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O programa de defesa do café seguiu sempre o mesmo padrão nos anos 20?

Explique

R: O padrão não foi estável, mas sim influenciado pelos eventos econômicos e pelas
condições do mercado de café naquele período. Após o fim da guerra, houve uma queda
nos preços do café no mercado internacional, levando a uma crise econômica no setor
cafeeiro brasileiro. Diante dessa crise, o governo brasileiro tomou medidas para tentar
estabilizar a economia cafeeira. Uma das principais ações foi a intervenção no mercado de
café, com o governo comprando e estocando grandes quantidades de café para tentar
controlar os preços e evitar a superprodução. Essa estratégia visava proteger os interesses
dos cafeicultores e manter a estabilidade econômica do país, que estava fortemente
dependente das exportações de café.
.
Na primeira República havia contradição entre os interesses da acumulação
cafeeira e a substituição de importações? Explique.

R: A oligarquia agrária, conhecida como "política do café com leite", era composta
principalmente por elites agrárias de São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores estados
produtores de café. Essa oligarquia exercia uma influência significativa na política nacional,
controlando a presidência e promovendo políticas que favoreciam seus interesses,
principalmente a estabilidade dos preços do café no mercado internacional.Por outro lado,
havia intelectuais, políticos e setores da sociedade que advogavam pela industrialização e
diversificação da economia. A ideia da substituição de importações ganhou destaque
durante esse período. A estratégia consistia em promover a produção interna de bens
industriais que anteriormente eram importados, visando reduzir a dependência externa e
impulsionar o desenvolvimento econômico interno. Essas duas agendas frequentemente
entravam em conflito. A oligarquia cafeeira estava mais interessada em manter a
estabilidade e os lucros provenientes das exportações de café, enquanto os defensores da
substituição de importações buscavam promover a industrialização e diversificação
econômica, muitas vezes confrontando os interesses da elite agrária.

Qual o regime cambial e monetário adotado no Brasil no último governo dos


anos 20, de Washington Luís? Sua manutenção ajudou a resolver ou
prejudicou o enfrentamento da crise de 30?

R: Durante o governo de Washington Luís, que terminou em 1930, o Brasil mantinha um


regime cambial conhecido como "Padrão Ouro", em que a moeda nacional (o mil-réis)
estava atrelada ao valor do ouro. Esse padrão implicava que o governo garantia a
conversibilidade da moeda em ouro a uma taxa fixa. O país também adotava o padrão-ouro
internacional, que estava em vigor em muitos países naquela época. O regime monetário,
por sua vez, estava associado ao sistema de emissão de moeda lastreada em reservas de
ouro. No entanto, a manutenção do padrão-ouro e do regime cambial durante a crise de
1929 e os anos subsequentes teve efeitos prejudiciais para a economia brasileira. A crise
econômica mundial afetou fortemente as exportações brasileiras, especialmente as de café,
levando a uma redução significativa nas receitas de exportação. A queda nos preços das
commodities, incluindo o café, impactou negativamente a balança comercial do Brasil.
Nesse contexto, a manutenção do padrão-ouro limitou a capacidade do governo de adotar
políticas monetárias mais flexíveis para enfrentar a crise. A necessidade de manter a
paridade fixa entre o mil-réis e o ouro restringiu a capacidade do Banco Central de expandir
a oferta de moeda, imprimir mais dinheiro e implementar políticas de estímulo econômico.
Essa rigidez do sistema monetário contribuiu para agravar a situação econômica do Brasil
durante a Grande Depressão. A crise econômica global afetou profundamente a economia
brasileira, levando à diminuição da produção industrial, ao aumento do desemprego e à
queda na arrecadação de impostos.

O que foi a chamada crise de 30 no Brasil, cuja eclosão e ápice ocorrem em


1929 e 1930? Que transições mais gerais estavam em curso no cenário (geo)
político econômico mundial e brasileiro dos anos 20 para os anos 30?

R: No cenário internacional a crise de 1929 começou nos Estados Unidos, com o colapso
do mercado de ações em outubro de 1929. A quebra da Bolsa de Valores de Nova York
desencadeou uma série de eventos que levaram à Grande Depressão. O que levou muitos
países a adotarem políticas protecionistas para proteger suas economias nacionais. O
nacionalismo econômico cresceu, com a busca por autossuficiência e a redução da
dependência de mercados internacionais. No cenário brasileiro, o país era fortemente
dependente de exportações de café, a economia baseada na monocultura e na
dependência de um único produto deixou o país vulnerável a flutuações nos preços
internacionais. As transações e eventos chaves ocorreram com a chamada revolução de
1930, essa revolução marcou o fim da Primeira República e o início de uma nova fase na
política brasileira, Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, inicialmente como chefe do
governo provisório. Posteriormente, em 1934, ele foi eleito presidente, Vargas implementou
políticas de industrialização e adotou uma postura nacionalista, visando reduzir a
dependência do país das exportações de produtos primários e promover o desenvolvimento
industrial.

Qual foi a resposta de política econômica do governo provisório à crise de 30


e quais seus resultados principais?

R: Algumas das principais iniciativas de Vargas foram, intervenção no setor cafeeiro, como
a queima de estoques de café para reduzir a oferta e, assim, tentar elevar os preços no
mercado internacional; política industrializante,Vargas promoveu a industrialização do país.
Ele buscou diversificar a economia brasileira, reduzindo a dependência das exportações de
produtos primários, como o café, criação do Conselho Nacional do Café (CNC), uma
agência governamental que visava regular a produção e exportação de café, promover a
organização dos cafeicultores e coordenar as políticas relacionadas ao setor, criação do
Banco de Crédito Industrial (BCI), destinado a financiar a industrialização e por fim,
política de substituição de importações, O governo adotou políticas de substituição de
importações, incentivando a produção interna de bens que anteriormente eram importados.
Isso tinha como objetivo fortalecer a indústria nacional e reduzir a dependência do país em
relação a produtos estrangeiros.

Como era a estrutura da dívida externa brasileira e qual a composição do


estoque de capital estrangeiro ao início dos anos 30, no Brasil?
R: A estrutura da dívida externa era composta por empréstimos contraídos pelo governo
brasileiro no exterior. Esses empréstimos frequentemente eram utilizados para financiar
projetos de infraestrutura, além da dívida pública, havia também endividamento por parte de
empresas privadas brasileiras no exterior. Empresas buscavam financiamento externo para
expandir suas operações e investir em setores como agricultura e indústria. Sobre a
composição do estoque de capital estrangeiro, empresas estrangeiras investiam
diretamente em setores específicos da economia brasileira. Isso poderia incluir a criação de
filiais ou subsidiárias de empresas estrangeiras no Brasil. O capital estrangeiro estava
frequentemente concentrado em setores-chave, como mineração, indústria, ferrovias e
agricultura e as empresas brasileiras também podiam ter participação acionária significativa
de investidores estrangeiros. Essa participação podia ser direta ou por meio de títulos e
ações em bolsa. Em resumo, a dependência do Brasil em relação ao capital estrangeiro e a
dívida externa tornaram-se preocupações significativas

Quais os temas envolvidos na missão Niemeyer de 1931?

R: Os temas envolvidos na missão Niemeyer foram os seguintes: Padrão-ouro: A missão


recomendou que o Brasil abandonasse o padrão-ouro, que era um regime monetário em
que a moeda nacional é conversível em ouro a uma taxa fixa. A missão argumentou que o
padrão-ouro estava prejudicando a recuperação econômica do Brasil, pois dificultava a
expansão da oferta monetária. Dívida externa: A missão recomendou que o Brasil
renegociasse a dívida externa, reduzindo os juros e os prazos de pagamento. A missão
argumentou que a dívida externa estava pesando sobre as finanças públicas e dificultando
o investimento público. Reforma fiscal: A missão recomendou uma reforma fiscal para
aumentar a arrecadação do governo. A missão argumentou que a reforma fiscal era
necessária para financiar as políticas públicas de recuperação econômica. Reforma
administrativa: A missão recomendou uma reforma administrativa para melhorar a eficiência
do governo. A missão argumentou que a reforma administrativa era necessária para reduzir
os gastos públicos. As recomendações da missão Niemeyer foram parcialmente
implementadas pelo governo brasileiro. O Brasil abandonou o padrão-ouro em 1933 e
renegociou a dívida externa em 1934. No entanto, a reforma fiscal e a reforma
administrativa não foram implementadas. A missão Niemeyer foi um marco importante na
história econômica brasileira. As recomendações da missão contribuíram para a
recuperação econômica do país após a crise de 1929. No entanto, as recomendações da
missão também foram criticadas por serem excessivamente ortodoxas e por não levarem
em consideração as necessidades específicas do Brasil.

A missão William tratou de que assuntos, em 1934? Houve consequências


dessa missão?

R: Os temas tratados pela missão William foram os seguintes:

Reorganização do sistema financeiro: A missão recomendou a criação de um banco central


para supervisionar o sistema financeiro brasileiro. A missão argumentou que a criação de
um banco central seria necessária para garantir a estabilidade monetária e a eficiência do
sistema financeiro. Modernização da infraestrutura: A missão recomendou investimentos em
infraestrutura, como transporte, energia e telecomunicações. A missão argumentou que os
investimentos em infraestrutura seriam necessários para estimular o crescimento
econômico. Reforma fiscal: A missão recomendou uma reforma fiscal para aumentar a
arrecadação do governo. A missão argumentou que a reforma fiscal era necessária para
financiar os investimentos públicos. Promoção do comércio exterior: A missão recomendou
medidas para promover o comércio exterior brasileiro. A missão argumentou que o aumento
das exportações brasileiras seria necessário para reduzir o déficit da balança comercial. As
recomendações da missão William foram parcialmente implementadas pelo governo
brasileiro. O Brasil criou o Banco Central do Brasil em 1935, e o governo investiu em
infraestrutura, principalmente nas áreas de transporte e energia. No entanto, a reforma
fiscal não foi implementada, e as medidas para promover o comércio exterior não foram
eficazes.
A missão William teve algumas consequências importantes para a economia brasileira. A
criação do Banco Central do Brasil foi um marco importante na modernização do sistema
financeiro brasileiro. Os investimentos em infraestrutura também contribuíram para o
crescimento econômico do país.

No entanto, a missão William também foi criticada por ser excessivamente ortodoxa e por
não levar em consideração as necessidades específicas do Brasil. Por exemplo, a missão
recomendou uma reforma fiscal que aumentaria a carga tributária sobre os trabalhadores, o
que seria contraproducente para a recuperação econômica do país.

Que considerações podem ser feitas acerca do acordo comercial de 1935?

R: O contexto do tratado comercial de 1935 entre Brasil e EUA foi marcado por desafios,
como a pressão de exportadores norte-americanos, reclamações sobre atrasos de
pagamentos brasileiros e a possibilidade de tarifas sobre o café brasileiro nos EUA. O
Departamento de Estado dos EUA insistiu na necessidade de um acordo comercial, mas
obstáculos como interesses particulares, correntes nacionalistas nos EUA e ameaças de
tarifas complicaram as negociações. O governo brasileiro, diante de propostas tentadoras
da Alemanha, enfrentava divisões internas e resistências parlamentares. As dificuldades
aumentaram em 1935 com uma crise cambial no Brasil, tornando as conversações mais
desafiadoras. A assimetria nas relações entre os dois países impactou as relações internas
e o tratado tornou-se uma questão política no Brasil.

A política externa dos EUA em relação ao Brasil em meados dos anos 30 era
movida por quais perspectivas?

R: Algumas das principais questões e fatores que moldaram essa relação incluíram:
Durante esse período, havia um impulso em direção ao pan-americanismo, uma ideologia
que buscava promover a cooperação e a solidariedade entre os países do continente
americano, o comércio bilateral e as políticas comerciais podem ter influenciado as relações
diplomáticas, especialmente em um contexto global de desafios econômicos, a instabilidade
política no Brasil durante esse período, marcada pela Era Vargas, também teve impacto nas
relações bilaterais. O governo de Getúlio Vargas, que começou em 1930, trouxe mudanças
significativas na política interna e externa do Brasil.
Que padrões de comércio internacional competiam no cenário mundial (e
latino‐americano) em meados dos anos 30 e como o Brasil se inseria nesse
quadro?

R: Alguns dos padrões e fatores importantes incluíam: Nacionalismo Econômico e


Protecionismo, muitos países adotaram políticas econômicas nacionalistas e protecionistas
como resposta à crise. O aumento das barreiras comerciais, como tarifas e quotas, visava
proteger as indústrias domésticas e promover o desenvolvimento econômico interno;
Autarquia e Substituição de Importações, em muitos países latino-americanos, incluindo o
Brasil, foi adotada uma estratégia de substituição de importações. Isso envolvia a promoção
da produção interna para substituir bens que eram anteriormente importados, reduzindo
assim a dependência externa. O Brasil, historicamente, dependia fortemente das
exportações de café. No entanto, a queda nos preços do café durante a Grande Depressão
impactou significativamente a economia brasileira. A diversificação da produção agrícola e o
investimento em setores industriais foram incentivados como resposta a essa
vulnerabilidade. Em resumo, durante os anos 30, o Brasil estava passando por uma fase de
transição econômica e política, buscando se adaptar aos desafios globais da época. A
política de substituição de importações e a industrialização foram estratégias-chave
adotadas para enfrentar as dificuldades econômicas da Grande Depressão e para promover
um desenvolvimento econômico mais autônomo.

A política cambial do governo provisório passou por alguma alteração no


governo constitucional de Vargas? Com a instauração do Estado Novo qual
alteração que houve nessa política (mencione o que ocorria com a economia
americana e seu impacto sobre o comércio exterior brasileiro)?

R: O Governo Provisório no Brasil ocorreu entre 1930 e 1934, liderado por Getúlio Vargas.
Durante esse período, houve algumas mudanças significativas na política cambial e
econômica. Com a promulgação da nova Constituição em 1934 e a consolidação do
governo de Vargas, a política cambial continuou a ser uma área de foco. Durante o Governo
Provisório, houve intervenção estatal na economia para lidar com a crise econômica e a
instabilidade política. A criação do Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931 foi um
exemplo de intervenção na política cambial, pois o CNC buscava regular as exportações de
café para estabilizar os preços internacionais .No contexto do Estado Novo, a política
econômica tornou-se mais intervencionista. O governo buscou promover a industrialização e
a substituição de importações, o que influenciou a política cambial para incentivar setores
industriais. Houve um controle mais rígido sobre as transações cambiais e uma orientação
para favorecer a produção nacional. Com o início da Segunda Guerra Mundial em 1939, a
economia brasileira experimentou mudanças significativas. O conflito afetou o comércio
internacional, e o Brasil passou a se beneficiar do aumento na demanda por
matérias-primas, como o café e a borracha. Isso trouxe um aumento nas exportações
brasileiras.
No início de 1939 Vargas despachou a missão Aranha aos EUA para, inter alia,
negociar a dívida externa brasileira. Porque essa missão foi (ou não foi bem
sucedida)?

R: A Missão Aranha, enviada por Getúlio Vargas aos Estados Unidos no início de 1939,
tinha como objetivo principal negociar a dívida externa brasileira, que era uma preocupação
significativa para o governo brasileiro na época. No entanto, a missão teve resultados
limitados e não alcançou pleno sucesso. Algumas razões para isso incluem, o contexto
Internacional e Segunda Guerra Mundial, a missão ocorreu em um momento crucial da
história, quando a Segunda Guerra Mundial estava prestes a começar. O cenário
internacional estava se tornando cada vez mais tenso, e os Estados Unidos estavam se
preparando para os impactos da guerra em suas próprias políticas econômicas. Prioridades
dos Estados Unidos, com a iminência da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos
estavam mais focados em questões relacionadas à preparação para o conflito e ao apoio a
aliados. As preocupações econômicas do Brasil, como a dívida externa, podem ter sido
relegadas a um plano secundário diante dos desafios geopolíticos e econômicos mais
amplos; Natureza da Dívida e Desacordo nas Negociações, a natureza da dívida externa
brasileira e as condições para a renegociação podem não ter sido facilmente aceitáveis
para os Estados Unidos, as negociações podem ter enfrentado desafios devido a
desacordos sobre termos específicos, como prazos, taxas de juros e condições de
pagamento e por fim, mudanças políticas e instabilidade interna no Brasil, o Brasil passava
por mudanças políticas e instabilidade interna nesse período, com a crescente centralização
do poder por parte de Vargas. Essa instabilidade política pode ter influenciado a percepção
internacional do Brasil e afetado as negociações.

Em 1939 houve (mais uma...) reforma cambial, com a fixação do câmbio


(nominal) a um nível desvalorizado. Explique o que aconteceu ao longo da
década seguinte (com a taxa real), na medida em que a economia sofria
pressões inflacionárias.

R: A fixação do câmbio nominal desvalorizado em 1939 no Brasil ocorreu como parte das
medidas econômicas adotadas durante o governo de Getúlio Vargas. A desvalorização foi
uma estratégia para impulsionar a economia, estimulando as exportações e protegendo as
indústrias locais. No entanto, ao longo da década de 1940, a economia brasileira enfrentou
uma série de desafios, incluindo pressões inflacionárias que afetaram a taxa de câmbio real.
Ao longo dessa década, alguns dos principais eventos e tendências incluíram:
industrialização e substituição de importações, durante o Estado Novo. Esse processo
envolvia o desenvolvimento da indústria nacional para reduzir a dependência de produtos
importados. A industrialização, por sua vez, impactou a dinâmica inflacionária ao criar
demanda por recursos e mão de obra; Pressões Inflacionárias e Controle de Preços, a
industrialização e o aumento das exportações durante a guerra podem ter contribuído para
pressões inflacionárias. O governo respondeu implementando políticas de controle de
preços para conter a inflação. Contudo, o controle de preços nem sempre foi eficaz, e a
inflação persistiu como um desafio ao longo da década; Desvalorização da Moeda, a
desvalorização inicial do câmbio em 1939, que visava impulsionar as exportações, pode ter
perdido eficácia ao longo do tempo, especialmente se os fatores internos, como a inflação,
superassem os benefícios da desvalorização cambial.
A economia brasileira, que havia crescido muito desde meados dos anos 30,
deu uma empacada na virada da década. Então, a partir de 1942, retomou
impulso. O que teria acontecido na raiz dessa retomada?

R: Vários fatores contribuíram para essa retomada:


Participação na Segunda Guerra Mundial (1939-1945): O Brasil declarou apoio aos Aliados
na Segunda Guerra Mundial em agosto de 1942, contribuindo com tropas e recursos. A
participação na guerra trouxe benefícios econômicos significativos para o Brasil, pois as
exportações de matérias-primas essenciais, como borracha, minerais e alimentos,
aumentaram para atender à demanda internacional.

Programa de Industrialização e Substituição de Importações: Durante a década de 1940, o


governo brasileiro intensificou os esforços para promover a industrialização e a substituição
de importações. Isso envolveu investimentos em setores industriais locais para reduzir a
dependência de produtos importados. A industrialização impulsionou a produção interna e
contribuiu para o crescimento econômico.

Políticas de Infraestrutura: Houve investimentos significativos em infraestrutura, como


estradas, ferrovias e energia, que ajudaram a melhorar a conectividade e a eficiência na
movimentação de mercadorias e no transporte de pessoas. Essas melhorias na
infraestrutura contribuíram para a expansão econômica.

Desenvolvimento da Indústria de Base: Durante esse período, houve um foco crescente no


desenvolvimento da indústria de base, incluindo setores como siderurgia, petroquímica e
energia. Esses setores desempenharam um papel fundamental na modernização da
economia brasileira e na criação de empregos.

Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia): O governo de Getúlio Vargas


implementou o Plano SALTE em 1947, que visava promover o desenvolvimento em quatro
áreas-chave: saúde, alimentação, transporte e energia. Esse plano refletiu o compromisso
com a melhoria das condições sociais e econômicas do país.

Desenvolvimento do Setor Financeiro: Houve avanços no setor financeiro, incluindo a


criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) em 1952, que
desempenhou um papel importante no financiamento de projetos de infraestrutura e
desenvolvimento industrial.

Como evoluiu (ou involuiu) a política norte‐americana (financeira e de


comércio exterior) em relação ao Brasil ao longo da guerra?

R: Podemos dividir essa evolução em algumas etapas:


Início da Guerra (1939-1941): Neutralidade e Prioridade para Europa: Inicialmente, os
Estados Unidos mantiveram uma posição de neutralidade. Sua atenção estava voltada
principalmente para a Europa, onde a guerra estava se desenrolando. O Brasil, por sua vez,
era um importante fornecedor de matérias-primas estratégicas, como borracha e minerais,
que eram vitais para as operações militares aliadas.

Entrada do Brasil na Guerra (1942): Apoio Brasileiro aos Aliados: Com a entrada do Brasil
na guerra ao lado dos Aliados em agosto de 1942, a relação entre os dois países se
fortaleceu. Os Estados Unidos buscaram expandir a cooperação com o Brasil, que se
tornou uma base estratégica para a guerra no Atlântico Sul. O governo dos EUA forneceu
assistência militar e econômica ao Brasil. Programa de Empréstimo e Arrendamento
(Lend-Lease):

Assistência Financeira: Os Estados Unidos implementaram o Programa de Empréstimo e


Arrendamento (Lend-Lease), que permitiu o fornecimento de ajuda militar, econômica e
logística a países aliados, incluindo o Brasil. O Lend-Lease ajudou a fortalecer os laços
entre os dois países e a garantir a participação brasileira na guerra.
Acordo de Washington (1943):

Colaboração Estratégica: O Acordo de Washington, assinado em 1943, formalizou a


colaboração militar e econômica entre os Estados Unidos e o Brasil. Os EUA
comprometeram-se a investir em infraestrutura no Brasil, e o país sul-americano forneceu
matérias-primas essenciais para a guerra. Esse acordo consolidou ainda mais a parceria
entre os dois países.

Final da Guerra (1945): Transição para a Pós-Guerra: Com o fim da guerra em 1945, a
dinâmica entre os Estados Unidos e o Brasil começou a mudar. Os EUA iniciaram uma
transição para a pós-guerra, consolidando sua posição como uma potência global. A
atenção norte-americana voltou-se para a reconstrução da Europa e a contenção da
expansão comunista, marcando uma mudança nas prioridades geopolíticas.

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