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Introdução
2. Objetivos Gerais
Analisar os caminhos escolhidos pela China para chegar ao ápice de sua fluência na Eurásia e
no mundo.
3. Objetivos Específicos
4. Justificativa
A decisão por esse tema para o trabalho se deve pela a crescente influência política internaci-
onal que a República Popular Chinesa tem ganho. Fruto de uma economia que cresce com
números de quase dois dígitos anualmente, a China demonstra ter planos para utilizar dos re-
cursos econômicos que adquiriram para expandir sua influência externa.
O projeto da Nova Rota da Seda aparenta ser a materialização desse objetivo.
5. Referencial Teórico
5.1-O projeto de Reforma e Abertura
Mais de um autor concorda que o projeto foi diferente de uma abertura neoliberal, e que esse
mesmo projeto foi bem sucedido em desenvolver a economia chinesa. Vemos aqui breves ex-
plicações do mesmo,
O rápido desenvolvimento chinês, a partir do fim da década de 1970, coincide com o período co-
nhecido como “Reforma e Abertura”, após a morte de Mao Zedong, líder do Partido Comunista
Chinês até 1976. Após um período de transição liderado por Hua Guofeng (1976-1981), assume o
poder uma outra geração de dirigentes, liderada por Deng Xiaoping. A partir de 1978, a implanta-
ção de reformas econômicas, primeiramente propostas por Zhou Enlai e seguidas por Deng, tinha
como objetivo elevar o Produto Interno Bruto (PIB) chinês, de modo a projetar o país como uma
grande potência econômica em uma perspectiva de longa duração. De tal modo, os grandes obje-
tivos de modernização da China consistiam em, com base no PIB de 1980, duplicá-lo em 1990 e
quadruplicá-lo em 2000, assim como a modernização em curso do país (PIRES; MATTOS, 2016,
p. 76).
Como dito por Pires, os objetivos principais dos novos dirigentes eram de alavancar o PIB e
assim alcançar um patamar de potência econômica.
Em termos mais gerais, a desregulamentação e a privatização foram bem mais seletivas e avan-
çaram em ritmo bem mais lento do que nos países que seguiram a receita neoliberal. Na verdade,
a principal reforma não foi a privatização, mas a exposição das empresas estatais à concorrência
de umas com as outras, com as grandes empresas estrangeiras e, acima de tudo, com uma cesta
de empresas privadas, semiprivadas e comunitárias recém-criadas. [...] o papel do governo chinês
na promoção do desenvolvimento não diminuiu. Ao contrário, o governo investiu quantias enormes
no desenvolvimento de novos setores, na criação de novas Zonas de Processamento para Expor-
tação (ZPEs), na expansão e na modernização da educação superior e em grandes projetos de
infraestrutura, num nível sem precedentes em nenhum país de renda per capita comparável. (AR-
RIGHI, op. cit., p. 362).
Explicado por Arrighi, o projeto de Reforma e Abertura não foi uma política de simples privati-
zação e abertura comercial, foi um projeto calculado e estruturado pelo governo chinês.
“O processo de Reforma e Abertura encaixa-se bem nas definições geopolíticas, pois por meio
de determinadas características, percebe-se que seu intuito não foi apenas econômico, mas
estratégico.” (SILVA, 2008, p. 76).
Silva decorre na linha de raciocínio de que a Reforma e Abertura vai além de um desenvolvi-
mento econômico e social na China, mas que alcançando os objetivos definidos a décadas
atrás, a China ganha relevância e influência no cenário mundial.
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