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RESENHA

HOBSBAWM. Eric “O artista se torna pop. Nossa cultura em explosão” (1964).

Rayssa Guedes de Oliveira


Palavras-chaves: Cultura de massa, Arte popular, Padronização.

Hobsbawm em seu texto procura expressar o fenômeno da cultura popular ou de massa, isso a
partir de uma análise sobre a revolução industrial e do capitalismo moderno. Desse modo, ele
expõe como as artes tornaram-se antiquadas e alienáveis, pois não há mais o tempo de
reflexão sobre a obra e sim uma mecanização para um público de massa. O autor também
explica como os elementos de cultura, como o cinema, a música, a fotografia emergem de um
gênero essencialmente mercenário e dificultam a identificação de boas obras dentro do ramo,
como também da dificuldade de julgá-las.
Dessa forma, o texto entra num impasse sobre aceitar a massificação ao mesmo tempo que a
avalia, ele cita como a tendência da cultura de massa normalizou-se dentro da sociedade e
como isso reflete nas críticas dos sociólogos, tais cientistas que deixam de atacar as
padronizações que a cultura ocasiona. Assim, Hobsbawm explica como essa cultura produz
algo fluído, por acaso, de maneira pouco pensada e que se torna pop. A partir disso, a
massificação constrói na sociedade um comportamento repetitivo e em larga escala que
ultrapassa o individual. A crítica estética tornou-se banal porque a indústria cultural consegue
fazer dos seus produtos técnicas da arte a fim de uma intensificada estilização da vida.
Contudo, o autor entra numa análise de como devemos julgar, e talvez melhorar, o que é
produzido pelo fluxo cultural. Visto que a arte vai se difundindo dentre os meios de
comunicação e como artistas e obras tornam-se líquidos, esquecidos em meio a cultura
popular. Para terminar, a principal acusação contra a cultura de massa é que ela cria um
mundo fechado e remove o elemento essencial na humanidade, o desejo de um mundo
perfeito é a fantasia que o sistema monetário proporciona aos seus fiéis.

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