empregados negros,
estavam sujeitos a processos por discriminação da parte de indivíduos
negros, de grupos de direitos civis e de agências governamentais agindo em
seu nome. Contudo, caso se engajassem na contratação preferencial de
negros, poderiam ser processados por discriminação pelos brancos. As
decisões dos tribunais legitimaram a ação afirmativa sob condições
prescritas, depois supriram as empresas com um conjunto de diretrizes que
podiam minimizar os riscos jurídicos. Por conseguinte, quando foram feitos
esforços para terminar com os grupos de preferências e cotas, durante os
anos 1980, por alguns do governo Reagan, o apoio das grandes corporações
à continuação da ação afirmativa condenou tais esforços.[369] Além do mais,
essas grandes corporações tendem a ter seus próprios funcionários e
departamentos envolvidos com a ação afirmativa, os quais possuem
interesses inequívocos na continuação dessas políticas. No ano 2000,
diversas corporações de vulto preencheram petições resumidas pelo
prosseguimento da ação afirmativa na Universidade de Michigan.[370]
O MUNDO ACADÊMICO
ESTUDOS EMPÍRICOS
RESUMO E IMPLICAÇÕES
DISTINÇÕES OBSCURECIDAS
RELAÇÕES INTERGRUPOS
Isso foi dito sobre uma política que tem, continuadamente, provocado
levantes nos quais dezenas de pessoas – ou mesmo centenas – têm sido
mortas. O “fraternal impulso que anima as políticas compensatórias”[470]
recebeu muito crédito deste acadêmico, apesar do velho alerta que diz que o
inferno está repleto de bem-intencionados. O movimento mais intolerante e
violento da Índia – o Shiv Sena – começou como uma organização que
buscava preferências e cotas para os maharashtrianeses em Bombaim. A
concessão de tais cotas só fez fortalecer a posição e aumentar o poder do
Shiv Sena. Ademais, seu sucesso na exploração da identidade de grupos
levou-o a “defender” seu eleitorado nas ruas, tanto política como
violentamente, contra a lista sempre crescente de “inimigos” – tâmils,
muçulmanos, cristãos, forasteiros, entre outros. Da mesma forma que
preferências e cotas tendem a se estender com o tempo para novos grupos e
novas atividades, também o sucesso nas políticas de identidade de grupos
tende a expandir a lista de queixas e de “inimigos” necessários para que o
movimento seja mantido viável, e seus líderes, poderosos.
A progressão do movimento Shiv Sena, na Índia, para círculos
concêntricos cada vez maiores e para mais expansivas noções de queixas é
instrutiva. De início, os inimigos eram primordialmente as pessoas do Sul
da Índia que viviam em Bombaim, onde eram economicamente mais
prósperos que os nativos maharashtrianeses. Todavia, uma série de
concessões nesse particular apenas aguçou o apetite do movimento por mais
concessões em outros aspectos e por queixas sempre crescentes para manter
seus seguidores incitados e preparados para o combate. Os muçulmanos,
então, serviram de alvo para uma campanha cujos ápices foram os levantes
e atrocidades letais em 1992 e 1993. De acordo com The Times of India,
houve turbas “parando os veículos e queimando vivos seus passageiros” e
“homens recém-esfaqueados chegando aos hospitais”, bem como “vizinhos
que causaram mortes terríveis a amigos de muito tempo” e mulheres
enlouquecidas por verem “crianças jogadas em fogueiras, maridos
esquartejados, filhas seviciadas, filhos arrastados para longe”, enquanto
mais de 100 mil pessoas fugiam de Bombaim.[471] Os diferentes grupos na
Índia não contaram com a separação geográfica que facilita a guerra civil,
como no Sri Lanka e na Nigéria, mas seguramente o ódio e a violência
foram bastante semelhantes.
A lista que não parou de se expandir de inimigos ou alvos passou a
incluir forasteiros em geral e indianos que seguiam costumes de fora, tais
como a celebração do Dia dos Namorados; as lojas que vendiam cartões
alusivos à data tiveram as vitrines espatifadas por vândalos. O Shiv Sena
alertou que não toleraria a propriedade estrangeira da Air India e que não
permitiria a realização de um jogo de críquete entre as equipes da Índia e do
Paquistão em Bombaim. Além disso, o sucesso do Shiv Sena inspirou
outros movimentos xenófobos em diversas regiões da Índia. Tentativas de
apaziguamento ou neutralização desses movimentos redundaram em
grandes fracassos e podem muito bem ter contribuído para seu continuado
crescimento e para a escalada de sua virulência.
O que um movimento precisa para a própria sobrevivência não é um
conjunto de concessões recebidas no passado, embora elas possam ser
celebradas, mas um catálogo de demandas ainda relevantes, de queixas
ainda não mitigadas e de “inimigos” ainda por tratar. Isso é verdade tanto
para os movimentos americanos de protestos como para os de identidade de
grupos na Índia. A situação nos Estados Unidos não atingiu o mesmo
estágio de violenta hostilidade, porém a existência da ação afirmativa na
sociedade americana não tem tanto tempo quanto na Índia. Entretanto, um
padrão bastante semelhante de políticas e queixas cada vez mais extremadas
de identidade de grupos podem ser vistas nos Estados Unidos, caminhando
na mesma direção geral de crescentes “inimigos”, de cada vez mais
expansivas demandas e de polarização constantemente aumentada.
As primeiras reivindicações dos movimentos de direitos civis dos
negros foram por igualdade de oportunidades no sentido claro e direto de
serem tratados como qualquer outra pessoa. Só depois que tal objetivo ficou
visivelmente ao alcance, surgiram novos pleitos por tratamento preferencial.
Então, décadas depois de os movimentos negros de protesto terem
demandado e recebido o tratamento preferencial, começaram as
reivindicações por reparações pela escravidão de séculos passados, o que se
transformou em grande campanha. Os inimigos iniciais dos movimentos
negros de protesto – os brancos segregacionistas do Sul – se expandiram ao
longo dos anos para incluir os lojistas coreanos e vietnamitas dos guetos,
cujas mortes nos levantes têm sido praticamente ignoradas por grande parte
da mídia, receosa da acusação de “racismo” em suas reportagens.
A ideia de que a ação afirmativa promove boas relações entre os
grupos permanece central para a defesa de tal política nos Estados Unidos e
está implícita na palavra “diversidade” incansavelmente repetida. O estudo
Bowen-Bok sobre os efeitos da ação afirmativa nas faculdades e
universidades credita ao programa o fato de que 56% dos estudantes
brancos nas instituições estudadas relataram conhecer “bem” um ou mais
colegas negros de turma, a despeito do fato de 86% dos brancos na
sociedade americana em geral terem amigos negros e 54% reportarem
possuir cinco ou mais amigos negros.[472] A diversidade não acrescentou
coisa alguma. Pelo contrário, muitas faculdades e universidades americanas
de elite fizeram relatórios de crescente hostilidade racial entre seus
estudantes durante a época da ação afirmativa.[473]
O pleito mais plausível de que “o caráter estrutural cumulativo da
desigualdade” significa que “um regime de igualdade formal tende a
perpetuar disparidades que consideramos intoleráveis”[474] igualmente
ignora uma larga porção da história sobre grupos que começaram em
posições inferiores e depois se elevaram acima da média da sociedade mais
ampla. Judeus, chineses, libaneses, indianos, japoneses, alemães, italianos e
outros imigrantes fizeram isso em diversos países do mundo. Na América
do século XX, muitos indivíduos subiram da faixa mais baixa dos 20% de
menor renda para a mais alta dos 20% de maior receita durante o período de
suas vidas – na verdade, em uma década –, tornando a própria noção de
“classe” aberta a questionamento sério nesse contexto, quando se
testemunha uma reviravolta tão rápida na ocupação por indivíduos das
faixas de rendas.
A noção de que se pode ler as injustiças do passado nas disparidades
do presente se torna ridícula à luz de todas as minorias em numerosos
países que prosperaram mais que as respectivas populações majoritárias
desses países, sem qualquer possibilidade de discriminar contra essas
maiorias e, muitas vezes, a despeito da persistente discriminação dessas
maiorias contra elas. Seria muito conveniente se o presente recapitulasse tão
nitidamente o passado, mas os fatos não cooperam para tanto. Nada disso
nega que alguns grupos – intocáveis, na Índia, negros, nos Estados Unidos –
não só experimentaram discriminação em larga escala e sustentada por
longo tempo, como também foram mantidos atrasados, mesmo que não
possamos quantificar a extensão de tal atraso. O que o quadro mais amplo
nos diz, todavia, é que não podemos usar automaticamente os grupos
preferenciais e as cotas como compensação por discriminações passadas,
nem podemos atribuir a eles a redução da violência resultante dessas
discriminações do passado.
Os capítulos precedentes mostraram, vezes sem conta, a violência
intergrupos posta em prática por grupos majoritários que não sofreram
discriminação de ninguém, receberam preferências e cotas, e cujo único
problema real foi sua incapacidade de competir com minorias mais capazes
e diligentes. Nem foram os intocáveis e os negros mais violentos quando
experimentaram as maiores discriminações. A justiça poética poderia
justificar essa consequência, mas essa justiça não necessariamente
prevalece.
Frequentemente, ouve-se dizer que as preferências “benignas” são
muito diferentes da espécie de discriminação racial encontrada no Sul
americano durante a era do Jim Crow, no apartheid da África do Sul
dominada pelos brancos, ou no antissemitismo da era nazista. Mas todas as
preferências de grupos são benignas para os que se beneficiam – e malignas
para os que pagam o preço. A exclusão dos negros da Liga Principal de
Beisebol dos EUA, antes que Jackie Robinson quebrasse a barreira da cor
em 1947, foi sem dúvida benigna para muitos jogadores brancos que, de
outra forma, não teriam saído das ligas secundárias se tivessem que
competir por vagas nas equipes principais com astros como Satchel Paige e
Josh Gibson das ligas negras. Teria sido “benigno” o fato de tantos arianos
terem ficado em condições de preencher as vagas abertas pelos acadêmicos
e cientistas judeus que fugiram da Alemanha nazista? Mesmo olhando além
das políticas preferenciais, a maioria dos danos e horrores infligidos às
pessoas ao longo da história o foram para que alguém saísse beneficiado.
Todos foram “benignos”, caso se considere apenas os efeitos para os
beneficiários.
TÁTICAS ENGANADORAS
RESUMO E IMPLICAÇÕES
facebook.com/erealizacoeseditora
twitter.com/erealizacoes
instagram.com/erealizacoes
youtube.com/editorae
issuu.com/editora_e
erealizacoes.com.br
atendimento@erealizacoes.com.br
[1] Ver, por exemplo, Rita Jalai e Seymour Martin Lipset, “Racial and Ethnic Conflicts: A Global
Perspective”, Political Science Quarterly, vol. n. 4, p. 603, inverno de 1992-1993; Robert Klitgaard,
Elitism and Meritocracy in Developing Countries. Baltimore, Johns Hopkins University Press, 1986,
p. 25, 45; Terry Martin, The Affirmative Action Empire: Nations and Nationalism in the Soviet Union,
1923-1939. Ithaca, Cornell University Press, 2001; Dorothy J. Solinger, “Minority Nationalities in
China’s Yunnan Province: Assimilation, Power, and Policy in a Socialist State”. World Politics, vol.
30, n. 1, out. 1977, p. 1-23; Miriam Jordan, “Quotas for Blacks in Brazil Cause Hubbub”. Wall Street
Journal, 27 dez. 2001, p. A6; Priscilla Qolisaya Pauaman, “A Post-colonial Reading of Affirmative
Action in Education in Fiji”. Race, Ethnicity and Education, vol. 4 n. 2, 2001, p. 109-23; Matthew
Hoddie, “Preferential Policies and the Blurring of Ethnic Boundaries: The Case of Aboriginal
Australians in the 1980s”. Political Studies, vol. 50, 2002, p. 293-312; Mohammed Waseem,
“Affirmative Action Policies in Pakistan”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka, vol. XV, n. 2, jul. 1997,
p. 223-44; “New Zealand: Landmark Decisions”. The Economist, 20 nov. 1993, p. 93; Rainer Knopff,
“The Statistical Protection of Minorities: Affirmative Action in Canada”. Neil Nevitte e Alan
Kornberg (orgs.), Minorities and the Canadian State. Cincinnati, Mosaic Press, 1985, p. 87-106.
[2] A. K. Vakil, Reservation Policy and Scheduled Castes in India. New Delhi, Ashish Publishing
House, 1985, p. 127.
[3] Sham Satish Chandra Misra, Preferential Treatment in Public Employment and Equality of
Opportunity. Lucknow, Eastern Book Company, 1979, p. 83.
[4] Shri Prakash, “Reservations Policy for Other Backward Classes: Problems and Perspectives”. In:
The Politics of Backwardness: Reservation Policy in India. New Delhi, Konark Publishers Pvt. Ltd.,
1997, p. 44-45.
[5] Gordon P. Means, “Ethnic Preference Policies in Malaysia”. In: Neil Nevitte e Charles H.
Kennedy (orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States. Boulder, Lynne Reinner
Publishers, Inc., 1986, p. 108.
[6] Nancy Lubin, Labour and Nationality in Soviet Central Asia: An Uneasy Compromise. Princeton,
Princeton University Press, 1984, p. 162.
[7] David Riesman, On Higher Education: The Academic Enterprise in an Age of Rising Student
Consumerism. San Francisco, Jossey-Bass Publishers, 1980, p. 80-81. Ver também Thomas Sowell,
Black Education: Myths and Tragedies. New York, David McKay, 1972, p. 131-32, 140.
[8] Editorial, “Reservations and the OBCs”. The Hindu, Índia, 4 abr. 2000.
[9] Decreto n. 10.925.
[10] Charles H. Kennedy, “Policies of Redistributional Preferences in Pakistan”. Neil Nevitte e
Charles H. Kennedy (orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 69.
[11] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict, p. 242.
[12] Mohammed Waseen, “Affirmative Action Policies in Pakistan”. Ethnic Studies Report, Sri
Lanka, vol. XV, n. 2, p. 226, 228-29, jul. 1997.
[13] Apud Alan Little e Diana Robbins, Loading the Law. London, Commission for Racial Equality,
1982, p. 6.
[14] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict, p. 677.
[15] Myron Weiner, “The Pursuit of Ethnic Inequalities Through Preferential Policies: A
Comparative Public Policy Perspective”. Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From
Independence to Statehood: Managing Ethnic Conflict in Five African and Asian States. London,
Frances Pinter, 1984, p. 64.
[16] Cynthia H. Enloe, Police, Military and Ethnicity: Foundations of State Power. New Brunswick,
Transaction Books, 1980, p. 143.
[17] Ibidem, p. 75.
[18] Ingeborg Fleischauer, “The German’s Role in Tsarist Russia: A Reappraisal”. Edith Rogovin
Frankel (org.), The Soviet Germans, p. 17-18.
[19] Numerosos exemplos documentados podem ser encontrados em apenas dois livros meus:
Conquests and Cultures. Basic Books, 1998, p. 43, 124-25, 168, 221-22; Migrations and Cultures.
Basic Books, 1996, p. 4, 17, 30-31, 118, 121-23, 126, 130, 135, 152, 154, 157-58, 162, 164, 167,
176-77, 179, 182, 193, 196, 201, 211-13, 215, 224, 226, 251, 258, 264-65, 275, 277-78, 289-90, 297-
98, 300, 305-06, 310, 313-14, 318, 320, 323-24, 337, 342, 345, 353-56, 358, 363, 366, 372-73. Se
estendêssemos a pesquisa a disparidades estatísticas intergrupos, aumentaríamos exponencialmente o
número de exemplos.
[20] Prática sistemática da discriminação contra as pessoas negras. (N. T.)
[21] Bernard Grofman e Michael Migalski, “The Return of the Native: The Supply Elasticity of the
American Indian Population 1960-1980”. Public Choice, vol. 57, 1988, p. 86.
[22] Matthew Hoddie, “Preferential Policies and the Blurring of Ethnic Boundaries: The Case of
Aboriginal Australians in the 1980s”. Political Studies, vol. 50, 2002, p. 299.
[23] Wolfgang Kasper, Building Prosperity: Australia’s Future as a Global Player. St. Leonard’s
NSW, The Centre for Independent Studies, 2002, p. 45.
[24] Barry Sautman, “Ethnic Law and Minority Rights in China: Progress and Constraints”. Law &
Policy, vol. 21, n. 3, 03 jul. 1999, p. 294.
[25] “Chinese Rush to Reclaim Minority Status”. Agence France Presse, 17 maio 1993.
[26] Ver, por exemplo, “Indians: In the Red”. The Economist, 25 fev. 1989, p. 25-26; Bob Zelnick,
Backfire: A Reporter Looks at Affirmative Action. Washington, D.C., Regner Publishing Inc., 1996, p.
301-03.
[27] Celia S. Heller, On the Edge of Destruction: Jews of Poland Between the Two World Wars. New
York, Columbia University Press, 1987, p. 102.
[28] Maria S. Muller, “The National Policy of Kenyanisation: Its Impact on a Town in Kenya”.
Canadian Journal of African Studies, vol. 15, n. 2, 1981, p. 298; H. L. van der Laan, The Lebanese
Traders in Sierra Leone. Haia, Mouton & Co., 1975, p. 141, 171.
[29] “Indian Eunuchs Demand Government Job Quotas”. Agence France Presse, 22 out. 1997. Ver
também David Orr, “Eunuchs Test the Political Potency”. The Times, London, 17 fev. 2000.
Disponível em: http://www.the-times.co.uk/pages/tim/2000/02/17/timfgnasio1001.html?1123027.
[30] Marc Galanter, Competing Equalities: Law and the Backward Classes in India. Berkeley,
University of California Press, 1984, p. 64.
[31] Human Rights Watch, Broken People: Caste Violence Against India’s “Untouchables”. New
York, Human Rights Watch, 1999, p. 39.
[32] “Rajasthan’s ‘Original Backwards’ Rally for Justice”. The Hindu, 28 de maio de 2001. (on-line)
[33] “India: Mayawati Expels Three Leaders”. The Hindu, 22 jul. 2001. (on-line)
[34] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 469.
[35] Ozay Mehmet, “An Empirical Evaluation of Government Scholarship Policy in Malaysia”.
Higher Education, Holanda, abr. 1985, p. 202.
[36] Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Relations in Sri Lanka: The University Admissions
Issue – The First Phase, 1971-1977”. Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From
Independence to Statehood, p. 133.
[37] Dep. David Dreir, “‘Disadvantaged’ Contractors’ Unfair Advantage”. Wall Street Journal, 21
fev. 1989, p. A18.
[38] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 552.
[39] Myron Weiner, Sons of the Soil: Migration and Ethnic Conflict in India. Princeton, Princeton
University Press, p. 250.
[40] John A. A. Ayoade, “Ethnic Management of the 1979 Nigerian Constitution”. Canadian Review
of Studies in Nationalism, p. 127, primavera 1987.
[41] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict, p. 670.
[42] Daniel C. Thompson, Private Black Colleges at the Crossroads. Westport, Connecticut,
Greenwood Press, 1973, p. 88.
[43] Carol S. Holzbery, Minorities and Power in a Black Society: The Jewish Community of Jamaica.
Lanham, Maryland, The North-South Publishing Co., Inc., 1987, p. 420.
[44] Ver, por exemplo, William Moore Jr. e Lonnie H. Wagstaff, Black Educators in White Colleges.
San Francisco, Jossey-Bass Publishing Co., 1974, p. 130-31, 198.
[45] Bob Zelnick, Backfire, p. 113.
[46] Lelah Dushkin, “Backward Class Benefits and Social Class in India, 1920-1970”. Economic and
Political Weekly, 7 abr. 1979, p. 666. Apesar de o exemplo ser hipotético, não está muito distanciado
do que realmente ocorreu: “Embora 18% das vagas estivessem reservadas para Castas Tabeladas,
apenas um candidato SC foi aprovado no exame, mas só no 105º lugar”. Marc Galanter, Competing
Equalities, p. 425.
[47] Barbara R. Joshi, “Whose Law, Whose Order: ‘Untouchables’ Social Violence and the State in
India”. Asian Survey, jul. 1982, p. 680, 682.
[48] A. K. Vakil, Reservation Policy and Scheduled Castes in India, p. 67; Ghagat Ram Goyal,
Educating Harijans. Gurgaon, Haryana, The Academic Press, 1981, p. 21.
[49] Suma Chitnis, “Positive Discrimination in India with Reference to Education”. Robert B.
Goldmann e A. Jeyaratram Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 37; Padma
Ramkrishna Velaskar, “Inequality in Higher Education: A Study of Scheduled Caste Students in
Medical Colleges of Bombay”. Bombaim, Tata Institute of Social Sciences, 1986, p. 234, 236. (Tese
de doutorado)
[50] Myron Weiner e Mary Fainsod Katzenstein, India’s Preferential Policies: Migrants, The Middle
Classes, and Ethnic Equality. Chicago, University of Chicago Press, 1981, p. 54.
[51] Ibidem, p. 54, 55.
[52] Harold Crouch, Government and Society in Malaysia. Ithaca, Cornell University Press, 1996, p.
186.
[53] K. M. de Silva, Sri Lanka: Ethnic Conflict, Management and Resolution. Kandy, Sri Lanka,
International Centre for Ethnic Studies, 1996, p. 21.
[54] Celia Heller, On the Edge of Destruction: Jews of Poland Between the Two World Wars. New
York, Columbia University Press, 1987, p. 16-17, 107, 123-28; Ezra Mendelsohn, The Jews of East
Central Europe Between the World Wars. Bloomington, Indiana University Press, 1983, p. 99, 105,
167, 232, 236-37.
[55] Larry Diamond, “Class, Ethnicity, and the Democratic State: Nigeria, 1950-1960”. Comparative
Studies in Social History, jul. 1983, p. 462, 473.
[56] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict, p. 221-26; Myron Weiner e Mary Fainsod
Katzenstein, India’s Preferential Policies, p. 4-5, 132; Myron Weiner, “The Pursuit of Ethnic
Equality Through Preferential Policies: A Comparative Public Policy Perspective”. Robert B.
Goldmann e A. Jeyaratram Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 78; K. M. de Silva,
“University Admission and Ethnic Tensions in Sri Lanka”; Ibidem, p. 125-26; Donald V. Smiley,
“French-English Relations in Canada and Consociational Democracy”. Milton J. Esman (org.),
Ethnic Conflict in the Western World. Ithaca, Cornell University Press, 1977, p. 186-88.
[57] U. S. Bureau of the Census, Historical Statistics of the United States: Colonial Times to 1970.
Washington, Government Printing Office, 1975, p. 380.
[58] Ver Thomas Sowell, Civil Rights: Rhetoric or Reality? New York, Willam Morrow and Co.,
1984, p. 49.
[59] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, America in Black and White: One Nation,
Indivisible. New York, Simon & Schuster, 1997, p. 232.
[60] Ibidem, p. 50.
[61] Ver, por exemplo, Lelah Dushkin, “Backward Class Benefits and Social Class in India, 1920-
1970”. Economic and Political Weekly, 7 abr. 1979, p. 661; Marc Galanter, Competing Equalities:
Law and the Backward Classes in India. Berkeley, University of California Press, 1984, Capítulo 2.
[62] Kanti Bajpai, “Diversity, Democracy, and Devolution in India”. Michael E. Brown e Sumit
Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia and the Pacific. Cambridge,
Massachusetts, MIT Press, 1997, p. 53-54; John Echeverri-Gent, “Government and Politics”. James
Heitzman e Robert L. Worden (orgs.), India: A Country Study. Washington, U.S. Government
Printing Office, 1996, p. 437-38.
[63] Partha S. Ghosh, “Positive Discrimination in India: A Political Analysis”. Ethnic Studies Report,
Sri Lanka, vol. XV, n. 2, jul. 1997, p. 145.
[64] Partap C. Aggarwal e Mohd. Siddig Ashraf, Equality Through Privilege: A Study of Special
Privileges of Scheduled Castes in Haryana. New Delhi, Shri Ram Centre for Industrial Relations and
Human Resources, 1976, p. 4; Richard F. Nyrop et al., Area Handbook for India. Washington,
Government Printing Office, 1975, p. 51.
[65] Keesing’s Contemporary Archives, 8 dez. 1978, p. 29351.
[66] Report of the Commision for Scheduled Castes and Scheduled Tribes, abr. 1979-mar. 1980,
Second Report. New Delhi, 1981, p. 297.
[67] Human Rights Watch, Broken People: Caste Violence Against India’s Untouchables. New York,
Human Rights Watch, 1999.
[68] “Caste and the Durban Conference”. The Hindu, 31 ago. 2001.
[69] Doranne Jacobson, “Social Systems”. James Heitzman e Robert L. Worden (orgs.), India: A
Country Study. Washington, U.S. Government Printing Office, 1996, p. 273.
[70] Partha S. Ghosh, “Positive Discrimination in India: A Political Analysis”. Ethnic Studies Report,
Sri Lanka, vol. XV, n. 2, jul. 1997, p. 146.
[71] Partha S. Gosch, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 144; “Still Untouchable”. The Economist (edição dos EUA), 16 jun.
2001.
[72] John R. Wood, “Reservations in Doubt: The Backlash against Affirmative Action in Gujarat,
India”. Pacific Affairs, vol. 60, n. 3, p. 413, outono 1987.
[73] Partha S. Gosch, “Language Policy and National Integration”. Etnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XV, n. 1, jan. 1996, p. 159, 160.
[74] Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia
and the Pacific, p. 54.
[75] Partrap C. Aggarwal e Mohd. Siddig Ashrat, Equality Through Privilege, p. 49. Um estudo de
1981 relatou: “Quando instados a revelar se eles ou quaisquer outros de seus parentes tinham sofrido
maus-tratos alguma vez em função de seu status de casta, as esmagadoras maiorias tanto na escola
(78%) quando na faculdade (71%) responderam negativamente”. Suma Chitinis, A Long Way to Go,
p. 147.
[76] Human Rights Watch, Broken People, p. 31.
[77] “Reservation Policy Not Implemented in Full”. The Hindu, India, 18 nov. 2001. (on-line)
[78] Dennis Austin, Democracy and Violence in India and Sri Lanka. London, Pinter Publishers,
1994, p. 41.
[79] Partrap C. Aggarwal e Mohd. Siddig Ashraf, Equality Through Privilege, p. 31.
[80] K. M. de Silva, Managing Ethnic Tensions in Multi-Ethnic Societies: Sri Lanka, 1880-1985.
Lanham, Maryland, University Press of America, 1986, p. 39.
[81] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 26n.
[82] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 139.
[83] Kusum K. Premi, “Educational Opportunities for the Scheduled Castes: Role of Protective
Discrimination in Equalization”. Economic and Political Weekly, 9 nov. 1974, p. 1.907.
[84] Suma Chitnis, “Positive Discrimination in India with Reference to Education”. In: Robert B.
Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood: Managing Ethnic
Conflict in Five African and Asian States. London, Francis Printer, 1984, p. 36-37.
[85] Vide Suma Chitnis, “Positive Discrimination in India with Reference to Education”. In: Robert
B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 37; Padma
Ramkrishna Velaskar, Inequality in Higher Education: A Study of Scheduled Caste Students in
Medical Colleges of Bombay. Bombaim, Tata Institute of Social Sciences, 1986, p. 234. (Tese de
doutorado)
[86] P. R. Valeskar, op. cit., p. 236.
[87] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 142.
[88] P. Sunderarajan, “India: Medical Colleges, Varsities Told to Follow UGC Norms”. The Hindu,
14 set. 2001. (on-line)
[89] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 158; Padma Ramkrishna Velaskar, Inequalities in Higher Education: A
Study of Scheduled Caste Students in Medical Colleges of Bombay. Bombaim, Tata Institute of Social
Sciences, 1986, p. 253, 335, 336 (Tese de doutorado); Marc Galanter, Competing Equalities, p. 63-
64.
[90] Suma Chitnis, “Measuring up to Reserved Admissions”. In: Vimal P. Shah e Binod C. Agrawal
(orgs.), Reservation: Policy, Programs and Issues. Jaipur, India, Rawat Publications, 1986, p. 37-42.
[91] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 140.
[92] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 425.
[93] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 142; Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies
and Ethnic Relations in Asia and the Pacific, p. 54.
[94] Partha S. Ghosh, “Language Policy and National Integration”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka,
vol. XIV, n. 1, jan. 1996, p. 142.
[95] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 64-65.
[96] P. R. Velaskar, “Inequality in Higher Education”, p. 263.
[97] Suma Chitnis, A Long Way To Go… New Delhi, Allied Publishers, Pvt. Ltd., 1981, p. 19.
[98] Ibidem, p. 264.
[99] Report of the Commission for Scheduled Castes and Scheduled Tribes, jul. 1978-mar. 1979, First
Report, p. 188. Ver também Suma Chitnis, A Long Way To Go…, p. 16.
[100] Suma Chitnis, A Long Way To Go…, p. 16.
[101] Ibidem, p. 16, 320.
[102] Pradeep Kumar, “Reservations with Reservations”. Economic and Political Weekly, 15 set.
2001, p. 3.505.
[103] “UP Announces Ordinance on Quota”. The Statesman, India, 16 set. 2001. (on-line)
[104] “Quota-Within-Quota Move Motivated”, The Hindu, 26 jan. 2002. (on-line)
[105] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 468-69.
[106] Ratna Murdia, “Issues in Positive Discrimination Policies for Disadvantaged Groups”. The
Indian Journal of Social Work, jan. 1983, p. 437; Suma Chitnis, “Education for Equality: Case of
Scheduled Castes in Higher Education”. Economic and Political Weekly, ago. 1972, p. 1.676; Oliver
Mendelsohn, “A Harijan Elite? The Lives of Some Untouchable Politicians”. Economic and Political
Weekly, 22 mar. 1986, p. 504; Suma Chitnis, A Long Way To Go…, p. 16-18.
[107] Upendra Baxi, “Legislative Reservations for Social Justice: Some Thoughts on India’s Unique
Experiment”. In: Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (org.), From Independence to
Statehood, p. 215-16. Ver também M. Satyanarayana e Rao e G. Srinivas Reddy, “Political
Representation: National, State and Local”. In: B. A. V. Sharma e K. Madhusudhan Reddy (orgs.),
Reservation Policy in India. New Delhi, Light & Life Publishers, 1982, p. 365-67; Pradeep Kumar,
“Reservations with Reservations”. Economic and Political Weekly, 15 set. 2001.
[108] B. Sivaramayya, “Affirmative Action: The Scheduled Castes and the Scheduled Tribes”.
International Conference on Affirmative Action, Bellagio Conference Center. Bellagio, Italy, 16-20
ago. 1982, p. 2.
[109] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 338.
[110] Ibidem, p. 44, 46; Michael E. Brown e Sumit Garguly (orgs.), Government Policies and Ethnic
Relations in Asia and the Pacific, p. 53, 54.
[111] Ver, por exemplo, Myron Weiner, Sons of the Soil: Migration and Ethnic Conflict in India.
Princeton, Princeton University Press, 1978; Mary Fainsod Katzenstein, Ethnicity and Equality: The
Shiv Sena Party and Preferential Policies in Bombay. Ithaca, Cornell University Press, 1979; Myron
Weiner e Mary Fainsod Katzenstein, India’s Preferential Policies: Migrants, the Middle Classes and
Ethnic Equality. Chicago, University of Chicago Press, 1981.
[112] Myron Weiner e Mary Fainsod Katzenstein, India’s Preferential Policies, p. 102.
[113] Myron Weiner, Sons of the Soil, p. 235-43.
[114] Ibidem, p. 250.
[115] T. M. Joseph e S. N. Sangita, “Preferential Policies and ‘Sons-of-the-Soil’ Demands: The
Indian Experience”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka, vol. XVI n. 1, jan. 1998, p. 86.
[116] Myron Weiner e Mary Fainsod Katzenstein, India’s Preferential Policies, p. 68.
[117] Allen W. Thrasher, “Language, Ethnicity, and Regionalism”. Louis R. Mortimer (org.), India: A
Country Study. Washington, U.S. Government Printing Office, 1996, p. 215-16.
[118] Myron Weiner, Sons of the Soil, p. 225-29; Myron Weiner e Mary Fainsod Katzensteiner,
India’s Preferential Policies, p. 74-75.
[119] Myron Weiner, Sons of the Soil, p. 88-89; Amalendo Guha, “Colonization of Assam: Second
Phase 1840-1859”. The Indian Economic and Social History Review, dez. 1961, p. 292.
[120] Myron Weiner, Sons of the Soil, p. 78.
[121] Ibidem, p. 128-29.
[122] Ibidem, p. 92, 105.
[123] Ibidem, p. 103-04.
[124] Ibidem, p. 107.
[125] Ibidem, p. 109.
[126] Ibidem, p. 118-19.
[127] Myron Weiner, “The Political Demography of Assam’s Anti-Immigrant Movement”.
Population and Development Review, vol. 9, n. 2, jan. 1983, p. 279.
[128] Mary Fainsod Katzenstein, Ethnicity and Equality, p. 142.
[129] Ibidem, p. 28.
[130] Myron Weiner e Mary Fainsod Katzensteiner, India’s Preferential Policies, p. 52.
[131] Ibidem, p. 48.
[132] Mary Fainsod Katzensteiner, Ethnicity and Equality, p. 48-49.
[133] Ibidem, p. 69, 106, 142.
[134] “The Fire of India’s Religions”. The Economist, 16 jan. 1993, p. 2.
[135] “Devils and Enemies”. Far Eastern Economic Review, 7 jul. 1994.
[136] “Demagogue of Hate”. Asiaweek, 22 dez. 1995, p. 52.
[137] “A Hindu Hero Feels the Heat”. Time, edição internacional. Tóquio, 24 fev. 1997, p. 15.
[138] “Bombay has Spun out of Control”. Businessweek, 19 out. 1998, p. 2.
[139] “Ugly Intolerance”. The Hindu, 8 maio 2001. (on-line)
[140] “What is ‘Indian’?”. The Hindu, 11 mar. 2001. (on-line)
[141] Dennis Austin, Democracy and Violence in India and Sri Lanka, p. 43.
[142] Ibidem, p. 42.
[143] “Singh Faces Revolt Over Caste Scheme: The Indian Government Has Been Rocked by the
Violent Response to Increased Job Quotas for Backward Castes”. The Independent, London, 11 set.
1990, p. 12.
[144] As “outras classes atrasadas” sozinhas são 52% da população da Índia; os intocáveis, 16%; e os
povos tribais, 8%.
[145] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 64.
[146] John R. Wood, “Reservation in Doubt: The Backlash against Affirmative Action in Gujarat,
India”. Pacific Affairs, vol. 60, n. 3, outono 1987, p. 408.
[147] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 451.
[148] Ibidem, p. 451n.
[149] A. K. Vakil, Reservation Policy and Scheduled Castes in India. New Delhi, Ashish Publishing
House, 1985, p. 147.
[150] C. L. Sharma, Social Mobility Among Scheduled Castes. New Delhi, M. D. Publications, 1996,
p. 105-07.
[151] Obtido de Buku Tahunan Perangkaan: Yearbook of Statistics Malaysia 2001. Ketua
Perangkaan, Malaysia, Departamento de Estatística, 2001, p. 20, 28, 29.
[152] Lennox A. Mills, Southeast Asia: Illusions and Reality in Politics and Economics.
Minneapolis, University of Minnesota Press, 1964.
[153] The Economist Intelligence Unit, Malaysia, Brunei, p. 14.
[154] Obtido de Buku Perangkaan, p. 28.
[155] Ver o estudo clássico de Victor Purcell, The Overseas Chinese in Southeast Asia. 2 ed. Kuala
Lumpur, Oxford University Press, 1980.
[156] P. T. Bauer, Reality and Rhetoric: Studies in the Economics of Development. Cambridge,
Massachusetts, Harvard University Press, 1984, p. 7.
[157] Victor Simpao Limlingan, Overseas Chinese in ASEAN: Business Strategies and Management
Practices. Pasig, Metro Manila, Filipinas, Vita Development Corp., 1986, p. 29.
[158] Ibidem, p. 30.
[159] Donald R. Snodgrass, Inequality and Economic Development in Malaysia. Kuala Lumpur,
Oxford University Press, 1980, p. 38.
[160] D. G. E. Hall, The History of Southeast Asia. London, The Macmillan Company Ltd., 1981, p.
835.
[161] Buku Perangkaan, p. 42; K. S. Jomo, “Whither Malaysia’s New Economic Policy?”. Pacific
Affairs, vol. 63, n. 4, inverno 1990-1991, p. 475.
[162] Victor Purcell, The Chinese in Southeast Asia, 2 ed., p. 283n.
[163] Yuan-li Wu e Chu-hsi Wu, Economic Development in Southeast Asia. Stanford, Hoover
Institution Press, 1980, p. 51.
[164] Donald R. Snodgrass, Inequality and Economic Development in Malaysia, p. 242.
[165] Ibidem, p. 8.
[166] Mohamed Suffian bin Hashim, “Problems and Issues of Higher Education Development in
Malaysia”. In: Yip Yat Hoong (org.), Development of Higher Education in Southeast Asia, Tabela 8,
p. 63, 64.
[167] Gordon P. Means, “Ethnic Preference Policies in Malaysia”. In: Neil Nevitte e Charles H.
Kennedy (orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States. Boulder, Lynne Reinner
Publishers. Inc., 1986, p. 105.
[168] Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia
and the Pacific. Cambridge, Massachusetts, MIT Press, 1997, p. 254.
[169] Mid-Term Review of the Second Malaysia Plan, 1971-75. Kuala Lumpur, The Government
Press, 1973, p. 76, 78.
[170] Sumit Ganguly, “Ethnic Policies and Political Quiescence in Malaysia and Singapore”. In:
Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia and
the Pacific, p. 260-62.
[171] Eighth Malaysia Plan, 2001-2005. Kuala Lumpur, Economic Planning Unit, 2001, p. 64.
[172] Harold A. Crouch, Government and Society in Malaysia. Ithaca, Cornell University Press,
1996, p. 37-38.
[173] Ibidem, p. 39.
[174] Ibidem, p. 36-43.
[175] Ibidem, p. 40, 41.
[176] Ibidem, p. 202.
[177] Ibidem, p. 39.
[178] K. S. Jomo, “Whither Malaysia’s New Economic Policy?”, Pacific Affairs, vol. 63, n. 4, p.
469-99, inverno 1990-1991.
[179] Bee-lan Chang Wang, “Government Intervention in Ethnic Stratification: Effects of the
Distribution of Students Among Fields of Study”. Comparative Education Review, fev. 1977, p. 110.
[180] Donald R. Snodgrass, Inequality and Economic Development in Malaysia, p. 249-50.
[181] Firdaus Hj. Abdullah, “Affirmative Action Policy in Malaysia: To Restructure Society, to
Eradicate Poverty”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka, vol. XV, n. 2, jul. 1997, p. 209.
[182] Mohamed Suffian bin Hashim, “Problems and Issues of Higher Education Development in
Malaysia”. In: Yip Yat Hoong (org.), Development of Higher Education in Southeast Asia, Tabela 8,
p. 63-64.
[183] Mid-Term Review of the Second Malaysia Plan, 1971-1975, p. 85.
[184] Tai Yoke Lin, “Inter-Ethnic Restructuring in Malaysia, 1970-1980: The Employment
Perspective”. Robert B. Goldman e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood:
Managing Ethnic Conflict in Five African and Asian States. London, Frances Pitner, Ltd., 1984, p.
50.
[185] Ibidem, p. 349.
[186] Ibidem, p. 352.
[187] Ibidem, p. 349.
[188] Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia
and the Pacific, p. 259.
[189] Fourth Malaysia Plan, 1981-85. Kuala Lumpur, National Printing Department, 1981, p. 350.
[190] Ibidem, p. 490-91.
[191] Ibidem, p. 489.
[192] K. S. Jomo, “Whither Malaysia’s New Economic Policy?”. Pacific Affairs, vol. 63, n. 4, p. 475,
inverno 1990-1991.
[193] Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia
and the Pacific, p. 257-58.
[194] Ao defender sua mudança de política, o primeiro-ministro Mahathir disse: “Não podemos
deixar que a eficiência e a capacidade de nosso povo sejam inferiores às de outros países”. Deutsche
Presse-Agentur, 20 jun. 1995, on-line, que também reportou: “níveis declinantes de realizações em
ciência e tecnologia” e que “muitos empregadores preferem agora graduados em instituições
estrangeiras. No mínimo, esses jovens possuem um bom domínio do inglês”. O Financial Times de
Londres também publicou que “uma escassez de mão de obra qualificada é identificada pelos
investidores forasteiros” como “o único grande problema de um ambiente de negócios atraente nos
outros aspectos” na Malásia e que os negócios forasteiros estavam pagando aumentos substanciais
nos salários para conseguir e manter engenheiros capacitados. Financial Times, 19 jun. 1996. (on-
line)
[195] The Economist Intelligence Unit, Malaysia, Brunei, p. 15.
[196] Ishak Shari, “Economic Growth and Income Inequality in Malaysia, 1971-1995”. Journal of
Asia Pacific Economy, vol. 5, n. 1, 2000, p. 113.
[197] Ibidem, p. 119, 120.
[198] Ishak Shari, “Economic Growth and Income Inequality in Malaysia, 1971-1995”. Journal of
Asia Pacific Economy, vol. 5, n. 1, 2000, p. 114; Edmund Terence Gomez, Chinese Business in
Malaysia: Accumulation, Accommodation and Ascendence. Honolulu, University of Hawaii Press,
1999, p. 69.
[199] Edmund Terence Gomez, Chinese Business in Malaysia, p. 70.
[200] Harold A. Crouch, Government and Society in Malaysia, p. 186.
[201] Mavis Puthucheary, “Public Policies Relating to Business and Land, and the Impact on Ethnic
Relations in Peninsular Malaysia”. Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From
Independence to Statehood, p. 163.
[202] Ibidem, p. 164.
[203] Mahathir bin Mohamad, The Malay Dilemma. Singapura, Asia Pacific Press, 1970, p. 44.
[204] Eighth Malaysia Plan 2001-2005. Kuala Lumpur, Malásia, Economic Planning Unit, 2001, p.
84.
[205] Seventh Malaysia Plan 1996-2000. Kuala Lumpur, Malasia, Economic Planning Unit, 1996, p.
86.
[206] Donald R. Snodgrass, Inequality and Economic Development in Malaysia, p. 107.
[207] Gordon P. Means, “Ethnic Preference Policies in Malaysia”. In: Neil Nevitte e Charles H.
Kennedy (org.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 105.
[208] Tai Yoke Lin, “Ethnic Restructuring in Malaysia, 1979-80: The Employment Perspective”. In:
Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 48.
[209] Ibidem, p. 50.
[210] Fourth Malaysia Plan, 1981-1985, p. 349.
[211] Michael E. Brown e Sumir Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia
and the Pacific, p. 234.
[212] Tania Li, Malays in Singapore: Culture, Economy, and Ideology. Cingapura, Oxford University
Press, 1989, p. 115.
[213] Ibidem, p. 134.
[214] Ibidem.
[215] “Our Malays are Happier Than Yours”. The Economist, 3 fev. 2001, p. 43.
[216] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict, p. 670.
[217] “Not One But Two Malay Dilemmas”. The Straits Times, Cingapura, 1º ago. 2002, on-line.
[218] “Mahathir’s Change of Heart?”. Business Week (Edições Internacionais), 29 jul. 2002, p. 20.
[219] Government of Malaysia, The Sixth Malaysia Plan 1991-1995. Kuala Lumpur, Percetakan
Nasional Malaysia Berhad, 1996, p. 69.
[220] Gordon P. Means, “Ethnic Preference Policies in Malaysia”. In: Neil Nevitte e Charles H.
Kennedy (orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 114.
[221] “Discriminating Policies”. Wall Street Journal, 11 set. 2000, p. A44.
[222] “Race-based Awarding of Contracts Hurting Malaysia”. The Straits Times, Cingapura, 8 jan.
2002, p. 14. (on-line)
[223] Um distúrbio entre muçulmanos e hindus em 1915 foi a única nódoa nesse histórico da
primeira metade do século XX.
[224] K. M. de Silva, “Historical Survey”. K. M. de Silva (org.), Sri Lanka: A Survey. Honolulu, The
University of Hawaii Press, 1977, p. 84.
[225] S. J. Tambiah, “Ethnic Representation in Ceylon’s Higher Administrative Service, 1870-1946”.
University of Ceylon Review, abr.-jul. 1955, p. 127-28.
[226] Ibidem, p. 130.
[227] K. No. O. Dharmadasa, Language, Religion, and Ethnic Assertiveness: The Growth of
Sinhalese Nationalism in Sri Lanka. Ann Arbor, University of Michigan Press, 1992, p. 228.
[228] S. J. Tambiah, “Ethnic Representation in Ceylon’s Higher Administrative Services, 1870-
1946”. University of Ceylon Review, vol. 13, 1955, p. 130.
[229] W. Ivor Jennings, “Race, Religion and Economic Opportunity in the University of Ceylon”.
University of Ceylon Review, nov. 1944, p. 2.
[230] S. J. Tambiah, “Ethnic Representation in Ceylon’s Higher Administrative Service, 1870-1946”.
University of Ceylon Review, abr.-jul.1955, p. 125-36.
[231] K. No. O. Dharmadasa, Language, Religion, and Ethnic Assertiveness, p. 242.
[232] Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Ethnic Rivalry: The Background”. In: Robert B.
Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood: Managing Ethnic
Conflict in Five African and Asian States. London, Frances Pinter, Ltd., 1984, p. 116. Ver também
Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Relations and Education in Sri Lanka: University
Admission Issue – The First Phase”, ibidem, p. 136.
[233] S. W. R. de A. Samarasinghe, “Ethnic Representation in Central Government Employment and
Sinhala-Tamil Relations in Sri Lanka: 1948-81”, ibidem, p. 176.
[234] Ibidem, p. 177.
[235] C. Kondapi, Indians Overseas 1838-1949. New Delhi, Oxford University Press, 1951, p. 344.
[236] H. P. Chattopadhyaya, Indians in Sri Lanka: A Historical Study. Calcutá, O. P. S. Publishers,
Pvt. Ltd., 1979, p. 143-44, 146.
[237] C. Kondapi, Indians Overseas 1838-1949, p. 344-47.
[238] Walter Schwarz, Tamils of Sri Lanka. London, Minority Rights Group, 1983, p. 5.
[239] Robert N. Kearney, Communalism and Language in the Politics of Ceylon. Durham, Duke
University Press, 1967, p. 70-72.
[240] Robert N. Kearney, “Sinhalese Nationalism and Social Conflict in Ceylon”. Pacific Affairs,
verão 1964, p. 125-28.
[241] Robert N. Kearney, Communalism and Language in the Politics of Ceylon, p. 80-81; William
McGowan, Only Man is Vile: The Tragedy of Sri Lanka. New York, Farrar, Straus and Giroux, 1992,
p. 149-58.
[242] William McGowan, Only Man is Vile, p. 158-61.
[243] Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamils Relations and Education in Sri Lanka: The
University Admission Issue – The First Phase, 1971-7”. In: Robert B. Goldmann e A. Jeyaratnam
Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 138. Ver também intertítulo “Resumo e
implicações” deste mesmo capítulo.
[244] Robert N. Kearney, “Sinhalese Nationalism and Social Conflict in Ceylon”. Pacific Affairs,
verão 1964, p. 130.
[245] K. M. de Silva, “University Admissions and Ethnic Tension in Sri Lanka, 1977-82”. In: Robert
B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 98.
[246] Robert N. Kearney, “Sinhalese Nationalism and Social Conflict in Ceylon”. Pacific Affairs,
verão 1964, p. 135.
[247] Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Ethnic Rivalry: The Background”. In: Robert B.
Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 121.
[248] Robert N. Kearney, Communalism and Language in the Politics of Sri Lanka, p. 84-86.
[249] K. M. de Silva, “University Admissions and Ethnic Tension in Sri Lanka, 1977-82”. In: Robert
B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 100-01.
[250] Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Relations and Education in Sri Lanka: The
University Admissions Issue – The First Phase, 1971-7”, ibidem, p. 128-31.
[251] Walter Schwarz, The Tamils of Sri Lanka, p. 6.
[252] S. J. Tambiah, Sri Lanka: Ethnic Fratricide and the Dismantling of Democracy. New Delhi,
Oxford University Press, 1986, p. 20-21, 26.
[253] Ibidem, p. 20.
[254] William McGowan, Only Man is Vile, p. 97.
[255] Ibidem, p. 98.
[256] “Sri Lanka Confirms Report of Army Slayings”, New York Times, 7 ago. 1983, seção 1, p. 5.
[257] “The Unloveliness of Civil War”. The Economist, 18 ago. 1984, p. 27.
[258] “India and the Tamils”. The Economist, 19 jan. 1985, p. 35.
[259] K. M. de Silva, Sri Lanka: Ethnic Conflict, Management and Resolution. Kandy, Sri Lanka,
International Centre for Ethnic Studies, 1996, p. 22.
[260] Ibidem, p. 43.
[261] Mervyn de Silva, “Sri Lanka Rebels Defy Indian Force Mediation”. The Christian Science
Monitor, 21 jul. 1988, p. 9.
[262] D. John Grove, “Restructuring the Cultural Division of Labour in Malaysia and Sri Lanka”.
Comparative Political Studies, p. 190-93, jul. 1986.
[263] Celia W. Dugger, “Endless War Again Laps at Sri Lankan City”. The New York Times, 16 set.
2000, p. A1.
[264] Chari Lata Joshi, “Try Again”. Far Eastern Economic Review, 20 dez. 2001, p. 24.
[265] Barbara Crossette, “The War on Terror Points a Country Toward Peace”. The New York Times,
3 mar. 2002, seção 4, p. 4.
[266] “Tamil Rebels Yield in Talks with Sri Lanka”. New York Times, 4 nov. 2002, p. A9.
[267] Larry Diamond, Class, Ethnicity and Democracy in Nigeria: The Failure of the First Republic.
Syracuse, Syracuse University Press, 1988, p. 22. Esses dados se baseiam nos censos feitos pelas
autoridades coloniais na década que precedeu a independência, e não no censo de 1963, que foi
questionado e envolto em controvérsias desde então. Depois disso, não foram mais realizados censos
devido à polarização interétnica. Ver ibidem, Capítulo 5.
[268] Olatunde Bayo Lawuyi, “Ethnicity, Political Leadership and the Search for a Stable Nigerian
Society”. Scandinavian Journal of Development Alternatives, set.-dez. 1992, p. 131.
[269] William Easterly e Ross Levine, “Africa’s Growth Tragedy: Policies and Ethnic Divisions”.
Quarterly Journal of Economics, nov. 1997, p. 1.224.
[270] Harold D. Nelson, Nigeria: A Country Study. Washington, U.S. Government Printing Office,
1982, p. 4.
[271] P. T. Bauer, West African Trade: A Study of Competition, Oligopoly and Monopoly in a
Changing Economy. Cambridge, Cambridge University Press, 1954, p. 7.
[272] “Os ibós, que agora desempenham importante papel no comércio nigeriano, estavam em estado
quase selvagem tão recentemente quanto em 1910.” P. T. Bauer, West African Trade: A Study of
Competition, Oligopoly and Monopoly in a Changing Economy. Cambridge, Cambridge University
Press, 1954, p. 7. Nos séculos anteriores, os ibós foram com frequência escravizados por outras
tribos. Robert Reinhart, “Historical Setting”. In: Harold D. Nelson (org.), Nigeria: A Country Study.
Washington, U.S. Government Printing Office, p. 16.
[273] Larry Diamond, Class, Ethnicity and Democracy in Nigeria, p. 26.
[274] James S. Coleman, Nigeria: Background to Nationalism. Los Angeles, University of California
Press, 1971, p. 142.
[275] Donald L. Horowitz, Ethnic Groups in Conflict. Berkeley, University of California Press, 1985,
p. 448, 451.
[276] Northern Nigeria, Statistical Yearbook 1965. Kaduna, Ministério do Planejamento Econômico,
1965, p. 40-41.
[277] Robert Nelson e Howard Wolpe, Nigeria: Modernization and Politics of Communalism. East
Lansing, Michigan State University, 1971, p. 127; Bernard Nkemdirim, “Social Change and the
Genesis of Conflict in Nigeria”. Civilizations, vol. 25, n. 1-2, 1975, p. 94; Okwudiba Nnoli, Ethnic
Politics in Nigeria. Enugu, Nigéria, Fourth Dimension Publishers, 1978, p. 64.
[278] John A. A. Ayoade, “The Federal Character Principle and the Search for National Integration”.
Federalism and Political Restructuring in Nigeria. Ibadan, Nigéria, Spectrum Books, 1999, p. 111.
[279] Larry Diamond, Class, Ethnicity and Democracy in Nigeria, p. 50.
[280] Kunlke Amuwo et al., Federalism and Political Restructuring in Nigeria. Ibadan, Nigéria,
Spectrum Books, 1999, p. 53.
[281] Ibidem, p. 52.
[282] John A. A. Ayoade, “Ethnic Management of the 1979 Nigerian Constitution”. Canadian
Review of Studies in Nationalism, p. 127, primavera 1987.
[283] Kunlke Amuwo et al., Federalism and Political Restructuring in Nigeria, p. 54.
[284] Sarah Kenyon Lischer, “Causes of Communal War: Fear and Feasibility”. Studies in Conflict &
Terrorism, vol. 22, 1999, p. 340.
[285] Kunlke Amuwo et al., Federalism and Political Restructuring in Nigeria, p. 58-59.
[286] David Lamb, The African. New York, Random House, 1982, p. 308.
[287] Ibidem, p. 309.
[288] John A. A. Ayoade, “Ethnic Management of the 1979 Nigerian Constitution”. Canadian
Review of Studies in Nationalism, primavera 1987, p. 140.
[289] Barbara Crossette, “Survey Ranks Nigeria as Most Corrupt Nation”. The New York Times, 3
ago. 1997, Seção Internacional, p. 3.
[290] Larry Diamond, Class, Ethnicity and Democracy in Nigeria, p. 311; John Kraus, “Economic
Adjustment and Regime Creation in Nigeria”. Current History, maio 1999, p. 234.
[291] A. Bamisaiye, “Ethnic Politics as an Instrument of Unequal Socio-Economic Development in
Nigeria’s First Republic”. African Notes. Nigéria, vol. 6, n. 2, 1970-71, p. 99.
[292] Okwudiba Nnoli, “Ethnic and Regional Balancing in Nigerian Federalism”. J. Isawa Elaigwu e
R. A. Akindele (orgs.), Foundations of Nigerian Federalism: 1960-1995. Abuja, Nigéria, Conselho
Nacional de Relações Intergovernamentais, 1996, p. 234.
[293] Ibidem, p. 235.
[294] Ibidem, p. 235-36.
[295] Kola Olugbade, “The Nigerian State and the Quest for a Stable Polity”. Comparative Politics,
p. 299, abr. 1992.
[296] Obi Igwara, “Dominance and Difference: Rival Visions of Ethnicity in Nigeria”. Ethnic and
Racial Studies, jan. 2001, p. 90.
[297] Sarah Kenyon Lischer, “Cause of Communal War: Fear and Feasibility”. Studies in Conflict &
Terrorism, vol. 22, 1999, p. 6, 340.
[298] Obi Igwara, “Dominance and Difference: Rival Visions of Ethnicity in Nigeria”. Ethnic and
Racial Studies, vol. 24, n. 1, jan. 2001, p. 88.
[299] Apud Obi Igwara, p. 87.
[300] “Nigeria: Government to Set Up National Security Commission”. Africa News Service, 1º de
out. 2001.
[301] “Thousands Flee Ethnic Blood-letting”. The Australian, 6 fev. 2002, p. 10.
[302] “Country Report: Nigeria”. The Economist Intelligence Unit, London, 2002, p. 13.
[303] Ramo de pesquisas de negócios do grupo The Economist. (N. T.)
[304] “Country Report: Nigeria”. The Economist Intelligence Unit, London, The Economist
Intelligence Unit, 2002, p. 14.
[305] Okwudiba Nnoli, Ethnic Politics in Nigeria, p. 245.
[306] Ver, por exemplo, Okwudiba Nnoli, Ethnic Politics in Nigeria, p. 224-27.
[307] Okwudiba Nnoli, “Ethnic and Regional Balancing in Nigerian Federalism”. In: J. Isawa
Elaigwu e R. A. Akindele (orgs.), Foundations of Nigerian Federalism: 1960-1995, p. 227-28.
[308] Eghosa E. Osaghac, “Managing Multiple Minority Problems in a Divided Society”. Journal of
Modern African Studies, vol. 36, n. 1, 1998, p. 11.
[309] Ver, por exemplo, Peter Schmidt, “How Michigan Won Corporate Backing for Its Defense of
Affirmative Action”. Chronicle of Higher Education, 24 nov. 2000, p. A21-22.
[310] Steven J. Novak, “The Real Takeover of the BIA: The Preferential Hiring of Indians”. Journal
of Economic History, vol. I, n. 3, set. 1990, p. 639-54.
[311] U.S. Bureau of Census, Historical Statistics of the United States: Colonial Times to 1970.
Washington, D.C., U. S. Government Printing Office, 1975, p. 133; U. S. Bureau of Census, “Marital
Status and Living Arrangements: March 1992”. Current Population Reports, série P-20, n. 468.
Washington, D.C., Government Printing Office, 1993, p. 1, 2.
[312] U. S. Bureau of Census, Historical Statistics of the United States: Colonial Times to 1970, p.
381.
[313] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, America in Black and White: One Nation,
Indivisible. New York, Simon & Schuster, 1997, p. 233.
[314] Ibidem, p. 79.
[315] Ver Thomas Sowell, Civil Rights: Rhetoric or Reality? New York, William Morrow and Co.,
1984, p. 49.
[316] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, America in Black and White, p. 233.
[317] Jonathan J. Bean, Big Government and Affirmative Action: The Scandalous History of the
Small Business Administration. Lexington, University of Kentucky Press, 2001, p. 79; Terry
Eastland, Ending Affirmative Action: The Case for Colorblind Justice. New York, Basic Books,
1996, p. 139, 177-78.
[318] William G. Bowen e Derek Bok, The Shape of the River: Long-Term Consequences of
Considering Race in College and University Admissions. Princeton, Princeton University Press,
1998, p. 11.
[319] Terry Eastland, Ending Affirmative Action, p. 17-18, 139.
[320] Bol Zelnick, Backfire: A Reporter’s Look at Affirmative Action. Washington, Regnery
Publishing, 1996, p. 299-300.
[321] George R. La Noue, “Discrimination in Public Contracting”. In: Abigail Thernstrom e Stephan
Thernstrom (orgs.), Beyond the Color Line. Stanford, Hoover Institution Press, 2002, p. 209-10.
[322] Donald L. Bartlett e James B. Steele, “Wheel of Fortune”. Time, 16 dez. 2002, p. 47.
[323] U.S. Equal Employment Opportunity Commission, Legislative History of Titles VII and XI of
Civil Rights Act of 1964. Washington, U.S. Government Printing Office, s./d., p. 3.006.
[324] Ibidem, p. 3.005.
[325] Ibidem.
[326] O presente escritor conduziu o primeiro programa de verão para preparar estudantes negros de
faculdades para o estudo de pós-graduação em Economia, nos idos de 1968. Tratou-se de ação
afirmativa apenas no sentido genérico, porque os resultados finais foram avaliados pela
administração de testes padronizados que, de modo geral, eram usados para testar outros que
buscavam a pós-graduação nessa especialização.
[327] Nathan Glazer, Affirmative Discrimination. New York, Basic Books, 1975, p. 49.
[328] U.S. Equal Employment Opportunity Commission, Legislative History of Titles VII and XI of
Civil Rights Act of 1964, p. 3.133-34.
[329] Indício ilusório ou para desviar a atenção de determinado assunto. (N. T.)
[330] Ibidem, p. 3.130-31.
[331] Discussed, discussed, and cussed. Jogo de palavras na língua inglesa. (N. T.)
[332] Ibidem, p. 3.136, 3.160, 3.161.
[333] Apud Hugh Davis Graham, The Civil Rights Era: Origins and Development of National Policy
1960-1972. New York, Oxford University Press, 1990, p. 387.
[334] Ver, por exemplo, Nathan Glazer, Affirmative Discrimination: Ethnic Inequality and Public
Policy. New York, Basic Books, 1975, p. 57
[335] United Steelworkers of America v. Weber, 443 U.S. 193, 1979, 207n7, 222.
[336] Harry Holzer e David Neumark, “Assessing Affirmative Action”. Journal of Economic
Literature, vol. XXXVII, set. 2000, p. 487.
[337] Dinesh D’Souza, The End of Racism: Principles for a Multiracial Society. New York, The Free
Press, 1995, p. 306-07.
[338] Mend it, not end it. Novamente, jogo de palavras no idioma inglês. (N. T.)
[339] Scholastic Aptitude Test, exame a que se submetem os estudantes de escolas secundárias
candidatos ao estudo universitário. (N. T.)
[340] Ron Nissimov, “Students Run into ‘Top 10 Percent Law’”. Houston Chronicle, 4 jun. 2000, p.
A1 ss.
[341] Ver, por exemplo, Daniel Golden, “To Get Into UCLA, It Helps to Face ‘Life Challenges’”.
Wall Street Journal, 12 jul. 2002, p. 1 ss.
[342] John B. Parrish, “Professional Womanpower as a National Resource”. Quarterly Review of
Economics and Business, fev. 1961, p. 58.
[343] Beverly L. Johnson, “Marital and Family Characteristics of the Labour Force, March 1979”.
Monthly Labor Review, abr. 1980, p. 51.
[344] Diana Furchtgott-Roth e Christine Stolba, Women’s Figures: An Illustrated Guide to the
Economic Progress of Women in America. Washington, American Enterprise Institute, 1999, p. 85-
86.
[345] U.S. Bureau of the Census, Current Population Reports, série P-60, n. 133. Washington, D.C.,
U.S. Government Printing Office, 1982, p. 3.
[346] Diana Furchtgott-Roth e Christine Stolba, Women’s Figures, edição de 1999, p. 86.
[347] John B. Parrish, “Professional Womanpower as a Soviet Resource”. Quarterly Review of
Economics and Business, outono 1964, p. 60. Ver também Diana Furchtgott-Roth e Christine Stolba,
Women’s Figures, p. 57.
[348] Helen S. Austin, “Career Profiles of Women Doctorates”. In: Alice S. Rossi e Anne
Calderwood (orgs.), Academic Women on the Move. New York, Russell Sage Foundation, 1973, p.
153.
[349] U.S. Bureau of the Census, Historical Statistics of the United States, Colonial Times to 1970.
Washington, D.C., Government Printing Office, 1976, p. 49.
[350] “The Economic Role of Women”. The Economic Report of the President, 1973. Washington,
D.C., U.S. Government Printing Office, 1973, p. 103.
[351] Thomas Sowell, Affirmative Action Reconsidered. Washington, D.C., American Enterprise
Institute, 1975, p. 32-33.
[352] John M. McDowell, “Obsolescence of Knowledge and Career Publication Profiles: Some
Evidence of Differences Among Fields in Costs of Interrupted Careers”. American Economic Review,
vol. 72, n. 4, set. 1982, p. 761.
[353] Diana Furchtgott-Roth e Christine Stolba, Women’s Figures, p. 33.
[354] Ver, por exemplo, dados em Thomas Sowell, The Vision of the Anointed: Self-Congratulation
as a Basis for Social Policy. New York, Basic Books, 1995, p. 38-40; Idem, Civil Rights, p. 91-108;
Chinhui Juhn, Relative Wage Trends, Women’s Work, and Family Income. Washington, D.C.,
American Enterprise Institute, 1996.
[355] Ver U.S. Bureau of the Census, Income, Poverty, and Wealth in the United States: A Chart
Book, Current Population Reports, série P-60, n. 179. Washington, D.C., U.S. Government Printing
Office, 1992, p. 8.
[356] Diana Furchtgott-Roth e Christine Stolba, Women’s Figures, p. 92.
[357] U.S. Bureau of the Census, Income, Poverty, and the Wealth in the United States: A Chart
Book, Current Population Reports, série P-60, n. 179. Washington, D.C., U.S. Government Printing
Office, 1992, p. 8.
[358] Bob Zelnick, Backfire, p. 300.
[359] Ibidem, p. 301-02.
[360] Bernard E. Anderson, The Negro in the Public Utilities. Philadelphia, University of
Pennsylvania Press, 1970, p. 65, 76-77, 78.
[361] Ibidem, p. 92, 96.
[362] Ibidem, p. 88, 96.
[363] Ibidem, p. 105-06.
[364] Ibidem, p. 97-99.
[365] Ibidem, p. 195.
[366] Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Princeton, University of Pennsylvania e Yale.
(N. T.)
[367] Michael R. Winston, “Through the Back Door, Academic Racism and the Negro Scholar in
Historical Perspective”. Daedalus, vol. 100, n. 3, verão 1971, p. 695, 705.
[368] Já no final dos anos 1960, lembro-me de ter sido entrevistado sobre nomeações acadêmicas que
me teriam feito o primeiro professor negro dos Estados Unidos na American University, em
Washington, e na University of Virginia, em Charlottesville – e realmente sendo nomeado como o
primeiro profissional negro no U.S. Bureau of the Budget, precursor do atual Office of Management
and Budget.
[369] Bob Zelnick, Backfire, p. 58-60.
[370] Peter Schmidt, “How Michigan Won Corporate Backing for Its Defense of Affirmative
Action”. The Chronicle of Higher Education, 24 nov. 2000, p. A21.
[371] Ver, por exemplo, Robert Klitgaard, Choosing Elites: Selecting the “Best and the Brightest” at
Top Universities and Elsewhere. New York, Basic Books, 1985, p. 104-15; Richard J. Herrnstein e
Charles Murray, The Bell Curve: Intelligence and Class Structure in America Life. New York, The
Free Press, 1994, p. 280-81; Arthur R. Jensen, “Selection of Minority Students in Higher Education”.
University of Toledo Law Review, primavera-verão 1970, p. 440, 443; Donald A. Rock, “Motivation,
Moderators, and Test Bias”, ibidem, p. 536-37; Ronald L. Flaugher, Testing Practices, Minority
Groups and Higher Education: A Review and Discussion of the Research. Princeton, Educational
Testing Service, 1970, p. 11; Arthur R. Jensen, Bias in Mental Testing. New York, The Free Press,
1980, p. 479-90.
[372] Iham Kim e Anthony R. Miles, “Why Affirmative Action Works at Michigan”. The Chronicle
of Higher Education, 20 abr. 2001, p. B13-B14.
[373] Mary Gibson Hundley, The Dunbar Story (1875-1955). New York, Vantage Press, 1965, p. 75.
[Phi Beta Kappa é a mais antiga sociedade de honra nas áreas de ciência e artes liberais dos Estados
Unidos da América.]
[374] John H. McWhorter, Losing the Race: Self-Sabotage in Black America. New York, The Free
Press, 2000, Capítulos 3, 4. Um estudo empírico posterior que parece confirmar a tese de McWorther
é Black American Students in an Affluent Suburb: A Study of Academic Disengagement, de John
Ogbu. Mahwah, NJ, Lawrence Erlbaum Associates, 2003.
[375] Eric A. Hanushek et al., “New Evidence About Brown v. Board of Education: The Complex
Effects of School Racial Composition on Achievement”. National Bureau of Economic Research,
Documento de trabalho 8741. Cambridge, Massachusetts, National Bureau of Economic Research,
2002. Abstract.
[376] Ellis B. Page e Timothy Z. Keith, “The Elephant in the Classroom: Ability Grouping and the
Gifted”. In: Camilla Persson Benbow e David Lubinski (orgs.), Intelectual Talent: Psychometric and
Social Issues. Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1996, p. 208.
[377] Robert Lerner e Althea K. Nagai, Racial Preferences in Colorado Higher Education: Racial
Preferences in Undergraduate Admissions at the Public Colleges and Universities of Colorado.
Washington, D.C., Center for Equal Opportunity, s./d., p. 9.
[378] Stephen Cole e Elinor Barber, Increasing Faculty Diversity: The Occupational Choices of
High-Achieving Minority Students. Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 2003, p.
169.
[379] Ver Clyde W. Summers, “Admission Policies of Labor Unions”. Quarterly Journal of
Economics, nov. 1946, p. 66-107.
[380] Clyde W. Summers, “Preferential Admissions: An Unreal Solution to a Real Problem”.
University of Toledo Law Review, vol. 1.970, n. 2 & 3, primavera-verão 1970, p. 380.
[381] Ibidem, p. 384.
[382] John H. Bunzel, “Affirmative Action Admissions: How it ‘Works’ at Berkeley”. The Public
Interest, outono de 1988, p. 124, 125.
[383] Arthur Hu, “Minorities Need More Support”. The Tech (M.I.T.), p. 8, 7 mar. 1987.
[384] Charles J. Sykes, The Hollow Men: Politics and Corruption in Higher Education. Washington,
D.C., Regnery Gateway, 1990, p. 47n.
[385] Robin Wilson, “Article Critical of Black Students’ Qualifications Rails Georgetown U. Law
Center”. The Chronicle of Higher Education, 24 abr. 1991, p. A33, A35.
[386] Shelby Steele, The Content of Our Character: A New Vision of Race in America. New York, St.
Martin’s Press, 1990, p. 138.
[387] Ver meu Inside American Education: The Decline, the Deception, the Dogmas. New York, The
Free Press, 1993, p. 155-58, 162-63.
[388] Ver, por exemplo, “Racism, Cynicism, Musical Chairs”. The Economist, 25 jun. 1988, p. 30 ss.
[389] Thomas Sowell, Inside American Education, p. 144.
[390] Ver, por exemplo, William Moore Jr. e Lonnie H. Wagstaff, Black Education in White Colleges.
San Francisco, Jossey-Bass Publishing Co., 1974, p. 130-31, 198.
[391] Thomas Sowell, Inside America Education, p. 132-33.
[392] Thomas Sowell, “Affirmative Action Reconsidered”. In: Education: Assumptions versus
History – Collected Papers. Stanford, Hoover Institution Press, 1986, p. 83, 85-87.
[393] Robert Klitgaard, Choosing Elites, p. 175.
[394] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, “Reflections on The Shape of the River”. UCLA
Law Review, vol. 46, n. 5, jun. 1999, p. 1.610n.
[395] Bob Zelnick, Backfire, p. 125. Ver também Lino A. Graglia, “Professor Loewy’s ‘Diversity’
Defense of Racial Preference: Defining Discrimination Away”. North Carolina Law Review, abr.
1999, p. 1.513-15.
[396] Robert Klitgaard, Choosing Elites, p. 162.
[397] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, “Reflection on The Shape of the River”. UCLA
Law Review, vol. 46, n. 5, jun. 1999, p. 1.586, 1.611-12.
[398] Isto pressupõe implicitamente que os negros são, ou deveriam ser, representados por médicos,
advogados, etc. de sua própria raça, quando não existe evidência alguma que os próprios negros
desejem limitar desta forma seu acesso aos profissionais.
[399] Jeff Jacoby, “How Affirmative Action Can Be Fatal”. San Francisco Chronicle, 20 ago. 1997,
p. A21. Ver também Ron Joseph v. Patrick Davis, Before the Medical Board of California,
Department of Consumer Affairs, State of California, Case n. 06-97-73596, OAH N. 1997050498, 17
jun. 1997.
[400] Julie Marquis, “Doctor Becomes Symbol of Affirmative Action Debate”. Los Angeles Times, 2
set. 1997, p. 1 ss.; Jeff Jacoby, “How Affirmative Action Can Be Fatal”. San Francisco Chronicle, 20
ago. 1997, p. A21.
[401] Julie Marquis, “Liposuction Doctor Has License Revoked”. Los Angeles Times, 26 ago. 1998,
p. A21.
[402] Thomas Sowell, Black Education: Myths and Tragedies. New York, David McKay, 1972, p.
92-94.
[403] Merill Sheils et al., “Minority Report Card”. Newsweek, 12 jul. 1976, p. 74.
[404] Lani Guinier, “College Should Take ‘Confirmative Action’ in Admissions”. The Chronicle of
Higher Education, 14 dez. 2001, p. B12.
[405] Ver, por exemplo, o elogio citado em Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, “Reflections
on the Shape of the River”. UCLA Law Review, vol. 46, n. 5, jun. 1999, p. 1.586, nota 12.
[406] Ibidem, p. 1.589.
[407] Ibidem, p. 1.594, 1.595.
[408] Ibidem, p. 1.603.
[409] William G. Bowen e Derek Bok, The Shape of the River.
[410] Ibidem, p. 61. Ver também p. 259.
[411] Ibidem, p. 21.
[412] Bob Zelnick, Backfire, p. 132.
[413] Robert Lerner e Althea K. Nagai, Racial Preferences in Colorado Higher Education, p. 6, 11.
[414] Robert Lerner e Althea K. Nagai, Racial Preferences in Medical Education: Racial and Ethnic
Preferences in Admissions at Five Public Medical Schools. Washington, Center for Equal
Opportunity, s./d., p. 12-35.
[415] Sally Satel, “Health and Medical Care”. In: Abigail Thernstrom e Stephan Thernstrom (orgs.),
Beyond the Color Line: New Perspectives on Race and Ethnicity in America. Stanford, Hoover
Institution Press, 2002, p. 143.
[416] William G. Bowen e Derek Bok, The Shape of the River, p. 259.
[417] John Perazzo, The Myths That Divide Us: How Lies Have Poisoned American Race Relations.
Briarcliff Manor, World Studies Books, 1998, p. 183-84.
[418] Alexander W. Astin, What Matters in College? Four Critical Years Revisited. San Francisco,
Jossey-Bass, Inc., 1993, p. 326.
[419] Tany Schevitz, “‘Little Fish in a Big Pond’”. San Francisco Chronicle, 6 maio 2001, p. A17.
[420] William G. Bowen e Derek Bok, The Shape of the River, p. 259.
[421] It’s Yale or jail. Outro jogo de palavras na língua inglesa. (N. T.)
[422] Ver exemplos em Thomas Sowell, Inside American Education, p. 106-08.
[423] Tamar Jacoby, “Color Blind”. New Republic, 29 mar. 1999, p. 25.
[424] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, “Reflections on the Shape of the River”. UCLA
Law Review, vol. 46, n. 5, jun. 1999, p. 1.619.
[425] Jonathan Peterson, “Clinton Calls for ‘National Effort’ to End Racism”. Los Angeles Times, 15
jun. 1997, p. 1A.
[426] Timm Herdt, “4.000 Rally to Protest Proposition 209”. Ventura County Star, 28 out. 1997, p.
A3.
[427] George F. Hill, “Jesse Jackson Has It Backward”. Washington Post, 7 set. 1997, p. C7.
[428] O sistema da California State University matricula aproximadamente o dobro dos estudantes
em seus 23 campi que o sistema da Universidade da Califórnia, em seus oito campi.
[429] Escritório do Presidente da UC, Serviços Acadêmicos dos Estudantes. OA&AS, REG004/006 e
Relatórios dos Campi, Aprofo23/flowfrc 9402. Ver também Peter Schmidt, “U. of California Ends
Affirmative Action”. The Chronicle of Higher Education, 25 maio 2001, p. A24; “Sweat, Not
Blood”. The Economist, 20 abr. 2002, p. 30.
[430] Disponível em: http://www.calstate.edu/AS/stat_reports/1996-1997/.
[431] Reporting Package for the Board of Regents, fev. 2001, on-line.
[432] The College Board, SAT Scores for Each Ethnic Group by Highest Level of Parental
Education, 1994. Princeton, p. 16.
[433] Ver James R. Flynn, Asian Americans: Achievement Beyond IQ. Hillsdale, NJ, Lawrence
Erlbaum Associates, 1991.
[434] Ver, para exemplos de tais escolas, Lance T. Izumi et al., They Have Overcome: High-Poverty,
High Performing Schools in California. San Francisco, Pacific Research Institute, 2002, p. 9; Samuel
Casey Carter, No Excuses: Lessons from 21 High-Performing, High-Poverty Schools. Washington,
The Heritage Foundation, 2000, p. 43-44; Thomas Sowell, “Patterns of Black Excellence”. The
Public Interest, primavera de 1976, p. 26-58.
[435] Para a comparação entre as escolas do Harlem e as do lado Leste menos desenvolvido de
Manhattan, ver os dados citados em Thomas Sowell, “Assumptions versus History in Ethnic
Education”. Education: Assumptions versus History, p. 41. Para a história das escolas secundárias de
negros de Washington que alcançaram notas mais altas nos testes padronizados que duas das três
escolas de brancos em 1899, ver Henry S. Robinson, “The M Street School”. Records of the
Columbia Historical Society of Washington, D.C., vol. LI, 1984, p. 122. A identidade das escolas
envolvidas é estabelecida em Report of the Board of Trustees of Public Schools of the District of
Columbia to the Commissioners of the District of Columbia: 1898-1899. Washington, Government
Printing Office, 1900, p. 7, 11.
[436] Ver, por exemplo, Jonathan D. Glater, “Law Firms Are Slow in Promoting Minority Lawyers to
Partner Role”. The New York Times, 7 ago. 2001, p. 1 ss.
[437] Judith Warner, “France Goes Nutty for Parity: Same Difference”. New Republic, 28 mar. 2001,
p. 16.
[438] Charles H. Kennedy, “Policies of Redistributional Preference in Pakistan”. Ethnic Preference
and Public Policy in Developing Countries. Organizado por Neil Nevitte e Charles H. Kennedy.
Boulder, Colorado, Lynner Rienner Publishers, Inc., 1986, p. 79.
[439] “A Sigh is Just a Sigh”. Editor & Publisher, 15 abr. 2002, p. 8.
[440] Charles H. Kennedy, “Policies of Redistributional Preference in Pakistan”, p. 81.
[441] Myron Weiner e Mary Fainsod Katzenstein, India’s Preferential Policies: Migrants, the Middle
Classes, and Ethnic Equality. Chicago, University of Chicago Press, 1981, p. 52.
[442] Edmund Terrence Gomez, Chinese Business in Malaysia: Accumulation, Ascendance,
Accommodation. Honolulu, University of Hawaii Press, 1999, p. 71.
[443] Robert Klitgaard, Elitism and Meritocracy in Developing Countries: Selection Policies for
Higher Education. Baltimore, Johns Hopkins University Press, 1986, p. 19, 77; The College Board,
SAT Scores for Each Ethnic Group by Highest Level of Parental Education, 1994. Princeton, p. 16.
[444] Robert Klitgaard, Elitism and Meritocracy in Developing Countries, p. 77, 118; Charles H.
Kennedy, “Policies of Redistributional Preference in Pakistan”. Neil Nevitte e Charles H. Kennedy
(orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 78; Robert Obserst, “Policies of
Ethnic Preference in Sri Lanka”, ibidem, p. 146.
[445] Otto Klineberg, Negro Intelligence and Selective Migration. Westport, Ct, Greenwood Press,
1974, p. 2.
[446] James R. Flynn, “IQ Gains Over Time: Toward Finding the Causes”. The Rising Curve; Long-
Time Gains in IQ and Related Measures. Washington, American Psychological Association, 1998, p.
25-66.
[447] Donald R. Snodgrass, Inequality and Economic Development in Malaysia. Kuala Lumpur,
Oxford University Press, 1980, p. 4.
[448] Amy L. Freedman, “The Effect of Government Policy and Institutions on Chinese Overseas
Acculturation: The Case of Malaysia”. Modern Asian Studies, vol. 35, n. 2, 2001, p. 416.
[449] Martin Woollacott, “Malaysia’s Elite Tips Scale Too Far in its Own Favor”. The Guardian, 2
mar. 1995, p. 22. (on-line)
[450] Sumit Ganguly, “Ethnic Policies and Political Quiescence in Malaysia and Singapore”. In:
Michael E. Brown e Sumit Ganguly (orgs.), Government Policies and Ethnic Relations in Asia and
the Pacific. Cambridge, Mass., MIT Press, 1997, p. 262.
[451] “As Economy Slows, ‘Subprime’ Lending Looks Even Riskier”. Wall Street Journal, 16 ago.
2001, p. A1.
[452] Compare Eric Woodrum et al., “Japanese American Behavior: Its Types, Determinants and
Consequences”. Social Forces, jun. 1980, p. 1.237-38, com Daniel O. Price, Changing
Characteristics of the Negro Population. Washington, D.C., Government Printing Office, 1969, p.
45.
[453] Herbert Barriner, Robert W. Gardner e Michael J. Levin, Asian and Pacific Islanders in the
United States. New York, Russell Sage Foundation, 1995, p. 235.
[454] Ver, por exemplo, Paulette Thomas, “Blacks Can Face a Host of Trying Conditions in Getting
Mortgages”. Wall Street Journal, 30 nov. 1992, p. A8.
[455] Rochelle Sharpe, “Losing Ground: In Latest Recession, Only Blacks Suffered Net Employment
Loss”. Wall Street Journal, 14 set. 1903, p. 14.
[456] John H. Bunzel, “Affirmative-Action Admission: How it ‘Works’ at U.C. Berkeley”. The
Public Interest, outono 1988, p. 122.
[457] National Center for Health Statistics, Health, United States, 1990. Hyattsville, Maryland, U.S.
Public Health Service, 1991, p. 41.
[458] Compare U.S. Bureau of Census, 1990 Census of Population, Asians and Pacific Islanders
(1990 CP-3-05), Tabela 5; U.S. Bureau of the Census, 1990 Census of Population, Social and
Economic Characteristics: United States (1990 CP-2-1), Tabela 6. Quanto ao ano 2000, mesmo a
categoria ampla dos “Insulares da Ásia e do Pacífico” tem rendas familiares médias cerca de um
quarto mais altas que a dos brancos. U.S. Bureau of the Census, Current Population Reports, Money
Income in the United States: 2000 (P60-213), p. 4. No entanto, nenhum desses dados confronta
diretamente a questão da discriminação de grupo, uma vez que são os indivíduos que são empregados
ou não empregados, promovidos ou não promovidos, despedidos ou não despedidos. Uma vez que as
famílias se diferenciam no tamanho de um grupo para outro, a média da renda familiar não
proporciona nem mesmo uma classificação relativa acurada dos grupos em renda pessoal ou em
renda per capita. Por exemplo, os hispânicos têm maior renda familiar do que os negros, porém
receita per capita inferior (ibidem, p. 2, 4), sinalizando que os lares hispânicos têm mais pessoas.
[459] Roger Sandall, The Culture Cult: Designer Tribalism and Other Essays. Boulder, Westview
Press, 2001, p. 128.
[460] Michael Ornstein, Ethno-Racial Inequality in the City of Toronto: An Analysis of the 1996
Census. Toronto, Escritório do Administrador da Cidade, 2002, p. 97.
[461] Ibidem, p. 88-90.
[462] Ibidem, p. ii.
[463] Tomoko Makabe, “The Theory of the Split Labor Market: A Comparison of the Japanese
Experiment in Brazil and Canada”. Social Forces, mar. 1981, p. 807.
[464] Michael Ornstein, Ethno-Racial Inequality in the City of Toronto, p. 5.
[465] Ibidem, p. 92-93.
[466] Ver, por exemplo, Marc Galanter, Competing Equalities: Law and the Backward Classes in
India. Berkeley, University of California Press, 1984, p. xiv; Kunlke Amuwo et al., Federalism and
Political Restructuring in Nigeria. Ibadan, Nigéria, Spectrum Books, 1999, p. 108-09, 115, 124;
Governo da Malásia, The Sixth Malaysia Plan 1991-1995. Kuala Lumpur, National Printing
Department of Malaysia, 1991, p. 3; Seventh Malaysia Plan 1996-2000. Kuala Lumpur, Economic
Planning Unit, 1996, p. 69.
[467] G. Y H. Peiris, “Poverty, Development and Inter-Group Conflict in South Asia: Covariance and
Casual Connections”. Ethnic Studies Report, Sri Lanka, vol. XVIII, n. 1, jan. 2000, p. 24.
[468] Charles H. Kennedy, “Policies of Redistributional Preference in Pakistan”. In: Neil Nevitte e
Charles H. Kennedy (orgs.), Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 87.
[469] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 562.
[470] Ibidem, p. 367.
[471] Roger Silverman, “Devils and Enemies”. Far Eastern Economic Review, 7 jul. 1994, p. 13.
[472] Stephan Thernstrom e Abigail Thernstrom, “Reflections on the Shape of the River”. UCLA
Law Review, vol. 46, n. 5, jun. 1999, p. 1.622. Ver também Terry Eastland, Ending Affirmative
Action: The Case for Colorblind Justice. New York, Basic Books, 1996, p. 87.
[473] Ver, por exemplo, Eastland, Thomas Sowell, Inside American Education: The Decline, the
Deception, the Dogmas. New York, The Free Press, 1993, p. 132-33.
[474] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 367.
[475] David McLoughlin, “Lessons We Could All Learn”. The Dominion, Wellington, New Zeland,
22 nov. 2000, p. 13.
[476] Dados do Conselho de Administração da Faculdade.
[477] Ver, por exemplo, John Ogbu, Black American Students in an Affluent Suburb: A Study of
Academic Disengagement. Mahwah, NJ, Lawrence Erlbaum Associates, 2003; John McWorther,
Losing the Race: Self-Sabotage in Black America. New York, The Free Press, 2001.
[478] Como um estudo acadêmico observou: “Uma vez que as varnas são categorias taxinômicas, e
não grupos funcionais, tentativas para enumerar seus membros são inúteis”. Marc Galanter,
Competing Equalities, p. 11n.
[479] Thomas Sowell, “Three Black Histories”. Thomas Sowell (org.), Essays and Data on American
Ethnic Group. Washington, The Urban Institute, 1978, p. 7-64.
[480] Robert Klitgaard, Elitism and Meritocracy in Developing Countries, p. 102, 104.
[481] David Karen, “Who Gets into Harvard? Selection and Exclusion at an Elite College”. Harvard
University, 1985, p. 139, 158a. (Tese de doutorado em Sociologia)
[482] Marc Galanter, Competing Equalities, p. 448.
[483] Ibidem, p. 447.
[484] Keith Windschuttle, “The Fabrication of Aboriginal History”. The New Criterion, vol. 20, n. 1,
set. 2001, p. 41-49.
[485] Ver, por exemplo, “A Hard Lesson in Diversity: Chinese Americans Fight Lowell’s Admissions
Policy”. San Francisco Chronicle, 19 jun. 1905, p. A1 ss.
[486] Carl Brigham, A Study of American Intelligence. Princeton, Princeton University Press, 1923,
p. 190.
[487] Ver, por exemplo, Suma Chitnis, “Positive Discrimination in India with Reference to
Education”. In: Robert B. Goldmann e A Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to
Statehood: Managing Ethnic Conflict in Five African and Asian States. London, Frances Pinter,
1984, p. 36; Nancy Lubin, Labour and Nationalism in Soviet Central Asia: An Uneasy Compromise.
Princeton, Princeton University Press, 1984, p. 120-21; Mohamed Suffian bin Hashim, “Problems
and Issues of Higher Education Development in Malaysia”. In: Yip Yat Hoong (org.), Development
of Higher Education in Southeast Asia: Problems and Issues. Cingapura, Regional Institute of Higher
Education and Development, 1973, p. 70-71; Chandra Richard de Silva, “Sinhala-Tamil Relations
and Education in Sri Lanka: The University Admissions Issue – The First Phase, 1971-7”. In: Robert
B. Goldmann e A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 125-46; Sammy
Smooha e Yochanan Peres, “The Dynamics of Ethnic Equality: The Case of Israel”. In: Ernest
Krausz (org.), Studies of Israeli Society. New Brunswick, Transaction Books, 1980, p. 173; Thomas
Sowell, “Ethnicity in a Changing America”. Daedalus, inverno 1978, p. 231-32; Thomas Sowell, The
Economics and Politics of Race, p. 139-40.
[488] Tai Yoke Lin, “Inter-Ethnic Restructuring in Malaysia, 1970-1980”. In: Robert B. Goldmann e
A. Jeyaratnam Wilson (orgs.), From Independence to Statehood, p. 57. Ver também Gordon P.
Means, “Ethnic Preference Policies in Malaysia”. In: Neil Nevitte e Charles H. Kennedy (orgs.),
Ethnic Preference and Public Policy in Developing States, p. 114.
[489] Kanya Adam, “The Politics of Redress: South African Style Affirmative Action”. Journal of
African Studies, vol. 35, n. 2, 1997, p. 232.
Verso Universo em Drummond
Merquior, José Guilherme
9788580332612
328 páginas