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2023
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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA
PUBLICAÇÃO (CIP)
Marcelino, Fernando
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SUMÁRIO
4. REFERÊNCIAS p. 40
5. SOBRE O AUTOR p. 45
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1. PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO POR MEIO DOS PLANOS
QUINQUENAIS NA CHINA
A China formula seu primeiro Plano Quinquenal em 1953. Para apoiar uma
estratégia que priorizava o desenvolvimento da indústria pesada, o Plano Quinquenal
tinha a função principal de alocar recursos e atribuir projetos industriais, sendo criado
para planejar e acelerar o desenvolvimento econômico. A China então recebe da União
Soviética e dos países europeus de democracia popular diversos equipamentos e
experiência técnica, da sua experiência de organização do trabalho e da produção em
grandes empresas socialistas. No decurso dos anos do primeiro plano quinquenal de
desenvolvimento da economia nacional (1953-1957), foi ampliada a base siderúrgica no
Nordeste, iniciada a construção de duas novas bases siderúrgicas na Mongólia Interior e
na China central, construção de uma série de novas e a ampliação de velhas estações
elétricas, minas de carvão, campos petrolíferos, empresas de metalurgia não ferrosa,
extração de metais não ferrosos, indústria química e indústria de materiais de
construção, bem como de uma série de fábricas de construção de máquinas e empresas
de indústria leve. No decurso do plano quinquenal, foram postas em construção mais de
10.000 instalações industriais, incluindo 312 empresas de metalurgia ferrosa, 599
estações elétricas, 600 minas de carvão, 22 empresas da indústria de petróleo e 637 da
indústria química, 1921 empresas de construção de máquinas e de elaboração de metais,
613 empresas têxteis e outras. Entre as empresas em construção, figuravam 921 grandes
instalações industriais, 227 a mais do que fora traçado pelo plano. Os ritmos anuais
médios de crescimento da produção indústria representaram 19,2% ao invés de 14,7%,
como se previa no plano. Ao término de 1957, haviam sido entregues a exploração,
integral ou parcialmente, 537 grandes instalações industriais. Nos anos do primeiro
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plano quinquenal, construíam-se na China, com a colaboração da União Soviética, 166
grandes empresas, das quais, ao término de 1957, 68 entravam integral ou parcialmente
em ação. Durante o primeiro plano quinquenal foram produzidas 16,6 milhões de
toneladas de aço, ao passo que, durante 49 anos (1900/1949), a produção de aço não
totalizou mais do que 7,6 milhões de toneladas. A produção industrial global, em 1957,
tinha aumentado em 141% com relação a 1952 e superava em 21% o nível prefixado
pelo primeiro plano quinquenal. No espaço de quatro anos, entre a segunda metade de
1952 e o final de 1956, a China completa a transformação para uma economia
planificada pelo Estado e estabelece um sistema econômico nacional baseado na
propriedade pública. Em 1956, 96% de todos os agricultores de todo o país aderiram a
cooperativas (incluindo equipas de ajuda mútua, cooperativas elementares e
cooperativas avançadas), mais de 90% dos artesãos aderiram a cooperativas e a
transição das empresas para a propriedade pública foi realizada através de parcerias
público-privadas.
A fim de criar uma sólida base para a industrialização socialista do país, foi
traçado no segundo plano quinquenal (1958-1962) continuar a construção de empresas
metalúrgicas, assegurar o rápido desenvolvimento da construção de máquinas, acelerar
o desenvolvimento das indústrias de energia elétrica, de carvão e de materiais de
construção, bem como adiantar a construção das indústrias petrolífera, química e de
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rádio, que são as menos desenvolvidas. Porém, as disputas com a URSS acabaram por
levar os chineses a colocar em prática uma nova política de desenvolvimento econômico
e social, que foi oficialmente chamada de o Grande Salto para Frente, iniciada em 1958.
Foi imputado como tarefa mais importante prosseguir a construção industrial com base
na indústria pesada, avançar a reconstrução técnica da economia nacional, criar uma
sólida base para a industrialização socialista do país. Por um lado, o rápido crescimento
da indústria (aço) e da agricultura (grãos), por outro lado, a realização do comunismo o
mais rápido possível. O Grande Salto tinha como premissa a mobilização de todos os
recursos humanos da China, enfatizar a "iniciativa subjetiva" do povo, em particular da
massa camponesa, que constituía cerca de 80% da população, a fim de acelerar o
desenvolvimento econômico e a igualdade entre todos num curto período de tempo. O
núcleo do projeto desenvolvimentista era a auto-suficiência e a auto-sobrevivência, ou
seja, cada vilarejo deveria produzir os alimentos e os bens necessários. Nas áreas rurais,
o movimento das comunas populares foi realizado em todo o país. No final de 1958, um
total de 740.000 cooperativas agrícolas em todo o país foram transformadas em 26.000
comunas populares através de reorganização e combinação, e as famílias de agricultores
integradas em comunas populares representavam 99% de todas as famílias de
agricultores na China. No nível administrativo, os governos municipais foram
removidos e a "integração da administração governamental com a gestão comunal" foi
posta em prática.
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Grande Marcha”, e insistia na avaliação crítica de Mao. A corrente liderada por Deng
impôs a rejeição da linha política da manutenção do maoísmo, na famosa 3ª Sessão
Plenária, em dezembro de 1978, e, em abril de 1979, classificou como grande fracasso o
plano econômico recém-adotado de Hua Guofeng. Apontaram os resultados de déficit
orçamentário, déficit comercial, inflação etc. Decidiu-se por uma nova política para
“reajustar, reformar, corrigir e melhorar” a economia. Wing contrasta a tentativa de
política econômica de Hua (WING, 1999, p. 28-9), cujo conteúdo era caracterizado por
massiva e acelerada industrialização, isolamento comercial e planificação estatal, com
as propostas de Deng, que se baseavam em incentivos materiais, busca de eficiência
econômica e desenvolvimento com destaque ao comércio exterior.
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reformas com o objetivo de fortalecer o mecanismo do mercado, sempre com o
pressuposto que a propriedade pública deve permanecer dominante. E o motor deste
processo foram as empresas estatais consideradas de segurança nacional (indústrias
estratégicas ou chaves), como energia, defesa, telecomunicações, máquinas e
equipamentos, automotiva, tecnologias da informação, siderurgia, química, construção
naval e aviação, pesquisa e desenvolvimento. Elas começaram a implantar uma
autonomia para negociar no mercado, para que viessem a se transformar em grandes
conglomerados, que pudessem liderar o processo de modernização no país.
O que é socialismo e o que é marxismo? Não éramos muito claros sobre isso no
passado. O marxismo atribui extrema importância ao desenvolvimento das forças
produtivas. Dissemos que o socialismo é o primeiro estágio do comunismo e que no
estágio avançado será aplicado o princípio de cada um de acordo com sua
capacidade e de cada um de acordo com suas necessidades. Isso exige forças
produtivas altamente desenvolvidas e uma abundância avassaladora de riqueza
material. Portanto, a tarefa fundamental da etapa socialista é desenvolver as forças
produtivas. A superioridade do sistema socialista é demonstrada, em última análise,
pelo desenvolvimento mais rápido e maior dessas forças do que sob o sistema
capitalista. À medida que se desenvolvem, a vida material e cultural das pessoas
melhorará constantemente. Uma das nossas deficiências após a fundação da
República Popular é que não prestamos atenção suficiente ao desenvolvimento das
forças produtivas. Socialismo significa eliminar a pobreza. Pauperismo não é
socialismo, muito menos comunismo.
O mundo atual está aberto. Uma razão importante para o atraso da China após a
revolução industrial nos países ocidentais foi sua política de portas fechadas. Depois
da fundação da República Popular fomos bloqueados por outros, então o país ficou
praticamente fechado, o que nos criou dificuldades. A experiência dos últimos trinta
anos demonstrou que uma política de portas fechadas atrapalharia a construção e
inibiria o desenvolvimento. Partindo das realidades na China, devemos antes de
mais nada resolver o problema do campo. Oitenta por cento da população vive em
áreas rurais, e a estabilidade da China depende da estabilidade dessas áreas. Por
mais bem-sucedido que seja nosso trabalho nas cidades, isso não significará muito
sem uma base estável no campo. Assim, começamos por dinamizar a economia e por
aí adotar uma política aberta, de modo a colocar em ação a iniciativa de 80 por
cento da população. Adotamos essa política no final de 1978 e, depois de alguns
anos, ela produziu os resultados desejados.
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dezenas e centenas de bilhões de dólares em fundos estrangeiros sem ser abalada. O
investimento estrangeiro servirá, sem dúvida, como um importante complemento na
construção do socialismo em nosso país. E do jeito que as coisas estão agora, esse
suplemento é indispensável. Naturalmente, alguns problemas surgirão na esteira do
investimento estrangeiro. Mas seu impacto negativo será muito menos significativo
do que o uso positivo que podemos fazer dele para acelerar nosso
desenvolvimento. Pode acarretar um pequeno risco, mas não muito.
Bem, esses são nossos planos. Devemos acumular novas experiências e tentar novas
soluções à medida que surgem novos problemas. Em geral, acreditamos que o caminho
que escolhemos, que chamamos de construção do socialismo com características
chinesas, é o certo. Há cinco anos e meio percorremos esse caminho e alcançamos
resultados satisfatórios; de fato, o ritmo de desenvolvimento até agora excedeu nossas
projeções. Se continuarmos assim, poderemos atingir a meta de quadruplicar o PIB da
China até o final do século. E assim posso dizer aos nossos amigos que estamos ainda
mais confiantes agora.
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O oitavo plano (1991-1995) priorizou a reestruturação industrial e promoção do
desenvolvimento baseado em tecnologia, educação e comércio exterior. Em 1992,
ocorre uma mudança ideológica decisiva quando o partido abraça definitivamente as
opiniões do líder sênior Deng Xiaoping e apelou ao estabelecimento de uma economia
de mercado socialista. As diferenças de pontos de vista começaram a influenciar
diretamente a direção e a substância das políticas, resultando em mudanças periódicas
na ênfase das políticas. O Comité Central do Partido Comunista da China decide
estabelecer uma economia de mercado socialista, e os elementos de planejamento
originais foram gradualmente substituídos, com o governo central a deixar de dar
instruções diretas aos governos e empresas locais. O partido resumiu a experiência dos
15 anos anteriores e adota o mecanismo de mercado como apenas um instrumento de
desenvolvimento econômico e não uma característica definidora de um sistema social
e o caráter socialista da economia é preservado pela propriedade predominante do setor
público (incluindo o Estado e os coletivos) sobre os meios de
produção. Consequentemente, os elaboradores de planos recorreram ao planejamento
baseado no mercado, integrando as principais tendências de desenvolvimento dos
mercados internos e externos em planos de médio e longo prazo para fornecer
orientação macro para a transformação estrutural econômica. O foco do Plano
Quinquenal para este período mudou gradualmente para a direção, tarefas, políticas e
disposições principais para a reforma e abertura para o desenvolvimento econômico e
social nacional.
O nono plano quinquenal (1996-2000) inclui o estabelecimento preliminar de
uma economia socialista de mercado e a melhoria da estrutura industrial. Coloca a
agricultura no centro das atenções. Em linha com o crescimento populacional e o
aumento da prosperidade, o plano estabelece uma meta de produção de 500 milhões de
toneladas de cereais para 2000. O plano enfatiza a necessidade de melhorar os
rendimentos, expandir a utilização de terras subdesenvolvidas, recuperar terras em
pousio e introduzir novas tecnologias. Na prossecução de objetivos políticos, o Banco
Popular da China anunciou em 1995 que a agricultura, juntamente com grandes projetos
de infra-estruturas, será uma prioridade de empréstimo para os bancos estatais. O plano
propõe também a renovação dos sistemas de crédito cooperativo e a introdução de
novas companhias de seguros agrícolas. Destaque também para a previsão de uma série
de meios fiscais para encorajar o investimento no interior, uma maior transferência de
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recursos do leste para o interior e uma mudança gradual das indústrias de mão-de-obra
intensiva das regiões costeiras para o interior.
O décimo plano (2001-2005) teve como objetivo construir um sistema de
previdência social relativamente completo e fazer progressos significativos no
estabelecimento de um sistema empresarial moderno em empresas estatais. Foi a época
em que a China articulou pela primeira vez planos para desenvolver uma indústria de
energias renováveis. No início deste período de cinco anos, a China não tinha
praticamente nenhuma indústria solar e eólica doméstica e a própria indústria global era
minúscula. Num documento denominado Décimo Plano Quinquenal para o
Desenvolvimento da Indústria de Energias Novas e Renováveis, se apresenta uma visão
para industrializar as indústrias de energias renováveis. construindo na China economias
de escala. Parques eólicos estão planejados para as províncias de Xinjiang, Mongólia
Interior, Hebei, Jilin, Liaoning, Hubei e Guangdong, com uma capacidade combinada
de 500 MW.
O 11º plano quinquenal (2006-2010) propôs otimizar e atualizar a estrutura
industrial e melhorar a utilização de recursos. Este plano prevê a duplicação do PIB do
país até o ano 2010 (em relação a 2000) e a obtenção de uma média taxa de crescimento
anual de 7,0%. Desde o início da década de 1980, o governo chinês vem elaborando
programas nacionais de ciência e tecnologia (C&T) que tem sido executados ao longo
de sucessivos planos qüinqüenais. As áreas prioritárias, objetivos e metas desses
programas foram sendo revistos e reorientados às diretrizes e aos objetivos estratégicos
do plano em vigor. Chama atenção o fato destes programas serem muitas vezes
implementados ao longo de dois, três ou quatro planos qüinqüenais. Apesar da
importância dos programas iniciados ainda nos anos oitenta, os fatos mais marcantes da
nova estratégia chinesa vieram com o 11º Plano Qüinqüenal (2006-2010), quando a
China mudou o foco de sua estratégia de crescimento, priorizando atividades orientadas
à inovação tecnológica no lugar da indústria e agricultura tradicionais. O Programa
Nacional de Médio e Longo Prazo para Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia
(MLP) de 2006, cujo horizonte vai até o ano de 2020, é o grande instrumento desta
mudança, com ênfase na inovação nativa, no salto tecnológico em áreas prioritárias e já
com ambição de alcançar um protagonismo global.
O 12º (2011-2015) teve como objetivo aumentar as contribuições em educação,
ciência e tecnologia e estabelecer metas para a proteção ambiental. A partir de 2010, a
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China passou a liderar o mercado mundial em alguns segmentos da indústria, como
máquinas e equipamentos elétricos e na química, e se posicionou como um dos
principais produtores em quase todos os demais segmentos industriais. O desempenho
da China não se restringiu apenas aos setores de média ou baixa intensidade
tecnológica. Ao contrário, progressivamente a China ampliou sua fatia dos chamados
bens de alta intensidade tecnológica (informática, equipamento de telecomunicações,
instrumentos médicos e ótica, aeronáutica e a indústria farmacêutica). O 12.º Plano
Quinquenal objetiva reestruturar a economia chinesa, incentivando o consumo interno,
desenvolvendo o setor dos serviços, mudando para a indústria transformadora de maior
valor agregado. Três aspectos principais da política industrial do 12º Plano Quinquenal
são (1) o foco no desenvolvimento científico, (2) o apoio governamental a sete
indústrias emergentes estratégicas e (3) a construção de infra-estruturas de transporte e
energia. O 12.º Plano Quinquenal designa sete indústrias emergentes estratégicas (SEI)
como motores do futuro desenvolvimento econômico da China, desde a produção de
baixo custo até às indústrias de maior valor e para a criação de crescimento
sustentável. Estas indústrias incluem tecnologia de energia limpa; tecnologia da
informação (TI) de próxima geração; biotecnologia; fabricação de equipamentos de alta
qualidade; energia alternativa; novos materiais; e veículos de energia limpa. Quatro
destas indústrias (biotecnologia, fabrico de equipamentos de alta qualidade, novos
materiais e TI da próxima geração) foram previamente identificadas como indústrias-
alvo no 11.º Plano Quinquenal.
O 13º plano (2016-2020) apresentou o uso da inovação para impulsionar o
desenvolvimento. A China já se convertera no principal exportador de produtos
manufaturados e o segundo fabricante de bens de alta tecnologia do mundo. Sua meta é
deixar de ser uma plataforma de exportação de grandes empresas multinacionais
estrangeiras e, também das empresas nacionais, para dar um salto qualitativo passando
da imitação para a inovação, buscando a liderança mundial apoiada na inovação. No
período do 13º Plano Quinquenal, o avanço do novo tipo de urbanização com
características chinesas avança, criando uma procura incomensurável de investimento e
consumo. Em 2015, a taxa de urbanização da China atingiu 56,1%, mas a população
com residência urbana registada representava apenas menos de 40%. Existe uma grande
lacuna entre a China e os países desenvolvidos ou mesmo alguns países em
desenvolvimento na extensão e qualidade da urbanização. Portanto, o governo chinês
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atribui grande importância a isto, e o 13º Plano Quinquenal propõe aumentar os dois
números para 60% e 45%, respectivamente, até 2020. Para atingir esta meta, haverá
mais 55 milhões de residentes urbanos e cerca de 70 milhões de pessoas com residência
urbana registada nos próximos cinco anos, o que sem dúvida trará uma enorme procura
de investimento e consumo.
Amplamente delineado no final de outubro de 2020, o 14º Plano Quinquenal
(2021-2025) visa que a China se torne uma economia "moderadamente desenvolvida"
até 2035, com um PIB per capita de cerca de 30.000 dólares, quase três vezes o nível de
2020. Antecipa que o crescimento futuro se baseará em grande parte no consumo
interno de bens e serviços e visa reduzir as disparidades entre os padrões de vida
urbanos e rurais. O 14º Plano Quinquenal é o primeiro Plano que se baseia no objetivo
do primeiro centenário, a erradicação da pobreza rural absoluta. Sendo realizado, o
segundo objetivo centenário é “construir um país socialista moderno que seja próspero,
forte, democrático, culturalmente avançado e harmonioso” até 2049, através de “realizar
basicamente modernização socialista” até 2035. As metas de crescimento econômico do
país estão atreladas aos seguintes objetivos de longo prazo: até 2035, tornar-se uma
economia de alta renda e até 2050, transformar-se em uma economia avançada.
Destaca-se um “novo conceito de desenvolvimento” que combina “economias
sustentáveis e saudáveis desenvolvimento” com “melhorias óbvias na qualidade e
eficiência”. O objetivo é “alcançar maior qualidade, mais eficiência, mais justiça e mais
desenvolvimento sustentável e mais seguro”. O 14º Plano Quinquenal apresenta metas e
propostas de aprofundar as transformações no modelo de desenvolvimento, inserindo-o
em bases mais equilibradas e com uma ênfase reservada à qualidade do crescimento,
sendo a auto-suficiência em ciência e tecnologia um componente-chave. A área de
semicondutores é citada como estratégica para o alcance de posição segura e
privilegiada nos segmentos de inteligência artificial, comunicação 5G e
supercomputação – inclusive computação quântica. É importante ressaltar que o Plano
inclui diretrizes detalhadas para o desenvolvimento da ciência e tecnologia (C&T). Em
particular, designou claramente as áreas de investigação focadas e os objetivos para a
reforma do sistema nas instituições de investigação chinesas e indústrias relacionadas.
Os principais projetos de C&T são nas áreas fronteiriças da inteligência artificial,
informação quântica, circuitos integrados, saúde pública, ciências do cérebro,
biotecnologia de reprodução, investigação em terras raras e águas profundas e
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tecnologia espacial. Em linha com as áreas focadas, serão criados novos laboratórios
nacionais e os laboratórios-chave estatais existentes serão reorganizados. Grande parte
dos esforços apoiará o desenvolvimento das regiões de Pequim, Xangai e Guangdong-
Hong Kong-Macau nos três principais centros internacionais da China para a inovação
em C&T. Pela abordagem das cadeias globais de valor, o novo modelo envolveria a
internalização de etapas ou elos considerados sob diversos aspectos relevantes para a
economia, como por exemplo, elos estratégicos em termos de conhecimento e inovação,
ou em termos de agregação de valor e de geração de emprego e renda, da otimização do
uso de materiais e energia ou ainda em termos de sua maior ou menor capacidade para
dominar e orientar as cadeias produtivas nas quais estão inseridos.
Um breve balanço
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sobre o território. Foram incentivados projetos financiados pelos bancos estatais,
diversificando a produção industrial e cadeia de serviços, suprindo necessidades sociais
crescentes.
Durante todo o processo de reformas, de 1978 até nossos dias, a China manteve
a característica leninista-stalinista em torno da natureza sistemática e continuada do
planejamento chinês e a capacidade de fazer políticas efetivas de seu Estado nacional. A
sistemática chinesa de formulação e implementação de planos qüinqüenais confere ao
seu planejamento, quer em termos gerais ou setoriais, grande eficácia. Em primeiro
lugar, porque a cultura de planejamento de longo prazo já está estabelecida e é uma
rotina para todos os órgãos de governo. Em segundo lugar, porque há continuidade nas
ações e os novos planos dão sequência aos anteriores, sem as rupturas que comumente
ocorrem na democracia liberal. Em terceiro lugar, porque a implementação dos
programas é favorecida pelo grau de comando e controle que o Estado chinês possui
sobre muitos dos atores envolvidos, que em grande parte depende diretamente do
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governo (empresas estatais, institutos federais de pesquisa, etc.) ou estão sujeitos a
regras bem rígidas.
Elias Jabbour entende que umas principais características da China como uma
nova formação econômico-social é a imensa capacidade de coordenação do Estado para
colocar suas dezenas de conglomerados e sistema financeiro a executar imensas obras
de infraestruturas, podendo ser caracterizada pela coexistência em uma mesma
formação econômico-social de modos de produção distintos. Assim novas e superiores
formas de planificação sendo gestadas e executadas em larga escala na China:
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Existe uma progressão lógica do modo de desenvolvimento econômico a partir
do 1º e 2º Plano Quinquenal, que se concentrou apenas no desenvolvimento de
indústria, ao 5º Plano Quinquenal, que melhorou a relação desproporcional entre
acumulação e consumo na economia nacional, até o 8º Quinquenal Plano, que propunha
uma mudança fundamental no modo de crescimento econômico, depois para o 13º
Plano Quinquenal, que propunha um ambiente verde em torno do desenvolvimento com
harmonia entre o ser humano e a natureza. Do desenvolvimento de uma economia
planejada nos primeiros cinco planos a uma economia de mercado planejada no 7º
Plano Quinquenal, e depois para o fundamental papel da economia de mercado no 9º
Plano Quinquenal, uma mudança para o papel decisivo do mercado no 12º Plano
Quinquenal, se reflete a progressão lógica da evolução do sistema econômico. Do 3º
Plano Quinquenal para focar na construção da civilização material no 6º Plano
Quinquenal e, em seguida, no fortalecimento da construção da civilização espiritual no
8º Plano Quinquenal, se reflete a natureza progressivamente lógica do nível de
exigência humana.
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O processo pelo qual a China constrói o socialismo sob a liderança do Partido
Comunista pode ser dividido em duas fases históricas - uma que antecedeu o
lançamento da reforma e sua abertura em 1978 e outra que se seguiu a esse evento. As
duas fases - ao mesmo tempo relacionadas e distintas uma da outra - são ambas
explorações pragmáticas na construção do socialismo conduzidas pelo povo sob a
liderança do Partido. Embora as duas fases históricas sejam muito diferentes em seus
pensamentos orientadores, princípios, políticas e trabalho prático, elas não estão de
forma alguma separadas ou opostas uma à outra. Não se deve negar a fase de pré-
reforma e abertura em comparação com a fase de pós-reforma e abertura, nem o
contrário.
Mesmo os observadores mais exigentes têm que admitir que sob a liderança do
Partido Comunista da China, a força nacional abrangente da China tem sido
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continuamente aprimorada, os padrões de vida das pessoas têm melhorado
continuamente e a harmonia e estabilidade sociais foram alcançadas enquanto se
continua a promover grandes reformas. A garantia da estabilidade política – principal
mantra de Deng – é o sustentáculo de um projeto de longo prazo. No início da reforma e
da abertura, Deng Xiaoping disse uma vez: "Nosso sistema será aperfeiçoado dia a dia.
Ele vai absorver os fatores progressivos que podemos absorver de todos os países do
mundo e se tornar o melhor sistema do mundo". Para o horror dos liberais, o Partido
Comunista da China pratica o centralismo democrático, tem um sistema organizacional
e disciplina rígidos, cobrindo todos os departamentos e campos e alcançando o nível de
base. Ao contrário dos partidos ocidentais que são relativamente frouxos, sem base de
mobilização popular real, o Partido Comunista da China é capaz de unificar
pensamentos e ações, tem forte coesão, alta eficiência e execução e pode responder
efetivamente aos principais desafios nacionais. A China costuma ser alvo de críticas por
concentrar o poder no Partido Comunista. Entretanto, as vantagens de tal sistema
político são evidentes. O país com sistema único fortalece o comando e as funções de
controle do executivo. Assim, é possível coordenar ações externas, províncias, setores
industriais, empresas, etc, atingindo um grau de coordenação estatal completamente
impossível em qualquer país ocidental.
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2. PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO NA CHINA
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indústria desestabilizou as cadeias produtivas do país, criando escassez de recursos.
Com o fracasso do Grande Salto Adiante, a prioridade passou ser a promoção de
indústrias leves, reduzindo o número de trabalhadores das empresas estatais e o
tamanho da população urbana por meio do sistema de registro Hukou. Como resultado,
o processo de urbanização foi interrompido. Naughton destaca que no período havia
receio de uma invasão tanto da União Soviética, quanto dos Estados Unidos, e grandes
indústrias foram instaladas em pequenas e médias cidades de forma espalhada para que
as mesmas não fossem rapidamente apropriadas em caso de conflito, enfraquecendo
assim o processo de urbanização (NAUGHTON, 2007). No final de 1965, a população
urbana foi reduzida em 14% e o número de cidades foi para 169, 7 a menos que em
1957. Em 1966, o governo central lança a Revolução Cultural. Milhares de lideranças
políticas, professores e estudantes são transferidos das cidades para o campo, levando a
um movimento de anti-urbanização. Em 1976, a urbanização era de 18% da população,
o mesmo que em 1965 (QIU, 2022).
Durante o período maoísta, toda a produção agrícola era adquirida pelo governo
a preços baixos, não existindo a possibilidade da venda dos excedentes. Em 1978, o
governo passou a estipular metas de produção que seriam adquiridos a preços fixados.
Todo excedente produtivo permaneceria com a comuna que poderia comercializá-lo a
preços de mercado. Dessa maneira, o setor agrícola foi estimulado a aumentar sua
produtividade. O conjunto de produção agrícola da China apresentou grande
crescimento e a pressão pela produção de alimentos foi reduzida fazendo com que
grande número de trabalhadores rurais pudesse ingressar em indústrias não agrícolas.
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investimentos à associação com empresas chinesas, a transferência de novas e altas
tecnologias e a participação no comércio internacional (MARCELINO, 2023).
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Nesse contexto, o governo central descentralizou os poderes e responsabilidades
sobre investimento e sobre o desenvolvimento econômico, favorecendo os governos
provinciais e municipais. Apesar do sistema centralizado de governo para uma série de
políticas, a gestão territorial segue um modelo em “pirâmide” onde, a partir da capital,
são determinados padrões gerais de planejamento que devem ser seguidos em todo país.
Regiões e municípios tem o dever de elaborar seus próprios planos, mais detalhados. No
entanto, diferente do Brasil, onde um município tem autonomia para aprovar o seu
Plano Diretor, na China os planos devem ser sempre aprovados pela instância superior:
o xiangxi guihua, ou Plano Detalhado, e o zongti guihua, ou Plano Geral, devem ser
aprovados pela instância regional, e os planos regionais devem ser atualizados quando
há mudanças nas recomendações em nível federal. O efeito em cascata também ocorre
para questões como, por exemplo, quanta área será urbanizada em cada ano, pois o
Ministério de Terra e Recursos Naturais define quanta área pode ser urbanizada em cada
província e, em seguida, a província aloca esta área entre as suas cidades. Além disso,
são os municípios que decidem sobre a venda das posses, sobre o desenvolvimento de
infraestrutura e a emissão de licenças de construção, e o governo central interfere no
mercado imobiliário através de condições de financiamento e no planejamento macro-
econômico (QIU, 2022). E a urbanização está diretamente ligada ao processo de
industrialização. Um dos diferenciais do desenvolvimento chinês é a vantagem que as
suas empresas têm por ter uma conexão íntima entre elas por meio da lógica econômica
dos distritos industriais ou “clusterização” da urbanização. Clusters se espalham ao
longo do Delta do Rio das Pérolas, região que engloba Hong Kong, Macau e a província
de Guangdong. Os clusters de cidades tornaram-se as áreas-chave estratégicas para
China para promover a urbanização e o desenvolvimento econômico, chegando a uma
série de aglomerações urbanas que incluem cidades centrais e vários agrupamentos de
cidades dentro das províncias para promover o desenvolvimento de aglomerados de
cidades.
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financiando sua construção através de terrenos desenvolvimento, Xangai conseguiu
consolidar-se como um local importante no mercado farmacêutico global, bem como
promover a inovação biotecnológica e a desenvolvimento de empresas de biotecnologia.
Desde meados dos anos 2000, uma mudança de qualidade acontece com o
movimento da urbanização chinesa transbordando as fronteiras do país (CHU, 2020).
Esse processo faz parte de um projeto chinês que busca estimular o consumo e o setor
de serviços, incrementar o consumo diário e espalhá-lo para cidades menores. Além do
controle do crescimento das grandes cidades e a promoção do desenvolvimento
coordenado das grandes, médias e pequenas cidades, eles marcam a virada chinesa em
direção às megarregiões (HARRISON; GU, 2021). O planejamento urbano centra-se na
conexão de cidades-chave nacional e internacionalmente, e não mais em cidades
individuais. O Plano Ferroviário Nacional de 2004, que propôs eixos verticais e
horizontais de trens de alta velocidade (expandido nos anos seguintes), expressa essa
mudança. Projetos como o Plano Nacional de Sistemas Urbanos (2005-2006), o Plano
Nacional da Área Funcional Principal (2010-2014) e o Novo Plano de Urbanização
(2014- 2020) começam a projetar a urbanização chinesa para além de seu território
(HARRISON; GU, 2021). Aos poucos, a busca por estender funções de uma cidade
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global para cidades do centro e do oeste e por aprofundar a conexão com a Indo-China,
Ásia Central, Rússia e a Europa Central vai ganhando corpo (CHU, 2020).
Dentre as muitas iniciativas desse período, a Belt and Road Initiative (BRI) é
emblemática. Esse projeto, lançado alguns anos depois da crise de 2008, representa uma
direção à expansão de capital, em um processo de extensão mundial da urbanização
chinesa, que demanda um novo regime de comércio mundial amparado em políticas de
coordenação econômica que fomentem a conectividade da Ásia, da Europa e da África,
de modo a promover investimento e consumo, além de criar demanda e oportunidades
de emprego. A iniciativa segue a operação do mercado, suas regras e normas
internacionais, e atribui a ele um papel decisivo na alocação de recursos, em que os
governos são agentes importantes para o processo. Xu e Niu apontam que a
urbanização, baseada no desenvolvimento da economia doméstica, e a BRI, focada na
abertura ao mundo externo, deveriam, portanto, ser analisadas de forma conjunta. O
projeto sinaliza uma expansão das aglomerações urbanas da costa leste para as regiões
central, oeste e sudeste, eixo que influencia a urbanização da Ásia Central, do oeste da
Ásia, do Sudeste Asiático e do sul desse mesmo continente. Dessa forma, as
transformações urbanas na China sinalizam centralidade da urbanização não apenas para
o desenvolvimento chinês, mas também para seu processo de extroversão (XU; NIU,
2018).
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3. DESAFIOS DO NOVO URBANISMO NA CHINA
Quando a República Popular da China foi fundada em 1949, apenas 10,6% dos
chineses viviam em cidades. Agora, o número disparou para 65,2% no final de 2022. O
país, que costumava ostentar uma enorme população rural, está hoje a ficar cada vez
mais urbanizado.
No final de 2021, havia 691 cidades em todo o país, 34 a mais que no final de
2012. Entre elas, 297 cidades estavam acima do nível de prefeitura, um aumento de
8, havia também 394 cidades a nível de condado, um aumento de 26 em relação a 2012.
A escala da população urbana está a expandir-se. De acordo com a população
pesquisada no final de 2020, havia 96, 46 e 22 cidades acima do nível de prefeitura com
uma população de 1-2 milhões, 2-4 milhões e 4 milhões ou mais, respectivamente, que
era de 14, 15 e 8 mais do que no final de 2012. A China tem atualmente 93 cidades com
uma população superior a um milhão de habitantes e planeou 19 aglomerados de
cidades, entre os quais os maiores são o Delta do Rio Yangtze (composto por Xangai e
cidades vizinhas), Guangdong-Hong Kong-Macau, Pequim-Tianjin-Hebei e Chengdu-
Chongqing.
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no curso médio do Rio Yangtze, do Golfo de Beibu e da Planície de Guanzhong tem
sido constantemente reforçada.
Embora o governo chinês tenha cunhado pela primeira vez o termo “nova
urbanização” em 2012, foi em 2014 que o Conselho de Estado emitiu o Plano Nacional
de Nova Urbanização (2014-2020), estabelecendo um modelo para o desenvolvimento
das áreas urbanas da China. Com o objetivo de tornar as cidades chinesas mais
habitáveis e sustentáveis, o plano descrevia a nova urbanização como “orientada para as
pessoas”, “verde e de baixo carbono” e com “um layout optimizado”. Esta visão foi
refletida no Relatório de Trabalho do Governo e no 14º Plano Quinquenal, publicado
em março de 2021, que estabeleceu a meta de aumentar a taxa de urbanização para 65%
até 2025.
Dos 200 milhões de migrantes rurais, o plano estabelece uma meta de converter
aproximadamente 100 milhões em residentes urbanos até 2020. O plano propõe que
estes novos residentes urbanos recebam formação profissional, sejam autorizados a
adquirir reforma e seguro médico urbano, ganhem acesso a serviços médicos urbanos e
habitação subsidiada. Além disso, embora o plano imponha restrições rigorosas às
cidades com populações de 5 milhões ou mais, pretende abrir as cidades mais pequenas
aos migrantes rurais que satisfaçam certas condições, tais como residir durante um
determinado número de anos, ocupar postos de trabalho valiosos e participar em
programas de seguridade social por um determinado período de tempo. O NUP também
apela a vários níveis de governo, empresas e indivíduos para que partilhem as despesas
de transformação de migrantes rurais em residentes urbanos. A promoção da residência
urbana para a população rural capaz de garantir um emprego estável nas cidades
continua a ser a principal prioridade do novo tipo de urbanização. Nos últimos 10 anos,
a China concedeu residência urbana a um total de 130 milhões de pessoas que transitam
entre áreas rurais e urbanas e outros residentes permanentes nas cidades.
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4. REFERÊNCIAS
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5. SOBRE O AUTOR
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